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1ª ano de Enfermagem 2019/2020 Microbiologia i História e Taxonomia microbiana História Microbiana: Microbiologia: ciência que estuda os seres vivos de dimensões microscópicas. Virologia: Vírus não está definidos como seres vivos, todavia está incluída tradicionalmente na Microbiologia. Parasitologia: Estado adulto são visíveis a olho nu, mas os seus ovos ou fases larvares têm dimensões microscópicas. Lucretius (98-55 a.c) e Verona( 1478-15553): doenças causadas por cicatrizes vivas, invisíveis Antony van Leeuwenhoek ( 1632-1723: mercador de tecidos, usava lentes para observar as fibras dos tecidos- observou microrganismos da água, saliva, fezes e outros produtos chamando lhes de animáculos. Desenhou bactérias, protozoários e outros microrganismos. Observou o aumento das bactérias em infusões de matéria orgânica, animal ou vegetal . Biogénese: Todos os seres, mesmo os mais minúsculos, nasciam de outros iguais a si próprios. Abiogénese: Coincidia com o da geração espontânea Schroder e Theodor von Dusch: uso do algodão para tapar recipientes mantendo o caldo estéril. O ar é filtrado não permitindo a passagem de germes. Pasteur (1822-1895): demonstrou com os seus frascos em pescoços de cisne, que não existia geração espontânea, mas que os microrganismos provinham de outros pré-existentes nas poeiras do ar. Poeiras de ar, infectadas, ficam retidas na curvatura inferior dos tubos, mantendo-se o líquido dos frascos estéril. No decurso dos estudos sobre o crescimento dos microrganismos em infusões orgânicas, verificaram-se alterações químicas – fermentações (formação de álcool e ácidos orgânicos a partir de hidratos de carbono) e putrefacções (decomposição de proteínas). As fermentações eram o resultado da actividade microbiana. Existência de outras formas de vida que não precisam da presença do oxigénio do ar. Microrganismos eram capazes de provocar doenças, no homem e nos animais. Agostino Bassi (1773- 1856 ): certa doença do bicho de seda de origem fúngica. Lister (1827-1912): trabalhos de antissepsia, tentando prevenir a infeção de feridas operatórias, causa de elevada mortalidade, utilizando vaporizações nos instrumentos, no ar e no próprio campo operatório, com ácido carbónico. Postulados de Koch: Um microrganismo específico deve estar sempre associado a cada caso de doença “That the organism could be discoverable in every instance of the disease” O microrganismo suspeito deve ser isolado e deve ser capaz de crescer em cultura pura, no laboratório. ” That, extracted from the body, the germ could be produced in a pure culture, maintainable over several microbial generations” A inoculação daquela cultura deve ser capaz de produzir a mesma doença num animal susceptível “That the disease could be reproduced in experimental animals through a pure culture removed by numerous generations from the organisms initially isolated” O mesmo microrganismo deve ser isolado a partir do animal doente “That the organism could he retrieved from the inoculated animal and cultured anew” Para isolar os microrganismos era um meio sólido ( batata cozida cordada), que não permitia o crescimento de certos agentes. Meios de cultura líquidos não permitiam o isolamento desses agentes Surgiram os meios de cultura sólidos com adição de gelatina. O agar-agar ou simplesmente agar, vem a ser utilizado muito mais tarde. Petri: desenvolveu a placa de vidro, suporte para os meios sólidos. Koch, em 1872 realizou investigação com o bacilo do antrax, e em 1882, isolou o Mycobacterium tuberculosis ( Bacilus de Koch); realizou estudos sobre a cólera e vericou ser transmitida pela água A descoberta dos vírus como seres capazes de atravessar os filtros bacterianos surgiu após trabalhos de Ivanovski em 1892 e de Beijerinck em 1898- vírus do mosaico do tabaco. Jenner ( 1749-1823): Primeiras vacinas Termo “ Vaccination” a palavra inventada para seu tratamento( do Vacca do latim, significado de vaca), foi adoptado pos Pasteur para o significado de imunização contra qualquer doença. 1889 Emil von Behring e Shibasaburo descobrem a possibilidade de neutralizar toxinas bacterianas utilizando antitoxinas. 1894 Behring consegue produzir quantidades maciças de soro animal para o combate à difteria. 1901 Emil von Behring é a 1ª pessoa a receber o prémio nober da Medicina. 1904 Behring cria a Behringwerke para produzir soros e vacinas para o combate de doenças infeciosas. Von Behring e Kitasato:após a injeção da toxina produzida por bacilos de tétano, em coelho, havia modificações do soro destes animais, com produção substância que neutraliza a ação da toxina. Metchnikoff (1845-1916): papel dos leucócitos na destruição de bactérias, designado às células fagócitos e, ao processo, fagocitose. Reed (1900): febre amarela transmitida por um mosquito. Schaudin e Hoffman:Relação entre sífilis e Treponema pallidum. Erich, em 1910:Tratamento contra a sífilis com agentes quimioterapêuticos Anthony Fleming: - Em 1921, descobriu em tecidos e em secreções uma substância bacteriolítica importante que nomeou como Lisozima. -Em 1928, ao trabalhar no vírus do influenza, observou que o fungo se tinha formado acidentalmente numa placa da cultura do Staphylococcus e que o fungo tinha criado um círculo bacteria-free à sua volta. • - Continuando os seus estudos encontrou que uma cultura do fungo impediu o crescimento dos Staphylococcus, mesmo quando diluído 800 vezes. Nomeou a substância activa como Penicilina. Domagk, 1935: Descoberta da ação da sulfanamida-prontosil Ernst Ruska e Max Knoss, 1933: 1º microscópio elétrico Chatoon:divisão dos seres vivos consoante o tipo celular: procariontes e eucariontes. A partir dos anos 40- microrganismos foram o objetivo fundamental da investigação Oswald Avery, Mcleod e McCarty, 1944 : 1ª informação sobre a possibilidade de passagem do material genético de investigação James Watson e Francisc Grick, 1953 :descoberta da estrutura do DNA- genética Molecular. Células Procariontes: As células vivas classificam-se em procariotas e eucariotas As células eucariotas são maiores e mais complexas do que as procariotas. O seu genoma é maior e possui mecanismos muito mais elaborados de regulação da expressão genética. O DNA das células eucariotas encontra-se confinado num compartimento próprio, delimitado por membranas, o núcleo. No citoplasma existem vários compartimentos (organelos) delimitados por membranas e especializados em funções específicas. Outra característica das células eucariotas é a presença, no citoplasma, de redes filamentosas (citoesqueleto) que servem tanto para apoio estrutural como para funções de trilhos e motores responsáveis pelos movimentos celulares. Nucleóide: Sítio da célula onde se encontra o material genético bacteriano, DNA. Os procariotas são organismos haplóides, e geralmente apresentam apenas 1 único cromossoma sem membrana nuclear e de aparelho mitótico. Em bactérias, o cromossoma não se apresenta associado a histonas, sendo estabilizado por outras proteínas de natureza básica. Ao microscópio electrónico exibe uma estrutura fibrilar dispersa ao longo da célula. Plasmídeo: Molécula de DNA de dupla cadeia, muito menor que o cromossoma bacteriano. A maior parte dos plasmídeos bacterianos são moléculas de DNA circulares, mas algumas bactérias têm plasmídeos lineares. Localização de muitos dos genes que conferem resistência aos antibióticos e disseminam facilmente entre espécies bacterianas. Ribossomas: Estruturas muito abundantes, dispersas no citoplasma. São os locais de síntese proteica e são constituídos por duas subunidades, 30S e 50S, formados por proteínas e ácidos ribonucleicos. O ribossoma procarióticotem um coeficiente de sedimentação de 70S enquanto que o da célula eucariota é de 80S. Uma consequência importante desta diferença é que certas drogas interagem especificamente com os ribossomas das células procariotas sem interferir com os das células eucariotas. Muitos dos antibióticos usados em Medicina atuam por este mecanismo. Endosporos: Presentes nas bactérias Grampositivas dos géneros Bacillus e Clostridium (bactérias do solo). Em condições adversas estas bactérias podem transformar-se num estado vegetativo ou dormente. Localização no interior é uma característica da bactéria. Estrutura desidratada de múltiplas camadas que protege a bactéria. Contém uma cópia completa do cromossoma. Concentrações mínimas de proteínas essenciais e ribossomas. Alta concentração de cálcio ligado ao ácido dipicolínico Esporulação: A falta de nutrientes específicos do meios de cultura desencadeia o início do processo que está completo ao fim de 6 a 8 horas. Após a duplicação do cromossoma, o DNA e conteúdo citoplasmático (núcleo) são rodeados por peptidoglicano e pela membrana do septo. O núcleo do esporo é circundado pelo córtex, constituído por fina camada interna de peptidoglicano e uma camada externa frouxa de peptidoglicano. O córtex é rodeado por uma cápsula de proteína. Germinação: Transformação dos esporos no estado vegetativo é estimulada pela ruptura da cápsula externa por stress mecânico, pH, calor ou outro agente stressante, exigindo água e um nutriente em falta. Demora cerca de 90 minutos. Iniciado o processo, o esporo absorve a água, perde a sua cápsula e produz uma nova célula vegetativa idêntica à célula vegetativa original, completando assim todo o ciclo. Estando a sua cápsula fragilizada, o esporo fica enfraquecido e pode ser inativado como outras bactérias Membrana Citoplasmática: Constituída por uma bicamada fosfolipídica onde se inserem proteínas integrais e associam proteínas periféricas, sem nenhum esterol ou colesterol Funciona como estrutura de permeabilidade selectiva. Desempenha também funções biosintéticas (peptidoglicano) e bioenergéticas (metabolismo oxidativo). Organização equivalente à das células eucariotas embora com maior proporção proteína/fosfolípido. Contém proteínas de transporte de metabolitos e de outras substâncias, iões e enzimas. Invaginação da membrana – mesossoma: 1) Mesossoma central – envolvido na replicação do DNA e na divisão celular. 1. Formação do filamento axial 2. Formação do septo esporulativo 3. Formação do pré-esporo 4. Formação do cortex 5. Formação de túnicas 6. Maturação do esporo 7. Germinação 2) Mesossoma periférico – envolvido na secreção de certas enzimas. Porinas- proteínas que se organizam em poros ou canais que permitem a passagem de compostos hidrofílicos. Proteínas- difusão específica de compostos Proteínas OmpA- participam na conjugação bacteriana mediada por pilus F. Parede Celular: Esta estrutura constitui uma protecção mecânica eficaz contra a ruptura osmótica da célula em ambientes hipotónicos. É também responsável pela morfologia bacteriana e pelo duplo comportamento das bactérias em relação à coloração de Gram. Excepções dos microrganismos pertencentes às Archaeobacteria que possuem pseudomureínas e micoplasmas que não possuem parede celular. Peptidoglicano é constantemente sintetizado e degradado – autolisinas. Heteropolímero rígido e insolúvel na água. Responsável pela rigidez e forma das bactérias. Poroso para permitir a difusão de metabolitos para a membrana plasmática É essencial para a estrutura, replicação e sobrevivência em condições adversas. Estrutura básica contém: 1. Dois tipos de açúcares unidos por uma ligação β(1-4): 1. N-acetilglucosamina (NAG) 2. N-acetilmurâmico (NAM) 2. Um peptídeo de 4 aminoácidos ligados ao NAM (contém alguns D-aminoácidos). Biosíntese do peptidoglicano: Fase citoplasmática, Fase membranar e Fase parietal A ligação β (1-4) é susceptível à acção da lisozima (presente nas lágrimas, saliva, secreções da mucosa e clara do ovo). O 3º aminoácido é um diaminoácido: Lisina Ácido diaminopimélico Ácido diaminobutírico Pontes interpeptidicas entre cadeias lineares vizinhas fazem se entre grupos -NH2 do 3º aminoácido ( diaminoácido) e o grupo -COOH do 4º aminoácido ( D-alanina) Bactérias Gram-positivas: Apresentam múltiplas camadas e normalmente ligações cruzadas nas 3 dimensões- parede celular muito forte e rígida. Bactérias Gram-negativas: Espessura constituída por uma única camada. Composição da parede celular das bactérias Gram positivas e Gram Negativas: Componentes Bactéria G+ Bactéria G- Peptidoglicano + + Ácidos Teicóicos + - Polisacarídeos + - Proteínas +/- + Lipolisacarídeos - + Lipídeos -/+ + Composição da parede celular das bactérias de Gram Positivas: Ácidos Teicóicos e ácidos lipoteicóicos Heteropolímeros firmemente associados ao peptidoglicano mas não participam na rigidez da parede celular. A zona hidrófila dos ácidos teicóidos é acessível a anticorpos específicos nas bactérias Gram +. Importantes fatores de virulência. Composição da parede celular das bactérias de Gram negativa: Contém duas camadas externas à membrana citoplasmática. Não contém ácidos teicoícos ou lipoteicóicos. Na superfície externa da camada de peptidoglicano encontra se a membrana externa. Área entre a superfície externa da membrana citoplasmática e a face interna da membrana externa- Espaço periplasmático. Membrana externa mantém a estrutura bacteriana e proporciona uma barreira de permeabilidade a macromoléculas, protege de condições adversas( sistema digestivo do hospedeiro). Atua como barreira contra grandes antibióticos e proteínas como lisozima. Membrana externa possui uma dupla camada de lípidos: Folheto interno- contém fosfolípidos normalmente encontrados nas membranas bacterianas Folheto externo- lipolissacarídeos (LPS) ( molécula anfipática- possui extremidades hidrofóbicas e hidrofílicas). Lipopolisacarídeo: Principal endotoxina das bactérias Gram -. 3 Regiões ( polissacarídeo O- ligado ao núcleo estende- se para o exterior da bactéria, core polissacarídeo de polissacarídeo- essencial para a estrutura e viabilidade bacteriana, lípido A- atividade de endotoxina. Morfologia bacteriana: Colaração de Gram: Cápsula: Estrutura justaposta externamente à parede celular. Desempenha um papel de proteção contra a desidratação. É uma barreira importante à fagocitose – Antifagocítica. Pouco antigénica – Fator de virulência. Barreira contra a molécula hidrofóbicas tóxicas. Aderência a outras bactérias ou ao hospedeiro. Composição da cápsula: Geralmente de natureza polisacarídica mas também pode ter origem polipeptídica. Estruturas análogas à cápsula: Glicocálice: material viscoso de natureza polisacarídica que rodeia a célula e promove a aderência a outras superfícies celulares. Slime layer: estrutura de superfície difusa, não organizada e também de natureza polisacarídica. S-layer: camada adicional, bem organizada, de origem proteica ou glicoproteica e cuja funções não está bem definida. ( C.difficile). Apêndices bacterianos Fímbrias Fimbriae São estruturas filamentosas da superfície bacteriana só visíveis ao M.E. constituídas por subunidades proteicas pilina. Reconhecem receptores celulares nas superfícies epiteliais viabilizando a colonização e infeção das mucosas do hospedeiro. Apêndice bacterianos Pili Pili São estruturas filamentosas da superfície bacteriana só visíveis ao M.E. constituídas por subunidades proteicaspilina. Os pilis medeiam o contacto entre bactérias de sexo diferente, F+ e F- permitindo durante a conjugação, a aproximação das células bacterianas e a transferência de DNA entre células. Apêndice bacterianos Flagelos Flagella Orgãos de locomoção- conferem mobilidade, permitindo a quimioptaxia em direção ao alimento ou afastamento do veneno. São longos apêndices, constituídos por subunidades proteicas, flagelina. A sua disposição tem um significado taxonómico. Movimentos dos fagelos: Apêndices bacterianos Flagelos Classificação das bactérias consoante o nº e disposição dos flagelos: Monótrica: 1 flagelo terminal Anfíbrica: 1 flagelo em cada extremidade Lofótrica: 1 tufo de flagelos numa extremidade Antrófica: 1 tufo de flagelos em cada extremidade Perítrica: muitos flagelos em toda a periferia Outras estruturas intracitoplasmáticas: Granulações de glicogénio: polímeros de glicose que funcionam como material energético de reserva ( visíveis com o lugol). Granulações lipídicas: poli-β-hidroxibutiratos que funcionam como material energético de reserva. Vacuólos de gás: Vesículas gasosas constituídas por proteínas. Impermeáveis à água mas permeáveis aos gases. Podem regular a intensidade luminosa, concentração de Oxigénio e níveis de nutrientes na célula. Produzidos por células procarióticas presentes na água, permitindo a mobilidade das células bacterianas, em resposta aos fatores ambientais ( cianobactérias). Divisão celular: Produção de células-filhas exige o crescimento e a extensão dos componentes da parede celular. Há produção de um septo( parede transversal) para dividir as células- filhas em duas bactérias F. Septo-duas membranas separadas por duas camadas de peptidoglicano. A formação do septo é iniciada na membrana celular. Cresce a partir dos lados opostos em direção ao centro da célula até a clivagem das células-filhas. A clivagem incompleta faz com que as células permaneça unidas, formando cadeias (estreptococos) ou cachos ( estafilococos). Metabolismo e Genética Bacteriana: Nutrição e crescimento de microrganismos procarióticos: Microrganismos procarióticos: Os mais versáteis nas suas existências nutricionais. Crescimento: processo dinâmico que requer energia e nutrientes para a síntese dos componentes celulares e manutenção da célula. Nutrição bacteriana: Fonte de água: todos os microrganismos requerem água para crescer e reproduzir. Fonte de carbono: poder ser CO2 ou CO, CH4 ou compostos orgânicos Fonte de oxigénio: O2 proveniente da atmosfera. Fonte de azoto: pode ser sob a forma de gás, amónia, nitratos/nitritos ou composto orgânico de azoto, tal como proteínas ou ácidos nucleicos. Fonte de fósforo, enxofre, magnésio, potássio e sódio. Fonte de Cálcio: muitas células requerem grandes quantidades deste composto. Fonte de Minerais: Pequenas quantidades de metais requeridos para algumas funções enzimáticas – Ferro, Zinco, Cobalto Fontes de Energia: Substâncias Inorgânicas: Enxofre, monóxido de carbono ou amónia. Substâncias Orgânicas: Hidratos de Carbono, Proteínas, Lípidos. Macronutrientes: Hidrogénio, oxigénio, enxofre, carbono, magnésio, fósforo. Micronutrientes: Magnésio, cobalto, molibdénio, zinco. Nutrientes acessórios: fatores de crescimento, aminoácidos, purinas, pirimidinas e vitaminas. Auxotróficos: microrganismos que têm exigências acessórias. Prototróficos: microrganismos que não têm exigências acessórias. Heterotróficos: usam o carbono como principal fonte de carbono. Autotróficos: usam CO2 como principal ou única fonte de carbono. Classificação Nutricional dos microrganismos: Categoria nutricionais Fontes de carbono Fontes de energia Organismos (exemplos) Fotoautotróficos CO2 Luz Algas, bactérias fotossintéticas Fotoheterotróficas Compostos orgânicos Luz Bactérias fotossintéticas, arqueobactéria Quimioautotróficas CO2 Inorgânica Eubactérias nitrificantes e oxidantes do enxofre Quimioheterotrófcas Compostos orgânicos Inorgânica Algumas arqueabactérias metanogénicas Quimiorganoautotróficas CO2 Orgânica Eubactérias metilotróficas Quimioorganoheterotróficas Compostos orgânico Orgânica Fungos protozoários, a maioria das eubactérias L Meios de cultura Classificação Meios para anaeróbios: agentes redutores que não permitem a entrada de O2 Meios selectivos: antibióticos e outras substâncias químicas que inibem o crescimento de determinados microrganismos Meios enriquecidos: não existem elementos inibidores Meios selectivos/diferenciais: ex. MacConkey – cristal violeta e sais biliares impedem crescimento de Gram +; Lactose distingue Gram negativos fermentadores dos não fermentadores de lactose. Técnicas de sementeira Espalhamento em placa Métedo de estrias Cultura e isolamento: Cultura – crescimento de populações microbianas em meios de cultura. Isolamento – separação de um dado microrganismo a partir de populações mistas. CULTURA MISTA VERSUS CULTURA PURA Cultura mista: mais do que um tipo de microrganismo Cultura pura ou axénica: apenas um tipo de microrganismo Manutenção e conservação de microrganismos: Mantidas a 4ºC Congeladas a -20ºC Congeladas a -70ºC Azoto líquido a -180ºC Liofilizadas Condições de pH Estado Fisico Liquido Semi-sólido Sólido Composição Química Definidos ou sintéticos Indefinidos ou complexos Semi-sintéticos Objetivos funcionais Simples Enriquecidos Seletivos Diferenciais Acidófilos: pH 1,0-5,0 Neutrófilos: pH 5,5-8,0 maioria das bactérias (pH 6,5-7,5) Alcalófilos: pH 8,5-11,5 Condições de incubação atmosfera Aeróbios obrigatórios - necessidade absoluta de O2 para crescer (21%) porque metabolizam açúcares em que o O2 é o aceitador final de electrões Microaerofílicos - apenas toleram 1-15% de O2 Facultativos aeróbios/anaeróbios - crescem na presença ou ausência de Os. Na presença de oxigénio produzem mais ATP. Anaeróbios obrigatórios - podem morrer na presença de oxigénio. A sua energia é obtida por fermentação e respiração anaeróbia Capnofílicos - são organismos que requerem CO2 para crescer Condições de incubação atmosfera Temperatura Psicrófilos crescem a baixas temperaturas (0-20ºC) Mesófilos: Crescem a temperaturas moderadas (25-40ºC) Termófilos: Crescem a temperaturas elevadas (40-85ºC) Hipertermófilos Condições de incubação Tempo Reprodução e crescimento dos microrganismos procarióticos Reprodução e crescimento dos microrganismos procarióticos Reprodução assexuada Fissão binária Crescimento bacteriano Progressão geométrica ou crescimento exponencial 1, 2 , 2 , 2 , 2 ,...,2 n refere-se ao nº de gerações Tempo de geração E. coli: 12,5 minutos Mycobacterium tuberculosis: 13-15 horas Curva de crescimento Bacteriano: Fase LAG Fase de latência – adaptação ao novo habitat Fase LOG Crescimento rápido (exponencial) Fase Estacionária Paragem de crescimento pela falta de nutrientes. Acumulação de produtos tóxicos. Paragem de divisão. Nº de células vivas = Nº de células mortas. Fase de Morte ou Declínio Morte das bactérias pela falta de nutrientes e produção de produtos tóxicos. Decréscimo da população viável ao longo do tempo. Fase exponencial em que um nº constante de células vai morrendo. Metabolismo Microbiano Produtor de Energia: Metabolismo microbiano produtor de energia: Conjunto de reações químicas que ocorrem no interior da célula. Anabolismo – biossíntese Catabolismo – degradação Metabolismo microbiano Energia Degradação: obtenção de energia dos nutrientes ou substâncias químicas (catabolismo) Reação exergónica – catalizada por enzimas Biossíntese: Síntese dos constituintescelulares (anabolismo) Reação endergónica Metabolismo Microbiano Anabolismo-Catabolismo Metabolismo Microbiano Energia Construção da estrutura celular. Síntese de enzimas, ácidos nucleicos, polissacarídeos, fosfolípidos, etc. Reparação dos danos e manutenção da célula em boas condições. Crescimento e multiplicação. Acumulação de nutrientes e excreção de produtos Mobilidade Metabolismo Microbiano Vias de degradação de nutrientes Glicólise Via mais comum para a obtenção de energia nos quimioheretrotróficos 1 molécula de Glicose é dividida em 2 moléculas de ácido pirúvico com produção de 2 moléculas de ATP e 2 moléculas de NADH2. Glicólise: A oxidação da glicose em ácido pirúvico é geralmente a 1ª etapa no catabolismo de hidratos de carbono e a maioria dos microrganismos utiliza essa via. Fermentação Processo de obtenção de energia utilizado pelos microrganismos anaeróbios aerotolerantes que utilizam exclusivamente processos metabólicos anaeróbios, não sendo, contudo, sensíveis à presença de O2 (bactérias lácticas). Respiração Processo mais eficaz que a fermentação para obtenção de energia dos nutrientes gerando 38 moléculas de ATP. Os microrganismos aeróbios estritos dependem da respiração aeróbia para fazer face às suas exigências energéticas, utilizando o oxigénio molecular como aceitador final de eletrões. Acetil CoenzimaA Descarboxilação oxidativa do piruvato a acetilcoenzima a (acetil- CoA) - produzindo NADH. Os dois carbonos remanescentes do piruvato entram no ciclo Krebs por condensação com o oxaloacetato, resultando na formação de citrato. Metabolismo Microbiano Utilização de energia para outros processos Transporte de nutrientes para as células Difusão simples: não requer energia. Difusão facilitada (proteínas carregadoras): não requer energia. Transporte ativo (proteínas carregadoras): requer energia. Genética Microbiana Genética Microbiana: Fenótipo: Potencial genético expresso pelas células em certas condições( tamanho, forma, cor, etc). Genótipo: Informação codificada no DNA cromossómico + DNA plasmídico se estiver presente Estrutura no DNA Genoma Bacteriano Molécula de DNA única comprimida no citoplasma bacteriano DNA: principal constituinte dos cromossomas que codifica as funções de uma célula Nucletídeos: Replicação do DNA Replicação semi-conservativa O DNA cópia do resultante, aparece como uma dupla hélice constituído de uma cadeia original e uma cadeia nova sintetizada. Código Genético Base azotada: 2 purinas (adenina, guanina) 2 pirimidinas (citosina, timidina) 1 açúcar (desoxirribose) 1 molécula de Fosfato Gene: segmento de DNA que determina a síntese de uma molécula de RNA estável ou a síntese de uma proteína. Regulação Genética A regulação da expressão genética tem reflexos no conjunto das propriedades observáveis, ou fenótipo de uma população bacteriana num determinado ambiente. Regulação genética: Operação LAC: indução e repressão Mecanismos de variabilidade genética: Essencial para a evolução e sobrevivência das espécies. Mutações; Rearranjos de DNA; Recombinação entre DNAs e Transposições Mutações Alterações na sequência nucleotídica de um gene. Podem ocorrer espontaneamente durante o processo de replicação de DNA. As mutações podem conduzir alterações fenotípicas Transcrição Alteração de 1 par de bases ( ex.purina/ purina) Transversão Sustituição de 1 par de bases ( ex.Purina/ pirimidina ) Mutações Genéticas e sua deteção As mutações podem ser provocadas por agentes químicos ou físicos. Mesmo após a mutagénese o nº de células mutantes pode ser uma minoria, relativamente ao nº total de células. Rearranjos de DNA Translocação Mudanças de posições de um gene no genoma. Inversão Rotação de 180ºC de um determinado segmento de DNA, sobre si mesmo. Recombinação Processo que envolve a transferência de genes Transformação Captação e introdução na célula de segmentos de DNA proveniente de outras células através de plasmídeos. Transdução Transferência entre bactérias pode ser mediante por bacteriófagos. Conjugação Transferência de uma bactéria dadora de F+ para uma bactéria recetora F- através de fímbrias (pili) sexuais. Transformação Fago ou Bacteriófago Vírus que infeta bactérias e que normalmente causa a lise das células. Conjugação Transferência de genes unidirecional que requer contacto entre células através de pili (fímbrias) sexual. Transdução Transposição A organização dos genes no genoma bacteriano não é estável. Existem segmentos de DNA móveis que podem saltar de um ponto para outro do genoma bacteriano. Transposões Segmentos de DNA móveis. Os transposões complexos saltar do genoma para um plasmídeo ou para o DNA de um bacteriófago e transporta genes que conferem resistência aos antibióticos, genes que codificam factores de virulência, etc. Os transposões conjugativos, tal como os plasmídeos, podem ter largo espetro de hospedeiros e contribuem certamente para a dispersão dos genes de resistência aos antibióticos entre bactérias Gram positivas e anaeróbios Gram negativos. Introdução ao estudo dos fungos Características gerais: Céluas eucarióticas desprovidas de clorofila e que se reproduzem por esporos. Heterotróficos. Saprófitas. Parasitas. Unicelulares – Leveduras Pluricelulares – Fungos filamentosos Levaduras Célula com forma esférica ou elíptica 3-10μm de comprimento Podem produzir hifas e pseudohifas Podem apresentar dimorfismo (Fase leveduriforme e fase filamentosa) Fungos filamentosos Talo - Estrutura vegetativa ou somática Hifas – unidade estrutural (septadas ou asseptadas) Micélio – conjunto de hifas entrelaçadas Micélio vegetativo - penetra no meio de cultura Micélio reprodutor- à superfície, contém esporos Estrutura e morfologia Fungos unicerlulares Talo ou Soma constituído por uma célula Fungos pluricelulares Talo constituído por filamentos Hifas ( septadas ou assetadas/cenocíticas) Constituição da membrana citoplasmática Esteróis ( líquidos e protreínas )-ergosterol Constituição da parede celular Polissacáridos associados a proteínas e lípidos Fungos septados e leveduriformes - quitina e glucanos Fungos asseptados – quitina e quitosano associados a ácidos glucorónicos Uma parede celular rígida de múltiplas camadas externa ao plasmalema Constituição da Cápsula Polissacarídeos: propriedades imunogénicas Reprodução Os fungos reproduzem-se por esporos Esporos – estrutura unicelular de resistência que contém toda a informação genética Reprodução dos esporos: Assexuada – diferenciação do micélio Sexuada – fusão de 2 núcleos haplóides c/ formação de zigoto As Leveduras reproduzem-se por gemulação ou fissão (divisão binária) Classificação Tipos de esporos Tamanho e modo de esporulação Reino- Fungi Eumycetes Filos- Zigomicota, Ascomicota e Basidiomicota Mitospóricos: não foi observada uma fase sexuada Zigomicota Fungos filamentosos asseptados -Reprodução assexuada: esporangiosporos (esporângio) -Reprodução sexuada: zigósporos (zigosporângios) Asmiocota e Basidiomicota Fungos filamentosos septados e levaduras -Reprodução assexuada: Macroconídias Micrconídias -Reprodução sexuada: ascósporos (ascos) Basidiósporos (basídios) Formação das conídias Artroconídias ou artrosporos: fragmentação da hifa em célulasindividuais Clamidoconídias ou clamidosporos: formas de reprodução e de resistência Micoses Humanas + 100000 espécies disseminadas no solo, ar, água e seres vivos animais e vegetais. 175 espécies causam infeções em humanos Tipos de Micoses Micoses superficiais Micoses cutâneas e mucocutâneas Micoses sistémicas Micoses subcutâneas Mecanismos de patogenicidade Capacidade de se adaptarem aos tecidos Resistência às defesas celulares Micoses superficiais Fungos afetam a pele: Pitiríase versicolor, Tinea nigra Fungos que afetam os pelos: Piedra negra e piedra branca As infeções da pele limitam se às camadas mais externas do extrato córneo. As infeções dos pelos afetam apenas a cutícula. Não produzem resposta celular do hospedeiro, pois colonizam tecidos mortos. Não causam desconforto físico. São facilmente diagnosticadas e as medidas terapêuticas específicas geralmente produzem boas respostas clinicas Micoses cutânea Dermatomicoses Dermatófitos Tricophyton, Epidermophyton e Microsporum Fungos filamentosos septados que, consoante as características das suas macroconídias se classificam num dos 3 géneros. Trichophyton,Microsporum,Epidermophyton Geofílicos, zoofílicos, antropofílicos. Cabelos, escamas de pele o objetivos contaminados. As micoses mais contagiosas. Infeções nas porções queratinizadas da pele cabelo, unhas Candidíases C.albican 50 a 90% das Candidíases humanas, fazendo parte da flora comensal de mais de metade da população sã. Coloniza o trato gastrintestinal e geniturinário. Diabetes, antibioterapia de largo espetro, gravidez no ultimo trimestre e imunocomprometidos. Micoses mucocutâneas Candidíase oral,anal, genital, intra-uterina, das unhas; Intertrigo interdigital Micoses sistémicas Fungos patogénicos primários Hisplasma,Blastonyces, Paracoccidioides, Coccidiodes Fungos dimórficos Formam levaduras quando invadem o organismo Formam parasitárias mais susceptíveis à fagocitose Muitas destas infeções resolvem se de forma espontânea Histoplasmose Hisplasma capulatum Dristribuição:Este dos E.U.A, América Latina, Japão e sudeste asiático Europa: Itália e casos de importação Inalação de esporos Primo-infeção pulmonar Deteção da infeção: radiografia e Teste da intradermoração à histoplasmina. Fungos patogénicos oportunistas Crytococcus,Aspergillus, Candida spp. Micoses subcutâneas Infeções que envolvem a derme, os tecidos subcutâneos e os músculos. Microrganismos pouco virulentos Introduzidos de forma mecânica nos tecido: o paciente lembra-se de algum traumatismo com desenvolvimento posterior das lesões Os agentes etiológicos mais comuns são os encontrados no solo ou na vegetação em deterioração Exposição a um inoculo suficiente e baixo grau de defesa Defesas celulares são as únicas a intervir Esporotricose Sporothrix schenchil Micose subcutânea mais frequente em Portugal Jardineiros, agricultores e floricultores Microtraumatismos cutâneos Mais raramente inalação de esporos Lesões cutâneas ou lesões pulmonares Cromomise Phialophora, Cladosporium Fungos de cor escura Regiões tropicais e subtropicais dos continentes Americano e Africano Alguns casos descritos em Portugal Microtraumatismos cutâneos nos membros inferiores, indivíduos rurais Nódulos infiltrados e verrugosos Localizada ou difusa Micetomas Distribuição: regiões tropicais e subtropicais, América Central (México e Venezuela), África e Ásia (Índia e Irão), Europa ( Bulgária e Roménia), pouco frequente em Portugal Tumefacções inflamatórias e granulomatosas que evoluem para ulcerações supurativas; Grãos de cor negra ou branca Micose sistémicas Histoplasmose Histoplasma capsulatum Disseminação por via hematogénea Histoplasmose generalizada, lesões pulmonares graves, lesões digestivas e ulcerações da mucosa bucal, da faringe e da laringe Blastomicose Blastomyces dermatitidis Disseminação por via hematogénea Pode atingir os ossos, sistema nervoso central, sistema geniturinário e outros órgãos. Paracoccidioidomicose Paracoccidiodes brasiliensis Distribuição: América Latina e América do Sul, especialmente Brasil Regiões húmidas e agrícolas Inalação dos esporos Casos pulmonares assintomáticos Deteção pelo teste cutânea Disseminação por via hematogénia Pode dar origem a lesões das mucosas, sobretudo da boca e do nariz, podendo invadir a faringe e a laringe. Podem coexistir lesões cutâneas com lesões das mucosas e distribuir-se por todo o corpo Coccidioidomicose Coccidoides immitis Distribuição: Continente americano, nomeadamente o sudoeste dos E.U.A, Califórnia, México e certas zonas desérticas da América Central e do Sul. Inalação dos esporos Formas primárias inaparentes Deteção por intradermoreação Disseminação por via hematogénea Ocorre sobretudo em indivíduos imunodeprimidos, podendo dar origem a lesões cutâneas, ósseas ou meníngeas Fungos patogénicos oportunistas Cryptococcus, Aspergillus, Candida spp. Não apresentam dimorfismo térmico Defeito nas defesas do hospedeiro para se estabelecer Estirpes isoladas são metabolicamente mais activas a 37ºC no potencial redox dos tecidos Criptococose Cryptococcus neoformans Levedura com predisposição pelo S.N.C. Fezes de pombo e de outras aves e solo contaminado pelos excrementos Inalação dos esporos D Infeção pulmonar inaparente Indivíduos com imunodeficiência Disseminação por via hematogénea Origina lesões no SNC (cérebro e meninges). As lesões cutâneas, ósseas e viscerais são também frequentes. Aspergilose Aspergillus fumigatus É capaz de crescer a 55ºC Inalação pulmonar dos esporos Em imunodeprimidos invade os pulmões Aspergilose pulmonar Disseminação por via hematogénea Pode afectar vários órgãos como o SNC ou o coração. Otites, sinusites e queratites cada vez mais frequentes. Candidíase Candida albicans Muito difundidas na natureza Proliferam essencialmente nos indivíduos imunodeprimidos Septicemias, endocardites, meningites e peritonites Diagnóstico microbiano Micoses cutâneas Colheita Lesões cutâneas secas ou descamativas Recolher as escamas da zona periférica da lesão, directamente para placa de petri estéril Lesões cutâneas exsudativas e mucosas Zaragatoa estéril Cabelos/pêlos Recolher com pinça estéril os cabelos fluorescentes e escamas do couro cabeludo e colocá-los em placa de petri Unhas Raspar a zona atingida até ao local onde o fungo progrediu e recolher os fragmentos em placa de petri Dermatomicoses Ex. microsc. directo da amostra (KOH 10-30%) Cultura (Sabouraud c/ cloranfenicol) Incubação em aerobiose 25-30ºC (micoses superficiais) Tempo de incubação 4 a 5 semanas Identificação Fungos filamentosos Morfologia macroscópica das colónias Cor, textura, veloci// crescimento Morfologia microscópica Forma, tamanho, situação, mecanismo de reprodução e tipo de esporos assexuados (azul de lactofenol) Artroconídias e hifas no ex. microsc. directo da amostra Hifas, artroconídias, clamidoconídias, macro ou microconídias – ex. microsc. Cultivo Candidíases Ex. microsc. directo da amostra com coloração de Gram Cultura da amostra em Agar Sabouraud com cloranfenicol Incubação a 35-37ºC Observação das col. leveduras (24-48h) Morfologia macroscópica Morfologia microscópica Identificação Levaduras Prova de filamentação tubos germinativos (2-4h em soro a 37ºC) Morfologia quando crescem em meios pobres Rice Extract Agar (Clamidosporos) Provas bioquímicas assimilação de carbohidratos (Albicans ID bioMérieux) ANTIFUNGIGRAMA Metodologia utilizada em laboratório para identificar a susceptibilidade aos antifúngicos dos agentes isolados das infeções.Parasitologia Características gerais Organismos que vivem de forma temporária ou permanente à custa de outros organismos vivos-Protozoários e Metazoários. Células eucarióticas Constituintes similares a outras células eucariotas Elevado conteúdo de hidratos de carbono, sob forma de glicogénio Maior fonte de energia obtida por glicólise Atividade nas formas vegetativas ou trofozoítos Formas de reprodução e resistência – quistos ou oocistos Reprodução sexuada e assexuada Podem apresentar alta especificidade para o Homem ou infectar numerosas espécies animais Animais podem funcionar como reservatórios Apresentam um ciclo de vida que implica a sua passagem por vários animais e/ou pela vida livre, para se reproduzirem e atingirem a forma madura Fase de maturação pode ocorrer no local parasitado ou requerer a migração através de vários órgãos e tecidos do animal infectado ou ocorrer na Natureza Classificação Protozoários Helmintas Patogenicidade Número de parasitas presentes no interior ou no exterior do hospedeiro Virulência do parasita Idade e estado nutricional do hospedeiro Defesas do hospedeiro ou grau de resistência Virulência Capacidade para colonizar, aderir e invadir as células do hospedeiro Capacidade de multiplicação no hospedeiro Capacidade de transmissão a novo hospedeiro Capacidade de evasão aos mecanismos de defesa Capacidade para produzir proteínas formadoras de poros (perforinas) Capacidade de produção de diversas enzimas (proteases, fosfolipases, etc.) causadoras de alterações celulares no hospedeiro Capacidade para produzirem proteínas efectoras específicas, indutoras de morte celular programada (apoptose) em células do hospedeiro Variabilidade genética Ambilas Ciliados Flagelados Esporozoários Platelmintas: Tremátodos Céstodos Nematelminas: Nemátodos Vias de transmissão Direta: contacto pessoa-pessoa (tricomoniose) Transplacentária (Toxoplasmose) Fetal-Oral: mediante alimentos (amibas, ténias); Auto-infeção Telúrica: solos contaminados ( ancilostomiose, ascariose) Antropozoonose: animais infetados (Hidatidose, Toxoplasmose) Artrópodes: ( Leishmaniose, Paludismo) Vias de Penetração Ativa Pele- larvas de espécies de Schistosoma Mucosas- Trofozoítos de Entamoeba histstolytica, larvas de Ascaris, Fasciola. Passvo Ingerido com alimentos ou águas contaminadas ( quistos de protozoários, ovo de Enterobius vemicularis, cisticercos de Taenia) Inoculados por insetos hematófagos ( espécies do género Plasmodium) Ações sobre o hospedeiro Espoliana: subtração de vitamanina B12- anemia megaloblástica Tóxica: Durante a migração das larvas de Ascaris lumbriocoides, os metabolitos segregados induzem no tecido pulmonar do hospedeiro humano reações alérgicas com sintomas semelhantes aos dos indivíduos asmáticos. Mecânica: Obstrução intestinal provocada pelo enovelamento de Ascaris lumbriocoides Hiperlásica: Fasciola hepatica parasita os canis biliares e engrossa estas estruturas em consequência da divisão excessiva das células epiteliais que as revestem. Neoplástica: Schistosoma haematabium associado à formação de tumores da bexiga no Homem Enzimática: Hialuconidase produzida por Entamoeba histolytica favorece a lesão do eptélio intestinal levando à obtenção de alimentos assimiláveis por parte do parasita. Anóxia: Parasita que consumam o oxigénio ligado à hemoglobina ou que provoquem anemia ( paludismo) Fatores que influenciam os padrões epidemiológicos das parasitoses Potencial Biótico dos parasitas Capacidade de evasão dos parasitas à resposta imunitária do hospedeiro. Aumento demográfico. Resistência de artrópodes vetores aos inseticidas Difusão de viagens de negócios ou de turismo a zona de risco, bem como o movimento de trabalhadores emigrantes. Deslocação de populações Oportunismo de espécies parasitárias em emunodeprimidos Desenvolvimento de resistência aos antiparasitários Manifestação clínicas das parasitoses Portador assintomático Anorexia, perda de peso, dores abdominais, cefaleias, etc Respostas imunitárias às parasitoses Predominantemente feita pela imunidade celular – macrófagos Imunidade humoral. A intervenção destas respostas depende em grande parte da localização do parasita. Granulócitos eosinófilos importantes nas parasitoses com penetração tecidular. Diagnóstico das parasitoses Amostra + frequente: fezes Sangue, expectoração, exsudados vaginais e biópsias Observação dos ovos, quistos e/ou trofozoítos ou larvas ao M.O. Directa: ex. fresco c/ soluções iodadas Colorações permanentes Metazoários Helmintas Platelmintas Tremátodos Céstodos Nematelmintas Nemátodos intestinais Nemátodos tecidulares Infetam frequentemente os intestinos Transmitidos: Ingestão de larvas na carne crua ou mal cozinhada de porco, boi ou peixe Ingestão de ovos nas fezes Picadas Penetração direta na pele Platelmintas Tremátodos Vermes chatos, pequenos (cerca de 1 cm), planos, semelhantes a folhas. Parasitas humanos que têm moluscos de água doce como hospedeiros intermediários. Parasitam o sistema vascular (Schistosoma sp.) com predilecção pelos plexos vesical e mesentérico – Schistosomose urinária ou intestinal - o espaço extravascular (Fasciola) – doença hepatobiliar. Hospedeiro intermédio:caramujo Infeção resulta da ingestão de agriões (metacercária) As larvas migram através da parede duodenal e da cavidade peritoneal até aos ductos hepáticos transformando-se em vermes adultos Após 3 ou 4 meses após a infeção, os vermes adultos produzem ovos operculados observados nos exames coprológicos. Nematelmintas-Nemátodos intestinais Verme cilíndrico não segmentado que parasitam o Homem Causam doenças de predomínio digestivo, com manifestações particulares extra-intestinais Trichuris trichiura Verme chicote Geo-helminta Ingestão de ovos permite a eclosão de larvas no intestino e que se transformam em vermes adultos Fêmea fertilizada pode produzir entre 3.000 a 10.000 ovos por dia Ovos amadurecem no solo e tornam-se infeciosos ao fim de 3 semanas Enterobius vermiucularis Oxiúro Presente nas pregas perianais ou vagina da criança Infeção deve-se à ingestão de ovos embrionados – transmissão mão-boca Auto-infeção Larvas eclodem no intestino delgado e migram para intestino grosso Ubiquitário Sobrevivem durante longos períodos nas roupas, brinquedos, poeiras, portas, peitoris, camas, … Ascaris lumbricoides Lombriga Infeção deve-se à ingestão de ovos embrionados Passagem do duodeno para corrente sanguínea, transportado até ao fígado e coração, penetrando na circulação pulmonar As larvas libertam-se nos alvéolos pulmonares, crescem e sofrem uma muda, passam do sistema respiratório para serem expelidas pela tosse, deglutidas, e voltarem ao intestino delgado. Da fertilização da fêmea ocorre a produção de cerca de 200.000 ovos por dia! Toxocara canis e Toxocara cati Parasitam cães e gatos e acidentalmente os humanos Síndroma da larva migrans visceral Ovos ingeridos permitem a eclosão das larvas, as quais não progridem de modo semelhante ao que acontece no hospedeiro habitual Penetram no intestino chegam à corrente sanguínea e, migram na forma de larvas para os vários tecidos Nematelmintas- Nemátodos intestinais Trichinella spiralis – quistos no músculo esquelético, miocárdio e S.N.C. que com o tempo podem calcificar. Platelmintas-Céstodos Céstados: Ténias: parasitas do trato intestinal em forma adulta, encontrando-se as larvas no hóspede intermédio. Taenia saginata-Teníase Taenia solium- Teníase e Cisticercose Echinococcus granulosus- Quisto hidático Primariamenteparasitas intestinais Vermes segmentados (fitas) Desprovidos de sistema digestivo – absorvem nutrientes solúveis diretamente através da cutícula Lesão clínica – retiram nutrientes do hospedeiro, excretam detritos tóxicos e podem bloquear o intestino Estruturas especializadas: Escólex: Estremidade anterior, com ganchos ou acúleos e ventosas -fixação à parede intestinal. Estróbilo – corpo composto de vário segmentos (proglótis) Proglótis – contém órgãos sexuais femininos e masculinos que geram ovos fertilizados Proglótis maduros – cheios de ovos, localizados na parte posterior do organismo e, podem destacar-se da cadeia Teníase- Teania saginata Causada pela forma larvar. O organismo infecta primariamente os intestinos, e não produz cisticercos. A maioria dos indivíduos infetados são assintomáticos É transmitida por larvas na carne bovina crua ou mal cozinhada. Diagnóstico faz-se por observação de proglótes nas fezes~ Teníase-Teania sollium Causada pela forma adulta Os intestinos são o local primário da infeção, onde o organismo pode causar diarreia, porém, a maioria das infeções é assintomática Doença transmitida por larvas presentes na carne de porco mal cozinhada ou pela ingestão de ovos de ténia Diagnóstico faz-se pela deteção de proglótes nas fezes Cisticercose- Teania sollium Causada por larvas (cisticerco) que normalmente infecta os porcos Doença segue-se à ingestão humana de água ou vegetação contaminadas por ovos de T. sollium de fezes humanas – transmissão fecal-oral ou por autoinfeção Os ovos eclodem no estômago libertando o embrião hexacanto ou oncosfera Penetram na parede intestinal e migram na circulação para os tecidos, onde se desenvolve em cisticerco (nos músculos, tecido conjuntivo, cérebro, pulmões e olhos Equinococose- Echinococcus granulosus Infeção produz grandes quistos hidáticos no fígado, no pulmão e no cérebro Pode ocorrer reação anafilática aos antigénios do verme se o quisto se romper A doença segue-se à ingestão de ovos das fezes do cão As ovelhas frequentemente servem como hospedeiros intermediários Diagnóstico realiza-se por biópsia do tecido infetado, sendo tratada por excisão cirúrgica dos quistos Protozoários-Amibas Amiba patogénica – Entamoeba histolytica Produz disenteria amebiana que se caracteriza pela formação de lesões necróticas no cólon Complicações: desidratação e abcesso hepático Amibas comensais: Entamoeba coli e Endolimax nana Protozoários-esporozoários Cryptosporidium parvum – diarreia crónica, frequente nos doentes imunocomprometidos Infeção de animais de sangue quente Transmissão de oocistos pela ingestão de água contaminada – transmissão fecal-oral Diagnóstico – identificação dos oocistos do parasita nas fezes dos doentes Toxoplasma gondii – doença benigna geralmente assintomática no hospedeiro imunocompetente Doença grave por vezes mortal em imunodeprimidos, sendo mais comuns as formas neurológicas Hospedeiro definitivo – gato e felinos - desenvolvendo-se os organismos nas células intestinais, sendo os oocistos eliminados para o meio ambiente Estes podem ser ingeridos pelos humanos onde irão produzir infeção em vários tecidos, incluindo o cérebro, através de: Ingestão de carne mal cozinhada de animais que servem de hospedeiros intermediários Ingestão de oocistos infetantes de fezes contaminadas de gato Transmissão materno-fetal pode levar à toxoplasmose congénita, com graves malformações neuro-oftalmológicas Diagnóstico- anticorpos específicos no sangue do doente Plasmodium – 4 espécies das quais P. falciparum é o mais frequente e mais grave Diagnóstico precoce por microscopia é de extrema importância São sempre agentes patogénicos São transmitidos através de picadas de mosquito e moscas e felinos Elevada importância sócioeconómica de um país Protozoários- flagelados intestinais Giardia lamblia causa infeção intestinal no Homem – diarreias e cólicas abdominais, mais frequente em crianças Transmissão fecal-oral Infeção ocorre por ingestão de quistos (10 a 25) através da água contaminada, vegetais ou frutas Problema pediátrico Ácido estimula a excitação libertando os trofozoítos no duodeno e jejuno, onde se multiplicam por fissão binária Trofozoítos ligam-se às microvilosidades intestinais Protozoários- Flagelados urogenitais Trichomonas vaginalis provoca vaginite na mulher, uretrite e prostatite no homem - infeções urogenitais Transmissão sexual Possui 4 flagelos e uma membrana ondulante, responsáveis pela mobilidade Só existe na forma de trofozoíto que se assemelha a uma pera e pode ser observado nos fluídos vaginais ou uretrais ao microscópio Protozoários-Hemoflagelados Trypanosoma brucei causa a Tripanosomose humana africana ou doença do sono Trypanosoma cruzi causa a Tripanosomose humana americana ou doença de Chagas Transmitidos ao homem por artrópodes Causam doença grave e progressiva afetando múltiplos órgãos, especialmente SNC Leishmania sp. Hemoflagelados transmitidos por artrópodes 3 espécies: L. donovani L. tropica L. braziliensis Doença associada com capacidade do organismo infetar: tecidos mais profundos – leishmaniose visceral Tecidos superficiais – leishmaniose cutânea Protozoários-Ciliados Ciliados – Balantidium coli - > que parasita o homem Produz disenteria sanguinolenta similar à amebiana Complicação: perfuração do intestino Principal reservatório – porco Transmissão fecal-oral Prevenção das parasitoses Medidas gerais de higiene Carnes bem cozinhadas Desparasitação de cães e gatos Quimioprofilaxia Virologia Os vírus são agentes filtráveis São parasitas intracelulares obrigatórios São incapazes de produzir energia ou proteínas independentemente de uma célula Os genomas virais podem consistir em RNA ou DNA, mas não em ambos Os vírus apresentam uma morfologia com capsídio nú ou com invólucro Os componentes virais são organizados e não sofrem replicação por “divisão Os vírus não são vivos Devem ser infeciosos para sobreviverem na natureza Devem ser capazes de utilizar os processos da célula do hospedeiro para produzir os seus componentes (mRNA viral, proteínas e cópias idênticas do genoma) Devem codificar quaisquer processos necessários não oferecidos pela célula Classificação Os nomes que receberam podem descrever características virais, doenças às quais estão associados ou até mesmo o tecido ou a região geográfica onde foram identificados pela 1ª vez Os vírus podem ser agrupados por certas características, como doença causada (por ex., hepatite), tecido alvo, forma de transmissão (por ex., entérica, respiratória) ou vetores (arbovírus, vírus transportados por artrópodes) O modo actual de classificação utiliza as características físicas e bioquímicas, como tamanho, morfologia, tipo de de genoma e meios de replicação Taxonomia Ordem Famílias Características Mononegavirales Filovirdae, Paramyxoviridae e Rhbdoviridae Vírus com ultraestrutura complexa capsídios envelopados e genoma constituído por uma única molécula de RNA de cadeia única negativa linear Nidovirales Arteriviridae, Coronaviridae e Roniviridae Vírus com ultraestrutura complexa com capsídios envelopados e genoma constituído por uma única molécula de RNA de cadeia única positiva linear Caudovirales Myoviridae, Podoviridae, Siphoviridae Bacteriófagos não envelopados constituídos por uma cabeça icosaédrica e uma cauda helicoidal, ou em forma de bastão ou formada por discos empilhados. Caudas contráteis ou não-contráteis, rígidas ou flexíveis. Os genomas são constituídos por uma única molécula de DNA de cadeia dupla circular Estrutura do virião Um virião é uma partícula viral completa Contém um cerne de ácido nucleico envolvido por uma capa proteica capsídeoGenoma O genoma consiste em DNA ou RNA: O DNA pode ser de cadeia simples ou dupla, linear ou circular. Ácido nucleico DNA ou RNA 1.cadeia simples 2.cadeia dupla Capsídeo Grupos de proteínas virais (potómetros) com características simétricas: 1.icosaédrica 2. helicoidal O RNA pode ser de sentido positivo (como o mRNA) ou sentido negativo (análogo a um negativo de fotografia), de cadeia dupla (+/-) ou de ambos os sentidos ( contendo regiões + e – de RNA ligadas através das extremidades. O genoma do RNA também pode ser segmentado. Estrutura do virão A camada externa do virião é o capsídio ou envelope cujas funções: Acondicionamento Proteção Veículo de transmissão do vírus de um hospedeiro a outro e disseminação no interior do hospedeiro para as células-alvo O capsídio: Estrutura rígida capaz de suportar condições ambientais adversas Permitem a resistência à falta de água e a ácidos detergentes, incluindo ácido e bílis Muitos destes vírus são transmitidos por via fecal-oral, podendo manter a sua capacidade de transmissão em água de esgoto O capsídeo é envolvido por um envelope lipoprotéico com espículas. O envelope: Membrana constituída de lípidos, proteínas e glicoproteínas Ocorre ruptura facilmente em consequência da falta de água, condições ácidas, detergentes e solventes, como o éter, resultando na inativação do vírus Vírus com envelope devem permanecer em ambiente húmido e, em geral, são transmitidos através de líquidos, gotículas, sangue e tecidos A maioria dos vírus não consegue sobreviver no trato gastrintestina Classificação de Baltimore GRUPO ESTRURA GENÓMICA TIPOS DE REPRESENTATIVOS Grupo I DNA de cadeia dupla Orthopoxvirus (varíola) Simplexvirus (herpes) Orthohepadnavirus (hepatite B) Grupo II DNA de cadeia simples Parvorivus (parvovirose) Grupo III RNA de cadeia dupla Rotavirus (gastrenterites) Orthoreovirus (gastrenterites Grupo IV RNA de cadeia simples positiva Poliovirus (poliomielite) Rhinovirus (resfriado) Flavivirus (dengue, febre amarela) Grupo V RNA de cadeia simples negativa Paramyxovirus (influenza) Morbillivirus (sarampo) Lyssavirus (raiva) Grupo VI RNA de cadeia simples positiva (retrovírus) Lentivirus (HIV) Grupo VII DNA de cadeia dupla com RNA intermédio Orthohepadnavirus (hepatite B) Replicação Viral A célula fornece os substratos, a energia e a maquinaria necessários para a síntese de proteínas virais e a replicação pelo genoma Os processos não fornecidos pela célula devem ser codificados pelo genoma do vírus Ciclo de replicação viral dividido em várias fases: Fase inicial de infeção – reconhecimento da célula-alvo, fixação, penetração na membrana plasmática e captura pela célula, libertação do genoma no citoplasma e se necessário no núcleo Fase tardia – replicação do genoma e síntese macromolecular viral, organização do vírus e libertação Etapas: 1. Reconhecimento da célula-alvo 2. Fixação/adsorção – interação das estruturas da superfície do virião e de moléculas da membrana celular do hospedeiro 3. Penetração – passagem do virião da superfície da célula para o citoplasma por dois mecanismos: endocitose mediada por receptor e fusão direta com a membrana 4. Uncoating – desmontagem do virião 5. Síntese macromolecular: Síntese inicial de mRNA e proteínas não-estruturais: genes para enzimas e proteínas de ligação do ácido nucleico Replicação do genoma Síntese tardia de mRNA e proteínas estruturais Modificação pós-tradução da proteína 6. Montagem e libertação de vírus - ocorre no compartimento da célula hospedeira onde se dá a replicação do ácido nucléico viral: No citoplasma, para a maioria dos vírus de RNA No núcleo, para a maioria dos vírus de DNA 1.Vírus nus: a libertação resulta da desintegração da célula hospedeira, e, assim, possivelmente ocorre num período relativamente tardio após a infeção 2. Vírus envelopados: As glicoproteínas virais específicas são sintetizadas e transportadas à membrana celular do hospedeiro Os domínios citoplasmáticos das proteínas de membrana ligam-se aos nucleocapsídeos Um nucleocapsídeo é envelopado pela membrana celular do hospedeiro A membrana celular do hospedeiro fornece o envelope viral por um processo de “brotamento” O virião envelopado é libertado pela célula do hospedeiro Replicação de vírus de DNA Variável consoante as famílias GENES PRECOCES - Os genes virais são transcritos antes do início da replicação do DNA, originando um mRNA precoce e proteínas precoces (permitem a replicação do genoma) GENES TARDIOS – transcritos após o início da replicação do genoma viral, originando um mRNA tardio e proteínas tardias Replicação de vírus de RNA Necessário superar dois problemas: 1. Falta de RNA-polimerase que possa usar o RNA-mãe como molde 2. Tradução do mRNA eucariótico começa num único ponto de início; assim ele é traduzido somente num polipéptido Efeitos da infeção viral sobre a célula do hospedeiro 1. Pouco ou nenhum defeito detetável 2. Alteração da especificidade antigénica da superfície celular devido à presença de glicoproteínas virais 3. Infeções latentes que, em alguns casos, causam transformação celular 4. Morte celular devido à expressão de genes virais que desligam funções essenciais da célula do hospedeiro Patogénese viral Infecção aguda – exposição inicial a alguns vírus pode incluir um ataque rápido de sintomas observáveis, ou ser branda e, mesmo, assintomática 1. Morte celular – célula morta diretamente pelo vírus. Deve-se à inibição da síntese de DNA e RNA e proteína celular 2. Transformação – alguns vírus podem transformar células normais em células malignas com menos necessidades nutricionais e com tempo de vida estendido indefinidamente 3. Fusão celular – infeção induz uma fusão celular produzindo células gigantes multinucleadas, um tipo específico do efeito citopático 4. Efeito citopático (CPE) –qualquer mudança visível na aparência da célula infetada Bacteriófagos Vírus que infetam bactérias – bacteriófago Todos os fagos têm o cerne de ácido nucleíco, geralmente uma única cadeia, que pode ser de DNA de cadeia simples ou dupla, linear ou circular ou RNA linear de cadeia simples Três formas básicas de bacteriófagos: Cabeça icosaédrica sem cauda Cabeça icosaédrica com cauda Filamentosa (ácido nucleíco helicoidal) Bacteriófagos – ciclo de vida Ciclo lítico (ou virulento) – destroem as células bacteriana, libertando novos fagos para infetar outras células hospedeiras Ciclo lisogénico (ou avirulento) – não destroem as células hospedeiro, sendo o ácido nucleíco integrado no genoma da célula hospedeira e replicando-se na célula bacteriana de geração em geração denominado de pró-fago. Ocasionalmente o fago temperado pode tornar-se espontaneamente lítico e lisar as células hospedeiras Herpesviridae Classificação Estrutura 10 a 300 nm Genoma DNA de fita dupla Capsídeo - simetria icosaédrica Tegumento com proteínas e enzimas virais Envelope lipoproteíco com espículas de glicoproteínas Mecanismo de Latência dos HVS-1 e HVS -2 Após a infeção lítica nas células (mucosa ou epiderme – primoinfeção), os vírus penetram pelas terminações nervosas axônio gânglio sensorial HSV-1: latência nos gânglios do nervo trigêmio HSV-2: latência nos gânglios sacrais próximo a coluna HVS-1 e HVS-2 Patogenia e patologia Manifestações Clínicas Doença orofaríngea ou gengivoestomatite herpética A doença sintomática ocorre mais frequentemente em crianças (1-5 anos) e afecta a mucosa bucal e gengival A doença clínica tem duração de 2-3 semanas - HSV-1 Sintomas: febre, faringite, lesões vesiculares e ulcerativas, edema, gengivoestomatite,linfadenopatia submandibular, anorexia, mal-estar, etc. A doença recorrente localiza-se na borda dos lábios, com dor no início e desaparece em ± 4- 5 dias, com recidivas. Queratoconjuntivite A infeção inicial por HSV-1 pode ocorrer nos olhos, produzindo ceratoconjuntivite grave. Lesões oculares recorrentes são comuns (úlcera de córnea e vesículas nas pálpebras) podem levar a cegueira Herpes Genital (HG) Habitualmente causada por HSV-2, mas também por HSV-1 Infeções genitais primárias podem ser graves e durar cerca de 3 semanas Lesões vesículo-ulcerativas do pênis ou colo uterino, vulva, vagina e períneo HG pode estar associado à febre, mal-estar, disúria e linfadenopatia inguina Infeções Cutâneas A pele intacta é resistente aos HSV Contaminação ocorre via escoriações São quase sempre graves e potencialmente fatais quando ocorrem em indivíduos com distúrbios cutâneos, como eczema ou queimaduras, que permitem a extensa replicação e disseminação do vírus. Encefalites Lesão do lobo temporal Presença de pleiocitose (sobretudo linfócitos) no líquido cefalorraquidiano Diagnóstico definitivo - isolamento do vírus por biópsia ou post-mortem Alta taxa de mortalidade ou deixa sequelas neurológicas residuais Herpes Neonatal A infeção por HSV pode ser adquirida in utero, durante o parto normal ou após o nascimento 1 em 5.000 partos por ano ( + comum(75%), opção de cesariana) Recém-nascidos: baixa imunidade - doença grave Taxa de mortalidade da doença não tratada - 50% Lesões: olhos, pele e boca; encefalite; e doença disseminada em múltiplos órgãos. Infeções em indivíduos imunocomprometidos Alto risco de infecções graves Pacientes HIV+/AIDS Pacientes com alto grau de desnutrição Pacientes submetidos a tratamento antineoplásico Na maioria dos casos, a doença reflete a reativação de infeção latente por HSV. Flora normal e infeções associadas Flora normal Conjunto de microrganismos que colonizam determinadas partes do corpo. Também se designa por flora comensal ou flora indígena Primeiras estruturas a serem colonizadas • Pele • Orofaringe • Trato gastrintestinal • Trato geniturinário Fatores que influenciam a distribuição da microflora Idade; Dieta; Estado hormonal; Saúde; Condições sanitárias; Higiene pessoal; Humidade; pH e substâncias inibitórias Vantagens da flora norma do corpo humano Impedem o estabelecimento de outras espécies Produzem vitaminas B e K Desenvolvem o sistema imunitário Desvantagens da flora normal do corpo humano Potencial de disseminação para zonas estéreis Potencial crescimento excessivo de microrganismos da flora em condições favoráveis Relação parasita-hospedeiro Flora normal do corpo humano Infeção Fatores de virulência bacteriana Mecanismos de defesa externos e internos Imunidade inata e adquirida Infeções por microrganismos patogénicos oportunistas Microrganismos considerados não patogénicos, muitos deles são membros da flora normal, mas que podem causar doença em determinadas condições. Infeções por microrganismos patogénicos primários Microrganismos dotados de virulência ou poder patogénico (elaboração de toxinas, enzimas, etc.) e estratégias funcionais para vencer os mecanismos de defesa do hospedeiro. Colonização - os microrganismos que colonizam os seres humanos (por um curto período de tempo - transitório - ou permanentemente) não comprometem as funções orgânicas normais Doença - quando a interação entre o micróbio e o ser humano resulta num processo patológico, caracterizado por lesão do hospedeiro humano Patogenicidade - habilidade do parasita provocar danos no hospedeiro e a resistência ou suscetibilidade do hospedeiro perante o agente patogénico Virulência - padrão de medida para a patogenicidade das diferentes estirpes de uma espécie microbiana Patogenicidade Capacidade que um organismo patogénico tem para causar doença. O patogénico tem que infetar o hospedeiro Deve instalar-se e multiplicar-se nos tecidos do hospedeiro Deve resistir às defesas do hospedeiro Deve produzir danos no hospedeiro Fatores de virulência bacterianos As gravidades dos sintomas de uma doença são determinadas por: função do tecido afetado importância do órgão afetado extensão da lesão tamanho do inóculo fatores físicos do hospedeiro Fatores de virulência microbiana Toxinas Endotoxinas e Exotoxinas Enzimas extracelulares Hialuronidade, Lecitinase, Colagenase, Coagulase, Hemolisinas Fatores celulares Cápsula, Pili ou Fímbrias Fatores de virulência bacterianos Mecanismos de virulência bacteriana: Aderência Invasão Sub-produtos do crescimento (gás, ácido) Toxinas (enzimas degradativas, toxinas A-B) Endotoxina Superantigénio Indução de inflamação excessiva Evasão da eliminação fagocítica e imune Resistência a antibióticos ADESINAS As adesinas podem ser de natureza proteíca, incluindo fímbrias (pili) e ligam-se fortemente a açúcares específicos existentes sobre o tecido-alvo Glicoproteínas ou lipoproteínas componentes do glicocálix ou de estruturas da parede bacteriana que se ligam especificamente aos recetores da célula eucariota As bactérias podem possuir vários tipos de adesinas: adesinas fimbriais e não fimbriais Toxina A-B Citotoxinas (hemolisinas e fosforilases) Superantigénios Toxina A-B A toxina é produzida e excretada em 2 subunidades proteicas separadas: A fração B liga-se ao recetor da célula - confere a especificidade da atividade toxinogénica A fração A com atividade enzimática - pode entrar na célula diretamente ou por endocitose associada à fração B. Sideróferos proteínas de baixo peso molecular com grande afinidade para o ião férrico. No corpo humano, as glicoproteínas transferrina, lactoferrina, ferritina e hemina transportam o ferro que é utilizado como cofator de reações enzimáticas. Os sideróferos são excretados para o meio e o complexo ferro-siderófero entra na bactéria por um receptor específico. Os sideróferos não são específicos das bactérias patogénicas e a sua contribuição na virulência das estirpes é variável. A produção dos sideróferos por estirpes não patogénicas pode ser benéfico para o hospedeiro por competição com as estirpes patogénicas na aquisição do ferro SUPERANTIGÉNIOS Moléculas isoladas de bactérias e de vírus são capazes de se ligarem ao MHC e ao recetor da célula T, levando a uma resposta inflamatória maciça e, por vezes, letal Mecanismos de defesa externos: Constituintes do corpo que estão na vanguarda da defesa contra os microrganismos invasores Mecanismos de defesa internos: Constituintes do corpo que estão na vanguarda da defesa contra os microrganismos invasores: Inflamação; Febre; Células NK; Células fagocíticas Inflamação A resposta inflamatória é a reação vascular e celular à presença de microrganismos invasores ou outros irritantes. Febre Aumenta a atividade das células fagocíticas Aumenta a indução da resposta inflamatória e imunitária que tem efeito antimicrobiano Papel das células fagocíticas Neutrófilos: Altamente fagocíticos Basófilos: Libertam serotonina, heparina e histamina Eosinófilos: Pouco fagocíticos, podem deixar o sangue para entrar nos tecidos Linfócitos: Papel importante na resposta imunitária específica. Circulam na corrente sanguínea e localizam-se nos tecidos linfóides (amígdalas, nódulos linfáticos, baço, timo, medula óssea, pulmões, intestino) Monócitos: Pouco fagocíticos até serem estimulados por linfocinas. Nessa altura tornam-se macrófagos fagocíticos ativos Papel dos fatores solúveis: Complemento: Conjunto de 20 proteínas que complementam certas reações mediadas por anticorpos.É o principal mediador solúvel da resposta inflamatória Linfocinas: São proteínas produzidas e segregadas por linfócitos T sensibilizados. Uma das mais importantes é a IL-2,porque atua como um sinal entre leucócitos. A IL-1, pirógeno endógeno é responsável pela febre e é produzida pelos macrófagos Interferão: IFN-α, IFN-β e IFN-γ Sistema Imunitário adquirido IMUNIDADE CELULAR Linfócitos T IMUNIDADE HUMORAL Linfócitos B Imunidade celular: Produz elementos celulares (linfócitos T) mais efetivos contra patogénicos encontrados no interior das células Imunidade humoral: Produz anticorpos (mediadores solúveis nos fluídos corporais) mais efetivos contra patogénicos encontrados fora das células. Características da resposta imunitária adquirida Distingue o que é próprio do organismo do que não é próprio e apenas responde ao que é estranho Resposta altamente específica Pode responder mais rapidamente a uma segunda exposição ao mesmo agente Defesa imunitária adquirida Imunização ocorre quando um indivíduo é natural ou artificialmente exposto a um antígeno e o sistema imunitário é ativado para produzir imunidade humoral e celular. Estratégias de escape aos mecanismos de defesa do hospedeiro ESCAPE À FAGOCITOSE A cápsula é um dos fatores que está frequentemente associado a uma deficiente fagocitose As cápsulas são constituídas por polissacarídeos que costumam ser imunogénios ineficazes PARASITISMO INTRACELULAR Multiplicação intracelular permite escapar aos mecanismos humorais Multiplicação nas células fagocitárias Infeção das células epiteliais e parenquimatosas Não são dotadas de substâncias antimicrobianas, sendo necessário a lise das células para libertar o agente infecioso, tornando-o acessível às defesas do hospedeiro Infeção de fagócitos Inibição da quimiotaxia, aderência ou ingestão ou por processos que os tornam resistentes aos mecanismos microbicidas dentro do vacúolo fagocítico ESCAPE À ACÇÃO DO COMPLEMENTO As bactérias Gram positivas são naturalmente resistentes devido ao peptidoglicano; o complemento apenas influencia a opsonização e a fagocitose induzindo a resposta inflamatória O antigénio O do LPS impede que o complemento tenha acesso à membrana e protege as bactérias de lesão Estratégias de espape ao sistema imunológico POBREZA ANTIGÉNICA expressão de níveis reduzidos de moléculas passíveis de serem reconhecidas AQUISIÇÃO DE ANTIGÉNIO DO PRÓPRIO características dos microrganismos que lhes permite iludir o sistema imunológico de modo a confundir-se com o organismo INFEÇÃO DE LOCAIS PRIVELIGIADOS infeção em zonas desprovidas de vigilância imunológica (sistema nervoso central e testículos) INIBIÇÃO DA APRESENTAÇÃO ANTIGÉNICA E SEQUESTRO ANTIGÉNICO Interferem com a síntese ou transporte das moléculas do MHC da classe I nas células infetadas PROTEASES DE IgA Enzimas proteolíticas com especificidade para a IgA EXPRESSÃO DE RECEPTORES Fc Alguns vírus codificam proteínas que ligam o fragmento Fc funcionando como recetores podendo impedir a ligação de anticorpos a antigénios virais VARIAÇÃO E DERIVA ANTIGÉNICA Modificação da sua estrutura e, consequentemente, da sua antigenicidade, de uma forma periódica; dependendo de mecanismos de recombinação genética MIMETISMO MOLECULAR Moléculas microbianas podem possuir homologias com determinadas moléculas do hospedeiro Ação dos agentes físicos e químicos sobre os microrganismos Controlo do crescimento de microrganismos ESTERILIZAÇÃO, DESINFEÇÃO, ANTISÉPSIA E ASSÉPSIA Objetivo: Evitar a contaminação cruzada ESTERILIZAÇÃO: Processo físico ou químico pelo qual todas as formas microbianas são destruídas, incluindo os esporos bacterianos e fúngicos. Agentes físicos: Calor; Incineração; Filtração; Radiação Calor seco: Forno 180ºC durante 1 hora Oxidação dos componentes das células e coagulação das proteínas Calor húmido: Autoclave 121ºC durante 15 a 20 minutos T<100ºC Pasteurização Ebulição Desnaturação e coagulação das proteínas. Destruição de enzimas e membranas através da destruição de pontes de hidrogénio Incineração: exposição direta à chama de gás (carbonização) Filtração: membranas de acetato, celulose ou policarbonato Radiações: Ionizantes – raios γ e raios X; Não ionizantes – raios U.V. Agentes químicos: Óxido de etileno; β-propiolactona; Formaldeído; Glutaraldeído Óxido de etileno: Agente alquilante que inactiva enzimas e proteínas Seringas de plástico, placas de Petri, materiais de borracha,etc β – propiolactona: Plasma, vacinas e artérias humanas destinadas a enxertos Vapores ( considerados cancerígenos) Formaldeído: Capacidade de inactivar proteínas e ácidos nucleicos Gás altamente tóxico. Glutaraldeído: equipamento de anestesia, termómetros etc. Tratamento do material a esterilizar: imersão em banho químico; Lavagem e remoção de detritos; Secagem e Embalagem DESINFEÇÃO Processo químico que elimina parte ou a totalidade de microrganismos patogénicos de objetos ou superfícies mas não necessariamente os esporos bacterianos. Agentes químicos: Glutaraldeído – 2% em água; Formaldeído – 8% em água Fenol e compostos fenólicos: Altera a estrutura e os mecanismos de permeabilidade seletiva da membrana citoplasmática; Inativa proteínas e atua no DNA Padrão para avaliação da atividade antimicrobiana de outros agentes; Coeficiente de fenol Álcoois: etanol e propanol Capacidade de coagular proteínas e destruir a membrana citoplasmática Compostos halogenados: Cloro Destruição da atividade de proteínas celulares Desinfeção de superfícies, instrumentos não metálicos, água das piscinas Amónio quaternário: Inativação de proteínas e alterações na membrana citoplasmática ANTISEPSIA Processo que utiliza substâncias químicas designadas anti-séticos para eliminar microrganismos patogénicos dos tecidos vivos Condições que afetam a atividade antimicrobiana Tamanho da população microbiana Intensidade ou concentração do agente antimicrobiano Tempo de exposição ao agente antimicrobiano Temperatura à qual os microrganismos ficam expostos Natureza do material contendo os microrganismos Características dos microrganismos presentes ASSÉPSIA Procedimento que aplica um conjunto de medidas com o objetivo de evitar as infeções cruzadas. Luvas Lavagem e secagem das mãos Máscaras Óculos protetores Uniformes Vacina da Hepatite B Vacina da tuberculose Vacina do tétano Contentores rígidos para agulhas e bisturis e fio de sutura Material descartável contaminado colocado em saco escuro hermeticamente fechado Antibióticos Ação dos antimicrobianos e mecanismos de resistência. Designação genérica para todos os fármacos com ação antimicrobiana Antibioterapia: 1945 Penicilina- Fleming Propriedades antimicrobianas Seletividade tóxica para os alvos microbianos Atividade de largo espetro Atividade bactericida Propriedades farmacológicas Não tóxico para o paciente Semivida plasmática longa (1xdia) Boa distribuição tecidular, incluindo o LCR Escassa união às proteínas plasmáticas Formas oral e parenteral Não interferência com outros fármacos Ensaio dos agentes antimicrobianos: Média 10 anos Seleção de um alvo apropriado Identificação de uma substância química apropriada (i.e. nova molécula com atividade inibidora sobre o alvo) Modificação do composto original para aumentar a sua potência Avaliação da atividade in vitro Avaliação da atividade e toxicidade in vivo Prova em ensaios clínicos e desenvolvimento Classificação dos agentes antibacterianos:Ação bactericida ou bacteriostática Estrutura química Zona alvo: Síntese da parede celular Síntese de
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