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OBSTETRÍCIA - 18 Analgesia e Anestesia Periparto Normal

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OBSTETRÍCIA Mayara Suzano dos Santos – T XIV A 
 6º Semestre – 2021.1 
1 
 
Assistência e Patologias 
Obstétricas 
Disciplina de Obstetrícia 
FASM 
MAYARA SUZANO DOS SANTOS 
TURMA XIV A 
6º Semestre – 2021.1 
OBSTETRÍCIA Mayara Suzano dos Santos – T XIV A 
 6º Semestre – 2021.1 
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ANALGESIA E ANESTESIA PERIPARTO NORMAL 
DOR DO PARTO CONCEITOS ETIOLOGIA FISIOPATOLOGIA MANIFESTAÇÃO 
Vivência materna que depende 
do seu estado emocional, crenças 
e expectativas 
A ↓ do estresse materno 
minimiza interferencias na 
dinâmica do parto → gestante + 
colaborativa, melhor experiência 
de parto, facilita manobras 
obstétricas 
Analgesia: 
supressão da dor 
 
Anestesia: 
bloqueio nervoso 
total da 
sensibilidade 
locorregional ou 
geral 
Período de 
dilatação: 
mecânica e 
química 
 
Período 
expulsivo: 
mecânica 
Período de dilatação: 
▪ Mecanorreceptores sentem o estiramento do colo uterino e modificações 
pressóricas causadas pelas contrações → ativam mecanismo da dor → dor 
visceral em cólica e difusa (nível de T10-L1) 
▪ Quimiorreceptores liberam mediadores inflamatórios gerados pela lesão 
das miofibrilas → dor difusa atinge níveis S2-S4 
Período expulsivo: 
▪ Estímulo n pudendo (nível S2-S4) → dor de origem somática 
 
Ciclo da dor do parto1 
Períoro de dilatação: 
▪ Dor visceral em 
cólica e difusa 
▪ Alcança níveis de L1 
a T10 medular 
▪ 3-4 cm de dilatação 
→ intensificação 
 
Período expulsivo: 
▪ Dor somática 
 
ANALGESIA OBSTÉTRICA ANESTESIA2 
Decisão entre médicos e paciente que permite a suspensão da dor de forma satisfatória 
sem gerar repercussão para o feto e a mãe 
▪ Permitida ingestão moderada de líquidos claros no TP normal; cesárea = jejum 8h 
▪ Métodos não farmacológicos → educação antenatal (conhecimento do processo do 
parto); hidroterapia, deambulação, massagem, doula, musicoterapia, aromaterapia e 
técnicas de respiração 
▪ Métodos farmacológicos → indicado conforme solicitação da paciente, independente 
da dilatação cervical e não está associada a ↑ necessidade de cesárea ou ↑ tempo TP 
 
Sistêmica: não confiável, pois não há o controle do padrão de dor e efeitos adversos 
▪ Opióides atravessam a placenta → efeito prolongado no RN (depressão respiratória) 
▪ AINEs, sedativos, antiespasmódicos e antihistamínicos são menos satisfatórios 
Inalatória: 50% oxido nitroso + 50% O2 
▪ Permite autoadministração e não altera a mobilidade da parturiente 
▪ Efeito é rápido, ↓ eficácia que analgesia regional e passagem transplacentária 
Bloqueio do n pudendo3: quando há cervicodilatação completa e apresentação baixa 
(apenas no período expulsivo) 
▪ Indicação → episiotomia ou rafia de lacerações 
▪ Técnica transperineal e transvaginal 
Peridural (epidural): ↓ bloqueio motor e efeito sistêmico (↓ risco de hipotensão) 
▪ Administração → bôlus, infusão contínua ou analgesia controlada pela pct 
▪ ↓ menor período expulsivo com ↓ doses = ↑ satisfação da pct; Início de ação + lento 
▪ + segura para pct com ↑ probabilidade de evolução para cesárea e risco de 
instabilidade hemodinâmica 
 
Raquianestesia: opióide e/ou anestésico local → analgesia rápida + bloqueio sensitivo 
▪ Necessário realizar expansão volêmica simultaneamente 
▪ Indicado para parto cesárea e partos normais com previsão de nascimento em 1h 
(“raque em sela”, ou seja, dose + baixa que bloqueia a dor mas não o movimento) 
 
Duplo bloqueio (peridural + raque): ↑ atividade adrenérgicas → ↑ contrações, 
hipertonia, ↓ fluxo uteroplacentário e bradicardia fetal → alterações transitórias que 
não necessariamente vão gerar desfechos ruins 
▪ Inicia-se ao final do 1º/2º período → alívio da dor + rápido 
▪ Contraindicação → infecção, hipotensão, hipovolemia, recusa da pct, anticoagulação 
▪ Complicações → infecciosas, migração de catéter peridural e passagem de drogas 
pela punção de duramáter, hipotensão, retenção urinária, convulsão, cefaléia pós 
punção e dor lombar (relacionado ao tamanho da agulha de punção) 
 
 
OBSTETRÍCIA Mayara Suzano dos Santos – T XIV A 
 6º Semestre – 2021.1 
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ANALGESIA E ANESTESIA PERIPARTO NORMAL 
DETALHES IMPORTANTES: 
 
 FIGURA 1. Ciclo da dor 
FIGURA 2. Vias 
nervosas da dor 
no parto e as 
anetesias de 
condução 
FIGURA 3. Bloqueio 
do nervo pudendo 
OBSTETRÍCIA Mayara Suzano dos Santos – T XIV A 
 6º Semestre – 2021.1 
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REFERÊNCIAS: 
REZENDE,J. Obstetrícia. 13ª ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2017. 
OBSTETRÍCIA de Williams. 24. Porto Alegre AMGH 2016

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