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UNIVERSIDADE DO ESTADO DE MATO GROSSO - UNEMAT FACULDADE DE CIENCIAS E TECNOLOGIA ENGENHARIA ELÉTRICA VICTOR HUGO LINCK ESTABILIDADE EM SISTEMAS ELÉTRICOS DE POTÊNCIA SINOP 2021 VICTOR HUGO LINCK ESTABILIDADE EM SISTEMAS ELÉTRICOS DE POTÊNCIA Trabalho apresentado para a disciplina Introdução a Sistemas de Energia Elétrica, pelo Curso de Engenharia elétrica da Universidade do Estado de Mato Grosso - UNEMAT, ministrada pelo professor Natanael Manoel Silva dos Anjos SINOP 2021 SUMÁRIO 1 CONCEITO DE ESTABILIDADE ............................................................................. 3 1.1 Tipos de Perturbação .......................................................................................... 3 2 ESTABILIDADE DE SISTEMAS ELÉTRICOS DE POTÊNCIA ............................... 4 2.1 Estabilidade de Tensão ....................................................................................... 5 2.2 Estabilidade de Ângulo ....................................................................................... 6 2.3 Estabilidade de Máquinas Síncronas ................................................................ 6 3 REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS ........................................................................ 8 3 1 CONCEITO DE ESTABILIDADE Estabilidade de um sistema é a propriedade que o sistema tem de permanecer em um estado de equilíbrio em regime permanente ou atingir um estado de equilíbrio após ser submetido a uma perturbação. A preocupação do estudo de estabilidade é em relação à resposta dinâmica do sistema frente a perturbação, se ele vai ser capaz de manter a estabilidade quando ocorrer a perturbação. Dentre os tipos de instabilidades temos, de tensão, quando esta atinge valores não toleráveis ao sistema, e os angulares, quando se perde o sincronismo com o sistema. O estudo da estabilidade de um SEP divide-se em três grandes classes, de Angulo, de Frequencia e de Tensão. Esta classificação tem por base os seguintes fatores: o fenômeno que caracteriza o tipo de instabilidade e as causa físicas que conduzem à sua ocorrência. Assim, para o desenvolvimento de métodos de análise e dos respectivos algoritmos é necessária a segmentação do problema em estudo de acordo com o tipo e a amplitude da perturbação, as variáveis necessárias, as ferramentas matemáticas, o período de tempo sob análise e as ações de controle corretivo a ser implementado. 1.1 Tipos de Perturbação Podemos classificar as perturbações em dois grupos, as grandes perturbações, que são curto-circuito, variação brusca de carga, perda de geradores, perda de linhas de transmissão (atuação de disjuntores). E as pequenas perturbações que são, variações normais de carga ou geração nos sistemas elétricos de potência. 4 2 ESTABILIDADE DE SISTEMAS ELÉTRICOS DE POTÊNCIA O aumento no consumo de eletricidade levou rapidamente à interligação de sistemas, devido aos benefícios econômicos derivados dela. A interligação impõe exigências especiais e severas de frequência de todas as máquinas que estão operando em paralelo. Longas linhas de transmissão e outras circunstâncias de operação pode facilmente levar as máquinas geradoras fora de sincronismo, verificando fortes oscilações de tensão, acompanhadas por correntes próximas ao de curto-circuito do sistema. O resultado é uma perda de interconexão, motivada geralmente pela atuação da proteção relevante. A estabilidade de um sistema elétrico de potência pode ser definida como a capacidade que um sistema possui de permanecer em um estado de operação de equilíbrio sobre condições normais de operação, e de atingir um estado de equilíbrio aceitável após ter sofrido uma perturbação. Os SEP são projetados com o principal objetivo de atender à demanda de potência e energia requerida pelos seus consumidores dentro de certos limites de tensão e frequência. Além dos sistemas serem capazes de operar satisfatoriamente em regime permanente, eles devem ser flexíveis a presença de defeitos ou perturbações de forma a garantir a continuidade da prestação de serviço quando sujeitos a anomalias. A instabilidade pode ser caracterizada por outros motivos que não seja a perda de sincronismo, como em casos de colapso de tensão, que ocorre devido a uma sequência de eventos que leva a níveis de tensão inaceitáveis em uma grande parte do sistema de potência. O principal fator que contribui para uma instabilidade de tensão é a incapacidade do sistema de suprir a demanda de potência reativa. Muitas são as causas de defeitos ou perturbações em sistemas de potência: curtos- circuitos, rompimento de linhas de transmissão, descargas atmosféricas, entrada ou saída de cargas de grande porte, etc. são exemplos de anomalias às quais os sistemas estarão sempre sujeitos. Essas perturbações afastam o sistema do seu ponto de operação original. Deve-se decidir se o sistema será capaz de encontrar um novo ponto de operação e quais os procedimentos necessários para que isso aconteça. 5 2.1 Estabilidade de Tensão Estabilidade de Tensão é a capacidade que o sistema elétrico de potência possui em manter os perfis de tensão adequados, tanto em condições normais de operação como em condições de perturbações severas. Os cenários de instabilidade de tensão são divididos em dois grupos, as grandes perturbações, que são dinâmicas e rápidas (Motores de indução HVDC), e dinâmicas lentas (OLTC, cargas atmosféricas), e temos as pequenas perturbações, que em geral são variações lentas e previsíveis de carga. A estabilidade de tensão é definida como a capacidade de um sistema elétrico em manter as tensões dentro de níveis aceitáveis em todas as barras da rede sob condições normais de operação e após ser submetido a distúrbios. Por outro lado, um sistema deixa de ser estável quando uma perturbação, um aumento da demanda de carga ou outro tipo de alteração nas condições do sistema causa um declínio progressivo e incontrolável na tensão Na literatura especializada, a abordagem sobre a análise de estabilidade de tensão é feita sobre dois enfoques principais: estabilidade estática e estabilidade dinâmica. A estabilidade de caráter dinâmico ou estático refere-se à consideração de que a alteração do estado do sistema é causada, respectivamente, por grandes ou pequenas perturbações. Para haver estabilidade do ponto de vista dinâmico, é necessário que haja estabilidade estática. Ou seja, a estabilidade estática é uma condição necessária, porém não-suficiente para a observação da estabilidade dinâmica. Deste modo, a estabilidade estática pode ser interpretada apenas como um indicativo (ou estimativa) da estabilidade de tensão. No caso da estabilidade estática de tensão os modelos também são não- lineares, porém a análise é focalizada para o ponto de operação do sistema, observando-se a distância – em termos de carregamento do sistema – até a fronteira limítrofe da estabilidade. Esta distância é estabelecida tomando-se a máxima quantidade de carga (máximo carregamento) que pode ser atendida. A fronteira limítrofe, por suposição, é definida como sendo o lugar geométrico em que se encontra o ponto de equilíbrio instável mais “próximo” ao ponto de operação estável. 6 2.2 Estabilidade de Ângulo A estabilidade angular é a capacidade da máquina síncrona de um SEP interligado se manter em sincronismo após a ocorrência de uma perturbação. Depende da habilidade para manter/restaurar o equilíbrio entre o torque eletromagnético e o torque mecânico para cada máquina síncrona no sistema. A instabilidade pode ocorrer na forma de um crescimento das oscilações para alguns dos geradores síncronos, levandoa uma perda de sincronismo com os restantes alternadores. O estudo do problema de estabilidade angular envolve o estudo das oscilações eletromecânicas inerentes aos geradores de potência, onde o principal fator é o ângulo das máquinas síncronas quando variam com as oscilações dos rotores. A essência da estabilidade angular está relacionada à capacidade da máquina em manter o equilíbrio entre o torque eletromagnético e o torque mecânico, ocorrendo à instabilidade quando esse equilíbrio for perdido, fazendo com que aumentem as oscilações angulares e isso levará a perda do sincronismo e consequentemente a instabilidade do sistema. A estabilidade do sistema de potência é uma função entre a potência e a variação da posição angular do rotor, sendo essa uma relação não linear. 2.3 Estabilidade de Máquinas Síncronas Grande parte da energia elétrica utilizada no mundo e gerada pelas Maquinas Síncronas (MS). Elas são movimentadas pela energia mecânica fornecida por: turbinas hidráulicas, eólicas, a vapor ou maquinas de combustão interna. A principal função das máquinas síncronas é converter a energia mecânica do eixo em energia elétrica nos terminais dela. As máquinas síncronas possuem um enrolamento trifásico no estator e um enrolamento de excitação, alimentado com corrente contínua, no rotor. Além disto, pode também apresentar enrolamentos amortecedores no rotor. Se a máquina síncrona é alimentada com uma frequência constante, a sua velocidade conservar-se constante. A velocidade constante chama-se de 7 “velocidade de sincronismo” e depende da frequência de trabalho e do número de polos da máquina. Nesta subseção se apresentam o princípio de funcionamento dos geradores síncronos e as equações utilizadas para a sua modelagem. Uma máquina síncrona é composta de duas partes fundamentais, a parte mecânica e a parte elétrica. Então, para modelar corretamente à máquina síncrona tem-se que considerá-lo como um sistema eletromecânico. O sistema mecânico produz o torque mecânico através das turbinas ao eixo da máquina e o sistema elétrico tem a função de transformar a energia mecânica em energia elétrica. As máquinas síncronas são constituídas pelo rotor (parte girante) e por o estator (parte estática). O enrolamento que produz o campo magnético situa-se no rotor e é percorrido por corrente continua chamada também como “corrente de excitação”. Já no estator estão montados os enrolamentos induzidos os quais fazem a conversão eletromecânica de energia. Estes enrolamentos estão distribuídos ao longo da periferia distanciados com um ângulo de 120° um do outro. 8 3 REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS KUNDUR, P. Power System Stability and Control. 1st. ed. New York: McGraw-Hill Professional, 1994. RESENER, M. Avaliação do Impacto dos Controladores de Excitação na Estabilidade Transitória de Geradores Síncronos conectados em Sistemas de Distribuição. 2011.111p. Dissertação (Mestrado em Engenharia Elétrica) – Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 2011. SALIM, R. H. Uma Nova Abordagem para a Análise da Estabilidade a Pequenas Perturbações em Sistemas de Distribuição de Energia. 2011. 202p. Tese (Doutorado em Engenharia Elétrica) – Universidade de São Paulo, São Carlos, 2011. ABREU, L. V. L. Análise do Desempenho Dinâmico de Geradores Síncronos Conectados em Redes de Distribuição de Energia Elétrica. 2005. 133p. Dissertação (Mestrado em Engenharia Elétrica) – Universidade Estadual de Campinas, Campinas, 2005. ZANETTA JR, L. C. Fundamentos de Sistemas Elétricos de Potência. 1 ed. São Paulo: Ed. Fisica, 2006.
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