A Importância da Afetividade na Educação Infantil

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CENTRO UNIVERSITÁRIO DA GRANDE DOURADOS
ERIDIANE MARIA DOS SANTOS 
A IMPORTÂNCIA DA AFETIVIDADE NA EDUCAÇÃO INFANTIL (0 A 5 ANOS) 
	
Rio Brilhante MS
2021
CENTRO UNIVERSITÁRIO DA GRANDE DOURADOS
ERIDIANE MARIA DOS SANTOS 
A IMPORTÂNCIA DA AFETIVIDADE NA EDUCAÇÃO INFANTIL (0 A 5 ANOS)
Artigo final elaborado na disciplina de trabalho de conclusão de curso – TCC II do curso de Pedagogia do Centro Universitário da Grande Dourados - para fins de obtenção do Grau de Licenciada em Pedagogia, sob orientação da Profa.Rosiane Escobar.
Rio Brilhante MS
2021
CENTRO UNIVERSITÁRIO DA GRANDE DOURADOS
ERIDIANE MARIA DOS SANTOS 
A IMPORTÂNCIA DA AFETIVIDADE NA EDUCAÇÃO INFANTIL (0 A 5 ANOS) 
Aprovado em: ____/____/2021
Orientador (a): Prof.(a). Profa. Rosiane Escobar
________________________________
 Profa.Natacya Caetano Coordenadora do Curso
Rio Brilhante MS
2021
A IMPORTÂNCIA DA AFETIVIDADE NA EDUCAÇÃO INFANTIL (0 A 5 ANOS) 
*DOS SANTOS, Eridiane Maria
**ESCOBAR, Rosiane
RESUMO
Este trabalho de conclusão de curso foi realizado com o objetivo de entender como a afetividade afeta o aprendizado na educação infantil e entender como a relação de afeto entre o professor e seus alunos podem trazer benefícios para o desenvolvimento cognitivos. O trabalho foi desenvolvido e fundamentado através de pesquisas bibliográficas, buscando informações entre os referenciais teóricos dos estudiosos que apontaram através de suas ideias quais eram os aspectos educacionais relevantes a se encontrar na afetividade, e o porquê da necessidade de usá-los como aliada no processo educacional. São muitas as contribuições da afetividade para o aprendizado durante a educação infantil, a escola é o primeiro ambiente com o qual a criança irá se relacionar após deixar o meio familiar, o professor assume o papel do mediador entre a família e esse novo ambiente, assim tornando-se o responsável em proporcionar um ambiente afetivo de qualidade para que essa criança continue a se desenvolver e criar sua identidade. Esse estudo traz contribuições importante para todos aqueles que tenham interesse em desenvolver uma educação baseada na cumplicidade e no afeto, fazendo dessas experiências algo significativo onde todos os envolvidos saem ganhando. 
Palavras-chave: Afetividade, Desenvolvimento, Professor.
ABSTRACT
This course conclusion work was carried out with the objective of understanding how affectivity affects learning in early childhood education and understanding how the relationship of affection between the teacher and his students can bring benefits to cognitive development. The work was developed and grounded through bibliographic research, seeking information among the theoretical references of the scholars who pointed out through their ideas what were the relevant educational aspects to be found in affectivity, and the reason for the need to use them as an ally in the process educational. There are many contributions of affectivity to learning during early childhood education, the school is the first environment with which the child will relate after leaving the family environment, the teacher assumes the role of mediator between the family and this new environment, as well becoming responsible for providing a quality affective environment for this child to continue to develop and create his or her identity. This study brings important contributions to all those interested in developing an education based on complicity and affection, making these experiences something significant where everyone involved wins.
Keywords:Affectivity, Development, Teacher.
Introdução
Ao sair do seio familiar e entrar na escola, a criança traz consigo medos e inseguranças, por isso é importante para ela reconhecer que está em um ambiente afetivamente seguro, para poder continuar seu aprendizado e desenvolvimento intelectual e emocional. Na educação infantil além de todo conhecimento pedagógico que possa ser oferecido a afetividade torna-se o meio pelo qual o educador pode obter e oferecer benefícios emocionais importantes que possibilitarão a essas crianças a se tornarem adultos mais felizes, seguros e capazes de conviver em sociedade, com todas as responsabilidades sociais que a vida lhe trará.
Após quatro anos trabalhando em um ambiente escolar, e convivendo com professores, cuidadores e muitas crianças, pude observar que de certa forma, em muitos momentos, estas crianças acabavam sendo tratadas de maneira diferentes, algumas tinham mais atenção e consequentemente mais afeto, outras por serem mais “difíceis” de se lidar, acabavam sempre tendo menos desse afeto.
Tendo como minha própria experiência sido aluna de educação infantil, e apesar de já terem se passado algum tempo, ainda sou capaz de me lembrar de cada detalhe do tratamento carinhoso que recebi das minhas professoras, posso dizer que esse tempo na escola foi muito bom e trago com carinho todas as minhas lembranças desse período, sinto que me ajudou a trilhar da melhor maneira o caminho que sigo hoje, porém, como pesquisa será importante entender, se a afetividade afeta o aprendizado e o desenvolvimento escolar.
Esse artigo tem o objetivo de abordar o tema A IMPORTÂNCIA DA AFETIVIDADE NA EDUCAÇÃO INFANTIL (0 A 5 ANOS), e mostrar que as crianças que recebem a afetividade no meio escolar, principalmente de seus professores, podem ter uma maior facilidade em seu aprendizado.
Esse estudo foi realizado para a aprofundar o conhecimento sobre o problema proposto, foram realizadas pesquisas por meios bibliográficos, usando como base e fonte de estudos, teóricos, Henri Paul Hyacinthe Wallon (1942), Claudio J. Saltini (2002), entre outros que trabalharam com o tema da afetividade no processo de aprendizado.
Esse trabalho tenta responder pontos importantes: 
· Como acontece o desenvolvimento dentro da sala de aula em meio a afetividade;
· Como se sentir acolhida e protegida por seu professor pode levar a criança ao melhor desenvolvimento escolar;
· Como a afetividade afeta o comportamento, a memória, o pensamento e as vantagens de uma educação baseada no afeto. 
Mostrando através de pesquisas bibliográficas como e de que forma a criança recebe e transforma esse afeto em desenvolvimento.
 Por motivos de medidas sanitárias necessárias em razão da pandemia, essa pesquisa foi realizada de maneira exploratória, levantando informações, sem conclusões estatísticas e dividida em três partes: introdução, desenvolvimento e conclusão.
1- Afetividade
De uma forma geral a afetividade está relacionada ao gesto de amor e carinho, estando presente em nossas emoções, sentimentos, temperamento e muitos outros, é o que torna possível o equilíbrio da personalidade humana, e é também a forma encontrada pelo psicológico humano para externalizar todos os sentimentos que nutrimos por outros seres. 
De acordo com QUEIROZ, T.D. Dicionário Prático de Pedagogia (2ªed. S/P: RIDEEL 2008, p.13), a afetividade é a “qualidade de quem sente afeto. Conjunto de fenômenos psíquicos- emoções, sentimentos e paixões- acompanhados sempre de sensações como dor ou prazer, satisfação ou insatisfação, agrado ou desagrado, alegria ou tristeza.”
Wallon (1968), foi o filósofo que mais destacou a afetividade, ressaltando como um ponto de grande importância para o desenvolvimento infantil, entretanto ressaltou que o estimulo do ambiente em que essa criança se encontra pode afeta-la de alguma forma e assim permitir ou não o seu desenvolvimento. 
"meios de ação sobre as coisas circundantes, razão porque a satisfação das suas necessidades e desejos tem de ser realizada por intermédio das pessoas adultas que a rodeiam. Por isso, os primeiros sistemas de reação que se organizam sob a influência do ambiente, as emoções, tendem a realizar, por meio de manifestaçõesconsoantes e contagiosas, uma fusão de sensibilidade entre o indivíduo e o seu entourage" (Wallon, 1971, p. 262), (apud Caetano, p.30)
No ambiente familiar e no ambiente escolar a afetividade sempre estará ligada a educação, o mais importante é que nesse processo de desenvolvimento o ambiente seja acolhedor e repleto de afeto.
Nas ideias de Wallon (1954, p.42), “a afetividade seria a primeira forma de interação, 
com o meio ambiente e a motivação primeira do movimento [...]. As emoções são, também, a base do desenvolvimento do terceiro campo funcional, as inteligências”. E completa:
A afetividade é um domínio funcional, cujo desenvolvimento dependente da ação de dois fatores: o orgânico e o social. Entre esses dois fatores existe uma relação recíproca que impede qualquer tipo de determinação no desenvolvimento humano, tanto que a constituição biológica da criança ao nascer não será a lei única do seu futuro destino. Os seus efeitos podem ser amplamente transformados pelas circunstâncias sociais da sua existência onde a escolha individual não está ausente (WALLON, 1995, p. 288),(apud Gazaro p.9)
Para Wallon “a emoção ocupa o papel de mediadora. O processo de desenvolvimento infantil se realiza nas interações, que objetivam não só a satisfação das necessidades básicas, como também a construção de novas relações sociais, com o predomínio da emoção sobre as demais atividades” (LA TAILLE, 1992, p. 85). 
Como as emoções tem um papel primordial no desenvolvimento cognitivo, existe a necessidade de que a afetividade esteja presente em aula, para que aja motivação e equilíbrio durante todo o aprendizado.
A afetividade não pode ser um instrumento onde a criança ache que pode simplesmente fazer o que quiser sem que tenha consequências, pelo contrário deve ser um estímulo ao aprendizado, deve fazê-la acreditar que é capaz de construir, aprender, descobrir e se reinventar, mas com limites, limite esse que o afeto pode e deve impor.
Capelatto (et al, 2000), afirma que o cuidador deve impor os limites necessários com autoridade, mas sem ser autoritário.
À medida que as crianças se desenvolvem afetivamente, mudanças paralelas podem ser observadas em seus julgamentos morais. O desenvolvimento do afeto normativo, da vontade e do raciocínio autônomo influencia a moral e a vida afetiva da criança operacional concreta. As crianças desenvolvem a capacidade de perceber o ponto de vista dos outros, de considerar as intenções e de melhor se adaptarem ao mundo social (WADSWORTH, 1997 p.74), (apud Bonfim,et al,p.6)
1.1 Afetividade na Educação
A algum tempo atrás a educação infantil era vista apenas como um ato de “cuidar” sem nenhum compromisso com aprendizados educacionais, felizmente muita coisa mudou e hoje a educação infantil tem como objetivo o desenvolvimento integral da criança. A LDB- Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (Lei Federal nº 9394/96) dando a importância que a educação infantil merece, deixa claro que:
“A educação infantil, primeira etapa da educação básica, tem como finalidade o desenvolvimento integral da criança até seis anos de idade, em seus aspectos físico, psicológico, intelectual e social, complementando a ação da família e da comunidade.” (LDB, CAP.II; SEÇÃOII; ART.29- LDB)
E para que se alcance esse desenvolvimento de qualidade é preciso cada vez mais trazer a afetividade para dentro da sala como parte da rotina do educador. 
Se todas as experiências que são vivenciadas durante a vida ficam gravadas no inconsciente do indivíduo, é possível deduzir que o ato de receber ou deixar de receber afeto em um determinado momento da vida de uma criança, pode interferir no seu desenvolvimento cognitivo. São muitos os benefícios baseados em uma relação de afetividade principalmente entre professor e aluno, para isso a escola e seus educadores devem entender que quando a criança se sente segura e amada ela consegue ser bem mais produtiva, mas quando esse afeto é negado pode atrapalhar seu desenvolvimento dentro e fora da escola.
Apesar de ter informações sobre a contribuição da afetividade para a educação, a resistência na escola ainda está ligada ao tradicionalismo, onde o professor é o detentor de todo o conhecimento e o aluno o receptor, separados por uma barreira que impede a naturalidade que deveria vir das emoções.
COSTA, (2006, p12), se posiciona da seguinte forma sobre esse assunto:
A afetividade no processo educativo é importante para que a criança manipule a realidade e estimule a função simbólica. Afetividade está ligada à autoestima e às formas de relacionamento entre aluno e aluno e professor aluno. Um professor que não seja afetivo com seus alunos fabricará uma distância perigosa, criará bloqueios com os alunos e deixará de estar criando um ambiente rico em afetividade (Costa: Souza, 2006, p. 12),(apud Bonfim, p.4).
A escola junto a família tem o papel de guiar as crianças (futuros adultos) em seu desenvolvimento, não cabe mais a escola adotar o papel de uma instituição que tem apenas um propósito, o de transmitir informações para o desenvolvimento intelectual. SALTINI (1997, p.31) aponta que, “em primeiro lugar a educação não é uma transmissão do conhecimento, de um saber ou até mesmo de uma conduta, mas, sobretudo uma iniciação à vida.”
SALTINI (2020, p.15) acrescenta:
As escolas deveriam entender mais de seres humanos e de amor do que de conteúdo e técnicas educativas. Elas têm contribuído em demasia para a construção de neuróticos por não entenderem de amor, de sonhos, de fantasias, de símbolos e de dores (Saltini,2002, p.15) (apudCaetano, p.16).
Em seus primeiros anos de vida, a criança passa por uma fase no seu desenvolvimento que GALVÃO (1995) descreve como: “desenvolvimento do estágio sensório motor e projetivo”. Nesse estágio a criança tende a se envolver com tudo ao seu entorno, para que assim possa se estabelecer no ambiente que é colocado, é nesse ponto do desenvolvimento que o acolhimento e a afetividade de um adulto que possa estar constantemente preparado para fazer essa imediação entre a criança e o espaço faz toda diferença, para que assim a criança possa se desenvolver de forma saudável.
GALVÃO (1995) descreve essa fase da seguinte forma:
No estágio sensório motor e projetivo, que vai até o terceiro ano, o interesse da criança se volta para a exploração sensória motora do mundo físico. A aquisição da marcha e da preensão possibilita-lhe maior autonomia na manipulação de objetos e na exploração de espaços. Outro marco fundamental deste estágio é o desenvolvimento da função simbólica e da linguagem. O termo “projetivo” empregado para nomear o estágio deve-se a característica do funcionamento mental neste período: ainda nascente, o pensamento precisa do auxílio dos gestos para exteriorizar, o ato mental “projeta-se” em atos motores. Ao contrário do estágio anterior, neste predominam as relações cognitivas com o meio (inteligência prática e simbólica) (Galvão, 1995, p. 44) (apud.Sousa p.4)
Como vemos, para a formação da personalidade tornar-se indispensável a criança deve manter uma relação de afeto positivo com pessoas que estejam ao seu redor, que no caso da escola, serão seus educadores, entretanto, se de alguma maneira isso não acontece, pode trazer grandes prejuízos a formação de personalidade.
A afetividade é a dinâmica mais profunda e complexa de que o ser humano pode participar. Inicia-se a partir do momento em que um sujeito se liga a outro pelo amor – sentimento único que traz no seu núcleo um outro, também complexo e profundo: o medo da perda. (Capelatto, et al 2014, p. 08),(apud Bonfim,et al, p.6).
O medo da perda, de não poder contar com esse amor, com esse afeto vindo dos seus pontos de referências afetivas, pode fazer surgir sentimentos controversos, como o ódio, a raiva, a rebeldia e a inveja e passa a influenciar negativamente as funções comportamentais e cognitivas.
Bechara (2003, p. 191), explica que:
[...] a emoção influência de maneira significativa muitas de nossas funções comportamentais e cognitivas diárias. A importânciada emoção nas questões humanas é óbvia. Os distúrbios emocionais atormentam pacientes com muitos problemas neurológicos e psiquiátricos. (Bechara 2003, p. 191)(apud Bonfim, et al,p.6).
 Já Vygotsky (1991) abordou a questão da afetividade com cuidado, destacando mais o lado crítico, ainda assim apressou-se em pontuar que: “O aluno é aquilo que ele próprio realizará, e não o que recebe”.
Como sua teoria valorizava as interações socias, logo, para ele o adulto é apenas um mediador de informações, e todo esse processo acontece em todos os meios que esse sujeito possa vir a frequentar durante toda vida.
Vygotsky (2007) diz que:
No brincar, a criança projeta atividades adultas da sua cultura, que pressupõem seus futuros valores. A socialização, mediante a instrução escolar, cria a zona de desenvolvimento proximal que é a distância entre o que a criança é capaz de realizar de forma autônoma e o que ela faz em colaboração com os outros. É na escola que o aprendente começa a adquirir as habilidades necessárias para sua autonomia e participação social (Vygotsky,2007. p.40) (apud.Figueiredo,p.50)
Se o sujeito é tratado com afeto por todas as instituições que o cercam, será ainda mais fácil interagir e se desenvolver nesse ambiente, assim podemos dizer que a afetividade será parte importante desta mediação.
Ressaltando que a afetividade está presente em todos os aspectos da vida, como em todas as fases do processo de aprendizado, influenciando e facilitando o relacionamento entre professor e aluno, é necessário que o professor mantenha um bom relacionamento com seus alunos, aliando sempre seu conhecimento com a afetividade, evitando ser o um professor autoritário, já que esse modelo de ensino afetaria o desempenho dos alunos e os levariam a reagirem de acordo com o tratamento oferecido a eles.
Marchand (1985, p. 18) diz: 
“o conteúdo da psicologia afetiva da criança é, frequentemente, resultado da posição sentimental do mestre: o autoritário provocará o temo inibitório no aluno; o que procura se fazer amar provocará na criança reações de complacência; aquele que se mostra maldoso despertará sentimentos e atitudes de oposição que levarão a uma educação contraria à desejada”. (Marchand 1985, p. 18), (apudCaetano, p.33)
O processo de aprendizado está diretamente ligado a afetividade, mas afetividade deve vir acompanhada pelo respeito, atenção, o cuidado e o bem querer, dentro desse processo de dar e receber afeto, a escola não contribui apenas para formação de alunos qualificados para o mercado de trabalho, mas ajuda a formar seres mais empáticos e mais humanos.
Metodologias
Á procura de desenvolver uma boa pesquisa sobre o tema: A Importância da Afetividade na Educação Infantil (0 A 5 ANOS),todo o estudo foi realizado através de pesquisa bibliográfica com o intuito de aprofundar o conhecimento sobre o problema proposto, usando como base e fonte de estudos, teóricos como: Henri Paul Hyacinthe Wallon, Lev Vygotsky, Claudio J. Saltini, entre outros que durante suas vidas trabalharam com o tema da afetividade no processo de aprendizado.
Por motivos de medidas sanitárias necessárias em razão da pandemia causada pelo novo corona vírus (2020), essa pesquisa foi realizada de maneira exploratória, levantando informações, sem conclusões estatísticas. 
Resultados e Discussão
Durante essa pesquisa foi possível confirmar que, afetividade é um fator determinante no processo de uma educação infantil de qualidade, o afeto impulsiona o ato de aprender e potencializa o desenvolvimento cognitivo, quando acontece a troca do vínculo afetivo com o aprendizado as duas partes saem ganhando.
As interações entre o meio e o sujeito tem que acontecer de uma maneira que contribua para o seu desenvolvimento físico e mental, o ambiente educacional tem que ser harmônico, um lugar onde a criança possa encontrar proteção, apoio, carinho e acolhimento.
Quando uma instituição, seja ela familiar ou educacional deixa de adotar um ensino com base no afeto, pode gerar problemas no desenvolvimento cognitivo, assim como danos irreparáveis que perdurarão por toda vida desse sujeito.
Conclusões
Estando presente em todas as áreas da vida do ser humano, a afetividade traz grandes contribuições para o desenvolvimento cognitivo. Durante a pesquisa foi possível observar que a criança necessita de uma interação de qualidade, em um ambiente acolhedor, para que seu desenvolvimento integral aconteça. Cabe a escola e principalmente ao professor compreender a necessidade intelectual e afetiva que a criança precisa. Não se pode mais protelar, é necessário que haja discussões para que se chegue a um consenso entre a escola e seus educadores sobre qual a melhor maneira de conciliar a relação afetiva em suas práticas pedagógicas.
Estudos apontam que quando a criança recebe afeto ela cresce e se desenvolve com mais segurança e determinação, para isso é necessária uma relação de qualidade entre aluno e professor para que essa criança sinta prazer em estar ali e se sinta motivada a buscar cada vez mais novos conhecimentos. 
A instituição escolar hoje deve ir muito além de conteúdos curriculares, letramento ou uso básico da matemática, ela deve ser inclusiva, deve combater as discriminações, acolher, amparar, direcionar, abrir possibilidades e estarem preparadas, não só para a construção do saber onde a meta é apenas formar futuros trabalhadores, master em seu papel fundamental junto a família ensinar valores que serão cruciais para a formação plena do indivíduo.
São muitos os benefícios baseados em uma relação de afetividade principalmente entre professor e aluno, para isso a escola e seus educadores devem entender que quando a criança se sente segura e amada ela consegue ser bem mais produtiva, mas quando esse afeto é negado pode atrapalhar seu desenvolvimento dentro e fora da escola. 
Espero que de alguma forma esse artigo leve a reflexões sobre a importância da afetividade na educação.
Precisamos cultivar cérebros emocionalmente e afetivamente melhores, assim teremos indivíduos que se tornarão pessoas socialmente competentes.
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