Buscar

Contabilidade Geral - Exercícios - ICMS RJ 2013 - Aula 06

Prévia do material em texto

CURSOS EM PDF – CTB GERAL – EXERCÍCIOS ICMS-RJ 2013	
Prof. Cláudio Cardoso www.canaldosconcursos.com.br 
1 
 
Muito bem, meu caro aluno e futuro Fiscais do ICMS-RJ: 
Nesta aula de hoje, veremos os seguintes assuntos: 
Demonstração do Resultado do Exercício, Demonstração de Lucros ou 
Prejuízos Acumulados, Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido, 
Demonstração dos Fluxos de caixa (DFC) (Introdução) 
Veremos, portanto, três demonstrações contábeis bastante 
cobradas em prova, em todas as suas minúcias e, ainda, iniciaremos a revisão 
teórica da Demonstração dos Fluxos de caixa (DFC). 
Na DRE, destaque para sua estrutura, para os cálculos de CMV e 
lucro bruto e para as participações nos lucros. 
Na DLPA e DMPL, ressaltaria as operações que afetam ou não a 
conta “lucros acumulados” ou o patrimônio líquido, respectivamente, o cálculo 
dos dividendos e a destinação do lucro sem destinação específica. 
DRE 
Vamos, inicialmente, a uma pequena revisão desta demonstração 
tão importante: 
Sua estrutura está prevista no art. 187 da Lei n° 6.404/76 e seu 
objetivo é evidenciar a formação do resultado líquido do exercício 
(Lucro ou Prejuízo). 
É uma exposição ordenada das receitas realizadas (ganhas ou 
auferidas) e das despesas incorridas no exercício, de acordo com 
principio da competência (regime econômico). 
De acordo com o artigo 187 da Lei das S.A, a estrutura para 
apresentação da DRE é a seguinte, com valores meramente ilustrativos: 
 CURSOS EM PDF – CTB GERAL – EXERCÍCIOS ICMS-RJ 2013	
Prof. Cláudio Cardoso www.canaldosconcursos.com.br 
2 
Receita Bruta de Vendas ou Prestação de Serviços 250.000 
(-) Deduções da Receita Bruta (45.000) 
(=) Receita Líquida de Vendas ou Prestação de Serviços 205.000 
(-) CMV (55.000) 
(=) Resultado Operacional Bruto ) 150.000 
(-) Despesas Operacionais 
 Comerciais ou c/ Vendas (10.000) 
 Financeiras deduzidas das Receitas Financ. (5.000) 
 Gerais e Administrativas (15.000) 
 Outras Despesas Operacionais (10.000) 
(+) Outras Receitas Operacionais 10.000 
(=) Lucro Operacional Líquido / Lucro Antes da CSLL 110.000 
(-) Desp c/ Prov. Contribuição Social s/Lucro Líquido (12.000) 
(=) Lucro Líquido antes do IR 98.000 
(-) Desp c/ Prov. Para Imposto de Renda (28.000) 
(-) Participações 
 Debenturistas (8.000) 
 Empregados (7.000) 
 Administradores (6.000) 
 Inst. ou Fundos de Assist. ou Prev. de Empregados (5.000) 
(=) Lucro ou Prejuízo Líquido do Exercício 44.000 
Lucro ou Prejuízo Líquido por ação do Capital Social 0,44 
Receita Bruta de Vendas 
Sabemos que a receita somente é considerada realizada quando da 
efetiva entrega dos bens (no caso de empresa comercial) ou da prestação dos 
serviços. Quando da ocorrência, pois, do fato gerador, a receita passa a fazer 
parte da apuração do resultado daquele exercício em que ocorreu. 
A receita bruta corresponde ao produto de todas as operações de 
venda de produtos (indústria), mercadorias (empresa comercial) e/ou serviços 
(prestadora de serviços) que constituam o objeto social da sociedade 
(atividade preponderante à qual se dedica). 
 CURSOS EM PDF – CTB GERAL – EXERCÍCIOS ICMS-RJ 2013	
Prof. Cláudio Cardoso www.canaldosconcursos.com.br 
3 
Deduções da Receita Bruta 
As deduções da receita bruta são as seguintes: 
 Devoluções de Vendas: Também chamadas de vendas 
canceladas. Quando ocorre o retorno da mercadoria ao vendedor por estar 
em desacordo com o pedido. 
 Abatimentos s/ Vendas: Quando há insatisfação do cliente 
com alguma característica do produto ou da entrega, o vendedor concede um 
abatimento ao comprador, a fim de evitar a devolução. 
 Descontos Incondicionais (ou Comerciais), concedidos: 
São os descontos concedidos pelo vendedor no ato da venda, sem qualquer 
contraprestação por parte do comprador, devendo constar direto na nota 
fiscal. 
 Impostos e Contribuições Incidentes s/ Vendas: Assim 
como todas as outras deduções de vendas, os tributos incidentes sobre as 
vendas são despesas que, por uma questão de classificação, são consideradas 
deduções da receita bruta. Os principais impostos incidentes sobre as vendas 
são o ICMS, o ISS e o IE (apesar do IPI também ser considerado um imposto 
sobre as vendas, ele não é considerado dedução da receita bruta, pois, como 
já vimos, ele é cobrado por fora desta). As principais contribuições sobre as 
vendas são o PIS (Programa de Integração Social) e a COFINS (Contribuição 
para o Financiamento da Seguridade Social). 
Obs1: Note que os descontos incondicionais são considerados 
deduções das receitas brutas, enquanto os descontos condicionais (ou 
financeiros) concedidos são aqueles que ocorrem após a concretização 
da operação mercantil, quando a empresa vendedora concede um 
determinado desconto como prêmio pelo pagamento da fatura antes do 
vencimento da obrigação. É comum também conceder desconto quando o 
comprador quita a duplicata até a data do vencimento, como uma forma de 
estimulá-lo a pagar suas obrigações. Ou seja, são descontos sob condição e 
representam despesas financeiras e não deduções. 
Receita Líquida de Vendas 
É o valor resultante das deduções efetuadas sobre a receita bruta 
de vendas. Também são chamadas de “Vendas Líquidas”. 
Custo das Mercadorias Vendidas 
É o valor decorrente da baixa das mercadorias vendidas, por terem 
sido transferidas a terceiros. 
 CURSOS EM PDF – CTB GERAL – EXERCÍCIOS ICMS-RJ 2013	
Prof. Cláudio Cardoso www.canaldosconcursos.com.br 
4 
Podem ser encontradas por meio da fórmula do inventário 
periódico: 
Resultado Operacional Bruto 
É o valor que resulta da dedução do CMV em relação ao valor das 
receitas líquidas de vendas. Em cada período poderá ser “Lucro Operacional 
Bruto” (ou, simplesmente, “Lucro Bruto”) se a “Receita Líquida de Vendas” 
for maior que o “CMV” ou “Prejuízo Operacional Bruto” (ou, simplesmente, 
“Prejuízo Bruto”) se a “Receita Líquida de Vendas” for menor que o “CMV”. 
Também é chamado de “Resultado com Mercadorias”. 
Despesas Operacionais 
As despesas consideradas operacionais para efeito de classificação 
na DRE são as seguintes: 
 Despesas c/ Vendas (ou Despesas Comerciais) são aquelas 
ligadas à comercialização e distribuição do produto, ou seja, tudo aquilo ligado 
aos esforços para venda do produto, desde a propaganda até os riscos 
assumidos na venda. Exemplo: Comissões s/ Vendas, Fretes s/ Vendas, 
Salários dos Vendedores, Manutenção do veículo usado no setor de vendas, 
Propaganda e Publicidade, Despesa com Créditos de Liquidação Duvidosa, 
Despesas com Garantias de Produtos, etc. 
 Despesas Gerais e Administrativas são os gastos com o dia a 
dia da empresa, necessários à administração e ao bom funcionamento da 
mesma. Beneficiam todas as fases do negócio ou objeto social. Exemplos: 
Depreciação, Amortização, Exaustão, Salários Administrativos, Aluguéis, 
Energia Elétrica, Água, Consumo de Material de Expediente, alguns tributos 
(IPTU, IPVA, ITBI, etc.), etc. 
 Despesas Financeira são gastos com a remuneração de capitais 
de terceiros e outros ligados a operações financeiras. Exemplos: “Juros 
Pasivos” (juros s/ empréstimos, financiamentos, desconto de duplicatas ou 
leasing ou por atraso em duplicatas), IOF (Imposto sobre Operações 
Financeiras), descontos concedidos em recebimentos de títulos (descontos 
financeiros), etc. Devem ser apresentadas na DRE líquidas do valor das 
receitas financeiras, que são aquelas decorrentes de remuneração do capital 
 CURSOS EM PDF – CTB GERAL – EXERCÍCIOS ICMS-RJ 2013	
Prof. Cláudio Cardoso www.canaldosconcursos.com.br 
5 
da sociedade em aplicações, os descontos financeiros obtidos, etc. Caso o valor 
das receitas financeiras seja superior ao das despesas financeiras, o valor 
positivo deverá ser compensado com as demais despesas operacionais. 
 Outras Despesas Operacionais são aquelas que não se 
enquadram como comerciais, financeiras ou administrativas. É o caso do 
“Resultado Negativo da Equivalência Patrimonial”,e, como veremos, das 
antigas hipóteses de despesas não operacionais, por exemplo. 
 Outras Receitas Operacionais: A Lei das S.A não menciona o 
tratamento a ser dado às receitas que não se enquadrem como receita bruta 
de vendas ou financeiras. O critério mais usual tem sido classificá-las logo após 
as despesas operacionais, de forma que seu valor seja computado no cálculo 
do lucro operacional líquido. São exemplos de receitas classificadas neste 
grupo: o resultado positivo da equivalência patrimonial e as receitas de 
aluguéis recebidos, assim como as antigas receitas não operacionais. 
Resultado Operacional Líquido 
É o valor que resulta da dedução das despesas operacionais em 
relação ao valor do resultado operacional bruto. Em cada período poderá ser 
“Lucro Operacional Líquido” ou “Prejuízo Operacional Líquido”. 
Antigos Resultados Não Operacionais 
 Eram classificados como resultado não operacional: 
 Resultados decorrentes de alienação de bens de uso da 
empresa como, por exemplo, a venda de um veículo usado da empresa; 
 Constituição / reversão de provisão para perdas prováveis na 
realização de investimentos; 
 Resultados oriundos de variação de percentual de 
participação no capital de empresas coligadas ou controladas. 
No entanto, a Lei 11.941/2009, visando desfazer confusões quanto 
a esta classificação alterou o termo “Resultados Não Operacionais”, passando a 
designá-los como “Outras Receitas e Outras e Despesas”. 
 A Orientação Técnica CPC Nº 02, em seus itens 136 e 137, 
prega pela não segregação dos resultados em operacionais e não-operacionais. 
Assim, as entidades devem apresentar as “outras receitas/despesas” no 
grupo operacional e não após a linha do “resultado operacional”. 
 CURSOS EM PDF – CTB GERAL – EXERCÍCIOS ICMS-RJ 2013	
Prof. Cláudio Cardoso www.canaldosconcursos.com.br 
6 
 Também o Pronunciamento Técnico CPC Nº 26 – Apresentação 
das Demonstrações Contábeis, em seu item 82, ao citar as rubricas mínimas 
que a DRE deverá conter, não menciona qualquer tipo de receita ou despesa 
que pudesse ser confundido com o antigo resultado não operacional. 
Provisão para Contribuição Social Sobre o Lucro Líquido 
Criada pela Lei 7.689/89, esta contribuição não está prevista na Lei 
6404/76, uma vez que tal tributo inexistia na ocasião da elaboração da Lei das 
S.A. É usual a sua classificação na DRE logo após o resultado operacional e 
antes do cálculo do imposto de renda. 
É devida pelas pessoas jurídicas domiciliadas no país e pelas que 
lhe são equiparadas pela legislação do IR. 
É apurada de maneira análoga ao IR, ou seja, pode ser calculado 
com base no lucro real, presumido ou arbitrado. 
Provisão para o Imposto de Renda 
Assim como ocorre com a CSLL, o IR pode ser calculado com base 
no lucro real, presumido ou arbitrado, observando-se regras semelhantes 
para determinação do regime de apuração. 
O livro fiscal LALUR (“Livro de Apuração do Lucro Real”) é 
utilizado para a apuração do IR na modalidade do lucro real. É composto de 
duas partes: na parte “A”, são registradas as adições (despesas indedutíveis 
e valores tributáveis não computados como receitas) e exclusões (receitas 
não tributáveis e valores dedutíveis não computados como despesas) e, na 
parte “B”, as compensações dos prejuízos fiscais anteriores, limitada à 30% 
do lucro líquido ajustado pelas adições e exclusões. 
Participações nos Lucros 
O artigo 187, inciso VI, com redação dada pela Lei 11.637/2008, 
determina quais são as participações estatutárias: 
 CURSOS EM PDF – CTB GERAL – EXERCÍCIOS ICMS-RJ 2013	
Prof. Cláudio Cardoso www.canaldosconcursos.com.br 
7 Para que possamos calculá-las, devemos, inicialmente, conhecer 
sua base de cálculo. 
Segundo a legislação comercial, no artigo 189 da Lei das S.A, a 
base de cálculo das participações é o lucro líquido deduzido da provisão 
para o IR e dos prejuízos acumulados, caso existam. Assim, do ponto de 
vista contábil, como pudemos observar na estrutura da DRE, as participações 
devem figurar após o IR. 
Lucro Líquido Antes do IR 150.000 
(-) Provisão para o IR (20.000) 
(-) Prejuízos Acumulados (30.000) 
(=) Base de Cálculo 1ª Participação 100.000 
Obtida a nossa base de cálculo da 1ª participação, vamos recorrer 
ao artigo 190 para aprender a calculá-las. 
Segundo este dispositivo, as participações de debenturistas, 
empregados, administradores, partes beneficiárias e instituições ou 
fundos de assistência ou previdência de empregados, deverão ser 
calculadas, sucessivamente, e nesta ordem, com base nos lucros 
remanescentes, após deduzida a participação anterior. 
 
 CURSOS EM PDF – CTB GERAL – EXERCÍCIOS ICMS-RJ 2013	
Prof. Cláudio Cardoso www.canaldosconcursos.com.br 
8 
Em outras palavras, após calcularmos uma participação, abatemos 
o valor calculado da base de cálculo anterior para que cheguemos à base de 
cálculo da participação seguinte. 
Veja o cálculo de participações de debenturistas e empregados, no 
valor de 10% do lucro. 
BC da participação dos debenturistas 100.000 
(-) Debenturistas (100.000 * 10%) (10.000) 
(=) BC da participação dos empregados 90.000 
Empregados (90.000 * 10%) 9.000 
Note que as participações são as últimas despesas de nossa DRE. 
Assim, calculada e deduzida a última participação, o valor remanescente 
deverá ser o lucro líquido do exercício. No entanto, lembre-se da observação 
anterior. Caso tenhamos abatido prejuízos acumulados na questão, devemos 
somá-los de volta para obter o lucro líquido do exercício. 
Lucro Líquido Antes do IR 150 Lucro Líquido Antes do IR 150 
(-) Provisão para o IR (20) (-) Provisão para o IR (20) 
(-) Prejuízos Acumulados (30) 
BC debenturistas 100 
(-) Debenturistas (100 * 10%) (10) (-) Debenturistas (100 * 10%) (10) 
BC dos empregados 90 
(-) Empregados (90 * 10%) (9) (-) Empregados (90 * 10%) (9) 
(=) Após última participação 81 
(+) Prejuízos Acumulados 30 
(=) LLE 111 (=) LLE 111 
Resultado Líquido do Exercício 
Segundo o artigo 191 da LSA, lucro líquido do exercício é 
aquele que remanescer após calculadas as participações nos lucros. 
Lucro por Ação do Capital Social 
A Lei das S.A, no seu artigo 187, inciso VII, determina a divulgação 
na DRE do lucro líquido por ação do capital social, que pode ser obtido 
dividindo-se o lucro líquido do exercício pela quantidade de ações que 
DRE Cálculo das Participações
 CURSOS EM PDF – CTB GERAL – EXERCÍCIOS ICMS-RJ 2013	
Prof. Cláudio Cardoso www.canaldosconcursos.com.br 
9 
compõem o capital social. Tal índice é utilizado também na análise das 
demonstrações contábeis e é um indicador de rentabilidade. 
Vamos, agora sim, às nossas questões!!! 
138) (Analista TRE/CE 2012) Na apuração do Lucro Líquido do 
Exercício devem ser computadas: 
a) as despesas e receitas do período, as obrigações contraídas no exercício, 
os dividendos a distribuir e o imposto e contribuição incidente sobre o 
resultado. 
b) todas as despesas e receitas do exercício, os ajustes de exercícios 
anteriores, o imposto de renda sobre o lucro, os dividendos e o resultado 
abrangente. 
c) as reservas de lucros, as contribuições, as despesas e receitas do período, 
os impostos e contribuições. 
d) as despesas incorridas, as receitas efetivamente ganhas no período, o 
imposto de renda, a contribuição e participações nos lucros. 
e) as receitas e despesas do período, as participações no lucro, a reserva 
legal, o imposto de renda e o resultado abrangente. 
Comentários 
Analisando as alternativas, com os comentários pertinentes: 
a) as despesas e receitas do período, as obrigações contraídas no 
exercício, os dividendos a distribuir e o imposto e contribuição 
incidente sobre o resultado. Tanto as primeiras quanto os segundos 
grifados são obrigações, contas patrimoniais que aparecem no 
balanço e não na DRE. Alternativa Falsa; 
b) todas as despesas e receitas do exercício, os ajustes de exercícios 
anteriores, o imposto de renda sobre o lucro, os dividendose o 
resultado abrangente. O primeiro grifado decorre da aplicação do 
artigo 186,§1º e é efetuado contra “Lucros Acumulados”. Veremos 
mais detalhes sobre eles ao falarmos de DLPA e DMPL, ainda nesta 
aula. Dividendos já foram comentados na letra a). Resultado 
abrangente é toda variação do PL que não decorre de transação 
 CURSOS EM PDF – CTB GERAL – EXERCÍCIOS ICMS-RJ 2013	
Prof. Cláudio Cardoso www.canaldosconcursos.com.br 
10 
com os acionistas da sociedade na qualidade de proprietários. Está 
relacionado, portanto, à DMPL e não a DRE. Alternativa Falsa; 
c) as reservas de lucros, as contribuições, as despesas e receitas do 
período, os impostos e contribuições. Reservas de lucros são 
destinações do lucro líquido do exercício. São feitas, assim, após a 
apuração do lucro na DRE. Aparecerão na DLPA/DMPL. Alternativa 
Falsa; 
d) as despesas incorridas, as receitas efetivamente ganhas no período, o 
imposto de renda, a contribuição e participações nos lucros. Como visto 
em nossa revisão. Este é nosso gabarito!! Alternativa Correta. 
e) as receitas e despesas do período, as participações no lucro, a reserva 
legal, o imposto de renda e o resultado abrangente. Como visto na 
letra c), reservas de lucros (como a legal) não aparecem na DRE. 
Tampouco o resultado abrangente, conforme letra b). Alternativa 
Falsa; 
O gabarito procurado é a letra d). 
139) (Analista Contador – TRE/PR 2012) Um item que afeta a 
apuração do resultado do exercício é: 
a) a distribuição de dividendos por controladas. 
b) a compra financiada de um terreno em 36 meses. 
c) o prêmio na emissão de debêntures. 
d) os custos de transação na emissão de ações subscritas e integralizadas. 
e) a reversão de perda por impairment. 
Comentários 
Analisando as alternativas, com os comentários pertinentes: 
a) a distribuição de dividendos por controladas. 
Como vimos na aula 4, quando uma coligada ou controlada propõe 
dividendos, ela efetua o seguinte lançamento que reduzirá seu patrimônio 
líquido: 
 Lucros Acumulados 
A Dividendos a Pagar 
Note que, reduzido o PL da investida, a investidora que avalia pelo 
MEP precisará recalcular a equivalência patrimonial, obtendo como novo valor 
do investimento um valor menor que o anterior, já que o PL da investida se 
 CURSOS EM PDF – CTB GERAL – EXERCÍCIOS ICMS-RJ 2013	
Prof. Cláudio Cardoso www.canaldosconcursos.com.br 
11 
reduziu. Assim, a investidora precisará reduzir o valor contábil do 
investimento, efetuando o seguinte lançamento: 
Dividendos a Receber A 
A Ações de Controladas 20.000,00 A 
Portanto, não há reflexos no resultado. 
b) a compra financiada de um terreno em 36 meses. 
Como sabemos, tal fato contábil provoca o seguinte lançamento: 
Terrenos 
A Financiamentos a Pagar 
Portanto, não há reflexos no resultado. 
c) o prêmio na emissão de debêntures. 
Conforme vimos na aula 5, o prêmio na emissão de debêntures 
deixou de ser considerado uma reserva de capital com o advento da Lei 
11.638/2007 e, com as Leis 11.638/2007 e 11.941/2009, passou a ser 
classificado no PNC, como uma “receita diferida”, ajustando para mais o 
saldo da conta “Debêntures a Resgatar”, devendo ser apropriado ao 
resultado conforme o decurso de tempo em direção à data de resgate, 
conforme o Pronunciamento CPC 08 (Custos e Prêmios na Emissão de Títulos e 
Valores Mobiliários), aprovado pela Resolução CFC 1.313/2010. 
Portanto, não há reflexos imediatos no resultado. 
d) os custos de transação na emissão de ações subscritas e 
integralizadas. 
Como vimos na questão 121 da aula 5, o Pronunciamento CPC 08 
(Custos e Prêmios na Emissão de Títulos e Valores Mobiliários), aprovado pela 
Resolução CFC 1.313/2010, determina que os gastos efetuados com a emissão 
de ações, tais como: gastos com elaboração de prospectos e relatórios; com 
remuneração de serviços profissionais de terceiros (advogados, contadores, 
auditores, consultores, profissionais de bancos de investimento, corretores 
etc.); com publicidade (inclusive os incorridos nos processos de road-shows); 
com taxas e comissões; e custos de registro, devem ser tratados como 
retificadores do capital social, dentro do PL, somente podendo ser 
utilizados, posteriormente, para compensação com reservas de capital ou para 
redução do capital. 
Portanto, não há reflexos no resultado. 
 CURSOS EM PDF – CTB GERAL – EXERCÍCIOS ICMS-RJ 2013	
Prof. Cláudio Cardoso www.canaldosconcursos.com.br 
12 
e) a reversão de perda por impairment. 
Os testes de recuperabilidade de ativos podem provocar a redução 
no valor contábil do ativo que sofreu a desvalorização. Tal redução é feita pela 
constituição de uma provisão, com o reconhecimento de uma despesa. Caso, 
em período futuro, o bem recupere valor, devemos reverter a provisão, pelo 
reconhecimento de uma receita. Vimos este assunto em nossa aula 4. 
O gabarito procurado é a letra e). 
140) (Fiscal ISS-SP 2012) Na Demonstração de Resultados do 
Exercício, 
a) o custo dos produtos vendidos contém o valor da depreciação de 
máquinas da fábrica alocado à produção vendida no período. 
b) o Imposto Predial e Territorial Urbano é classificado como Despesas 
Financeiras. 
c) os custos de transação da emissão de ações subscritas e integralizadas 
reduzem o resultado do exercício. 
d) o Imposto sobre Produtos Industrializados é classificado como Despesas 
com Vendas. 
e) o valor da receita bruta corresponde à entrada de caixa referente às 
vendas da empresa no período. 
Comentários 
Analisando as alternativas, com os comentários pertinentes: 
a) o custo dos produtos vendidos contém o valor da depreciação de 
máquinas da fábrica alocado à produção vendida no período. Embora 
seja um assunto mais ligado à contabilidade de custos do que à 
comercial, todos os gastos efetuados dentro do processo produtivo 
devem ser tratados como custo de produção, incorporando-se, 
assim, ao CPV, por ocasião da venda dos produtos. Este é, 
também, o caso da depreciação das máquinas da fábrica (não é o 
caso, por exemplo, da depreciação do veículo que transporta os 
produtos prontos até o cliente). Alternativa Correta. 
b) o Imposto Predial e Territorial Urbano é classificado como Despesas 
Financeiras. O IPTU é um tributo sobre o patrimônio e nada tem de 
financeiro. É uma despesa geral e administrativa. O IOF (imposto 
sobre operações financeiras) seria despesa financeira. Alternativa 
Falsa. 
 CURSOS EM PDF – CTB GERAL – EXERCÍCIOS ICMS-RJ 2013	
Prof. Cláudio Cardoso www.canaldosconcursos.com.br 
13 
c) os custos de transação da emissão de ações subscritas e integralizadas 
reduzem o resultado do exercício. Como vimos, na alternativa d) da 
questão anterior: Alternativa Falsa. 
d) o Imposto sobre Produtos Industrializados é classificado como Despesas 
com Vendas. Sabemos que o IPI é um imposto cobrado por fora. 
Por este motivo, ele não está incluído no preço das mercadorias 
(receita bruta de vendas). No caso de empresas industriais, que 
possuem despesas com IPI, sua apresentação não é obrigatória na 
DRE, mas caso desejemos incluí-la, devemos apresentá-lo antes da 
receita bruta de vendas. Não é uma despesa de vendas, como o 
frete ou comissões sobre vendas. Alternativa Falsa. 
e) o valor da receita bruta corresponde à entrada de caixa referente às 
vendas da empresa no período. Como vimos, a DRE é elaborada pelo 
regime de competência e nada tem a ver com entrada em caixa. A 
RBV é o valor nominal da venda. Alternativa Falsa. 
O gabarito procurado é a letra a). 
141) (Analista TST 2012) Determinada empresa reconheceu, durante o 
ano de 2011, R$ 500.000,00 em vendas realizadas. Durante este ano, 
reconheceu, adicionalmente, os seguintes itens: abatimento sobre 
vendas de R$ 16.000,00; devoluções de vendas de R$ 10.000,00; custo 
das mercadorias vendidas de R$ 260.000,00; comissões sobre vendas 
de R$ 7.500,00; impostos sobre vendas de R$ 90.000,00 e estimativa 
para perdas com créditos de liquidação duvidosa de R$ 5.000,00. Com 
base nessasinformações, a empresa apurou em 2011 uma receita 
líquida e um lucro bruto, respectivamente, de: 
a) R$ 384.000,00 e R$ 124.000,00. 
b) R$ 461.500,00 e R$ 201.500,00. 
c) R$ 474.000,00 e R$ 214.000,00. 
d) R$ 376.500,00 e R$ 116.500,00. 
e) R$ 371.500,00 e R$ 111.500,00. 
Comentários 
Nesta questão, vamos, pela primeira vez, nesta aula, montar a 
estrutura da nossa DRE, em busca do pedido da questão. 
Para isso, vamos nos basear na estrutura vista na introdução vista 
no começo do capítulo. Ao final desta estrutura, faremos algumas observações 
importantes sobre despesas que não entrarão na resolução da questão. 
 CURSOS EM PDF – CTB GERAL – EXERCÍCIOS ICMS-RJ 2013	
Prof. Cláudio Cardoso www.canaldosconcursos.com.br 
14 
Finalmente, vamos destacar que as demais contas de resultado 
apresentadas (comissões sobre vendas e despesa com devedores duvidosos), 
assim como a conta “Frete sobre Vendas”, são despesas com vendas e não 
deduções da receita bruta. Figuram, pois, na DRE, após o lucro bruto. Esta é 
uma pegadinha muito famosa em prova!! 
O gabarito procurado é a letra a). 
142) (TRE AM 2010 / FCC) A Cia Empreitada LTDA apresentava os 
seguintes saldos contábeis em 31/12/X8: 
Estoque inicial R$ 3.200,00 
Compras de mercadorias R$ 4.800,00 
Devolução de vendas R$ 600,00 
Estoque final R$ 3.100,00 
Vendas R$ 5.900,00 
Despesas administrativas R$ 220,00 
Devolução de compras R$ 730,00 
Despesas financeiras R$ 130,00 
Com base nestas informações, o custo das mercadorias vendidas e o 
lucro bruto foram, respectivamente, em reais, 
a) 4.170,00 e 1.730,00 
b) 4.170,00 e 1.380,00 
c) 4.170,00 e 1.130,00 
d) 4.900,00 e 400,00 
e) 4.900,00 e 1.000,00 
Vendas 500.000 
(-) Abatimento sobre Vendas (16.000) 
(-) Devolução de Vendas (10.000) 
(-) Impostos sobre Vendas (90.000) 
(=) Vendas Líquidas 384.000
(-) CMV (260.000) 
(=) Lucro Bruto 124.000
 CURSOS EM PDF – CTB GERAL – EXERCÍCIOS ICMS-RJ 2013	
Prof. Cláudio Cardoso www.canaldosconcursos.com.br 
15 
Comentários 
Nesta questão, para podermos apurar o lucro operacional bruto, 
precisamos, inicialmente, apurar o CMV, uma vez que este não foi dado na 
questão. Para tal nos valeremos da fórmula do inventário periódico: 
CMV = EI + CLiq - EF 
Para este tipo de tarefa, a maior dificuldade é transformar a 
compra bruta (valor nominal do produto comprado) na compra líquida (valor 
final registrado no estoque, afetado por fatores tributários, deduções de 
compras e gastos com a colocação do produto na empresa) Para tal, observe o 
seguinte esquema: 
Compras Brutas 
Aspectos Tributários 
(+) IPI s/compras 
(+) II s/ compras 
(-) ICMS s/ compras 
(-) PIS s/ compras 
(-) COFINS s/ compras 
Deduções das Compras
(-) Devoluções de compras 
(-) Abatimentos s/ compras 
(-) Descontos Comerciais s/ compras
Gastos com Colocação 
do Produto na Empresa
(+) Fretes 
(+) Seguros 
(+) Armazenagem 
Compras Líquidas 
Na nossa questão temos: 
Agora, estamos prontos para calcular o nosso CMV. 
CMV = 3.200 + 4.070 – 3.100 
CMV = 4.170 
Compras Brutas 4.800
(-) Devolução de Compras (730)
(=) Compras Líquidas 4.070
 CURSOS EM PDF – CTB GERAL – EXERCÍCIOS ICMS-RJ 2013	
Prof. Cláudio Cardoso www.canaldosconcursos.com.br 
16 
Vamos montar a estrutura da nossa DRE: 
 
Finalmente, vamos destacar que despesas administrativas e 
financeiras são despesas operacionais que figuram na DRE após a apuração do 
lucro bruto. O gabarito procurado é a letra c). 
Utilize as informações a seguir para responder às questões de 
números 143 e 144. 
A Cia. Mamoré, que adota o inventário permanente de estoques, 
vendeu 180.000 unidades de um produto de sua fabricação ao preço 
unitário de R$ 10,00. Na operação, houve a incidência dos seguintes 
impostos: 
− ICMS à alíquota de 18%; 
− PIS (incidência cumulativa) à alíquota de 0,65%; e 
− COFINS (incidência cumulativa) à alíquota de 3%. 
O preço de custo das mercadorias vendidas correspondeu a 60% do 
preço unitário de venda. 
143) (Analista TRE/SP 2012) O lucro bruto auferido pela companhia 
nessa operação foi, em reais, de: 
a) 384.300,00. 
b) 396.000,00. 
c) 720.000,00. 
d) 330.300,00. 
e) 108.000,00. 
Vendas 5.900 
(-) Devolução de Vendas (600) 
(=) Vendas Líquidas 5.300 
(-) CMV (4.170)
(=) Lucro Bruto 1.130 
 CURSOS EM PDF – CTB GERAL – EXERCÍCIOS ICMS-RJ 2013	
Prof. Cláudio Cardoso www.canaldosconcursos.com.br 
17 
Comentários 
Nesta questão vamos calcular o lucro operacional bruto da seguinte 
forma: 
Vale destacar que o CMV é 60% do preço de venda (receita bruta 
de venda). 
O gabarito procurado é a letra d). 
144) (Analista TRE/SP 2012) Caso o cliente tivesse devolvido 1.800 
unidades da venda acima por estarem com pequenas avarias, o lucro 
bruto da companhia na operação, em reais, seria reduzido em: 
a) 7.200,00. 
b) 3.303,00. 
c) 3.960,00. 
d) 3.846,00. 
e) 1.080,00. 
Comentários 
Nesta questão, bem mais interessante que a anterior, houve a 
devolução de 1.800 unidades das anteriormente vendidas. Isto representa 1% 
de devolução. Diante de tal fato, devemos reconhecer que a empresa devolveu 
o dinheiro ao cliente, que as mercadorias voltaram a seu estoque e que os 
efeitos tributários devem ser ajustados já que devolução reduz a base de 
cálculo de ICMS, PIS e COFINS. Assim: 
 
Devolução de dinheiro 
 Devolução de Vendas 
 A BCM 18.000 (1.800.000 X 1%) 
Vendas (180.000 X R$ 10,00) 1.800.000 
(-) ICMS s/ Vendas (1.800.000 X 18%) (324.000) 
(-) PIS s/ Faturamento (1.800.000 X 0,65%) (11.700) 
(-) Cofins s/ Faturamento (1.800.000 X 3%) (54.000) 
(=) Vendas Líquidas 1.410.300 
(-) CMV (1.800.000 X 60%) (1.080.000) 
(=) Lucro Bruto 330.300 
 CURSOS EM PDF – CTB GERAL – EXERCÍCIOS ICMS-RJ 2013	
Prof. Cláudio Cardoso www.canaldosconcursos.com.br 
18 
 Retorno da mercadoria ao estoque 
 Estoques 
 A CMV 10.800 (1.080.000 X 1%) 
 Estorno dos tributos 
 ICMS a Recolher 
A ICMS s/ Vendas 3.240 (324.000 X 1%) 
 PIS a Recolher 
A PIS s/ Faturamento 117 (11.700 X 1%) 
 Cofins a Recolher 
A Cofins s/ Faturamento 540 (54.000 X 1%) 
Assim, a DRE após a devolução seria: 
 
Comparando os resultados obtidos, notamos que houve uma 
redução no lucro de R$ 3.303,00 (330.300 – 326.997). Tal fato não é 
estranho. Se houve devolução de 1% das mercadorias, haverá redução 
de 1% no lucro (330.300 X 1% = 3.303). 
O gabarito procurado é a letra b). 
145) (Analista MPE/AP 2012) Os ganhos decorrentes da venda de 
ativos imobilizados devem ser registrados em: 
Vendas (180.000 X R$ 10,00) 1.800.000 
(-) Devolução de Vendas (18.000) 
(-) ICMS s/ Vendas (324.000 – 3.240) (320.760) 
(-) PIS s/ Faturamento (11.700 – 117) (11.583) 
(-) Cofins s/ Faturamento (54.000 – 540) (53.460) 
(=) Vendas Líquidas 1.396.197 
(-) CMV (1.080.000 – 10.800) (1.069.200) 
(=) Lucro Bruto 326.997 
 CURSOS EM PDF – CTB GERAL – EXERCÍCIOS ICMS-RJ 2013	
Prof. Cláudio Cardoso www.canaldosconcursos.com.br 
19 
a) receitas não operacionais. 
b) outras receitas operacionais. 
c) receitas diferidas. 
d) vendas brutas. 
e) receitas imobiliárias. 
Comentários 
Como vimos em nossa introdução, uma importante mudança 
aconteceu na DRE com o processo de convergência: a não segregação dos 
resultados em operacionais e não operacionais. 
Dentre outros, eram classificados como resultado não operacional 
aqueles decorrentes de alienação de bens de uso da empresa como, por 
exemplo, a venda de um imobilizado. 
No entanto, a Lei 11.941/2009 alterou o termo “Resultados Não 
Operacionais”, passando a designá-los como “Outras Receitas e Outras e 
Despesas”. 
 A Orientação Técnica CPC Nº 02, em seus itens 136 e 137, 
prega pela não segregação dos resultados em operacionais e não-operacionais. 
Assim, as entidades devem apresentar as “outras receitas/despesas” no 
grupo operacional e não após a linha do “resultado operacional”. 
É bom saber que a FCC já incorporou esta mudança!! 
O gabarito procuradoé a letra b). 
146) (Analista TRE/SP 2012) A Cia. Fernandópolis paga, em função de 
dispositivo estatutário, 5% do lucro líquido, depois dos tributos sobre 
o lucro, para seus empregados e 2% para seus administradores. A 
companhia não tem prejuízos a compensar de períodos anteriores e 
obteve em 2011 um lucro líquido, depois dos tributos, equivalente a R$ 
960.000,00. Observando-se a fórmula de cálculo extracontábil das 
participações prescrita pela legislação societária, o valor a ser pago 
aos administradores montou, em reais, a: 
a) 18.600,00. 
b) 19.200,00. 
c) 18.240,00. 
d) 18.840,00. 
e) 19.000,00. 
 CURSOS EM PDF – CTB GERAL – EXERCÍCIOS ICMS-RJ 2013	
Prof. Cláudio Cardoso www.canaldosconcursos.com.br 
20 
Comentários 
Como vimos em nossa introdução, segundo o artigo 189 da Lei das 
S.A, a base de cálculo de nossa primeira participação é o lucro após o IR, 
deduzido de eventuais prejuízos acumulados. Veja como a banca foi generosa 
nesta questão: já deu o lucro após o IR e disse que não há prejuízos a 
compensar, ou seja, já deu a base de cálculo pronta, isto é, R$ 960.000,00. 
Sabendo disso, basta apenas lembrar a ordem de cálculo para saber 
que primeiro calculamos a participação dos empregados e depois a dos 
administradores, sempre deduzindo da base de cálculo da participação 
seguinte a anterior. Assim: 
Base de Cálculo dos Empregados 960.000 
(-) Participação de empregados (5%) (48.000) 
(=) Base de Cálculo Administradores 912.000 
(X) % Participação Administradores 2% 
(=) Participação Administradores 18.240 
O gabarito procurado é a letra c). 
147) (ICMS SP/2006 – FCC) O estatuto social da Cia. Amarilis prevê 
direito à participação nos lucros de empregados, administradores e as 
debêntures emitidas, a base de 10% cada uma. Em um determinado 
período, o valor do Lucro após o Imposto de Renda e Contribuições foi 
de R$ 1.500.000,00 e, no mesmo período, a empresa apresenta um 
saldo de prejuízos acumulados no valor de R$ 450.000,00. Com base 
nessas informações e de acordo com o estabelecido no artigo 187 da 
Lei no 6.404/76, é correto afirmar que, nesse período, 
a) o valor a ser transferido para o Patrimônio Líquido é de R$ 984.150,00. 
b) o lucro líquido apurado no exercício é de R$ 900.000,00. 
c) a provisão para participação dos Administradores foi R$ 150.000,00. 
d) a provisão para participações a empregados é de R$ 94.500,00. 
e) a provisão para participação de debêntures é de R$ 76.545,00. 
Comentários 
Na sequencia, esta questão em que temos o cálculo das 
participações e do resultado líquido do exercício. 
Começando pela base de cálculo, a banca já deu o lucro após o IR, 
mas, desta vez, trouxe a existência de um prejuízo acumulado que deve ser 
deduzido antes de calcularmos a primeira participação: 
 CURSOS EM PDF – CTB GERAL – EXERCÍCIOS ICMS-RJ 2013	
Prof. Cláudio Cardoso www.canaldosconcursos.com.br 
21 
Lucro após o IR 1.500.000 
(-) Prejuízos Acumulados (450.000) 
(=) Base de Cálculo 1ª Participação 1.050.000 
 
Agora, podemos calcular as participações, lembrando-nos da ordem 
e metodologia vistos na introdução e na questão anterior. 
Base de Cálculo dos Debenturistas 1.050.000 
(-) Participação de Debenturistas (10%) (105.000) 
(=) Base de Cálculo dos Empregados 945.000 
(-) Participação dos Empregados (10%) (94.500) 
(=) Base de Cálculo Administradores 850.500 
(-) % Participação Administradores (10%) (850.500) 
(=) Valor Remanescente 765.450 
Lembre-se que as participações são as últimas despesas de nossa 
DRE. Assim, calculada e deduzida a última participação, o valor remanescente 
deverá ser o lucro líquido do exercício. No entanto, lembre-se que, caso 
tenhamos abatido prejuízos acumulados na questão, devemos somá-los de 
volta para obter o lucro líquido do exercício. Assim o lucro seria: 
(=) Valor Remanescente 765.450 
(+) Prejuízos Acumulados 450.000 
(=) Lucro Líquido do Exercício 1.215.450 
O gabarito procurado é a letra d). 
As questões de números 148 a 151 referem-se aos livros contábeis da 
Cia. Iracema das quais foram extraídas as contas abaixo. 
Contas Saldos Finais em 31.12.2010 
Custo das Mercadorias Vendidas 6.300,00 
Despesas Administrativas 600,00 
Despesas de Pessoal 1.200,00 
Despesas de Aluguéis 700,00 
Despesas Financeiras 1.200,00 
Despesas de Depreciação 300,00 
 CURSOS EM PDF – CTB GERAL – EXERCÍCIOS ICMS-RJ 2013	
Prof. Cláudio Cardoso www.canaldosconcursos.com.br 
22 
Despesas Tributárias 800,00 
Provisão p/Crédito de Liquidação Duvidosa 200,00 
Receitas Financeiras 2.000,00 
Recuperação de Clientes 1.500,00 
Reversão Provisão p/Crédito Liq. Duvidosa 160,00 
Despesas Serviços de Terceiros 500,00 
Vendas 10.640,00 
Considerando ainda que: 
I. A empresa iniciou suas atividades em janeiro de 2010, com um 
Capital Social totalmente integralizado no valor de R$ 100.000,00. 
II. Sua política contábil estabelece que na existência de saldo positivo 
do exercício a empresa deverá provisionar e distribuir o seu resultado 
utilizando os seguintes percentuais: 
Itens Percentual
Provisão p/IR e Contribuição Social 20% 
Provisão p/Participação dos Empregados nos lucros da Sociedade 20% 
Provisão p/Participação Administradores nos lucros da Sociedade 15% 
Reserva Legal 5% 
Dividendos 30% 
Reserva Estatutárias 10% 
III. Havendo ainda saldo de resultado líquido este deverá ser retido, 
nos termos da proposta de retenção de lucro aprovada pela 
Assembleia Geral e constante no orçamento de capital para os 
próximos quatro anos. 
148) (Analista TRE/CE) O resultado líquido do exercício é: 
a) R$ 2.500,00. 
b) R$ 2.160,00. 
c) R$ 2.000,00. 
d) R$ 1.600,00. 
e) R$ 1.360,00. 
 CURSOS EM PDF – CTB GERAL – EXERCÍCIOS ICMS-RJ 2013	
Prof. Cláudio Cardoso www.canaldosconcursos.com.br 
23 
Comentários 
Para resolver as 2 primeiras questões vamos montar a DRE: 
Vendas 10.640,00 
(-) Custo das Mercadorias Vendidas (6.300,00) 
(=) Lucro Bruto 4.340,00 
(-) Despesas Administrativas (600,00) 
(-) Despesas de Pessoal (1.200,00) 
(-) Despesas de Aluguéis (700,00) 
(-) Despesas Financeiras (1.200,00) 
(+) Receitas Financeiras 2.000,00 
(-) Despesas de Depreciação (300,00) 
(-) Despesas Tributárias (800,00) 
(-) Provisão p/Crédito de Liquidação Duvidosa (200,00) 
(+) Reversão Provisão p/Crédito Liq. Duvidosa 160,00 
(+) Recuperação de Clientes 1.500,00 
(-) Despesas Serviços de Terceiros (500,00) 
(=) Lucro antes da CSLL, IR e Participações 2.500,00 
(-) CSLL e IR (2.500,00 X 20%) (500,00) 
(-) Participações de Empregados (2.000,00 X 20%) (400,00) 
(-) Participações Adm. ((2.000,00 – 400,00) X 15%) (240,00) 
(=) Lucro Líquido do Exercício 1.360,00 
Vale destacar que, no item II do enunciado, o provisionamento da 
CSLL, do IR e das participações representam despesas que devem ser levadas 
em conta na nossa DRE. 
Lembro, também, da metodologia de cálculo das participações, vista 
nas questões anteriores. 
O gabarito procurado é a letra e). 
149) (Analista TRE/CE) O resultado antes dos impostos, contribuições 
e participações é: 
a) R$ 2.500,00. 
b) R$ 2.160,00. 
c) R$ 2.000,00. 
 CURSOS EM PDF – CTB GERAL – EXERCÍCIOS ICMS-RJ 2013	
Prof. Cláudio Cardoso www.canaldosconcursos.com.br 
24 
d) R$ 1.600,00. 
e) R$ 1.360,00. 
Comentários 
Como vimos na estrutura da DRE montada na questão anterior: 
O gabarito procurado é a letra a). 
DLPA / DMPL 
 Aqui optaremos por fazer a revisão dos assuntos dentro da 
resolução das questões para não quebrar a sequencia de raciocínio deste 
enunciado em comum das 4 questões. 
150) (Analista TRE/CE) O valor residual do lucro a ser inscrito como 
Lucros Retidos é: 
a) R$ 136,00. 
b) R$ 168,00. 
c) R$ 408,00. 
d) R$ 612,00. 
e) R$ 748,00. 
Comentários 
Apurado o lucro líquido do exercício, vamos fazer a destinação deste 
lucro, a partir da conta “Lucro ou Prejuízos Acumulados”. 
1) Transferência do Resultado 
Apuração do Resultado L. ou P. Acumulados(1) 1.360 1.360 (S) 1.360 (1) 
2) Constituição da Reserva Legal 
Conforme vimos em nossa aula 5, antes de qualquer destinação, 
devemos aplicar 5% do lucro líquido na constituição da reserva legal. No 
entanto, o saldo da reserva legal não poderá ultrapassar 20% do capital social 
realizado. Como não temos informação sobre o saldo anterior desta conta, não 
podemos pensar no limite de saldo, bastando aplicar 5% ao lucro e destiná-lo 
na conta em estudo: 
R$ 1.360,00 X 5% = R$ 68,00 
 CURSOS EM PDF – CTB GERAL – EXERCÍCIOS ICMS-RJ 2013	
Prof. Cláudio Cardoso www.canaldosconcursos.com.br 
25 
Reserva Legal L. ou P. Acumulados 
 68 (2) (2) 68 1.360 (1) 
 
3) Constituição da Reserva Estatutária 
Para calcular a reserva estatutária basta aplicar o percentual dado 
ao lucro líquido. 
R$ 1.360,00 X 10% = R$ 136,00 
Reserva Estatutária L. ou P. Acumulados 
 136 (3) (2) 68 1.360 (1) 
 (3) 136 
4) Cálculo do Dividendo Mínimo Obrigatório 
Cabe ao estatuto (ou contrato social, no caso das sociedades por 
cotas) a determinação da parcela dos lucros a ser distribuída aos acionistas, 
observadas as restrições estabelecidas, na lei. Todavia, a Lei n° 6.404/76, art. 
202, l, com a redação dada pela Lei n° 10.303, de 31 de outubro de 2001, 
estabelece que, se houver omissão estatutária, os acionistas têm o 
direito de receber como dividendo mínimo obrigatório, em cada 
exercício, metade (50%) do lucro líquido do exercício ajustado da seguinte 
forma: 
Lucro Líquido do Exercício 
(-) Importância destinada à Reserva Legal 
(-) Importância destinada à Reserva de Contingências 
(+) Reversão da Reserva de Contingências 
Ainda de acordo com a Lei n° 6.404/76, art. 202, § 2°, com a 
redação dada pela Lei n° 10.303/2001, quando o estatuto for omisso e a 
assembleia geral deliberar alterá-lo para introduzir a sua forma de cálculo, o 
dividendo não pode ser fixado em percentual inferior a 25% do lucro 
líquido ajustado nos termos do art. 202, l. 
Obs1: as reservas estatutárias e suas reversões e as reservas de 
retenção de lucros (para plano de investimentos) e suas reversões não podem 
afetar o cálculo do dividendo mínimo obrigatório (art. 198). 
 CURSOS EM PDF – CTB GERAL – EXERCÍCIOS ICMS-RJ 2013	
Prof. Cláudio Cardoso www.canaldosconcursos.com.br 
26 
Em questões de prova, é muito comum o uso desta metodologia de 
cálculo de dividendos mesmo quando o estatuto não for omisso. No entanto, 
vale destacar que ela só deve ser aplicada a estatutos omissos!! Não é o 
nosso caso. Assim, o dividendo será 30% do lucro líquido do exercício. 
Veremos, daqui a pouco, mais uma questão onde isto ocorrerá (atenção para 
este detalhe nas provas da FCC!!) 
Lucro Líquido do Exercício 1.360,00
(X) % Estatutário X 30% 
(=) Dividendo 408,00 
Calculado o dividendo, basta destiná-lo, reconhecendo uma 
obrigação no passivo: 
Dividendos a Pagar L. ou P. Acumulados 
 408 (4) (2) 68 1.360 (1) 
 (3) 136 
 (4) 408 
 748 (S) 
 
Neste momento, a conta “Lucros Acumulados” apresenta saldo de 
R$ 748,00. Antes de 2001 este valor permaneceria nesta conta normalmente. 
Ocorre que o art. 202, § 6º, introduzido pela Lei 10.303/2001, 
determina que os lucros sem destinação específica devam ser distribuídos na 
forma de dividendo complementar. Na ocasião, foi uma inovação trazida 
por aquela Lei, uma vez que tal prática já ocorria nas cias. abertas por 
determinação da CVM e, assim, passou a ser obrigatória também para as cias. 
fechadas. Concluímos que após as destinações normais do lucro, o lucro 
remanescente não deve permanecer mais na conta “Lucros ou Prejuízos 
Acumulados”. 
A Lei 11.638/2007, como forma de reforçar o dispositivo já 
constante da Lei 10.303/2001, alterou o artigo 178, parágrafo 2º, item d), não 
mais mencionando a conta “Lucros Acumulados” como integrante do PL 
(menciona apenas a possibilidade de “Prejuízos Acumulados”). 
Na questão, a empresa destinou o lucro remanescente para lucros 
retidos (5) a fim de evitar sua distribuição como dividendo. Esta tem sido 
uma técnica utilizada pela FCC. Veremos outros casos semelhantes mais 
adiante. 
 CURSOS EM PDF – CTB GERAL – EXERCÍCIOS ICMS-RJ 2013	
Prof. Cláudio Cardoso www.canaldosconcursos.com.br 
27 
Lucros Retidos L. ou P. Acumulados 
 748 (5) (2) 68 1.360 (1) 
 (3) 136 
 (4) 408 
 (5) 748 748 (S) 
 
O gabarito procurado é a letra e). 
151) (Analista TRE/CE) O valor destinado a dividendos é: 
a) R$ 136,00. 
b) R$ 168,00. 
c) R$ 408,00. 
d) R$ 612,00. 
e) R$ 748,00. 
Comentários 
Como vimos na questão anterior: 
O gabarito procurado é a letra c). 
152) (Analista TRF 4ª Região – 2010 / FCC) Dados extraídos da 
Demonstração de Lucros Acumulados da Cia. Pouso Alegre, relativos 
ao exercício encerrado em 31/12/2009 (em R$): 
Ajuste credor de períodos anteriores 10.000,00 
Dividendos propostos pela administração 150.000,00 
Constituição da Reserva Legal 20.000,00 
Lucro líquido do Exercício 400.000,00 
Reversão da Reserva de Contingências 70.000,00 
Constituição de outras reservas de lucros 240.000,00 
 Saldo em 31/12/2009 0,00 
O saldo inicial em 31/12/2008 correspondia a um prejuízo acumulado, 
em R$, de: 
Saldo Zero 
 CURSOS EM PDF – CTB GERAL – EXERCÍCIOS ICMS-RJ 2013	
Prof. Cláudio Cardoso www.canaldosconcursos.com.br 
28 
a) 50.000,00. 
b) 30.000,00. 
c) 70.000,00. 
d) 60.000,00. 
e) 80.000,00. 
Comentários 
Antes de resolver esta questão, vale a pena lembrar os ajustes de 
exercícios anteriores. 
O art 186, em seu § 1º determina quais os tipos de ajustes que 
devem ser considerados como de exercícios anteriores: 
§ 1º Como ajustes de exercícios anteriores serão 
considerados apenas os decorrentes de efeitos da mudança de critério 
contábil, ou da retificação de erro imputável a determinado exercício 
anterior, e que não possam ser atribuídos a fatos subseqüentes. 
Desta forma, os ajustes que tenham que ser realizados por força 
de mudança de critério contábil ou por erro imputável a exercício 
anterior e que reflitam mudanças no Patrimônio Líquido, devem ser efetuados 
diretamente na conta “Lucros ou Prejuízos Acumulados”. 
Estes ajustes são sempre efetuados contra a conta “Lucros ou 
Prejuízos Acumulados” e podem assumir natureza credora, aumentando o 
saldo da conta, ou devedora, reduzindo-o. 
Vamos agora resolver a questão utilizando uma notação diferente 
da questão anterior. Se antes usamos o razonete (conta “T”), vamos, agora, 
usar uma resolução mais matemática, onde lançamentos a crédito da conta 
são positivos, pois aumentam seu saldo e aqueles a débito serão negativos por 
reduzirem-na. Assim: 
 CURSOS EM PDF – CTB GERAL – EXERCÍCIOS ICMS-RJ 2013	
Prof. Cláudio Cardoso www.canaldosconcursos.com.br 
29 
SI (?) 
(+) Ajuste credor de exercícios anteriores 10.000 
(-) Dividendos propostos pela administração (150.000) 
(-) Constituição da reserva legal (20.000) 
(+) Lucro líquido do exercício 400.000 
(+) Reversão reserva de contingências 70.000 
(-) Constituição de outras reservas de lucros (240.000) 
(=) Saldo Final 0 
 
O valor que procuramos é o que resolve esta equação, ou seja, R$ 
70.000,00. 
O gabarito procurado é a letra c). 
153) (Analista TRE/SP 2012) Foram extraídas as seguintes 
informações, em reais, da Demonstração de Lucros ou Prejuízos 
Acumulados da Cia. Omega, relativa ao exercício encerrado em 31-12-
2011: 
Ajuste positivo de exercícios anteriores 136.000,00 
Constituição da Reserva Estatutária 117.000,00 
Reversão da Reserva de Lucros a Realizar 38.000,00 
Lucro Líquido do Exercício 380.000,00 
Constituição da Reserva Legal 19.000,00 
Dividendos propostos 156.000,00 
Sabendo-se que o saldo inicial e o saldo final da conta Lucros ou 
Prejuízos Acumulados foram nulos, por conta do disposto no art. 202, 
§ 6o, da Lei no 6.404/1976, a companhia constituiu outras reservas de 
lucros, não mencionadas acima, no valor, em reais, de: 
a) 282.000,00. 
b) 244.000,00. 
c) 262.000,00.d) 264.000,00. 
e) 272.000,00. 
 CURSOS EM PDF – CTB GERAL – EXERCÍCIOS ICMS-RJ 2013	
Prof. Cláudio Cardoso www.canaldosconcursos.com.br 
30 
Comentários 
Nesta questão, bem parecida com a anterior, a banca usou a 
mesma técnica de resolução, optando, desta feita, por fornecer o saldo inicial 
e perguntar o valor destinado a outras reservas de lucros (lucros retidos para 
evitar a distribuição de dividendo complementar). Assim: 
Saldo Inicial 0,00 
(+) Ajuste positivo de exercícios anteriores 136.000,00 
(-) Constituição da Reserva Estatutária (117.000,00) 
(+) Reversão da Reserva de Lucros a Realizar 38.000,00 
(+) Lucro Líquido do Exercício 380.000,00 
(-) Constituição da Reserva Legal (19.000,00) 
(-) Dividendos propostos (156.000,00) 
(-) Outras Reservas (?) 
Saldo Final 0,00 
O valor buscado é o que resolve a equação: R$ 262.000,00. 
O gabarito procurado é a letra c). 
154) (Analista TST 2012) A Cia. Hacer possuía, em 31/12/2010, o 
patrimônio líquido composto pelas seguintes contas: Capital Social R$ 
500.000,00 e Reserva Legal R$ 96.000,00. Durante 2011, a Cia. obteve 
um lucro de R$ 100.000,00. Sabendo-se que a Cia. Hacer constitui 
Reserva Legal de acordo com a legislação societária, que os dividendos 
mínimos obrigatórios estabelecidos em seu estatuto é de 30% do lucro 
líquido e que os lucros retidos para expansão são de até 70% do lucro 
líquido, o valor retido para expansão, em 31/12/2011, foi, em reais, 
a) 70.000. 
b) 67.200. 
c) 66.500. 
d) 66.000. 
e) 65.000. 
Comentários 
Em mais uma questão de destinação do lucro, precisaremos, aqui, 
calcular a reserva legal observando seu limite de saldo e, logo em seguida, 
calcular o dividendo mínimo obrigatório observando que o estatuto, mais uma 
 CURSOS EM PDF – CTB GERAL – EXERCÍCIOS ICMS-RJ 2013	
Prof. Cláudio Cardoso www.canaldosconcursos.com.br 
31 
vez, não será omisso, mas determinará especificamente como aquele deverá 
ser calculado. 
1) Constituição da Reserva Legal 
Conforme vimos em nossa aula de hoje, antes de qualquer 
destinação, devemos aplicar 5% do lucro líquido na constituição da reserva 
legal. No entanto, o saldo da reserva legal não poderá ultrapassar 20% do 
capital social realizado. 
Observe que se constituíssemos para a reserva legal o valor de R$ 
5.000,00 (máximo permitido pela Lei), seu saldo chegaria a R$ 101.000,00, 
ultrapassando o limite de saldo da capital social (R$ 500.000,00 X 20% = 
100.000,00). Assim, somente poderemos constituir o valor que falta para 
atingir o limite de saldo. 
1. Limite de constituição: R$ 100.000,00 X 5% = R$ 5.000,00 
2. Limite de saldo: 100.000,00 – R$ 96.000,00 = R$ 4.000,00 
Reserva Legal L. ou P. Acumulados 
 4.000 (1) (1) 4.000 100.000 (LLE) 
 
2) Cálculo do Dividendo Mínimo Obrigatório 
Como vimos, em questões de prova, é muito comum o uso da 
metodologia de cálculo de dividendos aplicável a estatutos omissos. No 
entanto, como já vimos, ela só deve ser aplicada a estatutos omissos!! 
Não é o nosso caso. Assim, o dividendo será 30% do lucro líquido do exercício. 
Lucro Líquido do Exercício 100.000,00
(X) % Estatutário X 30% 
(=) Dividendo 30.000,00
Calculado o dividendo, basta destiná-lo, reconhecendo uma 
obrigação no passivo: 
Dividendos a Pagar L. ou P. Acumulados 
 30.000 (2) (1) 4.000 100.000 (LLE) 
 (2) 30.000 
 66.000 (S) 
 
 CURSOS EM PDF – CTB GERAL – EXERCÍCIOS ICMS-RJ 2013	
Prof. Cláudio Cardoso www.canaldosconcursos.com.br 
32 
Neste momento, a conta apresentaria saldo de R$ 66.000,00 que, 
conforme vimos em questão anterior, não pode mais permanecer nesta conta 
sem possuir destinação específica, mas devem ser distribuídos na forma de 
dividendo complementar. 
Na questão, a empresa destinou o lucro remanescente para lucros 
retidos (3) a fim de evitar sua distribuição como dividendo. Vemos, mais uma 
vez esta técnica utilizada pela FCC. 
Lucros Retidos L. ou P. Acumulados 
 66.000 (2) (1) 4.000 100.000 (LLE) 
 (2) 30.000 
 (3) 66.000 66.000 (S) 
 
O gabarito procurado é a letra d). 
155) (TCM PA – 2010 / FCC) A Cia. Segura apresentava, em 31/12/X7, 
um Patrimônio Líquido composto por: Capital Social: 100.000,00; 
Reserva Legal: 18.000,00; Reserva para Contingência: 20.000,00 e 
Reserva de Incentivos Fiscais: 10.000,00. Sabendo que, em X8, a Cia. 
Segura apurou um lucro de 50.000,00, que a Reserva Legal é 
constituída nos termos da Lei, que as razões que justificavam a 
constituição da Reserva de Contingência já não existem mais e que o 
Estatuto da Cia. Segura é omisso em relação ao pagamento de 
dividendos, a quantia que a Cia. Segura reteve na forma de Reserva 
Legal e que teria que distribuir como dividendos mínimos obrigatórios, 
de acordo com a regulamentação vigente, foram, respectivamente, em 
reais, de: 
a) 2.000,00 e 34.000,00 
b) 2.000,00 e 24.000,00 
c) 2.500,00 e 33.750,00 
d) 2.500,00 e 23.750,00 
e) 2.500,00 e 11.750,00 
Comentários 
Nesta questão, primeiro, vamos calcular a reserva legal: 
Se o lucro líquido foi de R$ 50.000,00, o máximo que poderíamos 
pensar em constituir de reserva legal é R$ 2.500,00 (R$ 50.000,00 X 5%). 
Saldo Zero 
 CURSOS EM PDF – CTB GERAL – EXERCÍCIOS ICMS-RJ 2013	
Prof. Cláudio Cardoso www.canaldosconcursos.com.br 
33 
No entanto, se constituirmos este valor, o saldo da reserva legal 
ultrapassará o limite do saldo de 20% do capital social (R$ 100.000,00 X 20% 
= R$ 20.000,00), já que chegaria a R$ 20.500,00 (R$ 18.000,00 + R$ 
2.500,00). Assim, o máximo que podemos constituir é o que falta para atingir 
o limite de saldo, ou seja, R$ 2.000,00 (R$ 20.000,00 – R$ 18.000,00). 
Quanto ao dividendo, nesta questão, agora sim, temos um estatuto 
omisso. Assim, ele será calculado levando em conta o artigo 202, ou seja, 
metade do lucro ajustado, no presente caso, pela constituição da reserva legal 
e a reversão da reserva de contingências. 
Lucro Líquido do Exercício 50.000,00 
(-) Reserva Legal (2.000,00) 
(+) Reversão Contingências 20.000,00 
(=) Base de Cálculo 68.000,00 
(X) % Estatuto Omisso X 50% 
(=) Dividendo 34.000 
O gabarito procurado é a letra a). 
156) (ICMS RO / 2010 – FCC) NÃO se evidencia na Demonstração de 
Lucros ou Prejuízos Acumulados: 
a) o lucro líquido do exercício. 
b) a reversão da reserva para contingências. 
c) a distribuição de dividendos. 
d) a constituição da reserva legal. 
e) o aumento do capital social. 
Comentários 
De acordo com o que vimos em diversas questões resolvidas na 
aula de hoje, a apuração do lucro líquido, a constituição ou reversão de 
reservas de lucros (como as de contingências ou a legal) e a distribuição de 
dividendos afetam diretamente a conta “Lucros Acumulados”. 
Já o aumento de capital social, regra geral efetuado em espécie ou 
outros tipos de ativo, não afeta a conta em discussão, pois provocará débito no 
ativo e crédito no capital social. 
Note que, mediante deliberação da assembleia geral de acionistas, 
parte do lucro líquido do exercício pode ser destinada a aumento de capital. 
O gabarito procurado é a letra e). 
 CURSOS EM PDF – CTB GERAL – EXERCÍCIOS ICMS-RJ 2013	
Prof. Cláudio Cardoso www.canaldosconcursos.com.br 
34 
157) (Analista TST 2012) Considere os seguintes eventos: 
I. Ágio na emissão de ações. 
II. Variação cambial de investimentos no exterior. 
III. Aquisição de ações de emissão da própria empresa. 
IV. Doações recebidas, mas com restrições a serem cumpridas. 
V. Pagamento de dividendos já propostos e aprovados pela empresa. 
Os eventos que NÃO alteram o Patrimônio Líquido são: 
a) I e II. 
b) III e IV. 
c) IV e V. 
d) I, IV e V. 
e) II, III e V. 
Comentários 
Vamos analisar as nossas possibilidades: 
I. Ágio na emissão de ações. Como já vimos em nossa aula 5, o ágio na 
emissão de ações é um caso de reserva de capital e, portanto, 
altera o patrimônio líquido. 
II. Variação cambial de investimentos no exterior. Uma investidora que 
possui investimentos no exterior, segundo oPronunciamento 
Técnico CPC 02 (R2) – Conversão de demonstrações contábeis no 
exterior, aprovado pela Deliberação CVM 640/2010, ao efetuar a 
conversão das demonstrações, da moeda em que estão as 
demonstrações da investida para sua moeda funcional, deverá 
utilizar como contrapartida ao ajuste no valor do investimento a 
conta “Ajustes Acumulados de Conversão” em seu patrimônio 
líquido. Portanto, altera o patrimônio líquido. 
III. Aquisição de ações de emissão da própria empresa. Trata-se do caso, já 
visto em nossa aula 5, das ações em tesouraria que, como sabemos, 
alteram o patrimônio líquido. 
IV. Doações recebidas, mas com restrições a serem cumpridas. Também já 
comentado quando falamos em incentivos fiscais (em nossa aula de 
patrimônio líquido) as doações recebidas condicionalmente devem 
ser tratadas como contas de receitas diferidas no passivo exigível e 
não mais como reservas de capital. Assim, não alteram o PL. 
 CURSOS EM PDF – CTB GERAL – EXERCÍCIOS ICMS-RJ 2013	
Prof. Cláudio Cardoso www.canaldosconcursos.com.br 
35 
V. Pagamento de dividendos já propostos e aprovados pela empresa. O 
pagamento de dividendos já propostos provoca débito em 
dividendos a pagar, no passivo exigível, e crédito em Caixa ou 
Bancos no ativo. Assim, não alteram o PL. 
O gabarito procurado é a letra c). 
158) (Analista Contador / TRT 20ª Região / 2011) Com relação à 
Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido (DMPL) pode-se 
afirmar que: 
a) esta demonstração é de apresentação obrigatória de acordo com as 
normas emanadas pela Lei das Sociedades por Ações. 
b) nela são evidenciadas todas as alterações ocorridas no Patrimônio Líquido 
da entidade e o Resultado Abrangente total do período, segregando-se o 
montante total atribuível aos controladores e o montante correspondente 
à participação de não controladores. 
c) a DMPL deve evidenciar somente as alterações ocorridas no Patrimônio 
Líquido relativas à parte do acionista controlador. 
d) as empresas de capital aberto estão desobrigadas de apresentar a DMPL 
se divulgarem em notas explicativas a apuração do Resultado Abrangente. 
e) as pequenas e médias empresas estão totalmente desobrigadas da 
apresentação desta demonstração, sendo a mesma, substituída 
integralmente pela Demonstração de Lucros/Prejuízos Acumulados. 
Comentários 
Vamos analisar as nossas alternativas: 
a) esta demonstração é de apresentação obrigatória de acordo com as 
normas emanadas pela Lei das Sociedades por Ações. Segundo a Lei das 
S.A a demonstração obrigatória é a DLPA de não a DMPL. Esta 
última era obrigatória apenas para as cias. abertas por forçada 
Instrução CVM 59/86. Vale frisar que o CPC 26 torna a DMPL 
obrigatória para todas as sociedades. Alternativa Falsa. 
b) nela são evidenciadas todas as alterações ocorridas no Patrimônio Líquido 
da entidade e o Resultado Abrangente total do período, segregando-se o 
montante total atribuível aos controladores e o montante correspondente 
à participação de não controladores. De fato, a DMPL evidencia todas 
as alterações ocorridas no PL, incluindo aquelas que não decorrem 
de transações com os acionistas na qualidade de proprietários 
(resultado abrangente total). Segundo o item 106 do CPC 26, deve 
separar o montante que cabe aos controladores daquele 
pertencente aos não controladores. Vale destacar que o resultado 
 CURSOS EM PDF – CTB GERAL – EXERCÍCIOS ICMS-RJ 2013	
Prof. Cláudio Cardoso www.canaldosconcursos.com.br 
36 
abrangente total é, também, objeto de uma demonstração 
obrigatória segundo o CPC 26, a demonstração do resultado 
abrangente. Alternativa Correta. 
c) a DMPL deve evidenciar somente as alterações ocorridas no Patrimônio 
Líquido relativas à parte do acionista controlador. Conforme alternativa 
anterior: Alternativa Falsa. 
d) as empresas de capital aberto estão desobrigadas de apresentar a DMPL 
se divulgarem em notas explicativas a apuração do Resultado Abrangente. 
Invenção da banca. Alternativa Falsa. 
e) as pequenas e médias empresas estão totalmente desobrigadas da 
apresentação desta demonstração, sendo a mesma, substituída 
integralmente pela Demonstração de Lucros/Prejuízos Acumulados. 
Invenção da banca. Alternativa Falsa. 
O gabarito procurado é a letra b). 
159) (ICMS RO / 2010 – FCC) Considere os dados extraídos da 
Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido da empresa A 
referentes ao exercício financeiro de X1: 
Descrição R$ (mil) 
AUMENTO DE CAPITAL SOCIAL 
Com Lucros e Reservas 13.000,00 
Por subscrição realizada 17.000,00 
REVERSÃO DE RESERVAS 
De Contingências 3.000,00 
De Lucros a Realizar 1.080,00 
AQUISIÇÃO DE AÇÕES 280,00 
LUCRO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO 14.000,00 
PROPOSTA DA ADMINISTRAÇÃO DE DESTINAÇÃO DO LUCRO: 
Transferências para reservas 
Reserva Legal 700,00 
Reserva Estatutária 5.150,00 
Reserva de Lucros a Realizar 150,00 
Distribuição de Dividendos 12.080,00 
A variação no total do Patrimônio Líquido foi, em milhares de reais, 
 CURSOS EM PDF – CTB GERAL – EXERCÍCIOS ICMS-RJ 2013	
Prof. Cláudio Cardoso www.canaldosconcursos.com.br 
37 
a) 18.640,00 
b) 18.920,00 
c) 30.720,00 
d) 32.640,00 
e) 66.440,00 
Comentários 
Vamos analisar os fatos contábeis envolvidos: 
AUMENTO DE CAPITAL SOCIAL 
Com Lucros e Reservas 13.000,00 
Por subscrição realizada 17.000,00 
Somente o aumento de capital por nova subscrição (e 
integralização, embora não claro no enunciado) é capaz de aumentar o PL, pois 
debitaremos “Caixa” ou “BCM” (supondo aumento em dinheiro) e creditaremos 
o PL. O aumento de capital com lucros e reservas provocaria débito nestas 
contas e crédito no “Capital Social”. Assim, não haveria variação no valor do 
PL. Aqui, portanto, temos um aumento de R$ 17.000,00. 
REVERSÃO DE RESERVAS 
De Contingências 3.000,00 
De Lucros a Realizar 1.080,00 
As reversões de reservas de lucros provocam débito nas reservas e 
crédito na conta “Lucros Acumulados”. Como ambas estão dentro do PL, seu 
valor não será alterado. 
AQUISIÇÃO DE AÇÕES 280,00 
A aquisição de ações para manutenção em tesouraria provoca 
débito na conta “Ações em Tesouraria”, reduzindo o PL e crédito em “Caixa” ou 
“BCM” pela saída dos recursos para a compra. Portanto, o PL será reduzido 
em R$ 280,00. 
LUCRO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO 14.000,00 
O lucro líquido do exercício entra no PL pelo crédito na conta 
“Lucros Acumulados”, aumentando o PL, com débito em conta transitória 
chamada “Apuração do Resultado do Exercício. Portanto, o PL será 
aumentado em R$ 14.000,00. 
 CURSOS EM PDF – CTB GERAL – EXERCÍCIOS ICMS-RJ 2013	
Prof. Cláudio Cardoso www.canaldosconcursos.com.br 
38 
PROPOSTA DA ADMINISTRAÇÃO DE DESTINAÇÃO DO LUCRO: 
Transferências para reservas 
Reserva Legal 700,00 
Reserva Estatutária 5.150,00 
Reserva de Lucros a Realizar 150,00 
Distribuição de Dividendos 12.080,00 
As transferências de lucros para a constituição de reservas de 
lucros (como legal, estatutária e lucros a realizar) provoca débito em “Lucros 
Acumulados e crédito na reserva correspondente. Como ambos estão dentro 
do PL, o valor deste grupo não varia. No entanto, a proposta de dividendos 
provoca débito em “Lucros Acumulados” e crédito em “Dividendos a Pagar” no 
passivo exigível. O débito no PL reduzirá seu valor em R$ 12.080,00. 
Assim, a variação do PL será: 
(+) Aumento de Capital em $ 17.000,00 
(-) Ações em Tesouraria (280,00) 
(+) Lucro Líquido do Exercício 14.000,00 
(-) Dividendos (12.080,00) 
(=) Dividendo 18.640,00 
O gabarito procurado é a letra a). 
160) (Analista TRE/CE 2012) O lucro obtido no exercício de 2010, por 
sociedade por ações e de capital aberto, NÃO pode ser destinado para: 
a) dividendos obrigatórios. 
b) lucros acumulados. 
c) capitalização. 
d) reserva de lucros. 
e) juros sobre o capital próprio. 
Comentários 
Como vimos em questões anteriores, o art. 202, § 6º, introduzido 
pela Lei10.303/2001, determina que os lucros sem destinação específica 
devem ser distribuídos na forma de dividendo complementar. Concluímos 
que após as destinações normais do lucro, o lucro remanescente não deve 
permanecer mais na conta “Lucros ou Prejuízos Acumulados”. 
 CURSOS EM PDF – CTB GERAL – EXERCÍCIOS ICMS-RJ 2013	
Prof. Cláudio Cardoso www.canaldosconcursos.com.br 
39 
A Lei 11.638/2007, como forma de reforçar o dispositivo já 
constante da Lei 10.303/2001, alterou o artigo 178, parágrafo 2º, item d), não 
mais mencionando a conta “Lucros Acumulados” como integrante do PL 
(menciona apenas a possibilidade de “Prejuízos Acumulados”). 
Vale destacar que juros sobre o capital próprio são, de maneira 
semelhante aos dividendos, forma de remunerar os acionistas da sociedade. 
Foram instituídos pela Lei 9.249/95 e pela Deliberação CVM 207/96. Sua 
principal diferença para os dividendos diz respeito à tributação. Os JSCP são 
dedutíveis para quem paga e tributáveis para quem recebe, ao contrário dos 
dividendos. No entanto, seu tratamento contábil é idêntico ao do dividendo, 
sendo, assim, destinações possíveis para o lucro. 
O gabarito procurado é a letra b). 
Demonstração dos Fluxos de caixa 
Vamos, nesta aula, iniciar a uma pequena revisão desta 
demonstração tão importante. Na próxima encerraremos a revisão e 
resolveremos as questões propostas. 
1.1 Conceito 
 Evidencia a variação ocorrida no saldo das disponibilidades (Caixa, 
BCM e Equivalentes-Caixa) da companhia, em um determinado exercício ou 
período, por meio da exposição dos fluxos de recebimentos e pagamentos. 
1.2 Aspectos Legais 
Trata-se de demonstração que, com o advento da Lei 11.638/2007, 
alterando a Lei das S.A. em seu artigo 176, inciso IV, ganhou o status de 
demonstração contábil obrigatória. 
Foi editada a Deliberação CVM 641/2010 que aprova o 
Pronunciamento CPC 03 a respeito de tema. 
 CURSOS EM PDF – CTB GERAL – EXERCÍCIOS ICMS-RJ 2013	
Prof. Cláudio Cardoso www.canaldosconcursos.com.br 
40 
1.3 Equivalentes-Caixa 
Equivalentes de caixa são aplicações financeiras de curto prazo, de 
alta liquidez, que são prontamente conversíveis em montante conhecido de 
caixa e que estão sujeitas a um insignificante risco de mudança de valor. 
Vale notar que os investimentos em equivalentes-caixa não 
são parte da política de investimentos da sociedade, ou seja, não são 
efetuados com caráter especulativo, buscando obter lucros anormais, mas, tão 
somente, obter a remuneração do capital ao longo do tempo, evitando sua 
desvalorização. 
1.4 Classificação dos Fluxos de Caixa 
De acordo com a nova redação do artigo 188, inciso I da Lei das 
S.A (c/ redação dada pela Lei 11.638/2007), as alterações de saldo de caixa e 
equivalentes-caixa deverão ser evidenciadas em, no mínimo, três fluxos: 
1.4.1 Fluxo das Atividades Operacionais 
São basicamente derivados das principais atividades geradoras de 
receita da entidade. Portanto, geralmente, resultam de transações e outros 
eventos que figuram na demonstração do resultado do exercício. 
Também outras atividades não enquadráveis como investimento ou 
financiamento devem ser enquadradas neste tipo de fluxo. 
Fluxos Positivos Fluxos Negativos 
Recebimento de Vendas à Vista Pagamento de Compras a Vista 
Recebimento de Clientes Pagamento de Fornecedores 
Recebimentos de Indenizações por 
Sinistros 
Pagamento de Despesas Operacionais 
(salários, impostos, etc.) 
Recebimentos Oriundos de Ações 
Judiciais 
Pagamentos Oriundos de Ações 
Judiciais 
 CURSOS EM PDF – CTB GERAL – EXERCÍCIOS ICMS-RJ 2013	
Prof. Cláudio Cardoso www.canaldosconcursos.com.br 
41 
1.4.2 Fluxo das Atividades de Investimento 
Em regra, os fluxos das atividades de investimento estão 
relacionados à aquisição e venda dos ativos de longo prazo (não 
circulantes), utilizados na produção de bens e serviços, assim como de 
investimentos não incluídos como equivalentes caixa. 
Esse grupo apresenta, também, os desembolsos decorrentes de 
empréstimos e financiamentos concedidos e os recebimentos correspondentes 
a esses empréstimos e financiamentos concedidos. Também fazem parte das 
atividades de investimento os desembolsos na aquisição de títulos e valores de 
outras sociedades, classificados no circulante ou no não circulante, além dos 
valores pagos na aquisição à vista de bens do imobilizado e intangível. 
Fluxos Positivos Fluxos Negativos 
Venda de Imobilizado à vista Compra de Imobilizado à vista 
Venda de Investimentos à vista Compra de Investimentos à vista 
Venda de Intangíveis à vista Compra de Intangíveis à vista 
Recebimento do principal dos 
empréstimos concedidos pela Cia. 
Pagamento por empréstimos 
concedidos pela Cia. 
Venda de títulos de outras 
sociedades 
Compra de Títulos de outras 
sociedades 
Resgate principal dos investimentos 
(≠ equivalentes- caixa) 
Aplicações em Investimentos (≠
equivalentes- caixa) 
1.4.3 Fluxo das Atividades de Financiamento 
Decorrem de atividades que resultam em mudanças no tamanho 
e na composição do capital próprio e no endividamento da entidade 
que não se classifiquem no fluxo operacional. 
Fluxos Positivos Fluxos Negativos 
Recebimentos na alienação de ações 
emitidas (realização de capital em 
moeda) 
Dividendos pagos pela entidade 
Recebimentos de empréstimos e 
financiamentos obtidos, de curto e 
de longo prazo 
Pagamento do principal dos 
empréstimos obtidos 
Recebimento por emissão de 
debêntures e outros títulos e valores 
pela entidade 
Resgate de títulos emitidos pela 
sociedade 
 CURSOS EM PDF – CTB GERAL – EXERCÍCIOS ICMS-RJ 2013	
Prof. Cláudio Cardoso www.canaldosconcursos.com.br 
42 
1.4.4 Problemas de Classificação 
Na classificação descrita nos 3 itens anteriores pudemos notar que 
as atividades são enquadradas de maneira quase intuitiva. Porém, em prova, 
devemos tomar cuidado como nossas “intuições” quando falarmos a respeito 
dos seguintes itens: 
 Os juros pagos, apesar de poderem acompanhar o principal de 
um empréstimo ou financiamento obtido (admite-se tratar como fluxo de 
financiamento), são despesas e devem ser considerados operacionais. 
 Os juros recebidos, apesar de poderem acompanhar o principal 
de um empréstimo ou financiamento concedido ou resgate da aplicação 
efetuada (admite-se tratar como fluxo de investimento), são receitas e devem 
ser considerados operacionais. 
 Os dividendos recebidos, apesar de serem o contra-fluxo 
correspondente ao investimento efetuado em outra sociedade (admite-se 
tratar como fluxo de investimento), segundo entendimento do CPC, são 
receitas e devem ser considerados operacionais. 
 As duplicatas descontadas, apesar de terem caráter de 
financiamento, (admite-se tratar como fluxo de financiamento), decorrem de 
operações que geram resultados (venda de mercadorias) e devem ser 
considerados operacionais. 
1.5 Métodos de Elaboração da DFC 
Existem 2 métodos de elaboração da DFC: 
 CURSOS EM PDF – CTB GERAL – EXERCÍCIOS ICMS-RJ 2013	
Prof. Cláudio Cardoso www.canaldosconcursos.com.br 
43 
A única diferença entre os dois métodos diz respeito ao 
fluxo das atividades operacionais, sendo os dois demais fluxos obtidos de 
maneira idêntica em ambos os métodos. 
O Pronunciamento CPC 03 admite os dois métodos, porém, 
exige da empresa que opte pelo método direto que divulgue a conciliação do 
lucro líquido com o fluxo operacional em notas explicativas. 
1.5.1 Método Direto 
No método direto, a DFC é elaborada a partir da movimentação 
encontrada para as principais classes de recebimentos e pagamentos brutos 
diretamente no razão das contas que envolvem as disponibilidades. 
A soma algébrica dos valores de cada grupamento (operacional, 
investimento e financiamento) totaliza a variação de caixa no período, que 
deve ser conciliada com os saldos respectivos de disponibilidades, constantes 
do balanço patrimonial, entre o início e o fim do período considerado. 
Observe as contas já alocadas aos seus respectivos fluxos:Fluxos das Atividades Operacionais 
Recebimentos de clientes 1200 
Dividendos recebidos 150 
Vendas a vista 130 
Pagamentos a fornecedores (360) 
Pagamentos de compras a vista (210) 
Pagamentos de salários (60) 
Pagamentos de impostos (220) 
Pagamentos de indenizações judiciais (40) 
Total do Fluxo das Atividades Operacionais 590 
 CURSOS EM PDF – CTB GERAL – EXERCÍCIOS ICMS-RJ 2013	
Prof. Cláudio Cardoso www.canaldosconcursos.com.br 
44 
Fluxos das Atividades de Investimento 
Recebimento do principal de empréstimos concedidos 260 
Recebimentos por resgate de aplicações 120 
Recebimento por venda de bens do imobilizado 80 
Recebimentos por venda de propriedades para 
investimentos 
110 
Pagamento por aquisição de títulos de outras sociedades (190) 
Pagamentos por compra de participações em outras 
sociedades 
(90) 
Pagamentos na compra à vista de bens do imobilizado (50) 
Desembolsos de financiamentos concedidos (160) 
Total do Fluxo das Atividades de Investimento 80 
Fluxos das Atividades de Financiamento 
Recebimentos de empréstimos obtidos 130 
Recebimentos por integralização de capital em dinheiro 100 
Recebimento por venda de debêntures emitidas pela 
sociedade. 
70 
Pagamento do principal de financiamentos obtidos (160) 
Pagamento de dividendos e juros sobre o capital próprio (30) 
Total do Fluxo das Atividades de Financiamento 110 
 
Encontrando o mesmo valor (R$ 780,00) a DFC estaria conciliada. 
 CURSOS EM PDF – CTB GERAL – EXERCÍCIOS ICMS-RJ 2013	
Prof. Cláudio Cardoso www.canaldosconcursos.com.br 
45 
Questões para sua Resolução 
DRE 
138) (Analista TRE/CE 2012) Na apuração do Lucro Líquido do 
Exercício devem ser computadas: 
a) as despesas e receitas do período, as obrigações contraídas no exercício, 
os dividendos a distribuir e o imposto e contribuição incidente sobre o 
resultado. 
b) todas as despesas e receitas do exercício, os ajustes de exercícios 
anteriores, o imposto de renda sobre o lucro, os dividendos e o resultado 
abrangente. 
c) as reservas de lucros, as contribuições, as despesas e receitas do 
período, os impostos e contribuições. 
d) as despesas incorridas, as receitas efetivamente ganhas no período, o 
imposto de renda, a contribuição e participações nos lucros. 
e) as receitas e despesas do período, as participações no lucro, a reserva 
legal, o imposto de renda e o resultado abrangente. 
139) (Analista Contador – TRE/PR 2012) Um item que afeta a 
apuração do resultado do exercício é: 
a) a distribuição de dividendos por controladas. 
b) a compra financiada de um terreno em 36 meses. 
c) o prêmio na emissão de debêntures. 
d) os custos de transação na emissão de ações subscritas e integralizadas. 
e) a reversão de perda por impairment. 
140) (Fiscal ISS-SP 2012) Na Demonstração de Resultados do 
Exercício, 
a) o custo dos produtos vendidos contém o valor da depreciação de 
máquinas da fábrica alocado à produção vendida no período. 
b) o Imposto Predial e Territorial Urbano é classificado como Despesas 
Financeiras. 
c) os custos de transação da emissão de ações subscritas e integralizadas 
reduzem o resultado do exercício. 
d) o Imposto sobre Produtos Industrializados é classificado como Despesas 
com Vendas. 
e) o valor da receita bruta corresponde à entrada de caixa referente às 
vendas da empresa no período. 
 CURSOS EM PDF – CTB GERAL – EXERCÍCIOS ICMS-RJ 2013	
Prof. Cláudio Cardoso www.canaldosconcursos.com.br 
46 
141) (Analista TST 2012) Determinada empresa reconheceu, durante o 
ano de 2011, R$ 500.000,00 em vendas realizadas. Durante este ano, 
reconheceu, adicionalmente, os seguintes itens: abatimento sobre 
vendas de R$ 16.000,00; devoluções de vendas de R$ 10.000,00; custo 
das mercadorias vendidas de R$ 260.000,00; comissões sobre vendas 
de R$ 7.500,00; impostos sobre vendas de R$ 90.000,00 e estimativa 
para perdas com créditos de liquidação duvidosa de R$ 5.000,00. Com 
base nessas informações, a empresa apurou em 2011 uma receita 
líquida e um lucro bruto, respectivamente, de: 
a) R$ 384.000,00 e R$ 124.000,00. 
b) R$ 461.500,00 e R$ 201.500,00. 
c) R$ 474.000,00 e R$ 214.000,00. 
d) R$ 376.500,00 e R$ 116.500,00. 
e) R$ 371.500,00 e R$ 111.500,00. 
142) (TRE AM 2010 / FCC) A Cia Empreitada LTDA apresentava os 
seguintes saldos contábeis em 31/12/X8: 
Estoque inicial R$ 3.200,00 
Compras de mercadorias R$ 4.800,00 
Devolução de vendas R$ 600,00 
Estoque final R$ 3.100,00 
Vendas R$ 5.900,00 
Despesas administrativas R$ 220,00 
Devolução de compras R$ 730,00 
Despesas financeiras R$ 130,00 
Com base nestas informações, o custo das mercadorias vendidas e o 
lucro bruto foram, respectivamente, em reais, 
a) 4.170,00 e 1.730,00 
b) 4.170,00 e 1.380,00 
c) 4.170,00 e 1.130,00 
d) 4.900,00 e 400,00 
e) 4.900,00 e 1.000,00 
Utilize as informações a seguir para responder às questões de 
números 143 e 144. 
 CURSOS EM PDF – CTB GERAL – EXERCÍCIOS ICMS-RJ 2013	
Prof. Cláudio Cardoso www.canaldosconcursos.com.br 
47 
A Cia. Mamoré, que adota o inventário permanente de estoques, 
vendeu 180.000 unidades de um produto de sua fabricação ao preço 
unitário de R$ 10,00. Na operação, houve a incidência dos seguintes 
impostos: 
− ICMS à alíquota de 18%; 
− PIS (incidência cumulativa) à alíquota de 0,65%; e 
− COFINS (incidência cumulativa) à alíquota de 3%. 
O preço de custo das mercadorias vendidas correspondeu a 60% do 
preço unitário de venda. 
143) (Analista TRE/SP 2012) O lucro bruto auferido pela companhia 
nessa operação foi, em reais, de: 
a) 384.300,00. 
b) 396.000,00. 
c) 720.000,00. 
d) 330.300,00. 
e) 108.000,00. 
144) (Analista TRE/SP 2012) Caso o cliente tivesse devolvido 1.800 
unidades da venda acima por estarem com pequenas avarias, o lucro 
bruto da companhia na operação, em reais, seria reduzido em: 
a) 7.200,00. 
b) 3.303,00. 
c) 3.960,00. 
d) 3.846,00. 
e) 1.080,00. 
145) (Analista MPE/AP 2012) Os ganhos decorrentes da venda de 
ativos imobilizados devem ser registrados em: 
a) receitas não operacionais. 
b) outras receitas operacionais. 
c) receitas diferidas. 
d) vendas brutas. 
e) receitas imobiliárias. 
 CURSOS EM PDF – CTB GERAL – EXERCÍCIOS ICMS-RJ 2013	
Prof. Cláudio Cardoso www.canaldosconcursos.com.br 
48 
146) (Analista TRE/SP 2012) A Cia. Fernandópolis paga, em função de 
dispositivo estatutário, 5% do lucro líquido, depois dos tributos sobre 
o lucro, para seus empregados e 2% para seus administradores. A 
companhia não tem prejuízos a compensar de períodos anteriores e 
obteve em 2011 um lucro líquido, depois dos tributos, equivalente a R$ 
960.000,00. Observando-se a fórmula de cálculo extracontábil das 
participações prescrita pela legislação societária, o valor a ser pago 
aos administradores montou, em reais, a: 
a) 18.600,00. 
b) 19.200,00. 
c) 18.240,00. 
d) 18.840,00. 
e) 19.000,00. 
147) (ICMS SP/2006 – FCC) O estatuto social da Cia. Amarilis prevê 
direito à participação nos lucros de empregados, administradores e as 
debêntures emitidas, a base de 10% cada uma. Em um determinado 
período, o valor do Lucro após o Imposto de Renda e Contribuições foi 
de R$ 1.500.000,00 e, no mesmo período, a empresa apresenta um 
saldo de prejuízos acumulados no valor de R$ 450.000,00. Com base 
nessas informações e de acordo com o estabelecido no artigo 187 da 
Lei no 6.404/76, é correto afirmar que, nesse período, 
a) o valor a ser transferido para o Patrimônio Líquido é de R$ 984.150,00. 
b) o lucro líquido apurado no exercício é de R$ 900.000,00. 
c) a provisão para participação dos Administradores foi R$ 150.000,00. 
d) a provisão para participações a empregados é de R$ 94.500,00. 
e) a provisão para participação de debêntures é de R$ 76.545,00. 
As questões de números 148 a 151 referem-se aos livros contábeis da 
Cia. Iracema das quais foram extraídas as contas abaixo. 
Contas Saldos Finais em 31.12.2010 
Custo das Mercadorias Vendidas 6.300,00 
Despesas

Continue navegando