Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Apresenta~ao ••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••• A creditamos que nao e exagero dizer que a Engenharia de Minas e a arte de trans~ormar em riquezas aquilo que a natureza disp6s na terra. E ela que possibilita0 aproveitamen- to dos recursos minerais de forma que os mesmos possam gerar os pro- dutos que a humanidade precisa para sobreviver de forma digna. Neste sentido, consideramos que urn dos ramos mais impor- tantes dentro da Engenharia de Minas e 0 do Tratamento de Mine- rios, nao apenas por sua abrangencia e complexidade, mas tam- bem porque e de fato a ciencia que, numa defini<;;aosimplista, trans- forma pedras em materias-primas para suprir os mais diversos ra- mos industriais. Este e exatamente 0 tema deste livro do Prof. Arthur Pinto Chaves e varios colaboradores: uma abordagem das diversas are- as do Tratamento de Minerios, indo desde conceitos elementares, que permite ao leigo ou iniciante conhecer as no<;;6esbasicas desse ramo da Engenharia de Minas, ate opera<;;6esmais sofisticadas. o grande merito desta obra, segundo nosso julgamento, e que a mesma nao e urn tratado academico, acesslvel apenas aos entendidos no assunto. Ao contrario, esta "Teoria e Pratica do Tra- tamento de Minerios" faz jus ao titulo e se caracteriza como uma importantissima ferramenta didatica muito util para aqueles que se iniciam nesse ramo do conhecimento e para os profissionais que, no dia-a-dia de suas atividades, enfrentam muitas dificuldades para solucionar problemas especificos relacionados com 0 Trata- mento de Minerios. Defendemos 0 ponto de vista que 0 principal objetivo de urn livro e transferir para os leitores, atraves de suas paginas, experien- cias vividas na pratica por seu autor ou autores. Esta defini<;;aoen- caixa-se perfeitamente no caso deste livro do Prof. Arthur Chaves. Em primeiro lugar, porque, exercendo ha varios anos atividades docentes no Departamento de Engenharia de Minas da Escola Poli- tecnica da USP, 0 autor transfere para as paginas deste livro tudo que tern ensinado durante esses anos. Em segundo, porque ha mui- tos anos ele tambem exerce atividades de consultoria na area mine- ral e tudo 0 que aprendeu na pratica, tanto no Pais como no Exteri- or, ele repassa para os leitores, atraves do livro. Alem disso, os diver- sos colaboradores desta obra sao profissionais de grande vivencia no cotidiano do Tratamento de Minerios, 0 que amplia nao apenas 0 leque de conhecimentos, mas tambem a praticidade dos conceitos abordados. Um outro dado a ressaltar e que, pela forma clara e con- cisa como SaDabordadas as diversas tecnicas do Tratamento de Mi- nerios, urn tema que aparentemente poderia parecer arido toma-se urna leitura agradavel e facil. Alem disso, depois de cada capitulo ha urn conjunto de exercicios, 0 que possibilita na pratica ao leitor testar os conhecimentos adquiridos. Por tudo isso, este "Teoria e Pratica do Tratamento de Mineri- os" nao podera faltar na estante de todos aqueles que ja atuam na Engenharia de Minas e dos que iniciam carreira nesse ramo do conhecimento. Ou seja, e uma obra mais do que necessaria ao en- sino da Engenharia de Minas no Pais que, alias, apresenta uma grande carencia em termos de bibliografia especifica. indice -Volume 1 Intro duc;ao 2 Qbjetivos do Tratamento de Minerios ~ 4 Opera~6es de concentra~ao 4 Adequa~ao granulometrica 8 Outras adequa~6es 8 Qperac;6es Unihirias de Beneficiamento 11 Fluxogramas 12 Qutros Conceitos Importantes 16 Teor 16 Polpas e s6lidos particulados 17 Exerdcios resolvidos 18 Balan~os de massas, metalurgico e de agua 21 Exerdcios resolvidos 24 Quantifica~ao de processos 52 Exerdcios resolvidos 54 Curva de seletividade 58 Rougher, Cleaner e Scavenger 61 Tamanho 64 Area de superficie 72 Densidades 74 Exerdcios resolvidos 74 Referencias Bib liogrcificas 81 iii Bombeamento de Polpas . 83~--------------_._----------------- Bombeamento de Polpas 84 Equipamentos e instala<;;6es 84 Bombas centrifugas de polpa 84 Tubular;:oes e acessorios 91 Bombeamento 97 Curvas caracteristicas da bomba e do sistema 97 Desempenho das bombas de polpa 101 Potencia consumida 102 Comportamento das polpas 102 Tipos de fluxo de polpas 103 Velocidade de transporte 106 Exerdcios resolvidos 107 Reologia das polpas 108 Caracteriza~iio reologica de uma polpa 111 Perda de Carga 114 Escoamento heterogeneo 114 Escoamentos homogeneos 117 Uso de polimeros redutores de arraste 119 Dimensionamento de Bombas e Tubula~oes 120 Exerdcios resolvidos 126 Minerod utos 141 Coloca<;aodo assunto 141 Descri<;aode instala<;6es 142 Peculiaridades de projeto 143 Distribui~iio granulometrica 144 Dilui~iio de polpa e velocidade de transporte 145 Perfil da tubula~iio e gradiente hidraulico 146 Desgaste abrasivo e corrosiio 148 Declividade maxima 150 Utiliza~iio de bombas centrifugas 151 Utiliza~iio de bombas de deslocamento positivo. 151 Qutros sistemas de transporte 154 Investimentos e custos operacionais 156 Descri~ao de Minerodutos 161 Samarco 161 Black Mesa 163 Referencias Bibliograficas 164 In trod u~ao '" 168 Equipamentos 169 Ciclones 170 Equipamento 170 Instala<;6es 174 Funcionamento do ciclone 177 Classificador Espiral 183 Equipamento 183 Instala<;6es 186 Funcionamento do classificador espiral 187 Regime de classificafiio 187 Regime de corrente 189 Gutros classificadores 190 Diseussao de Coneeitos 191 Distribui<;6es granulometricas 191 Diametro de corte 192 Parti<;ao 193 Conceitua<;ao probabilistica de parti<;ao 194 Conceito de eficH~ncia de separa<;ao 196 Modelagem de processo _ 198 Modelagem da Parti~ao de Cic10nes 201 Yoshioka e Hotta 201 Lynch e Rao 202 Curva de partifiio 204 dso corrigido 205 Relafiio pressiio-vaziio 205 Partifiio de agua 206 Plitt 206 Curva de partifiio 207 Vaziio 208 Calculo do by pass 208 Gutros 209 Delboni Jr 211 Modelagem da Parti~ao de Classifieadores Espiral.. .. 215 Modelo de Paulo Abib 215 Modelo de Spotiswood 216 Conel usao 217 Projeto de Instala~oes 218 Exerdcios Sobre Classi£iea~ao 220 Referencias Bib liografieas 249 Beneficiamento de Areia paraUso em Constru~ao Civil254 Conceito de Ii areia" 254 Beneficiamento de areia para uso na constru<;ao civil 258 lavagem e desagregafiio 259 peneiramento 261 classificafiio 262 desaguamento 262 equipamentos tradicionais 263 equipamentos recentes - tecnicas recentes 264 Referencias Bibliograficas 270 Introdu~ao o objetivo da atividade mineira e a descoberta, a lavra e a concentra~iio de minerios. Ou seja, as atividades executadas dentro da minerac;ao consistem em: 1 - descobrir os recursos minerais escondidos no subsolo, 2 - trazer 0 bem mineral do subsolo ate a superjicie para, final- mente, , 3 - colocar esse bem mineral em condi~oes de ser utilizado pelas industrias metalurgica, ceramica ou quirnica. o escopo das atividades do engenheiro tratamentista com- preende, portanto: - reduc;ao de tamanho das particulas, - separac;ao das particulas em classes de tamanhos, - elevac;aodos teores de elementos tlteis (concentrac;ao), - eliminac;ao de elementos indesejaveis, - eliminac;ao de propriedades indesejaveis, - manuseio do minerio entre as operac;6es sucessivas, - separac;6es s6lido-liquido. Estas atividades e a ligac;aocom as atividades profissionais diretamente ligadas a elas sao esquematizadas na figura 1. Os pro- fissionais realmente capacitados e legalmente habilitados a cuidar de tratamento de ll)inerios no Brasil sao os engenheiros de minas e os metalurgistas. E importante chamar a atenc;ao para 0 fato de que 0 perfil profissional dos engenheiros de minas e dos metalurgistas, tal como definido pela legislac;aobrasileira, e dife- rente do perfil dos profissionais farmados em outros paises. Geologia I Lavra 1 Britagem I Tratamento 1 Hidro- Piro e I Industrias 1 I e I de I meta- eletro - I ceramica, I 1 manuseiol minerais Ilurgia metal I qufmica, ge61ogo I I I J I vidraria,< >1 I I I I 1 c. civil,< 1< eng. minas brasileiro >1--->1 I joalheria,, I I I metal meca- 1 I 1 I I I· t I 1 1 1 I 1 mca, e c. I 1-<---1< eng. metalurgista brasileiro~ » I I I 1< ->1< metallurgist americano >1J engQ "!1ina" I I I amencano I I I I < ->1 I 1 Imining geologist japones Objetivos do Tratamento de Minerios Raramente as especies minerais se encontram puras na na- tureza. As exce<;6essao conhecidas: ca1cariose dolomitos, hematita, adubos naturais (guano). Outras encontram-se num estado de pureza relativo, que permite a sua utiliza<;aoou transferencia ao processo seguinte - quimico ou ceramico - sem maiores trata- mentos. Este e 0 caso do petroleo, sal (c1oretode sodio) e argilas. Em todos os outros casos, as especies minerais encontram-se misturadas. Para aproveitar industrialmente alguma delas, por- tanto, e necessario separa-la das demais. Nisto consiste a concen- tra<;aoda especie util. Exemplos: - diamantes encontrados em cascalheiras, em teores da or- dem de 5 K/m3 (quilate/m3), exigem que se separe as gemas e os diamantes industriais dos seixos de cascalho e da areia. Ou seja, de cada metro cubico (cerca de 1600 kg), separa-se 19; - aura encontrado em leitos de rios - por exemplo, com teo- res de 0,2 g/t - requer sua separa<;aoda areia e demais minerais pesados; - minerios de cobre sao lavrados ate teores da ordem de 0,4% Cu. Entretanto, a metalurgia so e economica a partir de teores de 36% Cu, de modo que toma-se necessario concentrar esses mine- rios antes de envia-los para a usina metalurgica. Dos exemplos acima, verifica-se que partimos sempre de uma concentra<;aomenor do elemento ou substancia Utilno minerio ate chegarmos a uma concentra<;aomais elevada do mesmo no con- centrado. Esta concentra<;aopode ser a maxima possivel - caso dos diamantes ou do ouro - porem mais frequentemente e a ma- xima concentra<;ao economica. Simplificadamente, estas opera<;6espodem ser representa- das conforme mostra a figura 2. Exemplo: - a partir de uma alimenta<;aocomposta de duas especies minerais A e B, totalmente liberadas, sendo A 0 mineral util e B 0 mineral de ganga (0 conjunto dos minerais sem interesse), - queremos separar numa fra~ao (concentrado) as particulas de A; - pretendemos, tambem, separar numa outra fra~ao (rejeito) as particulas de B, De tal maneira que: - 0 concentrado tenha 0 minima de contamina~ao de parti- culas do mineral de ganga, - e 0 rejeito arraste 0 minimo de particulas do mineral util. Isto e feito por meio de opera~6es unitarias, que tiram parti- do das diferen~as entre propriedades fisicas caracteristicas e indi- vidualizadas de cada especie mineral - tais como cor, forma, densidade, propriedades magneticas, propriedades eletricas, pro- priedades da superficie das particulas etc. Vma visao extremamente simplificada de como funciona uma opera~ao unitaria qualquer e dada pela figura 3: - as particulas das especies A e B da alimenta~ao sao disper- sas num meio fluido conveniente, que e a agua ou 0 ar (quase sem- pre a agua); - 0 meio e colocado em movimento e arrasta as particulas de A e de B; - 0 processo de separa~ao escolhido faz com que as particu- las da especie que se quer separar adquiram velocidade diferente das demais particulas ou do meio fluido. o uso das diferentes propriedades fisicas para efetuar a se- para<;aoe que define os diferentes processos de concentra<;aode minerios. Citamos alguns: cata~ao: consiste na separa<;aodas diferentes especies medi- ante a escolha atraves das diferen<;as de cor, forma ou textura. Exemplo: 0 minerio de manganes de Itaberai (GO) era lavado e colocado num transportador de correia largo e lento, ao lado do qual mulheres apanhavam as particulas brancas de quartzo e dei- xavam passar as particulas pretas de pirolusita. separa~ao magnetic a: especies de alta suscetibilidade mag- netica, como a magnetita, podem ser separadas por meio de urn campo magnetico, que retem essas particulas e deixa as demais pas- sarem. Em Jacupiranga (SP),este processo e utilizado para retirar a magnetita presente no fosfato e em Itabira (MG), para separar a hematita da ganga (separa<;aomagnetica de alta intensidade). separa«;ao em meio denso: 0 carvao (densidade 1,5) e sepa- rado de arenitos e xistos (densidade 2,7)mediante a coloca<;aodas particulas a serem separadas em urn liquido de densidade inter- mediaria, por exemplo, 1,8. Neste processo, as particulas de car- VaG flutuam e as de arenito ou xisto afundam. 0 mesmo e ou foi utilizado no beneficiamento de carvao no Lavador de Capivari, em Tubarao (SC), e em Charqueadas, Sao Jeronimo (RS); na separa<;aode diamantes em NorteIandia (MS); e na separa<;aode finos de minerio de manganes em Serra do Navio (AP). A titulo de comentario curiosa, citamos0 fato - que nos parece bastante ilustrativo destas ideias - que nos foi contado pelo saudoso e sempre lembrado engenheiro Gildo Sa: num garimpo de tantalita no nordeste do Brasil, ele encontrou urn garimpeiro que separava particulas de tantalita de particulas de columbita (absolutamente nao distinguiveis na base da cor, brilho, densidade ou forma) pela s~nsa- <;aode temperatura que ele tinha quando as segurava na mao. E que urna das especies minerais, por ter maior capacidade termica, retirava mais calor da mao, transmitindo urna sensa<;;aode frieza, suficiente para que 0 garimpeiro pudesse fazer a separa<;;ao. Note que s6 usamos Propriedades Flsicas. De acordo com a defi- nic;iioclassica, em nenhuma operac;iiounitaria de Tratamento de Minerios pode ser introduzida qualquer alterac;iio da estrutura interna da materia. Reac;oes quimicas, metalurgicas ou ceramicas fogem do escopo do Trata- mento de Minerios. Esta defini<;;aoe atualmente contestada por urn numero crescente de estudiosos. Veja-se,a respeito, a discussao fei- ta por Horta (1). Conforme ja foi visto, na generaliza<;;aomaxima que se pode fazer, qualquer processo de concentra<;;aode minerios pode ser des- crito como a capacidade de se dar a urn ou mais componentes de urna mistura heterogenea uma velocidade diferente da velocidade mantida pelas demais especies minerais presentes. Para que tais velocidades diferenciais possam ser dadas, e necessario que exista alguma diferen<;;ade propriedades fisicas. Mencionando 0 exemplo da cata manual, descrita acima: ba- seado em caracterfsticas de cor, forma e aparencia, 0 operador esco- lhe as particulas desejadas, apanha-as com a mao (imp6e-lhes urna velocidade vertical), enquanto que as demais particulas permane- cem sobre a correia (velocidade vertical zero). Da mesma forma, no meio denso a especie mais leve b6ia (move-se para cima) e a pesada afunda (move-se para baixo). o processo de flotac;iio (em ingles, froth flotation) e talvez 0 pro- cesso mais importante do ponto de vista da tonelagem de minerios processada em todo 0 mundo. Ele e alguns process os correlatos base~am-seem propriedades muito menos evidentes que as anterio- res. E uma separa<;;aofeita nurna suspensao em agua (polpa). Como nos demais, as particulas san obrigadas a percorrer um trajeto e, num dado instante, as particulas que se deseja £lotar san levadas a abandona-Io, tomando 0 rumo ascendente. A diferencia<;;aoentre as particulas e dada pela capacidade das mesmas se prenderem a (ou prenderema si) bolhas de gas (geralmente ar). Se urna particula consegue capturar urn nlimero suficiente de bolhas, a densidade do conjunto particula-bolhas toma-se menor que a do £luido e 0 con- junto se desloca verticalmente para a superficie, enquanto que as demais particulas mantem inalterada a sua rota. A capacidade de atrair ou repelir as bolhas de ar e obtida mediante a adi<;;aocriteriosa de compostos quimicos ao sistema. As situa<;;6esmostradas nas figuras 2 e 3 san simplifica<;;6es pois, na realidade, raramente aparecem popula<;;6esminerais com as particulas totalmente liberadas. Na maio ria das vezes, as parti- culas sao mistas (ou intercrescidas), compostas de ambas as especies minerais (ver figura 4). 0 conceito de concentrac;ao deve entao ser corrigido, conforme sera mostrado no item Curva de seletividade. o Certas utilizac;6es exigem que as particulas da especie mine- ral tenham tamanhos adequados. Por exemplo:- minerio de ferro usado "in natura" em alto forno nao pode ser fino, para nao impedir a passagem do ar soprado para dentro dele (alto fomo). Nao pode tambem ser excessivamente grosso, pois se assim 0 for a reac;aode reduc;ao demorara muito ate chegar ao cen- tro da particula. 0 minerio de ferro natural utilizado em alto fomo e chamado "lump" e deve, por isso, ter tamanho entre 2 e 8", admi- tindo um maximo de 20% de particulas com tamanho inferior a 2 ". - 0 vidro e fabricado num processo continuo a partir de uma materia-prima basica, que e a areia. Nao e possivel admitir finos, pois estes poderiam gerar poeiras no inicio do processo produtivo. Tais poeiras se depositariam sobre 0 vidro ja acabado, mas ainda quente, prejudicando a qualidade da sua superficie. Nao se pode, por outro lado, utilizar particulas muito grosseiras, pois elas pode- riam nao fundir totalmente no processo de fabricac;ao, fazendo com que 0 produto acabasse apresentando defeitos discemiveis vi- sualmente. A especificac;aofica - 20 + 140 # (0 simbolo # emesh, uma unidade de tamanho usada em Tratamento de Minerios e que sera apresentada no item Tamanho). Geralmente, as materias-primas industriais devem atender a exigencias tanto quimicas como granulometricas. Eventualmente podem ser exigidas outras propriedades e, ainda, uma mesma subs- tancia mineral pode ter que atender a exigencias diferentes para diferentes aplica<;;6es.Os exemplos que se seguem, de especifica<;;6es comerciais, sac auto-explicativos. a - areia para vidraria: granulometria: - 30 #, < 2% - 140 #; · teor minimo de ferro (0,02% maximo), para nao afetar a cor do vidro; · isen<;;aode minerais refratarios como a turmalina, por exem- plo, para evitar a ocorrencia de defeitos punctuais; · admite "impurezas" que venham a ser adicionadas no processo de fabrica<;;ao do vidro, como alumina, cal (ou carbonato de calcio), feldspato e outros. b - areia para concreto: · granulometria: +3/8" -3/8"+4# -4+16# -16+50# -50+100# %retida: 0 0 a 5 20 a 55 70 a 90 90 a 98 · forma das particulas: graos clibicos ou esfericos sac melhores que graos chatos, compridos ou em forma de discos. · composi<;;ao quimica: 503 < 1% para concreto armado < 5% para concreto ciclopico materia organica < 0,25% a1calis < 1% total das impurezas < 3% do peso do agregado c - talco para cosmeticos: · alvura superior a 92 GEG; · granulometria: 99,6% menor que 44 Jlm; · pH entre 6,5 a 9,5; · teor controlado de elementos toxicos: As < 3 ppm; · isen<;;aototal de minerais aciculares (por exemplo, tremolita, o popular "po de mico"). d - talco para carga de papel: · alvura entre 77 e 87 GEG; · granulometria: 95% menor que 44 Jlm; · particulas de formato lamelar. e - cal para constru~iio civil: · pureza baixa - admite silicatos; · nao admite a presen<;;ade MgO; · finura maxima para dar rea<;;aorapida e massa homoge- nea; · calcina<;;ao total. f - cal para conversores LD: · minima teor de silicatos; · admite MgO; · granulornetria entre 4 e 40 J.lrn - particulas rnais finas san sopradas para fora do conversor, particulas rnais grosseiras podern nao fundir. · ca1cinaC;aototal. Operas:oes Unitarias de Beneficiamento Todo circuito de beneficiamento e constituido por uma sequencia de opera<;6esque se denominam opera foes unitarias, por- que elas sac sempre as mesmas. 0 que varia e a combina<;aoe a sequencia delas, para atender a urn determinado objetivo, ou para atender as caracteristicas espedficas de urn determinado minerio. As opera<;6esunitarias podem ser esquematicamente agrupadas em: - operafoes de cominuifiio: visam colocar as particulas mine- rais no tamanho adequado as diferentes opera<;6esa que devem ser submetidas. Sao elas basicamente os sucessivos estagios de britagem, necessarios para permitir 0 transporte continuo do mi- nerio (e tambem a sua estocagem e homogeneiza<;ao),e a moagem para liberar as particulas de apatita das particulas dos minerais de ganga. Estas opera<;6es sac sempre auxiliadas par opera<;6es de separafiio de tamanhos, em peneiras e classificadores. - operafoes de concentrafiio: visam separar as particulas das diferentes especies minerais. - operafoes auxiliares: que transportam os diferentes produtos intermediarios entre uma opera<;aounitaria e outra e separam a agua contida nesses produtos. Muito resumidamente, sac elas: transporte de s6lidos particulados, transporte de s6lidos em sus- pensao em agua (em polpa), estocagem e homogeneiza<;ao em pi- lhas, estocagem em silos, espessamento, filtragem e secagem. o livro Manual de Usinas de Beneficiamento, de Adao B. da Luz e Salvador L.M.Almeida, publicado pelo Centro de Tecnologia Mineral, CETEM, do Conselho Nacional do Desenvolvimento Ci- entifico e Tecnol6gico, CNPq, em 1989(2),descreve 0 processo pro- dutivo e apresenta fluxogramas e as caracteristicas dos equipa- mentos principais de processo do circuito de beneficiamento de fosfato da Serrana S.A de Minera<;ao,entre muitas outras usinas. Sucintamente, esse texto mostra que 0 minerio era, na epoca: - britado em tres estagios sucessivos, - homogeneizado em pilhas alongadas, - moido em moinho de barras, circuito fechado e com urna opera<;aode separa<;ao magnetic a intercalada, - deslamado em quatro estagios sucessivos de ciclonagem, - condicionado com os reagentes que participam do processo de flota<;ao, - flotado em urn circuito de celulas de flota<;aoconvencio- nais, complementado por celulas pneumatic as, - espessado e filtrado, - secado em fomo rotativo. Nunca uma opera<;aounitaria sozinha e suficiente para for- necer urn produto final. Geralmente saDnecessarias varias opera- <;6esunitarias que combinadas,levam do minerio inicial ao produ- to final. A figura que representa 0 processo produtivo e chamadaflu- xograma. Ela representa as opera~oes unitarias, nao os equip amen- tos. A escolha da sequencia correta destas opera<;6ese que vai de- terminar 0 sucesso de urn dado circuito. As figuras 5 e 6, tambem extraidas de Da Luz e Almeida (2), apresentam dois fluxogramas de tratamento de mesma subsHincia mineral (carvao) com diferentes graus de complexidade. As figurinhas representam opera~oes e nao equipamentos. 0 fluxogra- 12 ma mais abrangente e completo possivel apresentaria opera<;6es unihirias dos seguintes tipos: - redu<;ao de tamanhos: britagem ou moagem, - separa<;ao de particulas de tamanhos diferentes: peneiramento, c1assifica<;ao,deslamagem ou desempoeiramento, - concentra<;ao:magnetica, eletrostatica, flota<;ao,meio denso, lamina d'agua, jigagem, cata<;aoetc., - auxiliares: desaguamento (espessamento, filtragem e outros), secagem e embalagem, - manuseio: transporte de s6lidos, transporte de polpas, estocagem e homogeneiza<;ao. Como ja foi dito, as opera<;6esde tratamento de minerios sao feitas, sempre que possivel, em meio aquoso, que se diz Ita umido". Isto e uma regra tilo geral, que esse Jato nem sequer e meneionado; a situar;ilo contniria, isto e, 0 Jato de 0 minerio estar sendo proeessado a seeo, e que preeisa ser mencionado. A mistura de minerio e agua e chamada polpa. Uma polpa de um concentrado qualquer, obviamente, nao pode ser comercializada - e necessario eliminar a agua contida, razao por que as opera<;6esde desaguamento e secagem tem a sua participa- <;aosempre garantida em qualquer fluxograma. OJ 2 PENEIRAS ~tAQO VIBRATORIA ~\-tA"O~o' 0 ~~~~~",,~----~~-:-;~-c------l _~ \\\f?, OLEO 'OLEO '1 P1LHA EMERGENCIA 2 I // 14 CICLONESW.O.C. DIESEL DIESEL 1 ra=-~=::::::==============-- CONICOS' :AARvAO8,RITADO <, ~ ==- = /// :. . r--7---' IRESERVJIlll5RCJ-, r -, I IAGUA I I I: I 1 aog.iil SILO I I I I I I I______ t ; I ~ I CAIXA DE I gl 0 I MISTURA I "'I Z 1 I ~I ~l I ~I 3 PENE(RAS '~I : ~ I VIBRAT6RfAS I -28M ,I °1 : - - - - - _y ~I I '~·I f I -'80M I I 1r -100M I 1 I I 1 I : I 8ACIADECANTAcAo RIO MAE LuzlA ,- - - • .1 L__~-~ ~4 Figura 5 - Fluxograma da usina de beneficiamento da mina Verdinho - Carbonifera Criciuma S.A. (apud 2) I r 1 ' J o 0 0 0 :'J. . ( d 2) ~_~oo 00 00 00 00. • I vador de Capivan apu6 Fluxograma de beneficlamento no aFigura - Outros Conceitos Importantes Define-se teor como a massa de urn elemento ou substanda pura, referido a massa total em considera<;ao. Pensemos numa substanda pura, por exemplo 0 oxido de dIdo, CaO, constituinte basico das cales virgens. Essa substanda e constituida de duas espedes at6micas diferentes: 0 dIdo, de peso at6mico 40 e 0 oxigenio, de peso at6mico 16. a seu peso molecular e, portanto, 40 + 16 = 56. a teor de dIdo sera de (40/56) x 100 = 71,4% de calcio. Consideremos outra substanda, tambem pura, ou seja, sem contamina<;ao alguma, nao mais uma cal, mas uma doloma, CaO.MgO. Como 0 peso at6mico do magnesio e de 24, 0 peso molecular da doloma passa a ser 40 + 16 + 24 + 16 = 96 e 0 teor de cakio passa para (40/96) x 100 = 41,7% de cakio. au seja, a massa de dIdo contida e sempre a mesma, mas a massa total da molecula variou, variandoem consequenda a rela<;aoentre ambas, que e 0 teor de dIdo. Esses dois exemplos referiram-se a substfmcias puras. Quan- do elas nao san puras, isto e, estao diluidas por outras substandas diferentes, 0 conceito permanece 0 mesmo. Imaginemos que a nos- sa doloma tenha tambem 20% de substandas estranhas (somente 80% da massa da nossa amostra e doloma - 20% san outras subs- tandas, argila, por exemplo). a tear de cakio passara a ser 33,4% de cakio. A figura 7 e auto-explicativa. o 100% rnassa 100% dalarna 41,7% Ca 100% rnassa 80% dalarna 33,4% Ca Em Tratamento de Minerios, teor significa sempre a quanti- dade das substancias que nos interessam, referida a quantidade total da amostra (peso seco). ° conceito e amplo e podemos nos referir a: - teor de um elemento: g de Duro por t de minerio (ppm) ou % Fe em urn minerio ou concentrado; - teor de uma substaneia ou mineral: quilates de diamante por m3 de cascalho ou % de caulinita em uma argila; - teor de alguma eoisa que nem sequer tenha existencia real: % de P20S nurn fosfato; - teor de um eonjunto de minerais, substaneias ou elementos: % terras raras num mineral, % minerais pesados num concentrado, ou % de ~03 nurn minerio (~02 = Al203 + Fe20) Polpas e s6lidos particulados Em tecnologia mineral trabalha-se com s6lidos particulados, ou seja, compostos de particulas. Estes s6lidos podem ser manipu- lados com a umidade natural com que se apresentam, sem que se adicione qualquer quantidade de agua a mais, ou sem necessidade de secagem, e esta circunstancia e dita a seeo. Operac;ao "a seeo" nao signifiea, portanto, que 0 material tenha sido seeado! Isto e a regra geral para abritagem, estocagem em pilhas, ensilagem e peneiramento grosseiro. As demais operac;6es,ou seja, 0 peneiramento fino, a mo- agem e c1assificac;aoe as operac;6es de concentrac;ao sao, via de regra, executadas a umido. Isto significa que sao adieionadas quanti- dades substanciais de agua, formando uma mistura, chama.da polpa, em que as partieulas s6lidas estao em suspensao em agua. E sempre muito mais conveniente trabalhar a umido que a seco, porque a agua facilita 0 transporte do minerio, retira 0 excesso de calor ge- rado, impede a gerac;aode poeiras etc. A quantidade de agua, sem- pre presente, entao, no minerio ou s6lido granulado que esta sen- do manuseado, pode ser quantificada de duas maneiras: -umidade e a quantidade ~e agua presente no s6lido dividida pela massa de s6lidos (seca). Eo que se chama umidade base seca e e a referencia normalmente utilizada em Tratamentos de Mineri- os. Sempre que nos referirmos it umidade, referir-nos-emos it base seea, salvo men~ao ao eontrario. Existe uma outra umidade, que e a urnidade base limida, muito conveniente para a industria ceramica, para 0 projeto de transportadores continuos, de transporte em caminhao, mas que nao e tao pratica para os nossos objetivos como a umidade base seca. - porcentagem de s6lidos e a massa de s6lidos (seca) dividida pela massa de polpa (massa de s6lidos mais massa de agua). Sem- pre que nos referirmos a porcentagem de s6lidos, referir-nos-emos a porcentagem de s6lidos em peso, salvo menr;ao expressa em contnirio. Novamente, aqui, outros grupos costumam utilizar a porcentagem de s6lidos em volume, mas isto tambem e coisa deles. N6s s6 fala- remos em porcentagens em volume no bombeamento de polpas e no dimensionamento de cic10nesc1assificadores. Dizer que uma polpa tern 15% de s6lidos significa que, em 100 g de polpa, existem 15 g de s6lidos. Existirao, portanto, 85 g de agua. Em termos de vazao, se a vazao dessa polpa for 200 t/h, estarao passando 30 t/h de s6lidos e 170 t/h de agua.Na lista de exerdcios existem alguns que tomara9 0 leitor familiarizado com umidades e porcentagens de s6lidos. E conveniente tentar resolve- los sozinho, antes de acompanhar a resoluc;ao ja feita. Solu~ao: em Tratamento de Minerios, dilui<;6esde polpa saD sempre expressas em peso, a menos que explicitamente menciona- do 0 contrario! Assim, 100 g de polpa, das quais 10% saD s6lidos significa que 10 gsao de s6lidos e 90 g saDde agua. Solu~ao: nao muda nada, exceto que a unidade agora nao e mais de massa, mas de vazao. Se 4,5 t/h de s6lidos correspond em a 10% de uma polpa, a massa total da polpa (s6lidos + agua) sera: 4,5 t/h - 10% ... 4,5 = 100 = Q = 45 t/h de polpa. x 100% 10 0,1 Se nessas 45 t/h, 4,5 saD de s6lidos, a vazao de agua sera 45 - 4,5 = 40,5 t/h. Solu~ao: analogamente, 150 x 10/100 = 15 g de s6lidos 150- 15 = 135 g de agua. Solu~ao: 4,5/0,2 = 22,5 t/h de polpa 22,5 - 4,5 = 18 t/h de agua. Solw;ao: 100g de polpa terao 90 g de agua e 10 g de s6lidos. as volumes ocupados serao: volumede agua = 90/1 = 90,0 ml de agua, volume de s6lidos ::::10/3 = 3,3 ml de s6lidos, volume de polpa = 93,3ml de polpa. Solu~ao: 35%: 300/0,35 = 857,1 t/h polpa 857,1t/h polpa - 300,0t/h s6lidos= 557,1t/h agua 60%: 300/0,60 = 500 t/h polpa 500 t/h polpa - 300 t/h s6lidos = 200 t/h agua. Portanto, agua a adicionar = 557,1- 200 = 357,1 t/h agua = 357,1m3/h agua. Solu~ao: 35%: 300 t/h s6lidos/2,65 = 113,2m3/h s6lidos 113,2+ 557,1= 670,3m3/h de polpa. 60%: 300 t/h s6lidos = 113,2m3/h s61idos 113,2+ 200 = 313,2m3/h de polpa. Solu~ao: 8%: 300/0,08 - 300 = 3450 t/h agua= 3450 m3/h agua 300/1,7 = 176,5m3/h carvao 3450 + 176,5= 3626,5m3/h de polpa. 6%: 300/0,06 - 300 = 4700 t/h agua = 4700 m3/h agua 300/1,7 = 176,5m3/h carvao 4700 + 176,5 = 4876,5m3/h polpa. Note que no exerdcio 7 para passar de 60 para 35% de s6li- dos (varia<;;aode 25%) foi necessario adicionar 357,1 m3/h. No exerdcio 8 para passar de 6 para 8% (varia<;;aode apenas 2%) foi necessario adicionar 1250 m3/h ! Solu~ao: umidade base seca = massa de agua x 100 massa de s6lidos Admitindo 100 g de s6lidos, teremos: 10 g agua e 110 g de s6lidos + agua. umidade base Umida = massa ~e agua x 100 = _1~ massa de s6lidos+massa de agua 110 o conceito mais importante do Tratamento de Minerios e tambem a ferramenta mais utilizada pelo engenheiro tratamentista e 0 balanw Ele consiste em nada mais nada menos que a aplicac;;aopura e simples da Lei de Lavoisier: todas as mass as que entram numa operac;;ao de tratamento tem que sair em seus produtos - nao ha gerac;;ao,nem consumo de massa no Tratamento de Minerios! Estudemos 0 conceito de balanc;;os atraves do exemplo da operac;;ao unitaria mostrada na figura 8. !Alimentagao40Vh10% umidade50% Fe Concentrado 25Vh 64% Fe 7% umidade Rejeito ? Vh ? umidade ? % Fe Figura 8 • Operayao unitaria e seus fluxos de alimentayao e produtos o balanr;o de massas corresponde a soma das vaz5es massicas de minerio, 40 = 25 + x, onde x e a vazao do rejeito. Para satisfazer a Lei de Lavoisier, x s6 pode ser 15 t/h. Na alimentac,;ao existem 40 x 0,5 = 20 t/h de Fe contido. No concentrado, 25 x 0,64 = 16 t/h de Fe contido. Para atender a Lei de Lavoisier, no que se refere as massas de ferro contido, a quantidade de ferro que sai com 0 rejeito s6 pode ser 20 - 16 = 4 t/h de Fe contido. Este balanc,;o, 20 = 16 + 4 e chamado bala11l;;o metalurgico e corresponde a aplicac,;aoda Lei de Lavoisier para 0 metal contido. Entretanto, expressa-se-o atravesdos teores do metal na alimenta- c,;ao,concentrado e rejeito. o teor de Fe do rejeito e 4 t/h Fe x 100 = 26,7% Fe no rejeito. 15 t/h totais Na alimentac,;aoexistem 40 x 0,1 = 4 t/h de agua contidas. No concentrado, 25 x 0,07 = 1,75 t/h de agua contidas. Para atender a Lei de Lavoisier, a quantidade de agua que sai com 0 rejeito s6 pode ser 4 - 1,75 = 2,25 t/h de agua contidas. Este balanc,;o, 4 = 1,75 + 2,25 e chamado balam;;o de agua e corresponde a aplicac,;aoda Lei de Lavoisier para as mass as de agua que acompanham a alimentac,;aoe os produ- tos. Entretanto, 0 mesmo e expresso atraves das umidades da alimen- tac,;ao,concentrado e rejeito. A umidade do rejeito e, entao: 2,25 t/h de agua ------- x 100 = 15% de umidade 15 t/h de s6lidos Os balanc,;os de massas, de agua e metalurgico da figura 8 ficarao, entao, expressos como mostrado na figura 9. !Alimentag8.o40 t/h10% umidade50% Fe Concentrado 25 t/h 7% umidade 64% Fe Rejeito 15t/h 15% umidade 26,7% Fe Figura 9 - Balangos de massas, de agua e metalurgico completos da operagao unitaria mostrada na figura 8 Urn processo de benefidamento de um mmerio qualquer (e que e representado pelo desenho chamado fluxograma) e sempre a soma de muitas operac;6esunitarias. Cada uma delas deve ter os seus balanc;os de massas, metalurgico e de agua. Usualmente, e util, ou necessario, para casos especificos, fazer ainda outros ba- lanc;os- balanc;osvolumetricos, balanc;osde polpa etc. A ideia e 0 objetivo SaDsempre os mesmos. Como 0 procedimento mostrado acima acaba tomando-se muito trabalhoso e sujeito a erros, adota- se uma representac;ao grafica, que fadlita muito 0 trabalho, como passamos a explicar: a - a bandeira mostrada na figura 10 passa a representar 0 fluxo. Cada janelinha da bandeira representa urn parametro es- pecifico do processo que esta sendo acompanhado. b - cada balanc;o passa a ser feito na janelinha correspon- dente. Desta forma, a figura 9 passa a ser representada conforme a figura 10. Alimenta,ao 40 44,0 - 4,0 10 - 20 50 Concentrado I Opera<;ao I 25 26,75Unitaria I - 1,75 7 - 16,0 64 Rejeito 15 17,25 - 2,25 t/ h 15 - %de 4,0 26,7 mni Identifica,ao do Fluxo s6lidos t / h polpa s6lidos m3 / h agua dade m3 / h polpa t / h elQutil %elementoutil E importante comentar, neste ponto, que todos estes exerci- dos se referem a situac;6es de perfeito equilibrio da usina, ou a balanc;osmedios de urn dado periodo de operac;ao.Na pratica in- dustrial ocorrem variac;6esinstantaneas durante todo 0 tempo em que se esta trabalhando. Fechar os balanc;osde uma usina a partir das medidas experimentais (valores instantaneos) e tarefa bastante dilicil e que exige metodos mais sofisticados. Uma boa discussao desses metodos e urn programa de computador para isso sao apre- sentados nas referencias (3 e 4). Vamos fazer agora alguns exerdcios sobre balan<;;osde mas- sas, metahirgicos e de agua. Existem varias profissoes e oficios em que so e possivel aprender a fazer, fazendo. Engenharia de Pro- cessos e urn deles. Portanto, mao a obra! Somente resolvendo os exerdcios e que voce adquirira desembara<;;oe competencia. Nao deixe, portanto, de tentar resolve-los, primeiro sozinho, depois con- ferindo com 0 exerdcio resolvido. Finalmente, de-se ao trabalho de acompanhar passo a passo a resolu<;;aofeita por nos, onde as duvidas que deverao ter aparecido estarao sendo solucionadas. Solu~ao: a - vazao de rejeito = 40 - 25 = 15 t/h b - Fe contido no rejeito = Fena alimenta<;;ao- Feno concentrado = 40 x 0,48 - 25 x 0,64 = 3,2 t/h. Entao, % Fe rejeito = (3,2/15) x 100 = 21,3% Fe. e - vazao de polpa da alimenta<;;ao= 40/0,48 = 83,3 t/h vaza.o de polpa do rejeito = 15/0,3 = 50,0 t/h vaza.o de polpa do concentrado = 83,3 - 50,0 = 33,3 t/h. Como a vazao de solidos do concentrado = 25 t/h, a % soli- dos do concentrado e (25/33,3) x 100 = 75,1%. d - vazao de agua da alimenta<;;ao= 83,3 - 40 = 43,3 m3/h vazao de agua do concentrado = 33,3 - 25 = 8,3 m3/h vazao de agua do rejeito = 50,0 - 15 = 35,0 m3/h. alimenta<;ao concentrado rejeito vazao de s61idos (t/h) 40,0 25,0 15,0 48,0 48,0 75,1 64,0 30,0 21,3 vazao de polpa (t/h) 83,3 33,3 50,0 vazao de agua (t/h) 43,3 8,3 35,0 Solu~ao: a "regra dos dois produtos" nada mais e do que a expressao do balan<;ometalurgico. Vamos deduzi-la. Seja uma alimenta<;aocaracterizada por uma vazao ma e por urn teor ta e urn concentrado e urn rejeito, caracterizados respecti- vamente por vaz6es me e my e teores te e ty. As express6es dos balan<;osde massas e metalurgico sac respectivamente: ma = me + Il\ ma X ta = me X tc + mr X tr . Explicitando mr na primeira equa<;aoe substituindo na segunda, fica: me _... -- = recupera<;ao =ma recupera<;ao metalurgica = recupera<;ao x teor do concentrado teor da alimenta<;;ao I,. ta - tr tcou,recuperafiio meta urglca = --- x- tc - tr ta Estas duas formulas constituem uma das ferramentas mais uteis de que 0 tratamentista dispoe. o exerdcio fica: _ 48 - 213 267recupera<;;ao= '= -'- = a 625 ou 62 5%64 - 21,3 42,7' , - t I" 48 -21 3 42 7 0 83 830/recupera<;;aome a urglca = 64 -21;3 x 26,7 =, ou /0. t/h s6lidos % s6lidos densidade alimenta<;ao 50 104,2 48 54,2 - 48 t/h polpa m3/h agua teor do elemento util. Solu~ao: a opera<;aounitaria pode ser representada grafica- mente como: alimenta<;ao concentrado 40 83,3 - - 25 33,348 43,3 -- -- 75,1 8,3 - 48 - 64 '7 rejeito 15 50 30 35 - 21,3 mes111atecnica, complete os balam;os daspaginas seguintes. 300 95 3,6 40 J ~#o britagem secundaria ~stocagem mtermediaria ~ .F;;=F1.. . ~ . peneiramento t/h s6lidos t/h polpa % s6lidos m3/h agua densidade teor m3 /h s6lid. m3/hpolpa o~ O~ separa~ao magnetica 40 3,08 8 o ba de industrta - a de que nem sempre e possivel tomar amostras ou medidas de vazao em todos os pontos de um cireuito, Outros val ores, espeeialmente de poree ta ens de s6lidos, traduzem parametros de pr 'sso, sao impositivos, Ainda mais, ou 'dos sao poueo eonfiaveis e por isto prezados Soluc;ao: 1° tempo Inicialmente vamos resolver os balam;os de massas e de agua. Devemos come<;;arsempre pelo mais facil ou mais 6bvio, procu- rando apenas completar as informa<;;6esa serem apresentadas em cada bandeira. Os algarismos arabicos ao lado das bandeiras indi- cam a sequencia seguida para preenche-Ias. 1 - alimentafiio do circuito: 300/0,95 = 315,8 315,8 - 300 = 15,8 2 - produto do britador: tudo 0 que entra no britador tem que sair por aqui. Portanto, esta bandeira tem que ser absolutamente igual a bandeira da alimentafiio (1). 3 e 4 - produtos do peneiramento: 300 - 200 = 100 100/0,98 = 102 102 - 100 = 2 15,8 - 2 = 13,8 200 + 13, 8 = 213,8 (200/213,8) x 100 = 93,6% 5 - criamos uma bandeira auxiliar representando a alimenta- fiio da pilha. Esta bandeira nao existia no fluxograma original, mas como ela e de nossa convenH~ncia,n6s a abrimos quando e onde quisermos. 5 sera a soma das bandeiras 4 e 3 ou, 0 que da no mesmo, sera igual as bandeiras 1 e 2. 6 - ap6s a pilha, a vazao de s6lidos muqou. A vazao indicada e exatamente 1/3da vazao antes da pilha. Eo caso, par exemplo, da britagem e rebritagem trabalharem apenas urn turno diario e b peneiramento e separa<;aomagnetica trabalharem 3 turnos. Todas 115 caracteristicas permanecem as mesmas (% s6lidos, densidade e teor). Apenas as vaz6es e que variam. 100/0,95 = 105,3 105,3 - 100 = 5,3 7 e 8 - como nao dispomos dos valores de vazao para fechar os balan<;os,mas temos os teores da alimenta<;aoe dos produtos, podemos faze-lo pela REGRA DOS DOIS PRODUTOS. R = ta - tr = 40 - 30 = 0 677 = 67 7% t - t 45 - 30' ,c r Portanto, 67,7% da alimenta<;aovai para 0 produto de mai- or teor, no caso, 0 oversize. 100 x 0,667 = 66,7 100 - 66,7 = 33,3 33,3/0,5 = 66,6 66,6 - 33,3 = 33,3 66,7/90 = 74,1 74,1 - 66,7 = 7,4 verificafiio do balanfo de aguas: 7,4 + 33,3":f- 5,3! o balan<;o de aguas nao fecha! Escandalo! Como a Lei de Lavoisier nao foi revogada ainda, a conc1usao a que podemos che- gar e de que entrou agua no peneiramento. A quantidade de agua adicionada,entao, e a necessaria para fechar 0 balan<;o: 7,4 + 33,3 - 5,3 = 35,4 m3/h, adicionados na peneira. 9 e 10 - 33,3 - 0 = 33,3 281,8 - 0 = 281,8 0/281,8 = 0 (0 tear, obviamente, tambem e 0) 33,3 / 0,65 = 51,2 51,2 - 33,3 = 17,9 verificafiio do balanfo de aguas: 281,8 + 17,9 - 33,3 ":f- O! Partanto, entrou agua na opera<;aode cic10nagem (na caixa de bomba): 281,8 + 17,9 - 33,3 = 266,4 m3/h. 30 300 315,8 95 158 3,6 40 .1DUo~~~~f:i~100 95 300 315,8 0 3,6 95 15,8 3,6 40 100 102 98 2 40 200 213 8 93,6 13,8 315,8 15,8 '5' 40 \V britagem secundaria 105,3 5,3 40 'f;{;35,4 m3 agua/h ~ " '" '" . peneiramenta CD 66,7 74,190 74 45 @ 33,3 333,0 10 2997 30 266,4m3 agua/h + t/h solidas t/h palpa % solidas m3/h agua densidade tear m3/h solid. m3/h palpa 2818 2818 o separa<;:aamagnetica 398 239 8 Vamos entao, apenas a titulo de curiosidade, criar uma ban- deira para representar a alimenta<;;ao da cic1onagem: 11 - 266,4 + 33,3 = 299,7 = 281,8 + 17,9 299,7 + 33,3 = 333,0 33,3/333,0 = 10%. o teor, obviamente, e 0 mesmo da bandeira 7. 12 e 13 - novamente somos obrigados a utilizar a regra dos dois produtos: R = ~~ ~ ~ = 0,52 ou 52%. 0,52 x 33,3 = 17,4 t/h = vazao de s6lidos no concentrado (fluxo de maior teor) 33,3 - 17,4 = 15,9 15,9/04 = 39,8 39,8 - 15,9 = 23,9 17,4/0,6 = 29,0 29,0 - 17,4 = 11,6. Verifica<;;ao do balan<;;o de agua: 23,9 + 11,6 - 17,9 :f:. O! Portanto, 23,9 + 11,6 - 17,9 = 17,6 m3/h agua adicionados no separador magnetico (ou na sua alimenta<;;ao). Como nao existe, nas bandeiras, uma cas a para as t/h do elemento ou substancia uti! contidas em cada fluxo, anotaremos esse valor ao lado da casa do teor. 1 -300 x 0,4=120 -e 0 mesmo valor que tem que aparecer em 2 e 5. 3 - 100 x 0,4 = 40 4 - 120 - 40 = 80 (80/200) x 100 = 40 6 - 100 x 0,4 = 40 51,2 @ 17,9 17,6 m3 agua/h30_tJl 333,0 10 "'/Q 117,4 1290 299 7 ® 60 11,6 30 10,0 0 3,8 50 8,7 separa<;aomagnetica 300 315,8 95 158 3,6 40 1201 .~ 35,4 m3 agua/h ~ 'S-z'~" 0 66,7 741 " 90 74 45 peneiramento U IlO br~ta~e.mU' pnmana 100 1053 95 53 36 40 40300 3158 0 95 15,8 3,6 40 120 33,3o 50 100 102 98 2 40 40 CD 200 213 8 93,6 13,8 40 80 britagem secundaria t/h s6lidos t/h polpa % s61idos m3/h agua densidade teor m3/h s6lid. m3/h polpa 2818 281,8 o Hi aqui uma diferenc;ade 0,5 t/h. Isto e um erro acumulado dos sucessivos arredondamentos dos valores analiticos. Se aceitar- mos 30% como 0 valor correto, 0 teor do oversize tera que ser: 100 x 0,4 - 33,3 x 0,3 x 100 = 44,3%. 67,7 12 - 15,9 x 0,08 = 1,3 13 - 17,4 x 0,5 = 8,7 Verificac;aodo fechamento do balanc;o metahirgico na sepa- rac;aomagnetica: 10 = 1,3 + 8,7. . massa massadensldade = --- , donde: volume = ---- volume densidade (no caso, densidades reais). volume de polpa = volume dos s6lidos + volume da agua. 1 - 300/3,6 = 83,3 83,3 + 15,8 = 99,1 Estes valores se repetem em 2 e 5. 6 - 100/3,6 = 27,8 27,8 + 5,3 = 33,1 12 - 15,9/3,08 = 5,2 5,2 + 23,9 = 29,1 13 - 17,4/3,8 = 4,6 4,6 + 11,6 = 16,2 10 - Na separac;ao magnetica foram adicionados 17,6 m3/h de agua. Este valor nao esta presente no fluxo 10. Entao: vazao de polpa em 10 = 16,2 + 29,1 - 17,6 = 27,7 300 315,8 95 158 3,6 40 1201 83,3 991 U n br~tal?e.myO pnmana 300 315,8 0 95 15,8 3,6 40 120 83,3 991 CD CD 100 102 200 2138 98 2 93,6 138 36 40 40 36 40 80 278 298 556 300 315,8 CD~#O 95 15,83,6 40 120833 991 britagem secundaria 266,4m3 agua/h.~ 105,3 5,3 40 331 ~I 35,4m3 agua/h ~ '~."-~" 0 66,7 741 -" 90 74 3,7 45 180 24 . peneiramento t/h s6lidos t/h polpa % s6lidos m3/h agua densidade teor m3/h s6lid. m3/h polpa 33,3 66,6 7 50 33,3 0 28183,4 30 0 2818 9,8 431 0 2818 29,0 11,6 50 8,7 15,9 398 40 239 308 8 1,3 52 291 27/7 - 17/9 = 9/8 = volume dos s6lidos densidade dos s6lidos = 33/3/9/8 = 3/4. 11 - 33/3/3A = 9/8 - e 0 mesmo valor de 7 9/8 + 299/7 = 309/5 7 - 9/8 + 33/3 = 43). No peneiramento entram 27,8 m3/h de s6lidos e saem no undersize 9,8. A vazao volumetrica dos s6lidos no oversize e, por- tanto: 27,8 - 9,8 = 18,0 18,0 + 6A = 24,4 66,7 / 18,0 = 3,7. 9 - como 0 fluxo e s6 de agua, idealmente nao existe s6lido. Nao coloque, entre tanto, 0 nas casas correspondentes. Coloque urn -, que e mais correto. 0 volume de polpa e 0 volume de agua. Para 3 e 4 teremos que adotar um volume estimado ("chutar"). Mas como "chutar" dentro do gol?Como estimar um valor coerente? A soluC;;aoe, portanto, usar 0 melhor do seu born senso e depois verificar os calculos. Se estes estiverem errados, muito prova- velmente a fonte do erro sera 0 valor da estimativa e e ai que a correfi'io deve ser feita. No nosso caso, esta estimativa e faci!oNote que a densidade aumenta com 0 teor. Para teores de 40%, temos 4 bandeiras com a mesma densidade 3,6. E este 0 valor que adotamos: 100/3,6 = 27,8 27,8 + 2 = 29,8 200/3,6 = 55,6 55,6 + 13,8 = 69,4. Verifica<;aodo balan<;ovolurnetrico: 27,8 + 55,6 = 83,4 i:- 83,3. Ha, portanto, urn erro de 0,1m3/h, que ou decorre da estima- tiva adotada, ou de erros acurnulados nas opera<;oesaritmeticas. Corrigindo a bandeira 4, ela fica: vazao de s6lidos = 83,3 - 27,8 = 55,5 vazao de polpa = 55,5 + 13,8 = 69,3 densidade = 200 = 3,6. 55,5 14- Resolva os balan~os pagina 38. 1 - 1440/1600 x 100 = 90 1600 - 1440 = 160 160/1440 x 100 = 11,1 (umidade base seca) 2 - 1440 - 720 = 720 720/839,2 x 100 = 85,8 839,2 - 720 = 119,2 119,2/720 x 100 = 16,6 3 - 1600 - 839,2 = 760,8 720/760,8 x 100 = 94,6 760,8 - 720 = 40,8 40,8/720 x 100 = 5,7 4 - a vazao certamente sera diferente de 1. Todos os demais parametros saD iguais. De 5 obtemos a informa<;ao sobre 0 teor, que eo mesmo que em 4 e 1. Podemos, entao, fazer 0 balan<;ometalurgico do trecho do fluxograma antes da pilha. Como nao ha janela para as t/h do elemento / substancia de interesse, anotamos 0 valor respectivo debaixo da casa do teor: <Ill"lid~I'''O 11600 rill polp" % s6lidos m3/h agua teor umidade ~ ~ ~ ~fo t/h polpa m3/hagua umidade I- I I I I I I I I I L 3 - 720 x 0,10 = 72,0 115,2- 72,0 = 43,2 t/h em 2. Portanto, 43,2/720 x 100 = 6% 6 - 200/0,5 = 400 400 - 200 = 200. Nao ca1cularemos as umidades acima de 100%, por nao re- conhecermos significado fisico nesse mimero. 7 - Note que 0 circuito dentro do poligono tracejado se com- porta como uma caixa fechada. Exceto a % de s6lidos, que e dife- rente - na caixa fechada houve adi<;;aoou retirada de agua - os demais parametros sao iguais. 200/0,3 = 666,7 666,7 - 200 = 466,7 8 - 200 - 50 - 50 = 100 100/0,15 = 666,7 666,7 - 100 = 566,7 9 - 50/0,55 = 90,9 90,9 - 50 = 40,9 10 - 50/ 0,4 = 125 125 - 50 = 75 200 x 0,15 - 50 x 0,36 - 100 x 0,03 x 100 = 18 50 verifica<;;aodo balan<;;ode agua: 40,9+75-1566,7- 466,7= 215,9 = agua adicionada na mesagem. Vamos agora voltar e resolver as bandeiras faltantes. Na cidonagem nao tenho as informa<;;6esde vazao suficien- tes para fechar 0 balan<;;o,mas tenho os teores. Entao: R= 8-3 = 042 15 - 3 ' au seja,200t/h e 42% e da alimenta<;;aoda cidonagem. Entao: 200 = 480 t/h = alimenta<;;aoda cic1onagem.Aparece em 5 e 40,42 t/hpolpa m3/hagua umidade ,- ----------1 Q) I @ I 720 839,2 I 600 1015,4 I 85,8 119,2 I 59,1 415,4 I 6 16,6 I 15 69,2 I43,2 I I 1184,61> I m3/h Ilagua I @ I I I L I I CV I480 533,390 533 I 8 111 I 2666,7 m3/h 215,9 m3/h I agua agua + I 15 53,9 IL_______ --.1 ® 200 400 50 200 15 4 - 480 / 0,9 = 533,3 533,3 - 480 = 53,3 Conferindo a umidade: 53,3 / 480 x 100 = 11,1. Portanto, esta correto. 11 - 480 - 200 = 280 280/0,1 = 2800 2800 - 280 = 2520 5 - 200 + 2520 = 2720 2720 + 480 = 3200 480/3200 x 100 = 15 Portanto, ha a adi<;aode 2720 - 53,3 = 2666,7 m3/h de agua na caixa de bomba. 12 - 400/0,65 = 615,4 615,4 - 400 = 215,4 13 - 200 + 400 = 600. Aparece tambem em 14 215,4 + 200 = 415,4 600 + 415,4 = 1015,4 600/1015,4 x 100 = 59,1 200 x 0,15 + 400 x 0,15 100 15 A t b' 14-------- x =. parece am em em 600 14 - 600/0,5 = 1200 1200 - 600 = 600 600 - 415,4 = 184,6m3/h agua adicionados no moinho. TEORIAEPRATICADOTRATAMENTODEMINERIOS- VOLUME1 E possivel montaruma planilha eletronica (lotus, quatro-pro, excel etc.) e resolver automaticamente os balanc;os. Abaixo mos- tramos 0 mesmo balanc;o do exercicio 14 resolvido dessa maneira. Isto e muito comodo e conveniente em uma serie de casos. Permite tambem colocar mais informac;6es do que 0 que as bandeiras su- portariam. Entretanto, as bandeiras dao uma informac;ao mais imediata e compreensivel sobre 0 processo. BALAN<;O DE MASSAS POR PLANILHA ELETRONICA - DADOS E>EENTRADA FLUXO t/h % t/h m3/h % t/h %5 t/h 5 s61idos s61idos polpa agua cinzas cinzas 1 69 g) 44,1 2 12,6 g) 46 3 10 4 6,3 5 6 39,2 3,4 22,3 3,6 7 2J 4 8 5 92 9 fO 6 10 0,3 63,0 fO 6 11 0,1 12 11,8 ffi 15 13 12,6 88 83,2 BALAN<;O DE MASSAS POR PLANILHA ELETRONICA - CALCULOS FEITOS FLUXO t/h % t/h m3/h % t/h %5 t/h 5 s61idos s61idos polpa agua cinzas cinzas 1 69,0 95,0 72,6 3,6 44,1 30,4 7,0 4,8 2 12,6 95,0 13,3 0,7 46,0 5,8 3 56,4 95,0 4 56,4 95,0 59,3 2,9 43,7 24,7 5 69,0 95,0 72,6 3,6 44,1 30,4 7,0 4,8 6 39,2 92,0 42,6 3,4 22,3 8,7 3,6 1,4 7 5,4 30,0 18,0 12,6 20,0 1,1 4,0 0,2 8 5,0 92,0 5,4 0,4 17,6 0,9 4,0 0,2 9 0,4 12,6 12,2 50,0 0,2 6,0 0,0 10 0,3 30,0 50,0 0,2 6,0 0,0 11 0,1 59,8 0,3 0,2 50,0 0,0 6,0 0,0 12 11,8 93,0 12,7 0,9 85,9 10,1 15,0 1,8 13 12,6 88,0 14,3 1,7 83,2 10,5 39,3 5,0 44 © ® u t/h s6lidos t/h polpa % s6lidos t/h agua t/h s6lidas t/h palpa %, s6lidas t/h agua 1144,7m3/h agua I 1240 1040 -lmm 500 FLUXO t/h or a t/h s6lidos m' /h a u % s6lidos umidade %Fe t hFe AGUA o R.FINO 5,0 ~ ~ RGR 300 ALIM 1085~ FLUXO tJh volva 1000 85,5 tJh s61idos m3/h agua 92,1 8,6 % s6lidos umidade 598 598 ° % Fe tlhFe #lmm #8mm -lmm 5500 -8+1mm 378 ° +8mrr 1575 500 50 350 280 150 7,5 90,9 100 92,6 80 95,2 50 58,0 290,0 61,0 213,5 63,0 94,5 ==----- .> res12 116,74387m3/h 35,0 81,7agua I 30,0 - R.GR 33,6 (\(' 34,0 11,9 30,0 3,689,3 12,035,0 10,5 CONOI 700 ° RENO 83,1 315,0 385 ° 5,0 78,1 45 ° - 6,0 - 64,0 201,6 35,0 1,8 II AGUA 76,4 ° 76,4 \/ ° -- -64 - 60 C.GR 277,2R= = 0,80 252,0 25265 - 60 C.RNO422,8 90,9 10,0 63 359,8 65,0 163,8 14,9 - R.FINO 6,7 60,0 37,8 5,0 1,7 AGUA 344,0 I-I 75,0 33,3 ' ° 344,0 35,0 1,8° - v- - eRNo 78,863 15,880,0 25 60,0 37,8 vu vu /182,6 m3/h agua 37,8 m3/h agua 147'3 I m3/hVu RJ-u agua 59,2m3/h I I I I I I agua '" -.......-.......'- -- 143,0 m3/h agua 200 225,8 88,6 25,8 ALiM 300 30 909 180 330 60 PR BRIT 300 30 90,9 180 330 60 71,0 47,89 3,40 30 33 90,9 3 20AO 68 Ninguem faz Tratamento de Minerios por hobby ou por filantropia. Como toda atividade de Engenharia, essa deve pro- duzir urn bem necessario a utilizac;ao industrial, em condic;6es economicamente saudaveis, isto e, com lucro. A quantificac;ao do processo medira exatamente 0 desempenho das nossas operac;6es unitarias. Existe urn sem-nlimero de indices que foram sendo criados ao longo dos anos para quantificar processos de Tratamento de Mineri- os. Schultz (5) relaciona 37 indices diferentes, desenvolvidos por diferentes pesquisadores e engenheiros entre os anos de 1913 e 1970 e depois apresenta outros 9. Leal Filho (6)apresenta urna discussao muito sensata do assunto. Na realidade, apenas dois deles saDreal- mente uteis e significativos para qualquer operac;ao - os demais podem ser muito convenientes para casos particulares. Estamos nos referindo a recuperac;ao e ao enriquecimento. t/h de concentradoRecuperac;ao = -------- t/h de alimentac;ao Este parametro de processo tambem e chamado, conforme a situac;ao espedfica, de rendimento, recupera~iio em massa ou de par- ti~iio. Os dois primeiros termos saDreservados para operac;6es de concentrac;ao ou para a usina de beneficiamento como urn todo. Partic;ao e utilizado para operac;6es de c1assificac;aoou de separa- c;aodensitaria e tern urn significado mais abrangente, que sera es- tudado mais adiante (7). E muito importante, em particular, a extensao do conceito de recuperac;ao para 0 elemento ou substancia de interesse conti- do no minerio e objeto da operac;ao de tratamento. Por exemplo, recuperac;ao do aura contido num cascalho ou do P205 contido numa rocha fosfatica. Usa-se entao a recupera~iio metalurgica, defi- nida como: - t I'· t/h de elemento util no concentradorecuperac;ao me a urglca = t/h de elemento util na alimentac;ao. recupera<;ao = 15 t/h de c~ncentrado = 0,375 ou 37,5%, 40 t/h de alnnenta<;ao - t I" 16 t/h Fe no concentrado_ 08 800/recupera<;ao me a urglca= ----------- - , ou /0. 20 t/h Fe na alimenta<;ao Note que 0 nome de metalurgico e utilizado independente- mente da substanda de interesse ser urn metal ou nao. Utilizamos esse termo para 0 ferro, que efetivamente e urn metal, e para 0 P20S' que se refere a urn minerio nao metalico, 0 fosfato. No caso, P20S nem sequer existe como tal. Define-se enriquecimento como: teor do elemento util no concentrado teor do elemento Util na alimenta<;ao enriquecimento = ~~ = 1,28. A utiliza<;ao e 0 significado completo destes dois conceitos ficara bem clara quando estudarmos, mais adiante, 0 conceito de curva de seletividade. Em muitos tipos de opera<;ao,por exemplo nas opera<;6esde concentra<;aodensWiria, e mais comum falar-se em relat;;iiode con- centrat;;iio, que e 0 inverso da recupera<;ao (rela<;aode concentra<;ao = massa de alimenta<;ao/massa de concentrado), mas 0 conceito e o mesmo. Nos minerios de minerais pesados, como geralmente se parte de teores muito baixos as redu<;6esde massa numa opera<;ao de concentra<;ao podem ser muito grandes - da ordem de 50 a 200 vezes. A rela<;aode concentra<;aotoma-se, entao, mais expres- siva e traduz melhor 0 fenomeno fisico do que a recupera<;ao. A agua distribui-se diferentemente no concentrado e no re- jeito ou nos produtos de separa<;aode tamanhos. Para muitas apli- ca<;6ese importante conhecer a sua parti<;ao (em ingles, "split"), sempre referida como a agua que acompanha 0 concentrado em referenda a agua que vem com a alimenta<;ao. Vamos agora resolver outros exerdcios, dentro do mesmo espfrito dos anteriores. Eles deverao ajuda-lo a tomar bem claro 0 conceito de tear, necessario para 0 calculo correto dos balan<;os metalfugicos. Se, por acaso, voce tiver tido dificuldade com 0 cal- cu10dos balan<;osmetalurgicos, pode ser que voce nao tivesse este conceito bem claro. Torne a fazer os balan<;os,entao. Soluc;ao: Este exerdcio ja foi resolvido em parte. Tente ago- ra faze-lo sozinho. b - doloma = CaO.MgO ~ peso molecular = 40 + 16 + 24 + 16 = 96 c - doloma contaminada com 20% de material estranho: s6 80% e doloma ~ 41,7 - 100 .teor - 80 teor = 0,8 x 41,7 = 33,3% Ca. Nota: Para ter 0 mesmo teor que uma siderita pura, um mi- nerio de hematita teria que ter 48,3/70,0 = 69% de hematita, ou seja, 31% de impurezas! Carregar num alto-fomo 31% de impure- zas e um absurdo, porque gastariamos uma quantidade proporci- onalmente maior de coque para aquecer 0 minerio e escorificar essa contamina<;ao; alem disso, 0 volume de escorias dentro do fomo cresceria proporcionalmente (ou seja, a parte do volume do alto-fomo carregado com minerio diminuiria). Em consequencia, urn minerio de siderita a 45% Fe e realmente urn minerio. Vma materia-prima mineral de hematita com 45%Fe nao pode ser con- siderada urn minerio - nem aqui nem na Fran<;a! Solu~ao: temos apenas que aplicar as defini<;6es desses parametros de processo: vazao de concentrado * 25 vazao de alimenta<;ao 40 b - t 1/' vazaodoelementotitilnoconcentr*- recupera<;aome a urglca = vazao do elemento titi!na aliment. = 25 x 0,64 = 0 83 ou 83% 40 x 0,48 ' . . t teor do elemento util no concentrado*c - ennqueClmen 0 = / . . teor do elemento uti! na ahmenta<;ao = 64 = 1,3348 d I - d tr - vazao da alimenta<;ao 40- re a<;ao e concen a<;;ao= --------- = - = vazao de concentrado 25 ti"- (d ) vazao de concentrado* 25 0 63e - par <;ao e massas = . = - = , vazao de alimenta<;ao 40 vazao de agua contida no concentrado* vazao de agua contida na alimenta<;;ao vazao do elementouti! no concentrado*g - parti<;ao do ferro = -------------- vazao do elementouti!na alimenta¢o = 0,64 x 25 =0,83 0,48 x 40 Solu~ao: como rela<;aode concentra<;ao = l/recupera<;;ao, a formula dos dois produtos pode ser escrita como: I - d tr - tc - tr 42,7 1 6re a<;ao e concen a<;ao= --- = -- = , ta - tr 26,7 Solu~ao: a regra dos dois produtos pode tambem ser usada para operac;;6esde separac;;aogranulometrica. Neste caso, podemos aplica.-Ia para obter estimadores da partic;;aode todas as frac;;6es granulometricas acima, exceto da + 9,5 mID. A regra e sempre a mesma: (teor da alimentac;;ao- tear do rejeito)/ (teor do concentrado - teor do rejeito). Embora nao estejamos tratando de teores, a convenc;;aoe sempre a mesma: concentrado e 0 produto de valor mais elevado e rejeito e 0 de valor menos elevado. Aplicando a formula teremos: Note que os valores sofrem uma variac;;aoenorme de valor quando se passa da malha 2,4 para a malha 1,2 mID e novamente quando se passa da malha 0,075mIDpara 0 £undo. A razao desta variac;;aoe que ate a malha 2,4 mID, as porcentagens de oversize em cada frac;;aogranulometrica sao maiares no oversize que no undersize, 0 mesmo acontecendo na frac;;ao -0,075 mm. No intervalo, de 1,2 ate 0,075mID,ocorre 0 inverso. A partic;;aoentao, aplicada literalmente, ate a malha 2,4 mID e para 0 oversize, dai ate a malha 0,075 passa a ser para 0 undersize, e na frac;;ao-0,075 mm volta a ser para 0 oversize. Temos que unificar 0 criterio. Considerando apenas a partic;;aopara 0 oversize (1 - partic;;aopara o undersize), teremos: Temos pois uma estimativa de 0,105, uma de 0,106, uma de 0,107, tres de 0,109 e duas de 0,110. Aceitando como verdadeira a mais frequente (moda), a partic;;ao sera de 0,109 para 0 oversize. Para a vazao de 240 t/h, teremos 0 seguinte balanc;;ode mass as: alimentac;;ao= 240 t/h, oversize = 0,109 x 240 = 26,2 t/h, undersize = 240 - 26,2 = 213,8 t/h. o objetivo de qualquer opera<;ao de concentra<;ao e: obter a mfudma recupera<;ao e 0 maximo enriquecimento. Na pratica, isto e impossivel de ser obtido simultaneamente, pois a alimenta<;ao e composta de particulas e cada particula tern uma composi<;ao qui- mica pr6pria, que sera mantida, mesmo que ela va para 0 concen- trado ou para 0 rejeito. Vamos exemplificar com a popula<;ao de 1.000 particulas, com- postas dos minerais A e B, cujos teores das particulas variam confor- me mostrado a seguir. Vamos admitir, para efeito didatico, que a se- para<;ao entre A e B e possivel de ser executada com perfei<;ao total, e modulada segundo a nossa vontade. A e B tern a mesma densidade. 300 100 100 100 100 particulas particulas particulas particulas particulas O%B 20%B 40%B 60%B 80%B O~<::>t-, QG Ou--~o-O Q 0000 OQ 300 particulas 100%B.~. ~ .•-.- <----> (1) <-------> (2) <------------> (3) <---------------> (4) <-------------------> (5) <-----------------------> (6) Ponderando as mass as de A e B em particulas equivalentes, resulta que existem 500 particulas equivalentes de A e 500 de B. Em outros termos, 0 teor desta popula~ao e 50% B. Ja que podemos separar com perfei~ao, do jeito que quiser- mos, existe a possibilidade de se fazer as seguintes separa<;6es: (1) - obtemos urn concentrado com 100% B (teor maximo). A recupera~ao massica sera de 30%, a recupera<;ao metahirgica de 300/500 = 60% e 0 teor do concentrado, 100% B; Rm 675100 -----¥--+ ....+t ... 90 ••. 3 ~ \ \ \ 2 ~ \ \ \ \ 1-t I I (2) - obtemos urn concentrado contendo as particu1asde mais alto teor: 100 e 80% B. A recuperac,;aomassica sera de 40%, a recuperac,;ao metallirgica de 76% e 0 teor do concentrado, 95%. Aurnentamos a recuperac,;ao,apesar de termos perdido urn pouco de teor; (3) - aceitamos urn concentrado de teor mais baixo, para ob- termos uma recuperac,;aourn pouco melhor. A recuperac,;aomassica sera de 50%, a recuperac,;ao metalurgica, de 88%; 0 teor do con- centrado, 88%; (4) - obtemos urn concentrado com tear mais baixo ainda, recuperando ate as particulas com 40% B. A recuperac,;aomassica sera de 60%, a recuperac,;aometalurgica de 80%, e 0 teor do con- centrado, 80%; (5) - obtemos urn concentrado com recuperac,;ao total de B (maxima recuperac,;ao metalurgica). A recuperac,;ao massica sera de 70%, a recuperac,;ao metalurgica, de 100%, mas 0 teor do con- centrado cai para 71A%. 0 rejeito tera 0% B, isto e, nao haverao perdas de B no rejeito. (6) - obtemos urn concentrado igual a alimentac,;ao(maximas recuperac,;6esmassica e metalurgica). A recuperac,;aomassica sera de 100%, a recuperac,;aometalurgica, de 100%, e 0 teor do concen- trado, 50%. Se construirmos urn grcifico teor do concentrado versus recupe- raqiio, seja ela massica ou metalurgica, conforme for mais conveni- ente, obtemos figuras como as mostradas a seguir, denominadas curvas de seletividade: R 100 6 "- "- "- "- "- "-,.? .•.. ........,+.5 .•.. , ..•..•..~ ..•.' ..•..'-+.:3 , '''-~ "- ',1 100 tear .$>50 60 9 Na pnitica operacional, nunca 0 nosso processo sera tao seletivo como afirrnado acima. Entao, as separa<;6esreais se situarao dentro do espa<;odelimitado pela origem e pela curva de seletividade. Nenhuma separa<;;aopode ser representada porum ponto foradesse limite. Exemplos: (7) - recuperamos todo 0 B contido na alimenta<;ao, mas 0 concentrado arrasta 1/3 das particulas de A puro (100 particulas). A recupera<;ao massica sera de 80%, a recupera<;ao metahirgica de 100% e 0 teor do concentrado, 62,5%; (8) - recuperamos todos os B mas perdemos 1/3 das particulas de B puro. A recupera<;ao massica sera de 60%, a recupera<;ao metahirgica de 80%, e 0 teor do concentrado, 66,7%; (9) - recuperamos as particulas com 100% A, 20% B, 60% B e 100% B. A recupera<;ao massica sera 80,5%, a metallirgica, 47,5%, e 0 teor do concentrado, 47,5%. Note que nao ha nenhum ponto a direita da curva de seletividade. A figura 11, reproduzida de (8) mostra a curva de seletividade de uma campanha experimental de ensaios de concen- tra<;ao de um minerio de fluorita e a curva de seletividade dos resultados experimentais. Figura 11 - Curvas de ensaios reais e curva de seletividade (apud 8) Rougher, Cleaner e Scavenger E muito dificil, numa unica opera<;ao de concentra<;ao, conseguir simultaneamente os dois objetivos do beneficiamento: maxima recupera<;ao + maximo enriquecimento. Como vimos do item curva de seletividade, eles geralmente saD antagonicos para os minerios reais. as equipamentos tam- bem tern limita<;6esde projeto, de constru<;ao ou de desempe- nho, que limitam 0 enriquecimento ou a rela<;aode concentra- <;aoque se pode obter em uma unica passada. Veja 0 que acon- tece com uma opera<;aounitaria qualquer (no caso e urn exemplo real de flota<;aocationica de urn itabirito): 100 tlh 42% Fe (42 tlh Fe) ! D 80tlhFe---c> 36,5% Fe (29,2 tlh Fe) ! 20 tlh 64% Fe (12,8 tlh Fe) a concentrado de alto teor e obtido a custa de uma baixa recupera<;ao metalurgica: apenas (12,8/42,0) x 100 = 30,5% do Fe contido na alimenta<;ao sai no concentrado. au seja, 69,5% do Fe Ii perdido com os rejeitos. Isto e uma situa<;aoinaceitavel! A solu<;aoconsagrada tecnicamente e proceder a uma nova opera- 9ao de concentra9ao dos rejeitos. Esta opera<;ao e chamada de scavenger. Nao existe uma palavra em portugues que a traduza com precisao e c1areza, embora varios termos tenham sido pro- postos e utilizados. Por isso, usaremos sempre 0 termo ingles em nosso texto. Ficara: 100 tlh 42% Fe (42 tlh Fe) !r;I ---{> 80 tlh Fe ---I> r;I ---{> 16,3 o tlh! 36,5%Fe(29,2VhFe)! ~~40~~: 20 t/h 63,7 tlh 64% Fe (12,8 tlh Fe) 42,0% Fe (26,8 tlh Fe) Desta forma, apenas 6% do Fe eontido na alimenta<;ao saD perdidos. 100 tlh 42% Fe (42 tlh Fe) ! D---{> 20 tlh Fe15,0% Fe (3,0 tlh Fe) ! 80 tlh 48,7% Fe (39,0 tlh Fe) A elevada reeupera<;ao metalurgiea (92,9%) e obtida a eusta de urn baixo enriquecimento: apenas (48,7/42,0) = 1,16. Ou seja, isto e outra situa<;aoinaeeitavel! A solu<;aoeonsagrada teenicamente e pro ceder a uma nova operafiio de concentrafiio do concentrado. Esta opera<;aoe ehamada de cleaner. Nao existe tam- bem uma palavra em portugues que a traduza com precisao e c1areza, embora os termos "limpeza"e "relavagem" tenham sido propostos e utilizados. Por isso, usaremos sempre 0 termo ingles em nosso texto. Fiead: 100 tlh 42% Fe (42 tlh Fe) ! r-;I ---t> 20 tlh Fe ~ 15,0% Fe (3,Otlh Fe) ! 80 tlh 48,7% Fe (39,0 t!h Fe) ! ~ 44,5t1hFe ~ ---t> 36,5% Fe (16,2 tlh Fe) ! 35,5 tlh 64% Fe (22,8 tlh Fe) Assim, 0 concentrado chega a urn teor compativel com as exi- gencias do mercado. Note, entretanto, que 0 concentrado da opera- <;aoscavenger tem urn tear muito baixo para ser considerado urn concentrado final (JI,P% Fe). Ja 0 rejeito da ope,ra<;aocleaner tem urn teor muito alto para ser descartado (36,5%Fe). E, pois, for(OSO recirculti- Los intemamente. 0 circuito mais geral fica, portanto, com urna apa- rencia como mostrado a seguir, onde todos os produtos intermediari- os sac re-realimentados junto com a alimenta<;ao do estagio rougher. o conceito de Tamanho, embora primario para todos nos, e muito dificil de ser corretamente entendido, e especialmente enten- dido da mesma maneira por todos. Intuitivamente, entendemos imediatamente que um campo de futebol e maior que um quadra de v6lei e menor que um campo de pauso, porque sac tres figuras planas de mesma forma e 0 seu tama~ 000 pode ser quantificado pela area respectiva.Entretanto, e dificilcom- parar individuos de tres dimens6es,mesmo que sejam de uma mesma especie.Por exemplo, qual de duas pessoas, uma de 1,90 m de estatu- ra, pesando 70 kg e outra de 1,70, pesando 100 kg, e maior? A resposta, obviamente, dependera do padrao de medida: - se usarmos como padrao de medida a estatura ou a enver- gadura, 0 individuo de 1,90 m sera maior; - se usarmos como padrao de medida 0 dHlmetro da cintura, o individuo de 100 kg (gordo) sera maior que 0 de 70 kg (magro); - se usarmos como padrao de medida, nao um parametro geometrico, mas a massa corporal do individuo, 0 gordo novamente e maior. Esta dificuldade nao se atem apenas a individuos humanos. Ela se apresenta tambem quando medimos particulas minerais. As particulas minerais podem ser medidas de varias manei- ras, cada qual fomecendo um valor de medida diferente. Podemos medir volumes, diametros, area das particulas ou areas projetadas. Na pratica usual do Tratamento de Minerios, nas granulometrias usuais em que se trabalha, usualmente se medem diametros. Quando se medem diametros, ha que convencionar qual, dentre os infinitos diametros existentes numa particula, se deseja mediI. Produtos de desmonte na frente de lavra sac medidos, quan- do 0 sao, com regua, trena ou algo do genero. Tambem, na medi- ~ao de particulas no microscopio, com uma objetiva dotada de reticulo, 0 principio do procedimento e 0 mesmo. Os diametros escolhidos, entretanto, sac diferentes. No chao, no monte de pe- dras, 0 operador vai medir apenas aquelas que estao por cima. Pode escolher medir 0 diametro maximo, 0 minimo, ou ambos e calcu1ar alguma media deles. No microscopio, 0 operador vai mo- vendo a platina, primeiro numa dire~ao e anotando os valores in- terceptados pelo cabelo do reticulo. Depois, move a platina na ou- tra dire~ao e anota os valores interceptados pelo outro cabelo, como mostra a figura 12. Entretanto, as particulas s~mpre se apresentarao com as duas maio res dimens6es expostas. E 0 caso de uma moeda. Ela caira sempre com a cara ou com a coroa para cima. Nunca caira de pe. Ao microscopio, e impossivel medir a menor dimensao da particu- la. 0 resultado da medida direta com uma regua sera, portanto, sempre alguma media das duas maiores dimensoes. Outro processo de medida e 0 passa-nao-passa, que se utiliza, por exemplo, para os calibres de fios eh~tricosou espessfmetros de folgas ou de chapas. Na realidade, nao se faz uma medida direta, mas se estabelece que 0 difunetro do fio esta compreendido entre 0 valor em que ele passou e 0 valor em que ele nao passou. A opera<;;aode separa<;;aoem peneiras atua desse mesmo modo: a particula passa numa tela, de modo que sabemos que seu difunetro de medida e menor que a abertura daquela tela e ficaretida na segumte, de modo que sabemos que 0 seu difunetro de medida e maior que a abertura daquela tela. Veja a figura 13. Se uma particula tern 0 formato de urn paralelepipedo de lados ligeiramente menores que a, 2a e 3a, ela passara na tela de malha 3a, em qualquer posi<;;ao,passara na malha 2a na posi<;;aoperpendicular a ela e ficara retida na malha a, tambem em qualquer posi<;;ao.Ou seja, 0 que se esta medindo, no peneiramento, e a segunda maior dimensiio da particula. o tamanho das particulas tambem pode ser medido pelos process os de sedimentac;:ao. Esta pode ser feita em campo gravitacional (pipeta de Andreasen ou proveta), no campo centrifugo (equipamentos Cyc10sizer e sedimentometro) ou em ambos (equipamentos Sedigraph e Shimadzu). Prepara-se uma polpa muito diluida, de viscosidade conhecida, e se deixam afundar as particulas. Se elas tem todas a mesma densidade, a1canc;:arao uma velocidade constante, conhecida como velocidade terminal, e que pode ser ca1culadapela lei de Stokes: Ps - PI d2vt= g. onde: VI e a velocidade terminal (cm/s), g e a acelerac;:aoda gravidade, 980 cm/ S2 (ou do campo centrifugo, se for 0 caso), P s e a densidade da particula s6lida (g/ cm3), PI e a densidade da particula liquida (g/ cm3), de 0 diametro da esferade mesmo volume que a particula (em), 'll e a viscosidade do Hquido(p = g.cm·1.seg·1).A viscosidade da agua a temperatura ambiente e de 10-2 p. :ntao, 0 que se esta medindo, na realidade e 0 diametro mte da particula, ou seja, 0 diametro da esfera de mesmo volume ~ l. Este valor e ideal e pode nem sequer corresponder a nenhuma das dimensoes fisicas reais da particula, conforme mostra a figura 14. A tabela 1 (9) compara os diametros hidraulicos de particulas cilindricas de diferentes relac;:6esaltura (h) / diametro (D). Tabela 1 - dHimetros equivalentes para cilindros de diferentes relac;oeshiD (9) A primeira c1asse de particulas san particulas planas como de mica ou caulinita. A Ultima san particulas longas como de amianto. Todas elas entretanto, no peneiramento teriam 0 mesmo diametro: 20 mm e na c1assifica<;ao0 diametro mostrado na Ultima coluna ! o equipamento Malvern trabalha por outro principio: prepara- se uma polpa com a amostra a analisar e agua, alcool ou outro liquido adequado e se a bombeia para uma camara. Esta camara e atravessada por urn fluxo de raios laser. Quando eles encontram urna particula, mudam de dire<;aoe produzem uma sombra com a forma e dimensoes da particula projetada. Vma celula fotoeletrica recebe 0 fluxo de raios laser e urn analisador de imagens transforma esta informa<;aoem dados quantitativos - difunetros de particulas - conta os nillneros de diferentes difunetros e os totaliza. Como 0 movimento na celula e turbulento, a particula sofre rota<;oes durante sua passagem diante da celula fotoeletrica. Como consequencia, nao ha a prevalencia de urn dos difunetros da particula, e 0 resultado da medida e a media aritmetica de todos os dmmetros de calia particula. Vma medida portanto totalmente distinta das anteriores. Portanto, 0 resultado da medida de tamanho de particulas em Tratamento de Minerios depende do processo de medida. Comparan- do grosseiramente, uma mesma particula medida pelos tres processos acima descritos forneceria os seguintes resultados: microscopial regua - media das duas maiores dimensoes: 1,4, peneiramento - segunda maior dimensao: 1,0, c1assifica<;ao/sedimenta<;ao- difunetro hidraulico: 0,9. Urn interessantfssimo estudo de distribui<;6esgranulometricas de carbeto de silicio (10) utilizou todas as teaUcas acima referidas para a medida da distribui<;ao granulometrica deste material abrasivo, cada uma para a fab<agranulometrica recomendada para a sua utiliza<;ao. o resultado foi 0 grafico de distribui<;aomostrado na figura 15. Note que as linhas se destacam umas das outras porque 0 parametro de medida nao e 0 mesmo. 1 0,1 o mesmo grafico e mostrado na figura 16, agora apenas com as distribui<;6es granulometricas fornecidas pelos Cyc1osizer, Shimadzu e Sedimentometro,ou seja, os aparelhos que medem 0 diametro hidraulico, que e 0 que interessa a opera<;ao de c1assifica<;ao em cic1ones.Veja como os pontos agora convergiram para uma curva Unica. Ela pode ser tra<;ada por regressao, com urn coeficiente de correla<;ao r de 0,9913. • •• •••.. Em processos de medida de distribui<;aogranulometrica por sedimenta<;ao existe urn efeito perturbador que e 0 do peso especifico (densidade) da particula. Note que na equa<;ao de Stokes, a velocidade terminal e fun<;aode Ps' a densidade do s6lido. Assim, numa popula<;ao com particulas de densidades diferentes, as particulas mais pesadas sedimentarao mais depressa, ou seja, como se fossem mais grossas que as particulas leves de mesmo diametro. Isto nao acontece no peneiramento nem no Malvern. Gaudin ca1culou a rela<;aoentre as velocidades terminais de esferas de diferentes pares de minerais (sedimenta<;aolivre, isto e, em agua e longe das bordas da vasilha) e chegou a seguinte tabela (rearrumada por n6s): Outra considera<;aoque e preciso ter em mente e a de que em Tratamento de Minerios nao trabalhamos nunca com particulas individuais, mas sempre com popula~oes de particulas. Assim, a medida direta de tamanhos individuais Ii substituida pela medida de frequencias relativas de particulas dentro de intervalos de tamanhos. 0 resultado obtido passa, entao, a ser 0 histograma dos tamanhos, ou seja,a frequenciarelativa com que os diferentes tamanhos - entre urn limitesuperior e urn limite inferior (que pode ser zero) - estao presentes na popula<;ao. Isto pode ser feito, par exemplo, anotando num papel as frequencias dos diametros medidos no microsc6pio. Na pratica do Tratamento, utilizam-se series padronizadas de peneiras (no caso do Tratamento, a serie Tyler) ou urna serie de cic1ones,com diame- tros de corte conhecidos). A sedimenta<;ao em provetas esta prati- camente abandonada, sendo hoje substituida pelo Sedigraph e metodos instrumentais semelhantes. o procedimento para a analise granulometrica por peneiramento e ilustrado na figura 17. As peneiras escolhidas SaD colocadas urna sobre a outra, em ordem decrescente de abertura da tela. Elas tern urn encaixe, de modo que nao haja perdas de material, urna tampa e urn £undo. Uma massa de mineri(8, sufici- ente para fomecer massas significativas em cada tela e insuficiente para deformar as telas devido ao seu peso e colocada na tela mai- or. 0 conjunto e levado a urn dispositivo vibrador e deixado vibrar por urn tempo suficiente para que haja a separa<;aodas particulas de diferentes tamanhos. D CJOO wD 130,29 - 14+ %" DOOva A titulo de ilustrac;ao,imaginemos que a massa seca alimen- tada ao conjunto anteriormente descrito tenha sido de 283 g. Ficaram retidas na tela de IA" 48,1 g - passaram 234,9 g par ela. Estas 234,9 g sao apresentadas a tela de lis", onde ficam retidas 130,2 g e passam 104,7 g. Estas se apresentam a tela de Ih6", onde ficam retidas 65,1g epassam 39,6g. 0 resultado experimental e mostrado conforme a tabela 2. Note que 0 metodo nao informa sobre 0 tamanho da maiar particula presente na amostra. Tabela 2: Resultados experimentais Massa retida (g) 48,1 130,2 65,1 39,6 283,0 Massa passante (g) 234,9 104,7 39,6 o valor da massa, 283,0 g e um numero incomodo e nao permite a comparac;ao imediata com outras distribuic;6es de ta- manhos. Por isso, e de toda conveniencia expressar distribui- c;6esde tamanhos em parcentagens. A tabela 3 mostra os mes- mos resultados expressos dessa maneira. Tabela 3: Resultados experimentais tratados 46,0 37,0 23,0 14,0 As % retidas indicam as quantidades de material que fi- cou retido entre cada duas telas sucessivas, exceto para os va- lores das extremidades. Representando passante por - e retido por +, -2+1" significa passante em 2" e retido em 1". Na realida- de, os resultados da tabela 3 estariam expressos de maneira mais correta conforme a tabela 4. Tabela 4: Resultados experimentais Com muita frequencia e interessante conhecer outras expres- sOes da mesma distribui~ao, tais como porcentagens retidas acu- muladas, 0 que e mostrado na mesma tabela 5. Abertura % retida acumul. Muito frequentemente, esses resultados tambem sac expres- sos na forma de graficos. Existem certas formulas de distribui~ao a que algumas distribui~6es granulometricas se adaptam bastante bem: logaritmicas, normais (de Gauss, ou de probabilidade), e de Rosin-Rammler. Note que, nas telas utilizadas para a am1lisegranulometrica, ha uma rela~ao de progressao geometrica. Isto e uma conven~ao utilizada ha muito tempo e que se deve a urn fabricante de telas chamado W.s. Tyler. No seu tempo, cada fabricante produzia telas de urn tamanho diferente. Se ele recebesse urn arame de diametro diferente, ja resultaria uma tela com abertura diferente. Fazia-se necessario estabelecer urna regra a ser seguida por todos os fabri- cantes, de modo que as aberturas das telas tivessem sempre os mes- mos tamanhos. Tyler, entao, definiu que, a partir de uma tela-base, com abertura a, as peneiras de malhas maiores teriam aberL_as de, respectivamente, aff, a{2' x ff, aff x a x {2',etc. As peneiras de malhas menores teriam aberturas de, respectivamen- te, a/ -J2', at {2' x {2J, aJ ff x {2' x m,etc. Resultou entao, urna serie, denominada serie Tyler completa, que e a seguinte: Esta serie e reproduzida na tabela 6, junto com outras series normalizadas. Cada tela e a diagonal do quadrado que e a tela anterior, como mostra a figura 18. o nillnero que designa a peneira da serie Tyler e 0 numero de aberturas que se contam no comprimento de 1" de tela. Nao e 0 numero de aberturas em 1 sq.in. (polegada quadrada)! Nem a abertura da malha 20 e 1"/20, pois e necessario descontar a espessura dos 20 fios metalicos utilizados. Geralmente nao se utiliza a serie Tyler completa, mas sim uma sene em que se pula sempre urna peneira intermediaria. A rela~ao entre a malha e a malha seguinte e sempre a/2. Por exemplo, a serie de peneiras n° 6, 10, 20, 35, 65, 150 e 270 obedece essa rela- c;ao,bem como a serie 3", Ph", 3/4", 3/8", 4#, 8#, 14#, 28#, 48#, 100#, 200# e 400#. •.... -"/ ., i /~i'". / iJ..•.' . \.;:.._. A area de superficie ("surface area") ou area especffica, muitas vezes chamada erroneamente de superficie especifica (a me- dida e a area; superficie e 0 ente geometrico que e medido pela area), e 0 quociente da area de uma particula pelo seu volume (ou pela sua massa). as exercicios ajuda-lo-ao a firmar bem este con- ceito e a verificar que conforme um solido e pulverizado, a sua area de superficie aumenta. Esta circunstancia e muito importante para 0 Tratamento de Minerios, pois aumentando as areas aumentam as cargas eletricas na superficie das particulas, enquanto que, diminuindo 0 volume Tabela 6: Aberturas de telas normalizadas Mallia (mm) Tyler ASTM/ASAlUSSSS ABNT (EB 22-R) 101,6 4" 88,9 31/2" 76,2 3" 76 63,5 SO,8 50 44,4 13/4" 38,1 11/2" 38 31,7 1 1/4" 25,4 I" 25 19,1 3/4" 19 15,9 5/8" 12,7 1/2" 9,52 3/8" 9,5 7,93 5/16" 6,35 1/4" 5,66 4,76 4,00 2,83 2,38 2,00 9 10 2 1,68 10 12 1,41 12 14 1,19 14 16 1,2 1,00 16 18 0,84 20 0,71 25 0,59 30 0,6 0,50 35 0,42 40 0,42 0,35 45 . 0,297 50 0,30 0,250 0,210 0,177 0,149 0,125 115 0,105 150 0,088 0,074 0,062 0;053 0,044 325 0037 400 das particulas, diminui a massa individual de cada uma delas. Quanto mais finas as particulas, mais elas se tornam senslveis a a<;aode suas cargas de superficie, com consequencias extremamen- te importantes, por exemplo, na flocula<;aoe espessamento. Na flota<;ao,os reagentes san adsorvidos na superficie. Entao, quanta maior a area das superficies das especies minerais, maior a avidez pelos reagentes. Isto ajuda a compreender 0 efeito nocivo das la- mas no processo de flota<;ao. Existem varios processos de medida de area de superficie: adsor<;aode gases, permeametria Blaine, permeametria Fischer etc. Na industria do cimento e na pelotiza<;aode minerios de ferro, a permeametria Blaine e 0 parametro mais importante e funciona, na pratica, como uma outra medida de granulometria. Densidade
Compartilhar