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Prof. Omar Sacilotto Donaires Aula 02 Padronização e principais protocolos de rede de IoT Ciências da Computação Aplicação de Cloud, IOT e Indústria 4.0 em Python ARA0058 Padronização e principais protocolos de rede de IoT • Esforços de padronização da IoT • Principais protocolos usados para estabelecer conectividade em uma rede de IoT Objetivos Saber o quê Saber como Saber porque Reconhecer os esforços de padronização da IoT. Através da apresentação dos esforços de padronização, alguns ainda em andamento Para acompanhar a evolução dos padrões e da tecnologia de IoT Reconhecer os principais protocolos usados para o estabelecimento da conectividade em uma rede de IoT. Descrevendo cada protocolo em termos das suas características básicas Para fazermos escolhas mais adequadas quando vamos montar um projeto de IoT. Situação-problema • Crescimento vertiginoso do mercado de IoT nos últimos anos. • Diversos fabricantes de hardware, software e plataformas de IoT→ uma miríade de soluções proprietárias. • Não houve esforços para a criação de interoperabilidade. →Mercado fechado • Conveniente para os fabricantes • Barreira tecnológica e de custo • Força o cliente a continuar comprando seus produtos e serviços. • Desvantajoso para a comunidade • Retarda a evolução e a adoção de tecnologias. Google, Apple, Amazon Joint IoT Standard https://www.youtube.com/watch?v=nanNxvqud3w https://www.youtube.com/watch?v=nanNxvqud3w Situação-problema Como colocar ordem nesse caos mercadológico? Esforços de padronização da IoT Mercado aberto de IoT Esforços para estabelecer consensos tecnológicos e padrões interoperáveis. Baseado em padrões da indústria Consórcios formados para propor padronizações para IoT • oneM2M Consortium • 227 participantes: AT&T, China Mobil, Vodafone... • Camada M2M (machine to machine) • OCF (Open Connectivity Foundation) • > 300 membros: Microsoft, Samsung, LG e Electrolux... • Interoperabilidade entre dispositivos novos e antigos, • IEEE P2413 Working Group • Grupo de estudos formado por especialistas do IEEE. • Framework padrão para a arquitetura de IoT. • IIC (Industrial Internet Consortium) • 258 empresas: DELL, Huawei, GE ... • Acelerar a adoção e a difusão das melhores práticas. • IETF (Internet Engineering Task Force) • Revisar tecnologias para equipamentos de baixo consumo de energia (6LoWPAN) em diversas áreas. Thingstore • Possível solução padrão para IoT. • Implementa o conceito de serviço inteligente • O desenvolvimento de sistemas de software complexos para IoT – tanto embarcados quanto na nuvem – fica a cargo de especialistas. • Uma empresa especializada carrega o software em uma loja virtual chamada de ThingStore. • Uma empresa que maneja things pode assinar ou comprar o serviço e carrega-lo em sua nuvem para que seus dispositivos o utilizem. • Consequências • Dispositivos genéricos → projetados para enviar telemetria na forma de dados brutos segundo padrões da indústria de IoT. • Não haveria preocupação com o software embarcado → o serviço complexo faria todo o processamento pesado. • Benefícios • Racionalização do uso da internet → somente o dado bruto trafega. • Simplificação do desenvolvimento → reuso de software. Dificuldades de interoperabilidade com a arquitetura TCP/IP da Internet • Experiência com a interconexão entre as RSSF e a Internet demonstrou que • O uso dos protocolos da Internet (arquitetura TCP/IP) sem modificações, é impraticável nos dispositivos com recursos limitados, comuns na IoT. • A arquitetura fim-a-fim da Internet não foi planejada para comportar as demandas da IoT por escalabilidade e robustez. • O gateway se tornou um gargalo da arquitetura. →Essa arquitetura necessita de ajustes. • Para tratar desses problemas a IETF criou dois grupos para gerenciar, padronizar e levantar os requisitos para as redes de baixa potência (Low-Power and Lossy Networks (LLN)): • 6LoWPAN • RoLL Grupos criados pelo IETF para tratar dos problemas das redes de baixa potência • 6LoWPAN • IPv6 in Low-Power Wireless Personal Area Networks Working Group. • Responsável por padronizar o IPv6 para redes que fazem uso de rádios sobre o padrão IEEE 802.15.4. • Especifica regras das camadas de enlace e física para redes sem fio pessoais de baixas potência. • RoLL • Routing over Low-Power and Lossy Links Working Group • Responsável por padronizar o protocolo de roteamento que utilizará o IPv6 em dispositivos com limitações de recursos. • Definiu o IPv6 Routing Protocol for Low-Power and Lossy Networks (RPL) → estado-da-arte em roteamento para IoT. • Constrói uma topologia robusta para comunicação na IoT. 6LoWPAN Working Group • Trabalha na definição de uma camada de adaptação intermediária entre a camada de rede IPv6 e a camada de enlace do padrão IEEE802.15.4. • Permite executar uma rede IPv6 com as restrições do IEEE802. • Ideia: realizar a compressão de pacotes IPv6. • Permitir que dispositivos com baixo poder computacional usem o IPv6. • Implementações reduzidas da pilha TCP/IP para dispositivos de baixa potência • Low weight IP (lwIP) • Possui mais recursos do que a pilha μIP → pode prover uma vazão maior • Micro IP (μIP) • Uma das menores pilhas TCP/IP existentes • Desenvolvida para pequenos microcontroladores (8 ou 16 bits) • Integra o Contiki (SO para sistemas em rede com restrição de memória, com foco em dispositivos de IoT sem fio de baixo consumo). Principais protocolos usados para estabelecer conectividade em uma rede de IoT Protocolos de comunicação de dados mais usados em IoT • HTTP/HTTPS • MQTT Protocolo HTTP/HTTPS Hypertext Transfer Protocol (Secure) • Criado nos primórdios da internet para suportar a comunicação entre páginas (sites) e navegadores. • Implementa código legível no formato de texto ASCII. • Utiliza o protocolo TCP→ orientado a conexão • O servidor cria uma sessão de comunicação com o cliente e a mantém aberta enquanto houver a troca de dados. • HTTPS = extensão de segurança do HTTP. • Emprega a criptografia para impedir a leitura dos dados trocados. • Limitações • Sentido único do tráfego de dados • Cliente → servidor (dispositivo → plataforma de IoT). • Travamento • Síncrono → trava a thread enquanto espera a resposta do servidor. • Não guardar estados (stateless communication). Protocolo MQTT Message Queuing Telemetry Transport • Criado em 1999 pela IBM para: • Suportar a comunicação M2M (machine to machine). • Arquitetura cliente-servidor orientada a mensagens. • Protocolo de mensagens publish/subscribe • Os dados trocados entre os dispositivos de IoT (clientes) e o servidor (broker) são subscritas por tópicos hierárquicos. • Possibilita a comunicação de um para um, de um para muitos e de muitos para um. • Ideal para as redes cuja internet seja custosa e limitada. • Vocabulário de comandos simples. • Protocolo statefull • O handshake armazena o estado da comunicação • Simplifica a operação e consume menor banda. • Pode funcionar sem internet Principais protocolos usados para conectividade em rede de IoT • Ethernet • Wi-Fi • ZigBee • Bluetooth Low Energy • 3G/4G • LoRaWAN • Sigfox Ethernet • Padrão IEEE 802.3, oficializado em 1983 pelo IEEE • Presente em grande parte das redes locais com fio existentes atualmente. • Popularidade devida à simplicidade, facilidade de adaptação, manutenção e custo. • Atualmente, dois tipos de cabos (Tanenbaum, 2011): • Par trançado: taxas de até 1 Gbps, limitados a 100 m. • Fibra óptica: taxas de 10 Gbps, limitados a 2000 m. • Para dispositivos fixos, i.e., sem mobilidade • Pode ser inadequado para aplicações de IoT. Wi-Fi • Solução de comunicação sem fio bastante popular. • Casas, escritórios, indústrias, lojas e até espaços públicos. • Padrão IEEE 802.11. • Versão atual, IEEE 802.11ac: taxas de 600 Mbps ou 1300 Mbps. • Alternativa ao padrão cabeado Ethernet. • Pouca preocupação com dispositivos que possuemconsumo energético limitado. • Não se espera que muitos dispositivos da IoT adotem esse padrão como principal protocolo de comunicação. • Vantagens: alcance de conexão e vazão • Adequado para navegação na Internet em dispositivos móveis, como smartphones e tablets. • Principal desvantagem: consumo de energia • Comparado com outras tecnologias de comunicação sem fio. ZigBee • Mantido pela ZigBee Alliance. • Já adotado em aplicações residenciais e comerciais. • Baseado na especificação do protocolo IEEE 802.15.4. • Baixa vazão, consumo energético reduzido e baixo custo. • Opera na frequência 2.4 GHz, mas é capaz de operar em outras duas frequências, 868 MHz e 915 MHz. • Taxa máxima = 250 kbps (na prática, temos taxas inferiores). • Permite que os dispositivos entrem em modo sleep por longos intervalos de tempo. • Para economizar energia e estender a vida útil do dispositivo. • Pode ser usado com o protocolo IP (incluindo o IPv6) e também utilizando a topologia em malha (Mesh2). • Sua utilização em IoT requer um gateway. Bluetooth Low Energy • Protocolo de comunicação proposto pela Ericsson para substituir a comunicação serial RS-232. • Atualmente, mantido pelo Bluetooth Special Interest Group. • Uma das principais tecnologias de rede sem fio para PANs • Utilizada em smartphones, headsets, PCs e outros dispositivos. • Bluetooth clássico • Basic Rate/Enhanced Data Rate (BR/EDR), versões <= 2.0 • Bluetooth High Speed (HS), versão 3.0 • Versões focadas em aumentar a taxa de comunicação. • Bluetooth Low Energy (BLE), versão >= 4.0 • Especificação voltada para baixo consumo de energia. 3G/4G • Padrões de telefonia celular. • Adequado a projetos que precisam alcançar grandes distâncias. • Consumo alto em comparação a outras tecnologias. • A utilização em locais afastados e baixa mobilidade podem compensar esse gasto. • Frequências utilizadas no Brasil • Padrão 3G: 1900 MHz e 2100 MHz (UMTS) • Padrão 4G (LTE): 2500 MHz. • Taxa de comunicação alcançada • Padrão 3G = 1 Mbps • Padrão 4G = 10 Mbps. LoRaWAN • Projetada para criar redes de longa distância, em escala regional, nacional ou global, com dispositivos operados por bateria e com capacidade de comunicação sem fio. • Atende a requisitos da IoT: comunicação segura e bidirecional, mobilidade e serviços de localização. • Suporte a IPv6, topologia estrela. • Atrativos: baixo custo e adoção pelas empresas de hardware. • Taxa de comunicação: de 300 bps a 50 kbps. • Consumo de energia pequeno. • Utiliza a frequência ISM sub-GHz. • Valores de frequência mais usadas : 109 MHz, 433 MHz, 866 MHz e 915 MHz. • MTU: 256 bytes. Sigfox • Utiliza a tecnologia Ultra Narrow Band (UNB), projetada para lidar com pequenas taxas de transferência de dados. • Tecnologia ainda bastante recente, mas com bastante aceitação na Europa e América do Norte. • Atua como uma operadora para IoT. • Principal função → abstrair dificuldades de conexão e prover uma API para facilitar a implementação de sistemas IoT. • Raio de cobertura → em zonas urbanas, entre 3 km e 10 km e em zonas rurais, entre 30 km a 50 km. • Taxa de comunicação → entre 10 bps e 1000 bps. • MTU: 96 bytes. • Possui baixo consumo de energia. • Opera na faixa de 900 MHz. Leitura específica • Conteúdo digital, Tema 1, Módulo 2: “ESFORÇOS DE PADRONIZAÇÃO E OS PRINCIPAIS PROTOCOLOS USADOS PARA O ESTABELECIMENTO DA CONECTIVIDADE EM UMA REDE DE IOT”. • Google, Apple, Amazon Joint IoT Standard. • Disponível em: • https://www.youtube.com/watch?v=nanNxvqud3w • SANTOS, B. P. ; SILVA, Lucas A. M. ; CELES, Clayson S. F. S. ; BORGES NETO, J. B. ; PERES, B. S. ; Vieira, Marcos A.M. ; VIEIRA, L. F. M. ; GOUSSEVSKAIA, O. N. ; LOUREIRO, A. A. F. . Internet das Coisas: da Teoria à Prática. Simpósio Brasileiro de Redes de Computadores e Sistemas Distribuídos 2016 - Minicursos Livro Texto. 1ed.Porto Alegre: Sociedade Brasileira de Computação - SBC, 2016, v. 1, p. 7-10. • Disponível em: • https://homepages.dcc.ufmg.br/~mmvieira/cc/papers/internet-das- coisas.pdf https://www.youtube.com/watch?v=nanNxvqud3w https://homepages.dcc.ufmg.br/~mmvieira/cc/papers/internet-das-coisas.pdf Aprenda mais • BRASIL. Decreto nº 9.854, de 25 de junho de 2019. Institui o Plano Nacional de Internet das Coisas e dispõe sobre a Câmara de Gestão e Acompanhamento do Desenvolvimento de Sistemas de Comunicação Máquina a Máquina e Internet das Coisas. • Disponível em: • http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2019- 2022/2019/decreto/D9854.htm#:~:text=Institui%20o%20Plan o%20Nacional%20de,M%C3%A1quina%20e%20Internet%20d as%20Coisas. • O que é IoT? • Disponível em: • https://www.oracle.com/br/internet-of-things/what-is-iot/ http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2019-2022/2019/decreto/D9854.htm#:~:text=Institui%20o%20Plano%20Nacional%20de,M%C3%A1quina%20e%20Internet%20das%20Coisas https://www.oracle.com/br/internet-of-things/what-is-iot/ Para próxima aula • Conteúdo digital, Tema 1, Módulo 3: “PLATAFORMAS DE IOT DISPONÍVEIS NO MERCADO E SEUS PRINCIPAIS SERVIÇOS”. • Arquitetura de referência IoT. • Disponível em: • https://www.youtube.com/watch?v=Zp9jm-ej4bA • SANTOS, B. P. ; SILVA, Lucas A. M. ; CELES, Clayson S. F. S. ; BORGES NETO, J. B. ; PERES, B. S. ; Vieira, Marcos A.M. ; VIEIRA, L. F. M. ; GOUSSEVSKAIA, O. N. ; LOUREIRO, A. A. F. . Internet das Coisas: da Teoria à Prática. Simpósio Brasileiro de Redes de Computadores e Sistemas Distribuídos 2016 - Minicursos Livro Texto. 1ed.Porto Alegre: Sociedade Brasileira de Computação - SBC, 2016, v. 1, p. 7-15. • Disponível em: • https://homepages.dcc.ufmg.br/~mmvieira/cc/papers/internet- das-coisas.pdf https://www.youtube.com/watch?v=Zp9jm-ej4bA https://homepages.dcc.ufmg.br/~mmvieira/cc/papers/internet-das-coisas.pdf Mãos à obra Nesta aula aprendemos: • Sobre os esforços de padronização da IoT. • Os principais protocolos da IoT para transferências de dados. • Os principais protocolos de transporte.
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