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História do Brasil contemporâneo aula 3

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- -1
HISTÓRIA DO BRASIL CONTEMPORÂNEO
POPULISMO
- -2
Olá!
Ao final desta aula, você será capaz de:
1. Identificar o sentido do conceito de populismo;
2. Acompanhar as principais realizações dos governos democráticos;
3. Entender a inserção internacional do Brasil durante a Guerra Fria.
Nesta aula, vamos acompanhar as principais características do período que vai de 1946 a 1964, entre o Estado
Novo e a Ditadura civil-militar. A ideia de populismo, considerada fundamental para compreender essa época,
será o centro de nossa aula. Vamos discutir as principais interpretações sobre ela e os limites de sua utilização.
Bons estudos!
Você já deve ter ouvido a expressão: “O Brasil é o país do futuro”. Provavelmente ela surgiu do título de um livro
lançado em 1941 por Stefan Zweig, um escritor austríaco que fugiu do nazismo, vindo morar no Brasil.
Quando usamos a expressão, mais do que nos referir ao livro, queremos dizer que o país tem vocação para se
adequar a diferentes contextos, sendo uma nação “jovem” e aberta às novidades.
O grande problema dessa expressão é que o “futuro” parece nunca chegar. Deste modo, o Brasil tende a ser
sempre uma promessa, um país que – quem sabe? – um dia atingirá um nível satisfatório de modernidade
combinada com bem-estar social.
Hoje, poderíamos dizer que estamos descrentes dessa promessa. Mas teria sido sempre assim?
A resposta é: não. Durante o período que vamos estudar, parecia que o futuro havia finalmente chegado. A volta
da democracia, o surgimento dos “Anos Dourados”, uma nova capital, o país crescendo.
Junto a isso, os mais jovens desejando conhecer o Brasil a fundo, procurando transformar radicalmente a face do
país, em busca de uma sociedade mais justa. Contudo, uma nova ditadura esperava logo ali, em 1964. Ao fim, o
“futuro” ainda parecia estar longe.
1 Populismo
Um dos conceitos mais utilizados para se referir ao Período Democrático (1946-64) é o de populismo. Segundo a
historiadora Angela de Castro Gomes, essa forma de governo estaria sustentada sobre um tripé:
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“[...] uma classe dirigente em crise de hegemonia; as classes populares pressionando por
participação mas (sic) fracas e desorganizadas, e um líder carismático, cujo apelo transcende
instituições (como partidos) e fronteiras sociais (de classe e entre os meios urbano e rural)”. (Gomes,
2001, p. 546).
Se você parar um pouco para pensar, perceberá que já estudamos um líder dessa natureza na aula 2.
Sim, a relação de Getúlio Vargas com aqueles que disputavam o poder e com o povo brasileiro seguia essa lógica.
Alguns autores consideram que o Estado brasileiro pós-1930 é o núcleo inicial do populismo, que teria atingido o
auge na década de 1950.
Saiba mais
O uso do conceito, no entanto, tem sido criticado, sobretudo a partir da década de 1980. O
principal foco das críticas é a ideia, normalmente vinculada ao populismo, de que as massas de
trabalhadores teria se deixado iludir, sendo manipuladas por seus líderes. Por conta disso, o
conceito de trabalhismo tem sido preferido.
No entanto, você deve lembrar que, mesmo quando utilizamos o conceito de trabalhismo,
corremos esse risco. Logo, se você for utilizar o conceito de populismo ou de trabalhismo,
lembre-se de que eles têm algumas limitações.
- -4
Fonte: Leonard McCombe/Time & Life Pictures/Getty Images
Saiba mais
O termo populismo deriva de população, tendo também ligações com popular (no sentido de
“conhecido”, “famoso”). Logo, o líder populista é aquele que se identifica com a população e,
por isso, é reverenciado, causando comoções públicas.
Ou seja, mais do que representar uma classe social, ideias ou partidos políticos, os líderes
populistas se colocavam como porta-vozes do povo. Viam-se e eram vistos como aqueles que,
por saberem “naturalmente” o que é bom para a população, foram “escolhidos” para governar.
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É sempre bom estar alerta para o fato de que os trabalhadores, mesmo em uma relação desigual, tinham
condições de escolher e negociar. Logo, não eram enganados pelo carisma dos líderes.
No Período Democrático, quase todos os Presidentes podem ser considerados líderes populistas: Getúlio Vargas
(que voltou, dessa vez eleito), Juscelino Kubitschek, Jânio Quadros e João Goulart (Jango). A única exceção fica
por conta do primeiro, Eurico Gaspar Dutra.
Antes de vermos as características principais de todos os governos, vale a pena pensarmos um pouco sobre a
contextualização do Brasil na Guerra Fria.
2 A Guerra Fria (1947-1989)
O Período Democrático coincide com o início e auge da Guerra Fria, atingido entre as décadas de 1950 e 1960.
Como este não é o principal foco de nossa aula, vamos abordar apenas alguns traços básicos do conflito, para
entender como o Brasil entrou nessa briga.
A Guerra Fria envolveu praticamente todos os países do mundo, embora alguns tenham tentando manter a
neutralidade.
As duas lideranças eram os Estados Unidos da América (EUA) e a União das Repúblicas Socialistas Soviéticas
(URSS), um comandando o bloco capitalista e a outra, o bloco Socialista.
O poder de ambos vinha do fim da II Guerra Mundial (1939-1945), em que foram os protagonistas na derrota da
Alemanha.
Fique ligado
A denominação “Guerra Fria” foi dada pela imprensa, pois as disputas entre os dois países não
envolveram conflitos bélicos diretos.
Fique ligado
A expressão “cortina de ferro” era utilizada para se referir a uma divisão radical entre os
blocos, capitalista e socialista.
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Deste modo, as “zonas de influência” de cada um surgiam como uma espécie de tributo prestado pelos outros
países, que deveriam se mostrar agradecidos pelo resultado da Guerra.
Um dos canais utilizados para a disputa era a ameaça mútua através das armas nucleares que, se utilizadas,
poderiam gerar uma terceira guerra mundial.
Caso tivesse acontecido, seria a terceira e última, dado o poder de destruição desses armamentos. Mas, como as
armas não eram colocadas em ação – e, por isso, não “esquentavam” – a guerra foi assim batizada.
3 Brasil: parte da zona de influência norte-americana
Depois de ter respondido às questões anteriores, você já percebeu que o Brasil, como parte da “zona de
influência” norte-americana, sofria pressões constantes para se manter fiel à liderança capitalista.
Sendo um dos maiores países do continente americano, se passasse para o lado socialista, seria uma ameaça
enorme.
Se Cuba já incomodou tanto os EUA por ser um país socialista na América, imagine o que aconteceria se o
socialismo se instalasse também no Brasil?
Por outro lado, a perseguição ao PCB não acontecia apenas por obediência aos EUA. Nas duas aulas anteriores,
em que estudamos a Era Vargas, já vimos que muitas lideranças no Brasil eram avessas ao Socialismo.
E você deve se recordar de que boa parte da população brasileira concordava com eles, certo? No momento que
estamos estudando agora, a situação não havia mudado muito.
Agora vamos conhecer melhor o primeiro governo do Período Democrático, quando ocorreu a proibição do PCB,
a respeito da qual acabamos de falar.
Saiba mais
Outra forma de disputa era o envolvimento em conflitos externos, em que cada um dos líderes
mundiais adotava um grupo/ exército, na esperança de que o vencedor aderisse ao seu bloco.
- -7
4 O governo Dutra (1946-1950)
Você se lembra do fim da aula 2? Lá, pudemos perceber que o término do Estado Novo representou o retorno das
instituições democráticas ao país. Com a volta do pluripartidarismo, a população brasileira poderia novamente
escolher seus representantes.
Eurico Gaspar Dutra se candidatou pelo Partido Social Democrático (PSD), associado ao Partido Trabalhista
Brasileiro (PTB).
É importante lembrar que esses partidos foram criados quando Getúlio ainda estava no poder e que ambos
representavam as ideias do líder do Estado Novo.
- -8
O candidato Dutra não era muito carismático, como Getúlio. Porém, foi beneficiado pelas relações que os
partidos tinham com o ex-Presidente.
Logo, podemos concluir que,mesmo não estando na disputa oficialmente, Vargas ainda contava com o apoio da
maior parte da população.
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O Presidente Dutra teve uma administração que poderíamos considerar "morna", sem grandes sobressaltos.
Apesar da promessa de um grande desenvolvimento para o país, no plano econômico o governo foi marcado pela
abertura do mercado nacional aos produtos estrangeiros.
Tal postura liberal, que contrariava as propostas de seu partido, também foi responsável pela atração de
empresas internacionais, que se instalaram aqui.
A Carta não trazia grandes novidades em relação à de 1934. Como temos afirmando ao longo de nossas aulas,
sempre que há mudanças políticas, ocorrem alterações na Constituição.
Neste caso, podemos considerar que se dava uma nova oportunidade para que a democracia fosse, de fato,
exercida. Afinal, como você deve se lembrar, a Constituição de 1934 havia sido praticamente anulada pela
instabilidade política que antecedeu o Golpe do Estado Novo, em 1937.
Entre as garantias constitucionais da nova Carta, estava a igualdade de todos os cidadãos perante a lei, a
liberdade de associação, o abrandamento da Censura (que permaneceu sendo aplicada apenas com fins morais,
sobretudo no ramo do entretenimento) e a liberdade de manifestação religiosa.
Este último item era de fato uma novidade, sobretudo para as religiões afro-brasileiras, que haviam sido
fortemente perseguidas durante o Estado Novo.
No plano político, apesar do clima democrático, Dutra se mostrou bastante conservador e autoritário. Além da
proibição ao PCB, vale destacar também o fechamento de sindicatos e lideranças contrárias ao governo.
Como vimos, esses desmandos podem ser explicados (mas não justificados) pelo contexto da Guerra Fria.
Quando o mandato de Dutra chegou ao fim, poucos brasileiros poderiam imaginar as surpresas que a História
reservava ao país. Afinal, Getúlio Vargas voltaria ao poder, dessa vez com o aval da população.
Saiba mais
Apesar de contrária às ideias do partido pelo qual se elegeu, essa postura está de acordo com
as escolhas diplomáticas do Presidente. Afinal, em plena Guerra Fria, aderir ao liberalismo,
abrindo as portas do país para a exploração capitalista, era uma espécie de reforço da adesão
ao domínio norte-americano, certo?
Entre os fatos principais de seu mandato estão:
• A construção de duas rodovias, uma ligando o Rio a São Paulo (chamada Via 
Dutra, em sua homenagem) e a outra, o Rio à Bahia;
• A proibição dos jogos de azar no Brasil, acabando com a tradição dos cassinos. 
Entre os mais famosos estava o da Urca, no Rio de Janeiro, que tinha sido palco 
de grandes estrelas da década de 1940, como Carmem Miranda;
• A promulgação de nova Constituição, em 1946.
•
•
•
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Seriam quatro anos muito agitados e marcantes, com um final violento, digno de um romance ou de uma novela.
É isso que veremos a seguir.
Figura 1 - Carmen Miranda e o Bando da Lua em apresentação no Cassino da Urca
5 O segundo governo Vargas (1951-1954)
Nas eleições de 1950, Vargas veio como candidato pelo PTB. Como já vimos, Dutra, candidato do PSD, também
tivera apoio do PTB, tendo sido ajudado pela “sombra” da memória de Getúlio. Agora, era o próprio ex-
Presidente que voltava ao cenário político.
Por que, em plena democracia, a população brasileira elegeu um ex-ditador?
Para responder a essa questão, você precisa se ater a dois detalhes:
O primeiro se refere à imagem de Vargas construída durante o Estado Novo.
Precisamos recordar que não era a postura autoritária o ponto enfatizado, mas a identificação do líder com a
massa de trabalhadores.
Ele era o “pai dos pobres”, lembra?
Saiba mais
A política econômica desse presidente foi uma espécie de reforço de suas escolhas
diplomáticas em plena Guerra Fria. Logo, é importante entender que a postura de Getúlio era
ambígua, como se ele procurasse estar em cima do muro. Ou melhor, em cima da “cortina de
ferro” que dividia o mundo em dois blocos.
Em termos gerais, o Presidente procurou manter tal equilíbrio ao longo de seu mandato. Na
- -11
O segundo está ligado à campanha de 1950.
Mais uma vez, Vargas investiu em uma reelaboração de sua imagem pública, agora associada à democracia.
Para compreender melhor essa relação, você pode ouvir Retrato do velho, uma marchinha do Carnaval de 1951,
data em que começava o mandato democrático de Vargas:
Nela, o autor Haroldo de Campos brinca com a imagem do Presidente: “Bota o retrato do velho outra vez/ Bota
no mesmo lugar/ O sorriso do velhinho/ Faz a gente trabalhar”.
O fato de incentivar a volta do retrato para o mesmo lugar aponta para uma continuidade em relação ao Estado
Novo, quando a imagem de Getúlio estava presente praticamente em todos os lugares, certo?
Contudo, o uso do adjetivo “velhinho” soa como uma novidade. Você consegue imaginar qual seja?
O termo “velhinho”, por estar no diminutivo, simboliza afeto. Porém, também pode significar ausência de
ameaça. Afinal, um “velhinho” não poderia fazer mal a ninguém, concorda?
Em termos gerais, o Presidente procurou manter tal equilíbrio ao longo de seu mandato. Na
área econômica, contudo, as escolhas tenderam ao nacionalismo. Deste modo, seguindo o
raciocínio que construímos anteriormente, Vargas havia optado pela esquerda.
Não que houvesse uma aproximação declarada pela URSS. Tratava-se, mais precisamente, de
uma escolha que “cheirava” a Socialismo.
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Uma vez eleito, Getúlio procurou realizar uma aliança entre nacionalistas e liberais. Os primeiros, representados
pelo PTB e pelo PSD, acreditavam no fechamento da economia e no incentivo da indústria local, sob a tutela do
Estado.
Os outros, representados pela UDN, acreditavam no oposto: na abertura ao capital estrangeiro e na livre
iniciativa, exatamente como Dutra havia feito.
6 Criação da Petrobras e da Eletrobras
A criação da Petrobras, uma empresa estatal, representou a vitória da campanha e da visão do governo. Claro
que os conservadores não gostaram.
O mesmo pode ser dito da Eletrobras, criada para explorar a energia elétrica. Além disso, o ministro do Trabalho,
João Goulart (apelidado de Jango), propôs um aumento de 100% do salário mínimo, o que desagradou
sobremaneira aos empregadores e aos liberais.
Saiba mais
Carlos Lacerda, jornalista e político ligado à UDN, começou, então, uma campanha aguerrida
pela deposição de Vargas, tornando-se seu principal adversário político.
No início de agosto de 1954, ocorreu um atentado frustrado à vida de Lacerda. O major Vaz,
que o acompanhava, foi morto. Diante do incidente, o jornalista passou a acusar o governo pela
tentativa de assassinato.
Em 8 de agosto, o chefe da guarda pessoal do Presidente, Gregório Fortunato, assumiu ser o
mandante do crime.
A comoção foi imensa, sendo exatamente do que Lacerda precisava para aumentar a pressão
contra o governo de Getúlio. Era mais do que certo que Vargas precisaria renunciar.
Em 24 de agosto, porém, o Presidente daria outro desfecho a essa história. Em seu quarto, no
Palácio do Catete, ele se suicidou com um tiro no peito.
Deixava uma “Carta Testamento”, em que alegava que uma campanha internacional estava
armada contra o povo brasileiro, de quem ele era o defensor. Terminava com uma afirmação
que ficaria famosa: “[...] saio da vida para entrar na História”.
De fato, depois de termos estudado os governos de Getúlio nas aulas 1 e 2, e continuarmos
tratando de sua pessoa nesta aula, não temos como dizer que ele estava equivocado, certo?
Desse modo, não temos dúvidas de que o seu lugar na História foi garantido. Resta decidir que
lugar seria esse.
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7 Artes nas décadas de 1940 e 1950
Na , tivemos a oportunidade de verificar como as artes foram tratadas durante o Estado Novo. Você seaula 2
lembra?
Vimos que os modernistas haviam tido a preferência do governo, conseguindo se desenvolver e consolidar.
O teatro moderno também teve sua “estreia” na década de 1940, ganhando o respeito da crítica e do público.
Que tal saber um pouco mais sobre o queestava acontecendo na década seguinte?
Os anos 1950 ainda foram marcados pela atuação dos modernistas em diversas áreas. Na pintura e na poesia,
surgiu o Movimento Concreto.
Considerado tão modernista quanto o que se fazia antes, poderia ser distinguido pela busca de um formalismo
mais radical.
Em pintura, isso se manifestou pela utilização de figuras geométricas e cores básicas. Na poesia, pela repetição
de palavras, com vistas a criar sentidos tanto através dos significados quanto das imagens. Observe as imagens
abaixo.
Você consegue perceber como, tanto no cartaz quanto no poema, a disposição geometrizada das formas é
fundamental para a criação do sentido?
No cartaz, é a combinação das cores e das linhas que gera sensações em quem observa a imagem. Mesmo que
não haja interesse em mostrar algo (uma paisagem ou uma face, por exemplo) não podemos dizer que esse tipo
de arte seja destituído de intenções: ainda se busca causar sensações que causem alguma reação.
Da mesma maneira, o poema, sem ser narrativo, não carece de um sentido.
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Você observou, por exemplo, que o jogo entre os significados das palavras e sua disposição no espaço conduz o
olhar de quem contempla o poema?
Assim, de um slogan publicitário, “beba coca cola”, nossos olhos seguem até o fim do sistema digestório das aves,
a “cloaca”. Interessante, não?
Tal tendência esteve muito forte em outas áreas da cultura, como o design – que começava a se desenvolver
nesse momento –, a propaganda e a música.
A referência à Primeira Bienal de São Paulo, através do cartaz exibido anteriormente, não foi coincidência. Esta
cidade, que até a década anterior tivera que pagar pela Revolução Constitucionalista (1932), agora crescia e
aparecia.
Esse crescimento se dava no ramo industrial, por certo, mas também nas artes e na arquitetura.
Devem ser destacados nessa ebulição cultural: a fundação dos estúdios de cinema Vera Cruz e do Teatro
Brasileiro de Comédia (TBC), o parque modernista do Ibirapuera, o Museu de Artes de São Paulo (MASP) e a
primeira emissora de televisão do país – a TV Tupi.
Apesar do sucesso de São Paulo, a arte não se desenvolvia somente lá. Outra cidade a se destacar era a capital, o
Rio de Janeiro.
É interessante observar que, enquanto São Paulo investia em um tipo de arte considerada refinada, o Rio ficava
no entretenimento popular, como o teatro de revista.
Contudo, não é por assumir uma forma mais acessível que uma manifestação artística deixa de ter valor, não é?
A produção cinematográfica é um bom exemplo. Os estúdios Vera Cruz, de São Paulo, procuravam imitar a
infraestrutura de Hollywood, produzindo dramas sérios e sofisticados. Por isso, foram bastante elogiados e
incentivados na década de 1950.
Por outro lado, a Atlântida, localizada no Rio e especializada em comédias populares (chanchadas), era muito
criticada.
Será que, nessas comédias, não havia nada de positivo? Que tal tirar suas próprias conclusões?
8 O Governo de Juscelino Kubitscheck (1956-1960)
O suicídio de Vargas causou uma comoção nacional. Muitas pessoas, que já começavam a concordar com Lacerda
sobre a necessidade da renúncia, mudaram radicalmente de opinião.
- -15
A partir daquele momento, Getúlio voltava a ser o “pai” que os brasileiros acabavam de perder.
Como o Presidente escrevera em sua carta-testamento, saía da vida para entrar na História. E em grande estilo:
um cortejo gigantesco seguiu seu corpo, enquanto o patrimônio da “Tribuna da Imprensa”, o jornal de Lacerda,
era depredado. O próprio Lacerda teve que se esconder, para não sofrer represálias.
As agitações que se seguiram ao suicídio não cessaram logo, havendo muitos rumores de tentativas de golpe por
parte da UDN. Pouco mais de um ano depois, Juscelino Kubitschek (JK) venceu as eleições presidenciais, tendo se
candidatado pela coligação PSD-PTB (apoiada por uma frente ampla de esquerda).
Porém, Carlos Lacerda entraria em cena mais uma vez. Agora, tentaria impedir a posse de JK, pois este não havia
vencido por ampla maioria, o que não era exigido pela Constituição. Tratava-se, claramente, de um pretexto.
- -16
Por trás desta desculpa residia o receio diante das tendências esquerdistas, não tanto de JK, mas do vice, João
Goulart (Jango).
Para entendermos este temor, é importante recordarmos que Jango tinha sido o Ministro do Trabalho de Vargas,
o mesmo que propusera o aumento de 100% do salário mínimo. Para completar a situação, o PCB, ainda na
ilegalidade, havia apoiado a candidatura da dupla.
A intenção golpista de Lacerda, sustentada por parte das Forças Armadas, foi sufocada por um contragolpe do
ministro da Guerra, Marechal Lott, em novembro de 1955. Os eventos envolveram bombardeios, navios de
guerra e o impeachment (renúncia involuntária) de Café Filho.
Um estado de sítio se instaurou até a posse de JK, em 31 de janeiro de 1956.
Em meio a essa confusão, o cinema brasileiro também passava por uma fase difícil. O filme (NelsonRio, 40 graus
Pereira dos Santos, 1955), considerado o inaugurador do cinema moderno brasileiro, foi proibido pelo Chefe de
Segurança Pública da capital.
O motivo? O envolvimento do cineasta com o PCB e a opção, segundo ele ofensiva, por filmar nas favelas cariocas.
O diretor teve amplo apoio, inclusive internacional, e seu filme conseguiu estrear em 1956.
Você não acha curioso que, em pleno Período Democrático, haja tantas ameaças à democracia? Já percebeu que
as liberdades política e de expressão sempre esbarravam nas ideologias de esquerda?
Ou seja, os brasileiros eram livres, desde que não escolhessem o socialismo, o comunismo ou qualquer outra
ideologia que defendesse os trabalhadores.
- -17
9 Mandato de JK
Agora vamos falar sobre o mandato de JK, que foi bastante marcante. O slogan da campanha era “Cinquenta anos
em cinco”, ou seja, 50 anos de progresso em cinco de governo.
- -18
Para tanto, foi elaborado um plano de metas de desenvolvimento, incluindo as áreas de transporte, energia,
alimentação, indústria de base e educação. Além disso, JK prometeu construir uma nova capital para o país, a
mesma que já constava na Constituição de 1891: Brasília.
Apesar da presença do Jango no governo, as opções econômicas de JK foram bastante liberais. Ou seja, no lugar
de incentivo ao desenvolvimento da indústria nacional, abriu o país para a entrada de indústrias de produção de
bens de consumo, de capital estrangeiro ou misto.
Com isso, JK pretendia fazer uma política de “substituição de importações”, permitindo aos brasileiros comprar
os produtos feitos no país, aumentando assim nossas reservas de dólar. Para possibilitar que o ciclo se fechasse,
o governo facilitou o crédito financiado, incentivando o consumo.
Um dos resultados dessas opções foi a adoção do “american way of life” (estilo de vida americano), bastante
divulgado pelo cinema e pelas revistas ilustradas. Pelo menos desde a década de 1920 que esses veículos já
ditavam moda, mas nos anos 1950 vivenciamos o auge dessa influência.
A facilitação da compra de eletrodomésticos (geladeiras, TVs, aparelhos de som) e de carros fez com que a classe
média, principalmente, passasse a consumir avidamente esses produtos.
Outra marca dos anos JK, e que podemos verificar em nosso país ainda hoje, é a opção pelo transporte
rodoviário. Enquanto outros países contam com uma malha ferroviária bem desenvolvida, incluindo os metrôs, o
nosso é atravessado por rodovias.
Péssima escolha, não é? Afinal, ainda hoje sofremos com a poluição, os engarrafamentos e o alto custo de
manutenção de carros e ônibus. Mas, assim como na década de 1950, a indústria automobilística lucrou bastante.
10 Brasília
Brasília é considerada o grande feito de JK. Localizada em pleno Planalto Central, praticamente um deserto, é
comum se perguntar: por que será que foi escolhido um lugar tão inóspito? Justamente para que ele deixasse de
ser!
O raciocínio é o seguinte: levando a capital para o interior do país, muitas pessoas passariam a ter que
frequentaressa região, claro. Logo, dois objetivos eram atingidos ao mesmo tempo: a ocupação do interior do
Brasil e a construção de mais rodovias.
Outro trunfo da nova capital era o estilo modernista em que estava sendo construída. Como vimos antes, o
Modernismo continuava a ser valorizado, tanto nas artes em geral como na arquitetura.
- -19
Os idealizadores de Brasília foram Oscar Niemeyer e Lúcio Costa, que haviam projetado o Palácio Capanema, o
primeiro edifício modernista da América Latina, como vimos na aula 2. Isto, obviamente, contava pontos para JK,
que adotara o Modernismo como marca registrada de sua atuação, ainda quando governava Minas Gerais.
Depois da construção de Brasília
Brasília funcionou como um grande símbolo do período que estamos estudando. Por um lado, era uma cidade
modernista construída em um espaço inóspito, o que causava uma ótima impressão.
Por outro, sua construção atraiu milhares de trabalhadores pobres, vindos sobretudo da região nordeste.
Esses homens e suas famílias, fugindo da seca e da fome, permaneceram no entorno da capital, com a esperança
de conseguir bons empregos. As cidades-satélites em que eles se instalaram logo se tornariam áreas de pobreza
extrema.
Enfim, a promessa de que o Brasil chegara ao futuro era falsa: poucos itens do Plano de Metas foram atingidos. A
inflação e a dívida externa tinham subido. Mas, em 1960, quando a nova capital foi inaugurada, os brasileiros não
queriam pensar nisso.
JK foi batizado de “Presidente Bossa Nova”, uma referência ao novo ritmo surgido no fim dos Anos 1950. Era um
elogio bastante adequado, pois, como vimos no início desta aula, ser “Bossa Nova” significava ser moderno e
sofisticado, mas também superficial.
- -20
11 O governo de Jânio Quadros (1961)
- -21
Terminada a fase JK, que destino teria o Brasil? Em 1960, Jânio Quadros foi eleito para a presidência, com a
maior votação que o Brasil tivera até então. Diferente dos anteriores, Jânio não era do PSD ou do PTB, mas da
UDN.
Através de uma coligação com o Partido Democrata Cristão (PDC), finalmente a UDN elege um candidato. Para
vice, contudo, o PTB conseguiu eleger novamente João Goulart.
Embora conservador em termos políticos, Jânio mostrava-se aberto a uma renovação na forma de governar,
prometendo “varrer” a corrupção do Brasil. A letra da marchinha que acompanhava sua campanha dizia: “Varre,
varre, vassourinha/ Varre, varre a bandalheira...”.
O emblema da campanha era, justamente, uma vassoura de palha. Esta combinação entre a promessa de
renovação e certa ingenuidade política, que se refletia na maneira simples de vestir e falar, conquistou os
brasileiros.
Jânio foi o primeiro a governar em Brasília, embora boa parte da administração nacional ainda continuasse no
Rio.
Nos primeiros meses de seu mandato, Jânio Quadros surpreendeu a todos adotando roupas mais leves para ele e
para os funcionários, que logo receberam o apelido de “moda Bossa Nova”.
Por outro lado, Jânio tomou decisões controversas. Algumas envolviam questões menores do ponto de vista
político, como a proibição do uso de biquíni nos concursos de Miss. Outras foram interpretadas como um diálogo
perigoso com a esquerda, o que contrariou o partido que o elegeu: a UDN.
Em plena Guerra Fria, Jânio ousou se aproximar da URSS e de Cuba, recém-convertida ao socialismo. O
revolucionário Che Guevara, braço direito de Fidel Castro no governo de Cuba, veio ao Brasil para receber a
Ordem nacional do Cruzeiro do Sul, distinção de honra concedida pelo governo do Brasil a estrangeiros. Esta foi
considerada uma jogada ousada, que desagradou a muitos.
Saiba mais
Lacerda – sempre ele! - discursou em cadeia nacional, pelo rádio e pela TV, no dia 24 de agosto
de 1961, acusando Jânio de ser um golpista. Por coincidência – ou não – este tinha sido o dia
em que Getúlio se suicidara.
Jânio, por sua vez, não buscaria o mesmo fim. No dia seguinte, preferiu renunciar. Segundo
suas memórias, acreditava que o povo iria às ruas exigir a sua volta, o que nunca ocorreu.
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12 O governo de João Goulart (1961-1964)
Devido à renúncia, deveria assumir o vice, João Goulart. Se você está acompanhando a aula atentamente, já
percebeu que Jango, como era conhecido o novo Presidente, foi uma figura marcante do período.
Principalmente para os conservadores da UDN, que o viam como uma ameaça por suas convicções trabalhistas,
lidas como uma proximidade excessiva com a esquerda. Isso ocorreu desde o governo Vargas, quando era
ministro do Trabalho, passando pela vice-Presidência durante o governo JK.
Para piorar a situação, como parte da estratégia diplomática de Jânio, Jango estava em visita diplomática à China,
um país comunista! Você percebe a gravidade do fato?
Os ministros militares queriam vetar a posse do Presidente, considerado uma ameaça ao país. Leonel Brizola,
cunhado de Jango, lançou a “Campanha da Legalidade”, convocando a população a lutar pela manutenção das
instituições democráticas que garantiam a posse.
O Congresso propôs aos ministros uma solução intermediária: a adoção do parlamentarismo. Nesse sistema
político, não é o Presidente que governa, mas, sim, o Primeiro-ministro.
Desse modo, Jango permaneceu no poder, mas não o exerceu de fato até 1963, quando um plebiscito decidiu pela
volta ao Presidencialismo.
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Em seguida, o Presidente anunciou as Reformas de Base, que englobavam reforma agrária, bancária, tributária e
educacional. Em resumo, mostravam-se como uma confirmação das suspeitas dos mais conservadores, de que o
governo de Jango seria uma guinada à esquerda.
O anúncio das reformas veio ao encontro dos jovens intelectuais e artistas, que começavam a se envolver em um
movimento de renovação do país. Todos identificados com a esquerda, eles acreditavam que uma revolução
socialista era possível no país e que somente ela poderia corrigir as injustiças sociais.
Enquanto a Revolução não vinha, procuravam se aproximar dos “homens simples” do povo, considerados
verdadeiros reservatórios de brasilidade. Tal proposta ficou conhecida como nacional-populismo.
Em paralelo, ao longo do ano de 1963, surgiram algumas rebeliões nas Forças Armadas, criando uma situação
tensa para o governo. Havia rumores de que Jango preparava um Golpe de esquerda, junto com os baixos
escalões das Forças Armadas.
Para tentar contornar a situação, o Presidente procurou apoio entre os trabalhadores, muito esperançosos com
as reformas anunciadas.
Em 13 de março de 1964, ocorreu o Comício da Central do Brasil, no Rio de Janeiro. Cerca de 150 mil pessoas
compareceram em apoio ao Presidente.
13 Comício da Central
O Comício da Central foi considerado a gota d’água pelos conservadores, que já se articulavam para tirar o
Presidente do cargo.
Era um conjunto vasto de pessoas e instituições, que se uniram aos militares para arquitetar o Golpe, que
chegaria em 1º de abril de 1964. Jango não resistiu.
Os militares anunciaram que tomariam o poder apenas para manter a ordem e que logo restituiriam ao Brasil a
democracia.
Obviamente, a “ordem” significava a manutenção dos limites apresentados desde 1946: a democracia só seria
admitida se fosse mantida à distância das esquerdas.
Contudo, a história seria outra. Mais de 20 anos depois, o conjunto de civis e militares que arquitetou o Golpe
ainda estaria no poder.
Os brasileiros ainda não sabiam, mas o Período Democrático havia, realmente, acabado.
Saiba mais
Consulte a página referente ao Presidente Dutra no site da Biblioteca da Presidência da
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O que vem na próxima aula
Na próxima aula, você vai estudar:
• O papel da Imprensa no Brasil entre 1946 e 1964;
• As características dos principais jornais e revistas do período;
• Os limites da democracia no exercício do Jornalismo.
CONCLUSÃO
Nesta aula, você:
• Aprendeu o conceito de populismo;
• Analisou a inserção do Brasil no cenário internacional durante a Guerra Fria;
• Conheceu os principais aspectos dos governos do Período Democrático.
ReferênciasBRASIL ESCOLA. Concretismo. Disponível . Acesso em 17 jan. 2014.aqui
CARTA MAIOR. São Paulo: Carta Maior Publicações, Promoções e Produções Ltda. Os 45 anos do comício da
Central do Brasil. Disponível . Acesso em 17 jan. 2014.aqui
DANNEMANN, Fernando K. 1956 – A construção de Brasília. Disponível . Acesso em 17 jan. 2014.aqui
FAIRBANKS. Curiosidades históricas paulistas. Disponível . Acesso em 17 jan. 2014.aqui
Getúlio Vargas: campanha “O petróleo é nosso”. Disponível . Acesso em 17 jan. 2014.aqui
Consulte a página referente ao Presidente Dutra no site da Biblioteca da Presidência da
República. Disponível aqui. Acesso em 17 jan. 2014. http://www.biblioteca.presidencia.gov.br
/ex-presidentes/gaspar-dutra
Assista à minissérie “Agosto” (Paulo José, 1993) e conheça uma representação audiovisual do
governo democrático de Vargas.
Se preferir, leia o romance Agosto, de Rubem Fonseca (que deu origem à minissérie).
Para saber mais sobre o presidente Juscelino Kubitschek, visite a página do Memorial JK:
Acesse aqui. Acesso em 17 jan. 2014. http://www.memorialjk.com.br
Assista ao documentário Jango (Silvio Tendler, 1984) e reflita sobre sua trajetória política.
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GOMES, Angela de Castro. A política brasileira em busca da modernidade: na fronteira entre o público e o
privado. In: SCHWARCZ, Lilia Moritz (org.). História da vida privada no Brasil: contrastes da intimidade. Vol. 2,
Rio de Janeiro: Record, 2001. p. 546.
INFOESCOLA. Guerra Fria. Disponível . Acesso em 17 jan. 2014.aqui
LACERDA, Antônio Corrêa; et. al (org.). Economia brasileira. 3. ed. São Paulo: Saraiva, 2003. Cap.: Anos 1950:
Getúlio Vargas e o desafio da indústria pesada; cap.: Plano de Metas de Juscelino Kubitschek: planejamento
estatal e consolidação do processo de substituição de importações.
MANGA, Carlos, 1953. Nem Sansão nem Dalila. Disponível . Acesso em 17 jan. 2014.aqui 
SARMENTO CAMPOS. RÁDIO ESCUTA E DX. Leonel de Moura Brizola (22/01/1922 - 21/06/2004): homenagem
ao estadista, lutador incansável da causa e interesse do povo brasileiro. Disponível . Acesso em 17 jan. 2014.aqui
VEJA. São Paulo: Abril. A saga da construção. Disponível . Acesso em 17 jan. 2014.aqui

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