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revogaçao da Prisao Temporaria

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REVOGAÇÃO DA PRISÃO TEMPORÁRIA
Prisão temporária
1.Conceito
É prisão cautelar de natureza processual destinada a possibilitar as investigações a respeito de crimes graves, durante o inquérito policial.
2.Base legal
Lei 7.960/89.
3.Decretação
Só pode ser decretada pela autoridade judiciária a requerimento da autoridade policial ou do Ministério Público.
OBS. Juiz não pode decretar a prisão temporária de ofício.
4. Fundamentos
Previstos no art. 1º da lei da prisão temporária:
a) imprescindibilidade da medida para investigações do inquérito policial;
b) indiciado não tem residência fixa ou não fornece dados necessários ao esclarecimento de sua identidade;
c) fundadas razões da autoria ou participação di indiciado em qualquer um dos seguintes crimes: homicídio doloso, sequestro ou cárcere privado, roubo, extorsão, extorsão mediante seqüestro, estupro, atentado violento ao pudor, rapto violento, e outros.
Obs. prevalece na doutrina que para decretação a prisão temporária tem que ser em um dos crimes apontados pela lei, desde que pressentes qualquer um dos fundamentos previstos na alínea “a” ou “b”, no art. 1º.
5. Prazo
O prazo é de 5 dias, prorrogável por igual período em casos de extrema necessidade – art. 2º da lei.
Nos crimes hediondos o prazo da prisão temporária será de 30 dias prorrogável, prorrogável por mais 30 dias em casos de extrema necessidade – art. 2º, § 4º, da Lei 8072/90.
Obs. No caso de decretação da prisão temporária, cumprido o prazo e não convertida a prisão temporária em prisão preventiva ou não prorrogada a prisão temporária, será o preso imediatamente colocado em liberdade, independente de expedição de alvará de soltura pela autoridade judiciária – art. 2º, § 7º da lei da prisão temporária.
Obs. A contagem do prazo da prisão temporária é feita de acordo com o prazo penal –art. 2º, § 8º, da lei da prisão temporária. Assim, a contagem do prazo é feita nos termos do art. 10, do Código Penal. 
6. Revogação da prisão temporária
Desaparecendo o fundamento que motivou a prisão temporária e o preso não for colocado em imediatamente em liberdade, caberá a revogação da prisão temporária. 
7. Estrutura da peça de revogação da prisão temporária
A revogação prisão consiste em um requerimento dirigido a mesma autoridade judicial que decretou a prisão temporária, cuja estrutura e idêntica a estrutura da prisão preventiva.
REVOGAÇÃO DA PRISÃO PREVENTIVA
	1. DISPOSIÇÕES GERAIS
	Caberá revogação de prisão preventiva sempre que o juiz já tenha decretado a prisão preventiva e desaparecerem os fundamentos ou pressupostos utilizados na sua decretação.
	2. FUNDAMENTO
	No caso de pedido de revogação da prisão preventiva, fundamentar no art. 316, CPP:
			
			Art. 316. O juiz poderá revogar a prisão preventiva se, no decorrer do 				processo, verificar a falta de motivo para que subsista, bem como de novo			decretá-la, se sobrevierem razões que a justifiquem.
	No caso de revogação de medida cautelar diversa da prisão, prevista no art. 319, CPP, fundamentar o requerimento no art. 282, §5º, CPP:
			Art. 282. (…)
			
			§5º. O juiz poderá revogar a medida cautelar ou substituí-la quando verificar 			a falta de motivo para que subsista, bem como voltar a decretá-la, se 				sobrevierem razões que a justifiquem.
	3. TESES DE MÉRITO
	Deverá ser enfatizado o desaparecimento dos motivos autorizadores da custódia cautelar ou mesmo a ausência de condições de admissibilidade para sua decretação.
	Verificar também que o juiz não pode decretar a prisão preventiva de ofício na fase de inquérito policial, conforme art. 311, CPP, caso aconteça, a mesma deve ser revogada.
	Verificar também que a gravidade em abstrato de crime não é fundamento adequado para decretação da prisão preventiva, caso tenha ocorrido, a mesma deve ser revogada.
	
	4. ESTRUTURA DA PEÇA
· Endereçamento: ver juiz competente;
· Qualificação: qualificação completa do preso;
· Nome da peça e fundamento no art. 316, CPP;
· Dos fatos: narrar sucintamente como ocorreu a prisão, enfatizando o desaparecimento dos fundamentos da sua decretação;
· Do mérito: do desaparecimento dos motivos autorizadores da custódia cautelar ou da ausência de condições de admissibilidade para decretação da prisão preventiva;
· Do pedido: a revogação da prisão preventiva, nos termos do art. 316, CPP; Oitiva do representante do Ministério Público; Expedição do alvará de soltura.
	5. MODELO DA PEÇA:
EXCELENTÍSSIMO SENHOR JUIZ DE DIREITO DA ... VARA CRIMINAL DA COMARCA DE ..., DO ESTADO... (Regra Geral);
EXCELENTÍSSIMO SENHOR JUIZ FEDERAL DA ... VARA CRIMINAL DA SEÇÃO JUDICIÁRIA DO ESTADO ... (Crimes de competência da Justiça Federal);
EXCELENTÍSSIMO SENHOR JUIZ DE DIREITO DA ... VARA DO TRIBUNAL DO JÚRI DA COMARCA DE ... DO ESTADO DE ... (Crimes dolosos contra a vida, consumados ou tentados e os conexos que estejam na competência do tribunal do júri);
			ESPAÇO DE 10 (DEZ) LINHAS
NOME, nacionalidade, estado civil, profissão, portador da Cédula de Identidade número…., inscrito no Cadastro de Pessoa Física do Ministério da Fazenda sob o número ..., domiciliado em …. e residente em…., vem perante Vossa Excelência, por intermédio de seu advogado abaixo assinado, conforme procuração em anexo, requerer o 
			REVOGAÇÃO DA PRISÃO PREVENTIVA
com fundamento no art. 316 do Código de Processo Penal, pelos fatoS e fundamentos que passa a expor e ao final requerer:
DOS FATOS
Fazer breve resumo dos fatos.
DO MÉRITO
Do desaparecimento dos motivos autorizadores da custódia cautelar:
Indicar que os motivos constantes no art. 312 do Código de Processo Penal não mais subsistem;
Da ausência de condições de admissibilidade para decretação da prisão preventiva;
Indicar que estão ausentes as condições de admissibilidade dos arts. 313 e 314 do CPP.
DO PEDIDO
Diante do exposto, requer de Vossa Excelência:
1. A revogação da prisão preventiva, com fundamento no art. 316 do Código de Processo Penal;
2. Oitiva do representante do Ministério Público;
3. Expedição do alvará de soltura.
Termos em que, pede deferimento.
Comarca, data.
Advogado, OAB.
CASO PRÁTICO RESOLVIDO
No dia 05 de fevereiro, Mévio, de 25 anos, enquanto caminhava pela rua, passou por Fernando, seu desafeto. Dez minutos após Mévio ter passado por Fernando, o mesmo foi surpreendido por um carro escuro e ao perceber que seria abordado pelos seus integrantes tentou evadir-se do local. Contudo, depois de grande resistência Fernando, ao levar um tiro na perna esquerda, acabou entrando no citado carro. Para tentar garantir o sigilo do fato, os integrantes do veículo levaram Fernando para um município próximo onde o mesmo foi cruelmente assassinado com um tiro na testa. Após, aparentes 24 horas do ocorrido, a autoridade policial encontrou o corpo de Fernando amarrado a um tronco de uma árvore.
Durante o inquérito policial, apenas uma testemunha, de nome Maria, relatou que ouviu falar que Mévio era desafeto de Fernando, e que teria sido ele o mandante do crime. Após as investigações, o Ministério Público denunciou Mévio, Vicente, Augusto e Renato, estes por serem os executores, por homicídio qualificado.
A denúncia foi recebida e o juiz do Tribunal do Júri da Comarca X decretou a prisão de Mévio, fundamentando-a na garantia da ordem pública e na conveniência da instrução criminal. Ocorre que durante a instrução criminal, a testemunha de nome Maria, bem como as demais testemunhas arroladas, Rodolfo e Pedro, relataram que apenas ouviram dizer que Mévio era desafeto da vítima Fernando, e que o mesmo havia passado por ele minutos antes do mesmo ser capturado pelos integrantes do veículo.
Afirmaram também as testemunhas que não viram Mévio dentro do carro ou no local dos fatos, e que realmente só ouviram dizer que os dois não se davam.
Na qualidade de advogado de Mévio, elabore a peça processual pertinente na busca por sua liberdade, excetuando-se o intento do Habeas Corpus.
PADRÃO DE RESPOSTA
EXCELENTÍSSIMO SENHOR JUIZ DE DIREITO DO TRIBUNAL DO JÚRI DA COMARCA ..., ESTADO ...
Processo número:Mévio, já qualificado nos autos do processo às folhas ( ), por seu advogado e bastante procurador que a esta subscreve, conforme procuração em anexo, vem, muito respeitosamente a presença de Vossa Excelência, com fundamento nos arts. 282, §5º, e 316, ambos do Código de Processo Penal, requerer a
				REVOGAÇÃO DA PRISÃO PREVENTIVA
pelos motivos de fato e direito a seguir expostos:
1. Dos Fatos
	O acusado teve sua custódia cautelar decretada por esse douto juízo, sob o suposto fundamento de ter ordenando aos seus capangas, Vicente, Augusto e Renato, a execução de seu desafeto Fernando no dia 5 de fevereiro. Os fatos narrados na denúncia relatam que, após a vítima ser surpreendida por um carro escuro, foi a mesma levada para um município próximo, para garantir o sigilo do fato, onde houve a execução com um tiro na testa e logo após, o corpo da mesma foi amarrado a um tronco de uma árvore.
	Por tais motivos foi o requerente denunciado e preso preventivamente por esse Juízo, sendo certo que sua prisão fora decretada por garantia da ordem pública e conveniência da instrução criminal.
	Ocorre que, realizada a instrução criminal, foram ouvidas as testemunhas Maria, Rodolfo e Pedro, que relataram que apenas ouviram dizer que Mévio era desafeto da vítima Fernando, e que o mesmo havia passado por ele minutos antes do mesmo ser capturado pelos integrantes do veículo. Afirmaram também as testemunhas que não viram Mévio dentro do carro ou no local dos fatos, e que realmente só ouviram dizer que os dois não se davam.
2. Do desaparecimento dos motivos autorizadores da custódia cautelar
	A prisão preventiva é medida de extrema exceção, somente cabível quando evidentes os pressupostos previstos no art. 312 do Código de Processo Penal.
	O réu, ora requerente, teve sua prisão decretada por garantia da ordem pública e conveniência da instrução crimina. Ocorre que todas as testemunhas já foram ouvidas por esse douto juízo sendo certo que as mesmas foram contundentes em afirmar que não presenciaram qualquer envolvimento do ora requerente com os fatos, e que somente ouviram dizer que o mesmo não se dava com a vítima.
	Dessa forma, evidencia-se a absoluta ausência de fundamentos para a manutenção de sua custódia cautelar, uma vez que inexistente a garantia da ordem pública ou ainda a conveniência da instrução criminal. Ressalta-se, inclusive, que a prova testemunhal já foi colhida.
	Desta feita, tendo desaparecido todo e qualquer motivo que autorizasse a prisão preventiva, deve a mesma ser revogada, conforme os arts. 282, §5º, e 316, ambos do Código de Processo Penal.
3. Do Pedido
	Ante o exposto, postula-se a Vossa Excelência, nos termo dos arts. 282, §5º, e 316, ambos do Código de Processo Penal, a revogação da prisão preventiva do ora requerente, com a consequente expedição do alvará de soltura..
Termos em que,
Pede deferimento.
Comarca, data.
Advogado, OAB

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