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Aula 13-Relação terapeuta-paciente


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RELAÇÃO 
TERAPEUTA-
PACIENTE
Boa Vista/2022
Prof.ª Tuyany Vasconcelos
Vínculo terapêutico 
◦ A construção do vínculo terapêutico é fundamental para o tratamento em um
processo terapêutico ocupacional, ele é o ponto de partida para que os objetivos
traçados sejam trabalhados.
◦ O vínculo terapêutico está relacionado com o setting terapêutico, nome que se dá ao
contexto de tratamento que inclui local designado para o mesmo.
◦ É construída uma atmosfera prazerosa, onde os estímulos são estabelecidos de acordo
com as preferências.
◦ De acordo com Scarpato “o vínculo propicia um ambiente favorável para enfrentar as
muitas adversidades, para suportar níveis altos de angústia e falta de sentido.
◦ O vínculo é um dos elementos básicos do processo terapêutico”.
◦ É importante que o paciente sinta-se à vontade para compartilhar de sua vida com o
terapeuta, da mesma maneira que este esteja envolvido afetivamente – com ética e
responsabilidade, a fim de que a interação ocorra de uma forma mais autêntica
(SCARPATO,2001).
Vínculo terapêutico 
◦ O setting terapêutico precisa ser um espaço de escuta e acolhimento, de trocas (de
experiência, de sentimentos), de empatia, de cumplicidade e de responsabilizações,
de vínculos e aceitações para que se torne possível construir sentidos na vivência do
ser e promover mudanças fundamentais na manutenção da saúde do indivíduo.
◦ O vínculo afetivo se estabelece à medida que ocorre a permissão da expressão de
sentimentos.
◦ Os desejos, medos, angústias e esperanças, vontades são estimuladas pela relação
com o terapeuta ocupacional ou utilizando as atividades como recurso para facilitar
estas expressões.
◦ Este campo da relação terapêutica é extremamente rico de sentidos, afetos e de
elementos visíveis e invisíveis.
◦ Segundo Keleman, a relação terapêutica é atravessada por afetos de diversas ordens,
o que faz do espaço terapêutico, o espaço do sentir por natureza (KELEMAN,2001).
Vínculo terapêutico 
◦ Uma das principais características da relação terapêutica que a diferencia
das relações estabelecidas fora do consultório foi descrita por Skinner (1953)
como audiência não-punitiva.
◦ “O terapeuta, enquanto procura entender qualquer padrão de respostas
apresentado pelo cliente sem qualquer julgamento ou atribuição de culpa,
torna-se um agente reforçador.
◦ Para que isto ocorra, um dos pré-requisitos é que o terapeuta seja desprovido
de preconceito com relação a qualquer tema.
◦ Por outro lado, outros requisitos serão necessários para que as consequências
providas pelo terapeuta levem a mudança do comportamento do cliente na
direção desejada.
Vínculo terapêutico 
◦ Na relação terapêutica, o “rapport” (sincronização entre duas ou mais
pessoas, relacionar-se de forma agradável) consiste em uma combinação de
componentes emocionais e intelectuais.
◦ Quando este tipo de relacionamento é estabelecido, o paciente percebe o
terapeuta como alguém que está sintonizado com seus sentimentos e
atitudes, que é simpático, empático e compreensivo, que o aceita com
todos os seus “defeitos”, com quem ele pode comunicar-se sem ter que
detalhar seus sentimentos e atitudes ou qualificar o que diz.
◦ Quando o “rapport” é ideal, o paciente e o terapeuta sentem-se seguros e
razoavelmente confortáveis um com o outro (BECK,1997, apud LIMA, 2007)
Vínculo terapêutico 
◦ A ação terapêutica decorrente de vínculos de cuidado bem-estruturados sustenta-se
em quatro pilares que permitem, de forma específica, a ação de diferentes técnicas
psicoterápicas.
◦ Esses pilares são mecanismos presentes em qualquer relação terapêutica, podendo
ser instrumentalizados por todos os profissionais de saúde.
◦ São eles: o Acolhimento, a Escuta, o Suporte e o Esclarecimento (HELMAN,2009).
◦ Para Campos (2007), o vínculo se constitui na troca entre a oferta do serviço de saúde
dos trabalhadores e a demanda da resolução do sofrimento do usuário.
◦ É uma troca de afetos, na qual a equipe e o usuário precisam acreditar na
resolubilidade do tratamento para que esse vínculo não se torne “paternalista”.
◦ Deve-se estimular o usuário a também participar da resolução de seus problemas, ou
seja, deve haver corresponsabilização no projeto terapêutico.
Relação terapêutica
◦ Meninos e meninas moradores de rua:”sobreviventes em
fuga da violência” (Lanceti, 1996);
◦ Fugir: reação a uma ação que ameaça a
sobrevivência*
◦ O processo de vinculação com adolescentes moradores
de rua é extremamente difícil e lento: demanda do
terapeuta uma postura onde a relação é construída
diariamente, sendo um elemento facilitador para a
reconstrução e ressignificação da vida dos adolescente;
◦ Além das dificuldades de vinculação com os técnicos,
há uma diversidade de perfis convivendo num mesmo
espaço e cada qual com sua singularidades de vida;
Relação terapêutica
◦ Vínculo terapêutico sob a ótica de Pichon Riviére (1995)-
Teoria do Vínculo:
◦ “estrutura dinâmica em contínuo movimento”, que carrega,
também a presença de relações interpessoais, uma vez que o
vínculo se estabelece sempre em função de outros vínculos
condicionados historicamente ao sujeito;
◦ Vínculo é fundamental na intervenção dentro do contexto
social, integrando uma perspectiva de ação individual e
coletiva.
Relação terapêutica
◦ Compreende-se que em alguns grupos desfavorecidos o vínculo é
inexistente, o que dificulta o acesso aos desejos, necessidades e
valores dos sujeitos, não produzindo autonomia nas vidas das pessoas
e se institua relações de poder hierarquizada.
◦ O universo excludente da sociedade contemporânea já seria
suficiente para explicar a dificuldade de vínculo entre os
adolescentes e técnicos.
Relação terapêutica
◦ A formação do vínculo se dá num universo
particular, já que existem outras padrões de vida,
de comportamento e de valores, tais como a
liberdade, a falta de rotina, violência e a luta pela
sobrevivência em ambiente de conflito e de
agressividade;
◦ Contrapõem-se com os valores tradicionais da
sociedade;
◦ Questionamento sobre “valores que se chocam”
(ex: trair é certo ou errado?, quando a polícia bate
no adolescente, é certo ou errado?)- ampliar a
perspectiva/olhar sobre as experiências do outro.
Relação terapêutica
◦ Papel da TO nesse processo:
Polemizar, dialogar, esclarecer;
Confrontar questões trazidas;
Compartilhar valores sem julgamentos;
Auxiliar no processo de vinculação;
Reconstruir as relações afetivas;
Ampliar as redes de suporte social;
Ter uma postura firme e dar limites;
◦ Os adolescentes fazem “testes” nos técnicos- para
poder avaliar se realmente podem confiar neles;
◦ Fazem ainda exploração/investigação permeado por
movimentos de aproximação e distanciamento;
Relação terapêutica
◦ Nesse contexto, o TO deve realizar uma aproximação do
universo do adolescente, reorientar as posturas dos
mesmos;
◦ Valorizar os conhecimentos e cultura daquela
população;
◦ Criar espaços de diálogo e reflexões a partir dos
questionamentos feitos;
◦ É preciso ofertar encontros, ser e estar presente:
Pedagogia da Presença (Costa, 1997)
Realizar atividades cotidianas que sejam significativas 
para aqueles adolescentes, pautada na convivência mútua 
(almoçar junto, jogar bola, assistir TV, desenhar, acabar 
com os piolhos, permitir o contato físico, o abraçar;
O saber técnico 
não está acima 
das ações 
realizadas-trocar 
mútuas e 
aprendizados 
constantes
Relação terapêutica
◦ Metodologias participativas que envolvam os
sujeitos durante o processo terapêutico (ex:
vamos planejar o que iremos fazer nos nossos
encontros);
◦ Metodologias participativas visam cuidar e
oferecer acolhimento para as populações em
situação de vulnerabilidade social;
◦ O trabalho institucional em acolhimento
institucional denota que “o amanhã é incerto, o
hoje deve ser vivido intensamente e a rua
representa um prazer e um risco em potencial”;
REFERÊNCIAS 
◦ SCARPATO, A.T. Transferência Somática: A dinâmica formativa do vínculo terapêutico. Revista Hermes 
do Instituto Sedes Sapientiae, São Paulo, número6, 2001, p 107-123.
◦
◦ KELEMAN, S. Mito e Corpo. Summus, São Paulo, 2001.
◦
◦ HELMAN, C. G. Cultura, Saúde & Doença. 5 ed. Porto Alegre: Artmed Editora, 2009.
◦
◦ LIMA, E.R. O papel da relação terapêutica para o sucesso da terapia. Faculdade de ciências da saúde 
– facs, UniCEUB. Brasília, Junho de 2007.
◦