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Anatomia e fisiologia do Intestino delgado

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Anatomia e fisiologia do Intestino delgado:
Anatomia:
Formado pelo duodeno, jejuno e íleo.
Principal local de absorção de nutrientes dos alimentos ingeridos
Estende-se do piloro até a junção ileocecal, onde o íleo junta-se ao ceco
A parte pilórica do estomago esvazia-se no duodeno, sendo a admissão duodenal controlada pelo piloro
Duodeno:
Primeira parte a mais curta (25cm) do ID, também é mais larga e fixa.
Segue trajeto em forma de C ao redor da cabeça do pâncreas
Começa no piloro no lado direito e termina na flexura(junção) duodenojenual no lado esquerdo. Essa junção ocorre no nível da vértebra LII, 2 a 3 cm à esquerda da linha mediana.
A junção geralmente assume a forma de um ângulo agudo, a flexura duodenojejunal
a maior parte do duodeno está fixado pelo peritônio a estruturas na parede posterior do abdome e é considerada parcialmente retroperitoneal.2,5 cm proximais são intraperitoneais e o resto é retroperitoneal
divide-se em quatro partes:
· Parte superior(primeira): curta(5cm), situada anterolateralmente ao corpo da vertebra LI
· Parte descendente(segunda): mais longa(7 a 10cm), desce ao longo das faces direitas das vértebras LI a LIII.
· Parte inferior(terceira): 6 a 8 cm de comprimento, cruza a vértebra LIII
· Parte ascendente(quarta): curta(5cm), começa à esquerda da vertebra LIII e segue superiormente até a margem superior da vértebra LII.
Os primeiros 2cm da parte superior do duodeno, imediatamente distais ao piloro, tem mesentério e são móveis, essa parte livre é chamada ampola(bulbo duodenal), tem uma aparência diferente do resto na radiografia com contraste.
Os 3 cm distais da parte superior e as outras três partes do duodeno não tem mesentério e são imóveis porque são retroperitoneais. 
Relações anatômicas:
Parte superior:
· Ascende a partir do piloro e é superposta pelo fígado e vesícula
· a parte proximal tem o ligamento hepatoduodenal(parte do omento menor) fixado superiormente e o omento maior fixado inferiormente
Parte descendente: 
· Segue inferiormente, curvando-se ao redor da cabeça do pâncreas
Os ductos colédoco e pancreático principal entram em sua parede posteromedial, esses ductos se unem para formar a ampola hepatopancreática, que se abre na papila maior do duodeno, que fica posteromedialmente na parte descendente
· É totalmente retroperitoneal 
· A face anterior de seus terços proximal e distal é coberta por peritônio; entretanto, o peritônio é refletido de seu terço médio para formar o mesentério duplo do colo transverso, o mesocolo transverso.
Parte inferior(horizontal):
· Segue transversalmente para esquerda, passando sobre a VCI, aorta e vertebra LIII
· Cruzada pela artéria e veia mesentérica superior e pela raiz do mesentério do jejuno e íleo.
· Superiormente a ela, está a cabeça do pâncreas e seu processo uncinado
· A face anterior é coberta por peritônio, exceto na parte que é cruzada pelos vasos mesentéricos superiores e pela raiz do mesentério
· Posteriormente, é separa da coluna vertebral pelo musculo psoas maior direito, VI, aorta e vasos testiculares ou ováricos direitos 
Parte ascendente:
· Segue superiormente e ao longo do lado esquerdo da aorta para alçar a margem inferior do corpo do pâncreas
· Se curva anteriormente para se unir ao jejuno na flexura duodenojejunal, sustentada pelo ligamento de Treitz(músculo suspensor do duodeno):
· formado por uma alça de musculo esquelético do diafragma e uma faixa fibromuscular de musculo liso da terceira e quarte partes do duodeno
· Contração dele alarga o ângulo de flexura duodenojejunal, facilitando movimento do conteúdo intestinal
· Passa posteriormente ao pâncreas e à veia esplênica e anteriormente à veia renal esquerda.
Irrigação arterial:
Artérias do duodeno, que tem origem do tronco celíaco e da artéria mesentérica superior
Tronco celíaco → artéria gastroduodenal → artéria pancreaticoduodenal superior: supre a parte do duodeno proximal à entrada do ducto colédoco na parte descendente do duodeno
AMS → artéria pancreaticoduodenal inferior: supre o duodeno distal a entrada do ducto colédoco
OBS: As artérias pancreaticoduodenais situam-se na curvatura entre o duodeno e a cabeça do pâncreas e irrigam as duas estruturas
Drenagem Venosa:
Veias do duodeno acompanham as artérias e drenam para a veia porta, pelas veias mesentérica superior e esplênica
Drenagem linfática:
Vasos acompanham as artérias
Vasos linfáticos anteriores drenam para os linfonodos pancreaticoduodenais (ao longo das artérias de mesmo nome) e para os linfonodos pilóricos (ao longo da artéria gastroduodenal)
Vasos linfáticos posteriores seguem posteriormente à cabeça do pâncreas e drenam para os linfonodos mesentéricos superiores
Os vasos linfáticos eferentes dos linfonodos duodenais drenam para os linfonodos celíacos
Inervação:
Nervos duodenais derivam do nervo vago e nervos esplâncnicos (abdominopelvicos) maior e menor por meio dos plexos celíaco e mesentérico superior
Os nervos seguem para o duodeno via plexos periarteriais que se estendem até as art.pancreaticoduodenais
Jejuno e íleo:
Juntos, o jejuno (2/5) e o íleo (3/5) têm 6 a 7 m de comprimento
Jejuno:
· 2ª parte do intestino
· Começa na flexura duodenojejunal, onde o sistema digestório volta a ser intraperitoneal
· Maior parte está no QSE
Íleo:
· 3ª parte do intestino
· Termina na junção ileocecal
· Maior parte no QID, parte terminal do íleo geralmente está na pelve, de onde ascende e termina na face medial do ceco
Ambos têm mesentério, prega de peritônio em forma de leque que fixa o jejuno e o íleo a parede posterior do abdome
Irrigação arterial:
AMS: irriga o jejuno e o íleo via artérias jejunais e ileais
AMS tem origem no nível de L1, 1cm abaixo do tronco celíaco 
Envia uns 15 a 18 ramos para o jejuno e íleo
Elas se unem, formam arcos arteriais e dão origem aos vasos retais
Drenagem venosa:
A veia mesentérica superior drena o jejuno e o íleo
A VMS termina posteriormente ao colo do pâncreas, onde se une à veia esplênica para formar a veia porta
Drenagem linfática:
Lactíferos: vasos linfáticos especializados nas vilosidades intestinais que absorvem gordura
Eles drenam seu líquido leitoso para os plexos linfáticos nas paredes do jejuno e do íleo, e de lá drenam para os vasos linfáticos entre as camadas do mesentério.
No mesentério, a linfa atravessa sequencialmente três grupos de linfonodos:
· Linfonodos justaintestinais: perto da parede intestinal
· Linfonodos mesentéricos: entre os arcos arteriais
· Linfonodos centrais superiores: parte proximal da MAS
Os vasos linfáticos eferentes dos linfonodos mesentéricos drenam para os linfonodos mesentéricos superiores
Os vasos linfáticos terminais do íleo seguem o ramo ileal da artéria ileocólica até os linfonodos ileocólicos
Inervação:
A AMS e seus ramos são circundados por um plexo nervoso periarterial
Fibras simpáticas nos nervos para o jejuno e o íleo originam-se nos segmentos T8 a T10 e chegam ao plexo mesentérico superior pelos troncos simpáticos e nervos esplâncnicos (maior, menor e imo) torácicos abdominopélvicos
Estimulação simpática: reduz a atividade peristáltica e secretora, atua como um vasoconstritor, reduzindo ou interrompendo a digestão
Estimulação parassimpática: aumenta atividade peristáltica e secretora, restaurando o processo de digestão após uma reação simpática
Tem fibras sensitivas (aferentes viscerais). O intestino é insensível à maioria dos estímulos dolorosos, inclusive incisão e queimadura; entretanto, é sensível à distensão que é percebida como cólica (dor abdominal espasmódica)
Histologia:
Duodeno, jejuno e íleo são histologicamente semelhantes, com pequenas diferenças entre elas para serem identificadas
As diferenças são observadas nas camadas mucosas e submucosas das 3 partes. A camada muscular e serosa é igual nas três partes 
4 camadas:
Camada mucosa:
Quando observado a olho nu, parede do intestino delgado tem uma serie de pregas permanentes, plicae circularis, em forma semilunar, circular ou espiral, que são dobras da mucosa e da submucosa.
· Essas pregas são mais desenvolvidas no jejuno, embora também sejamvistas no duodeno e íleo, não são características desses órgãos
As vilosidades intestinais ou vilos são projeções alongadas com cerca de 0,5 a 1,5mm de comprimento
· No duodeno têm forma de folhas, gradualmente assumindo forma de dedos, à medida que se aproximam do íleo
Epitélio
O epitélio de revestimento dos vilos é do tipo cilíndrico simples 
Formado de células absortivas(enterócitos) e células caliciformes e se continua com o epitélio das criptas, que por sua vez tem algumas células absortivas, células caliciformes, células enteroendócrinas, células de Paneth e células-tronco.
A cripta tem forma tubular e representa o compartimento proliferativo do intestino
Células absortivas(enterócitos):
· Células colunares altas, cada uma com um núcleo oval em sua porção basal. No ápice de cada célula, a membrana plasmática se projeta para o lúmen(microvilosidade), criando uma borda em escova, que pode ser observada ao microscópio de luz.
· Quando observada ao microscópio eletrônico, a borda em escova é vista como conjunto de microvilosidades densamente agrupados.
· Cada microvilosidade mede aproximadamente 1 μm em altura por 0,1 μm de diâmetro
· A membrana celular envolve um eixo de microfilamentos de actina associados a fimbrina e vilina (proteínas do citoesqueleto).
· Estima-se que cada célula absortiva tenha em média três mil microvilosidades e que 1 mm2 de mucosa contenha cerca de 200 milhões dessas estruturas.
· Produz enzimas como dissacaridases e dipeptidases, que hidrolisam dissacarídeos e dipeptídeos em monossacarídeos e aminoácidos, que são absorvidos por transporte ativo
· Pregas, vilosidades e microvilosidades aumentam muito a superfície de revestimento intestinal, as pregas aumentam a superfície em cerca de 3 vezes, as vilosidades em 10 vezes e as microvilosidades em 20 vezes, em conjunto, aumentam 600 vezes a superfície intestinal(200m2)
Células caliciformes:
· Distribuídas entre as células absortivas.
· Menos abundantes no duodeno e aumentam de número em direção ao íleo
· Produzem glicoproteínas acidas do tipo mucina que são hidratadas e formam ligações cruzadas entre si para originar o muco, que tem função de proteger e lubrificar o revestimento intestinal.
Células de Paneth:
· Localizadas na porção basal das criptas intestinas, são células exócrinas com grande grânulos de secreção eosinofílicas em seu citoplasma apical
· Seus grânulos têm lisozima e defensina, enzimas que podem permeabilizar e digerir parede de bactérias 
· A lisozima também exerce controle sobre a microbiota intestinal.
Células tronco:
· Localizadas no terço basal da cripta, entre as células de Paneth
Células M:
· Células epiteliais especializadas que recobrem folículos linfoides das placas de Peyer, localizadas no íleo.
· Tem numerosas invaginações basais que tem muitos linfócitos e células apresentadoras de antígenos, como macrófagos
· Podem captar antígenos por endocitose e transportá-los para os macrófagos e células linfoides subjacentes, as quais migram então para outros compartimentos do sistema linfoide(nódulos), onde respostas imunológicas contra esse antígeno são iniciadas
· Células M representam um elo importante na defesa imunológica intestinal
· A lâmina basal sobre as células M é descontinua, facilitando o trânsito de células entre o tecido conjuntivo e as células M
fotomicrografia da região de um nódulo linfoide coberto pela mucosa intestinal
Proteção do intestino:
· IgA encontradas nas secreções são sintetizadas por plasmócitos e formam a primeira linha de defesa
· Outro mecanismo protetor é formado pelas junções intercelulares oclusivas que fazem da camada de células epiteliais uma barreira para penetração de microrganismos
· O sistema digestório tem macrófagos e grande quantidade de linfócitos, localizados tanto na mucosa quanto na submucosa. Juntas, essas células formam o tecido linfoide associado ao sistema digestório(GALT)
Lâmina própria:
Composta por tecido conjuntivo frouxo com vasos sanguíneos e linfáticos, fibras nervosas e fibras musculares lisas. 
Muscular da mucosa:
A lâmina própria preenche o centro das vilosidades intestinais, onde as células musculares lisas (dispostas verticalmente entre a muscular da mucosa e a ponta das vilosidades) são responsáveis pela movimentação rítmica, importante para a absorção dos nutrientes 
Submucosa:
Tem na porção inicial do duodeno, grupos de glândulas tubulares enoveladas ramificadas(glândulas duodenais ou glândulas de Brunner) que se abrem nas glândulas intestinais, que secretam muco alcalino(pH 8,1 a 9,3). 
· Esse muco protege a mucosa duodenal contra efeitos da acidez do suco gástrico e neutraliza o pH do quimo, aproximando-o do pH ótimo para ação das enzimas pancreáticas.
· As glândulas duodenais são importantes no diagnóstico diferencial das regiões do intestino delgado.
Lâmina própria e submucosa tem GALT, que são mais numerosos no íleo(conhecidos como placas de Peyer)
· Cada placa são 10 a 200 nódulos visíveis a olho nu como uma área oval no lado antimesentérico do intestino
· Existem aproximadamente 30 placas em humanos, a maioria no íleo.
· Quando observada a partir da superfície luminal, cada placa de Peyer aparece como uma área com formato arredondado sem vilosidades na superfície
· Em vez de células absortivas, seu epitélio de revestimento consiste em células M  
Vasos e nervos:
Os vasos que nutrem o intestino e removem produtos da digestão penetram a camada muscular e formar um grande plexo na submucosa. Da submucosa, ramos atravessam a muscular da mucosa, lâmina própria e penetram nas vilosidades
· Cada vilosidade recebe um ou mais ramos que formar uma rede de capilar na lâmina própria logo abaixo do epitélio
· Na extremidade das vilosidades, uma ou mais vênulas surgem dos capilares e percorrem a direção oposta, alçando as veias do plexo submucoso
Os vasos linfáticos(lacteais) surgem como capilares de fundo cego no centro das vilosidades. Os capilares linfáticos correm em direção a lâmina própria acima da muscular da mucosa, onde formam um plexo, que se direciona para submucosa, onde circundam nódulos linfoides
· Se anastomosam rapidamente e deixam o intestino com os capilares sanguíneos
· Importantes para absorção de lipídeos
A contração rítmica das vilosidades intestinais auxilia a propulsão da linfa contida no interior dos capilares linfáticos para os vasos linfáticos mesentéricos.
A inervação do intestino tem um componente intrínseco e um extrínseco.
· Componente intrínseco é formado por grupos de neurônios que formar o plexo nervoso mioentérico(de Auerbach), mais envolvida com peristaltismo, entre as camadas musculares, circular interna e longitudinal externa e o plexo nervoso submucoso(de Meissner) na submucosa
· Os plexos têm neurônios sensoriais que recebem informações de terminações nervosas próximas da camada epitelial e na camada de musculo liso com relação a composição do conteúdo intestinal (quimiorreceptores) e ao grau de expansão da parede intestinal (mecanorreceptores), respectivamente
· As outras células nervosas são efetoras e inervam as camadas musculares e as células secretoras de hormônios. 
· A inervação intrínseca formada por esses plexos é responsável pelas contrações intestinais que ocorrem de modo independente da inervação extrínseca
· A inervação extrínseca pertence ao sistema nervoso autônomo e é formada por fibras nervosas colinérgicas parassimpáticas(vago) que estimulam a atividade da musculatura lisa intestinal e por fibras nervosas adrenérgicas simpáticas que deprimem a atividade da musculatura lisa intestinal.
Diferenças da mucosa e submucosa no duodeno, jejuno e íleo(resumo):
Duodeno:
· Muitas vilosidades largas e baixas
· Poucas células de Paneth e caliciformes
· Tem glândulas de Brunner na submucosa
Jejuno:
· Vilosidades mais longas
· Maior quantidade de células caliciformes
· Quase nenhuma placa de Peyer
· Sem glândulas de Brunner
· Células de Paneth na base das glândulas de Lieberkun
Íleo:
· Vilosidades mais curtas
· Muitas células caliciformes
· Presença de células de Paneth
· Muitasplacas de Peyer
Fisiologia:
Funções do intestino delgado:
Duodeno: misturar a comida com a bile e enzimas pancreáticas para continuar a digestão de carboidratos, proteínas e lipídeos
Jejuno: absorção (principalmente de proteínas e gordura)
Íleo: absorção de vitamina B12, sais biliares e toda a digestão de produtos não absorvidos do duodeno e jejuno
 OBS: todas as 3 partes absorvem água e eletrólitos
Motilidade do intestino delgado:
Divididos em contrações de mistura e contrações propulsivas(peristaltismo)
Contrações de mistura(de segmentação):
· O estiramento da parede intestinal causa contrações localizadas no intestino com duração de minuto
· As contrações de segmentação “dividem” o quimo duas/ três vezes por minuto, promovendo a mistura do alimento com as secreções do intestino delgado (e com a bile e as enzimas pancreáticas)
· Quando série de contrações de segmentação se relaxa, outra se inicia, mas as contrações ocorrem em outros pontos entre os anteriores contraídos.
· Seus movimentos são tanto distais quanto proximais
· A frequência máxima das contrações é determinada pelas ondas elétricas lentas da parede intestinal, ou seja, não ultrapassa 12 por minuto no duodeno e jejuno proximal, e no íleo de 8 a 9/ minuto (no máximo de estimulação)
· As ondas lentas do próprio musculo liso causam as contrações de segmentação, mas elas não são tão eficientes sem a excitação do plexo nervoso mioentérico. Por isso que as contrações de segmentação ficam extremamente fracas, quando a atividade excitatória do sistema nervoso entérico é bloqueada pelo fármaco atropina
Contrações propulsivas:
· Quimo é impulsionado por ondas peristálticas
· Se movem distalmente, direção ao anus, com velocidade de 0,5 a 2 cm/s
· Normalmente, são muito fracas e cessam depois de percorrer em 3 a 5 centímetros
· O movimento ao longo do intestino delgado, é em média, apenas 1 cm/min. Ou seja, são necessárias 3 a 5 horas para a passagem do quimo do piloro até a válvula ileocecal
Controle do peristaltismo por sinais nervosos e hormonais:
· Entrada de quimo no duodeno, após refeição, causa distensão da parede
· Reflexo gastoentérico: distensão do estômago, que é conduzido pelo plexo mioentérico da parede do estômago até o intestino delgado
· Intensificam a motilidade intestinal: Gastrina, insulina, motilina e a serotonina, secretados em diversas fases do processamento alimentar
· Inibem a motilidade do intestino delgado: Secretina e o glucagon
· Função das ondas peristálticas no intestino: causar a progressão do quimo e distribuir o quimo ao longo da mucosa intestinal
· Ao chegar à válvula ileocecal, o quimo, pode ficar retido por horas, até que a pessoa faça outra refeição; nesse momento, o reflexo gastroileal intensifica o peristaltismo no íleo e força o quimo remanescente a passar pela válvula ileocecal para o intestino grosso
· OBS: além das contrações musculares, as contrações da mucosa e vilosidades, por reflexos submucoso, em presença de quimo, forma pregas circulares na mucosa, aumentando a superfície de contato, favorecendo a absorção
· COMPLEXO MOTOR MIGRATÓRIO:
· São padrões motores peristálticos que ocorre durante o jejum, são organizados em 3 fases:
· Fase 1: quiescência relativa
· Fase 2: pequenas contrações desorganizadas
· Fase 3: dura cerca de 10 min, grandes concentrações se propagam ao longo do intestino, estimuladas pela motilina e removem qualquer conteúdo gástrico e intestinal remanescente para o cólon. O piloro e a válvula ileocecal se abrem completamente durante essa fase, e mesmo os itens grandes e não digeridos podem sair do corpo.
· E depois volta para a fase 1. Todo esse ciclo dura cerca de 90 minutos
Surto peristáltico:
Embora o peristaltismo seja fraco, a irritação intensa da mucosa intestinal(casos de diarreia infecciosa) pode causar peristalse muito intensa e rápida, o surto peristáltico
Esse fenômeno é desencadeado pelos reflexos nervoso que envolvem o SN autônomo e o tronco cerebral e pela intensificação intrínseca de reflexos no plexo mioentérico da parte do trato intestinal
As intensas contrações peristálticas percorrem longas distâncias no intestino delgado em questão de minutos, varrendo os conteúdos do intestino para o cólon e, assim, aliviando o intestino delgado do quimo irritativo e da distensão excessiva.
Função da válvula ileocecal:
Evita o refluxo do conteúdo fecal do cólon para o intestino delgado
Fechada quando o aumento da pressão no ceco empurra o conteúdo contra a abertura da válvula, resiste a pressão reversa de 50 a 60 cm de água
A parede do íleo, acima da válvula ileocecal, tem musculatura circular espessada: O esfíncter ileocecal
· Permanece contraído e retarda o esvaziamento do conteúdo ileal no ceco
Imediatamente após a refeição, o reflexo gastroileal intensifica o peristaltismo no íleo e lança o conteúdo ileal no ceco
Controle:
O grau de contração do esfíncter e a intensidade do peristaltismo no íleo terminal são controlados por: 
· Reflexos originados no ceco, são mediados pelo plexo mioentérico e nervos autônomos extrínsecos (gânglios simpáticos pré-vertebrais)
· Ceco distende: contração do esfíncter se intensifica e o peristaltismo é inibido, retardando o esvaziamento
· Qualquer irritação no ceco retarda o esvaziamento (EX: apendicite)
Secreções do intestino delgado(suco entérico):
Suco entérico:
· Composto por secreção mucosa e enzimática dos enterócitos (lactose, sacarose, maltase e a-dextrinase)
· Formado pelas secreções das células de Brunner e células de Lieberkuhn
Secreção de muco pelas células de Brunner no duodeno:
Glândulas mucosas compostas (células de Brunner), que se localizam na parede dos primeiros centímetros do duodeno, principalmente entre o piloro do estômago e a papila de Vater, onde a secreção pancreática a bile desemboca no duodeno
Secretam muito muco alcalino em resposta:
1. Estímulos táteis ou irritativos na mucosa duodenal
2. Estimulação vagal, que causa maior secreção de glândulas de Brunner, concomitantemente ao aumento da secreção gástrica 
3. Hormônios gastrointestinais, especialmente secretina.
Funções do muco:
· Proteger parede duodenal da digestão pelo suco gástrico, muito ácido
· o muco tem íons bicarbonato, que se somam ao íons bicarbonato da secreção pancreática e da bile hepática na neutralização do acido clorídrico, que entra no duodeno vindo do estomago
inibição: estimulação simpática. 
Secreção de sucos digestivos intestinais pelas células de Lieberkuhn:
Na superfície do ID, tem depressões chamadas criptas de Lierberkuhn, que ficam entre as vilosidades intestinais.
As superfícies das criptas e das vilosidades são cobertas por epitélio composto de dois tipos de células:
1. células caliciformes, que secretam muco que lubrifica e protege as superfícies intestinais 
2. enterócitos: que nas criptas secretam grandes quantidades de água e eletrólitos e sobre as superfícies das vilosidades adjacentes, absorvem água, eletrólitos e produtos da digestão
Secreções intestinais formadas pelos enterócitos das criptas: semelhante ao líquido extracelular, pH alcalino, são rapidamente reabsorvidas pelas vilosidades
Esse fluxo de líquido das criptas para as vilosidades proporciona veículo aquoso para a absorção de substâncias do quimo, em contato com as vilosidade
Mecanismo de secreção de líquido aquoso:
O mecanismo exato que controla a intensa secreção de líquido pelas criptas ainda não é conhecido, mas acredita-se que pelo menos envolva dois processos ativos de secreção:
1. secreção ativa de íons cloreto nas criptas
2. secreção ativa de íons bicarbonato 
A secreção de ambos os íons gera diferença de potencial elétrico de íons sódio com carga positiva através da membrana e para o líquido secretado. Finalmente, todos esses íons em conjunto causam o fluxo osmótico de água
Enzimas digestivas na secreção do intestino delgado:
As secreções do intestino delgado, coletadas sem fragmentos celulares, não contêm quase nenhuma enzima
Os enterócitos da mucosa contêm enzimas digestivas que digerem substâncias alimentares específicas enquanto eles estão sendo absorvidosatravés do epitélio
Essas enzimas não são secretadas na luz do intestino, elas digerem no interior do enterócitos
Enzimas:
· Peptidase: hidrolisa peptídeos e aminoácidos
· Sucrase, maltase, isomaltase e lactase: hidrolisa dissacarídeos a monossacarídeos
· Lipase intestinal: clivagem de gorduras neutras em glicerol e ácidos graxos
As células epiteliais mais profundas nas criptas de Lieberkühn passam por mitose contínua, e novas células migram, reconstituindo o epitélio dos vilos e, formam novas enzimas digestivas. O ciclo de vida de uma célula epitelial intestinal é de cerca de 5 dias
Regulação da secreção do intestino delgado:
Estímulos locais:
· O reflexos nervosos entéricos locais, desencadeados por estímulos táteis/ irritantes do quimo sobre o intestino.
Hormônios:
· Secreção de CCK pelo duodeno e jejuno
· Motilina: liberado pelo duodeno superior: aumenta motilidade gastrointestinal
· Gastrina: estimula peristalse intestinal
· Secretina: inibe mobilidade intestinal
· Peptídeo inibidor gástrico: secretado pelo intestino delgado superior: inibe a secreção gástrica de HCL e a atividade motora do estômago
· Polipeptídio intestinal vasoativo: liberado no intestino: inibe secreção gástrica de HCl
· Somatostatina: inibe ação acetilcolina
Digestão no intestino delgado:
Carboidratos, gorduras e proteínas sofrem hidrolise para serem absorvidos, a única diferença está no tipo de enzima necessária para realizar a hidrolise em cada alimento
Enzimas especificas nos sucos digestivos do TGI catalisam a hidrolise
1. carboidratos: polissacarídeos/dissacarídeos (união de monossacarídeos) com água são quebrados em monossacarídeos
2. gorduras: maioria são triglicerídeos, e com água são quebradas em ácidos graxos
3. proteínas: enzimas proteolíticas, com água, se clivam em aminoácidos
Carboidratos:
Fontes principais: Sacarose, lactose, amidos
Fontes secundárias: amilose, glicogênio, álcool, ácido lático
Inicia sua digestão na boca e estômago 
Boca:
· alimento mastigado, ação da enzima digestiva ptialina(alfa amilase), secretada pelas glândulas parótidas, e converte amido em maltose
· apenas 5% dos aminoácidos são hidrolisados na boca
Estômago:
· digestão continua no corpo e fundo, por 1hora antes de ser misturado com secreções gástricas (nisso 30 a 40% do amido é hidrolisado)
Intestino delgado:
· Digestão pela amilase pancreática:
· a secreção pancreática, como saliva, tem grande quantidade de alfa- amilase, que é quase idêntica em termos de função à alfa-amilase da saliva, mas muitas vezes mais potente
· 15 a 30 minutos depois do quimo chegar no duodeno, todos carboidratos serão digeridos 
· carboidratos → maltose e/ou pequenos polímeros de glicose
· Hidrólise de dissacarídeos e pequenos polímeros de glicose em monossacarídeos por enzimas do epitélio intestinal:
· Os enterócitos têm quatro enzimas: lactase, sacarase, maltase e a-dextrinase, que são capazes de clivar os dissacarídeos lactose, sacarose e maltose, mais outros polímeros de glicose nos seus monossacarídeos constituintes
· Essas enzimas ficam nos enterócitos, assim os dissacarídeos quando entram em contato, são digeridos
· Entre as refeições as hidrolases são degradadas e têm que ser ressintetizadas pelos enterócitos, a fim de participar da digestão dos carboidratos da próxima refeição.
· Lactose → galactose + glicose
· Sacarose → frutose + glicose
· Maltose e outro polímeros pequenos de glicose → múltiplas moléculas de glicose
Proteínas:
1- Digestão por enzimas proteolíticas pancreáticas:
· Maior parte da digestão de proteínas ocorre no intestino delgado, pela ação das enzimas pancreáticas
· Enzimas: tripsina, quimiotripsina, carboxipolipeptidase e proelastase
2-digestão de peptídeos por peptidases dos enterócitos:
· Último estágio na digestão é feito pelos enterócitos
· Na membrana das vilosidades tem peptidases (aminopolipeptidase e dipeptidases), que entram em contato com líquidos intestinais. Elas continuam a hidrolise dos polipeptídios que restaram
· Os aminoácidos, dipeptídeos e tripeptídeos são transportados através da membrana até o interior dos enterócitos
· No citosol, tem várias outras peptidases especificas para os AA ainda não hidrolisados, que são transformados em AA e levados para o sangue
Gorduras:
Toda a digestão ocorre no intestino delgado
Ocorre em 2 etapas:
· emulsificação da gordura: ácidos biliares e lecitina:
· Quebra física da gordura em partículas menores, para as enzima digestivas agirem sobre elas
· A maior parte da emulsificação ocorre no duodeno, pelos sais biliares e
· fosfolipídio lectina
· Função dos sais e da lectina: fragmentar os glóbulos gordurosos no intestino, sob agitação com a água, tornando-os solúveis, por diminuir a tensão da gordura 
· digestão da gordura: lipases pancreáticas e entéricas:
· Lipase pancreática é a enzima mais importante para digestão de triglicerídeos (digere em 1 min)
· Enterócitos possuem a lipase entérica, mas nem sempre são necessárias
· As enzimas são hidrossolúveis, e só pode atacar a gordura na sua superfície, por isso os sais e a lectina são importantes, aumentar a área de contato
Absorção no intestino delgado:
A absorção diária, no intestino delgado, consiste em centenas de gramas de carboidratos, 100 gramas ou mais de gordura, 50 a 100 gramas de aminoácidos, 50 a 100 gramas de íons e 7 a 8 litros de água
Absorção de água por osmose:
Água é transportada pela membrana intestinal por difusão (osmose)
Portanto, quando o quimo está suficientemente diluído, a água é absorvida, através da mucosa intestinal, pelo sangue das vilosidades, quase inteiramente, por osmose
Por outro lado, a água pode também ser transportada na direção oposta quando soluções hiperosmóticas são lançadas do estômago para o duodeno
Absorção de íons:
Absorção de íons sódio:
É ativamente transportado através da membrana intestinal
Muito sódio é eliminado nas secreções intestinais
Ingestão diária de sódio é, em média, 5 a 8 gramas. E para prevenir a perda efetiva de sódio nas fezes, os intestinos precisam absorver 25/35 gramas de sódio/dia
Sempre que quantidades significativas de secreções intestinais são perdidas para o meio exterior (Ex: diarreia intensa), as reservas de sódio do corpo podem chegar a níveis letais em questão de horas
Sódio é absorvido rapidamente, através da mucosa intestinal. E tem papel importante na absorção de açúcares e aminoácidos
MECANISMO:
· Força motriz para absorção do sódio é dada pelo transporte ativo do íon das células epiteliais pelas membranas basolaterais
· Energia para esse transporte vem da hidrolise do ATP na membrana celular
· Parte do sódio é absorvida em conjunto com íons cloreto (se movem devido a diferença de potencial transepitelial gerada pelo transporte do sódio)
· O transporte do sódio pelas membranas basolaterais, reduz a concentração de sódio dentro da célula
· Como o quimo possui muito sódio, ele se move a favor do gradiente, para dentro do citoplasma da célula epitelial, pela borda em escova
· O sódio também é cotransportado por proteínas e transportadores específicos, pela membrana da borda em escova
1- cotransportador de sódio-glicose
2- cotransportadores de sódio-aminoácido
3- trocador de sódio-hidrogênio
· Os transportadores fornecem mais sódio para ser transportado pelas células epiteliais para os espaços paracelulares. E fornecem absorção ativa secundária de glicose e aminoácidos, energizada pela bomba ativa de Na+-K+-ATPase na membrana basolateral
· Em seguida, temos a osmose da água por vias transcelular e paracelular, devido ao gradiente osmótico pela concentração de íons, e depois passa para o sangue circulante na vilosidade
· OBS: aldosterona aumenta a absorção de sódio: em pessoas desidratadas, a aldosterona é secretada pelos córtex das glândulas adrenais, e ativa ainda mais as enzimas que absorvem o sódio
Absorção de íons cloreto:
· Na parte superior do intestino delgado, a absorção de íons cloreto é rápida e se dá, principalmente, por difusão
· Os íons cloreto se movem por esse gradiente elétrico, para “seguir” os íons sódio
· Também é absorvido pelamembrana da borda em escova de partes do íleo e do intestino grosso, por trocador cloreto-bicarbonato na borda em escova
· O cloreto sai da célula pela membrana basolateral através dos canais de cloreto.
Absorção de íons bicarbonato:
· No duodeno e jejuno:
· Precisam ser reabsorvidos por, perder muitos íons na secreção pancreática e biliar
· Absorção ativa de íons bicarbonato: quando íons sódio são absorvidos, alguns íons hidrogênio são secretados no lúmen intestinal, em troca por parte do sódio. Esses íons hidrogênio, se combinam com os íons bicarbonato formando ácido carbônico (H2 CO3) que se dissocia, formando água e dióxido de carbono. A água permanece como parte do quimo nos intestinos, mas o dióxido de carbono é absorvido para dentro da célula, se combina com água e forma uma molécula de bicarbonato no interior da célula
Secreção de íons bicarbonato no íleo:
· Células epiteliais nas vilosidades do íleo, secretam íons bicarbonato em troca de íons cloreto, que são reabsorvidos
· E o bicarbonato secretado neutraliza os produtos ácidos formados pelas bactérias no intestino
Absorção ativa de cálcio, ferro, potássio magnésio e fosfato:
Os íons cálcio: absorvidos ativamente para o sangue em grande parte no duodeno e a absorção é bem controlada.
Fator importante do controle da absorção de cálcio é o hormônio paratireóideo 
Íons ferro são absorvidos, em parte pela sua função de formação da hemoglobina
Íons potássio, magnésio, fosfato e, talvez, outros íons também podem ser absorvidos ativamente através da mucosa intestinal
Absorção de nutrientes:
Carboidratos:
· Todos são absorvidos na forma de monossacarídeos, e uma parte como dissacarídeo
· Mais abundante é a glicose (80%), e os outros 20% são galactose e frutose
· Praticamente, todos os monossacarídeos são absorvidos por processo de transporte ativo 
· GLICOSE:
· A absorção de glicose ocorre por processo de cotransporte com o sódio
· 2 fases no transporte do sódio:
1- transporte ativo de íons sódio, por membranas basolaterais das células epiteliais intestinais, para o sangue, que reduz a concentração de sódio nas células epiteliais
2- diferença de concentração: fluxo de Na do lúmen, pelas borda em escova para o interior da célula, por meio da proteína de transporte que liga Na+ a glicose: baixa concentração de Na+ na célula leva Na+ e glicose para seu interior
· A absorção ocorre pelo transportador 1 de sódio/glicose (SGLT1)
· No citosol, a glicose e a galactose podem ser retidas para as necessidades metabólicas do epitélio, ou podem sair da célula através do GLUT2 para o sangue
· GALACTOSE:
· Mesmo mecanismo da glicose
· FRUTOSE:
· Difusão facilitada, não acoplada ao Na+, através do epitélio intestinal
· Grande parte da frutose, ao entrar na célula, é fosforilada e, então, convertida a glicose, e, como glicose, é transportada para o sangue pela GLUT5
Proteínas:
Cotransporte de aminoácidos e peptídeos:
· Depois da digestão, são absorvidas através das membranas das células do epitélio intestinal, sob a forma de dipeptídeos, tripeptídeos e aminoácidos livres
· A maioria das moléculas de peptídeos ou aminoácidos se liga nas membranas da microvilosidade da célula com proteína transportadora específica (requer ligação de sódio para que o transporte ocorra)
· Alguns aminoácidos não usam o mecanismo de cotransporte com o sódio, mas são transportados por proteínas transportadoras da membrana especiais, do mesmo modo que a frutose é transportada por difusão facilitada.
Gordura:
· Monoglicerídeos e os ácidos graxos livres são levados para a borda em escova, na forma de micelas que vão penetrar no espaços entre os vilos, fazendo com que os monoglicerídeos e os ácidos graxos se difundem/saiam das micela, e entrem nas células epiteliais, por suas membranas (por serem solúveis na membrana da célula epitelial)
· As micelas, portanto, fazem função “carreadora” importante para a absorção de gordura. Na presença de abundância de micelas de sais biliares, aproximadamente 97% da gordura é absorvida; em sua ausência, a absorção é de apenas 40% a 50%.
· Dentro da célula, os ácidos graxos e monoglicerídeos são captados pelo retículo endoplasmático liso e usados para formar novos triglicerídeos, que formam quilomícrons, e são transferidos para os lactíferos das vilosidades, e pelo ducto linfático torácico, os quilomícrons são transferidos para o sangue circulante.
· ÁCIDOS GRAXOS DE CADEIA CURTA:
· Pequenas quantidades de ácidos graxos de cadeias curta e média, como os da gordura do leite, são absorvidas, diretamente, pelo sangue porta
· A causa dessa diferença entre a absorção de ácidos graxos de cadeias curta e longa é que os de cadeia curta são mais hidrossolúveis e, em grande parte, não são convertidos a triglicerídeos pelo retículo endoplasmático
Patologias:
Gastroenterite:
Causa: deve-se à ingestão de água ou alimentos contaminados (carnes, ovos, aves) com S. enteritidis. Agentes virais, bactérias, parasitas e intoxicação alimentar
A infecção manifesta-se após curto período de incubação (horas ou dias) com náuseas, vômitos, diarreia, febre e prostração durante dois a quatro dias
Mais comum e mais grave em crianças, especialmente nas menores de cinco anos, a infecção ocorre no íleo, mas pode comprometer o intestino grosso
Irritação e inflamação do tubo digestivo, incluindo estomago e intestino
OBS: enterocolite é inflamação do intestino e cólon
Fisiopatologia geral:
· Gastroenterite viral: vírus invadem e replicarem-se dentro da camada epitelial da parede do trato digestório danificando a absorção e fazem o intestino secretar água, sendo que uma das suas principais funções é absorver água
· Gastroenterite bacteriana: As bactérias aderem à parede intestinal, multiplicam-se e invadem mais ainda o revestimento do trato, particularmente no cólon. Elas produzem toxinas que alteram a absorção de água e eletrólitos, e causam ulceração e sangramento intestinal
· Gastroenterite parasitaria: Esses micróbios aderem à parede intestinal causando microabcessos, úlceras, sangramento e inflamação
· Gastroenterite medicamentosa:
· TRATAMENTO: a maioria melhora sozinha, em uma semana, mas é importante manter a hidratação, evitar alimentos que possam irritar a mucosa, e em alguns casos antieméticos e antidiarreicos, para reduzir diarreia e vômitos. Não tem medicamento especifico para gastroenterite viral
Gastrite atrófica:
Sentimento de plenitude gástrica rapidamente, perda de peso. Náuseas, vomito
Infecção por H. pylori, pode levar a deficiência de B12, que não produz fator intrínseco nas células oxínticas e pode causar um Alzheimer precoce 
Também pode evoluir para um câncer gástrico 
Fazer endoscopia com biópsia, para descartar câncer gástrico

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