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HIDROCEFALIA Definição Hydro = água Kephalón = cabeça “quantidade inapropriada de LCR dentro do espaço intracraniano, gerando uma PIC inapropriada e consequentes manifestações clínicas” FISIOPATOLOGIA • LCR é um filtrado do plasma • Plexo coroide (especialmente v. laterais) • Forame de Luschka e Magendie • Volume de LCR é renovado 3x/dia • Disturbio produção, circulação ou absorção pode gerar hidrocefalia. CLASSIFICAÇÃO Situações especiais: CLASSIFICAÇÃO • Long-standing overt ventriculomegaly in adults (lovA) estenose aqueduto de Sylvius • Pressão negativa • Hidrocefalia de pressão normal Outras classificações • Crônica x aguda • Congênita x adquirida CLASSIFICAÇÃO como crônica, quando a doença progride gradativamente, ou aguda, podendo causar risco imediato à vida caso se desenvolva em poucas horas. Outra classificação inclui as formas congênitas, as quais estão presentes desde o nascimento, e as adquiridas com “dilatação do sistema ventricular encefalico” Definição (1) Hiperbárica não comunicante (ou obstrutiva): obstrução dentro do sistema ventricular (geralmente no aqueduto de Sylvius). É uma hidrocefalia triventricular (terceiro e ventrículos laterais). Causas comuns: hemoventrículo, tumores, anomalia de Arnold-Chiari. (2) Hiperbárica comunicante: obstrução aguda das granulações aracnoides, corpúsculos de drenagem liquórica localizadas na interface entre os seios venosos e o espaço subaracnóideo. Causas comuns: meningite bacteriana ou tuberculosa, hemorragia subaracnóidea. (3) Normobárica: mecanismo semelhante ao da hiperbárica comunicante, porém de instalação insidiosa, antigamente chamada de síndrome de Rakin-Adams. Causas comuns: as mesmas da hiperbárica comunicante. (4) Hidrocefalia ex-vacuum: é o tipo mais encontrado de hidrocefalia. Na verdade, é ausada pela atrofia do parênquima cerebral (comum na idade avançada e em algumas perebropatias). Hipertensão Intracraniana ● Cefaleia ● Vômitos em jato ● Paralisia VI par (abducente) ● Papiledema ● Rebaixamento do nível de consciência NORMOBÁRICAHIPERBÁRICAS Demência + Liberação esfincteriana + Alteração de marcha MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS Hidrocefalia de Pressão Normal ALTERAÇÂO DE MARCHA: lenta, base alargada, “magnética”, quedas. DEMÊNCIA: retardo psicomotor, diminuição atenção e concentração, alteração memória INCONTINÊNCIA ESFINCTERIANA: urgência, polaciúria, incontinência Durante a infância... MENORES DE 2 ANOS PRÉ-ESCOLARES E ESCOLARES Dilatação do crânio Abertura das fontanelas Crescimento anormal do PC Veias proeminentes na cabeça Vômitos, sonolência, irritabilidade Vômitos Letargia Cefaleia bifrontal Crônico Déficit escolar Alteração humor/personalidade Redução acuidade visual DIAGNÓSTICO • TC CRÂNIO • RNM • USG TRANSFONTANELAR: lactentes • Punção lombar: HPN • Início subagudo: mínimo 3 meses • Pressão de abertura liquórica: 7- 24,5cmH20 • Sintomas clínicos presentes • Exame de imagem compatível • Exclusão de causas estruturais. Na HPN... TAP TEST: punção liquórica com remoção de 30-50ml de LCR, posterior reavaliação quanto a marcha. Se melhora é preditor favorável para o diagnóstico de HPN. TRATAMENTO QUAIS AS PRINCIPAIS OPÇÕES? Derivação ventricular atrial (DVA) Derivação Ventricular Externa (DVE) Derivação ventricular peritoneal (DVP) AGUDA: craniotomia descompressiva conjunta à derivação Implantação de dreno no interior do ventrículo + saco coletor externo ● Casos mais agudos ● Redução gradual volume ventricular ● Observação do volume de drenagem líquor ● Monitoramento da PIC DVE Casos mais crônicos Preferência a DVP: menor risco de infecção e oclusão por coágulos Fluxo unidirecional (controlado por válvula) DVA e DVP Figura A - DVA e Figura B - DVP 1. Castro AFS, Vieira NBS. Práticas Cirúrgicas no tratamento da hidrocefalia: revisão integrativa. Brazilian Journal of Development, Curitiba, v.7, n.2, p. 11757- 11774 feb. 2021 2. RAMOS, Júlio César et al. Hidrocefalia aguda: uma revisão bibliográfica. 3. SALUSVITA, Bauru, v. 37, n. 4, p. 1019-1028, 2018. Chaves, Márcia L., F. et al. Rotinas em neurologia e neurocirurgia. Disponível em: Minha Biblioteca, Grupo A, 2011. 4. Siqueira, Mario G. Tratado de Neurocirurgia. Disponível em: Minha Biblioteca, Editora Manole, 2016. REFERÊNCIAS
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