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SO I – Mara Histologia das vias urinárias Ureter: epitélio de transição (UROTÉLIO) . no corte histológico desse órgão é possível ver um epitélio de transição apoiado em lâmina própria de tecido conjunto frouxo, com células musculares lisas, tecido conjuntivo e adventícia EPITÉLIO DE TRANSIÇÃO . encontrado nos ureteres, bexiga e uretra . quando este órgão está vazio ou pouco cheio, o folheto epitelial é espesso. Quando a bexiga está cheia, esse epitélio se torna mais delgado e as células superficiais podem se tornar achatadas. Há uma acomodação das células epiteliais dependendo da pressão interna da bexiga - parte branca: LÚMEN DO URETER - onde a urina está contida . seção transversal: composta por 4 camadas concêntricas ➔ UROTÉLIO: consiste em 2 a 3 camadas de células na parte superior do ureter com até 10 camadas de células perto da bexiga - nesse epitélio, há CÉLULAS GUARDA- CHUVA ou GLOBOSAS: camada superior de células que mudam de forma dependendo da distensão do ureter (relaxado) ➔ LÂMINA PRÓPRIA: camada espessa de tecido conjuntivo denso e irregular, rico em colágeno e fibras elásticas - camada muscular fará força contrária de contração se houver perda da elasticidade e endurecimento dessa lâmina ➔ MUSCULARIS EXTERNA: arranjo irregular de m. liso em 2 camas (LONGITUDINAL INTERNA e CIRCULAR EXTERNA) no ureter superior ou em 3 camadas (LONGITUDINAL INTERNA; CIRCULAR MÉDIA e LONGITUDINAL EXTERNA) perto da bexiga - músculo é importante, pois realiza contração e isso permite o encaminhamento da urina OBS:. epitélio sofre lesão ao mm fazer contração, caso haja cálculos no lúmen do ureter - em um corte histológico de maior aumento, da camada muscular, é possível observar que o músculo liso forma verdadeiros gomos : grupos de fibras musculares → tem que contrair em consonância com todos os demais, indivíduo pode ter um conforto muito grande se não houver essa consonância ➔ ADVENTÍCIA: tecido conjuntivo frouxo com vasos sanguíneos, nervos e células adiposas - como células do urotélio são repostas? há CÉLULAS-TRONCO apoiadas na lâmina basal que é responsável por essa renovação. Elas são protegidas por outras camadas superiores de células (não é um processo rápido, demora de 60 dias ou até 4 meses → taxa de renovação) Bexiga: epitélio de transição (UROTÉLIO) . na bexiga contraída (vazia), o urotélio possui de 6 a 8 níveis celulares de espessura e as células superiores são caracterizadas como CÉLULAS EM RAQUETE ou CÉLULAS GUARDA- CHUVA: podem modificar seu formato e posição se espalhando sobre as outras de níveis inferiores, de modo que quando a bexiga estiver distendida (cheia), as células formem apenas 3 a 4 níveis, em função do achatamento das células superficiais ➔ essas células produzem ESFINGOLIPÍDEOS (mais especificamente, CEREBROSÍDEOS) – se uma bactéria entra nesse epitélio e consegue se dividir, elas conseguem degradar os cerebrosídeos as e UROPLAQUINAS (junções de oclusão – permite que as células fiquem grudadas umas nas outras → dá característica de impermeabilidade do epitélio e resistência à osmolaridade da urina) ▪ MÚSCULO DETRUSOR: músculo liso da parede da bexiga urinária . em direção ao colo da bexiga/na parte proximal da uretra, as fibras musculares formam o ESFÍNCTER INTERNO DA URETRA (involuntário) . formado por 3 camadas: CAMADA LONGITUDINAL INTERNA; CIRCULAR MÉDIA e LONGITUDINAL EXTERNA Uretra uretra masculina: mais comum para estudo ▪ Anatomia da uretra masculina . PARTE PROSTÁTICA DA URETRA: epitélio de transição . URETRA MEMBRANOSA: epitélio estratificado cilíndrico . PARTE ESPONJOSA (PENIANA): epitélio estratificado colunar (célula consegue ficar um pouco maior do que na parte membranosa) - as células superiores têm contato direto com a urina → epitélio estratificado colunar . MEATO URETRAL: epitélio estratificado pavimentoso → pode haver atrito nessa região, logo, faz se necessário ter várias camadas de células - epitélio da uretra precisa de proteção, uma vez que passam por esse canal, além da urina, todas as células da fecundação (sptz) - GLÂNDULAS DE LITTRÉ produzem o muco (alcalinização leve da uretra para passagem dos espermatozoides, uma vez que eles estão em ambientes alcalinos na próstata, mas ao chegar na bexiga, encontra-se um ambiente mais ácido) ➔ esse muco será jogado nos DUCTOS > o ducto, por sua vez, joga-o no interior da uretra OBS:. durante a ereção, as cavidades (corpos cavernosos) estão cheias de sangue > logo, saem gotas do muco na uretra (muco já está produzido, logo, só é liberado nessa área) no entanto, caso perda de muito muco, sem o pênis estar ereto → isso indica que há uma alta drenagem desse muco (necessário avaliação para ver se há alguma bactéria aumentando essa produção mucosa) Neurofisiologia da micção . FIBRAS DO TIPO A: relacionadas a dor aguda → não é possível identificar de onde vem a dor até chegar no córtex sensorial interpretativo . FIBRAS DO TIPO C: respondem a estímulos de dor (relacionada com dor crônica) → funcionam como um neurônio de estímulo químico ➔ são mais lentas que as de tipo A, por não serem mielinizadas Papel do urotélio . SISTEMA NÃO ADRENÉRGICO NÃO COLINÉRGICO (NANC): age em resposta ao estiramento (enchimento da bexiga) → liberação de ATP local pelo urotélio (funciona como neurotransmissor) > ativação de inervações suburoteliais > age em neurônios P2X (aferentes – receptores de volume) > informação a medula de chegada de volume na bexiga (urina) Receptores do sistema nervoso autonômico na bexiga . o SISTEMA NERVOSO SOMÁTICO (M) - NERVOS PUDENDOS atuam nos MÚSCULOS DO ASSOALHO PÉLVICO, controlando o esfíncter externo da uretra (trata-se de um controle voluntário, logo, pode ser usado para evitar a micção mesmo quando controles involuntários tentam esvaziar a bexiga – ex: esfíncter interno) . no músculo detrusor há vários receptores (C, α, β) e a distribuição é diferente ➔ receptores α agem na contração do esfíncter interno (continência urinária) → indivíduo sente vontade de urinar pela descarga adrenérgica OBS:. se o indivíduo não realiza o esvaziamento vesical (urinar), mesmo com a bexiga um pouco cheia (descarga adrenérgica), o neurônio entra em adaptação, por meio da inibição do reflexo da micção → REFLEXO AUTORREGENERATIVO ➔ fármacos alfabloqueadores agem no nível desses receptores , relaxando as fibras lisas → haverá diminuição da resistência uretral → facilita-se a eliminação da urina Papel do simpático . o efetor do sistema simpático é a NOREPINEFRINA sendo que nos receptores α causará contração e nos receptores β causará relaxamento . no detrusor, a influência simpática (β2 e β3) é inibitória, facilitando o relaxamento vesical durante seu enchimento, pois aumenta os níveis de citoplasmáticos de AMPc, determinando sequestro de Ca2+ (ativação de CALSEQUESTRINA) ao retículo sarcoplasmático, diminuindo a excitabilidade da célula ➔ betabloqueadores que agem em outros receptores beta, tem efeitos adversos nesses receptores em questão, como a dificuldade do enchimento vesical Papel do parassimpático . os receptores desse sistema são intermediados pela ACETILCOLINA (Ach) que causa contração ➔ Ach permite a liberação de um mensageiro intracelular (INOSITOL- TRIFOSFATO – IP3) que sinaliza ao retículo sarcoplasmático para que libere seus estoques de cálcio ➔ em condições normais, tal contração ocorre apenas durante a micção . no nível da musculatura existe o RECEPTOR MUSCARÍNICO COLINÉRGICO (M1-M5) com predomínio dos subtipos M2 e M3 ➔ M2 bloqueiam a atividade simpática (liberando o parassimpático para contração vesical ➔ receptores M3 parecem ser responsáveis pela contração vesical Resumo da atuação do SNA na micção - contração esfincteriana → CONTINÊNCIAURINÁRIO - contração da fibra muscular vesical → MICÇÃO Plexo miovesical . funcionamento vesical é modular e podem se contrair de maneira independente ou coordenada OBS:. cada módulo se une para formar um órgão esférico, semelhante aos gomos de uma bola de futebol - na HIPERATIVIDADE DETRUSORA há uma atividade anormal dos módulos, porém é coordenada ➔ fármacos anticolinérgicos atuam nessa hiperatividade diminuindo a resposta contrátil vesical - já a atividade excessivamente localizada e sem coordenação, provoca distorções na parede vesical, podendo ser responsável pela urgência miccional
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