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Do Parto ao Puerpério Fisiológico

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Yasmin Barbosa, M7. 
Do Parto ao Puerpério
Parto 
Aumento da excitabilidade uterina próximo ao 
termo. 
Parto, significa o nascimento do bebê. Ao final da 
gravidez, o útero fica progressivamente mais 
excitável, até que finalmente desenvolve contrações 
rítmicas tão fortes que o bebê é expelido. Não se sabe 
a causa exata do aumento da atividade uterina, mas 
pelo menos duas categorias principais de eventos 
levam às contrações intensas responsáveis pelo parto. 
1) Mudanças hormonais progressivas que 
aumentam a excitabilidade da musculatura 
uterina; 
2) Mudanças mecânicas progressivas. 
Fatores Hormonais que aumentam a 
contratilidade uterina 
 - Maior proporção de estrogênios em relação à 
progesterona. 
A progesterona inibe a contratilidade uterina durante 
a gravidez, ajudando a evitar a expulsão do feto. Em 
contrapartida, os estrogênios têm tendência definida 
para aumentar o grau de contratilidade uterina, em 
parte porque aumentam o número de junções 
comunicantes entre as células do músculo liso uterino 
adjacentes, mas também devido a outros efeitos 
pouco entendidos ainda. 
Tanto a progesterona quanto o estrogênio são 
secretados em quantidade progressivamente maior 
durante parte da gravidez, mas a partir do sétimo mês 
a secreção de estrogênio continua a aumentar, 
enquanto a secreção de progesterona permanece 
constante ou até mesmo diminui um pouco. 
Por isso, já se postulou que a produção de 
progesterona-estrogênio aumenta o suficiente até o 
final da gravidez para ser pelo menos parcialmente 
responsável pelo aumento da contratilidade uterina. 
- Ocitocina causa contração do útero. 
A ocitocina é um hormônio secretado pela neuro-
hipófise que especificamente causa contrações 
uterinas. Existem 04 razões para acreditarmos que 
esse hormônio é de extrema importância para 
aumentar a contratilidade uterina durante o trabalho 
de parto: 
1) A musculatura uterina aumenta seus 
receptores de ocitocina e, portanto aumenta 
sua sensibilidade a determinada dose de 
ocitocina durante os últimos meses de 
gravidez. 
2) A secreção de ocitocina pela neuro-hipófise é 
consideravelmente maior no momento do 
parto. 
3) Muito embora muitos animais 
hipofisectomizados ainda consigam ter seus 
filhos a termo, o trabalho de parto é 
prolongado. 
4) Experimentos em animais indicam que a 
irritação ou a dilatação do colo uterino, como 
ocorre durante o trabalho de parto, pode 
causar reflexo neurogênico através dos 
núcleos paraventricular e supra-óptico que faz 
com que a neuro-hipófise aumente sua 
secreção de ocitocina. 
- Efeitos de hormônios fetais sobre o útero. 
 A hipófise do feto secreta grande quantidade de 
ocitocina,o que teria um grande papel na excitação 
uterina. Além disso, as glândulas adrenais do feto 
secretam grande quantidade de cortisol, outro 
possível estimulante uterino. E mais, as membranas 
fetais liberam prostaglandinas em concentrações 
elevadas, no momento do trabalho de parto, que 
também podem aumentar a intensidade das 
contrações uterinas. 
Fatores mecânicos que aumentam a 
contratilidade uterina 
- Distensão da musculatura uterina. 
A simples distensão de musculatura lisa geralmente 
aumenta sua contratilidade. Como também, a 
distensão intermitente como ocorre repetidamente 
no útero, por causa dos movimentos fetais, pode 
também provocar a contração dos músculos lisos. 
Observe particularmente os gêmeos nasce em média 
19 dias antes de um só bebê, o que enfatiza a 
importância da distensão mecânica em provocar 
contrações uterinas. 
- Distensão ou irritação do colo uterino. 
Há razões para acreditarmos que a distensão ou a 
irritação do colo uterino seja particularmente 
importante para provocar contrações uterinas. Por 
exemplo, a obstetra muitas vezes induz o trabalho de 
parto rompendo as membranas, de maneira que a 
cabeça do bebê distenda o colo uterino mais 
efetivamente que o usual, ou irritando-o de outras 
formas. 
Não se sabe o mecanismo pelo qual a irritação cervical 
excita o corpo uterino. Já se sugeriu que a distensão 
ou irritação de terminais sensoriais no colo uterino 
provoque contrações uterinas reflexas; no entanto, as 
contrações poderiam ser resultados da pura e simples 
 Yasmin Barbosa, M7. 
transmissão miogênica de sinais do colo ao corpo 
uterino. 
Início do Trabalho de Parto Um mecanismo 
de feedback positivo para o seu 
desencadeamento. 
 
Durante grande parte da gravidez, o útero sofre 
episódios periódicos de contrações rítmicas fracas e 
lentas denominadas contrações de Braxton Hicks 
essas contrações ficam progressivamente mais fortes 
ao final da gravidez; então mudam subitamente, em 
questão de horas, e ficam excepcionalmente fortes, 
começando a distender o colo uterino e 
posteriormente forçando o bebê através do canal de 
parto. 
 Esse processo é chamado de trabalho de parto e as 
contrações fortes que resultam na parturição final são 
denominadas contrações do parto. 
 Não sabemos o que muda subitamente a ritmicidade 
lenta e fraca do útero para as contrações fortes do 
trabalho de parto. 
Contudo, com base na experiência em sistemas de 
controle fisiológico, propôs-se a teoria do feedback 
positivo. 
Essa teoria sugere que a distensão do colo uterino 
pela cabeça do feto fica finalmente tão grande que 
provoca forte reflexo de aumento da contratilidade 
do corpo uterino. Esse processo empurra o bebê 
ainda mais para a frente, o que distende mais o colo e 
desencadeia mais feedback positivo ao corpo uterino. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Portanto, as contrações do trabalho de parto 
obedecem dois princípios de feedback positivo: 
1) Quando a contração uterina ultrapassa certo 
valor crítico, cada contração leva a contrações 
subsequentes que vão se tornando cada vez 
mais fortes, até atingir o efeito máximo. 
2) A distensão do colo uterino durante o 
trabalho de parto faz co que todo o corpo do 
útero se contraia, e tal contração distende o 
colo ainda mais, devido à força da cabeça do 
bebê para baixo, assim como a distensão 
cervical também faz com que a neuro-hipófise 
secrete ocitocina, que é outro meio de 
aumentar a contratilidade uterina. 
Resumindo, podemos perceber que múltiplos fatores 
aumentam a contratilidade do útero ao final da 
gravidez. Por fim, a contração uterina fica a forte o 
bastante para irritar o útero especialmente no colo, o 
que aumenta a contratilidade uterina ainda mais 
devido o feedback positivo, resultando em segunda 
contração mais forte do que a primeira, uma terceira 
mais forte do que a segunda e assim por diante. 
Quando essas contrações se tornam fortes o bastante 
para causar esse tipo de feedback com cada contração 
sucessiva mais forte que a precedente, o processo 
chega ao fim – isso explica-se porque o feedback 
positivo desencadeia um ciclo vicioso quando o ganho 
do processo de feedback ultrapassa certo nível crítico. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Contrações musculares abdominais 
durante o trabalho de parto 
 
Quando as contrações uterinas se tornam cada vez 
mais fortes durante o trabalho de parto, sinais de dor 
originam-se tanto do útero quanto do canal de 
parto.Esses sinais além de causarem sofrimento, 
provocam reflexos neurogênicos na medula espinhal 
para os músculos abdominais, causando contrações 
intensas desses músculos. As contrações abdominais 
acrescentam muito à força que causa a expulsão do 
bebê. 
 
Antes de estudarmos o parto em si, é essencial o 
conhecimento sobre as relações uterofetais, com o 
estudo da estática fetal, de acordo com a atitude, 
situação, apresentação e posição do feto. 
 
 
Lembre-se de que para um ciclo virtuoso 
prosseguir, cada novo ciclo devido ao processo de 
feedback positivo deve ser mais forte que o 
precedente. Se algum momento, depois de iniciado 
o trabalho de parto, as contrações não 
conseguirem reexcitar o útero suficientemente, o 
feedback positivo poderia entrar em declínioretrógrado, e as contrações do trabalho de parto 
desapareceriam. Por isso, deve atentar-se aos casos 
de trabalho de parto falsos, nos quais as contrações 
ficam cada vez mais fortes e depois diminuem e 
desparecem. 
 Yasmin Barbosa, M7. 
Estática fetal 
A atitude fetal compreende a relação entre as 
diversas partes fetais. O feto se aloja no útero em 
atitude de flexão generalizada, com a cabeça e o 
mento aproximando-se do tórax anterior; isso é 
possível graças à flexibilidade da coluna vertebral e da 
articulação occipitovertebral. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A situação fetal é a relação entre o maior eixo da 
cavidade uterina e o maior eixo fetal. Sendo assim, 
quando ambos se coincidem , a situação será 
longitudinal (99,5% das vezes); quando 
perpendiculares, a situação é transversa; por fim, se 
forem cruzados, recebe o nome de oblíqua ou 
inclinada. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Já apresentação fetal compreende a região fetal que 
ocupa o estreito superior da bacia materna. Assim 
como a situação fetal pode mudar ao longo da 
gestação até o momento do parto, quando, na maior 
parte das vezes, está com o polo cefálico encaixado. 
Quando a situação é transversa, estaremos sempre 
diante de uma apresentação córmica. 
 
 
 
 
 
 
 
Na situação longitudinal, é possível a apresentação 
cefálica (polo cefálico ) e a pélvica (polo pélvico). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
O polo cefálico pode estar totalmente fletido, com o 
mento próximo à face anterior do tórax ou se afastar 
do tórax em alguns graus de extensão. 
 
Na primeira situação, de acordo com a imagem, há a 
apresentação cefálica fletida. Nos demais casos, 
temos as apresentações defletidas, que podem ser de 
1ºgrau ou bregmática, 2ºgrau ou de fronte, e de 
3ºgrau ou de face. 
 
O último estudo sobre a estática fetal inclui a posição, 
que é a relação do dorso fetal com o dorso materno 
podendo ser direita, esquerda, anterior, posterior ou 
transversa. 
A variedade de posição é definida entre os pontos de 
referência maternos (púbis, eminências ileopectíneas, 
extremidades do diâmetro transverso máximo, 
sinostose sacroilíaca e sacro) e fetais. 
Para determinar a variedade de posição é importante 
saber a linha de orientação fetal/estrutura que está 
em relação ao diâmetro materno. São elas: 
 Lambda e sutura sagital: apresentação 
cefálica fletida. 
 
 
 
 
 
 
 Sutura sagital e metópica: apresentação 
cefálica defletida bregmática (grau 1). 
 
 
 
 
 Yasmin Barbosa, M7. 
 Sutura metópica: apresentação cefálica 
defletida fronte (grau 2); 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Linha facial (nariz até o mento): apresentação 
cefálica defletida facial (grau 3); 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Sulco interglúteo: apresentação pélvica. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A nomenclatura final da estática fetal leva em 
consideração a situação, a apresentação, a posição e 
variedade de posição. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A primeira letra se refere ao ponto de referência 
ósseo da apresentação fetal; as demais correspondem 
ao ponto de referência do estreito superior da bacia 
materna. Exemplo: OEA apresentação do occipital, 
sendo que o ponto de referência (lambda) está à 
esquerda e anterior em relação ao estreito superior. 
Sendo assim, considerando a apresentação cefálica 
fletida, podemos ter as seguintes variedades de 
posição: 
 OP: occipitopubiana 
 OEA: occípito-esquerda-anterior 
 OET: occípito-esquerda-transversa 
 OEP: occípito-esquerda-posterior 
 OS: occipitossacra 
 ODP: occípito-direita-posterior 
 ODT: occípito-direita-transversa 
 ODA: occípito-direita-anterior. 
 
Durante o trabalho de parto , a identificação da 
variedade de posição é feita pelo toque vaginal, que 
também estabelece a altura da apresentação. No 
início do trabalho de parto (ou alguns dias antes) o 
feto se encaixa na bacia quando a maior 
circunferência da apresentação fetal chega na área do 
estreito superior. 
 
A maior circunferência nas apresentações é o 
diâmetro biparietal; já nas apresentações pélvicas, é a 
distância britrocanteriana. A determinação da altura é 
feita, na maior parte das vezes, pelos critérios de 
DeLee. 
O plano 0 é o diâmetro da biespinha ciática, que é o 
plano de referência para os demais. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
O plano -1 consiste na apresentação 1 cm acima do 
plano 0; 2cm acima compreende o plano -2, e assim 
sucessivamente até o plano -5. Já o plano 1 é 
alcançado quando a apresentação ultrapassar 1 cm do 
plano 0; 2cm abaixo, encontra-se o plano 2, e assim 
sucessivamente até chegar o plano 5. 
 
Mecanismo do Parto 
Sob o ponto de vista do mecanismo do parto, o feto é 
o móvel ou objeto, que percorre o trajeto (bacia), 
impulsionado por um motor (contração uterina). Na 
sua atitude habitual de flexão da cabeça sobre o 
tronco e de entrecruzamento dos membros, que 
P=ant
. 
S= post. 
E D 
OP 
OEA 
OTE 
OEP 
ODA 
OTD 
ODP 
OP 
 Yasmin Barbosa, M7. 
também se dobram, o móvel assemelha-se a um 
ovoide – o ovoide fetal. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Esse, por sua vez, é composto por dois segmentos 
semidependentes: o ovoide cefálico (cabeça) e o 
córmico (tronco e membros). Embora o ovoide 
córmico seja maior, seus diâmetros são facilmente 
redutíveis, tornando o polo cefálico mais importante 
durante a parturição. 
 
O trajeto, ou canal da parturição, estende-se do útero 
à fenda vulvar, constituído por formações de diversas 
naturezas,partes moles do canal do parto (segmento 
inferior, cérvice, vagina, região vulvoperineal), ou 
canal de parturição é sustentado por cintura óssea, 
também chamada de pequena pelve, pequena bacia 
ou escavação 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
No seu transcurso através do canal parturitivo, 
impulsionado pela contratilidade uterina e pelos 
músculos da parede abdominal, o feto é compelido a 
executar certo número de movimentos, denominados 
mecanismo do parto. São movimentos puramente 
passivos, e procuram adaptar o feto às exiguidades e 
às diferenças de forma do canal. Com esses 
movimentos, os diâmetros fetais se reduzem e se 
acomodam aos pélvicos. 
Sendo assim, podemos dividi-lo em 3 partes: 
insinuação, descida e desprendimento. 
A insinuação indica a passagem do maior diâmetro do 
polo cefálico pelo estreito superior da bacia materna 
(plano 0 de DeLee). Nas primigestas, a insinuação do 
feto geralmente se dá cerca de 15 dias antes do parto; 
já nas multíparas, isso pode ocorrer a qualquer 
momento. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Nesse período, ocorre a redução dos diâmetros fetais, 
o que no caso da apresentação cefálica, consiste na 
flexão (mais frequente) ou deflexão da cabeça. Há, 
ainda, movimentos de flexão lateral, já que um dos 
ossos parietais atravessará o estreito superior antes 
do outro; essa situação é denominada de 
assinclitismo. 
 
 
 
 
 
 
A descida é a passagem do polo fetal do estreito 
superior até o inferior, o que ocorre com movimentos 
rotacionais. Este tempo do mecanismo do parto pode 
ser dividido didaticamente em tempos acessórios : 
Rotação interna da cabeça, que tem o objetivo de 
coincidir o maior diâmetro do polo cefálico com o 
maior diâmetro da bacia, ou seja, fazer com que o 
polo cefálico se alinhe com o púbis. O grau da rotação 
interna varia de acordo com a variedade de posição 
da cabeça fetal. Ou seja, nas variedades anteriores, há 
rotação de 45°; nas transversais, de 90°; e nas 
posteriores, de 135°. 
 
 
 Yasmin Barbosa, M7. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Insinuação das espáduas no estreito superior da 
bacia, que ocorre simultaneamente à progressão no 
canal de parto. O diâmetro biacromial mede 12 cm, o 
que seria incompatível com os diâmetros do estreito 
superior; porém, no período da descida,os ombros se 
aconchegam, moldando-se conforme do diâmetro da 
bacia. 
 Por fim, o último tempo do mecanismo de parto, o 
desprendimento, consiste na saída do polo cefálico 
do canal de parto e também pode ser dividido 
didaticamente em tempos acessórios. Rotação 
externa da cabeça, também chamada de restituição, 
que consiste em novo movimento logo após o 
desprendimento total da cabeça fetal, voltando para 
sua posição original na bacia. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
O diâmetro biacromial permanece em posição oblíqua 
ou transversa desde sua passagem pelo estreito 
superior; chegar no assoalho pélvico, há rotação das 
espáduas para que o diâmetro biacromial fique na 
direção anteroposterior da saída do canal. Assim, o 
ombro anterior fica sobre a arcada púbica e o 
posterior fica em contato com o cóccix materno. Por 
fim, há o desprendimento das espáduas, no qual, 
primeiramente, a espádua anterior aparece no orifício 
vulvar, seguida pela liberação da espádua posterior. 
Com a saída das espáduas, há liberação de todo o 
tronco fetal. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Trabalho de parto 
O parto pode ser estudado analisando-se suas três 
fases principais: 
- Dilatação; 
-Expulsão; 
-Secundamento; 
- Período de Greenberg* 
Além do período premonitório (pré-parto). 
 
 O período premonitório (não é fase clínica ainda) é 
caracterizado pela descida do fundo uterino (cerca de 
2 a 4 cm), possibilitando maior amplitude de 
ventilação pulmonar. A insinuação do feto no estreito 
superior da bacia causa dores lombares com o 
estiramento das articulações da cintura pélvica. Há 
maior saída de muco via vaginal, que pode estar 
associada a pequena quantidade de sangue, além das 
percepções maternas das metrossístoles 
intermitentes. 
 
As metrossístoles podem ser dolorosas e vão aos 
poucos diminuindo o tempo de intervalo, assim como 
aumentando sua intensidade; são chamadas de dores 
preparantes. Neste período, há o amolecimento e 
apagamento do colo, que podem ser verificados pelo 
toque vaginal. Essa fase pode ser chamada de fase 
latente do parto, em que as contrações uterinas não 
determinam, ainda, a dilatação progressiva do colo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
O diagnóstico do trabalho de parto é muito importante e 
nem sempre fácil de ser estabelecido. Deve ser 
considerado como um conjunto de alterações e não por 
elementos isolados. Sendo assim, as alterações 
significativas que devemos considerar são a presença de 
contrações dolorosas e rítmicas (no mínimo 2 em 10 
minutos, com duração de 50-60 segundos cada); 
apagamento e dilatação do colo (2cm nas primíparas e 
3cm nas multíparas); formação da bolsa-das- águas; e 
perda do tampão mucoso. 
 Yasmin Barbosa, M7. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fases Clínicas e Assistência ao Parto 
O primeiro período do parto é a fase de dilatação, que 
se inicia com as alterações cervicais (dilatação e 
apagamento) e termina com a completa dilatação 
cervical (10cm). Sua duração é de cerca de 12 horas 
nas primíparas e 7 horas nas multíparas. O 
apagamento e dilatação do colo ocorrem em 
momentos diferentes nas primíparas, enquanto nas 
multíparas ocorrem simultaneamente. A bolsa-das-
águas consiste no aparecimento das membranas 
ovulares (âmnio e cório) através do colo dilatado. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
No período de dilatação, a equipe de saúde deve ter 
alguns cuidados iniciais, como garantir a presença de 
um acompanhante durante todo o parto, além de 
realizar os toques vaginais seguintes para verificação 
das alterações cervicais. No toque vaginal, deve-se 
explorar o colo (apagamento, dilatação e 
consistência), além da bolsa-das-águas, a 
apresentação fetal e a altura da apresentação. 
Atualmente, tem sido empregada a ideia de fazer o 
toque vaginal o mínimo de vezes possível, no geral, a 
cada 2 ou até 4 horas. 
Durante todo o trabalho de parto, a equipe de saúde 
deve se atentar também a outros cuidados, como o 
acompanhamento da vitalidade fetal, através da 
ausculta dos batimentos cardiofetais, que, 
idealmente, deve ser feita a cada 30 minutos; a 
medição dos sinais vitais; alimentação adequada da 
parturiente; e estímulo à deambulação. A equipe deve 
procurar medidas para alívio das dores, sejam elas 
medicamentosas ou não, como uma posição mais 
confortável, banhos quentes e massagens, além do 
apoio psicológico. 
A analgesia via bloqueio raquimedular/peridural, no 
geral, é feita com 4-5 cm de dilatação, porém não é 
um procedimento de rotina, já que pode trazer 
complicações como vômitos, hipotensão, retenção 
urinária e período expulsivo prolongado, com maior 
uso do fórcipes. 
 
 
 
 
 
 
A rotura das membranas ovulares ocorre, na maioria 
das vezes, ao final do período de dilatação ou início da 
expulsão, com saída parcial do conteúdo líquido. A 
rotura artificial das membranas (amniotomia) não 
deve ser uma prática generalizada e sim restrita à 
situações em que é necessária pra a evolução do 
parto. 
O segundo período é a fase de expulsão, que se inicia 
com a dilatação completa do colo uterino e se 
prolonga até a saída do feto, tendo duração variável 
de 20 a 50 minutos. Corresponde ao período de maior 
intensidade e frequência das contrações uterinas, até 
consistirem em cerca de 5 contrações em cada 10 
minutos. Nesse momento, a parturiente passa a sentir 
os puxos, comparável à “vontade de espremer”, como 
na evacuação ou micção dificultadas. No decorrer da 
descida do feto pelo canal de parto, percebe-se que a 
vulva se entreabre e se dilata, mostrando a 
apresentação fetal. 
 
Nesse período, a equipe de saúde deve orientar a 
parturiente sobre como agir diante das contrações 
uterinas. Dessa forma, orientar que deve fazer força 
apenas durante as contrações efetivas e descansar 
nos intervalos das mesmas. Deve-se realizar a 
antissepsia da região perineal e a colocação dos 
campos estéreis para isolar as partes maternas, 
exceto a vulva. 
Pode ser feita a analgesia locorregional, com bloqueio 
troncular do nervo pudendo interno, na extremidade 
da espinha ciática. Pode ser feita, se necessária, a 
episiotomia, com o objetivo de impedir ou diminuir o 
trauma dos tecidos do canal de parto e favorecer a 
descida e desprendimento do feto. A episiotomia 
pode ser mediana (perineotomia) ou mediolateral, 
podendo ser feita com tesoura ou bisturi. A 
O acompanhamento da dilatação cervical, assim 
como da altura da apresentação fetal consiste em 
um dos elementos mais importantes para a evolução 
do parto. 
 Yasmin Barbosa, M7. 
mediolateral inclui lesão de mais tecido, tem maior 
sangramento, porém possui menor chance de rotura 
esfincteriana; já a mediana, não lesa músculos e 
sangra menos, ao tempo em que pode se estender até 
o esfíncter anal. 
 
As lacerações perineais podem ser classificadas em: 
1º grau - compromete a pele e a mucosa 
 2º grau - lesão de pele, mucosa e músculos 
transverso superficial do períneo e bulbocavernoso 
 3º grau - atinge o esfíncter externo do ânus 
4º grau - atinge o esfíncter interno do ânus e a 
mucosa retal. 
Algumas das indicações da episiotomia são: previsão 
de lacerão perineal grave (3º ou 4º grau); sofrimento 
fetal; distocia de ombros; uso de fórceps ou extrator à 
vácuo; fetos macrossômicos; e período expulsivo 
prolongado 
Outra forma de proteção do períneo é o apoio 
anterior e posterior, utilizando compressas, diante da 
saída do polo cefálico (Manobra de Ritgen); isso é 
feito para evitar a movimentação brusca da cabeça do 
feto e consequentemente, as lacerações. 
 
 
Após o desprendimento do polo cefálico, a equipe 
deve verificar a existência de circulares do cordão 
umbilical ao redor do pescoço do feto; se houver 
presença, estas devem ser desfeitas ou seccionadas. O 
profissional responsável pelo parto deve apoiar as 
mãos na apresentação e tracioná- la levementepara 
baixo, com o objetivo de liberar o ombro anterior. Em 
seguida, tracionar para cima, liberando o ombro 
posterior e consequentemente, todo o concepto. 
 
No momento do desprendimento das escápulas, a 
equipe de apoio deve realizar 10UI de ocitocina, via 
intramuscular (IM), para reduzir as perdas 
sanguíneas e acelerar a saída da placenta. 
O terceiro período é a fase de secundamento ou 
dequitação, que consiste no descolamento, descida e 
expulsão da placenta e deve ter duração máxima de 
30 minutos. O descolamento da placenta pode 
ocorrer por dois mecanismos: 
 Baudelocque-Schultze: é o mais frequente 
(75%) e ocorre quando placenta, inserida na 
parte superior do útero, se inverte e se 
desprende em forma de guarda-chuva. Nesses 
casos, há formação de hematoma 
retroplacentário, ou seja, há saída de sangue 
após a liberação da placenta. 
 
 Baudelocque-Duncan: ocorre em 25% dos 
casos, quando a placenta está localizada na 
parede lateral do útero e seu desprendimento 
 Yasmin Barbosa, M7. 
começa pela borda inferior. O sangue se 
exterioriza antes da saída total da placenta. 
 
A expulsão da placenta é realizada pelas contrações 
uterinas e pela ação gravitacional. Nesse momento, o 
profissional deve segurar o cordão umbilical e realizar 
tração controlada do cordão para estimular a saída 
placentária total. A placenta deve ser inspecionada 
para verificar sua integridade, bem como a 
integridade dos anexos através da análise das faces 
materna e fetal, que devem estar íntegras. 
Após a dequitação total, deve-se realizar a revisão do 
canal de parto, incluindo colo e vagina, à procura de 
possíveis lacerações e analisando se há presença de 
hemorragias significantes. Se houver a presença de 
lacerações ou episiotomia, deve -se realizar a rafia das 
mesmas com pontos simples realizados por planos 
anatômicos 
Alguns autores descrevem, ainda, um quarto período 
clínico para o parto, chamado de período de 
Greenberg, que compreende a primeira hora após a 
saída da placenta. Essa fase é considerada como parte 
do parto pelo grande risco de sangramento nesta 
primeira hora, principalmente diante de uma má 
assistência. Após a expulsão da placenta, o útero se 
contrai de forma intermitente, constituindo uma 
laqueadura viva dos vasos uterino abertos. A equipe 
deve estar atenta para a altura do fundo uterino e sua 
consistência contraída (globo de segurança de Pinard). 
Indução do Parto 
 
A indução do parto é um procedimento comum 
utilizado para alcançar o parto vaginal antes do seu 
início espontâneo. 
 -Indicações: 
 Indução indicada não médica. O parto não 
deve ser induzido eletivamente antes de 39 
semanas de gestação, no chamado período 
termo precoce (37 +0 -38 +6 semanas). 
Inúmeras são as morbidades neonatais 
sinaladas; 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Indução indicada médica. Diversas são as 
condições médicas que indicam a interrupção 
da gravidez em benefício fetal ou materno, nos 
períodos pré-termo tardio (34 +0 -36 +6 
semanas) e termo precoce (37 +0 -38 +6 
semanas). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Métodos de indução 
Os principais métodos de indução do parto podem ser 
divididos em dois grupos: 
 Indutores da contração uterina: 
- Ocitocina; 
-Amniotomia 
 Promotores do amadurecimento cervical: 
-Descolamento das membranas; 
-Sonda de Foley, com ou sem infusão salina 
extra-amniótica (ISEA) ; 
-Análogo da PGE1 : misoprostol; 
 Yasmin Barbosa, M7. 
-PGE2 : dinoprostano (não existente no 
Brasil). 
 
 Índice de Bishop. Se a indução estiver 
indicada e o estado do colo for desfavorável 
(imaturo), agentes devem ser utilizados para 
o seu amadurecimento. As condições do colo 
podem ser determinadas pelo índice de 
Bishop . O colo é considerado desfavorável se 
o índice for ≤ 6; se o índice totalizar > 8 a 
probabilidade do parto vaginal após a 
indução é similar à do parto espontâneo. Um 
inconveniente do índice de Bishop é o de que 
ele foi construído em multíparas. 
 
 Descolamento das membranas. O descolamento 
das membranas é reservado para reduzir a 
necessidade formal da indução do parto (World 
Health Organization [WHO, 2011]). Como após o 
descolamento das membranas o tempo para o 
início do parto pode ser longo, ele está 
recomendado quando não há urgência para a 
indução. Especialmente indicado na gravidez com 
≥ 41 semanas, com o colo favorável, para evitar a 
pósmaturidade (Society of Obstetricians and 
Gynaecologists of Canada [SOGC, 2013]). Por 
certo, deve haver certa dilatação cervical para a 
introdução do dedo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Misoprostol. O misoprostol é o fármaco 
habitualmente utilizado para o amadurecimento 
do colo. O esquema preferente é o da dose de 25 
μg vaginal, a cada 3 a 6 h, até o amadurecimento 
cervical ou a indução do parto (ACOG, 2009). A 
WHO (2011) recomenda misoprostol oral, 25 μg 
de 2/2 h, como agente de escolha, e como 
alternativa o vaginal, 25 μg de 6/6 h. 
 Ocitocina. Em continuação ao misoprostol utiliza-
se a ocitocina sob bomba de infusão venosa, na 
dose de 1 a 8 mU/min, respeitando-se o intervalo 
mínimo de 4 h entre o seu início e a última 
administração do misoprostol. Se ao momento da 
indução o colo já estiver maduro, a ocitocina será 
a única medicação utilizada. 
 Contratilidade uterina. O parto induzido deve ser 
sempre monitorado (ACOG, 2009). O ideal é 
obter-se até 5 contrações/10 min. É considerada 
taquissistolia a ocorrência de > 5 contrações/10 
min, que pode estar associada a alterações 
desfavoráveis da frequência cardíaca fetal (FCF): 
ausência de oscilação, dips tardios ou umbilicais 
recorrentes, bradicardia (National Institute of 
Child Health and Human Development [NICHD, 
2008]). Nessas condições, a ocitocina deve ser 
reduzida ou descontinuada e se não houver 
resposta às medidas corretivas de rotina 
(mudança do decúbito, administração de oxigênio 
e de cristaloides intravenosos), a cesárea estará 
indicada. A terbutalina subcutânea também pode 
ser tentada. 
 
 Amniotomia. Pode ser utilizada para induzir o 
parto especialmente quando o colo é favorável. 
Empregada isoladamente é o pior dos 
procedimentos pela possibilidade de longo 
intervalo entre a ruptura e o início das contrações 
(ACOG, 2009). Sua principal indicação é no DPP 
com o feto morto. 
 Sonda de Foley. Método de escolha para o 
amadurecimento cervical e a indução do parto tão 
eficaz quanto os procedimentos farmacológicos, 
com a vantagem de provocar menos 
anormalidades na contratilidade uterina 
(Sciscione, 2014). 
 
 Indução com o feto morto. Até 28 semanas o 
misoprostol vaginal pode ser utilizado na dose de 
200 mg, de 12/12 h durante 48 h, mesmo em 
mulheres com cesárea prévia. A SOGC (2013) 
proíbe o uso de prostaglandínicos em qualquer 
circunstância de cesárea prévia. Após 28 semanas, 
em mulheres com cesárea anterior, a melhor 
opção é a sonda de Foley (ACOG, 2009) 
 
 Yasmin Barbosa, M7. 
 
Complicações 
 
Principalmente parto cesáreo, corioamnionite e 
atonia uterina. Miller et al. (2015), em nulíparas com 
o colo desfavorável, índice de Bishop ≤ 5, observaram 
que a indução eletiva do parto após 39 +0 semanas 
não afetou significativamente a taxa de cesarianas, 
quando comparada à de grávidas que tiveram o 
tratamento expectante. 
 
 
Puerpério 
 
O puerpério, também denominado pós-parto, é o 
período que sucede o parto e, sob o ponto de vista 
fisiológico, compreende os processos evolutivos e de 
recuperação do organismo materno após a gestação. 
Embora o caráter gradual e progressivo assumido por 
essas manifestações torne o puerpério um período de 
demarcação temporal imprecisa, é aceitável dividi-lo 
em: 
 Pós-parto imediato, do 1º o ao 10º o dia;Pós-parto tardio, do 10º o ao 45º o dia; 
 Pós-parto remoto, além do 45º o dia. 
Muitos estudos assumem como pós-parto os 12 
meses que sucedem o parto. 
Além da relevância desses mecanismos fisiológicos 
para o restabelecimento do estado pré-gravídico da 
mulher, o puerpério é também caracterizado por 
marcantes mudanças em diversos outros aspectos da 
vida feminina, sejam eles conjugais, familiares, sociais 
ou profissionais. Nesse sentido, há de se compreender 
a importância de uma assistência materno-infantil 
multidisciplinar e integrada, projetada no sentido de 
favorecer uma experiência materna efetivamente 
saudável e de bem-estar. 
 
PS.: Zugaib et al classificam o puerpério em: puerpério 
imediato, que dura até a segunda hora do pós-parto; 
puerpério mediato, que dura desde a terceira hora até 
o fim do décimo dia pós-parto; e o puerpério tardio, 
que vai do 11º dia até o retorno das menstruações, ou 
6-8 semanas nas lactantes. 
Fisiologia do puerpério 
 
 INVOLUÇÃO UTERINA: 
Logo após o parto, o útero se encontra um pouco 
acima da cicatriz umbilical, a partir do qual inicia um 
processo de involução. O útero se contrai, 
comprimindo os vasos sanguíneos e causando uma 
aparência isquêmica. A contração também contrai os 
vasos intramiometriais, reduzindo o fluxo sanguíneo e 
prevenindo a hemorragia pós-parto. Além disso, os 
vasos calibrosos são obliterados (trombose), 
constituindo outro mecanismo hemostático para 
prevenir perda sanguínea. Após 24h, o fundo uterino 
atinge a cicatriz umbilical. Após uma semana, atinge a 
região entre a cicatriz umbilical e a sínfise púbica. Na 
segunda semana, deixa de ser palpável no abdome e, 
por fim, atinge as dimensões pré-gravídicas em 6-8 
semanas após o parto. 
 
- O colo uterino, ao fim da dequitação, se encontra 
amolecido, com lacerações no orifício externo, que 
continua dilatado. A dilatação do colo regride de 
forma lenta, ficando entre 2-3 cm nos primeiros dias 
após o parto, e menos de 1cm com uma semana de 
puerpério. 
É comum haver cólicas abdominais nos primeiros 3 
dias, e estas são mais fortes em multíparas e em 
lactantes, pois a estimulação do mamilo estimula a 
liberação de ocitocina pelo eixo neuro-hipofisário. 
 
Em relação às tubas uterinas, seu epitélio durante a 
gestação é predominantemnete composto de células 
não ciliadas, em decorrência do desequilíbrio entre os 
níveis de progesterona e estrogênio. Com a 
diminuição destes hormônios após o parto, há 
extrusão nuclear das células não ciliadas e diminuição 
 Yasmin Barbosa, M7. 
do tamanho das células ciliadas e não-ciliadas. 
Também, há uma salpingite aguda em cerca de 38% 
dos casos, mas sem evidência de infecção. Além disso, 
após a dequitação, persiste a porção basal da decídua. 
Esta se divide em duas novas camadas: a superficial, 
que sofre descamação; e a profunda, que regenera o 
novo endométrio a partir das glândulas e do estroma 
da decídua basal, recobrindo a cavidade endometrial 
dentro de 16 dias após o parto. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Lóquios 
Todo esse processo de involução uterina e 
regeneração endometrial gera a eliminação vaginal 
dos lóquios, líquido formado por exsudatos e 
transudatos, compostos de eritrócitos, leucócitos, 
porções da decídua, células epiteliais e bactérias. Nos 
primeiros dias, o maior número de eritrócitos 
conferem cor vermelha aos lóquios (lochia rubra). 
Após 3 a 4 dias, os lóquios adquirem aspecto 
serossanguíneo, mais acastanhados, devido à 
hemoglobina semidegradada. Após o 10º dia, pela 
incorporação de leucócitos e diminuição do volume 
de loquiação, os lóquios adquirem cor amarelada 
(lochia flava) e, por fim, esbranquiçada (lochia alba). 
 
À ultrassonografia, a cavidade uterina pode demorar 
até 5 semanas para retornar ao estado pré-gravídico 
 
 
 
 VAGINA E VULVA 
A vagina está alargada e lisa logo após o parto. 
Gradualmente, suas dimensões se reduzem, mas não 
voltam ao estado pré-gravídico. A rugosidade vaginal 
reaparece na terceira semana, por redução do edema 
e da vascularização. Nódulos de mucosa fibrosados 
formam as carúnculas himenais devido ao 
rompimento do hímen no momento do parto. Por fim, 
a distensão fascial e possíveis lacerações causam 
afrouxamento da musculatura pélvica, que pode não 
regredir ao estado original. Em decorrência disso, o 
parto predispõe à incontinência urinária e fecal. 
 
Histologicamente, há progressiva atrofia do epitélio 
escamoso vaginal nos primeiros dez dias. No 15º dia, a 
descamação alcança seu pico e a regeneração se 
inicia. A partir do 25º dia, há alterações que geram 
epitélio eutrófico em mulheres que não amamentam, 
enquanto as que amamentam desenvolvem um 
epitélio vaginal subatrófico. 
 PAREDE ABDOMINAL 
o puerpério, a musculatura da parede abdominal está 
afrouxada. Várias semanas depois, seu tônus normal é 
readquirido na maioria dos casos. Em algumas 
mulheres, no entanto, persiste a diástese do musculo 
reto abdominal. 
 
 
A pele pode ainda continuar frouxa, se houver ruptura 
extensa de fibras elásticas. 
 
 SISTEMA ENDÓCRINO 
Ao fim da gravidez, os níveis de estrogênio e 
progesterona estão bastante elevados, assim como os 
de prolactina (PRL). Após a saída da placenta, 
diminuem os níveis de esteróides placentários e, a 
prolactina, apesar de cair um pouco, continua alta. 
 
As gonadotrofinas e esteroides sexuais atingem seus 
menores valores 2 a 3 semanas após o parto. A 
gonadotrofina coriônica (hCG) atinge o valor normal 
de 2 a 4 semanas após o parto. 
Na ausência da lactação, nas primeiras semanas, tanto 
o hormônio luteinizante (LH) quando o folículo-
estimulante (FSH) se mantêm baixos, para então 
elevarem-se lentamente. No início do puerpério, o 
estrogênio se mantém baixo e a progesterona não é 
detectável. A recuperação das gonadotrofinas até os 
 Yasmin Barbosa, M7. 
níveis pré-gravídicos depende da lactação. Mulheres 
lactantes tem a fertilidade inibida pela ação direta da 
sucção do mamilo sobre o hipotálamo por via neuro-
endócrina, que eleva a PRL e inibe o LH e FSH. O PRL, 
por sua vez, inibe a liberação pulsátil do hormônio 
liberador de gonadotrofina (GnRH) pelo hipotálamo. 
 
O retorno da menstruação para as não-lactantes 
ocorre em 7 a 9 semanas, com média de 45 dias para 
nova ovulação. 
 
 PERDA PONDERAL 
Após a gravidez, a mulher perde quase a totalidade do 
peso adquirido durante a gestação. Cerca de metade 
do peso ponderal adquirido é perdida durante as 
primeiras 6 semanas após o parto. O restante ocorre 
entre as 6 semanas e os 6 meses depois, sendo maior 
nos 3 primeiros meses. No entanto, cerca de 28% das 
mulheres não volta ao peso pré-gravidez, o que pode 
ser atribuído a diversos fatores, sendo alguns dos 
fatores de risco: ganho excessivo de peso durante a 
gestação, raça negra, obesidade, e interrupção do 
consumo de cigarros. Outros fatores que podem 
influenciar no acúmulo de peso após o parto são 
idade materna (adolescentes têm maior risco), 
paridade, etnia, estado civil, intervalo entre gestações 
e tempo de retorno à atividade profissional.. 
 ALTERAÇÕES ÓSSEAS 
Há diminuição generalizada da densidade óssea em 
gestantes, voltando ao estado pré-gravidez dentro de 
12 a 18 meses após o parto. Não é recomendada 
qualquer intervenção, sendo essas alterações auto-
limitadas e reversíveis. 
 ALTERAÇÕES HEMATOLÓGICAS 
Ao longo do parto e durante o puerpério imediato, é 
comum haver leucocitose, chegando a níveis de 
30.000/ µl. A leucocitose é caracterizada pelo 
predomínio de granulócitos, linfopenia relativa e 
eosinofilia absoluta. Em geral, esses parâmetros se 
normalizam 5 a 6 dias após o parto. 
 
Quanto à série vermelha, os níveis de hematócrito e 
hemoglobina costumam flutuar moderadamente nos 
primeiros dias pós-parto. Quedas acentuadas nos seus 
valores podem traduzir uma perdasanguínea 
excessiva e, em aproximadamente 6 semanas após o 
parto, se encontra em níveis pré-gravídicos 
 
Modificações importantes ocorrem nos fatores de 
coagulação. Após a dequitação, há geralmente queda 
das plaquetas, com elevação secundária nos primeiros 
dias do pós-parto juntamente com a adesividade 
plaquetária. O fibrinogênio plasmático diminui em 
concentração no momento do parto, atingindo o seu 
menor nível no primeiro dia do puerpério e voltando a 
se elevar em seguida, igualando-se aos níveis pré-
gravídicos entre o 3º e o 5º dia. 
 SISTEMA CARDIOVASCULAR 
Na gestação, há aumento do volume de líquido 
extracelular, e a diurese no pós-parto corresponde à 
reversão desse processo. Pode haver, no entanto, 
pouca diurese no pós-parto devido à desidratação 
ocasionada pelo trabalho de parto. Nesse caso, a 
diurese que reverte a hipervolemia se dá entre o 2º e 
o 6º dias pós-parto 
Nesse sentido, alterações cardíacas e vasculares 
dependem do estado volêmico da paciente no pós 
parto. A frequência e o débito cardíacos se mantém 
elevados por 24h a 48h após o parto, voltando ao 
estado pré- -gravídico aproximadamente no 10º dia 
pós-parto. A resistência vascular, por sua vez, 
permanece diminuída por 48h e, a partir daí, retorna 
gradualmente aos níveis normais. 
 SISTEMA URINÁRIO 
No puerpério imediato, a mucosa vesical está 
edemaciada, devido ao parto e ao trabalho de parto. 
Há também uma distensão vesical, o que predispõe à 
retenção urinária e esvaziamento incompleto ao 
urinar, causando urina residual. O uso de analgésicos, 
anestesia epidural e bloqueios espinhais contribuem 
para esse quadro. Até a sexta semana, na maioria das 
puérperas, o exame ultrassonográfico evidencia 
dilatação do sistema pielcalicial. 
Todos esses fatores citados são fator de risco para 
infecção do trato urinário. 
 A retenção urinária pode ser definida como ausência 
de micção por 6h após o parto ou após a retirada da 
sonda vesical após cesariana. Está presente em 0,5% 
das gestantes no pós-parto imediato, resolvendo-se 
na primeira semana na maioria dos casos e pode 
decorrer de lesão no nervo pudendo. Seus fatores de 
risco incluem: primiparidade, parto instrumentado, 
primeiro e segundo períodos de parto prolongados, 
cesárea e anestesia epidural. 
 PELE 
As estrias nas mamas e no abdome perdem a cor 
vermelho-arroxeada e se tornam esbranquiçadas. 
Essas estrias são irreversíveis. Já o cloasma gravídico, 
caracterizado por hiperpigmentação da face, regridem 
geralmente durante o período puerperal. Há também 
uma queda de cabelo comum entre 1 e 5 meses após 
o parto – o que leva à crença equivocada de que 
amamentar causa queda de cabelo, por coincidir com 
o momento da amamentação – essa queda de cabelo 
é autolimitada, e o cabelo retorna aos padrões 
normais de crescimentode 6 a 15 meses após o parto. 
Assitência pós-natal 
 
Cuidado hospitalar 
 Yasmin Barbosa, M7. 
Na primeira hora após o parto, deve-se monitorar a 
puérpera cuidadosamente. 
Isso servirá para diagnosticar possíveis casos de 
hemorragia – decorrentes ou não de hipotonia 
uterina. Assim, a pressão arterial deve ser aferida e a 
frequência cardíaca monitorada a cada 15 mintuos, e 
deve-se assegurar que a hemorragia uterina esteja 
dentro da anormalidade e o útero esteja firmemente 
contraído. O fundo uterino deve ser palpado e, se 
houver hipotonia, deve ser realizada massagem 
uterina através da parede abdominal até que ele se 
contraia. Se necessário, pode ser administrada 
uterotoninas. O útero puerperal é firme, móvel e 
indolor. Uma bexiga cheia pode ocasionar a “subida” 
do útero no exame físico. Nas primeiras 12h, a altura 
do útero é de 12cm. Do 2º dia em diante, desce em 
média 1cm por dia 
 
Caso o parto tenha ocorrido com anestesia, deve 
haver acompanhamento próximo com equipe 
especializada. Se não houve complicações maternas 
ou neonatais, o contato mãe-filho (pele a pele) deve 
ser logo estimulado ainda na sala de parto. A 
amamentação deve ser encorajada nesse momento. 
Quanto à dieta, mulheres que tiveram parto normal 
podem alimentar-se normalmente após 2h do parto e 
sem complicações, sem restrição alimentar. Na 
amamentação, a quantidade calórica deve ser 
aumentada. Caso a mãe não amamente, seu aporte 
calórico deve ser igual ao do estado pré- -gravídico. 
Em alguns serviços, há a prática de manter 
suplementação de ferro por no mínimo 3 meses 
depois do parto e avaliar o hematócrito na primeira 
consulta após o puerpério. 
Além disso, a deambulação e o caminhar precoce 
reduzem a incidência de retenção urinária, 
constipação e fenômenos tromboembólicos. Após o 
parto normal, a paciente poderá deambular assim que 
se sinta preparada para tal. A primeira deambulação, 
no entanto, deve ser acompanhada por um 
profissional, pelo risco de síncope. Deve-se também 
orientar a mulher a realizar a higienização vulvar da 
anterior para posterior (sentido vagina -> ânus) e o 
uso de gelo no primeiro dia pode reduzir o 
desconforto por eventual laceração ou episiotomia. O 
uso de antissépticos locais em aerossol, bem como 
anti-inflamatórios (via oral ou retal), pode ser feito 
nos primeiros dias após o parto. Se houver dor 
excessiva na região, um exame físico cuidadoso é 
imperativo, para descartar hematomas ou infecção. 
 Depois das primeiras 24h de puerpério, a gestante 
pode realizar banho de assento com água morna para 
aliviar a dor local. A incisão da episiotomia está 
totalmente cicatrizada e assintomática por volta da 3ª 
semana. 
Considerando a função vesical, vimos que a retenção 
urinária afeta até 5% dos partos vaginais. Dentre os 
fatores de risco, tem-se: primiparidade, doses 
elevadas de ocitocina, lacerações, cateterismo vesical 
durante trabalho de parto, parto instrumental, 
trabalho de parto com duração maior que 10h e 
analgesia peridural ou raquidiana. 
 Mulheres com qualquer um desses fatores de risco 
devem ser monitoradas quanto ao débito urinário. 
Caso a paciente não urine nas primeiras 4h, não é 
provável que consiga espontâneamente. Realiza-se, 
então, um exame físico para identificar hematomas 
no períneo ou trato genital. Se a bexiga estiver 
distentida, devemos manter o cateter urinário até que 
as causas da distensão sejam resolvidas. 
 Se a causa não é detectável, é orientado manter o 
cateter nas primeiras 24h, para dar tempo para a 
recuperação vesical. Quando o cateter for retirado, é 
necessário demonstrar que a paciente já consegue 
urinar espontaneamente. 
Caso a paciente não consiga urinar em até 4h, passa-
se novamente o cateter urinário: se o volume de urina 
que vier for maior que 200mL, significa que há 
retenção urinária e o cateter deve ser mantido por 
mais um dia. 
Se menos de 200mL, o cateter pode ser retirado e, a 
paciente, reavaliada novamente horas depois. Por fim, 
muitas dessas pacientes desenvolvem bacteriúria, 
tornando racional tratá-las com dose única ou ciclo 
curto de antibioticoterapia após retirada do cateter. 
 
 
Quanto à temperatura, exceto nas primeiras 24h – 
quando pode haver alguma febre – o normal é 
ausência de febre (<38º). Existe um fenômero 
chamado “febre do leite”, que ocasionalmente 
coincide com o momento da apojadura, que é 
classificada como fisiológica por uns, embora alguns 
defendam que se trate da ascensão de germes 
vaginais à cavidade uterina. 
 
O cuidado com as mamas é outro ponto importante a 
ser abordado durante o cuidado hospitalar. 
Recomenda-se uso de porta-seios apropriado, 
prevenindo congestão sanguínea e galactoestase. 
 Yasmin Barbosa, M7. 
 
Por fim, a paciente precisa passar por avaliação 
psicológica/psiquiátrica. O blues puerpeal, 
caracterizado por algum grau de humor deprimido 
nos primeiros dias após o parto, é muito comum entre 
puérperas nos primeiros dias. Instruções, detecção e 
tranquilizaçãoconstitui um tratamento eficaz para a 
maioria delas, sendo a condição autolimitada e de 
curta duração (2 a 3 dias), podendo durar até 10 dias. 
Se o humor deprimido existir, deve -se avaliá-la para 
depressão maior, que pode ocorrer em quase 20% das 
puérperas. Nas mulheres com transtorno psiquiátrico 
pré-existente, deve-se observá-la de perto pois a taxa 
de reinternação psiquiátrica aumenta 
significantemente. Ideias suicidas ou infanticidas 
devem ser levadas a sério. 
 Como a depressão puerperal grave tem risco de 
recidiva de 25% em gestações subsequentes, 
recomenda-se fazer profilaxia farmacológica ao final 
da gravidez ou logo após o parto. 
 
 
 
Cuidados domiciliares 
 
Recomenda-se o acompanhamento da evolução do 
pós-parto, com consulta de 7 a 10 dias pós-natais e 6 
semanas puerperais, quando o pós- -parto tardio se 
encerra. O risco relativo de doença tromboembólica 
(DTV) no puerpério é aumentado. 
Entre a 1ª e 3ª semana em 14 vezes a 78 vezes, entre 
a 4ª e 6ª semana de 5 a 7 vezes e, após 6 semanas, o 
risco é desconhecido. 
A primeira consulta, de 7 a 10 dias após o parto, deve 
ser usada para assegurar a saúde da mulher e do 
recém nascido, pois boa parte das condições que 
causam mobimortalidade materna e neonatal ocorre 
nessa semana. 
Nessa consulta, avalia-se o estado de saúde da mãe e 
do bebê, orienta-se e apoia-se a amamentação, 
orienta- -se sobre os cuidados com o recém-nascido, 
avaliar a interação mãe-filho, identificar situações de 
risco ou intercorrências e conduzi-las, além de 
orientar a anticoncepção e planejamento familiar, 
como veremos a seguir. 
 
 Na segunda consulta, 6 semanas após o parto, deve-
se, além de repetir o que foi feito na primeira 
consulta, avaliar o retorno do fluxo menstrual e da 
atividade sexual. 
Anticoncepção pós-parto 
Anticoncepcionais combinados aumentam o risco de 
doença tromboembólica e devem ser evitados nesse 
período, além de interferirem na amamentação. No 
pós-parto, tanto em lactantes como não-lactantes, é 
recomendado o uso de anticoncepcionais apenas de 
progesterona, que não aumentam o risco de doença 
tromboembólica venosa (DTV). Os DIUs de cobre e 
hormonal, exceto nos casos de infecção puerperal, 
são opções a se considerar.

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