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Prof. Marcelo Mello UNIDADE II Gestão de Suprimentos e Logística Terminada a Segunda Guerra Mundial, metade do mundo estava esfacelado, precisando ser reconstruídos, às vezes, do zero. As organizações, de modo geral, estavam arrasadas, em especial, na Europa e no Japão. O processo de reconstrução, no então chamado mundo ocidental, foi liderado pelos EUA, que assumiram o papel predominante no processo. Suas organizações assumiram o protagonismo em, praticamente, todo o mundo, excluindo, apenas, as áreas sob influência e domínio da, então, União Soviética. Um pouco de história... A situação do Japão talvez tenha sido a mais radical. A sua indústria voltada, desde antes da guerra, para o esforço bélico estava física e psicologicamente arrasada, e foi necessária uma verdadeira reinvenção do seu modelo. Através do Plano Marshall o Japão recebeu cerca de 16 bilhões de dólares em valores atualizados, o que, apoiado pela excepcional qualidade do ensino, permitiu a reconstrução de sua economia. Um pouco de história... O caso japonês teve algumas peculiaridades. O menor acesso aos recursos naturais (minérios e petróleo, principalmente), o que levou ao desenvolvimento de uma ideia de redução dos desperdícios, não presente na época no resto do mundo, e segundo, a cultura disciplinada e ordenada, tradicional do Japão. Um pouco de história... Foram todos fatores que deram origem ao que se pode chamar de resposta japonesa aos desafios, caracterizados pela palavra “zero”, que identifica a tentativa de evitar as variações, levaram a programas, como: zero defeito; zero paralisação; qualidade total; manutenção total etc. Com o tempo esses programas criaram, na indústria japonesa, um diferencial competitivo que conduziu ao chamado milagre japonês e, posteriormente, difundiu-se por toda a indústria ocidental e transformou o Japão em uma das três maiores economias mundiais. Um pouco de história... Essas técnicas e políticas japonesas, tais como círculos de controle de qualidades, Poka- Yoke, Kanban, Kaizen etc., acabam por ser reunidas sob o nome just in time e disseminadas pelo mundo todo. Just in time, numa tradução literal, apenas a tempo, é o conjunto de atividades destinadas a produzir bens e serviços, exatamente, quando necessários, nem antecipadamente nem após o necessário. A definição se completa introduzindo os conceitos de qualidade e eficácia ao tempo considerado. Um pouco de história... O just in time (JIT) é uma abordagem disciplinada que objetiva alcançar a alta produtividade global e a redução de desperdícios. A ideia é permitir uma produção eficaz em termos de custo, com o oferecimento das quantidades certas, no momento certo, das matérias-primas, dos componentes e dos serviços, utilizando, ao mínimo, as instalações, os equipamentos, os recursos humanos e os estoques. O JIT depende, fundamentalmente, do equilíbrio entre a flexibilidade do fornecedor e a flexibilidade do cliente, e tem como filosofia a simplificação. Outra ideia fundamental das ferramentas é o envolvimento total das pessoas e o trabalho em equipe. Just in Time A grande diferença entre o JIT e as técnicas tradicionais é o fluxo com a ausência de estoques (ou a sua redução ao máximo). Just in Time No fluxo tradicional, os estoques funcionam como amortecedores, permitindo que cada operação adquira certa independência das outras. Ela pode continuar a operar, mesmo que a anterior apresente deficiências. É o que se chama de proteção da produção. Um estágio está protegido das eventuais irregularidades dos estágios anteriores. Quanto maiores forem os estoques, maior será essa proteção e maior será a independência do estágio em relação aos demais. Mas lembrem-se: estoques custam muito! Just in Time No fluxo JIT esse estoque amortecedor deixa de existir; assim, os estágios passam a ser interdependentes. Caso um estágio tenha problemas, os demais, rapidamente, serão contaminados. Isso exige o comprometimento de todos os estágios no resultado final e não, apenas, na sua atuação individual. Apesar do aparente acerto em se proteger a produção de fatos como a falta de matéria- prima, a variação de demanda etc., o JIT vai ao sentido contrário. Ele considera que a existência de estoques pode proteger a produção, mas protege, principalmente, as deficiências estruturais das operações. Esconde as deficiências que, não sendo corrigidas, incorrem em mais deficiências e mais estoques em um círculo vicioso perverso. Just in Time O JIT pode ser visto em três diferentes dimensões: JIT como filosofia de produção; JIT como um conjunto de técnicas para a gestão da produção; JIT como o método de planejamento e controle da produção. Entendemos o JIT como o método de planejamento de controle da produção, em um ambiente que já seja utilizado como conjuntos de técnicas de gestão, em uma organização que o tenha como filosofia de produção. Just in Time e as dimensões Deve-se deitar os olhos sobre o JIT em três diferentes dimensões, como: a) Filosofia de produção – um conjunto de técnicas para a gestão da produção – método de planejamento e controle das ações. b) Modelo de produção – um conjunto de técnicas para a gestão da produção – método de planejamento e controle da produção. c) Filosofia de produção – um conjunto de ideias para a gestão da produção – método de planejamento e controle da produção. d) Filosofia de produção – um conjunto de técnicas para a gestão da produção – método de planejamento e controle da produção. e) Filosofia de produção – um conjunto de técnicas para a gestão dos custos – método de planejamento e controle da produção. Interatividade Deve-se deitar os olhos sobre o JIT em três diferentes dimensões, como: a) Filosofia de produção – um conjunto de técnicas para a gestão da produção – método de planejamento e controle das ações. b) Modelo de produção – um conjunto de técnicas para a gestão da produção – método de planejamento e controle da produção. c) Filosofia de produção – um conjunto de ideias para a gestão da produção – método de planejamento e controle da produção. d) Filosofia de produção – um conjunto de técnicas para a gestão da produção – método de planejamento e controle da produção. e) Filosofia de produção – um conjunto de técnicas para a gestão dos custos – método de planejamento e controle da produção. Resposta O just in time reflete a filosofia e o conjunto de técnicas introduzidas por Deming, na origem das chamadas técnicas japonesas, e repousa em três pilares: Eliminar os desperdícios; Envolvimento de todos; Aprimoramento contínuo. Just in Time como filosofia Entende-se o desperdício como toda atividade que não agrega valor ao produto. Slack, Chambers e Johnston (2002) enumeram as principais atividades que concorrem para o desperdício: Superprodução; Tempo de espera; Transporte; Perdas de tempo no processo; Estoques; Movimentação de pessoas; Produtos defeituosos. Just in Time como filosofia Perceba que algumas dessas atividades são inevitáveis, como o transporte, por exemplo. Mas temos que ter em mente que não agregam valor ao produto, e, portanto, elas devem ser reduzidas o quanto possível, entendendo o combate ao desperdício como a filosofia de toda a organização. Por outro lado, o envolvimento de todos sugere a ideia de uma nova cultura organizacional, na qual todos estão envolvidos e comprometidos com o resultado final da operação, e não, apenas, com os seus resultados individuais ou setoriais. Just in Time como filosofia A perseguição desse envolvimento é feita a partir das chamadas práticas básicas de trabalho, que Slack, Chambers e Johnston (2002) enumeram da seguinte forma: Disciplina e seguir padrões; Flexibilidade de práticas de trabalho; Igualdade de condições a todos; Criatividade; Qualidade de vida no trabalho; Desenvolvimentopessoal; Autonomia de cada um intervir no processo. Just in Time como filosofia Por fim, o aprimoramento contínuo é explicitado pela filosofia Kaizen: “Nenhum dia poderá passar, em nossa organização, sem que algo tenha sido melhorado”. A filosofia Kaizen integra a mudança de cultura necessária para a implementação do JIT. Just in Time como filosofia O JIT pode ser compreendido como uma filosofia de melhoria contínua em que as atividades que não agregam valor são identificadas e eliminadas. Isso leva à redução de custos, à melhoria da qualidade do produto, do desempenho e da entrega, adicionando a flexibilidade, e estimulando a inovação na fabricação e no local de trabalho. Como se pode ver, portanto, o JIT busca atender às necessidades dos clientes em curto prazo de forma estratégica. Resumidamente A partir da filosofia JIT, uma série de técnicas e ferramentas gerenciais permitem o combate sistemático ao desperdício, e trazem em seu bojo uma série de benefícios. Rapidamente, podemos citar essas ferramentas e técnicas: Just in Time como o conjunto de técnicas de gestão Práticas básicas de trabalho, citadas anteriormente, preparam a organização e os colaboradores para a implementação do JIT; Projeto para a manufatura que revisa os processos, otimizando as operações, através da eliminação de métodos complexos ou confusos; Foco na operação, buscando a simplicidade e o desenvolvimento da experiência através de repetições; Máquinas simples e pequenas, utilizadas no lugar de grandes máquinas com pouca flexibilidade. Just in Time como o conjunto de técnicas de gestão Arranjos físicos, mais suaves e voltados para as pessoas, evitando grandes deslocamentos e excessivos manuseios. Manutenção produtiva total, evitando paradas inesperadas e reduzindo, assim, a variabilidade dos processos. Redução do set-up. Entende-se por set-up o conjunto de esforços e tempo necessários para se alterar as linhas de produção quando da mudança de um produto para outro. Trata-se de um desperdício notável, pois durante o tempo de set-up nada se produz. Just in Time como o conjunto de técnicas de gestão Envolvimento total das pessoas, exigindo que todos utilizem as suas competências individuais em prol dos resultados da organização. Visibilidade, obtida pela discussão dos problemas por todos em um ambiente aberto e não sujeito às recriminações. Os círculos de controle da qualidade (CCQ), formados por equipes multifuncionais, multidisciplinares e de variada hierarquia, têm um papel importante neste tópico. Fornecimento JIT, fazendo com que os materiais cheguem, exatamente, no momento necessário. Just in Time como o conjunto de técnicas de gestão O JIT, no que diz respeito aos aspectos de planejamento e controle da produção, atua, diretamente, sobre os estoques, que é um dos pontos de maior desperdício dentro de uma organização. Nos métodos tradicionais de planejamento e controle da produção as ordens de fabricação são emitidas e incrementadas, assim que os insumos estiverem à disposição. A primeira etapa produtiva recebe a ordem, executa a tarefa e “empurra” o material para a segunda etapa e, assim, sucessivamente. Não existe uma vinculação direta e obrigatória com a efetiva demanda, podendo, portanto, criar dissonâncias entre o produzido e o demandado. Just in Time como o método de planejamento e de controle da produção Entende-se o desperdício como toda atividade que não agrega valor ao produto. Slack, Chambers e Johnston (2002) enumeram as principais atividades que concorrem para o desperdício. Aponte a alternativa incorreta: a) Superprodução. b) Tempo de espera. c) Transporte. d) Perdas de tempo no processo. e) Movimentação de cargas. Interatividade Entende-se o desperdício como toda atividade que não agrega valor ao produto. Slack, Chambers e Johnston (2002) enumeram as principais atividades que concorrem para o desperdício. Aponte a alternativa incorreta: a) Superprodução. b) Tempo de espera. c) Transporte. d) Perdas de tempo no processo. e) Movimentação de cargas. Resposta A atividade de compras é fundamental dentro das organizações, garantindo o suprimento de materiais ou serviços, com a qualidade e a quantidade adequadas, no momento adequado e ao custo mais baixo possível. Compras: gestão estratégica e operacional Qualquer processo operacional, antes do seu início, necessita ter a disponibilidade de matérias-primas, componentes, equipamentos e serviços para que possa operar. Para que o processo operacional ocorra sem problemas, é preciso que esses insumos estejam à disposição com regularidade, e a sua quantidade e qualidade devem ser compatíveis com o processo. Compras: gestão estratégica e operacional Por outro lado, a preocupação com os custos, como em todos os outros processos das organizações, deve ser central. Dependendo da natureza das operações, o desempenho excelente das atividades de compras pode significar uma vantagem competitiva para as organizações e as cadeias de suprimentos. Dias (2015) conclui que os objetivos básicos das atividades de compras são: Compras: gestão estratégica e operacional Obter um fluxo contínuo de suprimentos, a fim de atender aos programas de produção; Coordenar esse fluxo de maneira que seja aplicado um mínimo de investimento que afete a operacionalidade da empresa; Comprar os materiais e insumos aos menores preços, obedecendo aos padrões de quantidade e qualidade definidos; Por meio de uma negociação justa e honesta, sempre procurar as melhores condições para a empresa, principalmente, em condições de pagamento. Compras: gestão estratégica e operacional Assim como outras atividades relacionadas ao controle de suprimentos, as atividades de compras eram, há algumas décadas, consideradas como secundárias nas organizações. No entanto, com a competição cada vez mais acirrada por preços, essas atividades se tornaram fontes de vantagens competitivas. Algumas vezes, operar, adequadamente, essas atividades pode tornar a empresa mais competitiva de modo mais imediato e amplo do que algumas outras atividades, em princípio, mais centrais. O relacionamento entre as empresas e os fornecedores mudou. Compras: gestão estratégica e operacional Poder de barganha: No ano de 1979, Michael Eugene Porter publicou no Harvard Business Review o artigo “As cinco forças competitivas que moldam a estratégica”, no qual considera que cinco fatores, as tais cinco forças, modelam a estratégia da empresa (PORTER, 1979). Nesse modelo proposto, ele introduz o conceito de poder de barganha com os clientes e os fornecedores. Poder esse que é biunívoco, ou seja, tem atuação recíproca: uma empresa pressiona e é pressionada por outra, pelo cliente ou pelo fornecedor. Negociações entre as partes As 5 forças de Porter são: Poder de barganha dos clientes; Poder de barganha dos fornecedores; Rivalidade entre os concorrentes; Ameaça de novos entrantes; Ameaça de produtos substitutos. Negociações entre as partes Observe que duas das cinco forças referem-se ao poder de barganha, que é a força que uma empresa possui ao discutir os preços e as condições, conseguindo colocar pressão e exigências, tais como: maior qualidade, menor preço ou compras por lotes maiores para obter preços mais baixos. Porter (1979) afirma que é essencial que a empresa enxergue o grau de dependência que tem de seus fornecedores avaliando o poder de barganha deles. Uma empresa muito dependente de seus fornecedores precisa reavaliar essa questão com atenção, já que pode afetar, diretamente, a sua capacidade competitiva. Negociações entre as partes A organização deve entender quanto do sucesso dela depende dos fornecedores; em outras palavras, quanto do seu negócio está na mão dos fornecedores. Imagine uma empresa de e-commerce que tem como principaldiferencial competitivo a entrega de seus produtos (rapidez, confiabilidade, flexibilidade de entrega), e que, portanto, depende dos serviços oferecidos por empresas de remessas expressas, como os Correios e outros. Negociações entre as partes Algumas questões ajudam a empresa a diagnosticar o grau dessa força: Quantos fornecedores você possui, atualmente, e quais são eles? Se você tiver, apenas, um fornecedor, o que vai fazer caso perca esse contato? E se o seu único fornecedor aumentar os preços dos serviços ou dos produtos oferecidos? O que você faria se o seu fornecedor decidisse aumentar o prazo de entrega, do qual você depende, inteiramente, para conseguir trabalhar? Negociações entre as partes A partir desse diagnóstico, a organização deve se planejar para aumentar o seu poder de barganha ou reduzir o poder de barganha dos fornecedores. Isso pode ser feito atuando nos dois lados da relação. É claro que parte do poder de barganha de uma organização em relação à outra é estrutural, ou seja, não depende do momento ou, mesmo, de atuação administrativa. No entanto, muitas vezes, as empresas podem melhorar o seu poder de barganha atuando de modo conjuntural. Negociações entre as partes Aponte a alternativa incorreta. Dias (2015) conclui que os objetivos básicos das atividades de compras são: a) Obter um fluxo contínuo de suprimentos, a fim de atender aos programas de produção. b) Coordenar esse fluxo de maneira que seja aplicado um mínimo de investimento que afete a operacionalidade da empresa. c) Comprar materiais e insumos aos menores preços. d) Por meio de uma negociação justa e honesta, sempre procurar as melhores condições para a empresa, principalmente, em condições de pagamento. e) Comprar os materiais e os insumos aos menores preços, obedecendo aos padrões de quantidade e qualidade definidos. Interatividade Aponte a alternativa incorreta. Dias (2015) conclui que os objetivos básicos das atividades de compras são: a) Obter um fluxo contínuo de suprimentos, a fim de atender aos programas de produção. b) Coordenar esse fluxo de maneira que seja aplicado um mínimo de investimento que afete a operacionalidade da empresa. c) Comprar materiais e insumos aos menores preços. d) Por meio de uma negociação justa e honesta, sempre procurar as melhores condições para a empresa, principalmente, em condições de pagamento. e) Comprar os materiais e os insumos aos menores preços, obedecendo aos padrões de quantidade e qualidade definidos. Resposta A atuação pode ser feita em duas frentes: Barganha do fornecedor: Caso o fornecedor demonstre grande interesse no pedido, manifesto, normalmente, com a quantidade de acessos que ele faz ao comprador, o seu poder de barganha é melhor; No caso contrário, no qual o interesse pelo pedido seja menos intenso, o seu poder de barganha é menor; Comportamento semelhante se relaciona com o estado anímico da economia. Em épocas de recessão, o poder do fornecedor cai, em épocas de desenvolvimento, ele cresce. Poder de barganha O fornecedor que tiver certeza de que obterá o pedido, por ter preços e condições mais competitivas do que os concorrentes ou que tiver o monopólio do mercado, terá o seu poder de barganha muito aumentado. O fator tempo, frequentemente, está a favor dos fornecedores, visto que, muitas vezes, o comprador tem a necessidade de obter o produto ou o serviço rapidamente. Poder de barganha Barganha do comprador: Ter vários e qualificados fornecedores aumenta a barganha do comprador. O oposto, ter um ou poucos fornecedores, diminui, em muito, esse poder de barganha; Conhecer a estrutura de custos e de preços do produto aumenta o poder de barganha do comprador. Poder de barganha Relação ganha-ganha e ganha-perde: A negociação entre o fornecedor e o cliente, tradicionalmente, é um confronto no qual os lados desejam obter vantagens um sobre o outro; Naturalmente, o fornecedor de um produto deseja vendê-lo pelo maior preço possível, entregá-lo com o maior prazo possível e com a menor qualidade aceitável; O comprador deseja, exatamente, o contrário. E essa diferença de desejos irá causar, obrigatoriamente, os conflitos, que podem ser produtivos. Poder de barganha De modo geral, ainda hoje, muitos desses conflitos são resolvidos através de uma relação do tipo ganha-perde, na qual para um lado ganhar, o outro lado tem que perder o equivalente. Muitas vezes, é chamada de negociação distributiva, e os ganhos da negociação são desiguais entre as partes. Poder de barganha A relação ganha-ganha é indicada nas seguintes situações: O ambiente é colaborativo; Quando é necessário tratar dos interesses das várias partes envolvidas (como, tipicamente, na cadeia de suprimentos); Onde exista um elevado grau de confiança entre as partes; Quando se tem em mente uma relação de longo prazo; Quando se tem em mente a responsabilidade compartilhada dos resultados. Poder de barganha Apesar da relação ganha-ganha não ser utilizada sempre e, talvez, nem na maioria dos casos, ela traz diversas vantagens: Reforça os sentimentos de confiança e justiça; Leva a uma solução real do problema; Embasa uma colaboração futura; As responsabilidades são compartilhadas; Reduz o estresse das negociações. Poder de barganha Chegar a um preço razoável e satisfatório: Os negociadores de cada um dos lados da mesa têm um preço alvo e um preço limite; O preço alvo é o que cada um dos lados deseja alcançar; Já o preço limite é o máximo que o comprador admite pagar e o mínimo que o fornecedor admite receber. Os grandes objetivos da negociação são: Obter as garantias do fornecedor para o cumprimento de prazos e das condições contratuais: É absolutamente imprescindível que seja acertado um cronograma de entregas com o fornecedor para que não ocorram surpresas, em especial, com os itens mais vitais para a produção da empresa; Em épocas que a economia está mais aquecida, é sempre importante estar atento para as priorizações que não atendam às expectativas. Nessas épocas os clientes classe A são atendidos em detrimento dos demais. Os grandes objetivos da negociação são: Conseguir a máxima colaboração do fornecedor: Relacionamentos mais duradouros tendem a criar um ambiente de maior colaboração e atendimento mais cordial, e, até, preferencial; Em momentos de necessidade, isso pode ser a diferença entre a empresa ser ou não atendida pelo fornecedor. Os grandes objetivos da negociação são: Manter uma relação cordial com os fornecedores competentes: Relações pensadas em longo prazo; Não se deixando levar por vantagens pontuais, constroem um relacionamento cordial que irá repercutir em facilidades nas negociações futuras. Os grandes objetivos da negociação são: O relacionamento pontual entre o cliente e o fornecedor é o predominante no mundo dos negócios. São comuns as negociações isoladas ou, mesmo, repetitivas, mas que se esgotam na própria operação. Essas negociações devem seguir as melhores práticas e, assim, atender aos objetivos específicos. Ocorre que, com o crescimento da complexidade das relações entre os agentes econômicos, algumas empresas estão se relacionando com outras em parcerias de longo termo. Essas parcerias trazem vantagens, mas são extremamente difíceis de serem implantadas em razão, principalmente, do alto grau de transparência necessário. Parcerias de longo termo Uma parceira, obviamente, só pode ser considerada se ela for vantajosa para ambos os lados. Eventualmente, é possível que uma empresa seja mais beneficiada do que a outra, mas isso precisa ficar evidente para todos os envolvidos. Considerando o que foi exposto, algumas vantagens podem ser obtidas: Parcerias de longo termo Redução de custos operacionais: É uma vantagem imediata, na medida em que alguns custos podem ser divididos,não havendo a duplicidade. Empresas parceiras, por exemplo, não precisam realizar os controles de qualidade em duplicata. Além disso, uma parceria bem-sucedida tende a melhorar as margens de lucro e, ainda, reduzir as necessidades de investimento, algo saudável em momentos mais difíceis. Parcerias de longo termo Aumento do alcance da marca: O desenvolvimento da marca costuma ser facilitado pelas parcerias, com ações de marketing que impactam, mais fortemente, os clientes, inclusive em termos de lembrança da marca. Parcerias de longo termo Benefícios para os clientes: Redução de custos e aumento no alcance da marca resulta, frequentemente, em uma redução de preço, o que é fundamental como fator competitivo. Isso pode colaborar, inclusive, na fidelização dos clientes. Parcerias de longo termo Sinergia das competências individuais: Talvez seja o maior benefício das parcerias. Toda empresa tem atividades sobre as quais têm um domínio total. Assim, para se manter concentrada naquilo que é essencial em seu negócio, uma boa saída pode ser a parceria com as empresas que supram essas necessidades, criando uma sinergia de negócio vantajosa para ambas as empresas. Parcerias de longo termo Apesar da relação ganha-ganha não ser utilizada sempre e, possivelmente, nem na maioria dos casos, ela traz diversas vantagens. Aponte a alternativa incorreta: a) Reforça os sentimentos de confiança e justiça. b) Leva a uma solução real do problema. c) Reforça uma colaboração passada. d) As responsabilidades são compartilhadas. e) Reduz o estresse das negociações. Interatividade Apesar da relação ganha-ganha não ser utilizada sempre e, possivelmente, nem na maioria dos casos, ela traz diversas vantagens. Aponte a alternativa incorreta: a) Reforça os sentimentos de confiança e justiça. b) Leva a uma solução real do problema. c) Reforça uma colaboração passada. d) As responsabilidades são compartilhadas. e) Reduz o estresse das negociações. Resposta DIAS, M. A. P. Administração de materiais: uma abordagem logística. 6. ed. São Paulo: Atlas, 2015. PORTER, M. E. How competitive forces shape strategy. Harvard Business Review, Massachusetts, Mar. 1979. Disponível em: https://bit.ly/3g4FIUm. Acesso em: 08 jun. 2021. SLACK, N.; CHAMBERS, S.; JOHNSTON, R. Administração da produção. 2. ed. São Paulo: Atlas, 2002. Referências ATÉ A PRÓXIMA!