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Desconfortos e Complicações no Pós-Operatório
CENTRO CIRÚRGICO
@VOUSER.ENFERMEIRA | THALITA L. VIANA | ENFERMAGEM 5º PERÍODO
Página 2 | 8
Desconfortos durante a recuperação pós anestésica 
Situações que são podem ocorrer sendo esperadas no período pós-operatório de acordo com o tipo de intervenção anestésico-cirúrgica realizada e situações consequentes de interações farmacológicas dos fármacos ministrados, nível de ansiedade pré-operatórias, tempo cirúrgico.
Geralmente não implicando com intervenções complexas podendo ter ou não a avaliação multiprofissional.
Dor Aguda
Se conceitua como:“uma experiência sensorial desagradável associada a uma lesão tecidual real ou potencial.”
Tanto as respostas físicas, emocionais e comportamentais do indivíduo fazem parte para a compreensão do que ele sente, tendo variáveis biológicas, psíquicas e socioculturais.
A dor já é considerada como um quinto sinal vital.
Dor Aguda no Pós-operatório
· Sensação aguda, que é interpretada como uma ameaça à integridade; gerando uma atitude de escape, proteção, busca de apoio, medo e ansiedade.
· É um sintoma de alerta, que apresenta fisiologia bem estabelecida.
· Seu diagnóstico etiológico ajuda a localizar o local pelo relato do paciente e seu motivo, não sendo difícil e controlado geralmente após a eliminação do agente causal.
· Tem relação com à estimulação nociceptiva, produzida por uma lesão (Fratura, incisão cirúrgica ou queimadura).
· É um conjunto de experiências sensitivas, cognitivas e emocionais que são associadas a respostas autonômicas comportamentais.
· Tem associação com a elevação do índice de ansiedade.
· Pode ter influência da: natureza da cirurgia, orientação pré operatória
e aspectos culturais do paciente.
 Papel do enfermeiro.
· Avaliar a presença da dor.
· Administrar analgésicos prescritos.
· Comunicar ao médico do controle insuficiente da dor.
· Colaborar na reorganização da esquema analgésico.
· Conhecer e propor meios não farmacológicos para ajudar no tratamento.
· Avaliar e atuar na expectativa e controle da dor com o indivíduo.
· Ajudar tanto o indivíduo como o cuidados para a realização das atividades de maneira corretas em domicílio.
Intercorrências causadas pela dor.
· Quando não controlada pode ser associada com: arritmias cardíacas, atelectasias e pneumonias e depleção proteico-calórica e etc.
· Alterações respiratórias, hemodinâmicas e metabólicas, contribuindo assim para o aparecimento de instabilidade cardiovascular, aumento no consumo energético e proteico.
· Redução pelo SN Simpático o: tônus intestinal, retardo do esvaziamento gástrico estimulando náuseas e vômitos, aumenta ainda o tônus esfíncter vesical o que pode levar a retenção urinária.
· Reduzindo a movimentação e deambulação, contribuindo para o aparecimento de trombose venosa profunda - (TVP, principalmente em: pacientes idosos e os submetidos a cirurgias extensas.
Avaliação da dor.
A expressão das queixas de dor tem a variar de acordo com:
· Natureza e a localização das lesões.
· Idade o estado mental do indivíduo.
· Repercussões: físicas, psíquicas e socais.
· Fatores ambientais, culturais.
· Ritmo biológico de cada indivíduo.
 Fatores que podem comprometer o tratamento da dor:
· Avaliação inadequada dos quadros álgicos e suas consequências.
· Subestimar o sofrimento do outro.
· Crença de que a dor seja incontrolável em várias condições.
· Crença de que a dor seja necessária para a elucidação diagnóstica ou para o tratamento.
· Medo exagerado quanto ao desenvolvimento de tolerância e dependência.
· Uso incorreto de terapia analgésicas.
Fazer um controle da dor a mensuração é essencial para o tratamento e a equipe de enfermagem tem um papel muito essencial pois é a principal responsável por avaliar a dor na SRPA.
Existem vários instrumentos de avaliação subjetiva da dor, podendo ser realizada por meio de:
· Instrumento de autorrelato: pacientes comunicativos.
· Observação do comportamento: paciente não comunicativos e neonatos.
· Mensuração das variáveis biológicas: Sinais vitais, temperatura, sudorese, fácies álgicas.
Escalas para avaliação
Na avaliação é importante caracterizar a dor na: sua etiologia, localização, intensidade, frequência, duração fatores agravantes e atenuantes e o tempo de dor.
 Tratamento da dor.
· Planejamento da analgesia para ter controle.
· Com objetivo de bloquear: a geração, transmissão, percepção e apreciação dos estímulos nociceptivos, o que pode ser feito em diferentes níveis do SNC e do SNP.
 Intervenções farmacológicas:
· Anti-inflamatórios não hormonais – AINH’s.
· Opioides: codeína, fentanila, meperidina, metazona, morfina.
· Medicações adjuvantes: antidepressivos, anticonvulsivantes.
· Analgesia controlada pelo paciente – ACP: onde o mesmo sabe quando está no controle da dor e para diminui-lá.
 Intervenções não farmacológicas:
· Promover relaxamento.
· Realizar aplicação de calor e frio.
· Promover conforto.
· Diminuir o estresse.
· Minimizar o barulho.
· Focar atenção no paciente.
· Evitar negar a dor.
· Evitar movimentação excessiva do paciente.
· Ouvir o paciente explicar o motivo da dor.
· Desviar a atenção do paciente da dor.
· Oferecer apoio emocional.
Taquicardia e Bradicardia sinusal
São as mais comuns identificadas na SRPA
· Disritmias cardíacas são consideradas desconfortos em SRPA.
· Múltiplas disritmias ocorrem no período pós-operatório imediato (POI).
Causas da disritmias:
· Ritmicidade anormal do marca-passo fisiológico.
· Deslocamento do marca-passo do nodo sinusal para outras partes do
coração.
· Bloqueio em diferentes pontos de transmissão de impulsos pelo coração.
· Vias anormais de transmissão de impulso pelo coração.
· Geração espontânea de impulsos anormais em praticamente qualquer
parte do coração
Taquicardia sinusal
· Caracterizada pelo aumento dos batimentos cardíacos.
· Mantem o ritmo sinusal, mas a frequência se apresenta aumentada, entre 100 e 180 batimentos/minutos.
· Causas mais comuns: Febre, dor, ansiedade, perda aguda de sangue, anemia, choque, insuficiência cardíaca, infecção, drogas, hipotensão, hipertensão e complicações respiratórias.
Bradicardia Sinusal
· Definida pela diminuição dos batimentos cardíacos, entre 40 a 60 batimentos/minuto, porém com ritmo regular.
Causas comuns: 
· Estimulação vagal, uso de medicamentos digitálicos, ação prolongada das drogas utilizadas antes ou no decorrer da anestesia.
Hipotensão Arterial
Definida pela: redução dos valores da PA sistólica e diastólica em relação à pressão verificada no pré-operatório ou tendo como base a pressão habitual referida pelo paciente.
· Como a queda de 20% da PA inicial, PA média menor que 60mmHg ou pressão sistólica inferior a 90mmHg.
A redução de até 15% na PA após a indução anestésica é considerada normal, em razão do
efeitos depressor sobre o coração e da queda da resistência periférica causada pela maioria dos anestésicos.
É um dos desconfortos mais incidentes durante a anestesia e um dos cenários clínicos mais
comuns no perioperatório
Causas mais comuns da hipotensão:
· Perda sanguínea no intraoperatório levando o paciente à possível hipovolemia.
· Desidratação.
· Efeito residual de drogas anestésicas
· Efeito de drogas analgésicas e antieméticas.
· Reposição volêmica insuficiente.
· Desvio de água para o terceiro espaço.
· Consequência ao uso de anestésicos inalatórios, vasodilatadores ou anti-hipertensivos utilizados no pré-operatório.
Hipertensão Arterial
Condição multifatorial que é caracterizada pelos níveis elevados e sustentados de PA.
Principais causas da HAS na SRPA são:Paciente submetidos à anestesia geral permanecem sonolentos e com músculos relaxados por período maior do que paciente que recebem anestesia regional com sedação, pela ação dos agentes anestésicos e do uso de relaxantesmusculares; com isso também se encontram mais suscetíveis à depressão respiratória.
· Aumento da dor.
· Distensão vesical.
· Hipoxemia.
· Hipotermia.
· Cirurgia vascular.
· Drogas usadas durante a anestesia ou associadas a outras doenças.
· Distúrbios emocionais.
· Obesidade.
· Ingestão excessiva de álcool.
· Estimulação em excesso pelo café, tabaco ou outros.
Há casos onde pode ser uma condição para a suspensão da operação, já acontece a instabilidade hemodinâmica quando a PA não é controlada durante esse período.
Além de ter propensão à hemorragia se a hipertensão não for tratada.A Sociedade Brasileira de Cardiologia recomenda que as medicações anti-hipertensivas sejam mantidas no pré-operatório até o dia da operação.
A suspensão abrupta, tanto do betabloqueadores quanto a clonidina, produz hipertensão arterial rebote após sua súbita retirada no período que antecede a cirurgia.
Hipoventilação
Pode ocorrer por depressão do SNC por analgésicos e anestésicos e pelo efeito residual dos bloqueadores neuromusculares.
 Também pode estar relacionada à dor apresentada pelo paciente, em razão do medo de realizar inspirações profundas.
Pode ocasionar:
· Acidose respiratória
· Hipóxia 
· Apneia
Hipotermia e Hipertermia
 Hipotermia
Diagnóstico de enfermagem definido como temperatura corporal central abaixo dos parâmetros diurnos normal devido a falha na termo regulação.
· Um desconforto presente na SRPA onde pode prolongar o tempo da recuperação.
· Fatores importantes: anestesia geral, extremos de idade, baixa temperatura na SO, pacientes queimados, infusão de líquidos frios, inalação de gases frios.
 Hipertermia 
Definido como a temperatura corporal central acima dos parâmetros diurnos normais devido a falha na termorregulação.
Pode ser uma indicação de processo infeccioso ou sepse, ou pode indicar um processo hipermetabólico, como hipertermia maligna, que é uma emergência séria.
 Práticas recomendadas:
· Controlar a temperatura ambiental e corpórea.
· Manter o cliente aquecido.
· Avaliar alterações na frequência e ritmo cardíaco.
· Observar a coloração da pele e perfusão periférica.
· Administrar medicamentos conforme prescrição.
Náuseas e Vômitos
Náuseas e vômito no pós-operatório acometem 30% dos pacientes.
A maioria dos fatores causais estão relacionados com a anestesia e a cirurgia.
Fatores predisponentes:
· Idade (maior prevalência em crianças) e sexo (mulheres são mais acometidas).
· Obesidade (células de gordura agem como reservatório para fármacos e
anestésicos).
· Estado emocional alterado (ansiedade, medo).
· Pacientes com limitações de movimento.
· Pacientes portadores de disfunção do sistema digestório
· Procedimentos cirúrgicos prolongados.
· Acúmulo de líquido no estômago.
· Ingesta de líquidos e alimentos antes do retorno da peristalse.
O vômito persistente pode ser grave, resultando em perda de fluidos e eletrólitos e levando o indivíduo a complicações, como aspiração pulmonar.
Soluço
· É um espasmo inspiratório com súbito fechamento da glote e contração do diafragma, resultando em um curto ruído.
· Ocorre ocasionalmente após cirurgias abdominais, em episódios moderados e transitórios, que cessam espontaneamente ou com tratamento simples.
· Quando persistente, pode desencadear vômito, exaustão e deiscência da sutura.
· O tratamento consiste na administração de fenotiazinas (clorpromazina), manutenção da oxigenação, administração de antieméticos e eliminação das causas de origem reflexa, quando possível.
Distensão Abdominal
Aumento da circunferência abdominal pelo acúmulo de ar aspirado e de gases no trato intestinal após a cirurgia e no
peneumoperitônio, resultando em queixa de plenitude, dor abdominal e desconforto respiratório.
Causas mais comuns:
· Pós-operatório de cirurgia abdominal, com consequente diminuição do peristaltismo intestinal.
· Deglutição de ar.
· Peneumoperitônio em cirurgias laparoscópicas.
Demora na recuperação da consciência
É esperada depois de cirurgias prolongadas ou de grande porte, principalmente em pacientes obesos e idosos, e ainda pode ser decorrente de fatores que aumentem o volume de distribuição ou diminuam a taxa de eliminação de qualquer fármaco depressor do SNC utilizado na anestesia.
Retenção urinária
Pode ocorrer devido ao uso de fármacos anticolinérgicos ou analgésicos ao tipo de cirurgia, à terapia intravenosa instituída, à posição e à perda da privacidade do paciente durante a micção.
Sua ocorrência é relativamente comum, com incidência que varia de 3 a 40%.
O uso de opioides para analgesia aumenta o risco de retenção urinária por aumentar o tônus e a amplitude das contrações do esfíncter urinário e promover relaxamento dos ureteres.
Sinais e sintomas de retenção urinária:
· Dor suprapúbica.
· Distensão abdominal.
· Agitação no leito.
· Incapacidade urinar.
· Urgência miccional.
· Calafrio.
· Cefaleia.
· Diurese.
 Complicações na recuperação pós-anestésica.
Definidas como qualquer alterações fisiológicas persistentes relacionadas direta ou indiretamente ao procedimento anestésicocirúrgico realizado.
A ocorrência de complicações está associada às condições clínicas pré-operatórias, à extensão e tipo de cirurgias, às intercorrências cirúrgicas e anestésicas e a eficácia das medidas terapêuticas aplicadas.
Pulmonares e respiratórias
· São comumente observadas no período pós-operatório.
· Podem ocorrer por causa da ação dos fármacos anestésicos no organismo do paciente, dos equipamentos utilizados na anestesia, falha humana na condução da anestesia e de alterações fisiológicas do paciente.
· Em pulmonares e respiratórias em cirurgias torácicas e abdominais a
taxa varia de 10 a 40% de todos os casos.
Fatores de risco:
· Idade avançada.
· Obesidade.
· Tabagismo.
· Doença pulmonar prévia.
· Pós-operatório de cirurgias abdominais, torácicas e de pescoço.
· Pós-operatório de cirurgias de urgência e emergência.
· Pós-operatório de cirurgias de longa duração.
· Pós-anestesia geral.
· Imobilidade pós-operatória prolongada.
Pacientes com doença pulmonar preexistente, em especial com DPOC, fazem parte um grupo de especial vulnerabilidade já que apresentam frequentemente um aumento de volume de secreção brônquica, diminuição da atividade ciliar do epitélio e tendência ao acúmulo de secreções.
Atelectasia
Colapso do tecido pulmonar com perda de volume (porção variável do parênquima pulmonar).
Complicação pulmonar mais comum no pós-operatório e a causa mais comum de febre nas primeiras 48 horas de pós-operatório.
O sintoma mais comum é a febre baixa. 
Pode ocorrer insuficiência respiratória de grau variável na dependência da reserva funcional prévia e do grau de colapso do parênquima pulmonar.
Hipoxemia
Ocorre pela redução do suprimento de oxigênio no sangue arterial, capilar e venoso, definida pela saturação de hemoglobina menor que 90%.
O paciente pode apresentar:
· Agitação.
· Confusão
· Taquicardia seguida de bradicardia.
· Cianose
É a diminuição da oferta de oxigênio aos tecidos.
Pode ter como causas:
· Hipoventilação.
· Obstrução das vias aéreas.
· Broncoespasmo.
· Laringoespasmo.
· AtelectasiaNa avaliação da hipóxia, a gasometria arterial é essencial e constitui um importante instrumento para o estabelecimento das intervenções, pois permite a avaliação das trocas gasosas e da função respiratória.
Obstrução das vias aéreas
Se caracteriza pela presença de batimento das asas do nariz, retração do esterno e dos espaços intercostais, cianose, sudorese e agitação.
Principais causas:
· Queda da língua.
· Laringoespasmo.
· Edema de traqueia.
· Broncoespasmo.
Presença de dor e relaxamento muscular que interferem na expansibilidade pulmonar dificultando a tosse e a eliminação de secreções, podendo obstruir as vias aéreas.
Apneia pós-operatória
Caracterizada pela parada respiratória por maisde 20 segundos, acompanhada de bradicardia, palidez ou cianose.
É uma complicação da anestesia desencadeada por hipotermia, hiperventilação ou outras causa desconhecidas.
Pneumotórax, hemotórax e Hemopneumotórax
· Pneumotórax – Acúmulo de ar na cavidade pleural.
· Hemotórax – Presença de sangue na cavidade pleural.
· Hemopneumotórax – Presença de ar e sangue na cavidade pleural.
São complicações que podem ocorrer durante inserção de cateter subclávio, bloqueio de plexo braquial pela via supraclavicular; abertura inadvertida perioperatória das pleuras e traumas.
Aspiração do conteúdo gástrico
Relaciona-se com a depressão dos reflexos protetores da laringe, seja por
efeito das medicações anestésicas, seja por alteração da consciência levando o paciente à aspiração passiva (regurgitação) ou ativa (vômito) de conteúdo gástrico.
Causas mais comuns:
· Estômago cheio
· Portadores de refluxo gastresofágico.
· Obesos.
· Gravidez
· E anestesia sob máscara
A aspiração do conteúdo gástrico pode provocar irritação e destruição da mucosa traqueal, além de pneumonia.
Broncoespasmo
Caracterizado pela obstrução das vias aéreas baixas, causada pela contração da musculatura brônquica, sendo identificado pela presença de sibilos à ausculta pulmonar e pelo aumento da frequência respiratória.
Práticas recomendadas em complicações pulmonares respiratórias
· Usar oximetria de pulso.
· Administrar oxigênio por máscara facial.
· Monitorar frequência e padrão respiratório.
· Avaliar sinais de desconforto respiratório e obstrução de vias aéreas.
· Avaliar a presença de dor a administrar analgésicos, conforme prescrição médica.
· Proceder á monitoração seriada dos gases sanguíneos (gasometria), quando houver indicação.
· Estimular o paciente a respirar profundamente, tossir e a expectorar.
· Promover a extensão da mandíbula e utilizar a cânula de Guedel, se indicado.
· Realizar aspiração orotraqueal, se indicado.
· Na presença de náuseas e vômito, administrar antieméticos, conforme prescrição, auxiliar o
paciente a lateralizar a cabeça, elevar decúbito entre 30° e 45°.
· Realizar ausculta pulmonar.
· Registrar observações, intercorrências e cuidados prestados ao paciente.
Complicações cardiovasculares
Durante o ato operatório, o sistema cardiovascular é afetado pelo desequilíbrio hemodinâmico decorrente de oscilações da disponibilidade de oxigênio, a ação direta ou indireta dos anestésicos e da atividade do sistema nervos autônomo.
Fatores de risco:
· Condições clínicas.
· Extensão e tipo de cirurgia.
· Complicações cirúrgicas ou anestésicas.
· Eficácia do tratamento, além da dependência existente relacionada a fatores intrínsecos do paciente, que podem ser conhecidos ao se realizar uma avaliação pré-anestésica adequada.
Disfunção diastólica
É definida com um aumento da impedância ao enchimento ventricular e está associada a muitas desordens cardíacas.
A principal causa da disfunção diastólica é a insuficiência sistólica.
Hipotensão e hipertensão
Também são complicações cardiovasculares observadas no pós-operatório.
Hipotensão – taxa de 3%
Hipertensão – causada pela sobrecarga de volume que em paciente idosos e portadores de cardiomiopatia pode levar a edema agudo de pulmão.
Hipovolemia
Consiste na redução do volume de líquido intracelular em razão de perda hídricas externas, como hemorragia, ou perda hídricas internas, como na desidratação e nos edemas ou à redução do volume plasmático, como ocorre nas queimaduras.
A hipovolemia pode ser corrigida pela reposição hídrica com o uso de
soluções como SF a 0,9% e Ringer lactato, ou albumina.
Em casos mais graves, nos quais o paciente está em processo hemorrágico, pode haver necessidade de intervenção cirúrgica e transfusão.
Práticas recomendadas:
· Avaliar a pressão arterial e a frequência cardíaca, comparando-as com os resultados pré-
operatórios.
· Controlar rigorosamente o volume infundido e implementar o balanço hídrico.
· Avaliar a presença de comprometimento respiratório e ruídos adventícios.
· Manter oxigenação contínua e úmida.
· Avaliar pulsos periféricos, o tempo de enchimento capilar, a presença de cianose de extremidades, especialmente em paciente submetidos a cirurgias ortopédicas e vasculares.
· Caso não haja contraindicação, os pacientes hipotensos poderão ser colocados em
Trendelenburg.
· Implementar medidas de prevenção de trombose venosa profunda (TVP).
· HIPERTERMIA MALIGNA
É uma síndrome autossômica dominante associada a mais de um gene, potencialmente letal e considerada doença primária do sistema musculoesquelético.
Pode ser também decorrente de eventos como:
· Cardiomiopatias.
· Estresse emocional.
· Ataque cardíaco.
· Síndrome maligna neuroléptica.
· Trauma.
Hipertermia maligna
Afeta igualmente ambos os sexos
Ocorre mais comumente em indivíduos de etnia branca e amarela
É mais frequente em crianças e adultos
jovens e rara em idosos
Em quase todos os casos, as primeiras manifestações ocorrem na SO e também no SRPA, mas raramente acomete o paciente no pós-operatório mediato.
O tempo é crucial na abordagem da hipertermia maligna.
É indispensável o uso de dantrolene sódico (relaxante muscular esquelético, que também exerce efeito sobre os músculos cardíaco e
vascular) para o tratamento das complicações.
Bloqueio neuromuscular residual pós-operatório
 
É caracterizado pela fraqueza ou paralisia muscular no pós-operatório, devido à insuficiência ou ausência de antagnismo dos bloqueadores neuromusculares por reduzida disponibilidade de colinesterase plasmática.
Práticas recomendadas
 
Avaliar função motora dos pacientes submetidos à anestesia geral, segundo o Índice de Aldrete e Kroulik em intervalos estabelecidos após a avaliação do estado clínico do paciente.
Manter a cabeça do paciente lateralizada até que este recobre o estado de alerta.
Manter material de intubação orotraqueal disponível e próximo para emergências.
Manter oxigenação úmida contínua e monitorar a saturação de O2 com oximetria de pulso até a alta.

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