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Prótese e Órtese

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DEFINIÇÃO DE DEFICIÊNCIA 
 
• A deficiência caracteriza-se como um fenômeno multidimensional e universal 
resultado da interação entre impedimentos de longo prazo e as diversas 
barreiras existentes na sociedade e que resultam em um continuum que varia 
da funcionalidade ideal à deficiência absoluta. 
• A Convenção é apontada como o documento que melhor responde às 
demandas políticas dos movimentos sociais das pessoas com deficiência até o 
momento. 
• A Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência das Nações 
Unidas reconhece que a deficiência é um conceito em evolução e que a mesma 
“resulta da interação entre pessoas com deficiência e barreiras 
comportamentais e ambientais que impedem sua participação plena e eficaz 
na sociedade de forma igualitária” 
• No Brasil, os desdobramentos da Convenção tiveram como resultado a Lei nº 
13.146 de 06 de julho de 2015 - Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com 
Deficiência (LBI). 
REABILITAÇÃO E TECNOLOGIA ASSISTIVA 
 
• A reabilitação/habilitação consiste em um conjunto de medidas que auxiliam os 
indivíduos que vivem ou têm alguma probabilidade de viver com deficiência a 
alcançar e manter um nível ótimo de funcionalidade na interação com seu 
ambiente. 
• Serviços de reabilitação são relevantes em todos os níveis de atenção à saúde 
e, para atingir os objetivos desse componente do sistema de saúde, a 
reabilitação deve incluir intervenções para a prevenção da deficiência e da 
deterioração na fase aguda de cuidados, bem como para a otimização e 
manutenção da funcionalidade nas fases pós-aguda e de longo-prazo. 
• No SUS, a oferta de reabilitação para as pessoas com deficiência é orientada 
pelo componente especializado da Rede de Cuidados à Pessoa com 
Deficiência (RCPD). 
• Os serviços de reabilitação da rede SUS podem ser credenciados pela gestão 
local, serviços únicos de reabilitação, Centros Especializados em 
Reabilitação (CER) e Oficinas Ortopédicas. 
• O CER é um ponto de atenção à saúde de média complexidade. Deve ser 
habilitado no Ministério da Saúde e recebe financiamento via repasse mensal 
de recurso financeiro do Governo Federal ao Teto de Média e Alta 
Complexidade de acordo com a quantidade de modalidades de deficiência que 
atende. A caracterização dos serviços é para a oferta de duas (CER II), três 
(CER III) ou quatro habilitações (CER IV), a saber: visual, auditiva, física e/ou 
intelectual. É um serviço de atenção secundária definido como equipamento de 
atenção ambulatorial habilitado a realizar atendimento especializado em 
Reabilitação-Habilitação, além de avaliação, prescrição, concessão, adaptação 
e manutenção dos dispositivos de Tecnologia Assistiva. 
• Os serviços de Oficina Ortopédica devem estar vinculados aos serviços de 
reabilitação física na atenção especializada. A Oficina Ortopédica é um serviço 
de saúde que realiza a dispensação, confecção, adaptação e manutenção de 
Órteses, Próteses e Meios auxiliares de locomoção. As oficinas podem ser fixas 
e ou itinerantes (ambientadas em caminhões adaptados com dispositivos de 
alta temperatura, laminação e com metais). 
• A Tecnologia Assistiva (TA) é um termo guarda-chuva que abrange os sistemas 
e serviços relacionados à entrega de produtos e serviços assistivos. Produtos 
assistivos são aqueles centrados nos indivíduos e que mantêm ou melhoram a 
funcionalidade e a independência de um indivíduo, promovendo participação. 
Aparelhos auditivos, cadeiras de rodas, dispositivos auxiliares de comunicação, 
óculos, próteses, organizadores de comprimidos e dispositivos auxiliares de 
memória são todos exemplos de produtos assistivos. 
• As pessoas que se beneficiam de Tecnologia Assistiva (TA) incluem pessoas 
com deficiência física, intelectual, visual e auditiva, além de pessoas idosas e 
pessoas com doenças crônicas não transmissíveis. As tecnologias assistivas 
permitem que as pessoas vivam vidas saudáveis, produtivas, independentes e 
dignas, e participem da educação, do mercado de trabalho e da vida cívica. 
• Os profissionais de saúde treinados são essenciais para prescrição assertiva, 
adequação, treinamento do usuário e acompanhamento de produtos assistivos. 
Sem essas etapas-chave, os produtos muitas vezes não são benéficos e 
tendem a ser abandonados, podendo até causar danos físicos (como é o caso 
do fornecimento de cadeiras de rodas sem almofadas de alívio de pressão para 
pessoas com lesão medular). 
CONCESSÃO E ETAPAS NO PROCESSO DE CONCESSÃO DE ÓRTESES, PRÓTESES E MEIOS 
AUXILIARES DE LOCOMOÇÃO 
 
• O acesso aos produtos assistivos para a reabilitação física é premissa dos CER 
e dos serviços que ofertam essa modalidade de cuidado à saúde. 
• A garantia das OPMs não cirúrgicas é prevista pela Rede de Atenção à Saúde 
da Pessoa com Deficiência no SUS e sua concessão deve ser feita pela CER 
com a Oficina Ortopédica. 
• A Oficina Ortopédica é um componente do serviço de reabilitação física que é 
responsável pela confecção de órteses, próteses, calçados ortopédicos e pela 
dispensação de meios auxiliares de locomoção, incluindo as cadeiras de rodas. 
• É também papel da Oficina Ortopédica na RCPD, a manutenção e a adaptação 
necessárias das OPMs não cirúrgicas. 
• O acompanhamento e a indicação de uso das OPMs é atribuição 
especialmente do fisioterapeuta, do terapeuta ocupacional e do médico. 
• O uso dos dispositivos ortopédicos e dos auxiliares de locomoção requer um 
processo sistemático de avaliação e acompanhamento. 
• A prescrição da OPM deve considerar diversos aspectos individuais para que 
o dispositivo assistivo ofereça maior independência e funcionalidade ao 
usuário. 
• Etapas do processo de concessão: As etapas que compõem o fluxo de 
concessão dependem da cobertura, das barreiras de acesso, das 
características e da estrutura dos pontos de atenção envolvidos com a 
dispensação e confecção dos produtos assistivos no SUS. 1. Encaminhamento 
do usuário da atenção primária, especializada ou hospitalar ao serviço de 
reabilitação física. 2. Avaliação individual pela equipe de reabilitação (incluindo 
o técnico em órteses e próteses) visando a prescrição adequada da OPM não 
cirúrgica de acordo com as necessidades em saúde. 3. Tiragem de medidas 
para a confecção dos produtos de órteses, próteses e dispensação e 
adequação postural de cadeiras de rodas. 4. Confecção ou adaptação do 
produto assistivo. 5. Prova do produto assistivo. 6. Treino com o produto 
assistivo. 7. Orientações de uso do produto assistivo visando a segurança do 
usuário. 8. Acompanhamento periódico dos usuários que utilizam dispositivos 
assistivos. 
• A avaliação individualizada de maneira interprofissional pelo médico, 
fisioterapeuta, terapeuta ocupacional incluindo o técnico em órteses e próteses 
pode garantir maior sucesso no uso do disposto além de contribuir para a 
redução do abandono do produto assistivo pela prescrição inadequada. 
 
ÓRTESES DE MEMBROS INFERIORES 
 
• Instrumento que auxilia a condição de melhora/funcionalidade do paciente. 
• A indicação da órtese e do tipo de dispositivo a ser confeccionado depende 
da condição de saúde e deve constar na prescrição. 
• Objetivos: Facilitar ou auxiliar o ortostatismo. Prevenir ou corrigir 
deformidades. Evitar ou diminuir dor. Facilitar ou garantir melhor desempenho 
na marcha para pessoas com deficiência de natureza transitória ou definitiva. 
Imobilizar segmentos articulares em processos inflamatórios ou em pós-
cirúrgicos, a exemplo do auxílio no tratamento de estados reacionais e das 
neuropatias em pessoas acometidas pela hanseníase. 
• Tipos: Palmilhas; (AFO) Órteses suropodálicas; (KAFO) Órteses 
cruropodálicas; (HKAFO) Órteses pelvicopodálicas. 
• Palmilhas: As palmilhas são órteses para o alinhamento das estruturas do pé 
e são utilizadas dentro dos calçados. Servem para corrigir, prevenir e acomodar 
as deformidades do pé ou alinhar e dar suporte ao pé. 
• Objetivos:Melhorar o posicionamento do pé; Corrigir deformidades; Amortecer 
o impacto do pé no solo; Diminuir o atrito do movimento horizontal do pé 
durante a marcha; Acomodar as deformidades irredutíveis dando suporte e 
estabilidade ao pé; Distribuir de maneira uniforme as pressões por toda 
superfície da planta do pé. 
• Os materiais geralmente utilizados para confecção são: Etil-Vinil-Acetato 
(EVA), couro, poron, plastazote, silicone, polipropileno e em alguns casos 
cortiça. As palmilhas confeccionadas em materiais mais rígidos estabilizam 
melhor as deformidades redutíveis; e, as que utilizam um material mais macio, 
se ajustam melhor nas deformidades irredutíveis, além dos casos de deficiência 
vascular e na presença de úlceras. 
• Órteses suropodálicas: As órteses suropodálicas são órteses para o 
complexo articular do tornozelo e pé. São usadas para manutenção das 
articulações tibiotársica e subtalar em posição que garante neutralidade. 
• Indicações: indicadas para pessoas com sequelas neuromotoras, como 
paralisia cerebral, lesão medular, trauma cranioencefálico, Acidente Vascular 
Encefálico (AVE), lesão do nervo fibular profundo (pé caído) devido à 
hanseníase, doenças degenerativas e/ou qualquer outra patologia que leva à 
plegia ou à paresia dos membros inferiores como espasticidade ou hipotonia. 
• A confecção destas órteses geralmente é feita em termoplásticos de alta 
temperatura, sendo o polipropileno o material mais utilizado. As órteses AFO 
podem ser fixas (Não permitem o movimento ao nível articular do tornozelo e, 
as articuladas permitem o movimento de dorsiflexão) ou articuladas (São 
prescritas para pessoas que são capazes de realizar marcha, contudo, o 
aumento do tônus pode ser estimulado, além do aparecimento do clônus. A 
articulação dessa órtese deve ser alinhada com os maléolos e o plano frontal, 
evitando uma rotação da perna durante a transferência de peso). 
• Órteses cruropodálicas e Órteses pelvicopodálicas: 
As órteses cruropodálicas (joelho, tornozelo e pé). Costumeiramente, têm 
indicação de uso para pessoas com lesões da coluna vertebral baixa. 
As pelvicopodálicas (quadril–joelho–tornozelo–pé). Utilizadas por pessoas com 
lesões acima da coluna lombar, sua confecção é feita com uma faixa pélvica e 
articulação ao nível do quadril que pode estar livre ou bloqueada, impedindo a 
flexão e extensão desta articulação. 
Ambas as órteses foram desenvolvidas para proporcionar o ortostatismo e uma 
deambulação funcional em casos de espinha bífida, mielomeningocele, 
paralisia infantil ou acidente. Estas situações provocam perda de movimento 
dos membros inferiores e paraplegia, fazendo com que as pessoas não fiquem 
de pé e deambulem sem o auxílio de dispositivo ortopédico. 
Os materiais utilizados para confecção desses tipos de órteses são metais 
moldados em polipropileno, laminados em resina ou mistas. A escolha dos 
materiais depende do peso, da idade da pessoa e da indicação de uso. 
 
COLUNA VERTEBRAL 
 
• As órteses para a coluna vertebral compreendem colares e coletes ortopédicos. 
• O objetivo dessas estruturas é diminuir a carga sobre a região lesionada, 
evitando maiores dores e deformidades em situações de pós-operatório e 
osteoporose. 
• Coluna cervical: As órteses para coluna cervical também são conhecidas 
como colares, ajudando na imobilização da coluna cervical. São classificadas 
como: colares flexíveis, colares semirrígidos, colares rígidos, colar 
Philadelphia, órteses SOMI, órteses Minerva e órtese Halo. 
• Coluna torácica, lombar e sacral: São indicadas para a melhora do 
posicionamento das estruturas da coluna vertebral, diminuindo os efeitos 
deletérios de alterações provenientes da escoliose, hipercifose, hiperlordose ou 
dando suporte em casos de pessoas que não possuem controle de tronco, 
ajudando na postura ortostática. 
Órteses Milwaukee: Indicada para os casos de hipercifose 
torácica acentuada; 
Órtese de Boston: Indicada para condições de escoliose, contudo, não possui 
colar cervical. Também pode ser usada para pacientes com espondilólise e 
espondilosistese. 
Órtese Toracolombossacra (OTLS): São divididas em = Colete TLSO baixo: 
confeccionado sob medida e indicado para os casos de escoliose baixa; Colete 
TLSO alto: indicado para os casos de escoliose alta, porém acima do nível de 
T8 são contraindicadas; Colete de Charleston: classificado como TLSO, é 
indicado nos casos de escoliose flexível lombares, toracolombares e torácicas, 
com curvaturas maiores que 20° e menores que 45°, classificadas como King 
I, para curvaturas duplas lombar e torácica, sendo a lombar maior e a torácica 
mais flexível; King II, também para curvaturas duplas lombar e torácica, sendo 
a curvatura torácica igual ou maior que a lombar; King III, para curvaturas 
puramente torácicas; e King IV, para curvaturas torácicas duplas. 
Órteses Lombossacras = Colete de Wiliams: indicados para pessoas com 
hiperlordose não estruturada; Colete de Putti: Pode ser utilizado nos casos de 
lombalgias, tratamentos de fraturas lombares e pós-operatórios. 
Órteses Sacroilíacas: Podem ser chamadas de cintas e são indicadas para 
diminuir a diástase sacroilíaca (que é a separação do osso sacro do osso 
ilíaco). 
 
ÓRTESES MEMBRO SUPERIOR 
 
• Objetivos: 1. Mobilização tecidual (objetivo é mover ou alongar tecidos moles 
ou articulações para facilitar o crescimento e regeneração celular das 
estruturas); 2. Imobilização de uma estrutura (objetivo buscam colocar a 
estrutura do segmento articular do membro superior em uma posição 
anatômica e de conforto ao repouso); 3. Restrição (construídas visando 
restringir alguma parte do movimento articular enquanto permitem movimentos 
irrestritos no sentido oposto). 
• 1. Os mecanismos de ação das órteses de mobilização atuam por: 
 Remodelar o tecido cicatricial denso e maduro preexistente; 
Alongar contraturas de tecidos moles, aderências e restrições 
musculotendíneas; 
Aumentar o arco de movimento passivo; 
Realinhar ou manter o perfil articular e ligamentar; 
Substituir movimentos fracos ou ausentes; 
Manter a redução de fraturas intra-articulares com a preservação da mobilidade 
articular; 
Promover resistência ao exercício. 
 
• 2. Os mecanismos de ação das órteses de imobilização atuam por: 
Promover alívio dos sintomas dolorosos. 
Proteger a posicionar estruturas com edema. 
Manter o comprimento do tecido. 
Proteger estruturas com curativos e procedimentos cirúrgicos. 
Promover suporte e proteção para cicatrização de tecidos moles. 
Manter e proteger fraturas reduzidas. 
Melhorar e preservar o alinhamento das articulações. 
Bloquear e transferir as forças dos músculos e tendões. 
Influenciar no padrão da espasticidade visando sua otimização. 
Prevenir o desenvolvimento de contraturas. 
 
• 3. As órteses de restrição são prescritas almejando: 
Limitar a mobilidade após lesões no nervo. 
Limitar a mobilidade após lesões no tendão. 
Limitar a mobilidade após lesões ósseas ou ligamentares. 
Limitar a mobilidade após lesões no nervo. 
Limitar a mobilidade após lesões tegumentares. 
Promover e melhorar o alinhamento e a estabilidade articular. 
Assistir o padrão de função da mão. 
 
• Indicações: Condições neuromusculoesqueléticas do membro superior; 
Sequelas de queimaduras; Neurite e incapacidades por hanseníase (atrofia, 
garra, diminuição de força); Fraturas (principalmente na articulação 
metacarpofalangiana); Condições reumatológicas da mão; Traumas. 
 
• Confecção e Prescrição: A confecção de órteses de membro superior em 
geral é feita pelos terapeutas ocupacionais e fisioterapeutas em termoplásticos 
de baixa temperatura moldados diretamente na anatomia dos pacientes. As 
órteses de membro superior devem: 
Manter a anatomia dos arcos palmares; 
Garantir os eixos de movimentos; 
Permitir a função equilibrada dos músculos não afetados; 
Promover, quando possível, os padrões funcionaisde preensões; 
Permitir mobilidade com estabilidade; 
Não limitar as pregas palmares quando permitir movimento; 
Deixar livre a maior superfície possível palmar da mão e dos dedos, de forma 
garantir percepção sensorial; 
Respeitar os contornos e acidentes anatômicos do membro superior; 
Utilizar o máximo de área de apoio da órtese de maneira a distribuir a pressão 
no segmento de sustentação 
• A determinação para prescrição da órtese apropriada é baseada nas 
necessidades biomecânicas conforme identificado por meio de avaliação física 
que inclui teste muscular manual, teste de amplitude de movimento e teste 
sensorial e deve ser feita pelo fisioterapeuta ou terapeuta ocupacional. 
 
• Tipos de órteses: 
 
1. Órteses estáticas: São órteses que têm uma base rígida e imobilizam as 
articulações de modo transversal. Promovem estabilização, proteção e 
suporte para um segmento corporal do membro superior. 
2. Órteses estáticas seriadas: São órteses que apesar de não permitirem 
mobilização, ao longo do tempo, à medida que as estruturas de 
articulações, tecidos moles e as unidades de tendões vão se reorientando, 
ela é reposicionada angulação prescrita. 
O mecanismo de ação é baseado no fato de que a estrutura mantida na 
posição final de arco de movimento sem dor deve reagir e acomodar-se 
alongando-se na direção de correção desejada. Na sua elaboração do 
molde, deve se levar em conta que essas órteses devem cruzar uma 
posição alongada do segmento e tem indicação de uso por longos períodos. 
Devendo ser removidas durante a terapia e realização de exercícios. 
3. Órteses Dinâmicas: Implementam uma força do tipo elástica. A força 
elástica permite a mobilidade dinâmica dos tecidos moles do membro 
superior e favorece a recuperação do arco de movimento do complexo 
articular envolvido. Esse tipo de órtese tem uma base que permite a fixação 
de vários estabilizadores e componentes que podem avançar ainda mais 
em sua função pretendida. A força é garantida através de elásticos, molas 
ou cordão elástico enrolado. 
4. Órtese estática progressiva: Implementam uma força baixa ao tecido do 
tipo estática. A força estática é aplicada em uma direção por um longo 
período do dia no grau máximo de arco de movimento sem dor. A força é 
aplicada no componente de tração pelo terapeuta ou pelo paciente à medida 
que os objetivos de arco de movimento são alcançados. 
 
PRÓTESES 
• Uma prótese é um dispositivo acoplado ao corpo humano para substituir a 
ausência de uma parte do corpo, geralmente da perna ou do braço, e em um 
sentido mais amplo incluir dentaduras, cabeças femorais de titânio e válvulas 
cardíacas de plástico. A prescrição de uma prótese depende da avaliação da 
condição clínica, do nível de atividade prévia da pessoa amputada além da 
expectativa do paciente em relação ao resultado estético. 
Classificação das próteses: convencionais/exoesqueléticas (menos confortáveis e 
não permitirem mudanças no alinhamento) e modulares/endoesqueléticas (podem 
ser ajustados e realinhados de acordo com a necessidade). 
A prótese pode ser: 
• Interna ou implantada (prótese articular, não convencional para substituição de 
tumor, válvula cardíaca, ligamento artificial, coração artificial, dentre outras); 
• Externa ou não implantada (próteses para membros superiores e inferiores); 
• Implantada total ou parcial por meio cirúrgico ou percutâneo (implante dentário 
ou pele artificial); 
• Estética (prótese ocular, mamária, cosmética de nariz). 
 
PRÓTESES DE MEMBRO INFERIOR 
• Na avaliação do tipo de prótese alguns fatores devem ser considerados, como: 
condições clínicas, idade, nível de atividade física, peso, estatura, atividade 
profissional e fatores ambientais que influenciem na manutenção e 
conservação do equipamento. Além dessas informações também devem ser 
descritos de forma detalhada o tipo de encaixe, o mecanismo de suspensão, 
os componentes apropriados para articulação e o tipo de pé. 
A indicação é feita de acordo com o nível de amputação: 
• Hemipelvectomia; 
• Desarticulação do quadril; 
• Transfemural; 
• Desarticulação do joelho; 
• Transtibial; 
• Desarticulação do tornozelo; 
• Syme; 
• Parcial do pé. 
 
As amputações parciais de pé são divididas em: 
• Transmetatarsiana ou desarticulação dos dedos: permite ao coto boa 
movimentação na articulação do tornozelo, sem deformações; 
• Lisfranc: entre o cuneiforme e o cuboide na sua porção distal e os metatarsos 
na sua porção proximal; 
• Chopart: entre o tálus e o calcâneo na sua porção distal e entre o navicular e o 
cuboide na sua porção proximal. 
 
• Prótese para desarticulação de quadril e joelho: São menos frequentes do 
que os outros níveis. Na desarticulação do quadril, a ausência do coto e a 
posição muito proximal da amputação geram dificuldades adicionais. Já a 
desarticulação do joelho, o coto longo e o formato arredondado dos côndilos 
femorais oferecem vantagens e facilidade para um bom retorno funcional. A 
prótese para desarticulação do joelho possui um encaixe especial para esse 
tipo de nível. 
 
• Prótese Transtibial: As amputações transtibiais são mais comuns que os 
demais níveis de amputação. Essa amputação é localizada distalmente com 
preservação do joelho e com um bom comprimento do coto, fazendo com que 
as pessoas amputadas nesse nível sejam capazes de participar das atividades 
de vida diária com grande eficiência. As próteses transtibiais possuem como 
componentes básicos: encaixe e suspensão, componentes modulares 
(adaptadores e tubo) e pé modular. Sendo o encaixe o componente mais 
importante da prótese pelo contato direto com a pele. 
 
• Prótese transfemoral: É formada por cinco componentes principais: o 
encaixe, o sistema de suspensão, os componentes modulares (adaptadores e 
tubo) e o pé modular. É um tipo de prótese bastante comum e o conforto do 
encaixe é um ponto crítico ao sucesso da protetização. 
 
• Próteses para amputação do pé: A desarticulação interfalangeana e 
transmetatarsiana não geram grandes prejuízos para a marcha, exceto quando 
a velocidade é aumentada ou quando o indivíduo tenta correr. Sendo assim, o 
braço de alavanca curto do pé dificulta a fase de apoio terminal. Apesar da 
grande maioria dos pacientes terem uma boa funcionalidade sem o uso de 
prótese ou modificações do calçado, o manejo inclui o uso de uma órtese de 
suporte para o pé e os arcos plantares. 
 
PRÓTESES DE MEMBRO SUPERIOR 
A indicação de uso dessas próteses é para amputações traumáticas ou congênitas. 
• Prótese estética ou passiva: esse tipo de prótese não prioriza a função do 
movimento, tendo como objetivo apenas restabelecer a morfologia do membro 
amputado. Normalmente são confeccionadas com material maleável de 
alumínio, sendo uma prótese leve e de fácil manejo. Podem ser usadas em 
qualquer nível de amputação. 
 
• Prótese ativa: é acionada pelo próprio paciente, tendo seus movimentos 
iniciados a partir da ação dos músculos do coto e da articulação, através da 
tração de tirantes (tiras de fixação da prótese). Elas são prescritas para todos 
os níveis de amputação do membro superior, com exceção das amputações 
parciais da mão. Quanto mais alto o nível de amputação, mais difícil será o 
controle da prótese pelo tirante. 
 
• Prótese mioelétrica: os movimentos são ativados por meio de uma fonte de 
energia externa e sistemas de eletrodos conectados à pele que detectam as 
contrações da musculatura do coto por meio de estímulos elétricos que 
amplificam e enviam para o processador que proporciona o movimento de abrir 
e fechar a mão. É indicada para todos os níveis de amputação de membro 
superior, desde o nível do punho até o ombro. Para usar essa prótese, o 
paciente precisa ter controle da contração muscular do coto. 
 
• Próteses híbridas: tem indicação para amputação acima do cotovelo, é 
formado por um sistema de articulação de cotovelo mecânico que é acionadopela tração de tirantes em combinação com a mão mioelétrica e uma fonte 
externa de energia. 
 
MEIOS AUXILIARES DE LOCOMOÇÃO 
Os meios auxiliares de locomoção têm indicação de uso como recursos de 
Tecnologia Assistiva que são disponibilizados para as pessoas com deficiência e 
redução da mobilidade. Proporcionam a mobilidade pessoal e a independência. 
Além de ampliar as funções físicas, fornecem apoio suplementar durante o 
deslocamento, devendo sua prescrição ser feita pelo médico, fisioterapeuta ou 
terapeuta ocupacional 
É um recurso auxiliar a marcha feita de alumínio leve ou madeira. É indicada para 
melhora do equilíbrio e estabilidade postural. Apesar de reduzirem a carga 
biomecânica sobre as articulações de MMII (membros inferiores), elas não são 
destinadas ao uso para descarga de peso restrito. 
• Bengalas; 
• Muletas; 
• Andadores; 
• Cadeiras de rodas; 
A TABELA DE ÓRTESES, PRÓTESES E MATERIAIS ESPECIAIS (OPME) DO SUS 
A Tabela SUS atualmente conta com: 
174 (cento e setenta e quatro) procedimentos voltados para a dispensação, 
adaptação, manutenção, substituição/troca de produtos assistivos. 
E disponibiliza: 
• 19 (dezenove) modelos de órteses para membros inferiores; 
• 16 (dezesseis) tipos de próteses auditivas; 
• 3 (três) modelos de cadeira para banho e uma cadeira higiênica; assim como 
• 5 (cinco) modelos de cadeiras de rodas e diversas adaptações para 
adequação postural, incluindo mesa para atividades.

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