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PRÁTICA PENAL PROFESSOR: MARCOS ANTONIO RAMOS CASO Durante uma festa rave, realizada na cidade de Natal/RN, Maria, que contava com 19 anos de idade, ingeriu bebida alcóolica ficando com os sentidos relativamente alterados. Ao final da festa, Maria resolveu ir embora, tendo chamado um motorista de aplicativo para levá-la para casa. Ao chegar na sua residência, enquanto abria a porta, Maria foi abordada por um homem, que, mediante grave ameaça com emprego de faca, determinou que fosse com ele para um local isolado e escuro. Sempre apontando a faca, e exigindo que ela não olhasse para o seu rosto, o homem rasgou as vestes de Maria, e passou a com ela praticar atos libidinosos. Maria conseguiu se desvencilhar do agressor e empreender fuga. Ao chegar à sua residência e narrar os fatos aos seus pais, Maria foi orientada a realizar registro de ocorrência policial. Ao chegar na Delegacia de Polícia, Maria descreveu a fisionomia da pessoa que teria praticado os abusos sexuais, sendo-lhe apresentado um álbum de fotografias de suspeitos com as mesmas características por ela descritas. Ao ver a fotografia de Manfredini, que, na ocasião, contava com 20 anos de idade, Maria o apontou como sendo o autor do estupro do qual foi vítima. Em face disso, a autoridade policial representou pela prisão preventiva de Manfredini, o que foi acolhido pelo Magistrado. O mandado de prisão foi cumprido e Manfredini preso. A autoridade policial intimou Maria para proceder ao reconhecimento pessoal do suspeito, colocando-o sozinho numa sala, e, pelo vidro, a vítima afirmou que, embora estivesse escuro no momento dos fatos, parecia ser a pessoa que a teria estuprado. Manfredini sempre negou ter praticado o delito. Diante da demora da conclusão do inquérito policial, por conta do atraso para a conclusão do laudo da perícia realizada na vítima, o magistrado relaxou a prisão de Manfredini, que passou a responder ao procedimento em liberdade. Após a conclusão do inquérito policial, o Ministério Público ofereceu denúncia contra Manfredini, imputando-lhe o crime de estupro, previsto no artigo 213, “caput”, do Código Penal. Após regular andamento do feito, o Magistrado designou audiência de instrução e julgamento, sendo intimada a vítima e o Defensor nomeado para oferecer resposta à acusação, já que o réu, devidamente citado, não apresentou a peça defensiva nem indicou advogado. Durante a audiência de instrução e julgamento, sem a presença de Manfredini, que não havia sido intimado para a solenidade, mas diante do Defensor nomeado, a vítima se limitou a ratificar o reconhecimento realizado na Delegacia de Polícia. Após o encerramento da instrução, preocupado com a situação do processo, Manfredini procurou um advogado para lhe orientar, outorgando-lhe procuração para representá-lo na ação penal. Encaminhados os autos para o Ministério Público, foi apresentada manifestação requerendo condenação nos termos da denúncia, bem como o reconhecimento dos maus antecedentes, em face da anotação que consta na folha de antecedentes criminais no sentido de que o réu responde a outra ação penal instaurada para apurar a PRÁTICA PENAL PROFESSOR: MARCOS ANTONIO RAMOS prática de crime de roubo, e a fixação do regime inicial fechado, já que se trata de crime hediondo. Em seguida, a defesa contratada por Manfredini foi intimada, em 04 de setembro de 2018, terça-feira, sendo quarta-feira dia útil em todo o país, para apresentação da medida cabível. Considerando apenas as informações narradas, na condição de advogado(a) de Manfredini, redija a peça jurídica cabível, diferente de habeas corpus, apresentando todas as teses jurídicas pertinentes. A peça deverá ser datada do último dia do prazo para interposição Modelo de peça de Alegações finais na forma de memorial
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