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1 DENISE MATIAS SOARES SILVA EDUCAÇÃO A DISTÂNCIAFACULDADE ÚNICA TECNOLOGIA ASSISTIVA - COMUNICAÇÃO ALTERNATIVA E AUMENTATIVA 1 TECNOLOGIA ASSISTIVA - COMUNICAÇÃO ALTERNATIVA E AUMENTATIVA DENISE MATIAS SOARES SILVA DENISE MATIAS SOARES SILVA Mestre em Psicologia do Trabalho (2019) pela PUCMinas. Possui Pós-Graduação em Do- cência em Ensino Superior, pós-graduanda em Educação Inclusiva e Educação Especial (2019) pela UNINTER pós graduanda em Psicanálise e os desafios na Contemporaneidade pelO Pitágoras. Possui graduação em Pedagogia (1998) e Psicologia (2013) pela UNILESTE. Atua como coordenadora, tutora e professora conteudista do curso de Educação Especial na Faculdade Única Ipatinga. 1 FACULDADE ÚNICA EDITORIAL Diretor Geral: Diretor Executivo: Ger. do Núcleo de Educação a Distância: Coord. Pedag. da Equipe Multidisciplinar: Revisão Gramatical e Ortográfica: Revisão/Diagramação/Estruturação: Design: Valdir Henrique Valério William José Ferreira Cristiane Lelis dos Santos Gilvânia Barcelos Dias Teixeira Izabel Cristina da Costa Bárbara Carla Amorim O. Silva Carla Jordânia G. de Souza Rubens Henrique L. de Oliveira Brayan Lazarino Santos Élen Cristina Teixeira Oliveira Maria Luiza Filgueiras © 2020, Faculdade Única. Este livro ou parte dele não podem ser reproduzidos por qualquer meio sem Autorização escrita do Editor. NEaD – Núcleo de Educação as Distancia FACULDADE ÚNICA Rua Salermo, 299 Anexo 03 – Bairro Bethânia – CEP: 35164-779 – Ipatinga/MG Tel (31) 2109 -2300 – 0800 724 2300 www.faculdadeunica.com.br 2 TEORIA E PRÁTICA DE ENSINO: TECNOLOGIA ASSISTIVA - COMUNICAÇÃO ALTERNATIVA E AUMENTATIVA 1° edição Ipatinga, MG Faculdade Única 2020 3 4 LEGENDA DE Ícones Trata-se dos conceitos, definições e informações importantes nas quais você precisa ficar atento. Com o intuito de facilitar o seu estudo e uma melhor compreensão do conteúdo aplicado ao longo do livro didático, você irá encontrar ícones ao lado dos textos. Eles são para chamar a sua atenção para determinado trecho do conteúdo, cada um com uma função específica, mostradas a seguir: São opções de links de vídeos, artigos, sites ou livros da biblioteca virtual, relacionados ao conteúdo apresentado no livro. Espaço para reflexão sobre questões citadas em cada unidade, associando-os a suas ações. Atividades de multipla escolha para ajudar na fixação dos conteúdos abordados no livro. Apresentação dos significados de um determinado termo ou palavras mostradas no decorrer do livro. FIQUE ATENTO BUSQUE POR MAIS VAMOS PENSAR? FIXANDO O CONTEÚDO GLOSSÁRIO 5 SUMÁRIO 1.1 Introdução..........................................................................................................................................................................................8 1.2 Conceituando a tecnologia...................................................................................................................................................11 1.3 Tecnologias da informação e comunicação: TICS................................................................................................13 2.1 Tecnologia e educação...........................................................................................................................................................20 2.2 Tecnologias assistivas e inclusão.....................................................................................................................................22 2.3 Conceitos e objetivos da tecnologia assistiva.........................................................................................................23 3.1 Desenho universal da aprendizagem e a tecnologia assistiva...................................................................30 3.2 Princípios orientadores do desenho universal da aprendizagem...........................................................32 UNIDADE 1 UNIDADE 2 UNIDADE 3 TECNOLOGIA EM CONTEXTO TECNOLOGIA, EDUCAÇÃO E INCLUSÃO 4.1 Professor, tecnologia assistiva e estratégias...........................................................................................................40 4.2 Atendimento educacional especializado e as tecnologias assistivas..................................................44 4.3 Comunicação alternativa....................................................................................................................................................45 4.4 Compreendendo o PCs.......................................................................................................................................................46 4.5 Boardmaker e o speaking dynamically......................................................................................................................47 UNIDADE 4 DESENHO UNIVERSAL DA APRENDIZAGEM ESPAÇO ESCOLAR E O USO DAS TECNOLOGIAS ASSISTIVAS UNIDADE 5 INCLUSÃO E ENSINO SUPERIOR 5.1 Inclusão assistiva na educação superior.....................................................................................................................53 UNIDADE 6 EDUCAÇÃO ESPECIAL E TECNOLOGIAS ASSISTIVAS 6.1 Educação especial e tecnologia assistiva...................................................................................................................62 6.2 AEE e seus objetivos...............................................................................................................................................................65 6.2.1 Deficiência intelectual....................................................................................................................................................66 6.2.2 Deficiência visual...............................................................................................................................................................66 6.2.3 Surdez........................................................................................................................................................................................67 6.2.4 Altas habilidades/superdotação...............................................................................................................................67 Referências Bibliográficas..........................................................................................................................................................72 6 UNIDADE 1 Nessa unidade discutiremos alguns aspectos teóricos e conceituais acerca das tecnologias, a fim de pensarmos a tecnologia assistiva como recursos que viabilizam a autonomia e promovem a acessibilidade à pessoa com deficiência. UNIDADE 2 Nessa unidade conversaremos sobre o quanto é necessário se desvincular dos padrões tradicionais para nos aliarmos à tecnologia como ferramenta, recurso do processo de aprendizagem. UNIDADE 3 Nesta unidade conversaremos sobre o desenho Universal da Aprendizagem sua concepção objetivo e aplicação em sala de aula. UNIDADE 4 Nessa unidade conversaremos sobre o espaço escolar e o uso das tecnologias assistivas, e as estratégias didática que podem ser utilizadas para aumentar o desempenho do aluno com deficiência. UNIDADE 5 Nessa unidade conversaremos sobre a educação inclusiva no ensino superior, as adaptações necessárias para as universidades e os desafios encontrados pelo aluno com deficiência. UNIDADE 6 Conversaremos nessa unidade sobre a educação especial e a tecnologia assistiva em um contexto geral, recapitulando alguns pontos já discutidos e estudados. C O N FI R A N O L IV R O 7 TECNOLOGIA EM CONTEXTO UNIDADE 01 8 1.1 INTRODUÇÃO Nesse capítulo discutiremos alguns aspectos teóricos e conceituais acerca das tecnologias a fim de pensarmos a tecnologia assistiva como recurso que viabiliza a autonomia e promove acessibilidade da pessoa com deficiência. É importante não sermos indiferentes ao assunto, dada a necessidade de refletirmos sobre o papel da tecnologiana sala de aula e nas esferas sociais, como influenciadora de nossas vivências, experiências, inclusão e como fator fundamental de interação. Ao avançarmos a reflexão para o contexto inclusivo, a tecnologia toma novos contornos por permitir outras possibilidades e acesso irrestrito a todo tipo de informação e aprendizagem. Por sua vez, a escola no contexto inclusivo se traduz em um espaço de troca de diferentes aprendizagens e vivências, espaço esse que deveria desvincular-se do ensino tradicional por considerar/acompanhar as mudanças e os avanços sociais que as tecnologias propiciam muito rapidamente à comunidade acadêmica. Se pensarmos sobre o nosso cotidiano, veremos que a tecnologia está inserida basicamente em todas as tarefas que executamos, e nos tornamos cada vez mais dependentes pelas facilidades que ela nos proporciona. VAMOS PENSAR? Quando você pensa em tecnologia o que lhe vem à cabeça? Ela representa somente os recur- sos materiais, ou, sua inserção em nosso cotidiano está relacionada também com as práticas culturais? Inicialmente precisamos pensar que a tecnologia não se constitui de um recurso isolado, antes de mais nada, ela reflete algumas mudanças comportamentais, sociais, econômicas e culturais, pelas quais todos nós passamos, alunos, professores, instituições, família, etc. Um dos locais mais privilegiados por essas mudanças é a escola, que, ao ser assistida pelas tecnologias, principalmente a assistiva, abre possibilidades para que o estudante com deficiência se torne um sujeito completo, ativo e participante, responsável pela própria aprendizagem, tendo na tecnologia uma aliança para o seu processo de desenvolvimento, seja ele cognitivo ou motor. Isso chama-se acessibilidade. Se discutimos em diversas áreas do conhecimento a necessidade de fortalecimento da diversidade e de um contexto cada vez mais inclusivo, percebemos o quanto a tecnologia é fundamental para o enriquecimento de estratégias de aprendizagem, bem como um recurso potencializador da interação social, ou seja, o ensino tradicional e sua prática não “cabem” mais dentro da escola. Não se trata apenas de modernização ou da aquisição dos mais variados recursos tecnológicos, trata-se da busca do desenvolvimento humano. 9 Fi g u ra 1: In te ra çã o so ci al p or m ei o d a te cn ol og ia Fo n te : I n fo rc h an n el (2 0 20 ) Ao pensamos na modernização, no avanço tecnológico e em equipamentos muito desenvolvidos, devemos refletir acerca do que antecede todo o processo de modernidade. Somos seres humanos e pensantes, o que nos difere dos animais. Assim, na tecnologia o movimento de busca por melhores condições ocorre desde os primórdios da civilização. Mas, como assim desde os primórdios da civilização? Se somos seres pensantes, fomos, somos e ainda seremos capazes de criar recursos ou artefatos que venham solucionar nossos problemas do cotidiano, suprir as nossas necessidades físicas, biológicas como também nossa sobrevivência. Voltemos no tempo! Você se lembra de uma tecnologia muito antiga e que surgiu da necessidade do homem de se desenvolver e que marcou a história? A roda é um dos nossos maiores exemplos de criação e tecnologia. Essa ideia pode ser ilustrada por Monteiro Lobato, em História das invenções. 10 A natureza deu ao homem a Mão, que é uma perfeita maravilha. O cérebro deu à Mão a efici- ência mecânica, que é mil vezes mais maravilhosa ainda. [...] A roda começou permitindo a multiplicação da força do pé. Sem aquele rolete que o fogo quei- mou não teríamos os Fordes e os aviões. - Que tem o avião com a roda? - Tem tudo. É movido por meio de uma hélice, que não passa de uma roda com pás de um cer- to jeito. Entre as várias filhas da roda está a hélice. Mas a roda não se generalizou nos tempos antigos como está generalizada hoje. Houve povos que a ignoravam. As populações primitivas da América, por exemplo, desconheceram-na completamente. Quando os primeiros coloniza- dores introduziram aqui os veículos de roda, o espanto dos índios foi grande. A roda, ou antes o veículo de rodas, exige uma superfície lisa em que possa rodar; isto é, exige boa estrada. Ora, isso de estrada boa é coisa que só existe em certos países, de maneira que ainda hoje em mui- tos pontos do mundo há menos veículos de roda do que veículos de quatro pés: o burro que leva carga ao lombo. [...] - E como veio o pé de ferro que corre: o trem? - Ah, isso foi interessante. Depois de descoberta a máquina a vapor, vários ingleses tiveram a ideia de fazer essa máquina puxar carros pesados nas estradas comuns. Montavam num pon- to da estrada uma máquina a vapor fixa, para, por meio de enrolamento de uma corda, puxar carros. Era complicadíssimo e de pouco resultado nas distâncias grandes. A boa ideia então ocorreu a Stephenson: e se em vez de a máquina puxar os carros ela se puxasse a si mesma? Estuda que estuda, Stephenson resolveu o problema. Inventou a locomotiva, a máquina que se puxava a si própria. [...] Isso não era tudo. Para que tal máquina pudesse caminhar com rapidez, tornavam-se neces- sários caminhos ótimos, bem calçados, bem nivelados, sem lama no tempo de chuva. E não havia tal coisa. Como resolver o problema? Stephenson imaginou os trilhos, isto é, duas estra- dinhas paralelas feitas de ferro, de largura que bastasse para as rodas da sua locomotiva - e hoje o mundo inteiro está cortado de norte a sul e de leste a oeste por maravilhosas estradas de ferro, filhas da estradinha do grande inventor inglês (LOBATO, 2014, p. 55) . BUSQUE POR MAIS O trecho do livro de Monteiro Lobato nos mostra o quanto a invenção da roda como tecnologia foi importante, e que a partir dela outras tecnologias foram se desenvolvendo com o objetivo de resolver problemas do cotidiano: transformar a natureza, modificar a história do homem, além de construir um processo de produção. Por meio da história percebemos como a tecnologia foi modificando a sociedade: o avião, a roda, a estrada, o trem, a máquina a vapor, a locomotiva, ruas calçadas, trilhos... A tecnologia faz parte da vida homem, e com o passar dos anos passou também a fazer parte da história da escola, das famílias e das pessoas com deficiência. As transformações por que passa essa sociedade produzem mudanças nos seus sistemas de produção, nas relações sociais e, por conseguinte, podem provocar conflitos e o surgimento de novos modelos culturais. Essas mudanças culturais muitas vezes representam as próprias adaptações dos indivíduos ao seu meio (MEDEIROS; VENTURA, 2007 , p. 273). A tecnologia segundo Laraia, (2001) desencadeia a adaptação e a ramificação de outras mudanças. Ela tornou e torna cada dia mais a vida da pessoa com deficiência viável e em condições de equidade, não apenas de igualdade. 11 Fi g u ra 2 : D ife re n ça e n tr e ig u al d ad e e eq u id ad e Fo n te : C u n h a (2 0 20 ) Embora nossa sociedade tenha passado por mudanças significativas ao longo dos anos, como podemos perceber no trecho do texto de Monteiro Lobato, mudamos constantemente nossa forma de agir de viver em sociedade. Por outro lado, a tecnologia nas últimas décadas aliada aos movimentos sociais e à legislação vem eliminando as barreiras físicas, possibilitando e facilitando a comunicação e o acesso à informação, ou seja, ela permite o tempo todo que nos adaptemos às transformações culturais (MEDEIROS; VENTURA, 2007 ). Moran (2000) avança a discussão propondo o conceito “sociedade interconectada”, porque segundo ele estamos passando por um novo processo de aprendizagem, estamos reaprendendo a nos comunicar, buscando uma relação entre ser humano e tecnologia, entre individual e coletivo. Podemos concluir que a tecnologia se relaciona com ao comportamento sociocultural, em que são concebidas ações e invenções para o desenvolvimento coletivo e bem-estar social. 1.2 CONCEITUANDO A TECNOLOGIA Vamos agora conversar sobre o conceito de tecnologia.Essa palavra vem do grego technê, que significa um ofício, arte ou habilidade, e logos, estudo. Portanto, tecnologia representa o estudo acerca de uma habilidade. Como já dito anteriormente, a sociedade vem passando por mudanças significativas ao longo dos anos, e esse conceito pode ganhar outras definições. Se refletirmos sob a ótica do utilitarismo, a tecnologia pode ser pensada em uma perspectiva instrumental, contudo, atualmente ela se define para muito além da técnica e da visão utilitarista, pois, sabemos que além dos processos de desenvolvimento de instrumentos, ela abrange o campo dos estudos vinculados ao aspecto sociocultural. Bastos (1998, p. 92) define a tecnologia como: [...] a capacidade de perceber, compreender, criar, adaptar, organizar e produ- zir insumos, produtos e serviços. Em outros termos, a tecnologia transcende a dimensão puramente técnica, ao desenvolvimento experimental ou à pesquisa em laboratório; ela envolve dimensões de engenharia de produção, qualidade, gerência, marketing, assistência técnica, vendas, dentre outras, que a tornam um vetor fundamental de expressão da cultura das sociedades. Percebemos então que além do caráter técnico e descritivo, a tecnologia tem como função utilizar e aplicar os conhecimentos científicos produzidos, tornando-se uma ciência aplicada para a resolução de problemas. Poderíamos pensar em dividir a tecnologia da seguinte maneira: 12 Fi g u ra 3 : T ec n ol og ia e s u as v is õe s Fo n te : E la b or ad o p el o A u to r (2 0 20 ) Se a tecnologia se serve também dos estudos científicos, podemos considerar o fato de que ela está em constante transformação para que possa atender às demandas sociais, incluindo as demandas escolares. Figura 4: Cérebro eletrônico Fonte: Ribeiro e Nunes (2016) Podemos pensar que o que nos serve de tecnologia hoje pode não mais servir amanhã. Observe as imagens abaixo e tente buscar na memória outros tipos de tecnologia que sofreram transformações ao longo dos anos em função das demandas sociais e bem-estar coletivo. Figura 5: Modernidade: computador de anos atrás e o atual Fonte: Adaptado de Fiszman; Shoptime (2015; 2020) 13 Pensando na modernidade, nas atualizações constantes que a modernidade nos traz, asso- ciando a modernidade à sala de aula, é possível pensarmos em um mundo sem as aplicabili- dades da tecnologia? FIQUE ATENTO Sabemos que hoje é impossível viver em um contexto sem a interação tecnológica, que seja do computador, do celular, internet, etc. A tecnologia da informação e da comunicação nos rodeiam por onde quer que possamos ir, estão presentes em nosso cotidiano. E na escola essa presença não pode ser diferente. É inaceitável que professores e demais profissionais ligados à educação não concebam a tecnologia como parte integrante do seu dia-a-dia, bem como das estratégias de aprendizagem e espaços de atendimento educacional especializado. 1.3 TECNOLOGIAS DA INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO: TICS Você sabe o que é ou já ouviu falar das Tecnologias da Informação e Comunicação, TICs? Para Felipe (2012, p. 20) elas podem ser consideradas: Conjunto de recursos tecnológicos, utilizados de forma integrada, com um obje- tivo comum; São utilizadas das mais diversas formas, na indústria (no processo de automação), no comércio (no gerenciamento, nas diversas formas de publi- cidade), no setor de investimentos (informação simultânea, comunicação ime- diata) e na educação (no processo de ensino aprendizagem). A respeito disso, podemos compreender que as TICs estão ligadas à acessibilidade e ao acesso à informação para todas as pessoas, ou seja, elas abrem um leque de possibilidades. Assista o vídeo sobre TICs, as possibilidades ofertadas, exemplos de equipamentos e as aplicabilidades na área da educação, interação, socialização, atividades em equipe e estratégias de aprendizagem. LINK: https://url.gratis/cng1J BUSQUE POR MAIS Contudo, as TICs não podem estar associadas à ideia de ensino tradicional, pois, esse tipo de ensino não permite pensar em possibilidades e estratégias diferenciadas que permitam o acesso à tecnologia, a informação, a democratização do ensino, a acessibilidade e principalmente a inclusão. Você saberia elencar alguns exemplos de TICs a serem usadas no meio educacional? Podemos iniciar a reflexão, pensando nas câmeras de vídeo. Elas são recursos acessíveis e podem ser utilizadas em sala de aula para melhorar o processo de ensino aprendizagem. Mas, você deve estar se perguntando como? Por meio de gravações de vídeos para os alunos ou realizado pelos alunos para produção ou explicação de conteúdo, divulgação e exploração de imagens, estudos posteriores às aulas, atividades em equipe entre outras. Para Moran (2007, p. 38) 14 Televisão e vídeo são sensoriais, visuais, linguagem falada, linguagem musical, escrita. Linguagens que interagem superpostas, interligadas, somadas, não se- paradas. Daí sua força. Atingem-nos por todos os sentidos e de todas as manei- ras. Televisão e vídeo nos seduzem, informam, entretém, projetam em outras realidades (no imaginário), em outros tempos e espaços. Além das tecnologias citadas pelo autor, podemos ainda elencar os tablets e celulares. Sabemos que algumas das queixas dos professores referem-se ao uso indiscriminado dessas TICs pelos alunos. Mas, porque não as transformar em aliadas para uma educação significativa? O celular é um recurso poderoso pedagógico que pode contribuir para o desenvolvimento das habilidades comunicativas dos alunos (RODRIGUES; RODRIGUES, 2012). Por outro lado, temos a internet e o computador, que juntos criam novos desafios, criam outras formas de aprendizagem que não são tradicionais, muito ao contrário, podem ser colaborativas e interativas. Para MORAN (1998, p. 128) Conheça o livro Tecnologia assistiva em educação especial e educação inclusiva e observe como a tecnologia se tornou um recurso indispensável a ser utilizado na sala de aula e sala de recursos. LINK: https://tinyurl.com/y5u66ec7 BUSQUE POR MAIS 15 1 - (Q797162 )A sociedade vem passando por muitas mudanças, em grande medida provocadas e potencializadas pelo avanço das tecnologias da informação. Na escola, tais tecnologias também se fazem presentes. Sobre o uso das tecnologias da informação na escola, assinale a alternativa CORRETA. a) Armazenamento em nuvem é uma tecnologia que permite o armazenamento de dados, tais quais planos de curso, planos de aula, sequências pedagógicas, textos de diversos gêneros, fotos, gravuras, dentre outros, num computador em sala de aula. Essa tecnologia garante que os dados estejam sempre disponíveis ao professor e aos alunos. b) Webquest, correio eletrônico, hipertexto e o uso de tablet garantem a efetiva aprendizagem em sala de aula. c) Reálias e Phillips 66 são exemplos de tecnologias da informação que podem ser utilizadas na escola. d) São denominados como “nativos digitais” a população nascida após os anos 2010. e) Compreender, utilizar e criar tecnologias digitais de informação e comunicação de forma crítica, significativa, reflexiva e ética nas diversas práticas sociais (incluindo as escolares) para se comunicar, acessar e disseminar informações, produzir conhecimentos, resolver problemas e exercer protagonismo e autoria na vida pessoal e coletiva é uma das competências da BNCC. 2 - (Q797094 ) 2- Enquanto 12,6 milhões de pessoas procuram emprego no país, 160 mil postos de trabalho na área de tecnologia da informação não possuem profissionais para ocupá-los em 2019 [...]. O estudo mostra que 75% das empresas têm dificuldade para recrutar profissionais de TI. [...] ”temos tecnologias novas todos os dias. São poucos os candidatos que conseguem acompanhar esse movimento. [...] Mas a faculdade forma 30 pessoas por ano, e a gente tem uma única empresa com cem vagas por mês”, diz (a consultora sênior da empresa Michael Page). O TEMPO. Sobram vagas para desenvolvedores de software. 3 nov. 2019, p. 10.De acordo com o texto, há dificuldades por parte de empresas em contratar profissionais de Tecnologia da Informação (TI) porque a) as empresas exigem formação de nível superior em TI, e as faculdades, apegadas ao tradicionalismo pedagógico, não conseguem ampliar vagas para formação desses profissionais. b) o surgimento de tecnologias novas todos os dias é o fator que leva à rejeição das pessoas de ingressarem na área de TI, pois isso tende a demandar delas estudo constante. c) os profissionais de TI, por serem muito especializados, permanecem por longos períodos em seus postos de trabalho, causando estagnação na área. d) um número sensível de vagas ofertadas na área de TI não encontra, entre pessoas que buscam emprego, profissionais habilitados para ocupá-las. e) as empresas não exigem formação de nível superior em TI, e as faculdades, apegadas FIXANDO O CONTEÚDO 16 ao tradicionalismo pedagógico, não conseguem ampliar vagas para formação desses profissionais. 3 - (Q799094 ) O programa do MEC para educação a distância, que visa proporcionar formação continuada para o uso pedagógico das diferentes tecnologias da informação e da comunicação é denominado: a) Mídias na Educação. b) Educação Pedagógica a distância. c) Internet na sala de aula. d) Universidade aberta do Brasil. e) O Computador em sala de aula. 4 - (Q783444 ) A respeito do acesso à informação e à comunicação da pessoa com deficiência, é correto afirmar que, segundo o Estatuto da Pessoa com Deficiência, a) telecentros comunitários que receberem recursos públicos federais para seu custeio ou sua instalação devem possuir equipamentos e instalações acessíveis, não se estendendo tal obrigação legal às lan houses. b) os fornecedores devem disponibilizar, mediante solicitação, exemplares de bulas, prospectos, textos ou qualquer outro tipo de material de divulgação em formato acessível. c) considera-se barreira atitudinal formato não acessível de arquivos digitais, ou seja, que não podem ser reconhecidos e acessados por softwares leitores de telas ou outras tecnologias assistivas. d) por expressa disposição legal, cabe à iniciativa privada incentivar a oferta de aparelhos de telefonia fixa e móvel com acessibilidade que permita a indicação e ampliação sonoras de todas as operações e funções disponíveis. e) é obrigatória a acessibilidade nos sítios da internet mantidos por empresas com sede ou representação comercial no País ou no exterior ou por órgãos de governo, para uso da pessoa com deficiência. 5 - (Q799853) Conforme a Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva, a educação especial se organizou tradicionalmente como: a) Atendimento inconveniente particularizado substitutivo ao ensino aceitável, evidenciando diferentes compreensões, terminologias e modalidades que levaram à criação de instituições especializadas, escolas especiais e classes especiais. b) Atendimento grosseiro individualizado substitutivo ao ensino regular, evidenciando diferentes compreensões, terminologias e modalidades que levaram à criação de instituições especializadas, escolas especiais e classes especiais. c) Atendimento educacional especializado substitutivo ao ensino comum, evidenciando diferentes compreensões, terminologias e modalidades que levaram à criação de instituições especializadas, escolas especiais e classes especiais. d) Atendimento educativo inábil substitutivo ao ensino regular, evidenciando diferentes compreensões, terminologias e modalidades que levaram à criação de instituições especializadas, escolas especiais e classes especiais. e) Atendimento de ensino principiante substitutivo ao ensino superior, evidenciando diferentes compreensões, terminologias e modalidades que levaram à criação de 17 instituições especializadas, escolas especiais e classes especiais. 6 - (Q7978170) A Educação Inclusiva aposta na escola como comunidade educativa, defendendo um ambiente de aprendizagem diferenciado e de qualidade para todos os alunos. É uma escola que reconhece as diferenças, desenvolve-se com essa diversidade, dando sentido e significado ao ensino. Nesse sentido, analise as afirmativas a seguir e marque V (verdadeiro) ou F (falso). ( ) De acordo com a filosofia da escola inclusiva, todas as crianças devem ser educadas numa escola isenta de barreiras pedagógicas, de organização administrativa e de gestão de recursos. ( )Perante um idealismo desejável que associa a inclusão, aos direitos humanos e à equidade social é dispensável que os docentes demonstrem atitudes inclusivas nas suas práticas. ( ) O princípio da inclusão apela para uma escola que tenha em atenção a criança-todo, não só a criança aluno. ( ) Deve preconizar o ajustamento de toda a comunidade educativa, adotando estratégias capazes de facilitar a aprendizagem a grupos de alunos, em que a inevitável diversidade é considerada como um fator de enriquecimento e um motor de desenvolvimento de toda a comunidade escolar. A sequência CORRETA é: a) V – F – V – V. b) F – V – F – V. c) V – F – V – F. d) F – V – F – F. e) V -V – V –V. 7 - (Q797158) O Plano Nacional de Educação (PNE) foi aprovado pela Lei nº 13.005, de 25 de junho de 2014. Sua vigência é de 10 anos e apresenta 20 metas, perspectivando a melhoria da educação no Brasil. I. Elevar a taxa de alfabetização da população com 15 (quinze) anos ou mais para 93,5% (noventa e três inteiros e cinco décimos por cento) até 2015 e, até o final da vigência deste PNE, erradicar o analfabetismo absoluto e reduzir em 70% (setenta por cento) a taxa de analfabetismo funcional é uma das metas do PNE. II. Garantir, em regime de colaboração entre a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, no prazo de 1 (um) ano de vigência deste PNE, política nacional de formação dos profissionais da educação de que tratam os incisos I, II e III do caput do art. 61 da Lei nº 9.394/96, assegurado que todos os professores e as professoras da educação básica possuam formação específica de nível superior, obtida em curso de licenciatura na área de conhecimento em que atuam é a meta 15 do PNE. III. Assegurar condições, no prazo de 2 (dois) anos, para a efetivação da gestão democrática da educação, associada a critérios técnicos de mérito e políticos de desempenho e à consulta pública à comunidade escolar, no âmbito das escolas públicas, prevendo recursos e apoio técnico da União para tanto é meta do PNE. IV. Garantir fontes de financiamento permanentes e sustentáveis para todos os níveis, 18 etapas e modalidades da educação básica, observando-se as políticas de colaboração entre os entes federados, em especial as decorrentes do art. 60 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias e do§ 1o do art. 75 da Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996, que tratam da capacidade de atendimento e do esforço fiscal de cada ente federado, com vistas a atender suas demandas educacionais à luz do padrão de qualidade nacional é uma das estratégias da meta 20 do PNE. É CORRETO o que se afirma em: a) II e III. b) I, II e IV. c) II, III e IV. d) II e IV. e) I, II e III. 8 - (Q792341) Considere o seguinte período do texto: Embora tenha triplicado o número de professores com alguma formação em educação especial inclusiva, contam-se não muito mais que 100 mil deles no país. O sentido expresso pela oração destacada, na relação que estabelece com o restante do enunciado, também pode ser corretamente identificado no trecho destacado em: a) ... quando o país aderiu à Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência (...), era comum ouvir previsões negativas... b) Apesar das dificuldades óbvias, ela se tornou lei em 2015 e criou raízes no tecido social. c) Os empecilhos vão desde o acesso físico à escola, como o enfrentado por cadeirantes... d) Bastaram alguns anos de convívio em sala, entretanto, para minorar preconceitos... e) ... que não se confunde com incapacidade, como felizmente já vamos aprendendo. 19 TECNOLOGIA, EDUCAÇÃO E INCLUSÃO UNIDADE02 20 2.1 TECNOLOGIA E EDUCAÇÃO Nesta unidade conversaremos sobre o quanto é necessário se desvincular dos padrões tradicionais já enraizados há décadas nas escolas para nos aliarmos à tecnologia como uma ferramenta, um recurso que faz parte do processo de aprendizagem. Iniciaremos nossa conversa com uma indagação: VAMOS PENSAR? Lembre-se do local em que você trabalha. A instituição está estruturada fisicamente para promover e oferecer um ensino mediado pela tecnologia? Sabemos que o ensino tem suas bases conceituais estruturadas no tradicionalismo, em uma educação bancária em que o professor é o protagonista do processo de ensino aprendizagem. Embora a educação infelizmente não acompanhe na mesma velocidade as transformações sociais, sabemos que as transformações educacionais hoje se referenciam como uma exigência. A padronização das salas de aula em muitas instituições já foi abolida. Existem espaços que já foram pensados para processos e atividades colaborativas. Inúmeras são as propostas de salas de aula invertidas. Temos uma nova proposta de escola e de aprendizagem ancoradas em um novo sujeito, singular, subjetivo e diverso. As novas teorias de sujeito nasceram em meio à crise da racionalidade, fim do século XIX e anunciaram novas bases para a compreensão desse sujeito agente no mundo, e que se tornou um grande desafio para educadores e atos educativos (SPRICIGO; OLIVEIRA; MARTINS, 2016). Não se trata mais de apenas ultrapassar as barreiras tradicionais de ensino, como também é chegado o momento de compreender quem é o sujeito que está na sala de aula, quais são as suas dificuldades, seus interesses e valores culturais além de ampliar os espaços de aprendizagem. Para Moran (2000, p. 58) a ampliação dos espaços de aprendizagem pode se dar pelos espaços virtuais Hoje entendemos por aula um espaço e um tempo determinados. Esse tempo e esse espaço serão cada vez mais flexíveis. O professor continua “dando aula” quando está disponível para receber e responder a mensagens dos alunos, quando cria uma lista de discussão e alimenta continuamente os alunos com textos, páginas da internet, fora do horário específico da sua aula. Há possibilida- des cada vez mais acentuada de estarmos todos presentes em muitos tempos e espaços diferentes, quando tanto professores quanto alunos estão motivados e entendem a aula como pesquisa de intercâmbio, com os alunos sendo supervi- sionados, animados e incentivados pelo professor. O autor aponta também que não é suficiente termos o espaço da sala de aula e os equipamentos necessários, é preciso organização e gerenciamento das práticas, bem como, a reorganização dos ambientes. Avançando na reflexão, é importante pensar que se temos um contexto educacional diferenciado, é preciso refletir acerca do papel do professor em sala de aula. Trata-se de um profissional diferenciado, que não ocupa mais o lugar de detentor 21 do saber, isso não quer dizer que ele perdeu importância, ao contrário, seu conhecimento atualmente deve ser utilizado para a mediação da aprendizagem, buscando conhecer e ampliar as experiências dos alunos, assim com a contribuição de cada um no processo. Percebemos que as mudanças aparecem também no perfil do aluno. Nesse contexto podemos pensar em uma aprendizagem ativa, numa relação entre aluno, professor e conhecimento. Estamos falando da superação da recepção passiva do aluno e da transferência apática por parte do professor. Não se trata mais de um aluno ouvinte e um docente falante, mas de uma prática em que o discente ouve, fala, pergunta, contesta e discute. Figura 6: O aluno perguntador Fonte: Souza (2014) Saímos da passividade para um processo de análise que exige do aluno motivação e envolvimento para o desenvolvimento de tarefas mentais que envolvem análise, síntese e crítica. Educador e educando aprendem juntos, numa relação dinâmica na qual a prática orientada pela teoria, reorienta essa teoria num processo de constante aperfeiçoamento (GADOTTI, 2001). Se estamos falando de uma ação educativa envolvente, podemos pensar que as tecnologias são recursos didáticos utilizados pelos professores e que propiciam ao aluno não ser apenas um expectador da aula, mas um agente de sua própria aprendizagem: quanto mais recursos digitais, maior o envolvimento e aprendizagem duradoura, porque não serão aprendidos conceitos, mas habilidades, atitudes e competências que fazem sentido no mundo real do aluno, e não mais no mundo do professor e da intrincada sala de aula (SPRICIGO; OLIVEIRA; MARTINS, 2016). Percebemos o quanto é importante rever os papéis na escola. As práticas pedagógicas precisam urgentemente serem reavaliadas; ao professor, cabe, estar em constante formação e buscar conhecimentos acerca das tecnologias, deixar o papel de transmissor e assumir uma postura de mediador. A escola precisa mudar, se tornar interessante! Assista a roda de conversa: “O uso de novas tecnologias na educação” Observe como a tecnologia muda o cenário da aprendizagem e como ela está presente na sala de aula ampliando as possibilidades educacionais. LINK: https://www.youtube.com/watch?v=7a7JaNacWco BUSQUE POR MAIS 22 Essas reflexões nos permitem compreender que a mudança de posturas de professor e aluno associadas ao uso da tecnologia, possibilita uma aprendizagem significativa. Por outro lado, não podemos deixar de pensar, que ela necessita ser proposta também no âmbito da inclusão, uma vez que a escola deve promover práticas inclusivas que privilegiem a acessibilidade e não práticas excludentes. 2.2 TECNOLOGIAS ASSISTIVAS E INCLUSÃO A educação especial é considerada uma modalidade de ensino que durante um longo período de tempo foi vista sob uma perspectiva patológica e corretiva em que os alunos necessitavam se adaptar e se adequar aos padrões estabelecidos socialmente. Atualmente esse cenário foi completamente modificado, novas concepções foram estabelecidas em torno da educação especial, da inclusão e da pessoa com deficiência visando incluir e reconhecer e a cultura e privilegiar práticas inclusivas. VAMOS PENSAR? Pensando na perspectiva patológica e corretiva e nos avanços dos estudos sobre a aprendiza- gem, qual era a visão do sujeito que tínhamos antes e que temos agora, fazendo a analogia a partir das concepções de ensino e de aprendizagem? Sabemos que a visão do sujeito/aluno se modificou ao longo dos anos, e que a pessoa com deficiência passou a ocupar um lugar na sociedade, da mesma forma que a sociedade passou a disponibilizar recursos que possibilitaram a igualdade de oportunidades. É possível então que a escola esteja distanciada da acessibilidade e da igualdade? Claro que não! A escola precisa se constituir de um espaço em que a aprendizagem e o desenvolvimento do aluno superem os paradigmas de padronização e da concepção anterior de sujeito. Nesse sentido as tecnologias assistivas ganham espaço e um papel de suma importância no contexto educacional, pois, oferecem outra visão sobre a limitação. Isso representa dizer que não importa se a deficiência é física ou biológica, o que importa é que os artefatos podem possibilitar o desenvolvimento, a aprendizagem e consequentemente a inclusão, independentemente da limitação. Os artefatos tecnológicos são ferramentas que possibilitam e promovem a inclusão, além de valorizar as potencialidades e habilidades das pessoas com deficiência. A tecnologia permitiu tornar possível o que antes era impossível para essas pessoas. Para Santos e Pequeno (2011, p. 79) “Na sociedade da informação, a acessibilidade ao conhecimento digital permite ao incluído digital maximizar o tempo e suas potencialidades”, além de garantir qualidade de vida e um lugar na sociedade. 23 2.3 CONCEITOS E OBJETIVOS DA TECNOLOGIA ASSISTIVA A tecnologia assistiva (TA) além de garantir e promover a qualidade de vida, facilita a acessibilidade, promove aprendizagem, a interação social e o acesso da pessoa comdeficiência à informação e comunicação. A tecnologia assistiva refere-se a [...] toda e qualquer ferramenta, recurso ou estratégia e processo desenvolvido e utilizado com a finalidade de proporcionar maior independência e autonomia à pessoa com deficiência (ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS PARA A EDUCA- ÇÃO, A CIÊNCIA E A CULTURA , 2007, p. 29). O Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) define tecnologia assistiva como [...] tecnologias que reduzam ou eliminem as deficiências física, mental, visual e/ ou auditiva ou as limitações decorrentes dessas a fim de colaborar para a inclu- são social das pessoas portadoras de deficiência e dos idosos (BRASIL , 2005, p. 1). O Decreto n. 5.296 de 2 de dezembro de 2004 “[...] produtos, instrumentos e equipamentos ou tecnologias da pessoa portadora de deficiência ou com mobilidade reduzida, favorecendo a autonomia pessoal, total ou assistida” (BRASIL, 2004). A tecnologia assitiva é “uma área multidisciplinar de conhecimento na qual se desenvolvem estudos, produtos e pesquisas, visando promover a qualidade de vida e a inclusão social (SANTAROSA, 2010, p. 290). Figura 7: Exemplos de produtos e serviços de tecnologia assistiva Fonte: Adaptado de Lopes; Ortoponto (2017; 2019) Assista o vídeo “O que é Tecnologia Assistiva - Tecnologia adaptativa?” e conheça um pouco mais sobre Tecnologia Assistiva. LINK: https://bit.ly/2J3gmID BUSQUE POR MAIS 24 Por meio das imagens e dos vídeos, podemos perceber que a TA compreende desde uma bengala a um moderno e complexo sistema de prótese mecânica que proporciona às pessoas com deficiência qualidade de vida e inclusão social. Assista o vídeo e conheça as potencialidades da tecnologia assistiva na educação inclusiva. LINK: https://bit.ly/3fsgk92 BUSQUE POR MAIS Pensando nos vídeos que você assistiu podemos dizer que a: Figura 8: Necessidade e acesso Fonte: Elaborado pelo Autor (2020) Nesse contexto podemos pensar que a tecnologia assistiva em um contexto educacional é igual ou diferente da tecnologia? Para responder a essa pergunta, entenda a diferença de acordo com Bersch, (2013, p. 12) A tecnologia educacional também é facilmente confundida com a Tecnologia Assistiva. Um aluno com deficiência física nos membros inferiores e que faz uso de cadeira de rodas, utilizará o computador com o mesmo objetivo que seus colegas: pesquisar na web, construir textos, tabular informações, organizar suas apresentações etc. O computador é para este aluno, como para seus colegas, uma ferramenta tecnológica aplicada no contexto educacional e, neste caso, não se trata de Tecnologia Assistiva. Qualquer aluno, tendo ou não deficiência ao utilizar um software educacional está se beneficiando da tecnologia para o aprendizado. Na escola o professor propõe novas ferramentas tecnológicas com objetivo de diversificar e qualificar o acesso ativo dos alunos às informações e também proporcionar a eles múltiplas formas de organizarem, expressarem e apresentarem os conhecimentos construídos. Quando então a tecnologia pode ser considerada Assistiva no contexto educacional? Quando ela é utilizada por um aluno com deficiência e tem por objetivo romper barreiras sensoriais, moto- ras ou cognitivas que limitam/impedem seu acesso às informações ou limitam/ impedem o registro e expressão sobre os conhecimentos adquiridos por ele; quando favorecem seu acesso e participação ativa e autônoma em projetos pe- dagógicos; quando possibilitam a manipulação de objetos de estudos; quando percebemos que sem este recurso tecnológico a participação ativa do aluno no desafio de aprendizagem seria restrito ou inexistente. São exemplos de TA no contexto educacional os mouses diferenciados, teclados virtuais com varreduras e acionadores, softwares de comunicação alternativa, leitores de texto, textos ampliados, textos em Braille, textos com símbolos, mobiliário acessível, recursos de mobilidade pessoal etc. De acordo com Bersch, (2013) a tecnologia assistiva tem objetivos diferenciados da tecnologia fora do contexto educacional e seu objetivo é promover o desenvolvimento humano e oportunizar a aprendizagem por vias diferenciadas. 25 Assista o vídeo e conheça as potencialidades da tecnolo- gia assistiva na educação inclusiva. LINK: https://bit.ly/3nQz05y BUSQUE POR MAIS Assista o vídeo e conheça as potencialidades da tecnologia assistiva na educação inclusiva. LINK: https://bit.ly/3l4X82A BUSQUE POR MAIS 26 1 - (Q799853 ) Conforme a Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva, a educação especial se organizou tradicionalmente como: a) Atendimento inconveniente particularizado substitutivo ao ensino aceitável, evidenciando diferentes compreensões, terminologias e modalidades que levaram à criação de instituições especializadas, escolas especiais e classes especiais. b) Atendimento grosseiro individualizado substitutivo ao ensino regular, evidenciando diferentes compreensões, terminologias e modalidades que levaram à criação de instituições especializadas, escolas especiais e classes especiais. c) Atendimento educacional especializado substitutivo ao ensino comum, evidenciando diferentes compreensões, terminologias e modalidades que levaram à criação de instituições especializadas, escolas especiais e classes especiais. d) Atendimento educativo inábil substitutivo ao ensino regular, evidenciando diferentes compreensões, terminologias e modalidades que levaram à criação de instituições especializadas, escolas especiais e classes especiais. e) Atendimento de ensino principiante substitutivo ao ensino superior, evidenciando diferentes compreensões, terminologias e modalidades que levaram à criação de instituições especializadas, escolas especiais e classes especiais. 2 - (Q797817) A Educação Inclusiva aposta na escola como comunidade educativa, defendendo um ambiente de aprendizagem diferenciado e de qualidade para todos os alunos. É uma escola que reconhece as diferenças, desenvolve-se com essa diversidade, dando sentido e significado ao ensino. Nesse sentido, analise as afirmativas a seguir e marque V (verdadeiro) ou F (falso). ( )De acordo com a filosofia da escola inclusiva, todas as crianças devem ser educadas numa escola isenta de barreiras pedagógicas, de organização administrativa e de gestão de recursos. ( )Perante um idealismo desejável que associa a inclusão, aos direitos humanos e à equidade social é dispensável que os docentes demonstrem atitudes inclusivas nas suas práticas. ( )O princípio da inclusão apela para uma escola que tenha em atenção a criança-todo, não só a criança aluno. ( )Deve preconizar o ajustamento de toda a comunidade educativa, adotando estratégias capazes de facilitar a aprendizagem a grupos de alunos, em que a inevitável diversidade é considerada como um fator de enriquecimento e um motor de desenvolvimento de toda a comunidade escolar. A sequência CORRETA é: a) V – F – V – V. b) F – V – F – V. c) V – F – V – F. d) F – V – F – F. e) F -F – V – V. FIXANDO O CONTEÚDO 27 3 - (Q799133) Antes, nós tínhamos a escola regular e a escola especial, separadamente. A educação inclusiva aparece para acabar com essa separação. Ela é a educação especial dentro da escola regular com o objetivo de permitir a convivência e a integração social dos alunos com deficiência favorecendo a diversidade. A educação inclusiva não é a mesma coisa que a educação especial. A educação especial é uma modalidade de ensino que tem a função de promover o desenvolvimento das habilidades das pessoas com deficiência, e que abrange todos os níveis do sistema de ensino, desde a educação infantil até a formação superior. Ela é responsável pelo atendimento especializado ao aluno e seu público-alvo são os alunos com algum tipo de deficiência (auditiva, visual, intelectual, física ou múltipla), com distúrbios de aprendizagem ou com altas habilidades (superdotados). A educação inclusiva é uma modalidade de ensino na qual o processo educativodeve ser considerado como um processo social, em que: a) o ensino a distância não pode ser utilizado como complementação da aprendizagem. b) as comunidades indígenas e quilombolas não se encontram contempladas. c) todas as pessoas, com deficiência ou não, têm o direito à escolarização. d) é fundamental o fortalecimento dos vínculos com as famílias e demais redes de apoio. e) o ensino religioso faz parte integrante da formação básica em prol da cidadania. 4 - (Q712865 ) A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional – LDB, Lei, 9.394/96, dispõe de orientações para os sistemas de ensino para o atendimento aos educandos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação. Quanto a formação de professores, o inciso III do art. 59 assegura: a) oferta de educação especial, dever constitucional do Estado, tem início na faixa etária de 0 (zero) a 6 (seis) anos, durante a educação infantil. b) O atendimento educacional será feito em classes, escolas ou serviços especializados, sempre que, em função das condições específicas dos alunos, não for possível a sua integração nas classes comuns de ensino regular. c) Professores com especialização adequada em nível médio ou superior, para atendimento especializado, bem como professores do ensino regular capacitados para a integração desses educandos nas classes comuns. d) Haverá, quando necessário, serviços de apoio especializado, na escola regular, para atender às peculiaridades da clientela de educação especial. e) Nas instituições públicas de educação superior, o professor ficará obrigado ao mínimo de 8 (oito) horas semanais de aulas. 5 - (Q781082) Sobre o Decreto 5.626/05, Capítulo IV: do uso e da difusão da Libras e da Língua Portuguesa para o acesso das pessoas surdas à educação, analise as afirmativas a seguir. I. As instituições federais de ensino devem ofertar, obrigatoriamente, desde a educação infantil, o ensino da Libras e também da Língua Portuguesa, como segunda língua para alunos surdos. II. O processo de inclusão da Libras como disciplina curricular deve iniciar-se nos cursos de Educação Especial, Fonoaudiologia, Pedagogia e Letras, ampliando-se progressivamente para as demais licenciaturas. 28 III. As instituições federais de ensino devem apoiar, na comunidade escolar, o uso e a difusão de Libras entre professores, alunos, funcionários, direção da escola e familiares, inclusive por meio da oferta de cursos. Assinale a) se somente as alternativas I e II estiverem corretas. b) se somente as alternativas II e III estiverem corretas. c) se somente as alternativas I e III estiverem corretas. d) se somente a alternativa III estiver correta. e) se todas as alternativas estiverem corretas. 6 - (Q781018) A respeito da perspectiva bilíngue utilizada para melhorar a acessibilidade e promover educação inclusiva de qualidade, assinale a alternativa incorreta. a) A presença do tradutor/intérprete em todas as aulas promove acesso aos conteúdos e facilita o contato com o professor ouvinte. b) Um dos recursos indispensáveis para a educação bilíngue são as tecnologias assistivas, tais como jogos didáticos e/ou softwares em língua de sinais. c) O currículo do ensino infantil para crianças surdas deve incluir o ensino oral/auditivo para garantir a eficácia do ensino-aprendizagem em língua de sinais. d) O ensino de língua portuguesa é priorizado a partir do momento que o surdo não consegue aprender a língua de sinais. e) Outro método a ser pensado no bilinguismo é o SignWriting, escrita de sinais, que pode auxiliar o surdo também no aprendizado de palavras e/ou frases de forma visual e espacial. 7 - (Q648334) Para a garantia do direito à educação básica e, especificamente, à educação profissional, preconizado no inciso IV, alínea a, do artigo 3º da Lei nº 12.764/2012, os sistemas de ensino devem efetuar a matrícula dos estudantes com Transtorno do Espectro Autista nas classes comuns de ensino regular, assegurando o acesso à escolarização, bem como ofertar os serviços da Educação Especial, dentre os quais: o Atendimento Educacional Especializado e o(a): a) profissional especialista. b) material de apoio. c) profissional de tecnologia. d) sala de reforço. e) profissional de apoio. 8 - Segundo o documento intitulado Política Nacional de Educação Especial na perspectiva da educação inclusiva, o Instituto dos Surdos Mudos foi uma das primeiras instituições criadas no Brasil para atender pessoas com deficiências. Hoje, esse Instituto é chamado de: a) Escola Brasileira de Surdos – EBS. b) Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais – APAE. c) Organização pela Educação Especializada – OEE. d) Instituto Nacional da Educação dos Surdos – INES. e) Sociedade Pestalozzi. 29 DESENHO UNIVERSAL DA APRENDIZAGEM UNIDADE 03 30 3.1 DESENHO UNIVERSAL DA APRENDIZAGEM E A TECNOLOGIA ASSISTIVA Nesta unidade conversaremos sobre o desenho Universal da Aprendizagem sua concepção objetivo e aplicação em sala de aula. Nos últimos anos, foram observadas mudanças que modificaram as práticas escolares, saímos de ações excludentes, segregativas e integração, para práticas de inclusão baseadas na diversidade. Nesse sentido, a tecnologia educacional tem andado de mãos dadas com mudanças de percepção e ação diante das necessidades especiais e educacionais (NEE). A consciência social e os dispositivos legais tem promovido de forma crescente a inclusão das pessoas com deficiência, por isso a necessidade de pesquisas e soluções tecnológicas que possam auxiliar o processo de inclusão, permitindo a essas pessoas o acesso à sociedade e a escola de forma digna. Muito se pesquisou e ainda são realizados diversos estudos sobre Tecnologia Assistida (TA), sua função e objetivos educacionais e não educacionais. A TA tem desempenhado um papel muito importante, pois, por meio dela são criados aplicativos, recursos, dispositivos, etc que possibilitam acesso/adaptação aos alunos que apresentam dificuldades na aprendizagem, comunicação, locomoção, interação entre outros. Fi g u ra 9 : E xe m p lo T A Fo n te : S ie ve s (2 0 20 ) Muito já foi feito e desenvolvido para que o mundo se torne acessível para as pessoas com deficiência. Além disso a lei 13.146/2015 (BRASIL, 2015) instituiu desenho universal como a concepção de produtos, ambientes, programas e serviços a serem usados por todas as pessoas, sem necessidade de adaptação ou de projeto específico, incluindo os recursos de tecnologia assistiva. De acordo com Galvão (2009)o desenho universal transforma as práticas excludentes em inlusivas, em que o sujeito passa a ter direito sobre suas ações e constrói sua autonomia e cidadania, por meio da equidade em oportunidades. O DUA surge como uma metodologia que visa atender às diferentes necessidades dos estudantes com a ajuda da tecnologia, possibilitando resultados positivos na aprendizagem. 31 Assista a palestra “Desenho Universal para a aprendizagem na perspectiva da In- clusão Escolar”, com a Dr. Ana Paula Zerbato. LINK: https://bit.ly/2UV8s6r BUSQUE POR MAIS Para Galvão Filho (2009)o DUA propõe metodologias, estratégias alternativas e eficazes que respondem às necessidades dos estudantes. Neste cenário é possível a construção de uma cultura de aprendizagem com base na diversidade das pessoas envolvidas, motivando os alunos a aprender e demonstrar o conhecimento apreendido. O DUA apresenta os progressos realizados pela tecnologia e mídia digital, inter- ligando várias formas de representação, expressão e motivação e afetamentos positivos nos alunos, pois oferece diversidade na aprendizagem flexibilidade e ajustes necessários. Este é um dos aspectos mais relevantes do DUA em relação ao papel da TA (GALVÃO FILHO, 2009, p. 46). Ainda segundo o autor devemos pensar o DUA pelas seguintes perspectivas: • Diversidade, como sendo algo que é do social. Ensinar na diversidade requer que os professores promovam um clima de aprendizado em salade aula e planejem atividades que permitam que todas as crianças se sintam seguras, respeitadas e valorizadas pelo que elas têm a contribuir. É nesse contexto educacional, que TA e DUA se tornam ferramentas que desempenham um papel importante no desenvolvimento integral de diversos alunos. • Tecnologia educacional e diversidade, destaca-se o papel positivo desempenhado pelas ferramentas tecnológicas para atender às necessidades dos alunos. Existem várias razões que justificam o uso de da TA: possibilitar ao aluno a superação de déficits e dificuldades de aprendizagem e a comunicação do sujeito com seu ambiente. • Tecnologia assistiva, realiza adaptações para pessoas com deficiências sensoriais, cognitivas e físicas através de software, dispositivos, recursos etc. • Desenho Universal para Aprendizagem, como o planejamento de materiais e atividades para tornar o currículo igualmente acessível. É um conceito que reúne várias perspectivas que têm impacto sobre a realidade educacional. O autor ainda complementa que a TA terá sempre um papel fundamental na educação do aluno com deficiência. Explicando! Crianças com restrição na locomoção muitas vezes necessitam de cadeiras de rodas adequadamente projetadas, interruptores adaptados, rampas, banheiros adaptados, barras, etc. O DUA não eliminará a necessidade de um dispositivo de assistência pessoal, sua função está voltada para a aprendizagem. Mas, um complementa o outro! Um autor de UDL sabe que cada aluno recebe informações, expressa conheci- mento e se envolve com a aprendizagem de uma maneira única. A estrutura UDL orienta os autores na criação de livros e materiais de aprendizagem que atendam e capitalizem essa diversidade desde o início. FIQUE ATENTO 32 Observe nas charges como a professora poderia ter utilizado a tecnologia como estratégia e aprendizagem, nas tarefas de casa e processos de avaliação. Figura 10: Tecnologia e aprendizagem 3.2 PRINCÍPIOS ORIENTADORES DO DESENHO UNIVERSAL DA APRENDIZAGEM Tradicionalmente, nas diferentes salas de aula das escolas, encontramos livros, materiais difíceis de modificar e ser adaptados às necessidades dos alunos em geral, especialmente aqueles com diversidade funcional. Por meio da tecnologia, os materiais de aprendizagem podem ser instantaneamente transformados em formatos mais apropriados para cada aluno individualmente. A tecnologia aplicada à educação e a tecnologia assistiva, somadas aos princípios do DUA, permitem uma personalização mais fácil e eficiente do currículo dos alunos, reduzindo barreiras. Assim, é preciso pensar nas adaptações de forma particular, singular e única, ou seja, no sujeito que aprende, e em que ritmo e condições ele aprende. Associado a isso, qual será a atividade ou estratégia, como isso pode ser pensado no currículo escolar, considerando que ele também precisará de adaptações. Avançando! Se o aluno for cego, na disciplina de matemática é preciso considerar que o material concreto a ser adaptado, poderá também ser usado pelos colegas videntes, essa adaptação beneficiará a todos da classe. Isso é inclusão para todos. Segundo Zerbato e Mendes (2018) o DUA fundamenta-se em pesquisas científicas acerca da aprendizagem e assinalam que: I. Aspectos emocionais e biológicos interferem na aprendizagem, ou seja, sono, alimentação e emoções são fatores que precisam ser considerados e respeitados no processo de aprendizagem, afinal,não se aprende com fome, com sono ou estando triste e deprimido; II. As experiências de aprendizagem precisam ser significativas, elas precisam representar algo para o sujeito, para que se transformem em aprendizagem e não em processo de memorização; III. As emoções podem motivar e desmotivar a aprender, criar, elaborar analisar e conhecer; IV. Ambiente e aprendizagem estão relacionados. Aqui destaca-se a relação entre os contextos de aprendizagem e a transferência da mesma para outros espaços; V. Singularidade é tudo. Cada um tem um tempo, estímulo e ritmo de aprendizagem; VI. Ameaças não contribuem para a aprendizagem , a contribuição vem do desafio, 33 desestabilização e estabilização do conhecimento. A seguir detalharemos na figura 10, os princípios do DUA, com base em redes afetivas, redes de conhecimento e redes de estratégia. Fi g u ra 11 : P ri n cí p io s or ie n ta d or es d o d es en h o u n iv er sa l p ar a a ap re n d iz ag em Fo n te : Z er b at o e M en d es (2 0 18 , p . 1 51 ) Vamos compreender o quadro por meio de um exemplo! Pense em duas crianças na sala de aula ouvindo uma história ao mesmo tempo. Um deles pode estar encantado com as palavras, com as imagens criadas na mente, atento a atividade, ansioso por mais. O segundo pode estar cansado, a história para ele não tem sentido, está completamente desinteressado, pensando em outra coisa para ocupar o tempo. A forma como eles ouvem a história é diferente, escutam e refletem utilizando suas redes afetivas. Então, qual seria o papel do professor diante de uma situação dessa? Ele deve tentar auxiliar o aluno a se conectar com a história de fora que ela se torne para ele significativa e acessível (ROSE & MEYER, 2016). Os avanços tecnológicos e as ciências da aprendizagem têm promovido o Plano de Desenvolvimento Individual (PDI) consequentemente a adaptação do currículo escolar possibilitando o acesso a aprendizagem. Você já viu uma situação como a descrita em sua prática profissional? Como você reagiu a situação? Quase estratégias utilizou para tornar sua aula acessível signi- ficativa a todos? FIQUE ATENTO Entende-se que para apresentar, ilustrar e reforçar um novo conteúdo podem ser utilizados diversos recursos de tecnologia assistiva (vídeos, podcasts, apresentações em PowerPoint, ebooks, etc) lembrando que cada aluno aprenderá de uma forma e que o DUA poderá auxiliar o professor a personalizar o material a ser utilizado bem como o recurso. A tecnologia digital oferece formas para o enfrentar os desafios ao personalizar a aprendizagem. 34 Para Zerbato e Mendes (2018)o engajamento do aluno na atividade é possível a partir de estratégias que: I. Ofereçam ajuste no desafio; II. Oportunizem a interação nos mais variados contextos de aprendizagem; III. Proporcionem incentivos e recompensas no processo de aprendizagem. VAMOS PENSAR? Diante do exposto quais softwares interativos, podcasts, jogos, músicas, formatos de avaliação processual, tutoria em pares ou outras atividades você utilizaria para resolver a situação do “Fique Atento” ou para sugerir para um grupo de professores em um mini curso sobre DUA? A tecnologia assitiva é uma grande aliada do DUA como forma de melhoria e aprimoramento das oportunidades educacionais, a partir de um currículo adaptado e não homogenizador para todos os alunos, mas, sobretudo, os que apresentam necessidades educativas especiais possam vencer os desafios se conectando de forma personalizada com o conteúdo. Assista a palestra “Desenho Universal para a para a Aprendizagem: contribuições e proposições inclusivas alinhadas entre a BNCC, a ABA e os alunos com TEA. A palestra trata de como a escola pode aprimorar o seu atendimento a alunos com o Transtorno do Espectro Autista (TEA) alinhada a BNCC, utilizando os princípios do DUA. LINK: https://bit.ly/3kVsQiA BUSQUE POR MAIS Nesta obra, os autores não inventaram o oceano ou a embarcação, mas tiveram a ousadia de mostrar como se navega num mar que to- dos conhecem e em que muitas teorias e ´achismos´ se confundiam. Amplie sua prática! LINK: https://bit.ly/2J91dFL BUSQUE POR MAIS 35 1 - Antes, nós tínhamos a escola regular e a escola especial, separadamente. A educação inclusiva aparece para acabar com essa separação. Ela é a educação especial dentro da escola regular com o objetivo de permitir a convivência e a integração social dos alunos com deficiência favorecendo a diversidade. A educação inclusiva não é a mesma coisaque a educação especial. A educação especial é uma modalidade de ensino que tem a função de promover o desenvolvimento das habilidades das pessoas com deficiência, e que abrange todos os níveis do sistema de ensino, desde a educação infantil até a formação superior. Ela é responsável pelo atendimento especializado ao aluno e seu público-alvo são os alunos com algum tipo de deficiência (auditiva, visual, intelectual, física ou múltipla), com distúrbios de aprendizagem ou com altas habilidades (superdotados). A educação inclusiva é uma modalidade de ensino na qual o processo educativo deve ser considerado como um processo social, em que: a) o ensino a distância não pode ser utilizado como complementação da aprendizagem. b) as comunidades indígenas e quilombolas não se encontram contempladas. c) todas as pessoas, com deficiência ou não, têm o direito à escolarização. d) é fundamental o fortalecimento dos vínculos com as famílias e demais redes de apoio. e) o ensino religioso faz parte integrante da formação básica em prol da cidadania. 2 - De acordo com a Lei de diretrizes e bases da educação nacional – Lei nº 9394/1996, os sistemas de ensino devem assegurar para os educandos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento, e altas habilidades ou superdotação, as seguintes condições de aprendizagem: I. Currículos, métodos, técnicas, recursos educativos e organização específicos, para atender às suas necessidades. II. Terminalidade específica para aqueles que não puderem atingir o nível exigido para a conclusão do ensino fundamental, em virtude de suas deficiências, e aceleração para concluir em menor tempo o programa escolar para os superdotados. III. Professores sem especialização adequada em nível médio ou superior, para atendimento especializado, bem como professores do ensino regular sem qualificação especifica para docência desses educandos nas classes comuns. IV. Educação especial para o trabalho, visando a sua efetiva integração na vida em sociedade, inclusive condições adequadas para os que não revelarem capacidade de inserção no trabalho competitivo, mediante articulação com os órgãos oficiais afins, bem como para aqueles que apresentam uma habilidade superior nas áreas artística, intelectual ou psicomotora. Qual (is) alternativa (s) que apresenta (m) a (s) afirmativa (s) CORRETA (S)? a) I, apenas. b) I, II e VI. c) I, III e VI. d) I e III. FIXANDO O CONTEÚDO 36 e) I e II. 3 - (Q779393) Analise as assertivas abaixo: I. De acordo com a Constituição Federal do Brasil de 1988, as atividades de pesquisa, de extensão e de estímulo e fomento à inovação realizadas por universidades e/ou por instituições de educação profissional e tecnológica poderão receber apoio financeiro do Poder Público. II. O plano nacional de educação (PNE), previsto na Lei de Diretrizes e Bases, tem duração quinquenal com o objetivo de articular o sistema nacional de educação em regime de colaboração e definir diretrizes, objetivos, metas executadas por meio de ações integradas dos poderes públicos das diferentes esferas federativas que conduzam a erradicação do analfabetismo, universalização do atendimento educacional especializado, melhoria da qualidade do ensino, formação para o trabalho, promoção humanística, científica e tecnológica do País e o estabelecimento de meta de aplicação de recursos públicos em educação como proporção do produto interno bruto. III. Uma das metas do PNE é elevar a taxa de alfabetização da população com 15 (quinze) anos ou mais para 93,5% (noventa e três inteiros e cinco décimos por cento) até 2015 e, até o final da vigência do plano, erradicar o analfabetismo absoluto e reduzir em 50% (cinquenta por cento) a taxa de analfabetismo funcional. IV. Outra meta do PNE é oferecer, no mínimo, 10% (dez por cento) das matrículas de educação de jovens e adultos, nos ensinos fundamental e médio, preferencialmente na forma integrada à educação profissional no turno noturno. V. De acordo com a Lei nº 12.711/2012, as instituições federais de educação superior vinculadas ao Ministério da Educação reservarão, em cada concurso seletivo para ingresso nos cursos de graduação, por curso e turno, no mínimo 25% (vinte e cinco por cento) de suas vagas para estudantes que tenham cursado integralmente o ensino médio em escolas públicas. Metade dessas vagas serão preenchidas, por curso e turno, por autodeclarados pretos, pardos e indígenas e por pessoas com deficiência, nos termos da legislação, em proporção ao total de vagas no mínimo igual à proporção respectiva de pretos, pardos, indígenas e pessoas com deficiência na população da unidade da Federação onde está instalada a instituição, segundo o último censo do IBGE. Assinale a alternativa que apresenta a opção CORRETA: a) Todas as assertivas são verdadeiras. b) Apenas as assertivas I e V são verdadeiras. c) As assertivas I, IV e V são verdadeiras. d) As assertivas II, IV e V são falsas. e) Todas as assertivas são falsas. 4 - (Q781681) A Matemática inclusiva, de acordo com a Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva considera que a educação inclusiva é uma ação política, cultural, social e pedagógica, desencadeada em defesa do direito de todos os alunos de estarem juntos, aprendendo e participando. Nesse sentido, o Atendimento Educativo Especializado (AEE), previsto na referida política, tem como uma de suas características 37 a) a escolarização da pessoa com necessidades educacionais especiais na educação básica, com prioridade. b) o atendimento preferencial em escolas especiais. c) o atendimento educacional especializado tem como função identificar, elaborar e organizar recursos pedagógicos e de acessibilidade que eliminem as barreiras para a plena participação dos alunos, considerando suas necessidades específicas. d) as crianças com necessidades educativas especiais sejam incluídas apenas em institutos de atendimentos especiais. e) o Atendimento Educativo Especializado seja ofertado somente em escolas específicas para crianças com deficiências 5 - (Q798751 ) Analise os itens a seguir. I. Atendimento educacional especializado, realizado no mesmo turno da classe comum, em substituição à escolarização que se processa na sala de aula. II. Transversalidade da educação especial desde a Educação Infantil até a Educação Superior. III. Acessibilidade urbanística, arquitetônica, nos mobiliários e equipamentos, nos transportes, na comunicação e informação. IV. Continuidade da escolarização nos níveis mais elevados do ensino quando amparada em diagnósticos emitidos após avaliações médicas e aplicação de testes psicométricos. São garantias previstas pela Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva a) I e III, apenas. b) II e III, apenas. c) II e IV, apenas d) I, II e IV, apenas. e) I, IV, apenas. 6 - De acordo com a Lei n° 13.146/2015 no que tange ao direito à educação, analise as afirmativas a seguir buscando identificar quais delas representam incumbências que o poder público deve assegurar, criar, desenvolver, implementar, incentivar, acompanhar e avaliar. I. Aprimoramento dos sistemas educacionais, visando a garantir condições de acesso, permanência, participação e aprendizagem, por meio da oferta de serviços e de recursos de acessibilidade que eliminem as barreiras e promovam a inclusão plena. II. Oferta de educação bilíngue, em Libras como primeira língua e na modalidade escrita da Língua Portuguesa como segunda língua, no projeto pedagógico do atendimento educacional especializado. III. Acesso da pessoa com deficiência, em igualdade de condições, a jogos e a atividades recreativas, esportivas e de lazer, no sistema escolar. IV. Adoção de medidas de apoio que favoreçam o desenvolvimento dos aspectos linguísticos, culturais, vocacionais e profissionais, levando-se em conta o talento, a criatividade, as habilidades e os interesses do estudante com deficiência. 38 Assinale a) se somente as alternativasI e II estiverem corretas. b) se somente as alternativas I, II e III estiverem corretas. c) se somente as alternativas I e IV estiverem corretas. d) se somente as alternativas I, III e IV estiverem corretas. e) se somente as alternativas III e IV estiverem corretas. 7 - Sobre os recursos para a aprendizagem de alunos com surdocegueira e deficiências múltiplas, relacione a segunda coluna de acordo com a primeira (1) Objetos de referência. (2) objetos de referência das atividades. (3) caixas de antecipação. (4) Calendários. ( ) São objetos que têm significados especiais, os quais têm a função de substituir a palavra e, assim, podem representar pessoas, objetos, lugares, atividades ou conceitos associados a eles. ( ) Instrumentos úteis no desenvolvimento da comunicação, no ensino de conceitos temporais abstratos e na ampliação do vocabulário, ( ) Devem ser utilizadas com crianças que ainda não têm nenhum sistema formal de comunicação. ( ) Permitem conhecer os primeiros objetos de referência que anteciparão as atividades e o conhecimento das primeiras palavras. Representam e antecipam as atividades do dia a) 1, 4, 3, 2. b) 1, 2, 3, 4. c) 3, 4, 2, 1. d) 1, 2, 4, 3. e) 4, 3, 2, 1. 8 - Sobre o atendimento educacional especializado de estudantes com deficiência intelectual, assinale a alternativa correta: a) O atendimento educacional especializado voltado para estudantes com deficiência intelectual caracteriza-se pela realização de ações específicas sobre seu comportamento. b) O professor especialista deve propor atividades que contribuam para a aprendizagem de conceitos em um ritmo mais lento do que aquele trabalhado em sala de aula regular. c) Para desenvolver o atendimento educacional especializado, basta que o professor conheça as especifidades cognitivas de seu estudante. d) Para potencializar o desenvolvimento e a aprendizagem do aluno com deficiência intelectual, o professor deverá usar recursos tecnológicos e didáticos adequados ao grau de deficiência intelectual dos estudantes, segundo laudo médico. e) A gestão dos processos de aprendizagem consiste na organização de situações de aprendizagem nos diferentes espaços acadêmicos, como salas de recurso multifuncional e sala de aula regular. 39 ESPAÇO ESCOLAR E O USO DAS TECNOLOGIAS ASSISTIVAS UNIDADE 04 40 4.1 PROFESSOR, TECNOLOGIA ASSISTIVA E ESTRATÉGIAS Nessa unidade conversaremos sobre o espaço escolar e o uso das tecnologias assistivas e as estratégias didáticas que podem ser utilizadas para aumentar o desempenho do aluno com deficiência. Segundo Galvão (2012) no espaço escolar a tecnologia assistiva promove a participação do aluno e a execução das atividades respeitando as diferenças e a diversidade, desde que esteja alinhada com os objetivos educacionais e os resultados de aprendizagem. Como já discutimos na unidade anterior, cada aluno é único e tem um tempo para aprender, ou seja, as formas de aprendizagem são variadas e se apresentam para o professor como um grande desafio: estar atento as mais variadas formas de aprendizagem, aos objetivos educacionais e aos resultados de aprendizagem. Logo, não é possível iniciar um ano letivo sem pensar a longo do prazo em um Plano de Desenvolvimento Individual (PDI), pois, o alinhamento de resultados de aprendizagem e objetivos educacionais para o aluno com deficiência passam por ele. Nesse sentido, é preciso repensar o espaço escolar, as práticas escolares, sobretudo a utilização das tecnologias assistivas. Para Santarosa (2010, p. 349) Tempo e espaço são categorias que devem ser estruturadas para possibilitar uma ruptura com a concepção de que todos os alunos devem, ao mesmo tem- po e no mesmo espaço, realizar todas as ações projetadas para atingir os objeti- vos elencados na construção de estratégia pedagógica. Assim podemos ir além das estratégias pedagógicas que estão no âmbito macro do contexto escolar e pensarmos nas estratégias didáticas, que compõe o âmbito micro, ou seja, a sala de aula em si. As estratégias pedagógicas são as ações e processos realizados com o objetivo de que o aluno alcance uma aprendizagem significativa, isso nos faz lembrar do Desenho Universal para a Aprendizagem (DUA). Lembrando que não podemos pensar a aprendizagem associada a tecnologia no seu aspecto mais tradicional, mas, na tecnologia aplicada à educação. Isso porque a tecnologia “pura” não apresenta recursos didáticos pensados para a educação, principalmente no que concerne à aprendizagem de pessoas com deficiência. À medida que a tecnologia aplicada à educação adentrou as salas de aula, as estratégias pedagógicas foram sendo modificadas, construídas e reconstruídas, a fim de atender à demanda de cada aluno. Nesse sentido, cabe então considerar alguns pontos importantes: • Conhecer e valorizar as potencialidades de cada aluno; • Respeitar os tempos de aprendizagem; • O Projeto Político Pedagógico precisa contemplar a tecnologia assistiva; • O aluno é o protagonista e o docente o mediador do processo de aprendizagem; • As metodologias ativas conferem à aprendizagem a sua personalização. 41 Como tornar o mundo mais acessível? As novas tecnologias ajudam a melhorar a qualidade de vida das pessoas com deficiência. A tecnologia assistiva não excluir a deficiência, mas possibilita a autonomia. LINK: https://bit.ly/33dJAM0 BUSQUE POR MAIS Video - Tecnologias assistivas para o ensino de crianças com deficiência física são desenvolvidas na UFSCar LINK: https://bit.ly/39dEhQg Sendo assim o professor deve oferecer desafios e alternativas de trabalho aos seus alunos, com o objetivo de ajudá-los a construir e posicionar-se de forma crítica, ativa e criativa sobre o conteúdo. O trabalho pode ser melhorado se a tecnologia assistiva estiver presente, os vídeos acima demonstram claramente essa ideia. Contudo, Galvão (2012) levanta alguns outros pontos merecem destaque quando pensamos em aprendizagem, para não incorrermos no erro de acreditar que a tecnologia assistiva seria a solução de todos os desafios da escola: • É essencial que o professor compreenda como o corpo e a mente da criança funcionam, como ela progride socialmente e emocionalmente, a fim de entender como ela aprende; • A família representa a maior parte do ambiente da criança, é onde ela recebe ou não o acolhimento, apoio psicológico e é inserida pelos pais socialmente. Diante do exposto, é de suma importância que o professor conheça a família e que ela de alguma forma faça parte da comunidade escolar, porque ela é parte do processo de aprendizagem; • O ambiente escolar também afeta o desenvolvimento da criança, seja ela com deficiência ou não. É interessante refletirmos sobre que tipo de ambiente a escola constrói para receber o aluno. Quais são os estímulos? Quais são os reforçadores positivos e negativos? O que a escola espera que esse aluno aprenda? Qual é a relação da escola com a família? • A escola, ao fornecer experiências de grupo, expande a consciência social e contribui para o desenvolvimento de atitudes e valores sociais, bem como para a compreensão acerca da diferença e da diversidade; • A criança é muito curiosa, é necessário que a escola/professor aproveitem essa curiosidade para personalizar a aprendizagem. Podemos ilustrar o que foi discutido e elucidado por Galvão (2012) por meio da tirinha abaixo, observe como as crianças são curiosas e fazem relação do que é ensinado com o que elas sabem e como compreendem o mundo, ou seja não existe personalização do ensino, apenas uma prática homogeinizadora da aprendizagem, com base em um currículo inflexível. 42 Figura 12: Aprendizagem não significativa Fonte: Oliveira (2010) VAMOS PENSAR? Você se lembra de passar por uma situação como a descrita em sua infância? Ou, você se recorda se ter proposto uma aprendizagem para seus alunos que não fazia nenhum sentido para eles? É hora de refletir sobre a prática! Em se tratando das atividades lúdicas, elas exigem a participação
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