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TERAPIA OCUPACIONAL NA INFÂNCIA E ADOLESCÊNCIA 5

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1. Compreender as diferentes concepções de adolescência
O adolescente é um ser altamente complexo que busca construir sua identidade em meio a um turbilhão de descobertas sobre o mundo e sobre si, lidar com o adolescente nunca é fácil, é necessário saber lidar com bruscas mudanças de humor. O jovem é normalmente visto pela sociedade em geral como um ser rebelde, sempre associado a sexo e drogas, e por conta disso é sempre um ser incômodo, diferentemente do que era visto em sociedades primitivas, onde o jovem era considerado alguém forte, corajoso e sempre muito bem-vindo. Essa fase acontece cada vez mais precocemente com uma crescente necessidade das crianças de atingirem a idade adulta o mais cedo possível, fatores esses associados a melhorias sociais, etc, sendo assim, é difícil definir o inicio e o fim dessa fase.
A evolução do corpo do adolescente muda também suas concepções sobre o mundo e sobre si mesmo, a medida em que o jovem se desenvolve, há uma cobrança sobre a forma como ele vê o mundo em que vive, é dessa forma que ele abandona sua identidade infantil e começa a se desenvolver quanto adolescente, numa busca por se entender e entender o outro. Esse processo envolve entender suas diversas facetas, a infantil e de adulto. A luta de se entender não é somente do adolescente, mas o pai tem grande influência, pois é ali onde a nova personalidade juvenil vai encontrar apoio ou rejeição, sendo assim, pode haver um medo de perder aquela dependência infantil que ainda se faz necessária, 
De acordo com Erikson, é durante a adolescência que o ser humano trava uma batalha interna, esta é a identidade contra a confusão de identidade, uma crise necessária para que um adulto se forme com ideais e opiniões formadas, porém, é muito difícil a identidade se formar completamente na adolescência e essas questões podem aparecer na vida adulta. Os jovens, diferente das crianças, formam seus próprios pensamentos com base no que já tem conhecimento, sendo assim, eles pegam algo já formado e moldam da sua própria forma, eles devem organizar seus pensamentos, quereres e interesses a fim de expor em um contexto social. Adolescentes podem infantilizar seu comportamento, por medo de enfrentar seus problemas como adultos por conta de uma crise ainda existente na vida adulta.
2. Descrever as características consideradas típicas da adolescência
Desenvolvimento físico: o adolescente começa a se desenvolver com a puberdade, esta, por sua vez, tem seu inicio com o aumento da produção hormonal, o hormônio liberador de gnrh, no hipotálamo leva à produção de LH e LSH, sendo que o primeiro leva as meninas à menstruação, e o segundo faz com que os meninos produzam testosterona, essa fase da vida tem dois marcos, o aumento das glândulas adrenais e o desenvolvimento dos órgãos sexuais.
O aumento das glândulas adrenais se dá entre os 6 e 8 anos, sendo que isso resulta em uma crescente liberação de DHEA, algo que leva ao crescimento de pelos e contribui pro desenvolvimento de mais oleosidade na pele, odores corporais e crescimento também. Na segunda fase desse processo se caracteriza por um segundo surto de DHEA, e a partir daí o desenvolvimento dos órgãos sexuais se inicia. Esse processo depende da gordura corporal, que deve ser o necessário para a reprodução. Algumas pesquisas atribuem intensa emotividade e instabilidade de humor no começo da adolescência a esses desenvolvimentos hormonais. De fato, emoções negativas como angústia e hostilidade, bem como sintomas de depressão em meninas, tendem a aumentar à medida que a puberdade avança.
· Caracteres sexuais primários e secundários: os caracteres sexuais primários são os órgãos necessários para a reprodução. Nas mulheres, os órgãos sexuais incluem os ovários, as tubas uterinas, o útero, o clitóris e vagina. Nos homens, eles incluem os testículos, o pênis, o saco escrotal, as vesículas seminais e a próstata. Durante a puberdade, esses órgãos aumentam de tamanho e amadurecem. Os caracteres sexuais secundários são sinais fisiológicos do amadurecimento sexual que não envolvem diretamente os órgãos sexuais: por exemplo, os seios das meninas e os ombros largos dos meninos.
· Sinais da puberdade: Os primeiros sinais externos de puberdade normalmente são tecido mamário e pelos púbicos nas meninas e aumento dos testículos nos meninos. Os mamilos de uma menina ficam maiores e salientes, as aréolas aumentam de tamanho, e os seios assumem primeiro uma forma cônica e depois arredondada. Alguns meninos adolescentes, para sua aflição, experimentam um aumento temporário das mamas. A voz torna-se mais grave, principalmente nos meninos, em parte por causa do crescimento da laringe, em parte em resposta à produção de hormônios masculinos. A pele torna-se mais grossa e oleosa. A maior atividade das glândulas sebáceas contribui para o surgimento de espinhas e cravos. A acne é mais comum nos meninos e parece estar relacionada ao aumento nas quantidades de testosterona.
· Sinais de maturidade sexual, produção de esperma e menstruação: O amadurecimento dos órgãos reprodutores traz o início da menstruação nas meninas e a produção de esperma nos meninos. O principal sinal de maturidade sexual nos meninos é a produção de esperma. A primeira ejaculação, ou espermarca, ocorre em média aos 13 anos. O principal sinal de maturidade sexual na menina é a menstruação, uma eliminação mensal do revestimento uterino. A primeira menstruação, denominada menarca, ocorre relativamente tarde na sequência do desenvolvimento feminino; seu tempo normal de ocorrência pode variar dos 10 aos 16 anos e meio.
Desenvolvimento cognitivo: Não apenas a aparência dos adolescentes é diferente de quando eram crianças, mas eles também pensam e falam de maneira diferente. A velocidade do processamento de informação deles continua a aumentar. Embora o pensamento possa permanecer imaturo em alguns aspectos, muitos são capazes de raciocinar em termos abstratos e de emitir julgamentos morais sofisticados, além de poder planejar o futuro de modo mais realista.
· Estágio operatório formal de Piaget: Os adolescentes entram no que Piaget chamou de o nível mais alto de desenvolvimento cognitivo quando desenvolvem a capacidade de pensar em termos abstratos. Esse desenvolvimento, que geralmente ocorre por volta dos onze anos, lhes proporciona uma maneira mais flexível de manipular informação. Não mais limitados ao aqui e agora, eles conseguem entender o tempo histórico e o espaço extraterrestre. A capacidade de pensar em termos abstratos também traz implicações emocionais. Enquanto uma criança pequena podia amar os pais ou odiar um colega, o adolescente pode amar ou odiar sentimentos. 
· Raciocínio hipotético – dedutivo: esse raciocínio é a forma como Piaget descreve a capacidade do adolescente de planejar suas ações, imaginar hipóteses, consequências. Saber quais perguntas fazer e quais estratégias funcionam é fundamental para o raciocínio hipotético-dedutivo
· Mudanças no processamento de informações: pesquisadores do processamento de informação identificaram duas amplas categorias de mudanças mensuráveis na cognição do adolescente
· Mudança estrutural: mudanças estruturais na adolescência incluem (1) mudanças na capacidade da memória de trabalho e (2) a crescente quantidade de conhecimento armazenada na memória de longo prazo. A capacidade da memória de trabalho, que aumenta rapidamente na terceira infância, continua a crescer durante a adolescência. A expansão da memória de trabalho permite a adolescentes mais velhos lidar com problemas complexos ou decisões que envolvam informações múltiplas. A informação armazenada na memória de longo prazo pode ser declarativa, procedural ou conceitual. O conhecimento declarativo (“saber que...”) consiste em todo o conhecimento factual adquirido por uma pessoa (por exemplo, saber que 2 + 2 = 4 e que Juscelino Kubitschek construiu Brasília). O conhecimento procedural (“saber como...”) consiste em todas as habilidades adquiridas por uma pessoa, como ser capaz de multiplicar e dividir e de dirigir um carro.O conhecimento conceitual (“saber por que...”) é um entendimento de, por exemplo, por que uma equação algébrica continua sendo verdadeira se a mesma quantidade for adicionada ou subtraída de ambos os lados.
· Mudança funcional: os processos para obter, manipular e reter informação são aspectos funcionais da cognição. Entre esses estão aprender, lembrar e raciocinar, todos os quais melhoram durante a adolescência.
· Desenvolvimento da linguagem: o uso da linguagem pelas crianças reflete seu nível de desenvolvimento cognitivo. Crianças em idade escolar são bastante competentes no uso da linguagem, mas a adolescência traz novos refinamentos. O vocabulário continua a crescer à medida que o conteúdo de leitura torna-se mais adulto. Com o advento do pensamento abstrato, os adolescentes podem definir e discutir abstrações como amor, justiça e liberdade. Passam a usar com mais frequência termos como entretanto, caso contrário, de qualquer maneira, portanto, na verdade e provavelmente para expressar relacionamentos lógicos. Eles tornam-se mais conscientes das palavras como símbolos que podem ter múltiplos significados; e têm prazer em usar ironias, trocadilhos e metáfora. Os adolescentes também se tornam mais habilidosos em assumir uma perspectiva social, a capacidade de adaptar sua conversa ao nível de conhecimento e ao ponto de vista da outra pessoa. Essa capacidade é essencial para a persuasão e mesmo para conversação educada. Conscientes de sua plateia, os adolescentes falam uma língua diferente com seus pares do que com os adultos. A gíria adolescente é parte do processo de desenvolvimento de uma identidade separada independente dos pais e do mundo adulto. 
· Raciocínio moral, teoria de kohlberg: à medida que as crianças alcançam níveis cognitivos mais altos, elas tornam-se capazes de raciocínios mais complexos sobre questões morais. A tendência delas ao altruísmo e à empatia também aumenta. Os adolescentes são mais capazes que as crianças mais novas de adotar o ponto de vista de outra pessoa, de solucionar problemas sociais, de lidar com relacionamentos interpessoais e de verem-se como seres sociais. Todas essas tendências promovem o desenvolvimento moral. Essa teoria muito se parece com a piagetiana, mas é um tanto mais complicada, Kohlberg descreveu três níveis de raciocínio moral, cada um dividido em dois estágios.
· Nível I: Moralidade pré-convencional. As pessoas agem sob controle externo. Obedecem a regras para evitar punição ou obter recompensas, ou agem por interesse pessoal. Esse nível é típico de crianças de 4 a 10 anos.
· Nível II: Moralidade convencional (ou moralidade de conformidade com o papel convencional). As pessoas internalizaram os padrões das figuras de autoridade. Elas se preocupam em ser “boas”, agradáveis com os outros e em manter a ordem social. Esse nível é normalmente alcançado depois dos 10 anos de idade; muitas pessoas nunca o ultrapassam, mesmo na vida adulta.
· Nível III: Moralidade pós-convencional (ou moralidade dos princípios morais autônomos). As pessoas reconhecem conflitos entre padrões morais e fazem seus próprios julgamentos com base em princípios de correção e justiça. Geralmente as pessoas atingem esse nível de julgamento moral só no começo da adolescência ou, o que é mais comum, no começo da vida adulta, isso quando atingem.
3. Compreender a Síndrome da Adolescência Normal
REFERÊNCIAS:
ABERASTURY, A, KNOBEL, M. Adolescência normal: um enfoque psicanalítico. Porto Alegre: Artes Médicas, 1981. 92p. 2
BEE, H.; BOYD, D. A criança em desenvolvimento. 12 ed. Porto Alegre: ARTMED, 2011.
PAPALIA, D. E.; OLDS, S. W. Desenvolvimento Humano. Porto Alegre: artes Médicas Sul, 2000.

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