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Estilos Clássicos de Mobiliário

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44
Unidade II
Unidade II
3 MOBILIÁRIO CLÁSSICO
Depois de fazer levantamentos, as comparações e as discussões sobre as vantagens e as desvantagens 
de adquirir um móvel comercial ou de projetar uma peça exclusiva, você e seu cliente chegaram à 
conclusão de que o ideal é que se pense em uma peça particularizada, que atenda às necessidades 
específicas dele. O ideal é fazer o projeto do mobiliário de acordo com todas as opções de projeto que 
serão feitas para a edificação.
Antes de começar a fase de criação da peça, é preciso que seja feita uma opção de estilo para o 
projeto, pois ela vai ter influência em seu método construtivo, em sua forma, nos detalhes e até mesmo 
nos materiais que serão escolhidos para a construção e o acabamento.
Vamos conhecer alguns dos principais estilos de mobiliário para as peças que serão construídas. 
É claro que o estilo do seu móvel estará ligado ao tipo de decoração que você escolheu para seu cliente, 
mas é interessante conhecer as características mais importantes para conceituar a sua criação.
Tipos e estilos também são importantes, pois muitos clientes procuram os designers de interiores 
com pedidos específicos para seus projetos, ou mesmo uma peça de mobiliário com determinada 
particularidade, que pode ser uma herança de família, e é preciso fazer um projeto em que essa peça se 
encaixe de maneira perfeita.
Desde o início da história da humanidade já se construíam peças de mobiliário, pois as pessoas 
sempre precisaram se sentar, trabalhar e fazer as suas atividades. Os primeiros móveis eram de pedra e 
galhos; conforme a humanidade foi evoluindo, esses materiais e a tecnologia para o seu uso também 
foi melhorando.
Com o surgimento de civilizações mais avançadas, como os egípcios, gregos e romanos, podemos 
perceber uma evolução muito grande no mobiliário e nos métodos construtivos das peças. É possível 
notar, através de pinturas, o desenho e os detalhes das peças.
Um dos estilos clássicos mais utilizados ainda hoje é o dos reis franceses Luís XIV, XV e XVI. 
A tendência de Luís XIV é o início do Barroco, o qual começa a ser marcado pelos excessos. Os móveis 
são grandes e luxuosos, os pés das cadeiras, e de todo o mobiliário, eram unidos com travas em forma 
de X ou H – sendo esta uma das características que tornam esse tipo de móvel fácil de ser reconhecido. 
Novos móveis foram criados em função das necessidades da época, como escrivaninhas e cômodas. 
A figura a seguir mostra uma mesa no estilo Luís XIV com as suas principais características, como a união 
dos pés do mobiliário, além do acabamento luxuoso.
45
PROJETO DO OBJETO (PRODUTO)
Figura 20 – Mesa estilo Luís XIV
Continuando no período Barroco, chegamos ao reinado de Luís XV, que era bisneto de Luís XIV. Esse 
momento é usualmente chamado de Rococó, sendo marcado pelo excesso de ornamentação nas peças. 
O mobiliário, apesar de guardar uma série de semelhanças, passa a ter diferenças importantes. As linhas 
passam a ser mais orgânicas, e os móveis são mais entalhados, feitos em mogno ou nogueira, que são 
madeiras mais nobres; os estofados são revestidos com cores mais claras e padrões florais. As proporções 
dos móveis diminuem, propiciando uma atmosfera mais íntima. Na figura a seguir é possível notar a 
diferença entre os estilos. O assento não é mais tão quadrado, mas ganha uma abertura maior na parte 
frontal, para acomodar as saias estruturadas, as quais eram muito características na época; o espaldar 
ganha uma pequena inclinação, isto é, o encosto não é mais perpendicular em relação ao assento, o que 
o torna mais confortável. É possível perceber que este é um estilo mais opulento e mais rico que o de 
seu antecessor.
Figura 21 – Cadeira Luís XV
46
Unidade II
Finalizando o período Barroco, temos o neto de Luís XV, Luís XVI. O mobiliário dessa época é mais 
reto e austero, e bem menos adornado que o anterior, retomando conceitos clássicos greco‑romanos. 
Os assentos retomam um formato mais quadrado, e o espaldar pode ter uma forma mais arredondada, 
revestido com seda lisa ou listrada, e que muitas vezes é chamado de “medalhão”. A figura a seguir 
mostra uma cadeira no estilo Luís XVI. É possível comparar os estilos e notar como evoluíram em 
algumas décadas.
Figura 22 – Cadeira Luís XVI
 Lembrete
Você se recorda da cadeira Louis Ghost, que vimos anteriormente? 
Percebe como o conhecimento de história do mobiliário ajudou o designer? 
Continue se aprofundando neste tema!
Os estilos de móveis que estudamos até agora eram produto de um trabalho artesanal, feitos por 
artesãos, frutos de um trabalho basicamente manual e difíceis de serem replicados, algo que iria mudar 
em pouco tempo. De maneira geral, os artesãos e produtores dessas peças não levavam o crédito nem 
pela criação, nem pela execução delas.
47
PROJETO DO OBJETO (PRODUTO)
No entanto, tudo mudou bem rápido com a chegada da Revolução Industrial, que não mirava a 
produção moveleira, mas ela foi grandemente alterada com esse acontecimento. Até hoje falamos em 
móveis produzidos industrialmente.
Os produtos da empresa Thonet são um ótimo exemplo da Revolução Industrial, bem como uma 
novidade e grande diferença em relação a tudo o que aconteceu antes dessa época.
Michael Thonet desenvolveu um método de curvar madeira e criou uma série de modelos de móveis 
utilizando tal metodologia. A cadeira 214, o maior sucesso da empresa, foi criada em 1859, ou seja, há 
mais de 150 anos. Esses móveis representavam de forma fiel o espírito da Revolução Industrial. O design 
era simples e elegante, e podia ser replicado indefinidamente; utilizava um material abundante e barato 
na época (a madeira e o assento em palha); eram vendidas desmontadas, o que facilitava a estocagem 
e o transporte, e podia ser montada pelo comprador, devido a sua simplicidade. Esse modelo está em 
linha até hoje e pode ser comprado pelo mundo todo, inclusive no Brasil. A figura a seguir mostra o 
modelo 214, o mais conhecido e o maior sucesso de vendas da empresa até os dias de hoje.
Figura 23 – Cadeira Thonet, modelo 214
48
Unidade II
Logo após o início da Revolução Industrial, que primava pela produção em série de peças 
uniformizadas, como a cadeira 214, da Thonet, já começavam a surgir movimentos artísticos e sociais 
que pregavam uma volta às origens da arte e do artesanato criativo.
O movimento Arts and Crafts, ou Artes e Ofícios, tentava transformar o artista e o artesão 
em uma única pessoa (que mais tarde seria conhecida como designer). Esse movimento tentava 
colocar uma face mais pessoal na produção de móveis e objetos, fazendo com que a produção das 
peças fosse pequena e personalizada. Mesmo tendo começado na Inglaterra, ele se espalhou por 
vários países, mas teve uma duração relativamente curta. No entanto, foi uma grande influência 
para vários movimentos e estilos que se seguiram, tendo aspectos que até hoje são replicados. 
Caracterizado pela simplicidade das linhas e pelo uso frequente de madeira, o movimento valoriza 
o aspecto artesanal dos móveis, com acabamentos simples e naturais, como madeira envernizada 
e couro. Atualmente, estamos vivendo uma volta a essa tendência, de valorização do trabalho 
artesanal, com a diferença de que este trabalho já não é mais considerado um trabalho artístico, 
mas sim uma produção personalizada.
A figura a seguir ilustra o tipo de mobiliário e as características desse movimento. É possível notar a 
atenção aos detalhes e as linhas simples e agradáveis das peças. Apesar de ser um trabalho manual, este 
movimento visava uma produção que não devia ser artesanal, no sentido de poder ser replicado; logo, 
algumas dessas características são conhecidas.
Figura 24 – Mobiliário no estilo Arts and Crafts
Esse movimento foi representado de forma muito emblemática por um arquiteto americano 
de fama internacional e com muitos projetos que utilizam esta filosofia: Frank Lloyd Wright. 
Os trabalhos feitos por este arquiteto geralmente incluíam o projeto de mobiliário, e ambos49
PROJETO DO OBJETO (PRODUTO)
representam os pontos principais do Arts and Crafts, como pode ser visto na figura a seguir. Nela, 
vemos a sala de um dos projetos feitos pelo arquiteto, a Robie House, que se localiza em Chicago, 
nos Estados Unidos, construída entre 1908 e 1910. Além do mobiliário, feito em madeira e couro, os 
materiais utilizados na construção representam a filosofia deste movimento, pois são encontrados 
próximos ao local da obra.
Figura 25 – Robie House
O Arts and Crafts foi o predecessor do primeiro movimento artístico genuinamente mundial. 
Ele chegou a praticamente todos os países ocidentais através de arquitetos, designers e artistas
O movimento Art Nouveau teve uma influência grande em praticamente todos os países do mundo 
ocidental, até mesmo aqui no Brasil. Nós temos vários exemplos de edificações e de mobiliário neste 
estilo, como veremos a seguir. Por ter uma raiz arquitetônica muito forte, o Art Nouveau criou um 
pensamento que podemos até chamar de “arquitetônico” no desenho do mobiliário. Esse é um dos 
motivos que indicam que muito do mobiliário desse estilo foi criado por arquitetos.
No estilo Art Nouveau, linhas e curvas são usadas como se fossem ornamentos, ou seja, o 
desenho da peça é ornamental, e madeiras duras e aço eram usados para dar leveza e resistência à 
estrutura do mobiliário.
Na figura a seguir é possível ver algumas características do estilo, como a simplicidade nas linhas do 
móvel e a pouca ornamentação com cores ou detalhes. Existe, porém, a presença marcante de curvas em 
toda a peça, isto é, o móvel é o próprio ornamento no ambiente em que será colocado. A figura apresenta 
uma cadeira e uma escrivaninha, projeto de Hector Guimard, da primeira década do século XX.
Outra característica importante da época é que o nome do designer responsável pela peça começa a 
ser conhecido, e este começa a se transformar em uma marca. Até então, o nome do criador das peças 
não era um dado importante na história do mobiliário.
50
Unidade II
Figura 26 – Mobiliário de Hector Guimard
 Observação
Aprofunde‑se nos seus estudos de história da arte, e ficará mais 
simples entender a história e a evolução do mobiliário. Tente associar as 
principais características de cada um destes movimentos e assim você 
notará as várias semelhanças que eles possuem.
No Brasil, temos vários exemplos de arquitetura e design no estilo Art Nouveau, trazidos por 
arquitetos como o sueco Carlos Eckmann, que projetou o casarão da Vila Penteado, em São Paulo, em 
1902, e por outros arquitetos e designers europeus.
No Rio de Janeiro, a reforma feita em 1912 na Confeitaria Colombo também trouxe várias 
características desse movimento, como o desenho do mobiliário que foi feito para o espaço.
Na figura a seguir temos um detalhe do interior da Vila Penteado. Essa edificação, que é tombada 
pelo patrimônio histórico, hoje em dia sedia o curso de pós‑graduação da Faculdade de Arquitetura e 
Urbanismo da Universidade de São Paulo. Ela passou por vários restauros, mas mantém grande parte de 
suas características originais.
As paredes do casarão são enfeitadas com afrescos, e os pisos possuem vários mosaicos. Toda esta 
decoração se refere à história da indústria brasileira. Os móveis que restaram são os que estão fixos 
na edificação. O mobiliário e os acabamentos foram projetados pelo arquiteto responsável pela obra. 
Tal procedimento era muito comum na época, isto é, um projeto de arquitetura incluía o projeto de 
mobiliário, de luminárias, de decoração, além de todos os demais projetos complementares. Na figura é 
possível ver um detalhe de uma das portas.
51
PROJETO DO OBJETO (PRODUTO)
Figura 27 – Vila Penteado – detalhe das portas
O Art Nouveau foi um dos últimos movimentos artísticos do final do século XIX e chegou até o 
começo do século XX. No Brasil, como vimos, estas construções datam do início do século passado.
 Saiba mais
A apostila no link a seguir vai agregar mais conhecimento ao seu 
repertório. Você verá que este conhecimento vai inspirar as suas criações e 
vai deixar os seus projetos de interiores mais ricos!
GALVÃO, A. História do mobiliário. UFPR, [s.d.]. Disponível em: 
<http://www.exatas.ufpr.br/portal/degraf_arabella/wp‑content/uploads/
sites/28/2016/08/Apostila‑Hist%C3%B3ria‑do‑Mobili%C3%A1rio.pdf>. 
Acesso em: 3 jun. 2019.
4 MOBILIÁRIO MODERNO E CONTEMPORÂNEO
Nas primeiras décadas do século XX aconteceram vários movimentos em países europeus, os 
quais contribuíram para o surgimento da escola que inaugurou o que entendemos por movimento 
moderno e que foi a primeira escola de design do mundo. Estamos falando da Bauhaus, uma escola 
alemã, fundada em Weimar, em 1919, e que unia artes plásticas, arquitetura, design, tecelagem e 
artesanato. Muitos móveis modernos clássicos que conhecemos hoje foram criados pelos professores 
e alunos da Bauhaus, como, por exemplo, a poltrona Wassily, do designer húngaro Marcel Breuer, 
criada em 1925 e nomeada em homenagem a um outro professor da escola, o pintor russo 
Wassily Kandinsky. Esta peça tem um desenho contemporâneo, apesar de ter sido criada há quase 
cem anos. A figura a seguir mostra a cadeira que estamos falando.
52
Unidade II
Figura 28 – Cadeira Wassily
A produção da Bauhaus é muito ampla e conta com vários móveis icônicos, além de objeto para casa, 
luminárias, artes gráficas, tapeçaria, cenografia e uma vasta gama de peças.
Outra cadeira muito famosa, produzida na época da Bauhaus, é a cadeira Brno, criada por um 
professor da escola, o arquiteto alemão Ludwig Mies Van Der Rohe. Posteriormente, Mies foi nomeado 
diretor da Bauhaus e é até hoje um dos arquitetos mais influentes do mundo. Em 1929, no entanto, para 
um projeto anterior, ele criou esta cadeira, que possuía uma estrutura nova e revolucionária, de chapa 
de aço curvada. Este é outro exemplo de uma cadeira que você conhece, mas muitas vezes não sabe o 
nome. A figura a seguir apresenta o modelo.
Figura 29 – Cadeira Brno
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PROJETO DO OBJETO (PRODUTO)
Uma das características mais marcantes deste mobiliário produzido na escola Bauhaus é a 
simplicidade das suas linhas. É possível perceber nos dois exemplos que vimos (e em qualquer outro 
que você encontre produzido nesta escola) que a forma segue estritamente a função, além do uso de um 
material que era novo na época, o aço inoxidável. É importante saber disso caso queira projetar 
um móvel com as características desta escola. Você vai perceber que é muito comum que clientes 
seus tenham, por exemplo, uma dessas duas cadeiras (ou alguma outra que tenha este mesmo estilo), 
e que você precise produzir outras peças que mantenham um diálogo com esses ícones do design.
É muito importante conhecer esses estilos, pois eles foram muito influentes em tudo o que 
veio depois. A Bauhaus, principalmente, moldou muito do que consideramos esteticamente 
agradável hoje em dia, além de afetar diretamente a maior parte dos movimentos artísticos e 
arquitetônicos posteriores.
Continuando o nosso estudo dos movimentos artísticos do início do século XX e do 
Modernismo, vamos ver o movimento chamado Art Déco. Ele representava uma diferença em 
relação às linhas sinuosas do Art Nouveau ao utilizar linhas simétricas e simples no desenho 
de mobiliário. As peças dessa época mostram uma opulência nesta simplicidade, como pode ser 
visto na figura a seguir.
Figura 30 – Mobiliário Art‑Déco
Este estilo também teve influência no desenho de mobiliário brasileiro. Na década de 1920, Celso 
Martinez Carrera criou a cama Patente, feita em madeira com estrado em malha metálica e com uma 
forte influência Art Déco. Este foi um dos móveis precursores da indústria moveleira brasileira, um dos 
primeiros produzidos industrialmente no Brasil. Até há alguns anos, era muito comum encontrar essa 
cama em várias residências brasileiras.
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Unidade II
 Saiba mais
Para saber mais sobre a história da cama Patente, acesse o link a seguir:
LIMA, V. Exposição cama Patente: democracia em forma demóvel. Saiba mais. 
Casa e Jardim, [s.d.]. Disponível em: <http://revistacasaejardim.globo.com/Revista/
Common/0,,EMI250820‑17699,00‑EXPOSICAO+CAMA+PATENTE+DEMOCRACI
A+EM+FORMA+DE+MOVEL+SAIBA+MAIS.html>. Acesso em: 6 jun. 2019.
O início do Modernismo marcou uma mudança na forma como o design de mobiliário funcionava. 
No começo do movimento modernista, no entanto, muitos arquitetos desenhavam os móveis para 
cada um de seus projetos, de maneira muito específica, sem pensar na industrialização. No Brasil, 
por exemplo, em 1930, o arquiteto russo Gregori Warchavchik, que arquitetou a casa Modernista 
da Rua Itápolis, em São Paulo, projetou todos os móveis e objetos da casa. A figura a seguir mostra 
o interior da casa, em uma foto da época.
Figura 31 – Interior da casa modernista da Rua Itápolis
Após a Segunda Grande Guerra, a população nas cidades aumentou de maneira inacreditável, e 
era necessário suprir as pessoas com moradia, comida, mobiliário e até mesmo de objetos cotidianos. 
Contudo, como fazer isso com os recursos disponíveis?
Uma solução precisava ser encontrada. Era preciso racionalizar a construção de todos estes itens, 
industrializando todas as etapas, e utilizar todos os materiais novos que estavam à disposição, como a 
madeira compensada, a fibra de vidro etc.
Os arquitetos e designers modernistas tinham de encontrar uma forma de racionalizar e industrializar 
a produção de edificações, mobiliário e objetos, para atender à demanda, o que significava repensar o 
modo como as coisas eram feitas até então. Na arquitetura, foi preciso modificar a maneira de construir 
e os materiais que eram usados, serializando a forma de construção e agilizando o processo.
55
PROJETO DO OBJETO (PRODUTO)
No design, foi necessário que acontecesse um processo semelhante, já que era preciso atender às 
necessidades desta população, e o trabalho artesanal não seria capaz de suprir esta demanda. Foi preciso 
aprender a trabalhar com estes novos materiais e criar novas maneiras de projetar. Os ornamentos e enfeites 
que vimos antes, que eram características de vários movimentos anteriores em diferentes graus, deram lugar a 
uma nova estética, mais próxima de linhas arquitetônicas, mais simples e racional. As cadeiras que estudamos 
há pouco, produto dos alunos e professores da Bauhaus, eram uma primeira tentativa de satisfazer essas 
necessidades, pois utilizavam materiais e tecnologias que eram bastante inovadoras para a época.
Uma outra característica muito importante é a posição do designer como figura central, como 
participante principal do processo, e não apenas o móvel como resultado. Como já foi dito, o nome do 
designer começa a ser tão significativo quanto a peça.
Um dos primeiros arquitetos e designers a trabalhar com um desses materiais recentes, a madeira 
compensada, com resultados muitos bons e pensando em uma produção industrial, foi o finlandês Alvar 
Aalto, que criou peças icônicas com madeira compensada curvada e fundou a loja Artek, responsável 
pela comercialização do seu mobiliário. Ele também é um dos responsáveis pelo que é conhecido como 
estilo escandinavo de mobiliário, o qual é caracterizado pela madeira aparente, com cores claras e 
estofados com algodão e tecidos naturais.
Um de seus primeiros trabalhos é a cadeira Paimio, criada em 1932, pensada para um projeto 
específico e fruto de uma grande pesquisa com a curvatura da madeira compensada, mas que foi depois 
comercializada em larga escala. A figura a seguir apresenta esta peça.
Figura 32 – Cadeira Paimio
Pouco anos depois que essas peças foram criadas, surge um casal de arquitetos e designers que também 
trabalhou com esse material de uma forma tão genial quanto Aalto, com móveis que são clássicos e objetos 
de desejo de muitas pessoas. Estamos falando de Charles e Ray Eames. A figura a seguir mostra uma das 
suas peças mais conhecidas, a cadeira LCW, feita em compensado de madeira, de 1946.
56
Unidade II
Figura 33 – Cadeira LCW
Outro arquiteto moderno, o suíço Le Corbusier, também criou móveis icônicos que logo ganharam o 
mercado e passaram a ser fabricados em escala industrial. A cadeira LC1, mostrada na figura a seguir, é 
um de seus primeiros trabalhos com tubos de aço e couro.
Figura 34 – Cadeira LC1
57
PROJETO DO OBJETO (PRODUTO)
Percebeu as características mais comuns do mobiliário moderno? Os pontos comuns são as linhas 
retas e os materiais utilizados, como aço e couro, além da madeira. Caso você precise projetar algum 
móvel com essas características, já tem uma base para começar. É importante perceber as características 
habituais aos vários estilos que estamos estudando, já que este conhecimento vai permitir que você 
projete as peças que precisar seguindo o estilo que for necessário, ou seja, caso queira projetar uma peça 
em estilo moderno, já sabe que vai trabalhar com linhas retas e com estilo mais simples e leve.
Na sequência, continuamos o nosso estudo com mais alguns estilos. Fique atento às características 
que os marcam, pois isso vai lhe ajudar a projetar suas peças, além de reconhecer as peças que encontrar. 
Este repertório também vai ampliar as possibilidades de criação, ao lhe permitir, por exemplo, fazer 
releituras de peças.
O desenvolvimento de novos materiais e tecnologias de produção permitiram também uma liberdade 
muito grande para os designers, que se viram livres das linhas retas do Modernismo. Estamos entrando 
no movimento conhecido como Pós‑Modernismo, ou seja, que segue o Modernismo e que questiona 
várias das características deste, como o desenho com linhas retas, o uso de metal e madeira, além da 
falta de cores nas peças. Os designers pós‑modernistas podiam trabalhar com um material novo e 
muito mais simples de ser moldado: a fibra de vidro. Foram feitas peças maravilhosas, como veremos 
em seguida.
O casal Eames, em 1948, mais uma vez chegou a uma solução genial para um assento, feito em fibra 
de vidro, e que podia ser combinado com uma grande variedade de tipos de pés: em madeira, alumínio e 
cabos de aço (em uma base chamada de torre Eiffel), que podem ser vistos na figura a seguir. A cadeira 
Eames parou de ser fabricada em 1968, quando descobriu‑se que a fibra de vidro era um material 
cancerígeno, mas voltou a linha em 1998, feita em outro material, o polipropileno.
Figura 35 – Cadeira Eames
58
Unidade II
Em 1955, um arquiteto e designer, amigo do casal Eames, o finlandês Eero Saarinen, criou uma 
outra cadeira em fibra de vidro que também marcou época por suas linhas, consideradas futuristas 
para a época: a cadeira Tulipa. A base da cadeira, feita em alumínio revestido, já que a fibra de vidro se 
quebrava com o esforço a que era submetida durante o uso, deu origem a uma série de outros móveis 
relacionados, como mesas e bancos. Assim, a partir da cadeira, criou‑se uma grande linha de móveis.
Figura 36 – Cadeira Tulipa
Outra cadeira que marcou época, tanto por sua forma, como por seu método de execução, já 
que foi a primeira cadeira produzida em plástico injetado, foi a cadeira Panton, criada em 1960 
pelo arquiteto e designer dinamarquês Verner Panton. Podemos perceber, cada vez mais, a distância 
que o pós‑moderno vai tendo em relação ao movimento anterior e como vai adquirindo uma 
identidade única.
Figura 37 – Cadeira Panton
59
PROJETO DO OBJETO (PRODUTO)
Agora que já vimos alguns exemplos de mobiliário pós‑moderno, podemos identificar 
algumas características comuns a todas as peças. As linhas orgânicas são as mais comuns; isto é, o 
mobiliário dessa época quase não tem nenhuma linha reta. A outra característica é o uso de cores. 
O mobiliário pós‑moderno usa muitas cores em virtude dos materiais que são utilizados na sua 
construção, como a fibra de vidro e o plástico injetado.
Chegamos, agora, ao design contemporâneo. A poltrona Donna, ou Up5, junto com o apoio para 
pés Up6, do arquiteto e designer italiano Gaetano Pesce, é uma boa amostra deste novo design. Criada 
em 1969, as peças são feitas em espuma de poliuretanoe revestidas com um tecido elástico. Elas 
lembram as formas femininas, mais leves e divertidas, de acordo com a concepção mais contemporânea 
do design, do qual também são aproveitadas as novas formas de construção e os materiais que surgem 
com cada vez mais frequência.
Figura 38 – Poltrona Donna
A estante Carlton, do arquiteto e designer austro‑italiano Ettore Sottsass, criada em 1981, foi feita 
em MDF (um material recente na época), também representa esta nova concepção de design, bem menos 
rígida, e com o uso de cores e de linhas oblíquas, ou seja, o móvel tem outras funções que não apenas a 
prática e óbvia. A estante pode ter várias funções, inclusive a de ser uma estante, ou simplesmente ser 
um objeto de decoração.
60
Unidade II
Figura 39 – Estante Carlton
Os designers contemporâneos cada vez mais se aproveitam dos novos materiais e das possibilidades 
que eles oferecem. Em 1993, por exemplo, o designer israelense Ron Arad criou a estante Bookworm, em 
PVC estruturado. Essa tecnologia permite que a peça seja fixada na forma desejada pelo cliente, fazendo 
com que ele seja um participante no design, e não apenas um consumidor de produtos prontos. A figura 
a seguir mostra uma das possibilidades de fixação desta peça. Este material, bem como a tecnologia 
utilizada em sua fabricação, permitiram que o designer trabalhasse com várias cores, personalizando 
ainda mais a peça comprada pelo consumidor.
Figura 40 – Estante Bookworm
O desenvolvimento de novas tecnologias permitiu que os designers revisitassem os clássicos e 
fizessem releituras com uma tecnologia e um pensamento projetual mais atual. A cadeira Louis Ghost, 
vista anteriormente, representa de maneira perfeita o uso destes novos materiais e das novas tecnologias. 
61
PROJETO DO OBJETO (PRODUTO)
O nome Ghost (fantasma), pelo fato de ser transparente, é mais uma brincadeira do designer. Esta, aliás, é 
uma das características do design contemporâneo, ele é mais livre e divertido. Como já vimos nos exemplos 
anteriores, outra característica que é muito presente nesse estilo de design é o uso de materiais e tecnologias 
de ponta, explorando as possibilidades oferecidas por estas novidades. É sempre bom estar atualizado e 
conhecer as novidades, pesquisando as opções construtivas e de materiais disponíveis no mercado.
Ao utilizar o estilo contemporâneo para a criação de peças, você tem uma grande liberdade, podendo 
abusar do uso de cores e texturas, além de materiais e métodos construtivos diferentes.
 Lembrete
Perceba como a evolução das técnicas construtivas e os novos materiais 
influenciam diretamente a forma e o estilo dos móveis. Veja como os 
móveis contemporâneos vão ganhando linhas mais orgânicas devido a 
esses fatores que acabamos de entender.
Deu para perceber que podemos conceber nossas peças utilizando um estilo específico, ou mesmo 
misturando referências de vários períodos, fazendo releituras de peças específicas, ou até mesmo utilizando 
peças clássicas de uma maneira diferente. Assim, novamente, aprofunde a sua pesquisa! Comece com 
os estilos e designers que mais lhe agradam, pois, muito provavelmente, essa vai ser uma tendência, 
indicando que você vai se sentir mais à vontade projetando, seja em suas peças de mobiliário, seja em 
seus projetos de interiores.
Enquanto tudo isso ocorria intencionalmente, no Brasil, o nosso design, com o passar dos anos, foi 
sendo aceito pelo público. Surgindo no começo do século XX, o movimento Moderno com uma cara 
mais brasileira acabou por ser uma unanimidade, abraçada por várias áreas, especialmente a arquitetura 
e o design. Na década de 1960, por exemplo, o português Joaquim Tenreiro desenhou a cadeira U, 
distanciando‑se do Modernismo europeu e trazendo a leveza e os materiais brasileiros para o design, 
criando um modernismo mais adaptado às nossas terras.
Figura 41 – Cadeira U
62
Unidade II
Durante a década de 1940 até 1960 surgiram várias lojas e indústrias, provocando um grande 
crescimento no mercado de móveis, o que acabou dando oportunidade para vários designers 
experimentarem e mostrarem seu trabalho. O baiano José Zanine Caldas criou vários móveis com 
compensado Naval e os comercializava em sua loja, a móveis Artísticos Z, como uma forma de baratear 
os custos e popularizar a produção. A poltrona N, de 1954, indicada na figura a seguir, por exemplo, é 
feita de compensado naval, espuma e tecido.
Figura 42 – Poltrona N
O nosso Modernismo é diferente daquilo que estava sendo produzido fora do país. Designers e 
arquitetos brasileiros adaptaram os princípios a nossa realidade, fazendo que esse movimento fosse 
absorvido pelas pessoas, e se preocuparam em deixar‑lhe com uma aparência mais próxima da nossa 
realidade. Essa é uma das razões para que esse movimento fosse tão duradouro e tenha tido tanto 
sucesso em todo o mundo e, em especial, no Brasil.
Um dos designers mais conhecidos e emblemáticos do nosso país, e um dos grandes representantes 
deste modernismo com características brasileiras, é Sergio Rodrigues. Na década de 1950, o designer 
abriu uma das principais lojas de design do país: a Oca. Em 1957, criou para a sua loja uma das peças 
mais conhecidas do design brasileiro: a poltrona Mole.
Figura 43 – Poltrona Mole
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PROJETO DO OBJETO (PRODUTO)
Diferente do que aconteceu no resto do mundo, no Brasil não tivemos um Pós‑Modernismo, mas 
sim uma diminuição da produção de bom design e arquitetura durante o regime militar dos anos 1960.
A partir dos anos 1980/90, o país voltou a exportar grandes designers e ótimas peças. Com participações 
muito significativas em salões de móveis e competições de Design, o Brasil voltou a ser conhecido como 
um produtor de bom design. Os irmãos Campana são alguns dos designers brasileiros mais conhecidos no 
mundo. Eles já expuseram, por exemplo, no Museu Victoria & Albert, em Londres. Seu trabalho começou 
no final da década de 1980 e é produzido por empresas europeias, sendo distribuído para todo o mundo.
 Observação
Perceba como os movimentos se conectam, isto é, como o desenho de 
mobiliário e produto influenciam a arquitetura, e são influenciados por ela, e 
como os movimentos artísticos também são inspirados e inspiram os primeiros.
Outro escritório de design premiado é o ,Ovo. Uma de suas criações mais recentes, o sistema modular 
Boiling, ganhou vários prêmios. Além de ousado, é resultado do uso destas novas tecnologias que estão 
disponíveis no mercado. Composto de peças com módulos de diferentes tamanhos, que se conectam 
através de imãs, permitindo que o consumidor monte‑as como preferir, dando uma liberdade que é muito 
interessante, possibilitando que o cliente participe do design. As opções de montagem e combinações 
são muito grandes, o que torna as peças muito interessantes.
Carlos Motta também é um designer que começou sua carreira há bastante tempo. Ele é especialista 
no trabalho com madeira, que é uma característica do design brasileiro. Seu mobiliário já ganhou 
vários prêmios, além de ter participado de mostras em vários países. A cadeira Rio, de 2012, mantém a 
preocupação ambiental, que está em todos os trabalhos do designer. Ele sempre procura trabalhar com 
madeira certificada ou recuperada.
Figura 44 – Cadeira Rio
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Unidade II
Esta conceituação vai ajudar no momento do projeto de um determinado móvel. Você já vai ter o 
que chamamos em projeto de “partido”, ou seja, terá um ponto de onde começar, o qual pode ser, por 
exemplo, o estilo de design que achou mais interessante, ou uma cor ou material com o qual você acha 
que terá um resultado mais interessante.
 Saiba mais
Reportagem interessante a respeito de designers contemporâneos de 
mobiliário; vale a pena conhecer estes profissionais.
FACHIN, G. D. 10 designers de mobiliário brasileiros que você precisa 
conhecer. Casa Claudia, 4 ago. 2017. Disponível em: <https://casaclaudia.
abril.com.br/profissionais/10‑designers‑de‑mobiliario‑brasileiros‑que‑
voce‑precisa‑conhecer/>. Acesso em: 3 jun. 2019.Resumo
Entendemos um pouco da história e da evolução dos estilos de 
mobiliário e como eles estão intimamente ligados aos estilos de decoração 
que utilizamos. Conhecemos vários exemplos de cada um dos estilos 
mais comuns e como podemos reconhecer estas tendências, analisando e 
entendendo as suas principais características.
Analisar tais características nos permite atender de maneira mais 
completa às expectativas de um cliente, criando peças que reflitam melhor 
as suas preferências, complementando de maneira mais harmônica e 
agradável o projeto de decoração que foi criado.
Tal conhecimento também possibilita a realização de releituras de 
peças que tenham características próprias, ou muito marcantes, como foi 
estudado com a cadeira Louis Ghost.
O repertório que adquirimos também será utilizado para que possamos 
entender a evolução que houve no mobiliário, bem como o desenvolvimento 
que ocorreu nas outras artes, o que nos dá uma visão mais holística do 
universo do design de interiores como uma arte em desenvolvimento.
Finalmente, entendemos a evolução dos materiais e da tecnologia para 
a construção de móveis que estão disponíveis atualmente, aumentando a 
liberdade criativa do designer, permitindo que quase tudo o que possa ser 
imaginado possa ser executado, além de expandir as alternativas existentes 
no atendimento e na satisfação dos desejos de nossos clientes.
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PROJETO DO OBJETO (PRODUTO)
 Exercícios
Questão 1. Leia o texto e em seguida responda à pergunta:
Os produtos da empresa Thonet são um ótimo exemplo da Revolução Industrial e uma novidade e 
uma grande diferença em relação a tudo o que aconteceu antes desta época. Michael Thonet desenvolveu 
um método de curvar madeira e criou uma série de modelos de móveis utilizando esta metodologia. 
A cadeira 214, o maior sucesso da empresa, foi criado em 1859, ou seja, há mais de 150 anos. Esses 
móveis representavam de forma fiel o espírito da Revolução Industrial:
– O design era simples e elegante, e podia ser replicado indefinidamente; utilizava um material 
abundante e barato na época, a madeira e o assento em palha.
– Eram vendidos desmontados, o que facilitava a estocagem e o transporte.
– Podiam ser montados pelo comprador, devido a sua simplicidade.
Esses modelos estão em linha até hoje e podem ser comprados pelo mundo todo, inclusive no Brasil. 
Você certamente conhece esta cadeira, provavelmente já usou uma destas e, muito provavelmente 
também, vai utilizar uma em algum projeto que você vai fazer.
O sucesso dessa cadeira se justifica pelas características citadas, mas que pertencem a praticamente 
todos os outros modelos desenvolvidos por Thonet.
I – Podia ser montada pelo comprador.
II – O design era elegante e simples, e podia ser replicado em grandes quantidades.
III – O projeto utilizava materiais abundantes e baratos na época, a madeira e a palha (usada no assento).
IV – Eram vendidas desmontadas.
Quais características, entre as citadas, se destacam, por permitirem a produção em massa?
A) I e II.
B) I, III e IV.
C) II e III.
D) II e IV.
E) I e IV.
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Unidade II
Resposta correta: alternativa C.
Análise das afirmativas
I – Afirmativa incorreta.
Justificativa: apesar de ser uma afirmativa que descreve uma característica verdadeira da cadeira 
Thonet, o fato de ela poder ser montada pelo comprador não significa que ela poderia ser produzida em 
grandes quantidades.
II – Afirmativa correta.
Justificativa: a afirmativa descreve que a cadeira podia ser reproduzida em grandes quantidades, e 
um design simples contribui muito para isso.
III – Afirmativa correta.
Justificativa: usar materiais fáceis de serem conseguidos ajuda bastante a produzir algo em quantidade.
IV – Afirmativa incorreta.
Justificativa: apesar de ser verdade que as cadeiras Thonet eram vendidas desmontadas, essa 
característica não faz necessariamente que um produto seja produzido em grandes quantidades.
Questão 2. Após a Segunda Grande Guerra, a população nas cidades aumentou muito, e era 
necessário suprir essas pessoas com moradia, comida, móveis e até mesmo com objetos cotidianos, mas 
essa era uma situação nova, que nunca havia acontecido antes naquela escala. Uma solução precisava 
ser encontrada: era preciso racionalizar a construção e a produção de todos estes itens, industrializando 
todas as etapas e utilizando todos os materiais novos que estavam à disposição, como a madeira 
compensada, a fibra de vidro etc.
Os arquitetos e designers modernistas tiveram de encontrar uma forma de racionalizar e industrializar 
a produção de edificações, mobiliário e objetos, para atender à demanda, o que significava repensar o 
modo como as coisas eram feitas até então. Na arquitetura, foi preciso modificar a maneira de construir 
e os materiais que eram usados, serializando e agilizando o processo da construção. No design, foi 
preciso que acontecesse um processo semelhante, já que era preciso atender às necessidades desta 
população, e um trabalho artesanal não seria capaz de suprir esta demanda.
Escolha a alternativa correta de acordo com o texto:
A) A produção artesanal é capaz de atender a grandes demandas de produtos.
B) A produção industrial é limitada e não consegue gerar grandes quantidades de produtos.
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PROJETO DO OBJETO (PRODUTO)
C) A produção artesanal é de melhor qualidade que a industrial e por isso foi a solução adotada na época.
D) A produção industrial, tanto de objetos quanto de construções, foi a melhor solução para a época.
E) A produção artesanal complementava a produção industrial, que só conseguia atender a uma 
parte da demanda.
Resolução desta questão na plataforma.

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