é dividido em lobos. A Face Diagramática apresenta um lobo direito e um lobo esquerdo, sendo o direito pelo menos duas vezes maior que o esquerdo. A divisão dos lobos é estabelecida pelo Ligamento Falciforme. Na extremidade desse ligamento encontramos um cordão fibroso resultante da obliteração da veia umbilical, conhecido como Ligamento Redondo do Fígado. A Face Visceral é subdividida em 4 lobos (direito, esquerdo, quadrado e caudado) pela presença de depressões em sua área central, que no conjunto se compõem formando um “H”, com 2 ramos anteroposteriores e um transversal que os une. Embora o lobo direito seja considerado por muitos anatomistas como incluindo o lobo quadrado (inferior) e o lobo caudado (posterior) com base na morfologia interna, os lobos quadrado e caudado pertencem mais apropriadamente ao lobo esquerdo. Entre o lobo direito e o quadrado encontramos a vesícula biliar e entre o lobo direito e o caudado, há um sulco que aloja a veia cava inferior. Entre os lobos caudado e quadrado, há uma fenda transversal: a porta do fígado (pedículo hepático), por onde passam a artéria hepática, a veia porta, o ducto hepático comum, os nervos e os vasos linfáticos. Aparelho Excretor do Fígado – é formado pelo ducto hepático, vesícula biliar, ducto cístico e ducto colédoco. O fígado é um órgão vital, sendo essencial o funcionamento de pelo menos 1/3 dele – além da bile que é indispensável na digestão das gorduras – ele desempenha o importante papel de armazenador de glicose e, em menor escala, de ferro, cobre e vitaminas. A Função Digestiva do Fígado é produzir a bile, uma secreção verde amarelada, para passar para o duodeno. A bile é produzida no fígado e armazenada na vesícula biliar, que a libera quando gorduras entram no duodeno. A bile emulsiona a gordura e a distribui para a parte distal do intestino para a digestão e absorção Outras Funções do Fígado são: • Metabolismo dos carboidratos; • Metabolismo dos lipídios; • Metabolismo das proteínas; • Processamento de fármacos e hormônios; • Excreção da bilirrubina; • Excreção de sais biliares; • Armazenagem; • Fagocitose; • Ativação da vitamina D. A Vesícula Biliar situa-se na fossa da vesícula biliar na face visceral do fígado. Esta fossa situa-se na junção do lobo direito e do lobo quadrado do fígado. A relação da vesícula biliar com o duodeno é tão íntima que a parte superior do duodeno normalmente é manchada com bile no cadáver. A vesícula biliar tem capacidade para até 50 ml de bile. O Ducto Cístico liga a vesícula biliar ao Ducto Hepático comum (união do ducto hepático direito e esquerdo) formando o Ducto Colédoco. O ducto colédoco desce posterior a parte superior do duodeno e situa-se na face posterior da cabeça do pâncreas. No lado esquerdo da parte descendente do duodeno, o ducto colédoco entra em contato com o ducto pancreático principal. O pâncreas produz através de uma secreção exócrina o suco pancreático que entra no duodeno através dos ductos pancreáticos, uma secreção endócrina produz glucagon e insulina que entram no sangue. O pâncreas é achatado no sentido anteroposterior, ele apresenta uma face anterior e outra posterior, com uma borda superior e inferior e sua localização é posterior ao estômago. O pâncreas apresenta duas faces, uma a Face Diafragmática (anterosuperior) que é convexa e lisa relacionando-se com a cúpula diafragmática e, a Face Visceral (póstero inferior) que é irregularmente côncava pela presença de impressões viscerais. O comprimento varia de 12,5 a 15 cm e seu peso na mulher é de 14,95 g e no homem 16,08 g. O pâncreas divide-se em Cabeça (aloja-se na curva do duodeno), Colo, Corpo (dividido em três partes: anterior, posterior e inferior) e Cauda. Ducto Pancreático – O ducto pancreático principal começa na cauda do pâncreas e corre para sua cabeça, onde se curva inferiormente e está intimamente relacionada com o ducto colédoco. O ducto pancreático se une ao ducto colédoco (fígado e vesícula biliar) e entra no duodeno como um ducto comum chamado ampola hepatopancreática. O Pâncreas tem as seguintes Funções: • Dissolver carboidrato (amilase pancreática); • Dissolver proteínas (tripsina, quimotripsina, carboxipeptidase e elastase); • Dissolver triglicerídeos nos adultos (lípase pancreática); • Dissolver ácido nucleicos (ribonuclease e desoxirribonuclease). No abdome, há um sistema venoso muito importante que recolhe sangue das vísceras abdominais para transportá-lo ao fígado. É o sistema da veia porta. A veia porta é formada pela anastomose da veia esplênica (recolhe sangue do baço) com a veia mesentérica superior. A veia esplênica, antes de se anastomosar com a veia mesentérica superior, recebe a veia mesentérica inferior. Depois de constituída, a veia porta recebe ainda as veias gástrica esquerda e prepilórica. Ao chegar nas proximidades do hilo hepático, a veia porta se bifurca em dois ramos (direito e esquerdo), penetrando assim no fígado. No interior do fígado, os ramos da veia porta realizam uma verdadeira rede. Vão se ramificar em vênulas de calibre cada vez menor até a capilarização. Em seguida os capilares vão constituindo novamente vênulas que se reúnem sucessivamente para formar as veias hepáticas as quais vão desembocar na veia cava inferior. A veia gonadal do lado direito vai desembocar em um ângulo agudo na veia cava inferior, enquanto a do lado esquerdo desemboca perpendicularmente na veia renal. RESUMINDO O SISTEMA PORTA-HEPÁTICO: A circulação porta hepática desvia o sangue venoso dos órgãos gastrointestinais e do baço para o fígado antes de retornar ao coração. A veia porta hepática é formada pela união das veias mesentérica superior e esplênica. A veia mesentérica superior drena sangue do intestino delgado e partes do intestino grosso, estômago e pâncreas. A veia esplênica drena sangue do estômago, pâncreas e partes do intestino grosso. A veia mesentérica inferior, que deságua na veia esplênica, drena partes do intestino grosso. O fígado recebe sangue arterial (artéria hepática própria) e venoso (veia porta hepática) ao mesmo tempo. Por fim, todo o sangue sai do fígado pelas veias hepáticas que deságuam na veia cava inferior. O fígado é revestido por uma cápsula delgada de tecido conjuntivo denso não modelado, a cápsula de Glisson, e é recoberto pelo peritônio. O tecido conjuntivo da cápsula estende-se para o interior do parênquima hepático, onde se observa unidades estruturais chamadas lóbulos hepáticos. Na periferia dos lóbulos, existe uma massa de tecido conjuntivo chamada de espaço porta, que apresentam ramos da artéria hepática, da veia porta, dos ductos biliares e vasos linfáticos. Os ductos biliares são revestidos por um epitélio cuboide, e transporta, até a vesícula biliar, passando pelo ducto hepático, a bile, sintetizada pelos hepatócitos. O parênquima hepático é constituído por hepatócitos, que são células de formato poliédrico, com seis ou mais superfícies, e citoplasma acidófilo, devido ao grande número de mitocôndrias, associado ao acúmulo de glicogênio formando típicas inclusões em forma de roseta. Os hepatócitos estão dispostos ao redor dos lóbulos hepáticos, formando placas celulares; que se direcionam da periferia do lóbulo para o seu centro. O espaço entre essas placas celulares contêm capilares sinusóides, que por sua vez correm radialmente, convergindo para o centro do lóbulo para formar a veia centro lobular. Os capilares sinusóides são vasos irregularmente dilatados compostos de uma camada descontínua de células endoteliais fenestradas. O pâncreas é a segunda maior glândula associada ao tubo digestivo. Ele é envolvido por uma cápsula muito delgada de tecido conjuntivo de onde partem septos que subdividem a glândula em lóbulos. Os septos de tecido conjuntivo contêm vasos sanguíneos, vasos linfáticos, nervos e ductos excretores. A