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Camila Mariana Castro de Oliveira Medicina Nove de Julho BCM 2 – Biologia molecular ➛ Alterações ou modificações em genes ou cromossomos, podendo acarretar variações hereditária ✓ As mutações podem levar à perda de função de um gene ou a uma nova função ➛ A alteração de um nucleotídeo, ou mutação do gene, pode levar à formação de uma proteína variante, passível de ter propriedades distintas em consequência de sua estrutura alterada ➛ Quanto a origem: ✓ Espontâneas – alteração do gene ocorreu sem intervenção intencional do ambiente ✓ Induzidas – agentes mutagênicos ➛ Quanto ao tipo celular: ✓ Somáticas (mosaicismo) – tumor, câncer (não há hereditariedade) ✓ Germinativas – ovócito secundário e espermatozoides (há hereditariedade) ➛ Quanto a adaptabilidade: ✓ Benéficas – mutações que traz algum benefício ao indivíduo, ex: pacientes imunes ao HIV ✓ Neutras (polimorfismos) – mutações em que não há mudança no aminoácido, mesmo que haja mudança da sequência de base nucleotidica ✓ Deletérias (doenças genéticas, câncer) – mutações que alteram/retiram a propriedade de uma proteína ➛ Quanto ao nível: ✓ Cromossômicas – quando alteram a estrutura ou o número de cromossomos - Alterações numéricas - Alterações estruturais ✓ Gênicas – quando alteram a estrutura do DNA - Mutação de ponto (substituição de nucleotídeos) - Deleções - Inserção ➛ Mutações cromossômicas estruturais ➛ Mutações gênicas: ✓ As mutações gênicas são responsáveis por alterações nos genes ✓ Alteram uma ou mais bases do DNA, o que afetará a leitura durante a replicação ou durante a transcrição ✓ Podem ser transmitidas hereditariamente quando ocorrem nas células germinativas ✓ Quando ocorrem em células somáticas podem provocar a formação de tumores ➛ Todo tipo de agente que apresenta a capacidade de gerar mutação; aumenta a frequência de mutações ➛ Os agentes mutagênicos podem ser classificados em: químicos, físicos e biológicos ✓ Quimicos: substancias consideradas cancerígenas, que alteram as ligações químicas ou ate mesmo substituem nucleotídeos normais por moléculas similares - Ex: alimentação industrial, agrotóxicos, medicamentos, álcool, tabagismo, etc ✓ Físicos: radiação ionizante e radiação UV ✓ Biológicos: a ação de microorganismos, responsáveis por inocular parte de seu DNA na célula que estão hospedando, casualmente integrando-a a cadeia de DNA do hospedeiro - Ex: HPV, EpstenBar ➛ O pareamento de bases fundamenta a replicação e o reparo do DNA ➛ No caso de um emparelhamento errado, os sistemas de correção podem não ser capazes de reconhecer qual dos dois nucleotídeos do par deve ser trocado ✓ Nesse caso, em 50% dos casos seria trocado o nucleotídeo correto, originando uma mutação ➛ Caso o erro não seja resolvido antes que a célula Camila Mariana Castro de Oliveira Medicina Nove de Julho BCM 2 – Biologia molecular entre em divisão, uma das células apresentará a mutação de forma permanente TODOS OS ERROS DEVEM SER CORRIGIDOS ANTES QUE A CÉLULA ENTRE EM DIVISÃO CELULAR Muitos erros de cópia que ocorrem durante a replicação do DNA são corrigidos pela função de revisão da DNA-polimerase que pode reconhecer bases incorretas (mal-pareadas) na extremidade 3’ da fita crescente e, então, removê-las por uma atividade de exonuclease 3’--> 5’ inerente ➛ Substituição de nucleotídeos: ocorre a troca de um par de bases (mutação de ponto) ✓ Classificação: - Transição (63%) – Purina-Purina (A ou G) ou Pirimidina-Pirimidina (C ou T) - Transversão (37%) – Purina-Pirimidina ➛ Inserção: uma ou mais bases são adicionadas ao DNA ➛ Deleção: uma ou mais bases são retiradas do DNA ➛ Desaminação de bases ✓ Desaminação hidrolítica é a perda de um grupo amino (-NH2) que certas bases podem sofrer como resultado de reações de hidrolise ✓ Adenina desaminada se torna hipoxantina; guanina desaminada se torna xantina; citosina desaminada se torna uracila ✓ Há a modificação de propriedades de emparelhamento de base ✓ Ex: a hipoxantina resultante da desaminação da adenina emparelha-se com a citosina ao invés da timina; assim a desaminação da adenina ocasiona a troca de um par de bases A-T por um par G-C ✓ O tipo mais frequente de desaminação do DNA é a da citosina. Ao perder um grupo amino, a citosina se transforma em uracila, fenômeno que ocorre na frequência de 100 transformações por genoma, por dia. Como a uracila é capaz de se emparelhar com a adenina, a desaminação da citosina ocasiona a troca de um par de bases C-G por um par T-A. ✓ Consequência da desaminação da citosina: - Uma citosina metilada em um processo fisiológico Camila Mariana Castro de Oliveira Medicina Nove de Julho BCM 2 – Biologia molecular normal de inativação gênica, também pode sofrer desaminação e nesta ocasião surge uma timina ➛ Perda de bases: ✓ Surgem por quebras espontâneas em ligações N- glicosídicas, ou seja, nas ligações que unem a base nitrogenada ao açúcar, com consequente perda da base ✓ Tipos de perdas de bases: - O tipo mais comum é a perda de bases púricas - A perda de uma base púrica (A ou G) é denominada despurinação, enquanto a de uma base pirimídica (C ou T) é denominada despirimidinação ✓ Problemas relacionados a perda de bases: - A perda de uma adenina, por exemplo, faz com que a molécula de DNA fique com uma base timina em uma das cadeias e com ausência da base complementar na outra cadeia - Caso esse DNA se replique antes que o erro seja corrigido, no local da despurinação pode ser introduzido qualquer um dos quatro tipos de nucleotídeos na cadeia sendo sintetizada - Nesse caso, a chance de alteração do par de bases naquele local é de 75%, pois em apenas ¼ das vezes o nucleotídeo incorporado será o correto, no caso, com a base timina ➛ Formação de dímeros de timina: ✓ O DNA é particularmente susceptível à luz ultravioleta, a qual causa a formação de ligações covalentes entre resíduos de pirimidina vizinhos, um fenômeno denominado fotodimerização ✓ Dos três tipos possíveis de dímeros de pirimidina (C-C, C-T ou T-T), o dímero de timina (T-T) é o que se forma com maior frequência ✓ A presença de dímeros de pirimidina na cadeia molde bloqueia a ação das polimerases do DNA, impedindo assim a síntese da nova cadeia ➛ Mutação de sentido trocado ➛ Mutação sem sentido ➛ Alteração do quadro de leitura Camila Mariana Castro de Oliveira Medicina Nove de Julho BCM 2 – Biologia molecular ➛ Deleção ➛ Inserção ➛ Expansão por repetição ➛ Correção exonucleotídea pela DNA polimerase durante a replicação do DNA ➛ Tipos: ✓ Reparo de erros de emparelhamento entre bases (mismatch) ✓ Reparo por excisão de bases (BER) ✓ Reparo por excisão de nucleotídeos (NER) ✓ Reparo recombinacional ou reparo de quebras de dupla-fita ✓ Reparo direto (não ocorre em humanos) ➛ MSH (proteína humana de reparo de divergência – mismatch): responsáveis por identificar padrões de erros ➛ MSH2, MSH6: identificam o pareamento incorreto ➛ MLH1, PMS2: retiram a sequênciaincorreta com o auxílio de DNA helicase e DNA exonuclease ➛ DNA polimerase: polimerização correta ➛ DNA ligase: ligação das “frestas” Camila Mariana Castro de Oliveira Medicina Nove de Julho BCM 2 – Biologia molecular ➛ DNA glicosilases (ex: uracil glicosilase): identifica mal pareamento e gera um sitio AP (quebra de ligação N- glicosídica) ➛ AP endonuclease: quebra a ligação fosfodiester e retira o desoxirribonucleotideo ➛ Polimerização pela DNA polimerase e ligação pela ligase ➛ Ocorre quando há dímeros de pirimidina ➛ Complexo enzimático: reconhece distorções na dupla hélice ➛ Nuclease de excisão: cliva/quebra os dois lados da lesão ➛ DNA helicase: desenrola a dupla hélice ➛ DNA polimerase de reparo: usam a extremidade 3’OH como primer para síntese de um novo segmento ➛ DNA ligase: sela as frestas ➛ Ocorre mais raramente ➛ O reparo de quebra no DNA de fita dupla livre de erros é realizado por recombinação homóloga ➛ Recombinação homologa – cromátide irma é usada como molde para concertar a fita quebrada ➛ Defeitos hereditários na via de reparo por excisão de nucleotídeo, como ocorre em indivíduos com xeroderma pigmentoso, predispõem ao câncer de pele; ➛ O câncer de colorretal hereditário com frequência está associado a formas mutantes de proteínas essenciais para a via de reparo de mal pareamentos; ➛ Defeitos no reparo por recombinação homóloga estão associados com a herança de um alelo mutante dos genes BRCA-1 ou BRCA-2 e resultam em predisposição a câncer de mama e de ovário.
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