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Introdução Patologia significa o estudo das doenças acompanhadas por modificações em células/tecidos/órgãos. Patologia não é a doença, e sim o estudo delas → Pode ser entendida como a ciência que estuda a causa das doenças, os mecanismos que as produzem, os locais e as alterações morfológicas e funcionais que apresentam. É uma parte em um todo chamado medicina → Não é objetivo da patologia A prevenção das doenças• As manifestações clínicas• O tratamento • A evolução e o prognóstico das doenças A patologia dá o prognóstico mas não é responsável por estudar esse prognóstico - • → A patologia liga as ciências básicas à prática clínica→ Divisão da patologia Patologia geral Estuda aspectos comuns às doenças: causas, mecanismos, morfologia e função - Estudada por vários cursos da saúde- • Patologia especial (sistêmica ou anatomia patológica) Estuda determinado órgão ou sistema (sistema respiratório, cavidade bucal) ou as doenças agrupadas por causas (doenças infecciosas, doenças causadas por radiações) - • → Saúde Indivíduo que consegue se adaptar• É o estado de total adaptação ao ambiente físico, psíquico ou social do indivíduo, de modo em que o indivíduo se sente bem (saúde subjetiva) e não apresenta sinais ou alterações orgânicas (saúde objetiva) • É a capacidade de ser sensível às variações do meio ambiente e de produzir respostas (variações bioquímicas e fisiológicas) capazes de adaptá -los • Subjetiva• Objetiva• → Doença Indivíduo que não consegue se adaptar ao ambiente físico, psíquico ou social, no qual o indivíduo se sente mal (tem sintomas) e/ou apresenta alterações orgânicas evidenciáveis objetivamente (sinais) • Sintomas: subjetivos (partem da experiência primária do indivíduo)• Sinais: podemos observar (é tudo aquilo que eu posso quantificar)• → Na saúde, é muito importante considerar a saúde envolvendo o ambiente em que se vive, bem como o aspecto físico, psíquico e emocional. Portanto, deve-se avaliar diversos parâmetros. Número elevado de hemácias em um indivíduo que mora em altas altitudes é normal, mas em um indivíduo que mora a nível do mar, pode ser um sinal de policitemia • → Saúde e normalidade não são a mesma coisa Normal: é uma média de várias observações de determinado parâmetro, utilizando-se para o seu cálculo, métodos estatísticos. • Os valores usados como normais como por exemplo, PA, FC, peso de órgãos são calculados em populações homogêneas, da mesma etnia, ambientes semelhantes e em pessoas saudáveis • Saúde: é relativa ao indivíduo Ou seja, se você está fora do "normal", não necessariamente você está doente - • → Dor x nocicepção Nocicepção é um fenômeno bioquímico que explica de que forma os mediadores álgicos atuam sobre nossos nervos. É possível de ser quantificado Se trata de um exame pouco usado, sendo usado em casos de enxaqueca não neoplásica - • Dor é totalmente subjetiva, não é possível ser quantificada• → Causas (etiologia) Toxinas• Infecções• Anormalidades imunológicas• Anormalidades genéticas (herdadas e adquiridas) O câncer é o mais comum- • Desequilíbrios nutricionais Aterosclerose é o mais comum- • Trauma • → Agressão Qualquer estímulo da natureza capaz de gerar uma resposta (procurando defender-se ou adaptar-se). Ou seja, se o nosso corpo responde a algo, esse algo é uma agressão • Ex: agentes físicos (sol), químicos (tabaco, álcool), biológicos (vírus, bactérias, protozoários) e do próprio corpo (doenças autoimunes, modificações nutricionais, alterações na expressão gênica) • Possuem ação direta A presença do agente etiológico é capaz de causar uma doença- São alterações moleculares que se traduzem em modificações morfológicas- • Ou ação indireta As secreções produzidas que causam a doença- Por intermédio de mecanismos de adaptação que, ao serem acionados para neutralizar ou eliminar a agressão, induzem alterações moleculares que resultam em modificações morfológicas - Ex: as toxinas da bactéria do tétano- • As agressões variam de acordo com a intensidade, o tempo de atuação e a capacidade de reação do organismo (patrimônio genético) Isso explica algumas pessoas terem COVID-19 e serem assintomáticas- • → Defesa A defesa é a montagem da resposta contra a agressão• A defesa pode ser natural (ocorre apenas pelo nosso sistema imunológico) ou artificial (medicamentos) • A própria defesa pode ser responsável por causar doenças• Contra agentes infecciosos, temos a fagocitose e a reação inflamatória (resposta inata (surge imediatamente após a agressão) ou adaptativa) • Contra agentes genotóxicos (que atacam o genoma), existe o sistema de reparo do DNA • Contra compostos químicos tóxicos, incluindo radicais livres, as células dispõem de sistemas enzimáticos de detoxificação e antioxidantes • → Adaptação Capacidade das células, dos tecidos ou do próprio indivíduo de, frente a um estímulo, modificar-se (até certo ponto/dentro das faixas de normalidade) , para ajustar-se às modificações induzidas pelo estímulo e manter o equilíbrio • Não necessariamente é dependente do patrimônio genético, tem também fatores externos relacionados (disponibilidade de alimentação, saneamento...) • A adaptação pode ser apenas celular ou o indivíduo como um todo Pré-condicionamento à hipóxia (diminuição das pressões de O2)- Hipertrofia do REL - Hipertrofia muscular por sobrecarga de trabalho- • A resposta adaptativa geral, inespecífica e sistêmica que o organismo monta frente a diferentes agressões por agentes físicos, químicos, biológicos ou emocionais é conhecida como estresse • → Lesões É o conjunto de alterações morfológicas, moleculares e/ou funcionais que surgem nos tecidos após agressões • Também podem ser chamadas de processos patológicos• As lesões morfológicas podem ser observadas: Macroscopicamente (observadas a olho nu)- Microscopicamente (a microscópio de luz ou eletrônico)- • As alterações moleculares (podem se traduzir rapidamente em modificações morfológicas) podem ser observadas: Por métodos bioquímicos e de biologia molecular- • Os distúrbios funcionais manifestam-se por alterações da função de células, tecidos, órgãos ou sistemas e representam os fenômenos fisiopatológicos • As lesões não possuem muita variedade, isso se deve ao fato de os mecanismos de agressão às moléculas serem comuns aos diferentes agentes agressores, além do fato de as defesas do organismo serem frequentemente inespecíficas, ou seja, são semelhantes diante agressões diferentes • → Classificação das lesões Lesões celulares (parenquimatosas e do estroma) Não letais (reversíveis) Causa acaba = cessa o efeito (quando o agente etiológico sai, a célula volta ao normal) ▪ Causa alterações morfológicas nas células ▪ Causa alteração funcional nas células ▪ Reversível ▪ Lesão celular ▪ Ex: Degenerações, hipotrofias, hipertrofias, neoplasias...▪ Casos de afogamento ▪ - Letais (irreversíveis) Causa acaba = não cessa o efeito (mesmo após tirar o agente etiológico, a célula morre) ▪ - • → Maria Eduarda Silva Dias Patologia domingo, 7 de março de 2021 17:42 Página 1 de P3 Anormalidades genéticas (herdadas e adquiridas) O câncer é o mais comum- • Desequilíbrios nutricionais Aterosclerose é o mais comum- • Trauma • Mecanismos (patogênese) Alterações químicas e estruturais• → Lesões (alterações morfológicas)→ Alterações funcionais (fisiopatologia)→ Sinais e sintomas (propedêutica)→ A patologia estuda a etiologia e a patogênese→ A anatomia patológica estuda as alterações morfológicas (estudo das alterações morfológicas dos tecidos que, em conjunto, recebem o nome de lesões) e a fisiopatologia (estudo das alterações funcionais de órgãos e sistemas afetados) → O estudo dos sinais e dos sintomas das doenças é objeto da semiologia Diagnóstico das doenças (propedêutica) + prognóstico, terapêutica e prevenção • → Depende do conhecimento das lesões, dos sinais e dos sintomas→ O nome da doença deve traduzir alguma característica marcante (nomedo órgão + prefixo ou sufixo esclarecedor), o que deixa fácil o reconhecimento do processo patológico Gastrite, meningite, endocardite bacteriana, etc.• → Algumas nomenclaturas falam sobre a natureza lesão (pouco específica) Cardiopatia isquêmica • → Algumas doenças foram nomeadas pelos epônimos da lesão, o que tem pouco a ver com a essência da lesão Influenza • → A OMS criou a CID (Classificação Internacional das Doenças) CID - 11 (2018), de 4 em 4 anos as doenças são recatalogadas• Isso gera um quadro de medicina personalizada, fazendo com que a doença aqui na América Latina tenha o mesmo nome que a doença na Ásia • → É importantíssimo lembrar que os diagnósticos anatomopatológicos são os mais seguros Como por exemplo, não existe diagnóstico de câncer sem exame anatomopatológico • → A patologia se divide em 3 grandes áreas Cirúrgica Patologista cirúrgico - Trabalha-se com material que vem de cirurgias (nem que seja uma unha encravada) - O material cirúrgico pode ser Biópsias Incisional (parte do órgão)▫ Excisional (o órgão todo)▫ • Peças cirúrgicas (mama, próstata)• Fragmentos teciduais obtidos por necrópsia• - Quando o material é retirado, ele é preparado histotecnicamente (técnica de processamento em laboratório quando o material for tecido) - • Citopatologia É a patologia celular- Pode ser obtido por um raspado na pele ou na mucosa Raspado cervical Exame super importante para rastrear o câncer de colo de útero (citopatologia oncótica), sendo um exame de células descamadas do útero e da vagina ▫ Muito importante também para o câncer anal, pois antes se usava colonoscopia, o que demandava uma alta mobilização de profissionais ▫ • - Também pode ser obtido por punção aspirativa Em lesões sólidas ou císticas de Tireoide ▫ Linfonodos▫ Mama ▫ • - • → Necrópsia/autópsia Quando um indivíduo faz o exame em outro indivíduo (necrópsia)- Quando um indivíduo faz o exame em um semelhante (autópsia)- Necrópsia Médico-científica• - • Ex: Degenerações, hipotrofias, hipertrofias, neoplasias...▪ Casos de afogamento ▪ Letais (irreversíveis) Causa acaba = não cessa o efeito (mesmo após tirar o agente etiológico, a célula morre) ▪ Causa alterações morfológicas nas células ▪ Parada funcional da célula ▪ Irreversível ▪ Morte celular ▪ Ex: Necrose (morte celular seguida de autólise) e apoptose (morte celular sem autólise) ▪ - A letalidade ou não está ligada à qualidade, à intensidade e à duração da agressão, bem como ao estado funcional ao tipo de célula atingida. Por isso uma agressão pode ser letal em uma célula e não letal em outra. - Promovem alteração do interstício (interstício ou matriz extracelular)• Distúrbios de circulação (sanguínea e linfática) Hiperemia- Choque- Isquemia- Trombose- Embolia- Hemorragia- Edema - • Alterações da inervação• Após agressões, um ou mais desses componentes podem ser afetados (inflamação), simultaneamente ou não (classificação em 5 grupos (celular, intercelular, circulação, inervação, maioria/todos) Dada a interdependência entre os componentes estruturais dos tecidos, as lesões não surgem isoladamente nas doenças, sendo comum a sua associação - • Aspectos cronológico das doenças (microbianas) As doenças surgem e evoluem de maneira complexa, dinâmica e variada. Toda doença envolve uma sucessão de eventos (por isso a doença é camada de processos patológicos), o que vai gerar um aspecto morfológico que vai variar de acordo com o momento em que a lesão é examinada • Causas • Período de incubação Período sem manifestações - É o período usado para o micróbio reconhecer e conhecer o nosso corpo, mas mesmo assim pode transmitir a doença para alguém, pois já tem carga viral - • Período prodrômico É quando o indivíduo passa a ter sinais e sintomas inespecíficos - Ex: febre, dor muscular, dificuldade de pronação, cansaço- • Período de estado Já apresenta sinais e sintomas específicos das doenças - É quando a doença se estabiliza - • Evolução Cura Pode ter sequela ou não▪ - Conificação- Complicações- Óbito - • → Resposta às agressões A agressão (estímulo) gera uma defesa, essa defesa pode levar à lesão (falta de adaptação = doença) ou a à adaptação (saúde). As agressões podem diretamente gerar lesões • → O alvo dos agentes agressores são as moléculas, sobretudo as macromoléculas • Página 2 de P3 Necrópsia/autópsia Quando um indivíduo faz o exame em outro indivíduo (necrópsia)- Quando um indivíduo faz o exame em um semelhante (autópsia)- Necrópsia Médico-científica O objetivo é determinar a causa da morte▫ Realizado em grandes centros médicos ou em faculdades de medicina ▫ É um instrumento de pesquisa, correlaciona-se o achado morfológico com o clínico, como por exemplo, pacientes que faleceram sem diagnóstico ▫ São excelentes métodos de aprendizado▫ • Médico-legal O objetivo é também determinar a causa da morte▫ Tem uma lei sobre elas, são obrigatórias em caso de morte violenta ▫ Nos casos em que o indivíduo falece enquanto está fora de ambiente hospitalar ou em transporte, quem faz a necrópsia médico-legal é o IML ▫ Quando o corpo apresenta sinais de violência e está fora de ambiente hospitalar, quem faz a necrópsia é o IML, caso não tenha, quem faz é o SVO ▫ • - • Todos as 3 áreas são protegidas pela patologia molecular→ Medicina diagnóstica e seus tipos Laboratorial• Clínica• De imagem• Patologia Anatopatologia- Citopatologia- • Para a segurança do paciente, sempre há um diagnóstico histológico (diagnóstico indiscutível) e um clínico • → Conhecimento da história natural das doenças (entender sobre a doença) Doenças sem tratamento = fisiopatologia não foi compreendida Como por exemplo, COVID-19 não tem tratamento, então, cura-se os sintomas (tratamento sintomático), não a doença em si - • → Conhecimento das alterações morfológicas causadas nas células/tecidos/órgãos/aparelhos/sistemas → A partir do conhecimento da doença, tem-se Reconhecimento da doença• Diagnóstico• Cura/tratamento• Prevenção • → O alvo dos agentes agressores são as moléculas, sobretudo as macromoléculas de cuja ação dependem as funções vitais. Portanto, toda lesão se inicia a nível molecular (as alterações morfológicas celulares surgem em consequência de modificações na estrutura das membranas, do citoesqueleto, do núcleo e de outros componentes citoplasmáticos, além do acúmulo de substâncias nos espaços intracelulares) • Pode-se dizer que as lesões tem um componente que resulta da ação direta do agente agressor + um elemento decorrente da ação dos mecanismos de defesa acionados. Em alguns casos, os mecanismos de defesa são até os principais responsáveis por lesões (infecções e doenças autoimunes) • Inflamação Inflamação ou flogose, na teoria, é algo bom! → A inflamação possui sinais clínicos, que são chamados de sinais cardinais Se são sinais, é possível quantificar, é objetivo• → Inflamação significa, na teoria "pegar fogo". É uma reação que ocorre em tecidos vivos E vascularizados em resposta a um agente agressor, e se caracteriza pela saída de líquidos e células do sangue para o interstício Cartilagem e pele são avasculares, porém, inflamam• Todos nossos tecidos são vivos, exceto o estrato córneo (parte da pele)• Pegar fogo = aumento da temperatura, que, por sinal, é um sinal cardinal Pode ser um aumento de temperatura local ou um aumento de temperatura sistêmica (febre) - • Mortos não inflamam, por isso é possível saber se uma mulher foi morta e estuprada ou estuprada e morta • A inflamação e a resposta imunitária são indissociáveis, pois a inflamação nada mais é do que a expressão morfológica da resposta imunitária (saída de leucócitos e de plasma do sangue para o interstício) • → Agentes inflamatórios: exógenos (físicos, químicos ou biológicos) ou endógenos (estresse metabólico) → Histórico Papiros egípcios em 3000 a.C já relatavam a inflamação• Só em 1 d.C, Celsius descreveu os 4 sinais cardinais Rubor/vermelhidão-Dor (mesmo sendo colocado dentro de sinal, é um sintoma)- Calor- Edema- • Virchow descreveu o 5° sinal cardinal da inflamação (perda de função) Se não houver perda da função, eu não preciso prescrever nada. Mas caso haja perda de função, é preciso prescrever o medicamento em uma fase de perda de função que seja reversível - • → Eventos irritativos Toda inflamação começa com os fenômenos irritativos, que são eventos que geram agressão ao entrar em contato com o nosso corpo • Agentes irritativos Agentes infecciosos Vírus, bactérias, fungos, protozoários e helmintos▪ - Agentes físicos e químicos- Estresse metabólico- • → Os agentes infecciosos possuem coisas que nós não temos (como por exemplo, os vírus tem RNA dupla fita e DNA fita simples; as bactéria tem complexos macromoléculas e proteínas que não temos; fungos tem proteoglicanos) Nosso corpo reconhece Padrões Moleculares Associados a Patógeno (PAMPs), então, sempre que um RNA fita dupla entra no nosso corpo, a gente imediatamente inflama, ou seja, é um evento irritativo - • Os agentes físicos e químicos, ao entrarem em contato com as nossas células, as células liberam mediadores que deveriam estar dentro do citoplasma, como o urato e fosfato. Então sempre que o fosfato e o urato estiverem no meio extracelular, nós vamos inflamar Da mesma forma em que a exposição ao sol acarretando a quebra do ácido hialurônico também promove inflamação - Estresses metabólicos também promovem inflamação (glicemia alta, muitas fosfatases alcalinas) - Padrões Moleculares Associados a Dano (DAMPs), não tem um microrganismo no seu corpo, é o resultado a uma agressão que você sofreu - • Tanto PAMPs quanto DAMPs ativam complexos de receptores, o que promoverá a inflamação • Eventos vasculares É como nossos vasos irão reagir• O sistema imunitário possui receptores para reconhecer grande número de agentes • → Página 3 de P3 Edema- Virchow descreveu o 5° sinal cardinal da inflamação (perda de função) Se não houver perda da função, eu não preciso prescrever nada. Mas caso haja perda de função, é preciso prescrever o medicamento em uma fase de perda de função que seja reversível - • Hunter descreveu a inflamação como inespecífica e salutar Aquelas pessoas que tinham inflamações em locais menos protegidos tinham uma resposta mais intensa, com os 5 sinais cardinais - A inflamação é a mesma independentemente do estímulo, o que muda de inflamação para inflamação é a intensidade da resposta inflamatória - • Estímulos inflamatórios Infecções: presença de um microrganismo que se multiplica no nosso corpo gera dano Se não gera dano, faz parte da microbiota- Toda infecção inflama (quem pega covid e fala que não teve sintomas, só uma "febrezinha", teve inflamação sim) - • → Trauma Todo trauma estimula inflamação- • Morte de tecidos Todas geram inflamação- • Corpos estranhos Poeira, farpa...- • Reações imunológicas• Estresse• Funções/objetivo da inflamação A inflamação quer trazer o corpo para a homeostase (por meio da defesa)• Também tem a função de destruir, diluir ou isolar agentes nocivos (por isso inflamações são bem delimitadas) • Levar ao reparo tecidual (a inflamação promove a cicatrização) Quanto maior a resposta tecidual, mais rápida a cicatrização- Por isso não se pode receitar anti-inflamatórios após cirurgias, pois a cicatrização é fruto da inflamação - • Destrutiva (patológica) Inicialmente a inflamação é boa, mas se a inflamação não for bem regida, vai ser patológica - • → Tipos de inflamação Aguda Resposta rápida a um agente nocivo encarregada de levar mediadores de defesa do hospedeiro ao local da lesão - • Características Início rápido/imediato a nível de inflamação, no entanto, para uma doença se caracterizar como inflamatória aguda deve cursar em até 6 meses, como tuberculose, glaucoma, artrite reumatoide, diabetes... Se passar de 6 meses, é crônica • Duração curta (dias)• Migração de células polimorfo-nucleares Neutrófilos, basófilos (só se altera em casos leucemia) e eosinófilos ▫ • Exsudação ("vazamento") de líquidos, proteínas plasmáticas e liberação de mediadores e citocinas • - → Crônica • Conceito: inflamação prolongada onde a injúria tecidual e a tentativa de reparo ocorrem ao mesmo tempo, o que gera uma quebra da homeostase Na aguda, é sequencial• → O agente inflamatório é persistente Microrganismo (tipo a bactéria da tuberculose)• Agente tóxico (álcool e tabaco)• Autoimunidade• → Sinais típicos variáveis Geralmente não se tem vermelhidão, perda de função e aumento da temperatura; os mais comuns são Edema (caso seja uma inflamação osteoarticular)- Dor (é o sinal que mais vai nos alertar para as inflamações crônicas) Diabetes, por exemplo, não tem edema, e mesmo assim é uma doença crônica • - • → Fenômenos reparativos anormais Não vai ter regeneração, sempre vai ter cicatriz• → À microscopia Exsudato• Fenômenos alterativos• Regeneração • → As inflamações crônicas podem surgir de uma inflamação aguda (como por exemplo, uma ITU virando uma pielonefrite) ou de forma insidiosa ("do nada") Não existe indivíduo pré-diabético ou pré-hipertenso, isso são apenas termos clínicos • → Sinais cardinais pouco aparentes, porém, como mencionado, os principais são dor e edema → Causas Infecções persistentes (duram mais de 6 meses) Sífilis, tuberculose, algumas micoses, doença de Chagas, Leishmaniose- • Doenças autoimunes• → Tanto PAMPs quanto DAMPs ativam complexos de receptores, o que promoverá a inflamação • Eventos vasculares É como nossos vasos irão reagir• O sistema imunitário possui receptores para reconhecer grande número de agentes agressores, os quais carregam certas moléculas ou induzem alterações em moléculas do próprio organismo (Agressões são reconhecidas por meio de moléculas trazidas com o agente agressor ou geradas por ação deste em componentes do próprio organismo). Tais moléculas (alarminas/moléculas de alarme/moléculas sinalizadoras de agressão (conjunto de DAMPs e PAMPs)) estimulam o organismo agredido a produzir substâncias (mediadores) que atuam na microcirculação para permitir a saída de plasma e de células que irão eliminar ou neutralizar a agressão e induzir o reparo das lesões, o que caracteriza uma inflamação Esses receptores reconhecem PAMPs e DAMPs e também reconhecem moléculas próprias para evitar a autoagressão - Esses receptores estão mais numerosos nas células do sistema imunitário, mas também estão em células epiteliais de revestimento, fibroblastos e células da glia, estando localizados na membrana citoplasmática ou no interior das células - Um dos receptores de membrana é o TLR (toll-like receptors), os quais reconhecem PAMPs e DAMPs Esses receptores estão em todas as células da resposta imunitária inata, estando na membrana plasmática ou em vesículas intracitoplasmáticas ▪ A via de sinalização mais ativada é o processo NFkB, o qual será descrito posteriormente ▪ - • O evento irritativo inicia a liberação de mediadores de inflamação, que continua durante a evolução do processo • Alguns mediadores são mais universais e são liberados logo no início de inflamações. Frente a estímulos mecânicos ou térmicos, por exemplo, mastócitos liberam histamina, enquanto terminações nervosas liberam substância P e CGRP. Daí, esses mediadores induzem a liberação de outros mediadores • As células do exsudato são as fontes mais importantes de mediadores pró e anti - inflamatórios, especialmente citocinas, quimiocinas e derivados lipídios (embora não sejam as únicas capazes de produzir esses mediadores) • → Vasodilatação Passa mais sangue, logo, leva mais células de um local para o outro- Essa vasodilatação faz com que o vaso fique mais superficial- Como passa mais sangue, passam mais hemácias (que tem hemoglobina), logo, é possível ver a pele ficar vermelha - • Alteram a sua permeabilidade endotelial (aumento da permeabilidade vascular) O aumento da permeabilidade vascularpromove o aumento do espaço entre as células (aumenta o espaço endotelial) - O endotélio dos vasos é um epitélio, e o epitélio tem algumas alterações Junções comunicantes, desmossomos▪ - 2 pressões atuam nos vasos sanguíneos Pressão hidrostática Gerada pela contração cardíaca▫ Estimula a saída da água dos vasos▫ ▪ Pressão osmótica coloide (pressão coloidosmótica) Gerada por proteínas que nosso fígado produz e libera no sangue (como a albumina) ▫ Estimula a entrada de água nos vasos▫ ▪ - • Edema: presença de líquido nos tecidos extravasculares. Durante a inflamação nós podemos ter 2 tipos de líquidos Exsudato Rico em proteínas plasmáticas ▪ Pode ter células em alguns casos▪ - Transudato Pobre em proteínas, tem apenas plasma▪ - • O que define se é transudato ou exsudato é o agente irritativo, normalmente bactérias geram exsudatos, quando não forem bactérias, transudato Bactérias geralmente ativam vários receptores, e como ativam vários receptores, a resposta é maior, então, aumenta mais o espaço entre as células ▪ - A formação de edemas é favorecida pela compressão dos vasos linfáticos, dificultando a drenagem do líquido intersticial - Eventos celulares (exsudativos) Consiste na saída de plasma e células do leito vascular para o interstício Embora independentes, em geral, a exsudação plasmática precede a exsudação celular, a predominância de uma ou de outra varia de acordo com os mediadores liberados. Sendo a exsudação de leucócitos o elemento morfológico mais característico das inflamações - • Em agressões pouco intensas, a exsudação ocorre principalmente por ação da histamina, em agressões mais graves, é provocada também por lesão direta no endotélio vascular • Macrófagos residentes e células dendríticas são as células que reconhecem rapidamente as agressões e que produzem fatores necessários para o afluxo inicial de neutrófilos e de monócitos patrulhadores Monócitos e neutrófilos têm sua vida média aumentada por ação de citocinas- • Os macrófagos residentes e as células dendríticas produzem citocinas e quimiocinas que atraem os polimorfonucleares, os quais exsudam em grande quantidade. Uma vez exsudados, os PMN passam a produzir quimiocinas que atraem monócitos inflamatórios (macrófagos M1) • Quando há um evento irritativo, há vasodilatação, quando ocorre essa vasodilatação, os leucócitos passando pelo sangue começam a tocar no endotélio vascular • Esses toques fazem com que o endotélio passe a expressar ligantes de uma proteína que é um receptor presente no neutrófilo (usando neutrófilo porque é inflamação aguda). Esse receptor é a selectina (ou seja, o neutrófilo tem a selectina (receptor) e o endotélio expressa o ligante da selectina) • A ligação da selectina é fraca, então, com a presença do fluxo sanguíneo, o neutrófilo fica ligando e se soltando do endotélio capilar, o que promove um tipo de • → Página 4 de P3 Causas Infecções persistentes (duram mais de 6 meses) Sífilis, tuberculose, algumas micoses, doença de Chagas, Leishmaniose- • Doenças autoimunes Todas são doenças inflamatórias crônicas- Lúpus, artrite reumatoide, psoríase, esclerose múltipla- • Exposição prolongada a agentes tóxicos Tanto por agentes externos (etanol e tabaco)- Por gordura (colesterol é um dos principais ativadores da inflamação crônica, como por exemplo, a aterosclerose, a obesidade) - Carvão (churrasco)- • Câncer Maior exemplo de doença inflamatória crônica- • → Toda doença tem um curso inflamatório→ No caso da inflamação aguda, seria a vasodilatação + presença de polimorfonucleares (principalmente neutrófilos) → Componentes celulares da inflamação crônica São predominantemente os mononucleares Monócito- Macrófago- Linfócito T- Linfócito B- Plasmócito - Fibroblasto- • → Há destruição tecidual na inflamação crônica→ Há também o aumento da MEC (matriz extracelular)→ Há reparo por cicatrização → Importância clínica Todo processo inflamatório crônico não tem cura! O que é ofertado é a cura clínica (tratamento), ou seja, curam-se os sintomas Além de não ter cura, pode haver evolução para outras doenças Por exemplo, ninguém morre de hipertensão, mas morre pela evolução desta (AVC, infarto...) • - • É muito importante que se conscientize os pacientes (educação em saúde) para que o tratamento dê certo/ocorra adesão terapêutica • → Os principais mononucleares são os macrófagos, os quais se derivam do monócito Just a reminder que monócitos são células circulantes, porém, quando eles migram (por transmigração), eles viram macrófagos • → Quando esse monócito chegar em um tecido e esse tecido tiver muito Interferon-gama, ou muitos microrganismos (bactérias, fungos, protozoários...), ele vai se transformar no macrófago ativado pela via clássica / macrófago do tipo m1 / macrófago pró- inflamatório Esse macrófago faz inflamação Funções exercidas Fagocitose Quando há a fagocitose, há a liberação de espécies reativas do oxigênio, óxido nítrico (NO) e enzimas lisossômicas (formação do fagolisossomo) ▫ Dessa maneira, esse macrófago vai ter ações microbicidas, gerando a fagocitose e a morte de bactérias e fungos ▫ • Libera citocinas pró-inflamatórias IL-1, TNF, IL-12, IL-6, quimiocinas▫ Essas citocinas promoverão a inflamação naquele tecido em que o macrófago está ▫ • - • → Quando o monócito chegar em um tecido e esse tecido tiver citocinas (IL-13 e IL-4) e associado a isso, não tiver microrganismos, esse monócito vai se transformar no macrófago ativado pela via alternativa / macrófago do tipo M2 / macrófago anti- inflamatório Esse macrófago inibe a inflamação Ele não fagocita - • → Esses toques fazem com que o endotélio passe a expressar ligantes de uma proteína que é um receptor presente no neutrófilo (usando neutrófilo porque é inflamação aguda). Esse receptor é a selectina (ou seja, o neutrófilo tem a selectina (receptor) e o endotélio expressa o ligante da selectina) • A ligação da selectina é fraca, então, com a presença do fluxo sanguíneo, o neutrófilo fica ligando e se soltando do endotélio capilar, o que promove um tipo de movimento que parece um rolamento (promove perda de velocidade) • Nos processos inflamatórios várias quimiocinas são liberadas (são liberadas por causa da agressão), as quais promovem a expressão de um receptor que estava inativo no neutrófilo mas então se ativa, que é o receptor de integrina • Quando o receptor do neutrófilo se liga com a integrina no endotélio capilar, há um evento chamado de adesão, então o neutrófilo fica próximo da região por onde ele vai transmigrar • O neutrófilo começa a rastejar, ou seja, ele muda seu citoesqueleto, ficando mais achatadinho. Após isso, ele será um leucócito apto a sair do vaso sanguíneo e ir para o tecido inflamado • Transmigração Paracelular Ocorre entre uma célula endotelial e outra▪ - Transcelular Englobamento do leucócito pela célula endotelial e o transporta para o outro lado ▪ - • Os leucócitos saem dos vasos por processos ativos, enquanto hemácias e plaquetas o fazem de modo passivo • Os leucócitos que vão transmigrar dependem fundamentalmente das quimiocinas (inflamações provocadas por ovos ou larvas de helmintos, por exemplo, promovem a exsudação de muitos eosinófilos). A mudança progressiva do tipo de células do exsudato deve-se à modificação nos tipos de quimiocinas liberadas durante o processo • Há agentes irritativos que promovem muita migração celular e outros que não Facadas, por exemplo, promove pouca migração- A COVID-19, por outro lado, promove muita migração- • As células do exsudato são as mais importantes fontes de mediadores de progressão da inflamação e também dos que atuam na resolução do processo • P-selectina: selectina presente nas células endoteliais vasculares e em plaquetas• E-selectina: presente no endotélio vascular• L-selectina: presente nos leucócitos É a L-selectina que se liga à E-selectina- • Integrina MAC-1: presente em monócitos e células dendríticas-VLA-4: monócitos, linfócitos T de memória Importância farmacológica como bloqueador de doenças inflamatórias (de pele e de articulações) ▪ - • Células envolvidas Neutrófilos Principal célula do processo inflamativo agudo▪ Os grânulos possuem várias enzimas que quebram a matriz extracelular (para ficar mais fácil para célula ir do sangue pro tecido e ir para o agente agressor) Colagenase (quebra fibras colágenas)▫ Gelatinase (ativa metaloproteinases que são enzimas que degradam a matriz celular) ▫ Elastase (quebra fibras elásticas)▫ ▪ Fazem fagocitose Quando elas fagocitam, elas produzem radicais livres (como o NO), espécies reativas do oxigênio e enzimas proteolíticas (que geram lesão tecidual dependendo da concentração) ▫ ▪ Embora sejam muito eficazes na defesa, são potencialmente perigosos, razão pela qual não podem residir nos tecidos, sendo mantidos em grande número sequestrados dentro dos vasos e na medula óssea Como os macrófagos são fagócitos com poder microbicida imediato menor, podem migrar e residir nos tecidos ▫ ▪ - • Quando os neutrófilos migram, geram as cloraminas, as quais ativam gelatinases, colagenases e elastases ▪ As colagenase e as gelatinases são liberadas de forma inativa, e são ativadas pelo ácido hipocloroso (HClO) e as cloraminas As colagenases, as gelatinases e as elastases geralmente são clivadas por antiproteases, uma das principais antiproteases é a α2-macroglobulina (enzima na matriz extracelular), a qual cliva a colagenase ▫ No entanto, o HClO e as cloraminas inibem essas antiproteases▫ Como há inibição das antiproteases, há altos níveis de elastase, colagenase e gelatinases no tecido, promovendo maior destruição tecidual ▫ A elastase também consegue inibir a α2-macroglobulina (elastase como modulador negativo) ▫ Altos níveis dessas enzimas + radicais livres = alto dano tecidual (descompensação da resposta inflamatória, pois se está degradando muitas fibras colágenas, que é o que sustenta o tecido conjuntivo) ▫ ▪ Página 5 de P3 Quando o monócito chegar em um tecido e esse tecido tiver citocinas (IL-13 e IL-4) e associado a isso, não tiver microrganismos, esse monócito vai se transformar no macrófago ativado pela via alternativa / macrófago do tipo M2 / macrófago anti- inflamatório Esse macrófago inibe a inflamação Ele não fagocita - Ele não libera citocinas pró-inflamatórias, ele libera citocinas anti- inflamatórias (IL-10, TGF-Beta) Essas citocinas geram efeitos anti-inflamatórios, reparo da ferida, fibrose • Tais efeitos eventualmente irão cessar a inflamação• - • → Pode ocorrer transmigração de leucócitos mesmo sem eventos vasculares (vasodilatação e aumento da permeabilidade endotelial), o que ocorre por vênulas do endotélio alto, e é assim que os linfócitos ficam passeando pelo corpo Nas vênulas de endotélio alto ocorre a migração de células independentemente de eventos vasculares • → Durante a inflamação crônica, vão coexistir os dois macrófagos, porém, vai ter predominância de um ou de outro → Ativação dos macrófagos Quando o macrófago migra para um tecido rico em interferon -gama ou microrganismos, ele se diferencia no macrófago M1 Como visto anteriormente, esse macrófago fagocita Associado a isso, os macrófagos fazem a apresentação antigênica para o linfócito T, ativando-o • - Citocinas liberadas pelos macrófagos fazem com que o linfócito viva por mais tempo Agem nos nossos vasos sanguíneos, promovendo a ativação das células endoteliais (exposição de selectina e integrina) • - • Os linfócitos T, agora ativados, se polarizam em 2 tipos Th1 e Th17 (esses linfócitos fazem parte dos linfócitos T CD4+) Th = T helper• - Esses linfócitos produzem citocinas (TNFalfa, IL-17) as quais promovem o recrutamento dos leucócitos - Eles também produzem interferon-gama e outros mediadores inflamatórios, porque quanto mais interferon-gama no tecido, mais monócitos irão se diferenciar em macrófagos do tipo M1 - • → Granulomatosas Inflamação crônica caracterizada por modificações morfológicas das células do exsudato (no caso, dos macrófagos), que se organizam e formam agregados circunscritos, os granulomas Granulomas: são conjuntos organizados de células inflamatórias- • Macrófagos podem agrupar-se e ficar bem próximos uns dos outros como células epitelioides (macrófagos diferenciados) Esses macrófagos não fagocitam (logo, são macrófagos do tipo M2)- São células bem afiladinhas, que formam camadas concêntricas ao redor do agente como paliçadas Como não fagocitam, formam uma barreira de células ao redor do antígeno para contê-lo • - Há uma coroa periférica de linfócitos, macrófagos e outros mononucleares- As células do sistema imune são atraídas porque todos os macrófagos tem receptor Scavenger, e sempre que esses são ativados, atrai-se células do processo inflamatório Esses receptores são ativados por citocinas• - • Esses macrófagos também podem fundir seus núcleos, gerando uma célula gigante multinucleada Podem ter um núcleo organizado ou não Núcleo na periferia: célula do tipo Langhans (os núcleos ficam organizados) • Núcleo irregular: célula do tipo corpo estranho (os núcleos ficam com distribuição irregular) • - • → Os neutrófilos estão envolvidos em Inflamação▫ Infecção▫ Tumores▫ Doenças autoimunes▫ ▪ Funções Fagocitose (quando ele sai do vaso sanguíneo durante o processo inflamatório) ▫ Liberação de grânulos▫ Fazem armadilhas extracelulares de neutrófilos (NETs) - Psoríase (doença hipopigmentante da pele, formando placas) Modelo lítico (desmontagem do envelope nuclear do neutrófilo, ele consegue rearranjar todo seu envelope nuclear. Ele gera uma despolarização celular que gera a condensação da sua cromatina, a qual fica cheia de grânulos, e então essa célula se rompe, liberando as NETs, as quais são viscosas, então qualquer agente etiológico se liga nelas, e depois serão fagocitados por um macrófago) Modelo não lítico (o que mais ocorre; o neutrófilo libera seu material genético e seus grânulos, os quais se juntam (cromatina + grânulos), gerando um citoplasto fagocítico) As NETs tem efeito antimicrobiano; regulam a inflamação (podem ser pró ou anti-inflamatórias (quebram mediadores inflamatórios)) ▫ ▪ Ativação leucocitária A fagocitose é dependente de receptores- O microrganismo se liga no receptor do leucócito e diante disso, a célula altera seu citoesqueleto e ativa um conjunto de proteínas chamadas clatrinas, as quais promovem a invaginação da membrana plasmática, promovendo o engolfamento - Após esse engolfamento, há a formação do fagossomo, o qual se junta com os lisossomos, formando os fagolisossomos Lisossomos possuem um conjunto de enzimas chamadas hidrolases ácidas, as quais agem sob o microrganismo promovendo uma explosão respiratória, promovendo a degradação do microrganismo (morte e degradação do microrganismo) ▪ - Após a ativação do receptor de fagocitose, demais outros são ativados, como por exemplo o TLR (receptor toll like) ou o receptor de fator de crecimento - O receptor toll like vai reconhecer PAMPs e DAMPs, mas independentemente do receptor ativado, vão se ativar vias de sinalização - A ativação desses receptores promovem a ativação de uma proteína chamada iKK, que fosforila o iKB, fazendo ele mudar sua conformação estrutural - O NFkB (NF kappa B) é uma proteína que está presente no citoplasma das nossas células (principalmente nos leucócitos) e está ligado ao seu inibidor natural (ikB) - Após a mudança na estrutura do IkB, ele se destaca do NFkB, o qual será deslocado para o nosso material genético no núcleo celular, fazendo a síntese de genes pró-inflamatórios como a interleucina1beta; também estimulam a síntese de genes de sobrevivência Genes de sobrevivência ativam proteínas de choque térmico (chaperonas), as quais, quando ativadas, impedem que as proteínas mudem sua conformação e consequentemente percam sua função quando se ligam a radicaislivres ▪ - O IKB será direcionado para os nossos proteossomas (organelas que degradam proteínas intracelulares) por meio do citoesqueleto - Os TLR, em específico, quando ativados, ativam um fator relacionado ao gene do interferon (IRF), o que promove a transcrição de interferons (citocinas pró-inflamatórias) O IRF (é um fator de transcrição) vai ativar regiões do gene que promoverão a produção dos genes de sobrevivência ▪ O IRF E O NFKB SÃO FATORES TRANSCRICIONAIS IRÃO GERAR PROTEÍNAS DE SOBREVIVÊNCIA, MEDIADORES INFLAMATÓRIOS E CITOCINAS IRF ativam genes de IFN-a e IFN-b▫ NFkB ativam genes pró-inflamatórios e de sobrevivência ▫ ▪ - • Mediadores inflamatórios Histamina (mastócitos, basófilos e plaquetas) Fazem vasodilatação, aumento da permeabilidade vascular e ativação endotelial (integrinas ou selectina) ▪ - Serotonina, prostaglandinas, leucotrienos, NO, espécies reativas do oxigênio pipipipopopo... Serotonina só é hormônio do prazer se for liberada no SNC, no TGI locais do corpo promove dor pulsátil em queimação ▪ - Proteínas inativas no plasma, mas que serão ativadas no processo inflamatório Sistema complemento▪ Cininas (ativação da bradicinina, que é um mediador álgico e que promove recrutamento de leucócitos e concentração de musculatura lisa) ▪ - • Citocinas (PROVA) Citocinas são proteínas que regulam a resposta imunitária, tanto a inata quanto a adaptativa Elas foram inicialmente designadas interleucinas, pois acreditava-se serem substâncias produzidas por leucócitos que agiam sobre leucócitos. Como hoje se sabe que células não leucocitárias podem produzir e ser alvo de interleucinas, o termo citocina é mais apropriado ▪ São produzidas por células do sistema imunitário, células endoteliais e até mesmo por células do parênquima ou do estroma dos tecidos ▪ - TNFalfa - fator de necrose tumoral do tipo alfa Principal fonte celular: macrófagos e linfócitos T▪ Causa ativação de células endoteliais, ativa neutrófilos, febre (hipotálamo), aumenta a síntese de proteínas da fase aguda (fígado), catabolismo no músculo e no tecido adiposo ▪ - • Página 6 de P3 gigante multinucleada Podem ter um núcleo organizado ou não Núcleo na periferia: célula do tipo Langhans (os núcleos ficam organizados) • Núcleo irregular: célula do tipo corpo estranho (os núcleos ficam com distribuição irregular) • - Classificação dos granulomas Epitelioides/imunogênicos Definido pela presença da célula epitelioide no exsudato• O agente inflamatório é um agente imunogênico (tem receptores para o nosso sistema imune) Então, o nosso sistema imune percebe a presença desse agente e começa a buscar uma solução para isso ▫ Como o agente é bem grande, não é possível fagocitar, então forma-se uma barreira ao redor dele para contê-lo ▫ Se fosse o caso de uma inflamação aguda, os microrganismos também possuem receptores para o nosso sistema imune (tipo os PAMPs), só que nesse caso, o microrganismo ia ser fagocitado porque ele é bem pequenininho. Nas inflamações crônicas, o antígeno é grande, então forma-se essa barreirinha ▫ • São pouco vascularizados (o microrganismo acaba morrendo por hipóxia) • Cura por fibrose (fibras colágenas)• Aspecto de bulbo de cebola• Pode haver necrose central• Exemplos de agentes: S. mansoni, M. tuberculosis, Paracoccidioides brasiliensis, etc. • - Granuloma de corpo estranho/não imunogênico Definido pela presença de células gigantes multinucleadas no exsudato (sejam elas células de Langhans ou células do tipo corpo estranho) • São formados por agentes não imunogênicos Fios de sutura, gazes, bala, talco...▫ Materiais insolúveis▫ • São menores, mais frouxos (granuloma que tem pouco colágeno) O epitelioide tem muito colágeno, pois a cura se dá por fibrose▫ • Tem menos células (pois há a fusão de várias células)• - • Formação da inflamação granulomatosa Sempre que um corpo estranho entra no nosso corpo, haverá a tentativa de fagocitose desse corpo estranho A fagocitose será feita pelos macrófagos residentes ou pelas células de Langhans • Quando ocorre a fagocitose, há a metabolização e a apresentação do antígeno para o linfócito T, o qual será ativado • Além de fazer a fagocitose, também libera citocinas (IL-12, que é um fator diferenciador de linfócito T), as quais irão atuar sobre o linfócito T, fazendo com que ele se diferencie em um linfócito Th1 • O linfócito T irá liberar: TNFalfa: irão atuar nos vasos▫ IL-2: fator mitogênico, ou seja, age sobre ele mesmo, fazendo uma expansão clonal, intensificando a resposta ▫ Libera interferon-gama que atua em monócitos, fazendo com que eles formem os macrófagos do tipo M1 ▫ São as características do antígeno que irão definir se os macrófagos do tipo M1 irão se organizar na forma de células epitelioides ou na forma de célula gigante multinucleada. As citocinas produzidas no local também influenciam ▫ • - • Doenças que causam granulomas Tuberculose- Hanseníase- Sífilis - Doença da arranhadura do gato- Doença de Crohn- Sarcoidose- • Hipertróficas ou hiperplásicas Hipertrofia (aumento do citoplasma das células) ou hiperplasia (aumento do número das células, porém é um aumento não neoplásico) • Acentuada neoformação conjuntiva (ou seja, há um aumento do tecido conjuntivo (muitos vasos sanguíneos e muitas fibras)) • Hiperplasia do parênquima do órgão Parênquima é a parte funcional do órgão- A parte não funcional é o estroma (onde tem os vasos etc)- • → Quando ocorre em mucosas, as mucosas ficam espessas• Um exemplo são os pólipos (são neoplasias benignas que pode virar malignas. É bem raro uma neoplasia benigna virar maligna, mas os pólipos e nevos displásicos se transformando em melanomas são exceções) • Esclerosantes Esclerose = fibrose, é aumento de matriz extracelular• Tecido fibroso modifica a arquitetura do órgão (devido à presença de muitas fibras colágenas) • Formam fibroses• Como há aumento da MEC, é preciso corar a lâmina com Tricromio de Masson para poder colorir a MEC, e mais especificamente, é preciso usar a prata para se corar as fibras colágenas (ajudando a saber se o aumento da MEC é por causa do aumento de fibras colágenas) • → TNFalfa - fator de necrose tumoral do tipo alfa Principal fonte celular: macrófagos e linfócitos T▪ Causa ativação de células endoteliais, ativa neutrófilos, febre (hipotálamo), aumenta a síntese de proteínas da fase aguda (fígado), catabolismo no músculo e no tecido adiposo ▪ - Interleucina 1beta Principal fonte celular: macrófagos, células endoteliais e algumas células epiteliais (queratinócitos na pele) ▪ Febre, ativa células endoteliais e aumenta a síntese de proteínas da fase aguda (PCR) ▪ - Interleucina 6 Principal fonte celular: macrófagos, células endoteliais, linfócitos T▪ Aumenta a síntese de proteínas da fase aguda e aumenta a proliferação de linfócitos B ▪ - Mastócitos São usinas de mediadores celulares- São células repletas de grânulos (os quais possuem muitos mediadores, citocinas e quimiocinas) e receptores - São muito importantes nos processos inflamatórios que cursam com hipersensibilidade (como as alergias) - • Quimiocinas CCL1 (facilita a transmigração)- CCL2 (recruta leucócitos)- CCL4 (recruta células T e células dendríticas) Estudada na terapia anti HIV▪ - CXCL8 (recruta neutrófilos)- • Calor O vaso que está dilatado, então, passa mais sangue, logo, sentimos o calor do sangue • → Rubor Fica vermelho por causa da hemoglobina e dos vasos mais superficiais• → Inchaço Aumento da permeabilidade vascular (extravasamento de líquidos)• → Dor Quando o vaso dilata, ele comprime estruturas nervosas• → Perda de função Danos significativos resultantes de algum dos outros sinais• → Você tem um agente inflamatório, o que causa inflamação. Esse agente ou seus antígenos são drenados para os linfonodos regionais, causando Linfoadenite (o agente está no seu linfonodo)• Estado reacional (os produtos do agente estão no linfonodo)•Não há diferença clínica• Quando se tem linfomas, pode-se ter a mesma clínica de uma linfoadenite, então para descobrir qual é, faz-se uma punção aspirativa do linfonodo • → Efeitos patológicos sistêmicos TNF (exemplo de um mediador inflamatório) no coração promove cansaço/sono durante doenças porque o TNF diminui a contratilidade em células ventriculares, diminuindo a sístole e consequentemente diminuindo o debito cardíaco, dando sono para evitar um desmaio • → Células endoteliais, vasos sanguíneos TNF gera tromboses - • Tecidos múltiplos TNF + IL-1 promove quebras entre actina e miosina (dor muscular)- Também gera resistência à insulina, dificultando a captação de glicose, então a célula em estado de atrofia - • Inflamação local Aumenta a expressão das moléculas de adesão e aumenta a permeabilidade endotelial - • Leucócitos Ativa os leucócitos (desvio à esquerda) Processo inflamatório agudo muito severo▪ - • Efeitos protetores sistêmicos Febre (encéfalo)• Proteínas da fase aguda (fígado)• Produção de leucócitos (medula óssea) Se for inflamação aguda, neutrófilos- • → Página 7 de P3 Glomérulo renal saudável Glomérulo renal com inflamação esclerosante (sem espaços vasculares) MEC corada com tricromio de masson Fibras colágenas coradas com prata Critérios diagnósticos Macroscópicos Os sinais cardinais são pouco perceptíveis nas inflamações crônicas- • Microscópicos Presença de leucócitos no tecido Mononucleares Tipos▫ Formas especiais▫ • - Classificação do processo- • → Nariz Se for inflamação aguda, neutrófilos- Ocorre uma agressão, sempre que essa agressão ocorrer em tecidos vascularizados e vivos, ocorrerão alterações morfológicas e funcionais, que são as lesões, a qual no caso é a inflamação → Na inflamação as células são ativadas, e então elas vão fagocitar e liberar mediadores inflamatórios, que agirão sobre outros fagócitos, tornando esses fagócitos ativos (os quais também liberarão mediadores inflamatórios) Os mediadores podem ser IL-1, TNF, CDF e IL-6• → Os mediadores inflamatórios cairão na corrente sanguínea e causarão diversos efeitos SNC: febre, sonolência, anorexia e resistência a dor Estimula a liberação do TSH (hormônio estimulador da tireoide): produção da tiroxina gerando um estado hipermetabolico (por isso tendemos a perder peso em inflamação) - Estimula a liberação do ACTH (hormônio estimulador da adrenal): produção de adrenalina e corticoides, modulado a resposta imunitária - • Fígado: aumenta a glicogenólise e a gliconeogênese, perdendo nossa reserva de glicogênio • Pâncreas: diminui a insulina e aumenta o glucagon • Tecido adiposo: aumenta a lipólise e diminui a lipogênese • Músculo estriado: catabolismo proteico • Medula óssea: leucocitose • Rins: aumento da liberação de radicais nitrogenados (xixi quentinho)• No final da festa, nos vasos sanguíneos há aumento de glicemia, da quantidade de ácidos graxos, de plaquetas e proteínas de fase aguda • → Os fagócitos além de liberarem as citocinas, fazem a reabsorção de tecidos mortos, podendo finalizar com um reparo (por regeneração ou cicatrização) → Nome do órgão + sufixo "ite" + "aguda" Enterite aguda (Inflamação AGUDA do intestino delgado) • Gastrite aguda• Sinusite aguda• → Algumas recebem uma particularidade morfológica Pleurite fibrinosa • → Jamais puramente etiológica (porque independentemente da etiologia, a resposta inflamatória é sempre a mesma) → Particularidade morfológica + predominância dos processos inflamatórios → TODO PROCESSO INFLAMATÓRIO AGUDO VAI TER DILATAÇÃO DOS VASOS E PRESENÇA DE EXSUDATO (PRESENÇA CÉLULAS NO TECIDO) Não é a mesma coisa que o edema do tipo exsudato→ Serosa Exsudato de líquido fino com poucas células (transudato)• Composição semelhante à do soro do sangue• Finalidade biológica: diluição imediata do agente nocivo no local da inflamação• → Causas Reações de hipersensibilidade- Lesões por vírus e bactérias - Lesões térmicas ou químicas- • Exemplos Bolha de queimadura Nesse tipo de lesão se perde a junção derme - epiderme ▪ - • Fibrinosa O exsudato fibrinoso é característico na inflamação dos tecidos que recobrem as cavidades corporais (meninges, pericárdio, pleura...) • Geralmente ocorre nas vísceras (em especial em membranas que recobrem órgãos) • Ocorrem devido a grandes extravasamentos ou frente a pró -coagulantes locais• Exsuda-se proteína de alto peso molecular - fibrina A fibrina é produzida pelo fígado- • Finalidade biológica: barreira biológica temporária contra os efeitos adicionais da inflamação A fibrina consegue bloquear os mediadores inflamatórios (através de uma barreira física) de chegarem no coração, impedindo que esses mediadores cheguem no coração e o débito cardíaco diminua Isso também serve para as pleuras e meninges▪ Isso porque alguns mediadores (tipo TNFalfa ou IL-6) atuam no coração, diminuindo o debito cardíaco ▪ - • Causas Traumas físicos, lesões químicas tóxicas, lesão tecidual isquêmica- • → Supurativa Caracterizada pela produção de grandes quantidades de pus ou exsudato purulento Pus: conjunto de neutrófilos, células necróticas e edema- • Causas Infecções (Stafilococos e Estreptococos) São bactérias piogênicas (bactérias que conseguem matar muitas células) ▪ - • → Página 8 de P3 Nem tem tanta hiperemia Faz biópsia Pseudoestratificado, ciliado e com células caliciformes Dentro desse epitélio tem um estroma fibrovascular Crescimento polipoide Vasos dilatados (só que o exsudato é com mononucleares, não com polimorfos) Cheio de monócitos Macrófago + plasmocito Causas Infecções (Stafilococos e Estreptococos) São bactérias piogênicas (bactérias que conseguem matar muitas células) ▪ - • Abcessos: coleções localizadas de tecido inflamatório purulento mantido em um tecido • São autopulsantes porque o pus consegue ativar células musculares lisas• A mais estudada é a apendicite aguda• Hemorrágicas Predomínio do componentes hemorrágico no tecido inflamado (presença de sangue) Se vê muita hemácia no exsudato- • → Úlceras Escavações na superfície de um órgão devido à morte deste órgão Comuns em todo o corpo, especialmente na mucosa oral, estômago, intestino, etc. - • Sempre há tecido morto/necrótico com a inflamação da mucosa• O buraco pode chegar até na adventícia, o que vai evoluir para uma infecção geralizada (sepse) • Úlcera no estômago em formato de botão de camisa - giárdia• → Cura por restituição da integridade anatômica e funcional É a forma mais favorável• Há uma destruição discreta, uma absorção completa e a regeneração não ultrapassa os limites danificados (ou seja, dano de 1mm = inflamação naquele 1mm) Absorção = lembrar da fagocitose- • → É a cura que se espera que tenha após uma cirurgia, por exemplo• Cura por fibrose É a forma mais comum• Acaba gerando um dano secundário (substitui células por fibras especialmente colágenas) o que acaba trazendo um prejuízo funcional • Fibroses podem até ser reversíveis, mas as cirroses (evolução das fibroses), são irreversíveis • → Cura por encistamento Extensa destruição tecidual com mistura entre as células • Pode ser reabsorvido (fagocitado) ou eliminado por vias naturais ou fístulas Vias naturais: por exemplo, o escarro de cistos da tuberculose (ocorre sempre que o órgão possuir contato com o meio externo) - Fístulas: canais passageiros que juntam o cisto com o meio externo (ocorre principalmente na pele) para promover a exteriorização do cisto - • → Cura por calcificação Deposição de cálcio e seus cristais fora de tecidos que não têm colágeno (porque naturalmente o cálcio só se deposita em tecidos que têm colágeno) Depósito de cálcio em cima de fibra colágena (é natural)- Depósito de cálcio sem fibra colágena (é patológico)- • → Cura anatômica/cura clínica Cura clínica: não manifesta os sinais e sintomas, mas a pessoa está doente É pior- • Cura anatômica: não se tem mais a doença, mas a função está comprometida• Ex: endocardite, hepatite crônica, etc.• → Critérios diagnósticos Macroscópicos Vermelhidão- Edema- Exsudação (aspecto molhado)- Aumento da temperatura (se você puder tocar no órgão)- • → Página 9 de P3 Macrófago + plasmocito Macrófago Plasmócito Linfócito Como não formou as formações especiais, como as células gigantes multinucleares ou as epitelioides, escreve-se "inflamação crônica padrão a qual não apresenta formas especiais de macrófago" Coração As fibras musculares deveriam estar juntinhas mas estão separadas, o que significa um edema (rico em células, logo, é um exsudato) Monócitos, então é uma inflamação crônica Fígado Esquistossomose hepática (fibrose em haste de cachimbo de barro) Lesão característica da esquistossomose Granuloma epitelioide/imunogênico Apendicite aguda do tipo supurativa Microscópico Vasodilatação- Presença de leucócitos no tecido- Edema inflamatório Exsudato • Transudato • - Classificação do processo- • Tudo que sai do nosso corpo por cirurgias precisa ir pro exame anatomopatológico Pois pode ser um tumor, e se for o caso, a inflamação seria a mesma do que se tivesse uma infecção por bactéria • → Vasodilatação Cheio de neutrófilos Apêndice normal Página 10 de P3 Ovo com os macrófagos em volta, formando grânulos (inflamação crônica do tipo granulomatosa), gerando macroscopicamente, a lesão parecendo haste de cachimbo Diagnóstico de microrganismo só acontece com a visualização deste Esquistossomose pulmonar Granuloma e as fibras colágenas ao redor Inguas Se refere dor, a chance de ser uma inflamação é alta Se não referir dor, o principal diagnóstico é linfoma Gânglio Célula gigante multinucleada do tipo Langhans (inflamação crônica granulomatosa do tipo corpo estranho a qual tem como característica as células gigantes multinucleadas de Langhans) Mucosa Mucosa (células epiteliais, células caliciforme formando criptas, lâmina própria entre as critpas) Lâmina própria Muscular da mucosa Submucosa (muitas fibras) Muscular externa (músculo liso) Serosa (adventícia) (vasos) Apêndice inflamado Vênula (vaso de grande eixo com poucas fibras musculares) Arteríolas: 3 a 7 feixes musculares Podem ser de pequeno, médio e grande calibre, dependendo do tanto de feixes musculares Artérias: + de 7 feixes musculares Capilares só tem endotélio, não tem músculo Mucosa cheia de polimorfonucleares Polimorfonucleares + vasodilatação = inflamação aguda Infiltrado neutrofílico precisa estar na camada muscular externa Pois a migração vem da mucosa e migra em direção à muscular (sabemos que é assim porque tem mais neutrófilos na mucosa do que na serosa) Se fosse ao contrário, não seria uma inflamação aguda (seria outra condição) Encéfalo Página 11 de P3 Célula gigante multinucleada do tipo Langhans (inflamação crônica granulomatosa do tipo corpo estranho a qual tem como característica as células gigantes multinucleadas de Langhans) Célula gigante multinucleada do tipo corpo estranho As duas podem existir no mesmo local assim porque tem mais neutrófilos na mucosa do que na serosa) Se fosse ao contrário, não seria uma inflamação aguda (seria outra condição) Encéfalo Encéfalo com pus (sinal de meningite) Abcessos no encéfalo Encéfalo + meninges Vasos dilatados nas meninges Polimorfonucleares nas meninges, é preciso se começar logo o tratamento para diminuir o número de células nas meninges porque quanto mais células, mais a meninge cresce e comprime o encéfalo Página 12 de P3 Tuba uterina Piossalpingite (tuba uterina inflamada) Pode ser causada por ITUs Deve-se retirar as tubas As tubas uterinas possuem o epitélio em formato de franja Por ser um órgão oco, não deve ter nada no lúmen Lúmen obstruído por células Adventícia com vasos dilatados Polimorfonucleares Fígado Abscessos hepáticos (coleções localizadas de pus) Hepatócitos (cordões de células) Página 13 de P3 Vaso dilatado Cheio de neutrófilos + membrana piogênica (vários neutrófilos circundando) (presente nos abscessos) Fibras colágenas barrando o abscesso (fibrose), pois quanto mais o abscesso crescer, mais dano ocorrerá às células do parênquima Colo uterino Macroscopia: membrana lisa e regular + coloração definida Normal Edema, vermelhidão Eosinófilo = ligado à alergia, essa mulher provavelmente teve alergia a algo Página 14 de P3 Eosinófilo = ligado à alergia, essa mulher provavelmente teve alergia a algo Eosinófilo no miometrio Renovação, regeneração e reparo de tecidos Refere-se a restauração da arquitetura e função do órgão após lesão (algumas vezes chamado de cura) → Tipos de reparação Regeneração: gera tecidos morfofuncionais idênticos• Cicatrização: substituição do tecido perdido por tecido neoformado originado do estroma (conjuntivo ou glia) Toda cicatrização gera problemas funcionais- • Diferença entre regeneração e cicatrização Para que haja regeneração, o tecido conjuntivo deve estar intacto após a lesão (não pode ocorrer dano na MEC) - A cicatrização ocorre se a MEC estiver danificada- • → Se a lesão ficar apenas nas células epiteliais, há regeneração, porém se a lesão chegar na lâmina basal e ir se aprofundando, há cicatriz - Fígado Quando a lesão só compromete os hepatócitos, há a regeneração• Quando a lesão atinge outras estruturas, tipo os sinusoides hepáticos, há a cicatrização Fibrose - Cirrose (evolução da fibrose, não sendo curável)- • → Atividade proliferativa dos tecidos Tecidos de divisão contínua (tecidos lábeis) As células desse tecido se proliferam por toda a vida, desde que a reserva de células tronco seja mantida - São todos os epitélios, superfícies escamosas estratificadas da pele, epitélio da cavidade oral, camada mucosa de todos os ductos secretores das glândulas, células da medula óssea - • Tecidos quiescentes/estáveis São tecidos que apresentam células estáveis. Possuem atividade proliferativa mínima em seu estado normal - Não se proliferam após o nascimento se não houver estímulo mecânico (dano, lesão...) - Ex: células parenquimatosas de órgãos sólidos (rim, fígado e pâncreas) No caso dos rins, são as células tubulares renais, não as glomerulares (pois estas nunca mais se regeneram) ▪ - Células gliais do SNC- Células endoteliais, fibroblastos e musculares lisas- A exceção do fígado, os tecidos estáveis têm capacidade limitada de regeneração após lesões - • Tecidos permanentes Células terminantemente diferenciadas e não proliferativas na vida pós-natal- Ex: neurônios, músculo cardíaco, células oftalmológicas (tipo as células do cristalino, ou as epiteliais da retina), glomérulo renal - • → Definição: capacidade que alguns tecidos possuem de substituir os componentes danificados e retornar essencialmente ao estado inicial → Ela ocorre essencialmente pela duplicação das células que, mesmo lesadas, mantém a capacidade de proliferar e se diferenciar → A importância varia de acordo com os diferentes tipos de tecidos e com a gravidade da lesão → Tipos Fisiológica: a proliferação celular é contínua para manter a estrutura e o funcionamento dos órgãos Epitélios e medula óssea- • Compensatória: restituição da massa funcional de um órgão após a ressecção Fígado (quando sofre hepatectomia)- • Patológica: quando houver destruição tecidual Laceração (lesão epidérmica na qual o rompimento tecidual expõe a musculatura) - • → A regeneração pode ocorrer em órgãos parenquimatosos desde que tenham células estáveis → Porém, essa regeneração é limitada, exceto no fígado→ A restauração da arquitetura normal ocorre apenas se o tecido residual estiver estruturalmente intacto, ou após a ressecção cirúrgica Se o tecido estiver lesado ou infectado: ocorre a regeneração incompleta acompanhada de uma cicatrização • Se não houver dano à MEC = regeneração• Dano à MEC = cicatrização • Lesão ou infecção = cicatrização• → Nesse caso, a lesão não atingiu a membrana basal, entãoocorre a regeneração Histologicamente, não dá para saber que houve lesão, porém, a partir da análise histopatológica, percebe-se os nucléolos mais evidentes e as células podem ter dois núcleos - • Regeneração hepática É uma regeneração do tipo compensatória• Em experimentos com fígado de rato, dias após a ressecção, o fígado se regenera• Na regeneração hepática, o crescimento só para quando a massa hepática fica igual à massa hepática de origem, não se trata de uma reconstrução dos lobos que foram retirados • No humano, quando há hepatectomia parcial, há a multiplicação das células hepáticas para que elas alcancem o mesmo tanto de massa que elas um dia tiveram As células hepáticas possuem os corpúsculos de Pacini, os quais percebem a pressão. Daí, as células hepáticas se multiplicam até o órgão ter o mesmo peso que ele tinha antes - • No fígado, existem células estáveis• As células se dispõem em uma organização de cordões (cordões hepáticos). Entre um cordão e outro, existem vasos fenestrados (sinusoides) • Nos sinusoides hepáticos, existem os macrófagos hepáticos (células de Kuppfer)• Entre a membrana basal dos sinusoides e o cordão hepático, o espaço de Disse• → Página 15 de P3 Células tronco Células indiferenciadas capazes de se proliferar, auto-renovar e produzir descendentes com capacidade de diferenciação - As células tronco tem a capacidade de interagir com o meio e modificar suas propriedades - Curiosidade: existem células tronco que são capazes de manter tumores ativos, e para isso, não há tratamento - Origem das células tronco: embrionárias, adultas ou induzidas (terapia de tecido) - Quando à capacidade de originar descendentes: totipotentes (podem gerar o embrião como um todo (ex: zigoto)), pluripotente (formam um dos folhetos embrionários), multipotente (células tronco que geram descendentes comprometidos com a sua linhagem) Célula tronco do coração só gera cardiomiócitos▪ Célula tronco do fígado só gera hepatócitos▪ Célula tronco da pele só gera queratinócito▪ - • Controle do ciclo celular A regulação do nosso ciclo celular é feita por Sinais externos (fatores de crescimento)- Moléculas da própria célula Promovem o início e a progressão da divisão celular (ciclinas e CDK)▪ Percebem ameaças para estabilizar o genoma (moléculas guardiãs do DNA) ▪ - • Como os tecidos do nosso corpo se comportam? Células lábeis: encontram-se sempre em mitose (estão em G1, S ou G2)- Células estáveis: deixam o ciclo celular e entram em G0- Células permanentes: atingem a diferenciação e não mais se dividem- • → O ciclo celular tem 4 etapas• G1: multiplicação de todo o material não cromossômico da célula De G1 para S, há um checkpoint▪ - Fase S: síntese e duplicação do material genético- Fase G2: com o material genético já duplicado, começa a se duplicar as organelas De G2 para M, há um checkpoint▪ - Fase M: mitose propriamente dita Se for célula lábil: após a fase M já vai para G1 novamente▪ Se for célula estável: após a fase M, vai para a fase G0 e espera a chegada de um estímulo ▪ Se for célula permanente: abandona o ciclo celular, não consegue nem voltar para G0 ou G1 ▪ - Fatores de crescimento• No fígado, existem células estáveis• As células se dispõem em uma organização de cordões (cordões hepáticos). Entre um cordão e outro, existem vasos fenestrados (sinusoides) • Nos sinusoides hepáticos, existem os macrófagos hepáticos (células de Kuppfer)• Entre a membrana basal dos sinusoides e o cordão hepático, o espaço de Disse• As citocinas liberadas na inflamação (em incisões hepáticas, que são estímulos inflamatórios), atuam sobre as células de Kuppfer, as quais serão ativadas e liberam citocinas (principalmente a IL-6) • A IL-6 é um fator iniciador, o qual age nos nossos hepatócitos, despertando -os do estado de quiescência (iniciação do processo de regeneração hepática/primeira fase) • Por serem células quiescentes, elas vão levar horas para ir de G0 a G1. Mas quando isso acontecer, os hepatócitos começarão a expressar receptores de fatores de crescimento. Então, outras células e outras células de Kuppfer irão liberar fatores de crescimento (EGF, TGF-alfa, HGF), os quais se ligarão aos seus receptores nos hepatócitos, causando a proliferação das células ( segunda fase de regeneração hepática) Via da beta-catenina- • A regeneração findará na terceira fase/fase terminal, que é a fase resultante da multiplicação desses hepatócitos. A multiplicação irá parar quando os corpúsculos de Pacini perceberem que o órgão já tem o mesmo peso inicial • Os hepatócitos voltam para G0• Importância da Matriz Extracelular (MEC) na reparação Regeneração e reparo: não dependem apenas de fatores de crescimento, mas também de interações entre componentes da Matriz Extracelular (MEC) MEC: regula o crescimento, a proliferação e a diferenciação- • Suporte mecânico para a ancoragem da célula (ancoram células que estão migrando) e migração celular • Controle do crescimento celular, regulam a proliferação celular sinalizando através de receptores celulares da família das integrinas • Manutenção da diferenciação celular: os tipos de proteínas da MEC podem influenciar no grau de diferenciação das células • → Composição da MEC Proteínas estruturais fibrosas (fibras colágenas e elásticas)• Glicoproteínas adesivas (conectam os elementos da matriz) Forma o glicocálix - • Proteoglicanos (elasticidade e lubrificação da MEC)• → Estruturas formadas Matriz intersticial Encontrada entre células epiteliais, endoteliais, musculares lisas e conjuntivo- Composição variada- Está em tecidos conjuntivos- Principal componente são os fibroblastos (que são células responsáveis por fazer a composição da matriz extracelular) Quando eu quero fazer uma mudança estrutural na matriz extracelular, a célula alvo são os fibroblastos ▪ - • Membranas basais Intimamente associadas a superfície celular- Em contato com os epitélios de revestimento- • → Uma das principais proteínas presentes na MEC é o colágeno Colágenos fibrilares: I e III Cicatrização: o principal é o I▪ - Colágenos de membrana basal: IV- Outros colágenos (colágenos não específicos) - • A MEC regula e controla o microambiente tecidual Ela conecta outras estruturas; por meio de suas fibras ela pode inibir fatores de crescimento; pode ativar fatores de crescimento; - Além disso, a MEC está em contato com receptores das nossas células, como o receptor de integrina (que ativam vias de beta-catenina) - • Página 16 de P3 TGF-beta (PROVA) Fonte: plaquetas, linfócito T, células endoteliais, células musculares lisas, queratinócitos, macrófagos e fibroblastos. É produzido principalmente por linfócitos e macrófagos do tipo 2 ▪ Função: quimiotática para PMN, linfócitos, macrófagos, fibroblastos; estimulam inibidores de metaloproteinases, estimulam o crescimento de vasos sanguíneos; promovem a proliferação de queratinócitos ▪ - Os fatores de crescimento podem agir de 3 formas Sinalização autócrina: o fator de crescimento é produzido e atua sobre a célula que o secretou e produziu ▪ Sinalização parácrina: o fator de crescimento atua sobre a célula vizinha da que secretou e produziu ▪ Sinalização endócrina: o fator de crescimento cai na corrente sanguínea e vai para uma célula muito longe ▪ - Ação dos fatores de crescimento Os fatores de crescimento se ligam em 3 tipos de receptores: receptor tirosina- quinase, receptor acoplado à proteína G, receptor de citocina • Quando se trata da ação dos fatores de crescimento, esse processo se aplica apenas para as células lábeis e as estáveis • Receptor de tirosina-quinase Quando ocorre sua ativação, ele se autofosforila (todos os receptores fosforilam, porém, o de tirosina-quinase é diferente, ele se autofosforila) - O fator de crescimento se liga ao RT-Q, e este sofre 2 eventos bioquímicos Há a dimerização do receptor (passa de 1 receptor para 2), fazendo com que ele exponha sítios de leucina,fazendo com que o receptor passe a se autofosforilar (da parte extracelular para a parte intracelular) ▪ - Ao chegar na base do receptor, há a fosforilação de um complexo de proteínas em ponte (SOS). Esse complexo faz com que a GAP (Fator de troca de nucleotídeo) se torne ativada, o que faz com que ocorra a transformação do GDP-RAS (difosfato de guanina) em GTP-RAS (trifosfato de guanina) A RAS, quando ligada ao GDP, estava inativa, então a GAP troca esse nucleotídeo, formando o GTP-RAS ▪ - O GTP-RAS (proteína G) fosforila a RAF, a qual fosforila a MEK, que fosforila a ERK. A fosforilação dessas proteínas causará efeitos citoplasmáticos - A ERK consegue atuar no material genético das células, promovendo a ativação de fatores transcricionais para que ocorra a multiplicação do DNA Além de promover a multiplicação do DNA, também promove efeitos citoplasmáticos ▪ Como promove a multiplicação do DNA, é responsável pela fase S▪ - É o citoesqueleto que faz os direcionamentos (como por exemplo, levar a GAP para o sítio de ancoragem da RAS, que é na membrana plasmática) - O receptor T-Q, além de ativar essa via, também pode fosforilar a fosfolipase C (PLC) e outros substratos - • → Além disso, a MEC está em contato com receptores das nossas células, como o receptor de integrina (que ativam vias de beta-catenina) - É a substituição de células parenquimatosas em qualquer tecido por colágeno (lembrando que quem faz o colágeno são os fibroblastos) → É uma resposta que "remenda" e não restaura o tecido lesado→ Reposição do parênquima destruído por tecido conjuntivo neoformado não especializado (rico em fibras colágenas) → Ocorre em lesões teciduais graves ou crônicas e em tecidos que são incapazes de ter regeneração Como por exemplo, o SNC, o coração• → Fases da cicatrização Fase de demolição• Formação do tecido de granulação• Formação da cicatriz• → O tecido está normal, então ocorre uma lesão tecidual. Inicialmente tem -se uma inflamação aguda. Com o passar do tempo, há a mudança do exsudato, formando uma inflamação crônica, e então ocorre a cicatrização • Fase de demolição Ocorre após 24h da ocorrência da lesão• Há o predomínio de mononucleares, principalmente os macrófagos (os residentes ou macrófagos que vêm do sangue por meio de ação de citocinas) • Digestão do tecido morto, do agente agressor e do coágulo que pode ter sido formado • Macrófagos no pulmão (chamados de células de poeira)• → Fase de formação do tecido de granulação Ocorre proliferação de fibroblastos e de células endoteliais vasculares• Caracterização: formação de novos vasos sanguíneos (angiogênese) Histologicamente: caracterizado pela proliferação de fibroblastos e capilares novos e delicados de parede fina, em uma MEC frouxa (pobre em fibras colágenas), principalmente com macrófagos presentes - • O tecido de granulação tem aparência rósea, lisa e granular na superfície das feridas (bordas elevadas) • O tecido de granulação é formado principalmente: Nas inflamações exsudativas, tanto supurativas quanto fibrinosas- Nas inflamações crônicas quando o agente etiológico for um microrganismo- • → Página 17 de P3 A ERK, como mencionado, tem efeitos citoplasmáticos. Ela ativa o complexo ciclina/CDK (ciclina + sua respectiva CDK) Ciclinas são proteínas que estão no citoplasma porém só têm efeito se estiverem com sua CDK ▪ CDK é a proteína que fosforila a ciclina A ERK promove uma fosforilação inicial da ciclina (mudando sua conformação), o que permite que a CDK fosforile a ciclina ▫ ▪ - Esse complexo fosforila a proteína RB (Proteína do Retinoblastoma Humano), a qual está presente em duas maneiras Hipofosforilada Quando está nesse estado, ela atrai outra proteína, a E2F. Quando ocorre essa atração da E2F, uma outra proteína consegue ser atraída para esse complexo, a histona desacetilase ▫ Quando a proteína RB está nessa conformação terciária, ela não consegue ter acesso ao nosso DNA devido ao tamanho dessa macromolécula ▫ Logo, está na sua forma hipofuncional, não promovendo multiplicação celular ▫ ▪ Hiperfosforilada (quem fosforila é o complexo ciclina/CDK) A proteína RB hiperfosforilada muda sua conformação, e quando isso acontece, ela perde o sítio de ligação para a E2F e com a histona desacetilase ▫ A E2F, direcionada pelo nosso citoesqueleto, vai para o núcleo, passando pelos poros nucleares e então consegue fazer transcrição de genes da fase S ▫ ▪ - A cada fase do ciclo celular haverá ciclinas com suas CDKs A primeira ciclina que a ERK fosforila é a ciclina D, sendo esta responsável pelo início do ciclo celular (G0 -> G1 ou Mitose -> G1) ▪ Quimioterápicos atuam na ciclina D▪ Se os inibidores da CDK não atuam, a célula fica constantemente no ciclo celular, causando neoplasias ▪ - Esse processo se aplica a todas as células exceto neurônio e músculo cardíaco - Receptores acoplados à proteína G (triméricas) Normalmente essa via só ocorre em células epiteliais (glandular ou de revestimento) - • A beta-catenina é uma proteína intracelular que, quando não está sendo estimulada pelos fatores de crescimento ou não tem lesão celular, está ancorada a 3 proteínas: APC, GSK e axina - Essa macromolécula expõe um sítio de ubiquitinação (um sítio para que essa macromolécula seja ubiquitinada), o que faz com que esse complexo seja direcionado para os nossos proteossomas para ser destruído e assim, evitar - Esse aspecto rosinha são os vasos sendo formados• Inicialmente, tem-se um vaso quiescente (localizado na fase G0)• Na túnica íntima do vaso, tem-se o epitélio vascular, que é simples pavimentoso. Externamente ao epitélio, há a membrana basal. E externamente à membrana basal, há os pericitos (células de sustentação presentes na camada íntima). Após isso tudo, teria a camada muscular (camada média) e depois a adventícia • Quando se tem uma lesão, células que não foram lesadas começam a liberar fatores angiogênicos, os quais promoverão uma resposta inflamatória inicial (vasodilatação). Quando há essa vasodilatação, os pericitos se destacam, o que eventualmente faz com que eles liberem fatores de crescimento, os quais atuarão nas células endoteliais, fazendo com que elas se multipliquem • Elas se multiplicam até que uma célula endotelial toque na outra (inibição pelo contato), fazendo com que cesse a multiplicação celular • Via de sinalização Deve-se entender que existem 2 células A célula que emite o sinal (célula que geralmente está íntegra)▪ A célula que recebe o sinal (célula que geralmente está perto do dano)▪ - Todas as células epiteliais possuem o receptor notch, o qual é integral (transmembrânico) - O receptor delta (nome genérico) se liga ao receptor notch, o que faz com que haja a atração de uma enzima extracelular chamada ADAM. Essa enzima irá clivar o receptor notch na sua porção extracelular, fazendo com que a porção intracelular mude a sua conformação estrutural - Essa mudança na conformação faz com que haja um aumento da afinidade pela enzima alfa-secretase, uma enzima que irá clivar a porção intracelular do receptor notch - Esse peptídeo notch vai para o núcleo, e ao chegar lá, ativa genes para a multiplicação celular - • Página 18 de P3 A beta-catenina é uma proteína intracelular que, quando não está sendo estimulada pelos fatores de crescimento ou não tem lesão celular, está ancorada a 3 proteínas: APC, GSK e axina - Essa macromolécula expõe um sítio de ubiquitinação (um sítio para que essa macromolécula seja ubiquitinada), o que faz com que esse complexo seja direcionado para os nossos proteossomas para ser destruído e assim, evitar a multiplicação celular - A beta-catenina também pode se ancorar à caderina (proteínas que fazem as células epiteliais serem justapostas). Quando a beta-catenina está ligada à caderina, ela está infuncional Quando sofremos uma lesão que causa separação epitelial, a caderina é quebrada, fazendo com que a beta-catenina
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