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Vestígios e/ou características que apontam a formação das células eucarioticas.

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Vestígios e/ou características que apontam a formação das células eucarióticas.
Texto fragmentado do livro “The Brid of complex Cells” O nascimento de células complexas, das páginas 50 - 57. Publicado pela revista Sientific American, em abril de 1996. Traduzido por Barbosa, L.V. e revisado por Silva, T.R.M.
Celi Ana Mattos Moura
O livro “The Brido of complex cells” foi escrito por Christian de Duve, que era cientista, bioquímico, professor, inventor de terminologias cientificas importantes, além de ter sido fundador da Sociedade Belga de Bioquímica, Biologia Molecular e presidente fundador do Prêmio L'Oréal-UNESCO para Mulheres na Ciência. Possuía Mestrado em química, ganhou muitos prêmios como o Nobel de Fisiologia e Medicina de 1955 e em 1974 quando compartilhou o prêmio com Albert Claude e George E. por descobrir a função do lisossomo.
Entre as páginas 50 – 57, o texto relata a teoria endossimbiôntica, essa indica a ancestralidade das células eucariontes juntamente com origem das mitocôndrias, plastídios e peroxissomos, através da adoção de organismos procariotos aeróbicos. A teoria endossimbionte é de fácil compreensão, por fazer ligações com vestígios e características dos organismos, portanto, mais aceita atualmente, visto que foi comprovado que a célula eucariótica surgiu de uma célula procarionte, já que só era possível a existência de seres anaeróbicos por não haver oxigênio no planeta, como apontado no Capítulo “O Holocausto do Oxigênio, no segundo parágrafo”, esses fatores tornam a teoria muito convincente. Com o surgimento das cianobactérias, o oxigênio passou a existir, primeiramente nas águas do oceano e posteriormente na atmosfera, mediante primeiro parágrafo do capítulo “O holocausto do Oxigênio”, esse fato foi muito desafiador para os organismos habitantes do planeta, visto que esse gás era toxico para eles. Embora o escritor não tenha provas de como surgiu os processos de mutualismo com a adoção simbiôntica, ela é a mais realista quando se trata da teoria da origem das mitocôndrias, plastídios e até mesmo peroxissomos, principalmente quando encontramos processos de endossimbioses parecidos, como os das células brancas sanguíneas que aprisionam os procariotos, apontados no capitulo “Uma refeição predestinada”, no quarto parágrafo. Logo, a teoria se torna cada vez mais óbvia, principalmente por mitocôndrias e plastídios possuírem funções, características e DNA bacterianos, conforme apontado no capitulo “Uma refeição predestinada” no segundo parágrafo.
 A teoria afirma que esse procarioto primitivo, que se tornaria um ancestral eucarionte, se adaptou as condições de sobrevivência vigente naquela época, tornando-se um fagocito primitivo. Nesse processo, provavelmente engolfou ancestrais das mitocôndrias e dos plastídios, sendo adotadas como endossimbiontes, em épocas distintas. Pesquisadores acreditam nesse trecho, pois observaram o comportamento de algumas células, como glóbulos brancos, que eventualmente apontam vestígios ancestrais quando aprisionam procariotos e convivem por mutualismo “Penúltimo parágrafo, Uma Refeição predestinada” Primeiro Parágrafo Gêneses de uma célula comedora”. Células fagocitas continuam existindo, assim como nos primórdios, só que possuem algumas características diferentes. A endossimbiose também continua sendo feita, porém quando realizada é considerada um evento raro, esse acontecimento somente denota o fato das células terem resquícios de comportamentos vestigiais.
A teoria ainda afirma que lisossomos, mitocôndrias e plastídios são organelas procariontes, sendo descendentes de bactérias aeróbicas. Pois, a mitocôndria e os plastídios possuem genes baseados em DNA com capacidade suficiente para replicação e construção de proteínas. Essas características advêm de genes procarióticos. “Uma refeição predestinada, segundo parágrafo”. Este trecho é muito pertinente principalmente para aqueles que trabalham com elaboração de medicamentos, e/ou estudem componentes celulares, uma vez que as provas para uma possível confirmação da teoria, é o fato das mitocôndrias serem atingidas com o uso de antibióticos, atentando a premissa de que o mesmo tem o objetivo de eliminar bactérias, além de outras características em comum como: o seu tamanho, a membrana dupla, o DNA em forma circular, assim como as bactérias entre outros.
O texto explica que isso só poderia acontecer se essa suposta célula perdesse sua parede celular, fazendo que ajudasse o desenvolvimento do seu processo de expansão, assim, suas membranas teriam que ser flexíveis, para que pudesse se expandir e fazer dobramentos, logo seriam capazes de envolver elementos extracelulares de grande tamanho, como bactérias. “Uma refeição predestinada, quarto parágrafo”. A ação de envolver elementos, consideradas na minha opinião, como ações vestigiais, já é conhecida atualmente com os leucócitos quando o exerce de forma rara, a única hipótese restante é a perda da parede celular. 
Essas supostas bactérias que deram origem aos peroxissomos, as mitocôndrias e aos plastídios, juntamente com os lisossomos, acabaram desenvolvendo um papel crucial quando houve o holocausto do oxigênio. Pois, eles conseguiam sintetizar o O2, que era tóxico para aqueles organismos anaeróbicos, e o transformar em água, além do lisossomo conseguir remover o íon superóxido de dentro das células, através de uma enzima do peroxissomo chamada catalase. Indubitavelmente, as organelas continuam fazendo a mesma função que seu ancestral, além de ter se aperfeiçoado nestes bilhares de anos, adquirindo novas características e funções.
A teoria é nitidamente verdadeira, e a cada nova descoberta, mais um fragmento se encaixa, comprovando o que Duve publicou, baseado na teoria de Lynn Margulis, e nos estudos decorrentes da função do lisossomo. Com linguagem fácil e explicativa, o texto é bastante enriquecedor para quem precise e/ou tenha interesse em ter o conhecimento do funcionamento das células, suas organelas e funções, assim como suas origens, indispensáveis para todas as matérias que estudem biologia celular. Com o passar dos anos, assim como o corpo humano tem apresentado estruturas vestigiais, acredito que acontecerão com as células, e ações raras desses organismos poderão trazer à tona essas memorias do DNA, o que nos levará a fechar algumas lacunas.
 
Referências 
Texto fragmentado do livro “The Brid of complex Cells” O nascimento de células complexas, das páginas 50 - 57
https://www.fcav.unesp.br/Home/departamentos/biologia/DURVALINAMARIAM.DOSSANTOS/TEXTO-96.pdf
Graduanda em Fonoaudiologia, Turma: 2021.2

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