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Resumo Microbiologia - Controle de Crescimento Bacteriano, Antibióticos, Patogenicidade e Resistencia

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MICROBIOLOGIA 
CONTROLE DE CRESCIMENTO MICROBIANO 
Os microrganismos podem ter seu crescimento controlado por diversos agentes, 
que podem atuar eliminado-os ou inibindo a reprodução. 
Artigos: instrumentos de natureza diversa, utensílios, comadres, acessórios de 
equipamentos, louça, talheres, etc. Dividem-se em: 
• Críticos: Penetram na pele, mucosas ou tecidos. Requerem esterilização. 
• Semicríticos: Contato com pele não íntegra ou mucosa íntegra. Requerem 
esterilização ou desinfecção de alto ou médio nível. 
• Não críticos: Contato com pele íntegra. Requerem limpeza ou desinfecção 
de baixo nível. 
Superfícies: refere-se ao mobiliário, pisos, paredes, portas, tetos, janelas, 
equipamentos e demais instalações. 
Limpeza: Muito importante pois a simples remoção mecânica da sujeira retira 
compostos que poderiam ser utilizados como fonte de nutrientes, bem como pó, 
terra, matéria inorgânica além de, evidentemente, microrganismos presentes. 
Mecanismos Físicos: 
• Temperatura: Acima da temperatura ideal de crescimento, o calor 
promove a desnaturação das proteínas, levando a morte celular. Método 
seguro, de baixo custo e não forma produtos tóxicos. 
o Calor seco: 
▪ Estufas: menor penetração, com tempos e temperaturas 
maiores. Processos menos eficientes e demorados. 
▪ Flambagem: Combustão por exposição direta a chama 
▪ Incineração: Combustão completa do material (luvas, 
material plástico, lixo contaminado em geral, animais de 
experimentação, peças anatômicas...) 
o Calor Úmido 
▪ Autoclave: vapor de água sob pressão. Quanto maior a 
pressão, maior a temperatura e a penetração do calor no 
material a ser esterilizado. 
▪ Água em ebulição: Não esteriliza, controla o crescimento. 
Destrói as formas vegetativas e alguns endosporos 
• Radiação: 
o Ionizante: materiais plásticos, materiais descartáveis, alimentos 
termolábeis, produtos farmacêuticos... 
o Não ionizante: Utilizada em centros cirúrgicos, salas de 
isolamento, laboratórios.... 
• Filtração: 
o Membranas de Celulose e polímeros plásticos: Esterilizar líquidos 
e gases sensíveis ao calor. 
o Filtros HEPA (Partículas de Ar de Alta Eficiência): Salas Cirúrgicas, 
laboratórios, etc... 
Mecanismos Químicos: desinfetantes, antissépticos e agentes microbianos 
• Fenol: anti séptico ou desinfetante. Promove a desnaturação de proteínas. 
Desinfecção de nível médio. (sabões, desodorantes, talcos...) 
• Biguaninas: Agem sobre bactérias e fungos, não ativos contra esporos. 
Lesam a membrana citoplasmática. Ex. Clorexidina 
• Halogênios: 
o Cloro: Agente oxidante, inibe enzimas e inativa ácidos nucleicos. 
Ativo contra vírus, bactérias, fungos, micobactérias e endosporos. 
Apresenta atividade residual. Ex. Ácido Hipocloroso. 
o Hipoclorito de Sódio: Efetividade limitada na presença de matéria 
orgânica. Ex. Água Sanitária. 
o Iodo: Complexa e inativa proteínas. Ativo contra bactérias, fungos, 
vírus e alguns endosporos. Ex. Iodo povidona 
• Álcoois: Efetivos contra bactérias e vírus. Desnaturam as proteínas e 
desorganizam os lipídeos de membrana. 
• QUATS: Compostos de amônio quaternário. Desinfetantes de baixa 
toxicidade e atividade de baixo nível, agem em bactérias, fungos, vírus e 
amebas. Não agem sobres esporos e BAAR. Desintegram a membrana. 
• Agentes alquilantes: fazem alterações no DNA e síntese proteica. Utilizados 
para desinfecção de artigos termossensíveis, conexões de respiradores, 
equipamentos aspiração, catéteres, drenos, artroscópios. 
• Peróxido de hidrogênio: Desinfetante de alto nível, utilizado em artigos 
semi-críticos. Destrói os radicais hidroxila livres, tendo ação na membrana 
plasmática e no DNA. 
DESCONTAMINAÇÃO: Limpeza realizada com agentes físicos ou químicos com o 
objetivo de remover agentes contaminantes, como por exemplo, fluidos ou 
secreções. Pode ser realizada por fricção com pano, esponja ou escova embebidos 
em produtos químicos ou ainda com jatos de água com alta pressão. 
DESINFECÇÃO: É a redução do n° de microrganismos presentes em um material 
inanimado. Geralmente é realizada por agentes químicos – os desinfetantes. 
Divide-se em três: 
• Baixo Nível: Tem ação contra a maioria das bactérias, fungos, alguns vírus. 
Não eliminam micobactérias e endosporos. 
• Nível Intermediário: Não destroem endosporos. 
• Alto Nível: Destroem todos os microrganismos, com exceção de alguns 
endosporos. 
ANTISSEPSIA: Semelhante a desinfecção, mas relacionada a tecidos vivos. 
ESTERILIZAÇÃO: Eliminação total dos microrganismos e esporos. 
Alvos celulares: 
• Parede Celular: morte celular por lise 
• Membrana Citoplasmática: Morte por extravasamento do meio 
intracelular 
• Enzimas e Proteínas: Morte por desnaturação de enzimas e proteínas 
• DNA e RNA: Morte pelo impedimento da replicação celular e síntese de 
enzimas e proteínas. 
PATOGENICIDADE BACTERIANA: 
FATORES DE COLONIZAÇÃO: Conferem a capacidade de colonizar o indivíduo. 
1. Fatores de aderência: 
• Superfície hidrofóbica: Força maior que a repulsão pelas cargas negativas. 
• Componentes da cápsula: auxiliam na fixação das bactérias as células do 
hospedeiro. Ex. Ligação da Klebsiella pneumoniae com células intestinais. 
• Presença de fímbrias/pili ou outras adesinas: 
o Fímbrias das Gram-negativas: ligam-se a carboidratos das 
glicoproteínas presentes na membrana plasmática celular. 
o Adesinas das Gram-positivas: ligam-se a componentes da matriz 
extracelular (fibrinogênio, fibronectina, laminina e colágeno). 
2. Invasinas: Substâncias que promovem a invasão tecidual ou celular. Ex. Invasina 
presente na superfície da Yersinia enteocolitica, reconhece e liga em integrinas 
presentes na célula do hospedeiro. 
3. Fatores nutricionais: 
• Produção de Sideróforos: Substâncias que apresentam maior afinidade 
pelo ferro que a lactoferrina e a ferritina. 
• Produção de Hemolisinas: Enzimas que lisam as hemácias para obtenção 
de fatores de crescimento ou ferro. 
4. Evasinas: Componentes que tornam a bactéria capaz de resistir aos mecanismos 
de defesa. 
• Proteína do tipo M (Ação antifagocitária em S. pyogenes ) 
• Cápsula Polissacarídica (Impede a fagocitose) 
• Antígeno Capsular - Ác. Siálico (Reduz ativação do complemento) 
• IgA protease (Cliva Imunoglobulina A) 
• Fatores solúveis (Inibem a quimiotaxia dos leucócitos) 
• Variação antigênica (Evasão dos anticorpos.) 
• Coagulase (Isolamento do local da infecção. Ex. S. aureus ) 
• Interferência na fusão fagossomo-lisossomo: sobrevivem nos fagócitos. 
• Escape dos fagossomos (mecanismo de sobrevivência a fagocitose. 
• Resistência a lesão oxidativa (sobrevivência a fagocitose. Ex. Salmonelas 
• Camuflagem: não reconhecimento pelo sistema imune. Ex. Micoplasmas) 
• Antígeno O de cadeia longa: inibe a ligação do complexo de ataque a 
membrana 
• Produção de Proteína de ligação com Fc: previne a ligação da porção Fc 
das IgG com fagócitos. 
FATORES DE LESÃO: Promovem lesão no organismo. 
1. Toxinas: substâncias que alteram o metabolismo das células hospedeiras, com 
efeitos deletérios. Constituem a característica proeminente de muitas doenças 
bacterianas e são responsáveis pelos seus principais sinais e sintomas. 
• Exotoxinas: proteínas produzidas e secretadas no meio, podem ligar-se a 
superfície bacteriana sendo liberadas na lise da bactéria. Atuam em 
concentrações baixas, constituindo os mais potentes venenos conhecidos. 
o Fatores de disseminação: hialuronidase, DNAse, estreptoquinase, 
colagenases 
o Lise de células: 
▪ Lecitinase: Liga-se fosfatidilcolina da mp 
▪ Hemolisinas: lisam eritrócitos. 
▪ Leucocidinas e Leucotoxinas: lisam leucócitos. 
▪ Porinas: formam poros na mp das células. 
o Bloqueio da síntese proteica celular 
o Ação farmacológica: Elevam ou diminuem as funções celulares. 
o Bloqueio da função neuronal 
• Endotoxinas: lipopolissacarídeos da membrana externa das bactérias 
Gram-negativas. Só atuam como toxinas em circunstânciasespeciais. 
o Baixas concentrações: febre e ativação sistema complemento (via 
alternativa), ou ativação de macrófagos e linfócito B 
o Elevadas concentrações: Choque 
INFECÇÃO/IMUNIDADE 
1. Respostas imunes a agentes infecciosos: 
IMUNIDADE INATA: Elementos protetores sempre presentes e ativos em 
cada espécie animal para protegê-la da ação de agentes agressores. 
• Barreiras físicas: pele e mucosas 
• Microbiota normal: sítios colonizados impedem implantação de 
microrganismos patogênicos. 
Componentes de fase líquida da imunidade inata: 
• Lisozima: Enzima presente nas secreções corpóreas, degrada rede 
peptídeoglicanos da parede celular bacteriana. Bactérias Gram-positivas 
são bastante vulneráveis. 
• Proteínas de fase aguda: Estão presentes em baixas concentrações no 
plasma. Em processos infecciosos, aumentam consideravelmente. Ex. 
Proteína-C-reativa 
• Proteínas ligadas ao ferro: Limitam a disponibilidade de ferro. 
- Citocinas: Substâncias secretadas pelas células do sistema imune que tem como 
função mediar as funções do sistema imunológico, servindo também como 
mecanismo de comunicação entre as células. 
• Interleucinas: Citocinas liberadas por leucócitos que agem sobre outros 
leucócitos; 
• Quimiocinas: Família de citocinas com ação quimiotática. 
• Interferon: Família de glicoproteínas cuja ação principal é a inibição da 
replicação viral. 
• Fatores de Necrose Tumoral: Possuem a capacidade de promover apoptose 
em células tumorais, exercem papel central na ativação de várias células 
da resposta imune. 
• Fatores de crescimento: Estimulam o crescimento celular, aumentam a 
produção na medula óssea. 
- Sistema Complemento: Consiste em diversas proteínas interagem em uma 
cascata enzimática para destruir o agente infeccioso que ativou o sistema. 
Vias de ativação: 
• Clássica (interação antígeno-anticorpo) 
• Alternativa (substâncias ativadoras presentes em bactérias, fungos e 
parasitos) 
• Lectinas (Lecitina Ligadora de Manose – Semelhante via clássica – 
Independe AC). 
Ações do sistema complemento: Opsonização; inflamação (ação endotelial e 
quimiotática); complexo de ataque de membrana (lise) 
Componentes celulares da imunidade inata: 
• Leucócitos fagocitários: Principalmente macrófagos e neutrófilos. 
Fagocitose: quimiotaxia - aderência - ingestão – digestão 
Mecanismos inespecíficos da imunidade inata: 
- Inflamação: resposta defensiva local a uma agressão. É caracterizada por: dor, 
calor, rubor e edema. 
• Vasodilatação e aumento da permeabilidade vascular 
• Migração de fagócitos e fagocitose 
• Reparo tecidual 
- Febre: resposta sistêmica. As causas mais freqüentes são infecções bacterianas 
(ou toxinas) e infecções virais. A febre acelera as reações do corpo, auxiliando nos 
processos de reparo tecidual; intensifica a ação dos interferons e das células de 
defesa. 
O aumento da temperatura corporal é induzido pela ação de interleucinas (IL-1, IL-
6), liberadas pelas células de defesa, que vão agir sobre o hipotálamo, promovendo 
vasocostrição e aumento do metabolismo que resulta em elevação da temperatura 
corporal. 
IMUNIDADE ADQUIRIDA: Respostas mediadas por células geradas como 
consequência de exposição a agentes infecciosos. 
IMUNIDADE HUMORAL: envolve a produção de anticorpos pelos Linfócitos B. 
Defende primariamente contra bactérias, toxinas bacterianas e vírus que estão 
circulantes. 
- É o braço da resposta imune mediada por anticorpos que se originam da ativação 
de linfócitos B. 
Vias de ativação: direta pelo antígeno ou via Linfócito T 
Anticorpos (Imunoglobulinas): São proteínas sintetizadas em resposta a um 
antígeno, ligam-se ao mesmo ajudando a neutralizá-lo ou destruí-lo. São altamente 
específicos. 
Classes: 
1. IgG: monômero localizado na linfa, sangue e intestino 
2. IgM: pentâmero localizado no sangue, linfa e superfície das células B 
3. IgA: dímero com componente secretor, localizado no sangue, linfa e em 
secreções como lagrimas, saliva, muco... 
4. IgD: monômero localizado no sangue, linfa e superfície das células B 
5. IgE: monômero ligado aos mastócitos e basófilos, além do sangue e linfa 
Imunidade Celular: envolve linfócitos especializados denominados Linfócitos T. É 
efetiva contra bactérias e vírus localizados dentro dos fagócitos ou células do 
hospedeiro. É o braço da imunidade mediada por células. 
Componentes: 
• Linfócitos T CD4 (auxiliares) → ativação de macrófagos/Linfócitos B ou 
ativação de linfócitos T citotóxicos 
• Linfócitos T CD8 (citotóxicos) - efetores 
AGENTES ANTIMICROBIANOS E EANTIBIOTICOS: 
- controle de crescimento (bactericida) e reprodução (bacteriostático) 
- destruir os patógenos sem causar danos ou reações alérgicas ao hospedeiro, em 
tempo hábil para de não ocorra mutações 
MECANISMOS DE AÇÃO: 
- Bactericidas por inibição da síntese da parede celular: penicilinas, glicopeptídeos, 
cefalosporinas, monobactânicos, bacitracinas, cerbapenas, 
- Bacteriostáticos por inibição da síntese proteica na subunidade do ribossomo 50s: 
macrólidos, afenicóis, lincosaminas, estreptograminas, ketolídeos 
- Bactericida pela inibição da replicação do DNA: quinolonas 
- Interferência com a membrana citoplasmática: polimixinas 
- Bactericidas por inibição e leitura incorreta na síntese proteica: aminoglicosídeos 
- Bacteriostáticos por bloqueio metabólico do ácido fólico: Cotrimoxazol 
- Bactericida pela interferência na RNA polimerase: rifampicinas 
 
AGENTES QUE INTERFEREM NA SINTESE DA PAREDE CELULAR: 
1. B-Lactâmicos 
• absorção variável no trato gastrointestinal 
• geralmente se ligam a proteínas séricas 
• Sem ação de patógenos intracelulares 
• Excreção renal com tempo de meia vida curta 
2. Penicilinas: 
• Extraídas dos fungos Penicillium notatun e Aspergillus niger 
• Agem inibindo a transpeptidação, na formação do peptideoglicano da 
parede celular com efeito bactericida. 
3. Benzilpenicilinas e congêneres: 
• Ativas contra maioria dos cocos Gram-positivos e alguns Gram-negativos 
• A maioria das cepas de S. aureus e S. epidermidis são resistentes. 
• Benzilpenicilina (Penicilina G) 
• Fenoximetilpenicilina (Penicilina V) 
- Penicilinas resistentes a B-Lactamases 
• Espectro semelhante a Benzilpenicilina. 
• Penicilinas anti-estafilocócicas. 
• Meticilina – Nafcilina - Oxacilina – Cloxacilina - Dicloxacilina 
- Penicilinas de amplo espectro (amino penicilinas) 
• Menos potentes que a benzilpenicilina 
• Ativas contra Gram+ e Gram- 
• Sensíveis a Blactamases. 
• Ampicilina - Amoxacilina – Talampicilina 
• Inibidores de B-lactamases (ac. Clavulânico, Sulbactam...) 
- Penicilinas de espectro ampliado (carboxi penicilinas) 
• Amplo espectro com atividade anti Pseudomonas 
• Maioria das cepas de S. aureus são resistentes. 
• Carbenicilina - Ticarcilina – Azlocilina 
-- Penicilinas de espectro ampliado (ureido penicilinas) 
• Amplo espectro contra os Gram-negativos (aeróbios e anaeróbios) 
• inibe somente 60 – 90% amostras de P. aeruginosa hospitalar. 
• Ativas contra Gram-positivos: S. aureus, S. pyogenes, S. agalactiae, S. 
pneumoniae, E. faecalis. 
• Não ativas contra E. faecium e MRSA 
• Piperacilina – Mezlocilina 
-- Penicilinas de espectro reverso: 
• Mais potente para Gram-negativos. 
• Sensível a B-lactamases. 
• Mecilinama 
4. Cefalosporinas: 
• Originaram do fungo Cephalosporium acremonium 
• Agem inibindo a transpeptidação, na formação do peptideoglicano da 
parede celular com efeito bactericida. 
PRIMEIRA GERAÇÃO: 
- Resistente a B-lactamases dos estafilococos Oxa- S 
- Sensível as beta-lactamases dos gram negativos 
- Boa atividade contra cocos gram positivos, com exceção de enterococos, MSRA e 
S. epidermidis. 
- Atividade restrita contra gram negativos (Moraxella catarrhalis, E. coli, Klebsiella 
pneumoniae, Proteus mirabilis) 
- Atividade contra anaeróbios, com exceção de Bacterioides fragilis 
- Ex: Cefalexina, Cefalotina, Cefazolina,Cefadroxil 
 
 
SEGUNDA GERAÇÃO: 
- Melhora espectro para gram positivos e perde par gram negativos 
- Espectro de ação: 
• Cocos gram positivo e negativo 
• H. influenzae, M catarrhalis 
• Enterobactérias 
• Sem cobertura para Pseudomonas 
- Ex: Cefoxitina, Cefaclor, Cefuroxima, Cefonicida 
TERCEIRA GERAÇÃO: 
- Maior espectro contra gram negativas 
- H. influenzae, M catarrhalis, Neisseria spp, Citrobacter spp 
- Enterobacter spp, Serratia spp, M morganii 
- Principais indicações: Ceftriaxona e Cefotaxamina 
• tratamento de meningites bacterianas, infecções pneumococicas, DSTs, 
infecções intestinais, peritonite bacteriana 
QUARTA GERAÇÃO: 
- Maior atividade para BGN (enterobactérias), incluindo Pseudomonas 
- Boa atividade para Gram-positivos 
- Sem atividade sobre Enterococcos. 
- Cefpiroma – Cefepima 
QUINTA GERAÇÃO: 
- Atividade contra estafilococos meticilino – resistentes (MRSA, VISA, VRSA) 
- Pouca atividade contra enterococos, e nenhuma ação contra Pseudomonas 
- Ceftaroline: pele e partes moles, pneumonia 
 
5. Carbapenens: 
• antibióticos naturais produzidos por diferentes espécies de Estreptomyces 
• antibacterianos de maior espectro com ação sobre bactérias resistentes 
as cefalosporinas e B-lactâmicos associados a inibidores de B-lactamases. 
• Imipenem – Meropenem 
6. Monobactâmicos: 
• São eficazes somente sobre Gramnegativos. 
• Resistentes a ação das Blactamases. 
• Aztreonam – Carumonam 
7. Glicopeptídicos: 
• Derivados do Amycolatopsis orientalis, tem ação bactericida. 
• Atuam inibindo a síntese da parede celular. 
• Utilizados principalmente para infecções por Staphylococcus aureus 
resistentes a meticilina (MRSA) 
• Vancomicina 
8. Fosfomicina: 
• Isolada em cultura de Actinomicetos 
• Tem ação bactericida pela inibição da síntese da parede celular. 
• Seu espectro de ação inclui bacilos Gram negativos, cocos Gram-positivos 
e Listeria 
AGENTES QUE INTERFEREM NA SÍNTESE PROTEICA BACTERIANA: 
1. Tetraciclinas: 
• Originaram de diversas espécies de fungos do gênero Streptomyces. 
• Amplo espectro, incluindo Mycoplasmas, Rickettsias e Chlamydias 
• Tem efeito predominantemente bacteriostático. 
• Tetraciclina – Doxiciclina 
 
 
2. Cloranfenicol: 
• Originalmente isolado do Streptomyces venezuelae. 
• Pode ser bactericida ou bacteriostático, dose dependente. Bastante tóxico. 
• Possui amplo espectro, incluindo Rickettsias. 
3. Aminoglicosídeos: 
• Originam-se de diversos fungos. 
• Agem induzindo uma leitura defeituosa do mRNA no ribossomo, 
resultando na síntese de proteínas anômalas. 
• Tem efeito bactericida. 
• São eficazes contra muitos Gram-negativos e os Gram-positivos são 
discretamente sensíveis. 
• Gentamicina - Amicacina – Estreptomicina 
4. Macrolídeos: 
• Originam do fungo Streptomyces erithreus 
• Agem impedindo o acesso do tRNA, resultando em atividade 
bacteriostática. 
• São eficazes sobre Grampositivos, Mycoplasmas, Rickettsias, Espiroquetas 
e sobre alguns Gram-negativos ( Haemophilus e Legionela ) 
• Eritromicina – Azitromicina – Claritromicina 
5. Lincosaminas: 
• Originam do Streptomyces lincolnensis 
• Agem impedindo o acesso do tRNA, resultando em atividade 
bacteriostática 
• São ativos sobre Gram-positivos e anaeróbios. 
• Clindamicina – Lincomicina 
6. Ácido fusídico: 
• Atua inibindo a síntese protéica bacteriana. 
• Tem espectro estreito, sendo ativo contra bactérias Grampositivas. 
• Tem penetração óssea. 
AGENTES QUE AGEM SOBRE OS ÁCIDOS NUCLEICOS BACTERIANOS: 
1. Quinolonas: 
• Agem bloqueando a DNA girase e a topoisomerase, impedindo a replicação 
bacteriana resultando em atividade bactericida. 
PRIMEIRA GERAÇÃO OU ANTIGAS: 
- Tem ação sobre enterobactérias, exceto Pseudomonas, e ausência de atividade 
sobre Gram-positivos. 
- Ácido nalidíxico - Ácido piromídico - Cinoxacina 
SEGUNDA GERAÇÃO OU NOVAS: 
- Amplia o espectro contra Pseudomonas . 
- Ácido pipemídico – Norfloxacino 
TERCEIRA GERAÇÃO OU NOVÍSSIMAS: 
- Atividade contra bacilos Gram negativos (incluindo Pseudomonas) e 
Staphylococcus, estendendo sua ação para tratamentos sistêmicos 
- Ciprofloxacina - Ofloxacina - Levofloxacina - Lomefloxacina 
QUARTA GERAÇÃO: 
- Ativas também sobre Streptococcus hemolíticos, pneumococo e anaeróbios. 
- Moxifloxacina - Gatifloxacina – Temofloxacina 
AGENTES QUE INIBEM A SINTESE DE PRECURSORES ESSENCIAIS: 
- Interferem na síntese do folato. Tem amplo espectro. 
- Sulfonamidas – Trimetoprim 
AGENTES QUE ATUAM SOBRE A MEMBRANA PLASMÁTICA: 
- Isolados de culturas de Bacillus polymyxa, tem ação bactericida e alteram a 
permeabilidade da membrana plasmática bacteriana. Agem sobre Gram-negativos. 
- Polimixina B - Polimixina E 
RESISTÊNCIA BACTERIANA: 
TOLERÂNCIA: 
- É o fato de alguns microrganismos se mostrarem sensíveis a CIM, isto é, sofrerem 
bacteriostase, mas não sofrem ação da CBM do mesmo medicamento. 
PERSISTÊNCIA: 
- Sobrevivência do microrganismo nos tecidos ou líquidos orgânicos apesar de 
apresentar sensibilidade ao atb utilizado. 
• Quantidade insuficiente do atb 
• Inativação do atb por outros microrganismos presentes no sítio de infecção 
• Sobrevivência da bactéria como protoplasto (parte interna da célula viva) 
ou formas L 
RESISTÊNCIA: 
- Fenômeno genético relacionado a existência de genes contidos no microrganismo 
que codificam diferentes mecanismos bioquímicos que impedem a ação do 
fármaco. Pode ser natural ou adquirida. 
NATURAL: Característica hereditária, transmitida verticalmente, comandada 
por genes que determinam a ausência de receptores na célula bacteriana ou a 
existência de estruturas ou mecanismos que impedem a ação do atb. 
ADQUIRIDA: O surgimento do fenômeno da resistência, a um ou vários atb, 
numa população bacteriana originalmente sensível. Resulta de modificações 
na estrutura ou no funcionamento da célula bacteriana decorrentes de 
mutações no cromossomo ou transferência de genes de uma célula para outra. 
MECANISMOS DE AQUSIÇÃO DA RESISTÊNCIA 
1. Mutação cromossômica: 
- As mutações são fenômenos espontâneos, no entanto podem ser provocadas por 
agentes mutagênicos como raio X, radiação UV e ácido nitroso. 
2. Resistência transferível: 
- A transferência de genes de uma célula doadora para uma receptora se dá por 
três mecanismos: Transformação; Transdução; e Conjugação. 
3. Resistência induzida: 
- Consiste na produção de um determinado elemento pela célula quando 
submetida a ação de outro elemento. 
- A indução é um fenômeno genético e resulta da liberação (desrepressão) de genes 
responsáveis por alguma característica, como a produção de toxinas, por exemplo. 
MECANISMOS BIOQUIMICOS DA RESISTENCIA: 
1. Inativação enzimática: 
- Mecanismo mais importante. 
- Microrganismos podem produzir enzimas que irão inativar, bloquear ou modificar 
a estrutura do fármaco. 
- Ex. Produção de B-lactamases, produção de enzimas inativadoras de 
aminoglicosídeos, produção de enzimas inativadoras do cloranfenicol. 
2. Alteração da permeabilidade ao fármaco: 
- Resulta principalmente de alterações nas porinas das membranas externas de 
Gramnegativas, havendo o bloqueio da penetração do atb. 
3. Alteração no sistema de transporte: 
4. Retirada ativa do atb do meio intracelular: 
- Produção de proteínas da membrana citoplasmática que promovem o efluxo do 
atb para o meio externo. 
- Ex. Tetraciclinas, macrolídeos, quinolonas... 
5. Alteração do receptor do fármaco: 
- Microrganismo altera proteínas de ligação na parede celular ou no ribossomo ou 
ainda aumentam a espessura da parede celular 
6. Utilização de vias metabólicas alternativas: - Ex. Sulfas.

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