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AVALIAÇÃO PULMONAR - Fisioterapia

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Padrão e Simetria Respiratória
Para uma avaliação respiratória eficiente no paciente é necessário que haja uma
junção de exames físicos, dados laboratoriais e uma boa entrevista com ele.
A avaliação pulmonar pode ser responsável pelo descobrimento de diversos sinais,
tais como:
A avaliação pulmonar pode ser dividida em duas fases de inspeção:
1. Estática - analisa as condições da pele, a circulação colateral, abaulamentos,
retrações e formatos do tórax
2. Dinâmica - analisa o padrão respiratório, a retração dos espaços intercostais
e a atividade da musculatura acessória
A FREQUÊNCIA RESPIRATÓRIA
Normal: 16 a 20 rpm
Taquipneia - rápida e superficial - cerca de 25 rpm
Bradipneia - lenta e superficial
Apneia - ausência de frequência respiratória
Hiperpneia - profunda, frequência normal ou aumentada
POSSÍVEIS ALTERAÇÕES NA FREQ. RESPIRATÓRIA
Kumassul - rápida e profunda sem pausas (típica do coma diabético, é uma
hiperventilação alveolar que compensa a acidose diabética)
Cheyne-Stokes - dispneia periódica (respiração profunda e dispneia)
Biot - atáxica, respirações rápidas e profundas com pausas
Possíveis alterações:
Ortopneia - dispneia que começa ou aumenta quando o paciente se deita
Dispneia paroxística noturna - dispneia de início súbito após pegar no sono
DEFORMIDADES TORÁCICAS
NORMAL - O diâmetro lateral é maior que o ântero posterior
TÓRAX EM TONEL - O diâmetro ântero-posterior aumentado (normal em lactente
idoso e paciente DPOC)
TÓRAX INSTÁVEL TRAUMÁTICO - Com a região lesada na inspiração, desloca-se
para dentro e na expiração move-se para fora
TÓRAX EM FUNIL - Depressão na porção inferior do esterno
TÓRAX DE POMBO - Diâmetro ântero posterior aumentado e o esterno é deslocado
para frente e as cartilagens costais deprimidas
Curvaturas anormais da coluna e rotação de vértebras deformam o tórax!
PALPAÇÃO
É muito utilizada para avaliação da traqueia e parede torácica e detecta importantes
características:
Áreas de hipersensibilidade, dor e lesões
Alterações observáveis
Frêmito tátil ou vocal
Com as avaliações de palpação, algumas alterações podem ser encontradas, como:
1. CREPITAÇÃO - sensação de estalo e indica presença de ar no espaço
subcutâneo
2. ATRITO PLEURAL - vibração palpável, grosseira e como um rangido que pode
ser causada por inflamação das superfícies pleurais
AUSCULTA
É determinante para o fluxo aéreo através da árvore brônquica, identifica presença
de possíveis obstruções, além de avaliar as condições dos pulmões circundantes e
espaço pleural.
Os sons vibratórios normais são vibrações transmitidas pela movimentação do ar e
são chamados de:
MURMÚRIO VESICULAR - mais intenso nas bases, timbre grave e suave (+
inspiração)
BRÔNQUICO - timbre agudo, intenso e oco (+ expiração)
BRONCOVESICULAR - anterior e posteriormente é um sonoro associado a tubular
como uma brisa (inspiração e expiração)
SONS RESPIRATÓRIOS ANORMAIS
Roncos - Consequência da passagem do ar pelos canais estreitos e fazem esse som
quando estão com líquidos e secreções, durante a ausculta na inspiração é mais
visível e pode desaparecer com a tosse
Sibilos - Ruídos sussurrantes pela passagem do ar em vvaa estreitadas, são
associadas a asma e broncoconstrição e durante a ausculta, pode ser ouvida na
inspiração e expiração
Atrito Pleural - Inflamação pleural e o ruído pode ser entendido com um estalo
RUÍDOS ADVENTÍCIOS
Estertores (crepitantes) - Um som associado a mecha de cabelo, e é audível com
abertura súbita das vias que contém líquido. Auscultado na inspiração e não
desaparece com tosse, está associado a edema pulmonar, fibrose, bronquite e
pneumonia)
Subcrepitantes - Rompimento de pequenas bolhas, audível no final da inspiração e
início da expiração
COMO REPRESENTAR NA FICHA DE AVALIAÇÃO?
ex:
MV+ N HTD
HTE
HTD
MV+ RA (indicando o ruído adventício que foi encontrado)
MV + S/RA
MV +, ⅓ MÉDIO HTD
legenda:
mv = murmúrio vesicular
htd/hte = hemitórax direito/hemitórax esquerdo
ra = ruído adventício
s/ra = sem ruído adventício
REFERÊNCIAS:
Barros ALBL e cols. Anamnese e exame físico- avaliação diagnóstica de
enfermagem no adulto. Porto Alegre (RS): Artmed; 2010.
Lehrer S. Entendendo os sons pulmonares. 3ed. São Paulo: Roca, 2004.

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