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PRÁTICA CONSTITUCIONAL - AV1

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ARTHUR DA CUNHA DIAS JUNIOR – MAT.: 201602088136
PRÁTICA CONSTITUCIONAL - AV1
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DA XXX VARA FEDERAL DO RIO DE
JANEIRO / RJ
PEDRO DA SILVA, brasileiro, estado civil, profissão, com a identidade nº xxx,
inscrito no CPF sob o nº xxx, residente na rua xxx, com endereço eletrônico xxx,
representado por seu advogado inscrito na OAB/RJ sob nº xxx, consoante procuração
anexo, e-mail xxx, e com escritório profissional no endereço xxx, local indicado para
receber de intimações, vem respeitosamente à presença de Vossa Excelência impetrar:
AÇÃO POPULAR COM PEDIDO DE TUTELA DE URGÊNCIA
Em face de AUTARQUIA FEDERAL A, na qualidade de pessoa jurídica em nome
da qual foi praticado o ato impugnado, PRESIDENTE DA AUTARQUIA A, representado
em juízo pela procuradoria, com sede na (endereço completo), na qualidade de
pessoa jurídica em nome da qual foi praticado o ato impugnado; MINISTRO DO
ESTADO, cujo ministério possui endereço (endereço completo); PRESIDENTE DA
COMISSÃO DE LICITAÇÃO; na sede da Autarquia supracitada; MULTINACIONAL M,
pessoa jurídica de direito privado, (CNPJ), (endereço completo) e DIRETOR
EXECUTIVO, encontrado na sede (endereço completo), pelos seguintes fatos e
fundamentos aduzidos.
1- DOS FATOS
Após receber denúncia de irregularidades em contratos administrativos celebrados
pela Autarquia Federal A, que possui sede no Rio de Janeiro, o Ministério Público Federal
determina a abertura de inquérito civil e penal para apurar os fatos. Neste âmbito, são
colhidas provas robustas de superfaturamento e fraude nos quatro últimos contratos
celebrados por esta Autarquia Federal, sendo certo que estes fatos e grande parte destas
provas acabaram divulgados na imprensa. 
Assim é que o autor, indignado, procura se inteirar mais sobre o acontecido, e
acaba ficando ciente de que estes contratos foram realizados nos últimos 2 (dois) anos
com a multinacional M e ainda estão em fase de execução. Mas não só. O autor obtém,
também, documentos que comprovam, mais ainda, a fraude e a lesão, além de
evidenciarem a participação do presidente da Autarquia A, de um Ministro de Estado e do
presidente da comissão de licitação, bem como do diretor executivo da multinacional M. 
Diante deste quadro, o autor, que é eleitor regular e ativo do Município do Rio de
Janeiro/RJ, indignado com o descaso pela moralidade administrativa na gestão do
dinheiro público, pretende mover ação judicial em face dos envolvidos nos escândalos
citados, objetivando desfazer os atos ilegais, com a restituição à Administração dos
gastos indevidos, bem como a sustação imediata dos atos lesivos ao patrimônio público.
2- DO DIREITO 
2.1- DO CABIMENTO 
No presente caso está claro a legitimidade do autor para ingressar com a presente
demanda e ainda conforme preceitua o art. 1º, parágrafo 3º da lei 4717/65:
Art. 1º Qualquer cidadão será parte legítima
para pleitear a anulação ou a declaração de
nulidade de atos lesivos ao patrimônio da
União, do Distrito Federal, dos Estados, dos
Municípios, de entidades autárquicas, de
sociedades de economia mista (Constituição,
art. 141, § 38), de sociedades mútuas de
seguro nas quais a União represente os
segurados ausentes, de empresas públicas, de
serviços sociais autônomos, de instituições ou
fundações para cuja criação ou custeio o
tesouro público haja concorrido ou concorra
com mais de cinquenta por cento do
patrimônio ou da receita ânua, de empresas
incorporadas ao patrimônio da União, do
Distrito Federal, dos Estados e dos Municípios,
e de quaisquer pessoas jurídicas ou entidades
subvencionadas pelos cofres públicos.
§ 3º A prova da cidadania, para ingresso em
juízo, será feita com o título eleitoral, ou com
documento que a ele corresponda.
 e ainda art. 5º, LXXIII, da CF:
Art 5º (…) LXXIII - qualquer cidadão é parte
legítima para propor ação popular que vise a
anular ato lesivo ao patrimônio público ou de
entidade de que o Estado participe, à
moralidade administrativa, ao meio ambiente e
ao patrimônio histórico e cultural, ficando o
autor, salvo comprovada má-fé, isento de
custas judiciais e do ônus da sucumbência;
2.2 - DOS ATOS QUE ATENTAM CONTRA A MORALIDADE ADMINISTRATIVA.
É importante observar que os contratos firmados, em razão do superfaturamento,
afrontam a moralidade administrativa e a legalidade, apresentando grande lesividade para
o patrimônio público, conforme Art. 3º e Art. 4º, III, c, ambos da Lei nº. 4.717/65.
Art. 3º Os atos lesivos ao patrimônio das
pessoas de direito público ou privado, ou das
entidades mencionadas no art. 1º, cujos vícios
não se compreendam nas especificações do
artigo anterior, serão anuláveis, segundo as
prescrições legais, enquanto compatíveis com
a natureza deles.
Art. 4º, III, c) a concorrência administrativa for
processada em condições que impliquem na
limitação das possibilidades normais de
competição.
3 – JURISPRUDÊNCIA 
0000010-29.2012.8.19.0031 - APELAÇÃO
1ª Ementa
Des(a). SIRLEY ABREU BIONDI - Julgamento: 21/07/2021 - DÉCIMA TERCEIRA
CÂMARA CÍVEL
 
Ação popular. Alegação de ausência de motivação idônea, superfaturamento e desvio de
finalidade na dispensa de licitação promovida e homologada pelo então Secretário
Municipal de Segurança do Município de Maricá. Contrato de locação com particular.
Pedido de declaração de nulidade do contrato, bem como a condenação dos
responsáveis, para que restituam ao Município, o valor indevidamente pago. Requisitos
da Lei 4.717/65 devidamente preenchidos. Ação civil pública por ato de improbidade,
conexa (processo no. 0000022-43.2012.8.19.0031), visando à apuração de prejuízo ao
erário. Sentença de procedência, anulando-se o contrato desde a data inicial e
condenando-se a parte ré ao pagamento de honorários advocatícios fixados em
R$1.000,00. Insurgência do autor, quanto aos honorários. Apelo do 2º réu, quanto à
declaração de nulidade. Dispensa de licitação. Inteligência do art. 24, X, da Lei 8666/93,
sendo dispensada a licitação "para a compra ou locação de imóvel destinado ao
atendimento das finalidades precípuas da administração, cujas necessidades de
instalação e localização condicionem a sua escolha, desde que o preço seja compatível
com o valor de mercado, segundo avaliação prévia". Requisitos para a dispensa não
demonstrados. Prova pericial ( nos autos do processo apensado), no sentido de que o
valor do aluguel foi superfaturado. Imóvel que ficou sem utilização durante meses, mesmo
depois de locado, o que evidencia a ausência de finalidades precípuas da Administração a
serem atendidas. Desvio de finalidade evidenciado. Imóvel locado para servir à Secretaria
de Segurança, vindo a ser utilizado, meses depois, pela Secretaria de Transportes.
Desperdício de dinheiro público. Controle da legalidade e constitucionalidade pelo
Judiciário. Possibilidade. Honorários fixados em atenção aos parâmetros dispostos no §8º
do art. 85 do CPC/2015. Sentença mantida em seus integrais termos. DESPROVIMENTO
DOS RECURSOS.
 
INTEIRO TEOR
Íntegra do Acórdão - Data de Julgamento: 21/07/2021 - Data de Publicação: 23/07/2021
(*)
4- DA CONCESSÃO DE LIMINAR
A Fundamentação do pedido de Liminar (art. 5º, § 4º da Lei nº 4717/65) para sustar
quaisquer atos das licitações cujo objeto atenderão às despesas objeto desta ação
popular, bem como a sustação de qualquer ato que se digne a pagar tais despesas com
recursos públicos;
art. 5º, § 4º Na defesa do patrimônio público
caberá a suspensão liminar do ato lesivo
impugnado. 
Diante dos fatos, por tudo que fora explanado, não restam dúvidas de que a
concessão de liminar é medida extremamente necessária.
É expressamente previsto na Lei nº. 7.347/85 queregula a matéria procedimental
da ação civil pública, em seu 12º artigo há a proposição da medida liminar, ante a
eventual necessidade de tutela instrumental ao objeto da tutela jurisdicional principal, de
cunho cognitivo, garantido a efetividade e utilidade desta.
A tutela de urgência prevista no artigo 305 do Código de Processo Civil de 2015
requer além das condições comuns da ação, condições específicas, ou seja, a presença
da “fumus boni juris” e do “periculum in mora”.
Art. 305. A petição inicial da ação que visa à
prestação de tutela cautelar em caráter
antecedente indicará a lide e seu fundamento, a
exposição sumária do direito que se objetiva
assegurar e o perigo de dano ou o risco ao
resultado útil do processo.
Sendo assim, na presente demanda, encontram-se perfeitamente presentes, a
“fumaça do bom direito” e o “perigo da demora”, pelo exponencial risco de atos lesivos ao
patrimônio público.
5- DOS PEDIDOS 
Ante o exposto, requer a Vossa Excelência: 
a) a concessão inaudita altera pars de medida liminar para a suspensão dos contratos
administrativos superfaturados; 
b) a declaração de nulidade dos contratos administrativos superfaturados como pedido
principal.
c) a condenação dos responsáveis ao ressarcimento dos danos causados;
6 – DAS PROVAS
Requer a produção de todas as provas em direito admitidas, em especial a prova
documental, testemunhal e depoimento pessoal.
7 – DO VALOR DA CAUSA
Dá-se à causa o valor de R$ xxx.
Termos em que, pede deferimento
Local, Data
Advogado
OAB/UF

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