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ANAMNESE DO SISTEMA RESPIRATORIO

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ANAMNESE/ EXAME FÍSICO DO SISTEMA RESPIRATÓRIO 
Relembrando anatomofisiologia
 
OBS : A zona de condução é responsável por aquecer, umidificar e filtrar o ar na sua passagem
TÓRAX
O tórax consiste em um arcabouço osteomuscular externo que aloja o coração, os pulmões, as pleuras e as estruturas do mediastino.
O arcabouço esquelético do tórax (12 vértebras torácicas, seus discos intervertebrais, 12 costelas, suas cartilagens costais e o estemo ), além de proteger as estruturas da cavidade torácica, também proporciona proteção para algumas vísceras abdominais
 Os primeiros sete pares de costelas são chamados costelas verdadeiras e estão conectados com o esterno por barras de cartilagem hialina, as cartilagens costais. Os cinco pares remanescentes são chamados costelas falsas, sendo que a oitava, a nona e a décima são conectadas por meio de sua cartilagem costal com a cartilagem costal imediatamente acima, e a décima primeira e a décima segunda são livres, por isso chamadas flutuantes.
 As cartilagens costais no adulto jovem são elásticas, capazes de resistir a considerável torção, conferindo elasticidade à parede torácica. Com o envelhecimento, podem se tornar calcificadas ou ossificadas, perdendo sua elasticidade e sendo facilmente identificadas em uma radiografia de tórax.
TRAQUEIA
O brônquio principal direito é mais vertical, mais calibroso e mais curto. O esquerdo é mais horizontal, de menor calibre e mais longo.
Anamnese
.Identificação
Idade, sexo, cor da pele, profissão, domicílio atual e anterior ( se o paciente teve uma viagem recente), tempo de residência no local, procedência, profissão e ocupação.
Algumas profissões tem riscos, exposições que podem influenciar no diagnóstico.
.Antecedentes pessoais e familiares
Antecedentes traumáticos com ou sem fraturas podem causar pneumotórax, episódios da perda de consciência, anestesia,extração dentária.
Individuo com passado alérgico, edema, dermatite soborreica podem apresentar renite alérgica, bronquite, asma.
.HDA
Deve perguntar sobre as doenças preexistentes, medicações em uso e imunizações.
Deve perguntar se o paciente é diabético, fez o uso de uso de corticoides..
.Hábitos de Vida
Perguntar se o paciente é tabagista, ingere bebidas alcoolicas e a quantidade.
Sempre deve indagar quantos cigarros a pessoa fuma por dia, quando iniciou, se já interrompeu o uso e com quanto tempo retornou a usar novamente.
Perguntar se usa fogão a lenha, e se convive com pessoas que é tabagista
.Sinais e sintomas
Dor torácica
Tosse
É o mais significativo e frequente sintoma respiratório
A tosse é um mecanismo de defesa, porque elimina secreções anormais
. A tosse resulta de estimulação dos receptores da mucosa das vias respiratórias. Os estímulos podem ser de natureza inflamatória (hiperemia, edema, secreções e ulcerações), mecânica (poeira, corpo estranho, aumento ou diminuição da pressão pleural como ocorre nos derrames e nas atelectasias), química (gases irritantes) e térmica (frio ou calor excessivo)
Sua investigação clínica inclui as seguintes características: frequência, intensidade, tonalidade, existência ou não de expectoração, relações com o decúbito, período do dia em que é maior sua intensidade. A tosse pode ser produtiva ou úmida, acompanhada de secreção, não devendo nesses casos ser combatida; ou seca, quando é inútil, causando apenas irritação das vias respiratórias
. Deve investigar a frequência, intensidade, tonalidade, existência ou não de expectoração, relações em decúbito, período do dia em que tem maior intensidade e fatores preciptantes que melhora e piora.
A tosse quintosa caracteriza-se por surgir em acessos, geralmente pela madrugada, com intervalos curtos de acalmia, acompanhada de vômitos e sensação de asfixia. Embora seja característica da coqueluche, ocorre também em outras afecções broncopulmonares. 
A tosse seca pode ter origem em áreas fora da árvore brônquica, como o canal auditivo externo, a faringe, os seios paranasais, o palato mole, a pleura e o mediastino. lnibidores da enzima conversora da angiotensina (ECA) também podem ser responsabilizados
Corpo estranho nas vias respiratórias também provoca tosse seca, quase contínua, rebelde ao tratamento. Em uma fase mais tardia, torna-se mais branda, passando a produtiva, desde que ocorra inflamação com ou sem infecção. Tosse seca, que não cede à medicação comum, pode ser um equivalente da asma e como tal deve ser tratada.
Denomina-se tosse-síncope aquela que, após crise intensa, resulta na perda de consciência. 
A tosse bitonal deve-se a paresia ou paralisia de uma das cordas vocais, que pode significar comprometimento do nervo laríngeo inferior (recorrente), situado à esquerda no mediastino médio inferior. 
A tosse rouca é própria da laringite crônica, comum nos tabagistas.
Causas da tosse :
Expectoração
. Expectoração. Na maioria das vezes, a expectoração costuma ser consequência da tosse. Sua constatação é o primeiro passo para diferenciar uma síndrome brônquica de uma síndrome pleural
Características semiológicas ( do escarro/catarro) :
.Volume
.Cor
.Odor
.Transparência
.Consistência
As características do escarro dependem de sua composição: o escarro seroso contém água, eletrólitos, proteínas e é pobre em células; o mucoide, embora contenha muita água, proteínas, inclusive mucoproteínas, eletrólitos, apresenta celularidade baixa; o purulento é rico em piócitos e tem celularidade alta; no hemoptoico, observam-se "rajas de sangue''.
A expectoração do edema pulmonar agudo é bem característica, tendo aspecto seroso, rico em espuma. Ocasionalmente apresenta coloração rósea. A expectoração do asmático é mucoide, com alta viscosidade, aderindo às paredes do recipiente que a contém, lembrando a clara de ovo; ela marca o término da crise asmática.
Hemoptise
Eliminação de sangue pela boca passando pela glote.
As hemoptises podem ser devidas a hemorragias brônquicas ou alveolares
Pode ser causada por hemorragias, câncer, traumas, pneumonia, tuberculose
Nas hemoptises de origem brônquica, o mecanismo é a ruptura de vasos previamente sãos, como ocorre no carcinoma brônquico, ou de vasos anormais, dilatados, neoformados, como sucede nas bronquiectasias e na tuberculose.
 Nas hemorragias de origem alveolar, a causa é a ruptura de capilares ou transudação de sangue, sem que haja solução de continuidade no endotélio
Vômica
. A vômica é a eliminação mais ou menos brusca, através da glote, de uma quantidade abundante de pus ou líquido de outra natureza . Pode ser única ou fracionada, proveniente do tórax ou do abdome. Na maioria das vezes, origina-se de abscessos ou cistos nem sempre localizados no tórax, mas que drenam para os brônquios. Suas causas mais frequentes são o abscesso pulmonar, o empiema, as mediastinites supuradas e o abscesso subfrênico.
Dispneia
Dificuldade para respirar
A dispneia é a dificuldade para respirar, podendo o paciente ter ou não consciência desse estado. Será subjetiva quando só for percebida pelo paciente, e objetiva quando se fizer acompanhar de manifestações que a evidenciam ao exame físico. A dispneia subjetiva nem sempre é confirmada pelos médicos, e a objetiva nem sempre é admitida pelo paciente.
Subjetiva: quando só for percebida pelo paciente
Objetiva : percebida no exame físico
Ortopneia é a dispneia que impede o paciente de ficar deitado e o obriga a sentar-se ou a ficar de pé para obter algum alívio.
 Trepopneia é a dispneia que aparece em determinado decúbito lateral, como acontece nos pacientes com derrame pleural que se deitam sobre o lado são.
A dispneia pode ser mensurada de diversas maneiras: (1) por escalas categóricas, que se concentram no tipo e na quantidade de esforço para desencadear a dispneia; (2) por escalas analógicas visuais, quando o paciente aponta em uma linha, em geral de 100 mm, a magnitude de sua dispneia em repouso ou realizando alguma atividade; (3) por escalas multidimensionais,quando o instrumento de medida se concentra na limitação funcional e na magnitude do esforço.
Causas atmosféricas. 
Quando a composição da atmosfera for pobre em oxigênio ou quando sua pressão parcial estiver diminuída, surge dispneia. Nesses casos, o organismo reage, de inicio, com taquipneia, mas, desde que tal situação perdure, aparece a sensação de falta de ar.
Causas obstrutivas
As vias respiratórias, da faringe aos bronquíolos, podem sofrer redução de calibre
Causas parenquimatosas. 
Todas as afecções que possam reduzir a área de hematose de modo intenso, tais como condensações e rarefações parenquimatosas, determinam dispneia. Quando o processo se instala lentamente, a dificuldade respiratória costuma ser menor desde que o organismo disponha de tempo para se adaptar
Causas toracopulmonares
. As alterações capazes de modificar a dinâmica toracopulmonar, reduzindo sua elasticidade e sua movimentação, ou provocando assimetria entre os hemitórax, podem provocar dispneia
Causas pleurais. 
A pleura parietal é dotada de inervação sensitiva e sua irritação provoca dor que aumenta com a inspiração. Para evitá-la, o paciente procura limitar ao máximo seus movimentos, bem como deitar sobre o lado que o incomoda.
Causas cardíacas. 
Dependem do mau funcionamento da bomba aspirante-premente que é o coração. A dispneia é devida à congestão passiva do pulmão 
Sibilância
Chiado ou "chieira" é como o paciente se refere a um ruído que ele pode perceber, predominantemente na fase expiratória da respiração, quase sempre acompanhado de dispneia. Seu timbre é elevado e o tom é musical, podendo ser comparado ao miado de um gato. A sibilância é frequentemente referida durante o período noturno quando o paciente se encontra no leito.
Isso ocorre por vários motivos: ( 1) nesse momento o ambiente costuma estar mais silencioso; (2) a posição deitada pode reduzir os volumes pulmonares e o diâmetro das vias respiratórias; 
Na infância costuma aparecer durante um resfriado. Na maioria das vezes, constitui episódios isolados, sem maior significado. No adulto, contudo, pode ser a primeira manifestação de asma infecciosa
É consequeência da redução do calibre da árvore brônquica, por espasmo.
Rouquidão
Rouquidão ou mudança do timbre da voz traduz alteração na dinâmica das cordas vocais
Quando for aguda, de curta duração, não tem maior significado, ocorrendo com frequência nas laringites virais comuns. Em contrapartida, desde que tal sintoma se prolongue, é necessária investigação detalhada.
Cornagem
. A comagem é a dificuldade inspiratória por redução do calibre das vias respiratórias superiores, na altura da laringe, e que se manifesta por um ruído ( estridor) e tiragem. O paciente, para facilitar a entrada do ar, desloca a cabeça para trás, em extensão forçada. As causas mais comuns são a laringite, a difteria, o edema da glote e os corpos estranhos.

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