Buscar

Avaliação da Função Pulmonar

Prévia do material em texto

Avaliação da Função Pulmonar
Testes da Função Pulmonar:
-Medem a capacidade ventilatória do paciente
comparando com indivíduos normais.
-Os valores para um determinado indivíduo podem
ser comparados com os de indivíduos normais:
ajuste para sexo, altura, etnia e idade.
Espirometria:
-É a medida mais comum da função pulmonar
ventilatória.
-Traçado da relação entre o fluxo expiratório
máximo e o tempo.
-É usada para documentar a função pulmonar
basal, para fazer uma avaliação diagnóstica
preliminar, ou para monitorar os pacientes à
medida que a doença pulmonar ou cardíaca evolui
e responde ao tratamento.
-Realização do Exame:
-O paciente deve suspender a medicação de 8 a 12
horas antes da realização do exame.
-É registrada com o paciente sentado respirando
calmamente várias vezes em volume corrente,
quando realiza uma inspiração máxima, seguida de
uma expiração forçada, que é mantida por pelo
menos seis segundos ou mais, com esforço vigoroso
continuado (capacidade vital forçada [CVF]), e
completada por uma inspiração completa vigorosa
(capacidade vital inspiratória).
-As manobras são representadas como uma curva
de volume-tempo ou como uma curva de
fluxo-volume (registrando o fluxo contra a CVF e a
capacidade vital inspiratória).
-Mede volumes e fluxos aéreos, principalmente a
capacidade vital (CV - respiração normal),
capacidade vital forçada (CVF), o volume
expiratório forçado no primeiro segundo (VEF1), e
suas relações (VEF1/CV e VEF1/CVF).
-Teste após broncodilatador deve ser repetido para
avaliar a reversibilidade da obstrução ao fluxo
aéreo.
-Volumes Pulmonares podem ser avaliados por
diversas técnicas. A determinação dos volumes por
pletismografia é a mais acurada e é indicada para
avaliar o grau de acometimento das vias aéreas.
-Quantificação do Distúrbio:
-Valores Espirométricos Mais Úteis:
-CVF (litros).
-VEF1(litros): volume expiratório forçado no 1º s.
-Fluxo expiratório forçado (FEF) no meio da
expiração (FEF 25-75% litros/segundo).
-Relação entre o VEF1 e a CVF (porcentagem).
-O VR é necessário para calcular a capacidade
pulmonar total (CPT em litros), que é uma medida
da capacidade do ar do pulmão em insuflação
máxima.
-O VEF1, embora registrado como um volume, é
igualado a uma medida do fluxo aéreo e é
dependente de esforço. Os valores de VEF1, quando
expressos como uma porcentagem dos valores
previstos, correlacionam-se com a quantidade de
atividade física que um paciente pode suportar.
-Pico de fluxo: medido a partir de um rastreamento
espirométrico ou usando um dispositivo portátil
feito para o acompanhamento ambulatorial da
função pulmonar. Esses dispositivos são prescritos
para pacientes com asma, DPOC ou doenças
pulmonares intersticiais.
-Análise:
-Nos valores medidos para VEF1 e CVF (e a sua
proporção) e a CPT permite que o diagnóstico
ventilatório seja obstrutivo ou restritivo.
-Um VEF1 reduzido e uma relação VEF1/CVF baixa
combinados com uma grande CPT indicam doença
obstrutiva das grandes vias aéreas e brônquios, um
padrão tipicamente observado em pacientes com
DPOC e asma.
-A CVF está preservada, porém o tempo de
expiração está prolongado.
-Após administração de broncodilatadores, o VEF1
e a CVF podem aumentar em 10 a 15%,
especialmente na asma, indicando reversibilidade
da obstrução das vias aéreas.
-Obstrução das pequenas vias aéreas: uma
diminuição na FEF 25-75% com valores
relativamente preservados de VEF1 e CVF é
comumente encontrada em pacientes com
obstrução de pequenas vias aéreas.
-DPOC: VEF1 individual após administração de
broncodilatador é menor que 80% do valor previsto
e a relação VEF1/CVF é menor que 70%, a limitação
do fluxo aéreo não é totalmente reversível.
-Doença Pulmonar Restritiva: o VEF1 e a CVF
estão reduzidos, assim como a CPT (capacidade de
entrar ar está restrita, logo a CPT é menor), mas a
relação VEF1/CVF geralmente está normal ou
aumentada.
-Mal funcionamento da parede torácica, astenia
dos músculos da parede torácica, espessamento
pleural, fibrose cística, lobectomia pulmonar,
derrame pleural, abscesso pulmonar, empiema.
-Em pacientes com obstrução e Capacidade Vital
muito reduzida a medida da CPT (quantidade de ar
nos pulmões) aumenta.
-Também recomendada para melhor classificação
do distúrbio, se misto ou obstrutivo isolado.
-A espirometria é um registro do volume exalado
vs. o tempo durante uma expiração forçada (com
ou sem a determinação da resposta a um
broncodilatador inalado para possível
reversibilidade do fluxo aéreo).
-É recomendada para o esclarecimento diagnóstico
em pacientes com tosse crônica (> 3 semanas).
Tosse crônica é manifestação isolada frequente de
asma e teste de broncoprovocação está indicado se
rinosinusite e refluxo gastro-esofageano não são
evidentes e a radiografia de tórax é inconclusiva.
Capacidade de Difusão:
-Mede a transferência de monóxido de carbono
para indicar como os gases inspirados estão
atravessando a interface alveolar-intersticial
endotelial capilar para o sangue.
-Avalia o quanto um gás marcador no ar inspirado
pode cruzar do ar para o sangue.
-Em doenças intersticiais difusas (DID), a difusão é
o teste que melhor reflete a extensão das doenças
e detecta o comprometimento pulmonar mesmo
com radiografias normais. Tm
-Os resultados devem ser corrigidos para volumes
pulmonares reduzidos, anemia, níveis elevados de
monóxido de carbono em tabagistas e grande
altitude.
Oximetria de Pulso:
-Não invasiva, para saturação de oxigênio, através
da análise da absorção da luz pela hemoglobina
durante sua passagem pelo leito capilar.
-Seus resultados são acurados, e a técnica é
simples e de baixo custo.
-Valores acima de 90% costumam corresponder a
pressão arterial do oxigênio (PaO2) acima de 60
mmHg, indicando um aporte satisfatório de O2 ao
organismo.
Testes de Exercício:
-Os mais comumente realizados são:
-Teste cardiopulmonar ao exercício (TCPE),
impropriamente chamado de ergoespirometria:
são determinados o consumo de O2, a produção de
CO2, ventilação, FC, FR, alterações no ECG e satO2.
-Teste de exercício para dessaturação de
O2 usando oximetria: pode ser feito com
caminhada em corredor, em subida de degraus
(“step”) ou em ergômetros ou esteiras;
-Teste para broncoespasmo induzido por
exercício (BIE): confirma asma de exercício;
detectar hiper-responsividade brônquica, na falta
de teste de broncoprovocação. É mais sensível para
o diagnóstico de asma.
Testes de Bronco-Provocação:
-Metacolina, carbacol ou histamina estão indicados
quando a espirometria é normal e há possibilidade
de: asma de início recente, tosse ou dispnéia
crônicas, sem causa aparente ou sibilância, ou
aperto no peito repetidos.
-Alguns pacientes têm asma evidenciada apenas
com exercício ou substancialmente exacerbada por
ele. Broncoespasmo induzido por exercício pode
usualmente ser confirmado por medidas de VEF1
antes e após exercício intenso.

Continue navegando