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anatomia, fisiologia e embriologia O trato digestório e os órgãos anexos constituem o sistema digestório. O trato digestório é um tubo oco que se estende da cavidade bucal ao ânus, sendo também chamado de canal alimentar ou trato gastrintestinal. As estruturas do trato digestório incluem: Boca, Faringe, Esôfago, Estômago, Intestino Delgado, Intestino Grosso, Reto e Ânus. Os órgãos digestório acessórios são os Dentes, a Língua, as Glândulas Salivares, o Fígado, Vesícula Biliar e o Pâncreas. • Destina-se ao aproveitamento pelo organismo, de substâncias estranhas ditas alimentares, que asseguram a ma- nutenção de seus processos vitais. • Transformação mecânica e química das macromoléculas alimentares ingeridas (proteínas, carboidratos, etc.) em moléculas de tamanhos e formas adequadas para serem absorvidas pelo intestino. • Transporte de alimentos digeridos, água e sais minerais da luz intestinal para os capilares sanguíneos da mucosa do intestino. • Eliminação de resíduos alimentares não digeridos e não absorvidos juntamente com restos de células descamadas da parte do trato gastrointestinal e subs- tâncias secretadas na luz do intestino. • Mastigação: Desintegração parcial dos alimentos, processo mecânico e químico. • Deglutição: Condução dos alimentos através da faringe para o esôfago. • Ingestão: Introdução do alimento no estômago. • Digestão: Desdobramento do alimento em moléculas mais simples. • Absorção: Processo realizado pelos intestinos. • Defecação: Eliminação de substâncias não digeridas do trato gastrointestinal. O alimento segue da boca e faringe, pelo esôfago, até o estômago, onde se mistura com as secreções gástricas. A digestão ocorre principalmente no estômago e no duodeno. A peristalse, uma série de ondas de contração anulares, começa aproximadamente no meio do estômago e se desloca devagar em direção ao piloro. É responsável pela mistura do alimento mastigado com o suco gástrico e pelo esvaziamento do conteúdo gástrico no duodeno. A absorção de substâncias químicas ocorre principalmente no intestino delgado, um tubo espiralado, com 5 a 6 m de comprimento (mais curto em vida, quando existe tônus, do que no cadáver) formado pelo duodeno, jejuno e íleo. A peristalse também ocorre no jejuno e no íleo; entretanto, não é forte, exceto se houver obstrução. O estômago é contínuo com o duodeno, que recebe as aberturas dos ductos do pâncreas e fígado, as principais glândulas do sistema digestório. O alimento deglutido passa através do esôfago até o estomago por meio de contrac ̧ões onduliformes conhecidas como peristaltismo. A mucosa gástrica secreta ácido clorídrico e pepsinogênio. Ao entrar no lúmen do estômago, o pepsinoge ̂nio é convertido na enzima ativa digestória de pro- teínas conhecida como pepsina. O estômago digere as proteínas parcialmente e atua armazenando o seu conteúdo, denominado quimo, para o seu processamento posterior pelo in- testino delgado. A mucosa do intestino delgado é pregueada, com vilosidades que se projetam em direção ao lúmen. Além disso, as células que revestem essas vi- losidades apresentam pregas de sua membrana plasmática denominadas mi- crovilosidades. Esse arranjo aumenta acentuadamente a área superficial para a reabsorc ̧ão. Ele tambe ́m melhora a digestão, uma vez que as enzi- mas digestivas do intestino delgado estão localizadas na membrana celular das microvilosidades. O intestino grosso absorve água, eletrólitos e certas vitaminas do quimo que ele recebe do intestino delgado. Num processo regulado pela ação de músculos esfincterianos, o intestino grosso então elimina produtos da decomposic ̧ão metabólica do corpo atrave ́s do reto e do canal anal. As proteínas são apenas parcialmente digeridas no estômago pela ac ̧ão da pepsina, enquanto os carboidratos e as gorduras não são digeridos pela pepsina. (A digestão do amido começa na boca com a ac ̧ão da amilase salivar e continua por um tempo quando o alimento entra no estômago, mas a amilase é logo desativada pela forte acidez do suco gástrico.) A digestão completa das moléculas alimentares ocorre pos- teriormente, quando o quimo entra no intestino delgado. Os produtos da digestão são absorvidos através do revestimento epi- telial da mucosa intestinal. A absorc ̧ão de carboidratos, lipídios, aminoácidos, cálcio e ferro ocorre principalmente no duodeno e no jejuno. Os sais bilia- res, a vitamina B12, a água e os eletrólitos são absorvidos principalmente no íleo. A maior parte do líquido e dos eletrólitos do lúmen do trato GI é ab- sorvida pelo intestino delgado. Embora uma pessoa possa ingerir apenas 1,5 L de água por dia, o intestino delgado recebe 7 a 9 L por dia como consequência do líquido secretado para o in- terior do trato GI pelas glândulas salivares, pelo estômago, pelo pâncreas, pelo fígado e pela vesícula biliar. O intestino delgado absorve a maior parte desse líquido e passa 1,5 a 2,0 L de líquido por dia para o intestino grosso. O intestino grosso absorve água, eletrólitos e certas vitaminas do quimo que ele recebe do intestino delgado. Possui pouca ou nenhuma func ̧ão digestiva, mas ele absorve água e eletrólitos do quimo remanescente, assim como várias vitaminas do com- plexo B e a vitamina K. Bactérias residentes no intestino, principalmente no colo (coletiva- mente denominadas microflora ou microbiota intestinal), produzem quanti- dades significativas de vitamina K e ácido fólico, que são absorvidas no intestino grosso. Além da produção de vitaminas do complexo B e de vitamina K, as bactérias do colo fermentam (através da respi- ração anaeróbia) algumas moléculas que não são digeríveis no quimo e no muco secretado. Elas produzem ácidos gra- xos de cadeia curta (com menos de cinco carbonos), os quais são utilizados para a produc ̧ão de energia pelas células epiteliais do colo, e auxiliam na absorc ̧ão de sódio, bicarbonato, cálcio, magnésio e ferro no intestino grosso. O controle do transporte de sal e água no intestino grosso é mais complexo pelo fato do intestino grosso poder secretar e também absorver água. A secreção de água pela mucosa do intestino grosso ocorre por osmose em conse- quência do transporte ativo de Na+ ou Cl– para fora das células epiteliais e para o interior da luz intestinal. Dessa maneira, a secrec ̧ão é normalmente menor em comparac ̧ão com a absorc ̧ão bem maior de sal e água, mas esse equilíbrio pode ser alterado em algumas doenças. A maioria dos carboidratos é ingerida sob a forma de amido, o qual é um polissacarídeo longo de glicose sob a forma de cadeias retas com ramificac ̧ões ocasionais. Os ac ̧úcares mais comumente ingeridos são a sacarose (ac ̧úcar de cozinha, um dissacarídeo constituído por glicose e frutose) e a lactose (ac ̧úcar do leite, um dissacarídeo constituído por glicose e galactose). A digestão do amido comec ̧a na boca com a ac ̧ão da amilase salivar (ou ptialina). Essa enzima cliva algumas das ligações entre moléculas de glicose adjacentes, mas a maioria das pessoas não mastiga o alimento o bastante para que a digestão seja suficiente na boca. A ac ̧ão digestiva da amilase salivar cessa algum tempo após o bolo deglutido entrar no estômago porque essa enzima é inativada no pH baixo do suco gástrico. A digestão do amido ocorre principalmente no duodeno em consequência da ação da amilase pancreática. Essa enzima cliva as cadeias retas do amido para produzir o dissacarídeo maltose e o trissacarídeo maltriose. No entanto, a amilase pancreática não consegue hidrolisar a ligac ̧ão entre moléculas de glicose nos pontos de ramificac ̧ão do amido. Como consequência, cadeias ramifica- das curtas de moléculas de glicose, denominadas oligossacarídeos, são liberadas juntamente com a maltose e a maltriose pela atividade dessaenzima. A maltose, a maltriose e os oligossacarídeos são hidrolisados em seus monossacarídeos por enzimas da borda em escova localiza- das nas microvilosidades das células epiteliais do intestino delgado. As enzimas da borda em escova também hidrolisam os dissacarídeos sacarose e lactose em seus monossacarídeos componentes. A seguir, esses monos- sacarídeos são movidos através da membrana celular epitelial pelo transporte ativo secundário, no qual a glicose com- partilha um carreador de membrana comum com o Na+ A boca é onde se inicia o processo de di- gestão dos alimentos, principalmente a digestão química dos carboidratos. Nela há dentes que tri- turam o alimento e juntamente com a língua, en- volvem os pedaços dos alimentos com a saliva, que são produzidas e secretadas pelas glândulas salivares que ficam em anexo à boca, parótidas, submaxilares e sublinguais. A saliva possui a enzima amilase, também denominada ptialina, que digere o amido e outros polissacarídeos, como no caso do glicogênio, re- duzindo-os em moléculas menores como a mal- tose. Essa enzima perde sua ação em pH ácido, logo sua ação é inibida ao chegar no estômago. Após a trituração, mastigação e salivação forma-se o bolo alimentar, que é deglutido e direcionado para a faringe, na qual se contrai, levando o bolo alimentar para o esôfago. Os movimentos peristálticos levam o bolo alimentar do esô- fago para o estômago. A faringe é um tubo que se estende da boca até o esôfago. A faringe apresenta suas paredes muito espessas devido ao volume dos músculos que a revestem externamente, por dentro, o órgão é forrado pela mucosa faríngea, um epitélio liso, que facilita a rápida passagem do alimento. O movimento do alimento, da boca para o estômago, é realizado pelo ato da deglutição. A deglutição é facilitada pela saliva e muco e envolve a boca, a faringe e o esôfago. A faringe comunica-se com as vias nasal, respiratória e digestória. O ato da deglutição nor- malmente direciona o alimento da garganta para o esôfago, um longo tubo que se esvazia no estômago. Durante a deglutição, o alimento normalmente não pode entrar nas vias nasal e respiratória em razão do fechamento temporário das aberturas dessas vias. O esôfago é um tubo fibro-músculo-mucoso que se estende entre a faringe e o estômago. Se localiza posteriormente à traqueia começando na altura da 7ª vértebra cervical. Perfura o diafragma pela abertura chamada hiato esofágico e termina na parte superior do estômago. Mede cerca de 25 centímetros de comprimento. A presença de alimento no interior do esôfago estimula a atividade peristáltica, e faz com que o alimento mova-se para o estômago. As contrações são repetidas em ondas que empurram o alimento em direção ao estômago. A passagem do alimento sólido, ou semissólido, da boca para o estômago leva 4 – 8 segundos ; alimentos muito moles e líquidos passam cerca de 1 segundo. No estômago, o bolo alimentar é armazenado e misturado com o suco gástrico que é constituído, principalmente, pelo ácido clorídrico, que mantém o pH ácido estomacal. A liberação do suco gástrico é controlada pelo hormônio gas- trina. A acidez favorece a ação da principal enzima, a pepsina, uma protease cuja forma inativa é o pepsinogênio, mas que em ambiente ácido transforma-se em pepsina que quebra as ligações químicas entre os aminoácidos de uma pro- teína. Como resultado da digestão química do bolo alimentar, forma-se o suco alimentar, chamado quimo. Uma parte do quimo é assimilado no estômago, mas a maior parte ocorre no intestino delgado. • O início da digestão dos carboidratos acontece na boca. A enzima ptialina, também chamada de amilase salivar, é se- cretada pelas glândulas salivares. Esta enzima quebra as ligações alfa-1→4 entre as moléculas de glicose do amido e as hidrolisa até maltose e oligossacarídeos. Como o alimento passa pouco tempo na boca, este processo é incompleto, pois a amilase não consegue quebrar as ligações alfa 1→6 que existem entre as moléculas de glicose. • A amilase salivar continua atuando até chegar no estômago, onde sua ação é inibida pelo pH ácido. • Já no intestino delgado, a enzima amilase pancreática forma principalmente maltose, oligossacarídeos (dextrinas) e de- terminada quantidade de isomaltose. • A maior parte da digestão de carboidratos acontece no intestino delgado (duodeno) e esta digestão ocorre não só no lúmen, mas também na borda em escova do enterócito, onde a enzima maltase transforma a maltose em duas glicoses. Nessa superfície epitelial há as enzimas sacarase (quebra as ligações alfa e beta 1→2), lactase (fornece glicose) e isomaltase (quebra as ligações alfa 1→6 da isomaltose), que atuam na quebra até chegar aos monossacarídeos dos seguintes substratos: sacarose, lactose e isomaltose. Após todas as etapas da digestão, encontramos os seguintes mo- nossacarídeos: glicose, frutose e galactose, que podem ser absorvidos pelo enterócito. • A absorção é o transporte de moléculas do trato gastrointestinal para a corrente sanguínea. Após a absorção, o fí- gado libera uma parte da glicose para a corrente sanguínea e o restante é armazenado na forma de glicogênio. A mucosa oral pode ser classificada em 3 regiões, conforme sua estrutura histológica, a qual é muito associada às fun- ções particulares que cada uma dessa regiões exerce. Regiões da mucosa oral que serão analisadas em seguida: • Mucosa de revestimento – p. ex. mucosa jugal, labial e gengival Esta última será estudada no capítulo de Perio- donto. • Mucosa mastigatória – p. ex. palato • Mucosa sensorial – p. ex. superfície dorsal da língua • Na superfície externa do lábio (pele fina) desembocam por meio de dutos os produtos de secreção das glândulas se- báceas (amarelo) e sudoríparas. Próximo a essas glândulas há folículos pilosos (azul). Todas essas estruturas estão lo- calizadas no tecido conjuntivo ou derme. • A superfície externa do lábio é formada por tecido epitelial estratificado pavimentoso queratinizado. Abaixo do epitélio há as papilas dérmicas (laranja), região onde ocorre a interdigitação entre a epiderme e a derme. • O vermelhão do lábio é uma região de transição entre a pele e a mucosa de revestimento do lábio. Ela é revestida por tecido epitelial estratificado pavimentoso paraqueratini- zado (verde). O tecido conjuntivo subjacente é do tipo pro- priamente dito denso não modelado. • A mucosa que reveste a superfície interna do lábio é formada por tecido epitelial estratificado pavimentoso não queratinizado (azul) e tecido conjuntivo propriamente dito denso não modelado. Nas mucosas o tecido conjuntivo subjacente ao epitélio é também denominado lâmina própria (rosa). Nas interdigitações entre a lâmina própria e o tecido epitelial se observam as papilas conjuntivas (laranja). O esôfago, em um corte transversal apresenta as seguintes camadas: mucosa, submucosa, muscular e adventícia. A mucosa é a camada mais interna do órgão, revestindo a sua luz, composta por um epitélio pavimentoso estratificado não queratinizado sobre a lâmina própria, que é formada por tecido conjuntivo rico em vasos sanguíneos e é separada da submucosa pela camada muscular da mucosa, composta por camadas de células musculares lisas. A submucosa é constituída por tecido conjuntivo que contém glândulas esofágicas com ácinos mucosos, porém esse corte não contem- plou essas glândulas. Após a submucosa vem a camada muscular, constituída nesse corte por músculo estriado esquelé- tico. A medida em que o órgão se alonga, essa camada de músculo estriado esquelético é substituída por uma camada circular interna e por outra longitudinal externa de células musculares lisas. Apenas a parte do esôfago que está na cavidade peritoneal é recoberta por uma membrana serosa. O restante é envolvido por uma camada de tecido conjun- tivo, a adventícia, que se mistura, com o tecido conjuntivocircundante. Corte de esôfago em aumento de 4x, corado por Azul de Toluidina. Em 1, observa-se o epitélio pavimentoso estratificado não querati- nizado; em 2, a lâmina própria, constituída de tecido conjuntivo; em 3, a camada submucosa; em 4, a camada muscular, formada por músculo estriado esquelético; e em 5, a camada adventícia. A seta aponta a camada muscular da mucosa, que separa a mucosa da submucosa Por causa do atrito do alimento, a cavidade oral é revestida por epitélio estratificado pavimentoso. A gengiva, as regi- ões das bochechas mordidas devido à dentição mal-ajustada e o palato duro, submetido ao atrito da língua na degluti- ção, são queratinizados. No tecido conjuntivo subjacente ao epitélio, há glândulas salivares que secretam um fluido se- roso e mucoso. O palato duro possui uma placa óssea e é, portanto, uma estrutura rígida capaz de suportar a pressão da língua. A modificação do tamanho e da forma da cavidade oral e a movimentação do alimento ocorrem graças ao músculo estriado esquelético. Há pequenas glândulas salivares espalhadas no tecido conjuntivo da cavidade oral, inclusive na língua, mas elas secretam somente 5% da produção diária. A maior parte da saliva é gerada por três grandes pares de glândulas salivares: as parótidas, as submandibulares e as sublinguais. • As glândulas parótidas possuem uma forma achatada e estão situadas abaixo e na frente da orelha, e o ducto de cada glândula desemboca em frente ao segundo molar superior. Elas são responsáveis por 30% da saliva. • As glândulas submandibulares são ovoides e estão sob o assoalho da boca, com os ductos abrindo-se ao lado do frênulo da língua. Produzem 60% da saliva. • As glândulas sublinguais possuem forma de amêndoa e estão sob o assoalho da boca, anteriormente às subman- dibulares, e seus ductos abrem-se nos ductos destas glândulas ou junto a eles. Secretam cerca de 5% da saliva. As células serosas possuem uma forma piramidal, com citoplasma basófilo, por causa da abundância de retículo endo- plasmático rugoso para a síntese proteica. O núcleo é esférico e basal. Os grânulos de secreção podem ser visualizados no citoplasma. Essas células produzem uma solução aquosa com enzimas (amilase, lipase e lisozima), lactoferrina e IgA secretora (IgAS). As células mucosas têm uma forma cúbica ou piramidal, citoplasma palidamente corado, devido às vesículas de glicopro- teínas, e núcleo achatado, comprimido contra a periferia pelas vesículas. As glicoproteínas constituem o muco que lubri- fica o bolo alimentar. Os ductos intercalares são de epitélio simples pavimentoso ou cúbico. As células do ducto possuem atividade de anidrase carbônica, e elas adicionam íons HCO3 - ao fluido seroso. Por outro lado, há a absorção de íons Cl- . Ao redor desses ductos, há células mioepiteliais. É comum ao sistema digestório e ao sistema respiratório e é revestida por epitélio estratificado pavimentoso na porção oral e epitélio pseudoestratificados colunar ciliado com células caliciformes na porção nasal. O epitélio estratificado pavi- mentoso protege a faringe do atrito sofrido com a passagem do bolo alimentar. No tecido conjuntivo denso subjacente, há glândulas salivares, que produzem muco lubrificante. Os músculos longitudinais e constritores da faringe, de músculo estriado esquelético, promovem a deglutição. A presença de tecido linfoide subjacente ao epitélio em determinadas regi- ões da faringe forma as tonsilas. O tubo digestório tem quatro túnicas (camadas): mucosa, submucosa, muscular e serosa ou adventícia. Conforme a re- gião do tubo digestório, o epitélio pode ser estratificado pavimentoso, com função protetora, ou simples colunar, com diferentes tipos celulares para a absorção ou a secreção de substâncias. A muscular da mucosa geralmente consiste em uma subcamada interna circular e uma subcamada externa longitudinal de músculo liso. Ela promove o movimento da mucosa, aumentando o contato com o alimento. A submucosa é de tecido conjuntivo denso não modelado. Pode ter glândulas e tecido linfoide. Contém o plexo nervoso submucoso (ou de Meissner), com gânglios do sistema nervoso autônomo, cujos neurônios são multipolares e motores. Eles controlam o movimento da muscular da mucosa, a secreção das glândulas e o fluxo sanguíneo. A camada muscular pode ser de músculo estriado esquelético ou de músculo liso, dependendo do órgão. Devido à orga- nização das células musculares lisas são observadas geralmente duas subcamadas: a circular (interna) e a longitudinal (externa). Entre as duas subcamadas, há um pouco de tecido conjuntivo com o plexo nervoso mioentérico (ou de Auer- bach). Esse plexo nervoso coordena o peristaltismo, uma onda de contração que se move distalmente e consiste em constrição e encurtamento. A contração da camada circular diminui a luz, comprimindo e misturando o conteúdo, e a contração da camada longitudinal encurta o tubo, propelindo o material que está na luz. • É um tubo com cerca de 25cm de comprimento, que transporta o bolo alimentar da faringe para o estômago. Como há atrito do bolo alimentar na sua superfície, ele é revestido por epitélio estratificado pavimentoso. Para diminuir esse atrito, o epitélio é lubrificado por um muco produzido pelas glândulas esofágicas da submucosa. Essas glândulas são tubuloacinosas compostas seromucosas. A porção serosa é pequena e produz lisozima e pepsinogênio. Essas glândulas abrem-se na superfície epitelial através de um ducto de epitélio estratificado cúbico ou pavimentoso. Na mucosa da região inferior do esôfago, há ainda as glândulas cárdicas esofágicas, assim denominadas por serem semelhantes às da região cárdica do estômago. São glândulas tubulares ramificadas mucosas, cuja secreção protege a parede do esôfago de um refluxo de suco gástrico. O peristaltismo da camada muscular é responsável pelo movimento do bolo alimentar para o estômago. Entre o esôfago e o estômago, há o esfíncter gastroesofágico que impede o refluxo do conteúdo gástrico para o esô- fago • É uma porção dilatada do tubo digestório, onde o bolo alimentar é macerado e parcialmente digerido em uma pasta, o quimo. Anatomicamente, é dividido em: cárdia, fundo, corpo e piloro. O fundo é uma região em cúpula, por cima de um plano horizontal no cárdia, geralmente preenchida com gases. O corpo situa-se abaixo dessa linha, ocupa a maior parte do estômago e é onde se forma o quimo. O piloro é uma região afunilada, corresponde ao terço inferior e controla a liberação do quimo para o duodeno. A mucosa e a submucosa formam pregas longitudinais, denominadas rugas. Elas se distendem quando o estômago está cheio. O epitélio é simples colunar, constituído pelas células mucosas superficiais. O muco liberado é viscoso, semelhante a um gel e fica aderido ao epitélio; é rico em bicarbonato, contribuindo para a sua alcalinização. Ele protege o epitélio dos efeitos corrosivos do suco gástrico. A muscular da mucosa comprime as glândulas do estômago, auxiliando na liberação da secreção. A camada muscular promove a agitação necessária para a mistura do alimento com as secreções da mucosa gástrica. Entre o estômago e o intestino delgado, a subcamada circular espessa-se no esfíncter pilórico, que impede a passagem do alimento até que ele seja convertido em quimo e força este para o intestino delgado. É um tubo bastante longo, com cerca de 6m e é dividido em três regiões: duodeno, jejuno e íleo. Nele a digestão é finalizada, e ocorre a absorção de nutrientes eletrólitos e água. O epitélio do intestino é simples colunar com microvilos e células caliciformes. As células epiteliais com microvilos são chamadas enterócitos. São células colunares. O núcleo é ovoide e basal. O glicocálix contém várias enzimas, como peptidases, dissacaridases (lactase, sacarase e maltase), lipases e fosfatase alcalina. Essas células finalizam a digestão e realizam a absorção dos nutrientes. As células enteroendócrinassão morfologicamente semelhantes àquelas do estômago. Secretam vários hormônios pep- tídicos, como enteroglucagon, somastostatina, colecistoquinina, serotonina, secretina, gastrina, motilina e VIP. A camada muscular é constituída por duas subcamadas de músculo liso: a circular (interna) e a longitudinal (externa). Entre essas duas subcamadas, há o plexo nervoso mioentérico (ou de Auerbach), que controla o peristaltismo. Entre o intestino delgado e o intestino grosso, há a valva ileocecal, um esfíncter que retarda a passagem do quimo do íleo para o ceco e impede o refluxo do conteúdo do intestino grosso para o intestino delgado. É subdividido em: ceco, apêndice (divertículo vermiforme do ceco), colo (ou cólon) ascendente, transverso, descen- dente e sigmoide e reto. No intestino grosso, não há vilosidades, mas o epitélio invagina-se nas glândulas intestinais (ou de Lieberkühn), que são glândulas exócrinas tubulares simples retas. O epitélio é simples colunar com microvilos e células caliciformes. No intestino grosso, ocorre a absorção de água e de sais inorgânicos, levando à formação do bolo fecal. Para isso, as células colunares apresentam microvilos na superfície apical e Na+ -K + ATPases nas membranas laterais. As células caliciformes estão em grande número, e o muco contribui para a compactação do bolo fecal e facilita o deslizamento deste, lubrificando a superfície epitelial. É um tubo de 3 a 4cm de comprimento, que transporta do reto para o exterior os resíduos do alimento ingerido, ou seja, as fezes. Na porção superior, o canal anal tem uma mucosa semelhante à do reto, com epitélio simples colunar com microvilos e células caliciformes e glândulas de Lieberkühn. O epitélio passa a ser estratificado colunar ou cúbico e depois pavimentoso. As glândulas anais (glândulas tubulares ramificadas mucosas) abrem-se na junção reto anal. A pele perianal apresenta epitélio estratificado pavimentoso queratinizado, folículos pilosos, glândulas sebáceas e glândulas su- doríparas apócrinas. Estas últimas são as glândulas circum-anais. O desenvolvimento do sistema digestório começa no início da quarta semana com a formação do intestino primitivo, a partir da incorporação do endoderma e de parte da vesícula umbilical (saco vitelino) pelas pregas cefálica, laterais e caudal durante o dobramento do embrião. O endoderma do intestino primitivo origina a maior parte do epitélio e das glândulas do trato digestivo, enquanto que o epitélio da extremidade cefálica (cranial) é derivado do ectoderma do estomodeu (futura cavidade bucal) e o epitélio da extremidade caudal deriva do ectoderma do proctodeu (futuro canal anal). O intestino primitivo é limitado na sua extre- midade cefálica (cranial) pela membrana bucofaríngea e na sua extremidade caudal pela membrana cloacal. Os tecidos muscular, conjuntivo e as outras camadas da parede do trato digestivo são derivados do mesênquima esplâncnico que circunda o intestino primitivo. O esôfago começa a se desenvolver a partir do intestino anterior imediatamente caudal à faringe. A separação da traqueia do esôfago se dá pelo septo traqueoesofágico. Inicialmente, o esôfago é curto, porém ele irá se alongar rapi- damente, graças, principalmente, ao crescimento e à descida do coração e dos pulmões. O esôfago alcança o seu com- primento final relativo durante a sétima semana. Seu epitélio e suas glândulas são derivados do endoderma. Em torno da metade da quarta semana, uma ligeira dilatação no intestino anterior, até o momento tubular, indica o local do primórdio do estômago. No início, ele aparece como um alargamento fusiforme da porção caudal do intestino anterior e está orientado no plano mediano. Esse primórdio logo se expande e se amplia dorsoventralmente. Durante as próximas duas semanas, a face dorsal do estômago cresce mais rapidamente do que a sua face ventral; isso demarca a curvatura maior e a curvatura menor do estômago. O estômago gira 90° no sentido horário ao redor de seu eixo longitudinal, fazendo com que o lado esquerdo original se torna a superfície ventral (para frente), e o lado direito se torna a superfície dorsal (para trás). Essa rotação e o cres- cimento do órgão explicam porque o nervo vago esquerdo supre a sua parede anterior e o nervo vago direito inerva a sua parede posterior. Após essas mudanças de posição, o estômago assume a sua posição final, com o seu eixo indo da porção esquerda superior para a direita inferior. Durante a gestação, o corpo feminino adapta-se fisiologicamente, através de alterações nutricionais e metabólicas para proporcionar condições adequadas ao crescimento e desenvolvimento do feto, preparando-se para o parto, o pós- parto e a lactação. Durante o primeiro trimestre gestacional, a saúde do embrião depende da condição nutricional, mas também das reser- vas energéticas e vitamínicas maternas. A partir do segundo trimestre, os fatores externos maternos vão passar a ter contribuição direta sob a condição nutricional do feto. O ganho de peso adequado, a ingestão suficiente de energia e nutrientes, o fator emocional e o estilo de vida serão determinantes para o crescimento e desenvolvimento fetal ade- quado. O aumento das necessidades nutricionais nesse período visa garantir o crescimento e o desenvolvimento fetal adequa- dos; o desenvolvimento da placenta e dos tecidos maternos; o suprimento das maiores demandas metabólicas e a ma- nutenção do peso materno, da sua composição corporal e da atividade física. • A placenta tem a função de alimentar o feto e garantir as trocas metabólicas entre este e a mãe durante a gravidez: representa o fígado, os intestinos e os rins do bebé até ao momento do nascimento. • Os nutrientes, anticorpos e oxigénio passam da corrente sanguínea da mãe para a do bebé e fluem para dentro do corpo dele através da veia umbilical. • Os produtos de eliminação e o sangue sem oxigénio são removidos através das artérias umbilicais. Estes produtos de eliminação passam para a corrente sanguínea da mãe e são eliminados através dos rins. • A placenta produz uma certa quantidade de hormonas que impedem a formação de novos óvulos nos ovários, estimulam o crescimento do útero e, numa fase mais avançada da gestação, estimulam a produção de leite nas glândulas mamárias. É formada pelas bochechas (formam as paredes laterais da face e são constituídas externamente por pele e interna- mente por mucosa), pelos palatos duro (parede superior) e mole (parede posterior) e pela língua (importante para o transporte de alimentos, sentido do gosto e fala). O palato mole se estende posteriormente na cavidade bucal como a úvula, que é uma estrutura com forma de letra V e que está suspensa na região superior e posterior da cavidade bucal. A cavidade da boca consiste em duas partes: o vestíbulo da boca e a cavidade própria da boca. O vestíbulo da boca é o espaço semelhante a uma fenda entre os dentes e a gengiva e os lábios e as bochechas. A cavidade própria da boca é o espaço entre os arcos dentais superior e inferior. É limitada la- teral e anteriormente pelos arcos alveolares maxilares e mandibulares que alojam os dentes. O teto da cavidade da boca é formado pelo pa- lato. Posteriormente, a cavidade da boca se comunica com a parte oral da faringe. Quando a boca está fechada e em repouso, a cavidade da boca é completamente ocupada pela língua. Paredes da boca: • Parede anterior: Os lábios, superior e inferior, recobrem a porção anterior das arcadas dentárias. Se se afastam um pouco, abrem a fenda bucal porta de comunicação do canal digestivo e de parte das vias respiratórias com o meio ex- terior. • Paredes laterais: As bochechas são as paredes que delimitam a boca lateralmente. Nelas encontram-se os másculos bucinadores. Por baixo deles, um pequeno acúmulo de tecido adiposo a chamada bola de Bicl- zat contribui para dar forma arredondada à bochecha. • Céu da boca: O palato, ou abóbada palatina,recobre a boca e a se- para da cavidade nasal. Esse teto é limitado, lateral e anteriormente, pela arcada dentária superior. E toda essa área é dura: a mucosa que a reveste e adere quase diretamente aos ossos. Nesse palato duro, a mucosa apresenta várias saliências transversais, que variam em nú- mero e disposição: são as cristas palatinas transversas. Já o fundo da abóbada o chamado véu palatino ou palato mole não recobre nenhum osso e, por essa razão, é móvel e flexível. • Parede posterior: Na parede posterior abre-se a passagem para a faringe. Não é uma simples abertura, mas uma ligação com os canais internos. Um istmo liga os dois lados da passagem: é o istmo da garganta, formado pela raiz da língua. O contorno dessa abertura é estabelecido pelo véu palatino, que se inclina para trás e para baixo. O contorno inferior do véu palatino apresenta, no centro, uma saliência cônica a úvula (conhecida como campainha) -, que dispõe de um músculo especial para movimentar-se: o músculo da úvula. De cada lado da úvula erguem-se duas arcadas curvas, que formam os pilares anterior e posterior. Entre eles há um pequeno canal, onde se salientam duas glândulas linfáticas: as amígdalas ou tonsilaspalatinas. • Assoalho da boca: A maior parte do limite inferior da boca é recoberta pela língua, cuja base se apoia numa camada de feixes musculares tensos, situada entre os dois lados da mandíbula. Sob a língua há uma prega mucosa que se es- tende até a gengiva, na base da boca: é ofrénulo lingual freio que prende a língua ao assoalho da boca. Os dentes são estruturas cônicas, duras, fixadas nos alvéolos da mandíbula e maxila que são usados na mastigação e na assistência à fala. Crianças têm 20 dentes decíduos (primários ou de leite). Adultos normalmente possuem 32 den- tes secundários. Na época em que a criança está com 2 anos de idade, provavelmente já estará com um conjunto completo de 20 dentes de leite. Quando um adulto jovem já está com algo entre 17 e 24 anos de idade, geralmente está presente em sua boca um conjunto completo de 32 dentes permanentes. A saliva é uma solução aquosa, com enzimas, glicoproteínas, eletrólitos e imu- noglobulinas. • As glândulas parótidas possuem uma forma achatada e estão situadas abaixo e na frente da orelha, e o ducto de cada glândula desemboca em frente ao segundo molar superior. Elas são responsáveis por 30% da saliva. • As glândulas submandibulares são ovoides e estão sob o assoalho da boca, com os ductos abrindo-se ao lado do frênulo da língua. Produzem 60% da saliva. • As glândulas sublinguais possuem forma de amêndoa e estão sob o assoalho da boca, anteriormente às submandibula- res, e seus ductos abrem-se nos ductos destas glândulas ou junto a eles. Secretam cerca de 5% da saliva. A língua é o principal órgão do sentido do gosto e um importante órgão da fala, além de auxiliar na mastigação e de- glutição dos alimentos. Localiza-se no soalho da boca, dentro da curva do corpo da mandíbula. A raiz é a parte posterior, por onde se liga ao osso hioide pelos músculos hioglosso e genioglosso e pela membrana glossioidea; à epiglote, por três pregas da mucosa; ao palato mole, pelos arcos palato-glossos, e a faringe, pelos múscu- los constritores superiores da faringe e pela mucosa. O ápice é a extremidade anterior, um tanto arredondada, que se apoia contra a face lingual dos dentes incisivos inferi- ores. Frênulo: A face inferior possui uma mucosa entre o soalho da boca e a língua na linha mediana que forma uma prega vertical nítida, o frênulo da língua. É uma tira de tecido que conecta duas estruturas, uma das quais móveis. Também é definido como uma prega de pele ou membrana mucosa que restringe o alcance de movimento de uma estrutura. Papilas gustativas: As papilas gustativas são estruturas responsáveis pelo reconhecimento dos sabores. Elas são constituídas por células epiteliais localizadas em torno de um poro central (poro gustativo) situado na mucosa da língua. As papilas linguais são projeções do cório, abundantemente distribuídas nos 2/3 anteriores da língua, dando a essa região uma aspereza ca- racterística. Os tipos de papilas são: papilas valadas, fungiformes, filiformes e simples. Nervos linguais e sublinguais: Naso, oro e laringofaringe: A faringe pode ainda ser dividida em três partes: nasal (Nasofaringe), oral (Orofaringe) e laríngea (Laringofaringe): • Parte Nasal – situa-se posteriormente ao nariz e acima do palato mole e se diferencia das outras duas partes por sua cavidade permanecer sempre aberta. Comunica-se anteriormente com as cavidades nasais através das coanas. Na parede posterior encontra-se a tonsila faríngea (adenoide em crianças). • Parte Oral – estende-se do palato mole até o osso hioide. Em sua parede lateral encontra-se a tonsila palatina. • Parte Laríngea – estende-se do osso hioide à cartilagem cricoide. De cada lado do orifício laríngeo encontra-se um recesso denominado seio piriforme. A faringe comunica-se com as vias nasal, respiratória e digestória. O ato da deglutição normalmente direciona o ali- mento da garganta para o esôfago, um longo tubo que se esvazia no estômago. Porções: cervical, torácica, diafragmática e abdominal: • Porção Cervical: porção que está em contato íntimo com a traqueia. • Porção Torácica: é a porção mais importante, passa por trás do brônquio esquerdo (mediastino superior, entre a tra- queia e a coluna vertebral). • Porção Abdominal: repousa sobre o diafragma e pressiona o fígado, formando nele a impressão esofágica. Hiato esofagiano: É uma abertura que há no diafragma, e que permite o prolongamento das partes torácica e abdominal do esôfago. Esfíncter esofagiano inferior: É uma válvula ou esfíncter entre o esôfago e o estômago. Essa estrutura é chamada de esfíncter esofágico inferior, ou EEI. Normalmente, quando líquidos e alimentos passam pelo esôfago, ele abre para permitir a sua entrada no estômago. Após a pas- sagem, a válvula se fecha. Zonas: cárdia, corpo, fundo e piloro: O fundo, que apesar do nome, situa-se no alto, acima do ponto onde se faz a junção do esôfago com o estômago. O corpo ocupa a maior parte do estômago e é onde se forma o quimo. Para impedir o refluxo do alimento para o esôfago, existe uma válvula (orifício de entrada do estômago – Óstio cárdico ou orifício esofágico inferior), a Cárdia, situada logo acima da curvatura menor do estômago. É assim denominada por estar próximo ao coração. Para impedir que o bolo alimentar passe ao intestino delgado prematuramente, o estômago é dotado de uma poderosa válvula muscular, um esfíncter chamado Piloro (orifício de saída do estômago – óstio pilórico). Pouco antes da válvula pilórica encontramos uma porção denominada antro-pilórica. O estômago apresenta ainda duas partes: a Curvatura Maior (margem esquerda do estômago) e a Curvatura Me- nor (margem direita do estômago). Camadas e musculatura: A parede do estômago está dividida em cinco camadas (de superficial para profundo): a serosa, a subserosa, a muscular externa, a submucosa e a mucosa. • Serosa (peritônio ou peritoneu) • Subserosa • Muscular externa – Consiste nas camadas longitudinal externa, circular média e oblíqua interna. • Submucosa – Essa camada consiste em tecido conectivo frouxo (conjuntivo laxo) com grandes vasos sanguíneos. • Mucosa – Reveste a cavidade gástrica. Fovéolas gástricas (onde se situam as glândulas gástricas) se estendem até à camada muscular da mucosa. No corpo e fundo existem principalmente células mucosas do colo, células parietais e célu- las principais, mas também células enteroendócrinas. As células mucosas do colo produzem muco para a camada mu- cosa alcalina que protege o epitélio de autodigestão pelo suco gástrico. Por outro lado, as células parietais secretam hidrogênio e íons cloreto que se ligam ao ácido clorídrico e mantém o nível de pH gástricoem cerca de 1 a 1,5. Referências utilizadas: Livro Anatomia Orientada para Clínica, 8ª edição, Moore Livro Bioquímica Básica, 4ª edição, Anitta Marzzoco Livro Fisiologia Humana, 7ª edição, Stuart Fox http://www.dacelulaaosistema.uff.br/?p=728 http://mol.icb.usp.br/index.php/13-1-6-mucosa-oral/ http://mol.icb.usp.br/index.php/13-1-4-mucosa-oral/ https://www.unifal-mg.edu.br/histologiainterativa/esofago/ http://www.ufrgs.br/livrodehisto/pdfs/8Digest.pdf https://www.auladeanatomia.com/novosite/sistemas/sistema-digestorio/ http://ftp.medicina.ufmg.br/observaped/artigos_obesidade/nutricao_fetal.pdf http://www.dacelulaaosistema.uff.br/?p=728 http://mol.icb.usp.br/index.php/13-1-6-mucosa-oral/ http://mol.icb.usp.br/index.php/13-1-4-mucosa-oral/ https://www.unifal-mg.edu.br/histologiainterativa/esofago/ http://www.ufrgs.br/livrodehisto/pdfs/8Digest.pdf https://www.auladeanatomia.com/novosite/sistemas/sistema-digestorio/ http://ftp.medicina.ufmg.br/observaped/artigos_obesidade/nutricao_fetal.pdf
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