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Materiais Betuminosos

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Conceito 
Denominação genérica para materiais 
cimentícios naturais (forma de lama e 
rochas) ou manufaturadas, pelo processo 
de pirogênese (destilação do petróleo), de 
cor preta ou escura. 
Apresenta-se no estado sólido, semissólido 
ou viscoso (consistência variável), e é 
formado por hidrocarbonetos pesados. 
Aplicado na pavimentação rodoviária, 
impermeabilização, certos tipos de tintas e 
isolamentos elétricos. 
Características 
 Aglomerante e alta força adesiva – é 
um material aglomerante como o 
cimento ou a cal, podendo formar 
argamassas e concretos, sem a 
necessidade de adição de água para 
sua reação de endurecimento. 
 Termoplástico – grande sensibilidade a 
temperatura, funde e se solidifica 
facilmente. 
 Hidrófugo – repele água, possui estado 
físico oleoso e com densidade menor 
que a água, portanto não se dissolve 
nela. 
 Inerte – quimicamente é considerado 
um material inerte, pois não reage 
com a maioria dos materiais de 
construção como o cimento, cal, 
madeira, ferro, cerâmica. 
 Custo baixo – é acessível devido ao 
baixo custo por ser subproduto de 
outros materiais como gasolina, óleo e 
outros; 
 Peso específico – 1 a 1,2 kg/dm³. 
 Baixo ponto de fusão – é bastante 
sensível ao calor. Sólido entre 0 °C e 10 
°C, viscoso de 10 a 50 °C, fluido acima 
de 50 °C e quebradiço abaixo de 0 °C. 
 Envelhecimento – envelhece 
rapidamente quando exposto ao ar 
livre, principalmente sob calor. 
Ocasionando uma perda das 
propriedades características, 
principalmente plasticidade, devido a 
oxidação e evaporação dos 
constituintes que conferem a 
plasticidade. 
 Inflamável – propaga o fogo com 
facilidade, apresentando uma fumaça 
espessa e escura. 
 Muito plástico – molda-se sob 
pequenas pressões. 
 É mau condutor de calor, eletricidade 
e som. 
Obtenção 
Formação do petróleo – petróleo é um 
composto formado pela transformação de 
matéria orgânica de origem animal e 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
e vegetal soterrados a milhões de anos em 
ambientes aquáticos. Com a contínua 
deposição de sedimentos no fundo, a 
pressão e a temperatura sobre esta 
matéria orgânica irá aumentar, 
ocasionando na quebra de suas ligações 
químicas. Surgindo os hidrocarbonetos. 
Refino do petróleo – é o conjunto de 
processos que separa os hidrocarbonetos 
sem alterar sua constituição original. 
O mais antigo processo de refino, é a 
destilação direta. O petróleo, após ser 
extraído da natureza, passa por 
decantação e filtração. 
Depois disso é transportado para as 
refinarias, conduzido a uma torre e 
fracionado através de aquecimento (340 
°C) em tanques apropriados, onde os 
componentes são vaporizados e separados, 
dando origem a vários subprodutos, esse 
processo é denominado de destilação 
fracionada. O asfalto é obtido através do 
resíduo mais pesado, que é separado por 
uma unidade de destilação a vácuo. 
A qualidade do petróleo é medida pela sua 
densidade, quanto menos denso maior sua 
qualidade. 
O betume é subdividido em duas 
categorias: asfalto e alcatrão. 
Asfalto 
É um material cimentício de cor marrom 
escuro a preto, termoviscoplástico, 
impermeável a água, pouco reativo, 
constituído por mistura de 
hidrocarbonetos derivados do petróleo de 
forma natural ou por destilação, cujo 
principal componente é o betume. 
Quase todo asfalto usado atualmente é 
obtido do processamento do petróleo 
bruto em refinarias. No Brasil, esse 
trabalho é realizado pela Petrobras. 
Emulsões Asfálticas 
Trata-se de uma emulsão óleo-agua, 
constituída de glóbulos de asfalto 
produzidos por ação mecânica. O uso da 
emulsão consiste em provocar a ruptura 
do equilíbrio instável da mistura óleo-
agua, deixando os glóbulos livres para se 
reunirem, resultando na reconstituição do 
asfalto residual, que deverá ser igual ao 
original antes da emulsificação. 
Essa ruptura pode ocorrer por 
evaporação da água, desequilíbrio 
eletroquímico ou pela ação do material em 
contato com a emulsão. No Brasil é 
produzido (classificado) as emulsões de 
acordo com a estabilidade ou tempo de 
ruptura: 
Ruptura rápida (RR) – pintura de ligação, 
imprimação, tratamentos superficiais, 
macadame betuminoso. 
Ruptura média (RM) – pré-misturado a 
frio. 
Ruptura lenta (RL) – estabilização dos 
solos e preparo de lama asfáltica. 
Asfalto Diluído de Petróleo (ADP) 
É produzido pela adição ao asfalto de um 
solvente volátil, obtido do próprio 
petróleo. O solvente serve apenas para 
baixar a viscosidade e permitir o uso a 
temperatura ambiente. 
Usados na etapa intermediaria da 
pavimentação, conhecida como 
imprimação. No Brasil é classificado de 
acordo com o tempo de cura, ou seja, a 
velocidade de evaporação do solvente. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Cura rápida (CR) – solvente é a gasolina 
ou nafta; 
Cura média (CM) – solvente é o 
querosene. 
Cura lenta (CL) – solvente é o óleo. 
Asfalto Modificado por Polímero 
(AMP) 
Surge da necessidade de melhorar as 
propriedades dos ligantes, a fim de que 
haja maior adesão aos agregados, menor 
suscetibilidade térmica em faixas de 
serviços dos pavimentos e obter ainda 
recuperação elástica, possibilitando ao 
pavimento estender sua vida útil. 
Asfalto Modificado por Borracha 
(AMB) 
Uma forma alternativa de se modificar os 
asfaltos melhorando suas propriedades e, 
ao mesmo tempo, contribuir com a 
solução de problemas ambientais, é a 
utilização de borracha de pneus inseridos 
como agentes modificadores. Garante 
consistência e resistência a temperaturas 
elevadas e baixas. 
Asfalto Modificado 
O intuito é atenuar determinadas 
propriedades de um ou outro material, 
como: resistência, poder ligante, 
plasticidade, etc. 
Podem ainda ser adicionados papelão, 
algodão, nylon, poliéster, cisal, fibra de 
vidro, etc., resultando em várias 
aplicações de larga utilização na 
construção civil. 
Asfalto Oxidado ou Soprado 
Os asfaltos oxidados ou soprados, 
conhecidos como piches, são produzidos 
pela passagem de ar através da fração 
mais pesada restante do processo de refino 
do petróleo. 
O resíduo do petróleo ainda em estado 
líquido e em temperatura elevada, é 
injetado ar até que se atinja as 
propriedades 
desejadas. 
 
Os materiais betuminosos podem ser 
misturados entre si, sem provocar reação 
química apreciável a fim de melhorar as 
propriedades. 
Podem ser adicionados fíleres (calcário, 
granito, cinzas volantes, etc.) diversos a 
fim de melhorar plasticidade, adesão, 
resistência, durabilidade, etc. 
Agentes Rejuvenescedores 
O asfalto, com o passar do tempo, tem 
suas propriedades comprometidas. Por 
causa disso são usados agentes 
rejuvenescedores que, ao serem 
misturados ao asfalto envelhecido, 
recuperam parte de sua flexibilidade. 
São produzidos para serem utilizados 
aquecidos ou a frio, no caso dos agentes 
emulsionados. 
Alcatrão 
Liquido preto e viscoso que contém 
hidrocarbonetos e é obtido a partir da 
destilação de certas substâncias orgânicas, 
principalmente carvão, ossos e algumas 
madeiras resinosas. Envolve altas 
temperaturas em sua destilação, 
produzindo concentrações de 
hidrocarbonetos aromáticos policíclicos, 
que são cancerígenos. É pouco 
homogêneo e de baixa qualidade. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Os alcatrões para pavimentação recebem 
o símbolo AP que deve proceder às 
indicações de vários tipos, conforme sua 
viscosidade ou sua flutuação: 
 AP-1 a AP-6: alcatrões para 
pavimentações líquidas. 
 AP-6 a AP-12: alcatrões para 
pavimentações semissólidas. 
Piche 
Designação genérica para os resíduos finais 
da destilação de alcatrões e outras 
substâncias como petróleo. 
É composto de 11% a 17% de betume com 
resíduos de argila, pedrisco e outros. É 
sólido nas temperaturas normais e funde 
desuniformememente deixando nódulos ou 
grãos. Comercializado mole, semiduro e 
duro.Breu 
É o resíduo do refino do piche, perdendo 
quase todo o betume. É um material 
sólido à temperatura ambiente e de maior 
dureza que os outros betuminosos, mas 
com boa resistência intempéries. 
Ele tem aparência vítrea, grande dureza e 
é usado como corretivo na preparação de 
massas de calafetar. 
Normas e Ensaios 
Os ensaios medem direta ou indiretamente 
a consistência ou viscosidade a diferentes 
temperaturas. Os ensaios físicos em 
cimentos asfálticos podem ser divididos 
em: ensaios de consistência, de 
durabilidade, de pureza e de segurança. 
 ABNT NBR 6576:2007 / Materiais 
asfálticos – Determinação da 
penetração; 
 ABNT NBR 14756:2001 / Materiais 
betuminosos - Determinação da 
viscosidade cinemática; 
 ABNT NBR 6293:2015 / Ligantes 
asfálticos – Determinação da 
ductilidade; 
 ABNT NBR 6560:2016 / Ligantes 
asfálticos – Determinação do ponto de 
amolecimento; 
 ABNT NBR 11341:2004 / Derivados do 
petróleo – Determinação dos pontos 
de fulgor e de combustão em vaso 
aberto Cleveland; 
 ABNT NBR 14855:2015 / Ligantes 
asfálticos – Determinação da 
solubilidade em tricloroetileno; 
 ABNT 14736:2001 / Materiais asfálticos 
– Determinação do efeito de calor e 
do ar – Método da película delgada. 
Aplicações Práticas 
Impermeabilização asfáltica à quente 
É formada por uma membrada de asfalto 
em conjunto com um véu de poliéster. 
Impermeabilização com manta asfáltica 
É um dos produtos mais usados para 
impermeabilização. É formado por 
asfalto, alguns elastômeros, e uma manta 
que pode ser de véu de vidro ou poliéster. 
Impermeabilização com tinta asfáltica 
É de uma tinta de grande aderência e alta 
resistência química, que forma uma 
película impermeável. 
Indicada para os mais diversos fins, 
principalmente proteção de estruturas de 
concreto, alvenarias em contato com 
solo. 
Cimento Asfáltico de Petróleo (CAP) 
Em sua forma comum, os CAP’s estão em 
 
 
 
 
 
 
 
estado semissólido, e necessitam de um 
meio de aquecimento para permitir sua 
utilização. Apresentam propriedades 
aglutinantes e impermeabilizantes, além 
de serem flexíveis e resistentes. 
Asfalto Diluídos de Petróleo (ADP) 
Compõe uma linha de asfaltos utilizados 
na etapa intermediaria da pavimentação, 
conhecida como imprimação. A 
imprimação é aplicada sobre a base que 
irá receber o pavimento. 
Emulsão Asfáltica para Pavimentação 
(EAP) 
Pode ser usada na imprimação, pois 
apresenta menos fulgor e menor tempo de 
cura e no tratamento para eliminação de 
poeira 
A pintura de ligação consiste na aplicação 
de emulsão asfáltica, sobre uma base 
coesiva ou um pavimento a ser 
recuperado. 
O microrrevestimento asfáltico é utilizado 
na reabilitação funcional de pavimentos e 
rodovias de volumes de trafego médio e 
alto, bem como as de tráfego pesado. 
O Cape Seal também é utilizado na 
reabilitação de pavimentos sujeitos a 
tráfego médio ou pesado, ou construção 
de novas rodovias ou vias urbanas. 
É um revestimento asfáltico delgado, onde 
é aplicado duas técnicas de pavimentação 
em conjunto: o tratamento superficial 
simples (TSS), que confere reabilitação e 
flexibilidade ao pavimento) e a selagem 
com microrrevestimento asfáltico a frio 
(MRAF), que promove rugosidade e ideal 
garantindo a segurança e o conforto do 
usuário da rodovia. 
Pré-misturado a frio (PMF) é usada como 
camada intermediaria de regularização e 
reforço de estrutura de pavimento, e 
muito usados em serviços de conservação 
do tipo “tapa-buracos”. 
Concreto betuminoso usinado a quente 
(CBUQ) é um dos tipos de revestimento 
asfálticos mais utilizados nas vias urbanas 
e rodovias brasileiras. 
É composto por basicamente agregado 
miúdo e graúdo e um ligante, nesse caso o 
CAP. A mistura é realizada a quente em 
usina de asfalto, e transportada até o 
local de aplicação por caminhões 
especiais.

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