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Anamnese geral

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1 
Thayná Lopes FCM/TR 
 
METODO CLINICO 
CASO 1 
EXAME CLÍNICO 
 Anamnese + exame físico (Analise de contato: inspeção, percussão, palpação e ausculta) 
MEDIDAS DE BIOSSEGURANÇA 
 Prevenção, eliminação ou minimização dos riscos 
 Riscos: físicos, biológicos, ergonômicos e mecânicos 
LAVAGEM DAS MAOS 
 Lavar as mãos antes do atendimento ao paciente 
 Passos: 
1. Acionar a torneira 
2. Pagar quantidade de sabonete líquido que encha a polpa da palma das mãos 
3. Fechar uma mão sobre a outra 
4. Espalha o sabonete por toda a mão 
5. fazer movimentos com as mãos (cada momento leva 40 seg) 
a) Ensaboe as palmas das mãos, friccionando-as entre si 
b) Esfregue a palma da mão direita contra o dorso da mão esquerda, entrelaçando os dedos e vice-versa 
c) Entrelace os dedos e friccione os espaços interdigitais 
d) Esfregue o dorso dos dedos de uma mão com a palma da mão oposta, segurando com os dedos, com movimentos de vai-e-vem e vice-
versa 
e) Esfregar o polegar direito, com o auxílio da palma da mão direita, utilizando-se do movimento circular e vice e versa 
f) Friccione as polpas digitais e unhas da mão esquerda, fazendo movimentos circulares e vice-versa 
g) Lave os punhos 
6. Enxague bem as mãos com água 
Obs: lembre – se de deixar a mão em pé pois as áreas nobres são a mão e o punho 
PARAMENTAÇÃO E DESPARAMENTAÇÃO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Paramentação 
1. Lavar as mãos 
2. Mascara 
3. Gorro 
4. Capote 
5. Óculos ou face shield 
6. Luva 
 
 Desparamentação 
(sempre as avessas) 
1. luvas 
2. lavar as mãos 
3. capote 
4. Óculos ou face shield 
5. Gorro 
6. Mascara 
7. lavar as mãos 
 
 
2 
Thayná Lopes FCM/TR 
 
ANAMNESE 
 A entrevista realizada por um profissional da área da saúde com um paciente, que tem a intenção de ser um ponto inicial no diagnóstico 
de uma doença. 
 Após a anamnese é realizado o exame físico, onde se procuram os sinais e sintomas da doença. 
 A anamnese é, na maioria dos pacientes, o fator isolado mais importante para se chegar ao diagnóstico. 
 A anamnese compõe-se de seis partes: 
1. Identificação 
2. Queixa Principal ou Queixa e Duração (QD) 
3. História da Moléstia Atual (HMA) 
4. Interrogatório sobre os Diferentes Aparelhos (IDA) ou Interrogatório Sintomatológico ou Anamnese Especial 
5. Antecedentes Pessoais 
6. Antecedente Familiares 
ELEMENTOS DA ANMNESE 
a) Identificação: 
 A identificação é o início do relacionamento com o paciente. 
 Componentes: 
• Nome - Todo paciente é um ser humano cuja individualidade deve ser reconhecida e valorizada 
• Idade - Cada grupo ou faixa etária apresenta maior ou menor probabilidade para a incidência de certas doenças. O conhecimento destas 
características epidemiológicas é importante para o raciocínio diagnóstico. 
• Sexo/ gênero - sexo: Genitália (masculino/ feminino/ transsexual/ hermafrodita) 
 - Gênero: mulher, homem ou transgênero (como a pessoa se identifica) 
 - A incidência de doenças não é igual nos dois sexos 
• Cor (raça) - branca, parda, negra, amarela, indígena 
• Estado civil – aspectos sociais, periciais, medico trabalhista 
• Profissão e Local de trabalho - Apresenta importância no contexto das doenças ocupacionais 
• Naturalidade - onde nasceu (cidade e estado entre parênteses) 
• Nacionalidade - Pais ou região geográfica em que o paciente nasceu. A importância deste dado é epidemiológica. 
• Procedência próxima e remota - Permite conhecer riscos epidemiológicos associados ao local de residência 
• Data do atendimento 
• Religião: ateu católico, espirita, testemunha de jeová, adventista, protestantes, agnóstica, judeu outros 
• Filiação e instituição – segurado pelo SUS ou Plano de saúde privado 
• Nome da mãe 
b) Queixa principal (QP) – 
 Em poucas palavras e linguagem simples, o profissional registra a queixa principal 
 O motivo que levou o paciente a procurar ajuda do profissional 
 Não usar diagnósticos 
c) História da doença atual (HDA) 
 acontecimentos em ordem cronológica: o médico deve caracterizar o sintoma principal e os sintomas secundários ou associados em relação 
à localização, irradiação, frequência, intensidade, qualidade, fatores que melhoram ou pioram, evolução, sintomas associados e 
características atuais 
 Para a obtenção adequada da HMA: 
• Respeite os dois principais focos em que se divide a entrevista clínica: O foco do paciente e o foco do médico 
• Mantenha o fluxo de informações utilizando os facilitadores da comunicação. 
• Determine o sintoma-guia (sintoma principal). 
• Registre a época de seu início na linha do tempo (técnica ensinada em aula). 
 
3 
Thayná Lopes FCM/TR 
 
• Utilize o sintoma-guia como fio condutor da história e estabeleça as relações das outras queixas com ele. 
• Garanta que a história obtida tenha começo, meio e fim 
d) Intensidade da dor 
 0: sem dor 
 1 a 3: leve 
 4 a 6: moderada 
 7 a 9: forte 
 10: insuportável 
e) Fatores agravantes e atenuantes 
f) Manifestações associadas 
 consultas 
 Exames 
 Tratamentos 
g) interrogatório sobre os diversos aparelhos (I.D.A) 
 Estado geral: febre, calafrios, sudorese, mal estar, astenia, alteração de peso, edema e anasarca 
 Pele e fâneros: prurido, icterícia, palidez rubor, cianose, alterações na pele (textura, umidade, temperatura, senilidade), diminuição tecido 
subcutâneo, alterações de sensibilidade, dormência, lesões cutâneas, queda de cabelo, pelos faciais em mulheres, unhas 
 Cabeça: sem queixa, Cefaleia, enxaqueca, tonturas, traumas 
 Olhos: sem queixa, Dor ocular, ardência, lacrimejamento, prurido, diplopia, fotofobia, nistagmo, secreção, escotomas, acuidade visual, 
exoftalmia, amaurose, olho seco 
 Ouvidos: sem queixa, Dor, otorragia, acuidade auditivas, zumbidos, vertigem, prurido 
 Nariz e cavidades paranasais: sem queixa, dor, espirro, obstrução nasal, coriza, epistaxe, alterações de olfato, dor faial 
 Cavidade bucal e anexos: sem queixa, sialose, halitose, dor de dente, sangramento, aftas, ulcerações, boca seca, uso de próteses dentarias, 
dor na articulação temporomandibular 
 Faringe: sem queixa, dor de garganta, pigarro, roncos 
 Laringe: sem queixa, dor, alterações na voz 
 Vasos e linfonodos: pulsações, turgência jugular, adenomegalias 
 Mamas: sem queixa, dor, nódulos, retrações, secreção papilar 
 Sistema respiratório: sem queixa, dor torácica, tosse, expectoração, hemoptise, vômica, dispneia, chieira, cianose 
 Sistema cardiovascular: sem queixa, dor precordial, palpitações, dispneia, ortopneia, edema, sincope, lipotimia, cianose progressiva, 
sudorese fria 
 Sistema digestório: sem queixa, alterações do apetite (hiporexia, anoxia, perversão, compulsão alimentar), disfagia, odinofagia, pirose, 
regurgitações, eructações, soluços , dor abdominal, epigastralgia, dispepsia, hematêmese, náuseas, vômitos, ritmo intestinal (normal, 
diarreia, obstipação intestinal ) esteatorreia, distensão abdominal, flatulência, enterorragia, melena. Sangramento anal, tenesmo, 
incontinência fecal, prurido anal 
 Sistema urinário: sem queixa, dor lombar, disuria, estranguria, anuria, oliguria, poliuria, polaciuria, nicturia, urgência miccional, incontinência 
urinária, retenção urinaria, hematúria, coluria, urina com mau cheiro, edema, anasarca 
 Sistema genital masculino: sem queixa, não se aplica, dor testicular, priapismo, alterações jato urinário, hemospermia, corrimento uretral, 
fimose, disfunções sexuais 
 Sistema genital feminino: sem queixa, não se aplica, ciclo menstrual (regularidade duração os ciclos, quantidade de fluxo menstrual, data da 
última menstruação), dismenorreia, TPM ( Cefaleia, mastalgia, dor baixo ventre e pernas, irritação, nervosismo e insônia) corrimento 
vaginal, disfunções sexuais, uso d anticoncepcionais orais outro tipo de contracepção 
 Sistema hemolinfopoetico: sem queixa,adenomegalias, esplenomegalias, sangramentos, 
 Sistema endócrino: sem queixa, alterações desenvolvimento físico (nanismo, gigantismo, acromegalia), alterações desenvolvimento sexual 
(puberdade precoce ou atrasada) tolerância a calor e frio, relação apetite e peso, nervosismo, tremores, alterações pele e fâneros, 
ginecomastia, hirsutismo 
 
4 
Thayná Lopes FCM/TR 
 
 Sistema osteoarticular: sem queixa, dor óssea, deformidades ósseas, dor, edema, calor, rubor articular, deformidades articulares, rigidez 
articular, limitação de movimento, sinais inflamatórios, atrofia muscular, espasmos musculares, caibras, fraqueza muscular mialgia 
 Sistema nervoso: sem queixa, sincope, lipotimia, torpor, coma, alterações da macha, convulsões, ausência =, distúrbio de memora, distúrbio 
de aprendizagem, alterações de fala, transtornos do sono, tremores, incoordenação, de moimentos, paralisias, paresias, parestesias, 
anestesias 
 Exame psíquico e condições emocionais: consciência, atenção, orientação (tempo e espaço), pensamento (normal, alteração do curso ou 
conteúdo), memória, inteligência, sensopercepção, vontade, humor, alucinações visuais e auditivas, atos compulsivos, pensamentos 
obsessivos recorrentes , ansiedade, angustia, sensação de medo constante, dificuldade em ficar em ambientes fechado (claustrofobia) 
ou em ambientes abertos (agorofobia), habito de roer unhas (ornicofagia), habito de comer cabelo (tricofagia), tiques, vômitos induzidos 
 
h) História médica pregressa (HMP) 
 Adquire-se informações sobre toda a história médica do paciente, mesmo das condições que não estejam relacionadas com a doença 
atual. 
i) Histórico familiar (HF) 
 Neste histórico é perguntado ao paciente sobre sua família e suas condições de trabalho e vida. Procura-se alguma relação de 
hereditariedade das doenças. 
j) História pessoal e social 
 Procura-se a informação sobre a ocupação do paciente, como: onde trabalha, onde reside, se é tabagista, alcoolista ou faz uso de outras 
drogas. Se viajou recentemente, se possui animais de estimação (para se determinar a exposição a agentes patogênicos ambientais). Suas 
atividades recreativas, se faz uso de algum tipo de medicamentos (inclusive os da medicina alternativa), pois estas informações são muito 
valiosas para o médico levantar hipóteses de diagnóstico. 
k) Hábitos de vida 
 Alimentação 
 Ocupação atual e ocupações anteriores 
 Viagens recentes 
 Atividades físicas regulares e diárias 
 Atividade sexual 
 Consumo de bebidas alcoólicas 
 Uso de tabaco 
 Uso de drogas ilícitas 
 Condições socioeconômicas e culturais 
 
OBJETIVOS DA ANAMNESE 
1. Estabelecer a relação médico/paciente. 
2. Obter os elementos essenciais da história clínica. 
3. Conhecer os fatores pessoais, familiares e ambientais relacionados com o processo saúde/doença. 
 4. Obter os elementos para guiar o médico no exame físico. 
5. Definir a estratégia de investigação complementar. 
6. Direcionar a terapêutica em função do entendimento global a respeito do paciente 
REQUISITOS BÁSICOS DA ANAMNESE 
 Objetividade 
 
5 
Thayná Lopes FCM/TR 
 
• Ser objetivo durante a realização da anamnese 
• remover as próprias crenças, pré-julgamentos e preconceitos antes da realização da observação.. 
• Outros conceitos relacionados diretamente com a objetividade são Acurácia e Validade. 
• A observação deve corresponder àquilo que o paciente realmente sente e experimenta. 
 Interpretação e observação 
• Observação é aquilo que o paciente realmente diz ou faz; as palavras do paciente são os dados primários dos sintomas. Quando se produz 
a interpretação prematuramente perde-se a objetividade do dado e formula-se um diagnóstico que pode não estar correto. Objetividade 
significa não somente separar a nossa interpretação do dado objetivo, mas também separar a interpretação do paciente. 
 Precisão 
• Refere-se a quanto a observação dispersa-se ao redor do valor "real" 
• Utiliza as . palavras para se ter a história clínica 
• Palavras são descrições de sensações percebidas pelo paciente e comunicadas ao médico, são mensurações verbais e devem ser 
entendidas precisamente; devem ser tão detalhadas quanto possível 
 Sensibilidade e especificidade 
• capacidade de identificar casos verdadeiros da doença. 
• Quanto maior a sensibilidade, maior a porcentagem de casos que o teste identifica acuradamente como sendo positivo. 
• Especificidade de um teste expressa a sua capacidade de descartar a doença em indivíduos normais. 
• Quanto maior a especificidade maior a chance de um resultado negativo representar um indivíduo normal sem doença. 
• Um sintoma pode ser muito sensível mas pouco específico ou pode ser específico mas pouco sensível 
• sintomas individuais não são as unidades apropriadas nas quais se basear para a tomada de decisão; devemos nos basear em conjuntos 
de sintomas, padrões ou quadros clínicos. Devemos considerar a reconstrução detalhada da doença no lugar de valorizarmos um sintoma 
isolado. 
• Um complexo sintomático (conjunto de sintomas que caracterizam uma doença) é suficientemente sensível e específico para permitir a 
realização do diagnóstico e da terapêutica. 
• A história clínica obtida com objetividade e precisão fornece um conjunto de dados que permitem delinear um eficiente (e pequeno) plano 
diagnóstico. 
 Reprodutibilidade 
• importante característica da entrevista clínica. 
• Possui um grau significativo de variabilidade quando a mesma história clínica é obtida por médicos diferentes 
 Entendendo e sendo entendido corretamente 
• Entender o paciente e ao mesmo ser entendido por ele é absolutamente indispensável para a obtenção de uma história clínica adequada. 
Inúmeros fatores podem interferir com o entendimento perfeito. As diferenças culturais, religiosas, raciais, de idade e etc. 
• Para que ocorra entendimento perfeito entre médico e paciente e necessário que os dois estejam sintonizados na mesma frequênc ia 
emocional 
 Respeito 
• A capacidade de ter respeito é conseguir separar os sentimentos pessoais sobre o comportamento, as atitudes ou as crenças do 
paciente, da tarefa fundamental do médico que é auxiliar o paciente a ficar melhor. 
• Pequenos procedimentos devem ser utilizados para demonstrar respeito ao paciente: 
1. Apresentar-se com clareza e deixar claro por qual motivo você está ali. 
2. Não demonstre intimidade que você não tem com o paciente. Utilize sempre o nome do paciente e nunca utilize apelidos genéricos como "tia", 
"mãe", "avó" etc. 
 3. Garanta o conforto e a privacidade do paciente. 
4. Sente-se próximo, mas não excessivamente, e no mesmo nível do paciente. Evite a presença de barreira física entre você o paciente 
(mesas, macas, etc.) 
 
6 
Thayná Lopes FCM/TR 
 
5. Avise sempre que for realizar uma mudança na condução da entrevista ou uma manobra nova ou dolorosa no exame físico. 
6. Responda ao paciente de forma a deixar registrado que você o esta ouvindo atentamente. 
 Sinceridade 
• Significa ser exatamente quem você é pessoal e profissionalmente 
 Empatia 
• É compreensão. 
• Significa colocar-se no lugar do paciente e realizar um esforço para compreendê-lo de forma integral 
 Níveis de resposta 
• Para que o médico mantenha a comunicação empática com o paciente é importante que as respostas, principalmente aos sentimentos 
que o paciente expõe, sejam adequadas. 
• Quatro categorias ou níveis de resposta devem ser consideradas: 
 1. Ignorando – quando o médico não ouve o que o paciente disse ou age como se não tivesse ouvido. Não existe resposta aos sintomas 
ou sentimentos expostos pelo paciente. 
2. Minimizando – o médico responde aos sintomas ou sentimentos expostos pelo paciente diminuindo a sua importância ou intensidade. 
3. Intercambiando – o médico reconhece os sintomas e sentimentos expressos pelo paciente de forma adequada e responde no 
mesmo nível deintensidade. A resposta de intercâmbio é um objetivo importante no processo de obtenção da história clínica. Em 
termos práticos significa a repetição das palavras do próprio paciente de forma a demonstrar que o médico esta entendendo o que 
o paciente esta tentando dizer. 
 4. Adicionando – o médico reconhece o que o paciente esta tentando expressar e também aquilo que o paciente pode estar sentindo 
mas não consegue expressar 
CARACTERIZAÇÃO DA DOR 
 Onde dói? (o paciente deve mostrar o local) 
 Quando começou? 
 Como começou? (súbito ou progressivo) 
 Como evoluiu? (como estava antes e como está agora) 
 Qual o tipo da dor? (queimação, pontada, pulsátil, cólica, constritiva, contínua, cíclica, profunda, superficial) 
 Qual a duração da crise? (se a dor for cíclica) 
 É uma dor que se espalha ou não? 
 Qual a intensidade da dor? (forte, fraca ou usar escala de 1 a 10). 
 A dor impede a realização de alguma tarefa? 
 Em que hora do dia ela é mais forte? 
 Existe alguma coisa que o sr. faça que a dor melhore? 
 E que piora? 
 A dor é acompanhada de mais algum sintoma? 
SINAIS E SINTOMAS 
 Sintomas são as sensações subjetivas anormais sentidas pelo paciente, mas não visualizada pelo médico (dor, náusea, tontura). 
 Sinais são as manifestações objetivas reconhecidas por meio da inspeção, palpação, percussão, ausculta e outros meios subsidiários 
(edema, palidez, hematúria etc.). 
 Síndrome - é o conjunto de sinais e sintomas que ocorrem associados, podendo ser ocasionada por causas diferentes. O reconhecimento 
de uma síndrome delimita o número de possíveis doenças causadoras, facilitando o raciocínio clínico. 
CARACTERIZAÇÃO DOS SINTOMAS 
 A palavra tontura, pode ser o descrita de 4 tipos diferentes de sensações: 
 
7 
Thayná Lopes FCM/TR 
 
 1. desequilíbrio – a sensação de que o equilíbrio, principalmente na posição ortostática e durante a marcha esta prejudicada, causando 
insegurança ao paciente; 
2. vertigem – a sensação de rotação na cabeça ou no ambien 
te que gira ao redor do paciente; 
3. pré-síncope – sensação iminente de perda de consciência; 4. cabeça no ar – sensação de distanciamento do ambiente, diferente 
da vertigem e da pré-síncope. 
 Nesta situação é fundamental caracterizar exatamente qual o tipo de tontura que o paciente esta sentindo. Da mesma forma outros 
sintomas precisam ser caracterizados detalhadamente. Todos os sintomas referidos na anamnese devem ser caracterizados 
pormenorizadamente com relação aos seguintes pontos: 
 1. Início – caracterizar detalhadamente a época em que o sintoma surgiu, a forma como surgiu (insidiosa ou aguda), os fatores ou situações 
que desencadearam o seu aparecimento, a sua duração e o seu desaparecimento. 
 2. Características semiológicas dos sintomas - localização, irradiação, qualidade, intensidade, relacionamento com a função do orgão ou 
sistema relacionado com o sintoma. 
 3. Evolução - comportamento do sintoma em relação ao tempo, modificações ocorridas e influência dos tratamentos realizados. 
 4. Relação com outros sintomas 
 5. Características do sintoma no momento presente. 
 
TIPOS DE PACIENTE 
I. Paciente Lacônico ou Reticente: É aquele que não diz o suficiente a respeito dos seus sintomas 
II. Paciente Prolixo: É aquele que relata seu problema com uma quantidade imensa de detalhes relacionados ou não com a doença que motivou 
a consulta. Este tipo de paciente, deixado livremente, não respeita o limitado tempo da consulta médica e pode levar o médico à impaciência 
e à indelicadeza 
III. Paciente Vago: É o paciente que não consegue descrever seus sintomas com precisão 
IV. Pacientes difíceis: E o paciente que utiliza drogas e álcool 
V. Paciente ansioso: E aquele que apresenta uma inquietação interna um sentimento negativo em relação ao futuro, uma sensação de medo 
inexplicável e envolvente que passa facilmente para os familiares causado, por meio de um mecanismo de círculo vicioso, maior aflição no 
paciente. O reconhecimento da ansiedade se faz pelas manifestações psíquicas e somáticas que a acompanham: inquietude, voz 
embargada, mãos frias e sudorentas, taquicardia, boca seca. Alguns pacientes esfregam as mãos sem interrupção, enquanto noutros 
elas ficam trêmulas. Bocejos repetidos ou fumar um cigarro atrás do outro também indicam o desejo inconsciente de o enfermo reforçar 
suas defesas psicológicas. Freqüentemente o paciente quase debruça sobre a mesa do consultório, expressando neste gesto seu desejo 
de demonstrar interesse 
VI. paciente sugestionável: O paciente sugestionável costuma ter excessivo medo de adoecer, vive procurando médicos e realizando exames 
para confirmar sua higidez, mas, ao mesmo tempo, teme exageradamente a possibilidade de os exames mostrarem alguma enfermidade. 
VII. paciente hipocondríaco: O paciente hipocondríaco está sempre se queixando de diferentes sintomas. Tem tendência a procurar o médico 
ao surgirem indisposições sem importância ou sem motivo concreto, quase sempre manifestando o desejo de fazer exames laboratoriais 
VIII. paciente deprimido: Esse paciente tem como principal característica o humor triste, apresenta desinteresse por si mesmo e pelas coisas 
que acontecem ao seu redor. Tem forte tendência para se isolar e, durante a entrevista, reluta em descrever seus padecimentos, 
respondendo pela metade às perguntas feitas a ele ou permanecendo calado. É comum que se ponha cabisbaixo, os olhos sem brilho e a 
face toda exprimindo tristeza. Esse paciente relata choro fácil e imotivado, despertar precoce, redução de capacidade de trabalho e 
perda da vontade de viver. Apresenta – se entediado, ou apático e irritado. 
- A primeira tarefa do médico é conquistar sua atenção e confiança. 
- Ao atender o paciente deprimido, há que ter o cuidado de avaliar o tipo de depressão e sua gravidade, dado o grande risco de 
suicídio. 
- A depressão neurótica, a mais frequente, é mais intensa à noite, pois o paciente tem medo de dormir. 
- A depressão psicótica (endógena) constitui a fase depressiva da psicose maníacodepressiva, e uma de suas principais características 
é surgir inesperadamente, num dado momento, sem que haja fatores desencadeantes. A depressão endógena é grave, intensa, com 
 
8 
Thayná Lopes FCM/TR 
 
idéias de ruína e auto-extermínio; é mais intensa pela manhã e acompanha-se quase sempre de insônia terminal, ou seja, o paciente 
acorda de madrugada já com o humor deprimido. Na depressão psicótica, o risco de suicídio é alto e o paciente necessita de assistência 
psiquiátrica de urgência. 
IX. paciente eufórico: apresenta exaltação do humor, fala e movimenta-se demasiadamente. Sente-se muito forte e sadio e fica fazendo 
referências às suas qualidades. Seu pensamento é rápido, muda de assunto inesperadamente, podendo haver dificuldade de ser 
compreendido. O médico faz uma pergunta, ele inicia a resposta, mas logo desvia seu interesse para outra questão e continua falando. É 
necessário ter paciência para examiná-lo. Deve-se observar a maneira de ser do paciente (temperamento hipomaníaco) ou se está de 
fato apresentando uma exaltação patológica do humor. Nestes casos, a euforia pode depender de uma doença mental 
X. paciente hostil: A hostilidade pode ser percebida à primeira vista, após as primeiras palavras, ou pode ser velada, traduzida em respostas 
reticentes e insinuações mal disfarçadas. 
- Doenças incuráveis ou estigmatizantes costumam despertar, gradativamente, atitudes hostis contra o médico ou a medicina, de 
uma maneira geral. Operações mal sucedidas, complicações terapêuticas ou decisões errôneas de outro médico podem desencadear 
a reação de hostilidade. Certas condições, como o etilismo crônico e o uso de tóxicos, por si mesmas capazes de despertar 
sentimentos de autocensura, reforçados por atitudes recriminatórias dos familiares, provocam também hostilidade. Paciente 
inevitavelmente hostil é aquele que foi levadoao médico contra sua vontade, por insistência dos familiares. 
XI. paciente inibido ou tímido: O paciente inibido ou tímido não encara o médico, senta-se na beirada da cadeira e fala baixo. Não é difícil notar 
que ele não está à vontade naquele lugar e naquele momento. 
- O médico deve ajudá-Io a vencer a inibição. Para isso, uma demonstração de interesse pelos seus problemas é fundamental. Algumas 
palavras amistosas podem ajudar. 
- A inibição pode ser um traço da personalidade do paciente, mas às vezes se origina no medo de uma doença incurável. 
XII. paciente psicótico: A verdadeira doença mental pode ser uma alteração orgânica de base conhecida e demonstrável (psicoses orgânicas) 
ou não ter substrato orgânico demonstrável (psicoses endógenas). 
- As principais alterações mentais são a confusão mental, as alucinações, os delírios, a desagregação do pensamento, a depressão, 
a excitação patológica do humor e as alterações do juízo crítico que levam à alteração do comportamento. 
- O paciente psicótico diferencia-se do neurótico por ter uma "doença" mental. O neurótico não tem uma enfermidade específica 
ele está neurótico. No paciente psicótico consegue-se, ao exame clínico, delimitar o início da doença, que é marcada pela interrupção 
do sentido da continuidade existencial. É a pessoa que tinha uma vida normal e, a partir de um dado momento, passa a apresentar 
uma das alterações aqui já referidas. Com o paciente neurótico isso não ocorre. Ele desenvolve-se neuroticamente reagindo psíquica 
e somaticamente, embora permaneça lógico e compreensível seu comportamento. O mundo do psicótico é incompreensível 
psicologicamente, sob o ponto de vista fenomenológico 
XIII. Paciente em estado grave: Ao entrevistá-Io, as perguntas precisam ser simples, diretas e objetivas, pois sua capacidade de colaborar 
está diminuída. Para a realização do exame físico, respeitam-se suas conveniências quanto à posição no leito e a dificuldade ou impossibilidade 
para sentar-se ou levantar-se. Muitas vezes, solicita-se a ajuda de um parente ou enfermeira para virá-Io na cama ou recostá-Io. Tudo 
é feito com a permanente preocupação de não agravar o sofrimento do paciente 
XIV. paciente terminal 
XV. paciente de pouca inteligência: É necessário reconhecê-Ias para adotar uma linguagem mais simples, adequada ao nível de compreensão 
do paciente. Perguntas simples e diretas, usando apenas palavras corriqueiras, ordens precisas e curtas e muita paciência são os 
ingredientes para conseguir um bom relacionamento com este tipo de paciente 
XVI. paciente surdo-mudo: A comunicação entre o médico e um paciente que não fala e nemescuta depende do interesse do primeiro e da 
inteligência do segundo. Quase sempre alguma pessoa da família faz o papel de intérprete, e, neste caso, a entrevista assume 
características idênticas às que exigem a participação de uma terceira pessoa. 
ABORDAGEM INICIAL DO PACIENTE 
C – Cumprimente o paciente 
A – Apresente – se 
I – Informe 
 
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Thayná Lopes FCM/TR 
 
A – Autorização 
 olhar sempre para o paciente 
 demostrar está ouvindo 
 não interromper o paciente 
 fazer perguntas após o paciente falar 
TECNICAS BASICAS DO EXAME FISICO 
 as habilidades necessárias para o exame físico são: 
I. inspeção 
II. palpação 
III. percussão 
IV. ausculta 
precauções para realizar o exame físico: 
I. as mãos devem ser lavadas antes e após o exame fisico 
II. o uso de luvas deve ser estimulado na maioria dos pacientes, e obrigatório quando o paciente apresentar lesões cutâneas, assim 
como ao exame na cavidade bucal 
III. o uso de jaleco e indispensável, deve -se ressaltar a importância do uso de calçado fechados, com solado antiderrapante e de fácil 
limpeza, para completar as estratégias de proteção individual 
IV. o uso de equipamentos de proteção individual, como luvas , mascara, gorro, avental com manga longa e óculos de proteção, deve 
ocorrer quando houver possibilidade de contato com líquidos corporais 
V. todos os profissionais da área da saúde que tem contato direto com pacientes devem se vacinar para prevenir hepatite B, tétano 
e influenza A 
VI. Biossegurança 
INSPEÇÃO 
 Exploração feita a partir do sentido da visao investigam-se a superfície corporal e as partes mais acessíveis das cavidades em contato 
com o exterior 
 Pode ser: 
a. Inspeção geral – iniciada no momento em que entra em contato com o paciente 
b. Inspeção direcionada pode ser panorâmica ou localizada – feita através do olho nu ou com auxilio de uma lupa para examinar a pele, ou 
lanternas, otoscopio para avaliar as cavidades 
 Semiiotécnica 
• A inspeção direcionada necessita de boa iluminação, exposição adequada da região a ser inspecionada e uso ocasional de determinados 
instrumentos para melhorar o campo de visão e ter em mente as características normais da área a ser examinada 
• Há duas maneiras de se fazer a inspeção: 
I. Olhar frente a frente a região a ser examinada: isso se designa a inspeção frontal que é o modo padrão. O examinador de frente ou 
movimentando – se de 1 lado para o outro com o paciente sentado ou deitado 
II. Observar a região tangencialmente essa e a maneira correta para pesquisar movimentos mínimos na superfície corporal, tais como 
pulsações ou ondulações e pequenos abaulamentos ou de pressões 
• A inspeção começa durante a anamnese, desde o primeiro momento em que se encontra com o paciente e continua durante todo o 
exame clinico 
PALPAÇÃO 
 
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Thayná Lopes FCM/TR 
 
 Palpação recolhe dados por meio do tato e da pressão, o tato fornece impressões sobre a parte mais superficial e a pressão, sobre as 
mais profundas [ 
 Pela palpação percebem – se modificações de textura, temperatura, umidade, espessura, consistência, sensibilidade, volume, dureza, 
percepção de frêmitos, elasticidade, reconhecimento de flutuação, crepitações, vibração, pulsação e verificação da existência de edema. 
 Procedimentos de palpação: vitro – pressão, puntipressão e fricção com algodão 
 Semiiotécnicas 
• Explique cada etapa do exame para o paciente 
• Explique as maneiras como o paciente pode coopera 
• Aqueça as mãos, friccionando uma mão contra a outra 
• Geralmente o paciente fica em decúbito dorsal e o examinador de pé a direita do paciente 
• Tipos de palpação 
a. Palpação com a mão espalmada, em que se usa toda a palma de uma ou de ambas as mãos 
b. Palpação com uma das mãos superpondo-se uma a outra 
c. Palpação com a mão espalmada, em que se usa apenas as polpas digitais e a parte ventral dos dedos 
d. Palpação com a borda da mão 
e. Palpação usando-se o polegar e o indicador, em que se forma uma pinça 
f. Palpação com o dorso dos dedos ou das mãos, esse procedimento e especifico para avaliação de temperatura 
g. Digitopressão – realizada com a polpa do polegar ou do indicador, consiste na compressão de uma área com diferentes objetivos: pesquisar 
a existência de dor, avaliar a circulação cutânea, detectar se há edema 
h. Puntipressão – consiste em comprimir com um objeto pontiagudo um ponto do corpo, e usada para avaliar a sensibilidade dolorosa e para 
analisar telangiectasias tipo aranha vascular 
i. Vitropressão – realizada com o auxílio de uma lâmina de vidro que é comprimida contra a pele, analisando- se a área através da própria 
lâmina, sua principal aplicação e na distinção entre eritema de purpura 
j. Fricção com algodão – com o auxílio de uma mecha de algodão roça -se levemente um segmento cutâneo procurando ver como o paciente 
sente, utilizada para avaliar a sensibilidade cutânea 
k. Pesquisa de flutuação – com o dedo indicador da mão esquerda sobre um lado da tumefação, enquanto o da outra mão, colocado no lado 
oposto exerce sucessivas compressões perpendicularmente a superfície cutânea, havendo liquido a pressão determina um leve rechaço 
do dedo da mão esquerda ao que se denomina flutuação 
l. Palpação bimanual combinada -realizada no exame das glândulas salivares e toque ginecológico combinado com a palpação da região 
suprapubica , quando o dedo indicador da mão direita e introduzido na boca, enquanto as polpas digitais dos outros dedos exceto o polegar 
da outra mão fazem a palpação externa na área de projeção da glândula 
PERCUSSÃO 
 Baseia – se nos seguintes princípios: Ao se golpear um ponto qualquer do corpo, originam-se vibrações que tem características 
próprias quanto a intensidade, ao timbre e a tonalidade, dependendo da estrutura anatômica percutida 
 Somiotécnica 
• Técnicas de percussão 
a. Percussão direta: e realizada golpeando- se diretamente com as pontas dos dedos, a região alvo. Essa técnica e utilizada na 
percussão do tórax de lactante e das régios sinusais do adulto 
b. Percussão digitodigital – executada golpeando- se com a borda ungueal do dedo médio ou do indicador da mao direita a superfície 
dorsal da segunda falange do dedo médio ou do indicador da outra mao 
• Plexor – dedo que golpeia 
• Pleximetro – dedo que recebe o golpe 
• Todos os dedos exceto o dedo médio, que procura imitar a forma de um martelo, ficam estendido sem nenhum esforço 
• O polegar e o indicador ficam semiestendidos, o mínimo e o anular são fletidas de tal modo que suas extremidades quase alcancem a 
palma da mão, enquanto o dedo médio procura adotar a forma de martelo 
 
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Thayná Lopes FCM/TR 
 
• O dedo pleximetro – médio ou indicador da mão esquerda – e o único a tocar a região que está sendo examinada, os outros e a palma 
da mão ficam suspensos rentes a superfície 
• Caso se pouse a mão, todas as vibrações são amortecidas e o som torna -se abafado 
• Técnicas de percussão: 
a. Punho – percussão: mantendo – se a mão fechada golpeia- se com a borda cubital a região em estudo e averígua-se se a manobra 
desperta sensação dolorosa (exame físico dos rins) 
b. Percussão com a borda da mão: os dedos ficam estendidos e unidos, golpeando- se a região desejada com a borda ulnar, procurando 
observar se a manobra provoca alguma sensação dolorosa (exame físico dos rins) 
c. Percussão por piparote: com uma das mãos o examinador golpeia o abdome com piparotes, enquanto a outra espalmada na região 
contralateral, procura captar ondas liquidas chocando -se contra a parede abdominal (pesquisa de ascite) 
 Os sons obtidos na percussão podem ser classificados quanto a intensidade, timbre e tonalidade, as três qualidades fundamentais 
vibrações sonoras 
 Tipos de sons: 
a. Som maciço; e o que se obtém ao percutir regiões desprovidas de ar 
b. Som submaciço: constitui uma variação do som maciço. A existência de ar em quantidade restrita lhe concede características 
peculiares 
c. Som timpânico: e o que se consegue percutindo sobre os intestinos ou no espaço de traube (fundo do estomago) ou qualquer 
área que contenha ar, recoberta por uma membrana flexível 
d. Som claro pulmonar: e o que se obtém quando golpeia o tórax normal. Dependendo da existência de ar dentro dos alvéolos e 
demais estruturas pulmonares 
AUSCULTA 
 A ausculta consiste em ouvir os sons produzidos pelo corpo 
 Em sua maioria os ruídos corporais são muito suaves e devem ser canalizados através de um estetoscópio para serem avaliados 
 Estetoscópio 
• E composto por: 
a. Olivas auriculares: pequenas peças cônicas que permitem a adaptação ao meato auditivo, de modo a criar um sistema fechado entre o 
ouvido e o aparelho 
b. Armação metálica: faz a comunicação entre as olivas auriculares e os tubos de borracha 
c. Tubos de borracha 
d. Diafragma: superfície achatada, sendo utilizada para ruídos de alta frequência (ruídos respiratórios como sibilos, ruídos intestinais, bulhas 
cardíacas e sopro) 
e. Campanula: superfície concava, ideal para sons suaves de baixa frequência (sopros cardíacos de regurgitação, bulhas cardíacas anormais 
e acessórias) 
• Na utilização do estetoscópio e necessário solicitar ao paciente que não fale, a não ser ao seu pedido 
• Solicitar que o paciente retire ou levante ou abaixe ou coloque um roupão descartável a roupa de acordo com a região a se examinada 
 Posição do paciente 
a. Respiratória: região posterior o paciente sentado pouco inclinado para frente em seguida pede que se abrace. O examinador a esquerda 
do paciente para ausculta torácica posterior e a direita do paciente para ausculta torácica anterior, nessa posição o paciente sentado 
ereto 
b. Cardíaca: sentado depois inclinando o tórax para frente, em seguida deitado de decúbito dorsal depois de decúbito lateral esquerdo. 
Examinador sempre a direita do paciente 
INSTRUMENTOS E APARELHOS NECESSARIOS PARA O EXAME FISICO 
 Abaixador de língua: utilizado para melhor visualização da cavidade oral 
 
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Thayná Lopes FCM/TR 
 
 Termômetro: utilizado para medir a temperatura corporal 
 Lanterna de bolso: utilizada para iluminar cavidades não alcançáveis pela luz natural e para pesquisar reflexos fotomotores 
 Fita métrica: utilizada para medir diâmetros corporais ou qualquer alteração mensurável como tamanho de fígado e baço 
 Lupa: utilizada nos exames dermatológicos 
 Balança antropométrica: utilizada para determinar o peso corporal e altura do paciente 
 Estetoscópio: utilizado para ausculta sons cardíacos, respiratórios e abdominais 
 Aparelho de pressão: utilizado para aferir a pressão arterial 
 Oxímetro de dedo 
 Otoscopio: utilizado para visualizar o canal auditivo e o timpânico 
 Oftalmoscópio: utilizado para avaliar o fundo de olho através da pupila 
 Martelo de reflexos: utilizado para testar reflexos tendinosos 
 Diapasão: utilizado no exame do ouvido e do sistema nervoso 
 Especulo vaginal: utilizado para facilitar a visualização do colo do útero para o exame ginecológico 
 Rinoscopio: utilizado para a visualização do interior da cavidade nasal 
 Anuscopio: utilizado para visualizar o anus e a porção distal do reto 
 Agulha descartável e algodão – utilizado para pesquisar sensibilidade tátil e dolorosa 
EXAME FISICO GERAL 
 Avaliação do estado geral 
 Avaliação do nível de consciência 
 Fala e linguagem 
 Avaliação do estado de hidratação 
 Altura e outras medidas antropométricas 
 Peso 
 Avaliação do estado de nutrição 
 Desenvolvimento físico 
 Fácies 
 Atitudes e decúbito preferido no leito 
 Pele, mucosa e fâneros 
 Tecido celular subcutâneo e panículo adiposo 
 Musculatura 
 Movimentos involuntários 
 Enfisema subcutâneo 
 Exame dos linfonodos 
 Veias superficiais 
 Circulação colateral 
 Edema 
 Temperatura corporal 
 Postura ou atitude na posição de pé 
 Biotipo ou tipo morfológico 
 Marcha 
Obs: esse exame e realizado durante a fase de inspeção 
ESTADO GERAL 
 
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Thayná Lopes FCM/TR 
 
 o que aparenta o paciente em sua totalidade 
 Pode classificar – se em: 
a. Bom estado geral (BEG) 
b. Regular estado geral (REG) 
c. Mau estado geral (MEG) 
NÍVEL DE CONSCIÊNCIA 
 desde inteiramente consciente (estado de vigília) ate a perda da capacidade de identificar o mundo interior e o meio externo (estado 
comatoso). 
• Apresenta fases intermediarias: 
a. Obnubilação: nível de consciência pouco comprometido. Paciente em alerta diminuído 
b. Sonolência: paciente facilmente despertado, responde e volta a dormir 
c. Confusão mental: perda da atenção; as respostas são lentas, perda da percepção temporoespacial 
d. Torpor ou estupor: consciência com maior comprometimento, despertado por estímulos de forte intensidade e tem movimentos 
espontâneos 
e. Coma: o paciente não e despertado por estímulos de forte intensidade e não tem movimentos espontâneos 
• Escala de Glasgow 
- Primeiro avalia -se a resposta de abertura ocular, de fala e de movimentação, somando pontos de acordo com a resposta. Após isso, 
faz-se a avaliação da reatividade pupilar com estímulo luminoso: se ambas as pupilas estiverem fotorreagentes,não se altera o somatório 
da escala já feito pelos passos acima; se somente uma das pupilas não estiver reagente, subtrai-se 1 ponto da escala; e se nenhuma das 
2 pupilas estiverem reagentes, subtrai-se 2 pontos da escala. Assim, a não reação da pupila indica uma maior gravidade e pior prognóstico.. 
- Escore de reatividade pupilar: ECG-P = ECG – (no de pupilas não reagentes) 
 
- Gravidade/ pontuação: 
a. Leve: 13 a 15 
b. Moderado: 9 a 12 
c. Grave: 3 a 8 
 
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Thayná Lopes FCM/TR 
 
 FALA E LINGUAGEM 
 Durante a anamnese o examinador presta atenção na linguagem falada (fala) do paciente 
 Alterações 
a. Afonia: perda da voz 
b. Disfonia: voz rouca, fanhosa 
c. Dislalia: troca de letra 
d. Disritmolalia: gagueira 
e. Disartria: alteração dos músculos da fonação, não consegue articular e pronunciar bem as palavras, voz baixa, lenta, arrastada 
f. Disfagia: dificuldade em expressar as palavras corretas, usando mimica ou gestos para se expressar 
FACIES 
 E o conjunto de dados exibidos na face do paciente. A expressão fisionômica, o olhar, os batimentos das asas do nariz e a posição da boca 
 Fácies normal ou atípica: não encontramos no rosto sinais de tristeza, ansiedade, medo, indiferença, apreensão 
 Fácies hipocrática: olhos fundos, parados, inexpressivos, lábios adelgaçados, batimento de asa de nariz, palidez cutânea, cianose labial, 
paciente em estado agônico 
 fácies renal: edema periorbitário, palidez cutânea. Paciente com síndrome nefrótica 
 fácies leonina: pele espessa, lábios grossos e proeminentes, bochecha deformada, barba escassa. Paciente com doença de Hansen 
 fácies adenoidiana – nariz pequeno e afilado, boca entreaberta, paciente com hipertrofia de adenoide 
 fácies parkinsoniana: olhar fixo, cabeça inclinada para frente, fronte enrugada, falta de expressão facial. Paciente com doença de 
Parkinson 
 Fácies basedowiana: exoftalmia, rosto magro, presença de bócio. Paciente com doença de Basedow Graves (Hipertireoidismo) 
 Fácies mixedematosa: rosto arredondado, nariz e lábios grossos, pele seca e espessa com sulcos proeminentes, pálpebras infiltradas, 
apática. Paciente com hipotireoidismo 
 Fácies acromegálica: proeminência das arcadas supraorbitárias do maxilar inferior e aumento do nariz, lábios e orelhas. Paciente com 
tumor de hipófise, hiper produtor de hormônio GH 
 Fácies cuschingoide ou de lua cheia: arredondamento do rosto, presença de acne. Paciente em uso prolongado de corticoide 
 fáceis mongoloide: presença de epicanto (prega na fenda palpebral) tornando os olhos oblíquos, boca entreaberta. Paciente 
 fáceis de depressão: cabisbaixo, olhos fixos e voltados para o chão, fisionomia de tristeza, sofrimento emocional. Paciente com depressão 
 fáceis pseudobulbar: súbitas crises de choro ou riso em que o paciente ao tentar conter gera um espasmo. Paciente com paralisia 
pseudobulbar 
 Fácies da paralisia facial periférica: assimetria facial, com impossibilidade de fechar as pálpebras e desvio da comissura labial para o lado 
sadio. Paciente com paralisa de Bell 
 Fácies miastênica ou de Hutchinson: ptose palpebral bilateral, testa franzida. Paciente com miastenia 
 Fácies do deficiente mental: boca entreaberta, salivação, olhos em movimentos sem fixação, meio sorriso 
 Fácies etílica: olhos avermelhados, hálito etílico, voz pastosa 
 Fácies esclerodérmica: pele endurecida e aderida, nariz afinilado, fisionomia parada. Paciente com esclerodermia 
AVALIAÇÃO DO ESTADO DE HIDRATAÇÃO 
 
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Thayná Lopes FCM/TR 
 
 
 Alterações abrupta do peso 
 Alterações de pele quanto a umidade, elasticidade e turgor 
 Alterações das mucosas quanto a umidade 
 Fontanelas 
 Alterações oculares 
 Estado geral 
 Desidratação: 
• Pode ser classificada de acordo com intensidade e a osmolaridade 
• Classificação da intensidade: 
I. Leve ou grau 1ºgrau: perda de peso de ate 5% 
II. Moderada ou de 2º grau: perda de peso de 5 a 10% 
III. Grave ou de 3º grau: perda de peso de ate 10% 
• Classificação da osmolaridade 
I. Isotônica: quando o sódio esta nos limites normais (130-150 mEg) 
II. Hipotônica: quando o sódio está abaixo (130 mEq) 
III. Hipertônica: quando o sódio está acima dos limites normais (150 mEq) 
• Aspectos 
1. Sede 
2. Diminuição abrupta do peso 
3. Pele seca, com elasticidade e turgor diminuídos 
4. Mucosa secas 
5. Olhos afundados (enoftalmia) e hipotônico 
6. Fontanelas deprimidas no caso de criança 
7. Estado geral comprometido 
8. Excitação psíquica ou abatimento 
9. Oliguria 
ALTURA E OUTRAS MEDIDAS ANTROPOMÉTRICAS 
 Peso (balança mecânica X digital) 
 Estatura altura 
a. Homem → mínimo: 1,50 máximo 1,90: 
b. Mulheres→ mínimo: 1,50 máximo: 1,80 
 
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Thayná Lopes FCM/TR 
 
c. Vertical → altura (altura/ em pé) 
d. Horizontal → comprimento (bebe) 
 Envergadura: e a distancia compreendida entre os extremos dos membros superiores, estando o individuo com os braços abertos em 
abdução de 90° 
 Distancia pubovértice: corresponde a distância entre a sínfise e o ponto mais alto da cabeça 
 Distancia puboplantar: equivale a medida entre a sínfise pubiana e a planta dos pés 
PESO 
 Peso ideal: são valores estatisticamente estabelecidos a partir dos dados obtidos em grandes grupos da população 
 Regra simples de broca: o peso ideal se aproxima do número de centímetros que excede um metro de altura e se expressa em Kg. Para 
o sexo feminino subtraem – se 5 % ao valor encontrado 
 Peso máximo normal: somam-se 5 a 10% ao peso ideal 
 Peso mínimo normal: subtraem – se 5 a 10% ao peso ideal 
 Índice de massa corpórea: 
a. Baixo peso: IMC menor do que 19,99 kg/m2 
b. Normal: IMC de 20 a 24,99 kg/m2 
c. Sobrepeso: IMC de 25 a 29,99 kg/m2 
d. Obesidade: IMC de 30 a 39,99 kg/m2 
e. Obesidade mórbida: IMC acima de 40 kg/m2 
 Circunferência abdominal: 
a. Homens: até 102 cm 
b. Mulheres: até 88 cm. 
 Magreza: o paciente esta abaixo do peso mínimo normal. Pode ser: 
a. Constitucional: não tem relação com qualquer enfermidade e é um traço genético 
b. Patológica: ocorre em consequência de doenças, tais como diabetes, hipertireoidismo, neoplasias malignas, tuberculose, anorexia nervosa 
e in gestão insuficiente de alimentos 
 Caquexia: estado de extrema magreza com comprometimento do estado geral do paciente. Aparece nas doenças consumptivas 
(tuberculose em fase avançada, cirrose, desnutrição grave, neoplasias malignas, síndrome da imunodeficiência adquirida (AIDS) 
 Sobre peso e obesidade: paciente está acima do peso normal máximo. Pode ser de dois tipos 
a. Obesidade central ou androide: a gordura se concentra mais no tórax e no abdome. É típica de homens 
b. Obesidade periférica ou ginecoide: mais frequente nas mulheres, a gordura se deposita nas coxas, nádegas e regiões próximas à pelve. 
AVALIAÇÃO DO ESTADO DE NUTRIÇÃO 
 Peso 
 Musculatura 
 Panículo adiposo 
 Desenvolvimento físico 
 Estado geral 
 Pele, pelos e olhos 
 Hiponutrição ou desnutrição é uma condição na qual o peso está abaixo dos valores mínimos normais, a musculatura é hipotrófica e o 
panículo adiposo escasso 
 Obesidade ou sobrepeso é a designação clínica para o excesso de peso decorrente do acúmulo de gordura 
 Classificação de desnutrição: 
a. Desnutrição de 1° grau: déficit de peso superior a 10% 
b. Desnutrição de 2° grau: déficit de peso superior a 25% 
 
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Thayná Lopes FCM/TR 
 
c. Desnutrição de 3° grau: déficit de peso superior a 40%. 
DESENVOLVIMENTO FÍSICO 
 Desenvolvimento normal 
 Hiperdesenvolvimento - sinônimo de gigantismo 
 Hipodesenvolvimento - confunde-se com nanismo. Todavia, não são condições absolutamente iguais, havendo entre uns e outros diferenças 
de grau e qualidade. (por deficiência do GH ou hormônio somatotrópico) 
 Hábito grácil - constituição corporal frágil e delgada, caracterizada por ossatura fina, musculaturapouco desenvolvida, juntamente com 
uma altura e um peso abaixo dos níveis normais 
 Infantilismo/ Cretinismo - persistência anormal das características infantis na idade adulta. Falta de desnvolvimento da cabeça, tronco e 
membros por hipertireoidismo congênito 
ATITUDES E DECÚBITO PREFERIDO NO LEITO 
 Atitudes voluntarias 
I. Ortopneica: o paciente adota essa posição para aliviar a falta de ar decorrente de insuficiência cardíaca, asma brônquica e ascites 
volumosas. Ele permanece sentado à beira do leito com os pés no chão ou em uma banqueta, e as mãos apoiadas no colchão para melhorar 
um pouco a respiração, que se faz com dificuldade. 
II. Genupeitoral: o paciente posiciona-se de joelhos com o tronco fletido sobre as coxas, enquanto a face anterior do tórax (peito) põe-se 
em contato com o solo ou colchão. O rosto descansa sobre as mãos, que também ficam apoiadas no solo ou colchão. Essa posição facilita 
o enchimento do coração nos casos de derrame pericárdico 
III. Posição de cócoras: observada em crianças com cardiopatia congênita cianótica. 
IV. Parkinsoniana: O paciente com doença de Parkinson, ao se pôr de pé, apresenta semiflexão da cabeça, tronco e membros inferiores e, 
ao caminhar, parece estar correndo atrás do seu próprio eixo de gravidade 
V. . Decúbito lateral (direito e esquerdo): é uma posição que costuma ser adotada quando há uma dor de origem pleurítica. Por meio dela, o 
paciente reduz a movimentação dos folhetos pleurais do lado sobre o qual repousa. Ele se deita sobre o lado da dor • 
VI. Decúbito dorsal: com pernas fletidas sobre as coxas e estas sobre a bacia, é observado nos processos inflamatórios pelviperitoneais 
VII. Decúbito ventral: é comum nos portadores de cólica intestinal O paciente deita-se de bruços e, às vezes, coloca um travesseiro debaixo 
do ventre. Decúbitos com variados graus de flexão da coluna são observados nas lombalgias (posição antálgica). 
 Atitudes involuntárias 
I. Passiva Quando o paciente fica na posição em que é colocado no leito, sem que haja contratura muscular. É observada nos pacientes 
inconscientes ou comatosos. 
II. Ortótono: é a atitude em que todo o tronco e os membros estão rígidos, sem se curvarem para diante, para trás ou para um dos lados. 
III. Opistótono: é a atitude decorrente de contratura da musculatura lombar, sendo observada nos casos de tétano e meningite. O corpo 
passa a se apoiar na cabeça e nos calcanhares, emborcando-se como um arco. 
IV. Emprostótono: é observado no tétano, na meningite e na raiva, é o contrário do opistótono, ou seja, o corpo do paciente forma uma 
concavidade voltada para diante. 
V. Pleurostótono: observado no tétano, na meningite e na raiva. O corpo se curva lateralmente. 
VI. Posição em gatilho: Encontrada na irritação meníngea, é mais comum em crianças e caracteriza-se pela hiperextensão da cabeça, flexão 
das pernas sobre as coxas e encurvamento do tronco com concavidade para diante 
VII. Torcicolo e mão pêndula da paralisia radial: São atitudes involuntárias de determinados segmentos do corpo 
USCULATURA 
 Inspeção e palpação 
 Troficidade (quantidade de massa muscular) 
 
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Thayná Lopes FCM/TR 
 
• Classificação: normal hipertrófica (aumento da massa muscular) e hipotrófica (diminuição da massa muscular) 
 Tonicidade (estado involuntário de contração do musculo) 
• Classificação: hipertônica ou espástica (estado de contração ou semicontração do músculo, mesmo em repouso, evidenciado pelo relevo 
muscular e aumento da consistência à palpação), hipotônica ou flácida (tônus está diminuído ou ausente, com perda do contorno da massa 
muscular e diminuição da consistência) 
POSTURA EM PÉ 
 Boa postura: 
• Cabeça ereta ou ligeiramente inclinada para diante 
• Peito erguido, fazendo adiantar ao máximo essa parte do corpo 
• Abdome inferior achatado ou levemente retraído 
• Curvas posteriores nos limites normais 
 Postura sofrível: 
• Cabeça levemente inclinada para diante 
• Peito achatado 
• Abdome algo protruso, passando a ser a parte mais saliente do corpo 
• Curvas posteriores exageradas 
 Má postura: 
• Cabeça acentuadamente inclinada para diante 
• Peito deprimido 
• Abdome saliente e relaxado 
• Curvas posteriores extremamente exageradas. 
BIOTIPO 
 Longilíneo: classicamente comparado a D. Quixote, apresenta como características os seguintes elementos: 
• Pescoço longo e delgado 
• Tórax afilado e chato 
• Membros alongados com franco predomínio sobre 
• tronco o Ângulo de Charpy menor que 90° 
• Musculatura delgada e panículo adiposo pouco desenvolvido 
• Tendência para estatura elevada 
 Mediolíneo: é o tipo intermediário e caracteriza-se pelos seguintes elementos: 
• Equilíbrio entre os membros e o tronco 
• Desenvolvimento harmônico da musculatura e do panículo adiposo 
• Ângulo de Charpy em torno de 90° 
 Brevilíneo: frequentemente comparado a Sancho Pança, apresenta as seguintes características: 
• Pescoço curto e grosso 
• Tórax alargado e volumoso 
• Membros curtos em relação ao tronco o Ângulo de Charpy maior que 90° 
• Musculatura desenvolvida e panículo adiposo espesso 
• Tendência para baixa estatura. 
MOVIMENTOS INVOLUNTÁRIOS 
 
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Thayná Lopes FCM/TR 
 
 Tremores: movimentos alternantes, mais ou menos rápidos e regulares, de pequena ou média amplitude, que afetam principalmente as 
partes distais dos membros. Podem ser: 
1. Tremor de repouso: surge durante o repouso e desaparece com os movimentos e o sono 
2. Tremor de atitude ou postura: surge quando o membro é colocado em uma determinada posição, não sendo muito evidente no repouso ou 
no movimento. 
3. Tremor de ação: é o que surge ou se agrava quando um movimento é executado. Aparece nas doenças cerebelares 
4. Tremor vibratório: é fino e rápido como se fosse uma vibração. 
 Movimentos coreicos: são movimentos involuntários, amplos, desordenados, de ocorrência inesperada e arrítmicos, multiformes e sem 
finalidade. Localizam-se na face, nos membros superiores e inferiores. Os movimentos coreicos são as manifestações principais da 
síndrome coreica 
 Movimentos atetósicos (atetose): são movimentos involuntários que ocorrem nas extremidades e apresentam características muito 
próprias: são lentos e estereotipados, lembrando um movimento reptiforme ou os movimentos dos tentáculos do polvo. Podem ser uni ou 
bilaterais 
 Hemibatismo: São movimentos abruptos, violentos, de grande amplitude, rápidos e geralmente limitados a uma metade do corpo. 
 Mioclonias: São contrações musculares breves, rítmicas ou arrítmicas, localizadas ou difusas, que acometem um músculo ou um grupo 
muscular. Geralmente são relatadas como abalos': "choques~ "sacudidas" e "trancos 
 Mioquinias: São contrações fibrilares de tipo ondulatório que surgem em músculos íntegros, principalmente no orbicular das pálpebras, 
quadríceps e gêmeos 
 Asterix: são movimentos rápidos, de amplitude variável, que ocorrem nos segmentos distais e apresentam certa semelhança com o bater 
de asas das aves. 
 Tiques: São movimentos involuntários que aparecem em determinado grupo muscular, repetindo-se sucessivamente. Os tiques motores 
podem ser: 
• Simples: envolvem grupos musculares isolados, resultando em piscamentos, abertura da boca, balanceio da cabeça e pescoço para os 
lados e para trás, elevação dos ombros ou fechamento dos punhos 
• Complexos: caracterizam -se por padrões elaborados de movimento (contrações faciais bizarras, desvios oculares, dar pequenos pulos 
durante a marcha, tocar ou cheirar objetos, gesticulação obscena) 
 Convulsões: são movimentos musculares súbitos e incoordenados, involuntários e paroxísticos, que ocorrem de maneira generalizada ou 
apenas em segmentos do corpo. As convulsões podem ser: 
• Tônicas: caracterizam-se por serem mantidas permanentes e imobilizarem as articulações 
• Clônicas: são rítmicas, alternando-se contrações e relaxa mentosmusculares em ritmo mais ou menos rápido 
• Tônico-clônicas: esse tipo soma as características de ambas. 
 Tetania: É uma forma particular de movimentos involuntários e caracteriza-se por crises exclusivamente tônicas quase sempre localizadas 
nas mãos e pés, por isso denominadas «espasmos carpopodais 
 Fasciculações: São contrações breves, arrítmicas e limitadas a um feixe muscular. Não devem ser confundidas com as mioquinias. 
 Discinesias orofaciais: São movimentos rítmicos, repetitivos e bizarros, que comprometem, principalmente, a face, a boca, a mandíbula e 
a língua, sendo expressos sob a forma de caretas, franzir dos lábios, protrusão da língua, abertura e fechamento da boca e desvios da 
mandibula. 
 Distonias: são parecidos com os atetoides, mas costumam envolver porções maiores do corpo, inclusive tronco, podendo resultar em 
posturas grotescas e contorcidas. 
ENFISEMA SUBCUTÂNEO 
 existência de bolhas de ar debaixo da pele 
CIRCULAÇÃO COLATERAL 
 presença de circuito venoso anormal visível ao exame da pele. 
 
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 A circulação colateral deve ser analisada sob os seguintes aspectos: 
 • Localização 
 • Direção do fluxo sanguíneo 
 • Existência de frêmito e/ou sopro. 
EDEMA 
 excesso de líquido acumulado no espaço intersticial ou no interior das próprias células 
 avaliado pela inspeção e palpação 
 No exame físico investiga-se os seguintes parâmetros: 
 • Localização e distribuição (onde no corpo): generalizado ou localizado 
• Intensidade: compressão com a polpa digital 
• Consistência: mole, duro 
• Elasticidade: a volta da pele a posição original após a compressão – elástico, inelástico 
• Temperatura da pele circunjacente: normal, quente (inflamação), fria (comprometimento vascular) 
• Sensibilidade da pele circunjacente: com a compressão – doloroso, indolor 
• Outras alterações da pele adjacente. 
Classificação do edema Localização Excesso de peso (KG) 
+ Tornozelo 1 
++ Joelho 3 a 4 
+++ Raiz (base) da coxa 5 a 6 
++++ Anasarca (generalizado) 10 a 12 
 As principais causas de edema são: 
 • Síndrome nefrítica 
• Síndrome nefrótica 
• Pielonefrite 
• Insuficiência cardíaca 
 Principais causas de edema generalizado 
• Varizes 
• Flebites e trombose venosa 
• Processos inflamatórios 
• Afecções dos linfáticos 
• Postura. 
 
 
TEMPERATURA CORPORAL 
 temperaturas: 
1. Temperatura axilar: 35,5 a 37°C, com média de 36 a 36,5°C 
2. Temperatura bucal: 36 a 37,4°C 
3. Temperatura retal: 36 a 3 7 ,5°C, ou seja, 0,5°C maior que a axilar. 
 características da febre: 
1. Início 
 
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2. Intensidade: 
• Febre leve ou febrícula: até 37,5°C 
• Febre moderada: de 37,6° a 38,5°C 
• Febre alta ou elevada: acima de 38,6°C. 
3. Duração 
4. Modo de evolução: 
• Febre contínua: aquela que permanece sempre acima do normal com variações de até 1 °C e sem grandes oscilações; 
• Febre irregular ou séptica: registram-se picos muito altos intercalados por temperaturas baixas ou períodos de apirexia 
• Febre remitente: há hipertermia diária, com variações de mais de 1 °C e sem períodos de apirexia. 
• Febre intermitente: nesse tipo, a hipertermia é ciclicamente interrompida por um período de temperatura normal; isto é, registra-se 
febre pela manhã, mas esta não aparece à tarde; ou então, em 1 dia ocorre febre, no outro, não. Por vezes, o período de apirexia dura 
2 dias. A primeira se denomina cotidiana, a segunda terçã e a última quartã. 
5. Término. 
• Crise: quando a febre desaparece subitamente 
• Lise: significa que a hipertermia vai desaparecendo gradualmente, com a temperatura diminuindo dia a dia, até alcançar níveis normais. 
 Causas de febre 
• Por aumento da produção de calor, como ocorre no hipertireoidismo 
• Por bloqueio na perda de calor, como acontece na insuficiência cardíaca congestiva, na ausência congênita das glândulas sudoríparas e em 
certas doenças da pele 
• Por lesão dos tecidos, grupo no qual se inclui a maioria das doenças febris: 
I. Todas as infecções por bactérias, riquétsias, vírus e outros parasitos 
II. Lesões mecânicas, como nos processos cirúrgicos e nos esmagamentos 
III. Neoplasias malignas 
IV. Doenças hemolinfopoéticas 
V. Afecções vasculares, incluindo infarto do miocárdio, hemorragia ou trombose cerebral e trombose venosa 
VI. Distúrbios dos mecanismos imunitários ou doenças imunológicas: colagenoses, doença do soro e febre resultante da ação de medicamentos 
VII. Doenças do sistema nervoso central. 
 Controle da temperatura e envelhecimento 
• Hipotermia: 
I. Sensação de frio diminuída 
II. Capacidade de perceber as alterações da temperatura diminuída 
III. Resposta autonômica vasoconstritora ao frio anormal 
IV. Resposta de calafrios diminuída 
V. Termogênese diminuída 
• Hipertermia: 
I. Limiar central de temperatura elevado 
II. Sudorese diminuída ou ausente 
III. Capacidade de percepção do calor diminuída 
IV. Resposta vasodilatadora ao calor diminuída 
V. Reserva cardiovascular diminuída. 
MARCHA E ENVELHECIMENTO 
 A marcha senil caracteriza-se por aumento da flexão dos cotovelos, cintura e quadril. Diminuem também o balanço dos braços, o 
levanta mento dos pés e o comprimento dos passos (marcha de pequenos passos) 
 
 
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