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1
DENISE MATIAS SOARES SILVA
EDUCAÇÃO A 
DISTÂNCIAFACULDADE ÚNICA
TECNOLOGIA ASSISTIVA - COMUNICAÇÃO 
ALTERNATIVA E AUMENTATIVA
1
TECNOLOGIA ASSISTIVA - 
COMUNICAÇÃO ALTERNATIVA E AUMENTATIVA
DENISE MATIAS SOARES SILVA
DENISE MATIAS SOARES SILVA
Mestre em Psicologia do Trabalho (2019) pela PUCMinas. Possui Pós-Graduação em Do-
cência em Ensino Superior, pós-graduanda em Educação Inclusiva e Educação Especial 
(2019) pela UNINTER pós graduanda em Psicanálise e os desafios na Contemporaneidade 
pelO Pitágoras. Possui graduação em Pedagogia (1998) e Psicologia (2013) pela UNILESTE. 
Atua como coordenadora, tutora e professora conteudista do curso de Educação Especial 
na Faculdade Única Ipatinga.
1
FACULDADE ÚNICA EDITORIAL
Diretor Geral:
Diretor Executivo:
Ger. do Núcleo de Educação a Distância:
Coord. Pedag. da Equipe Multidisciplinar: 
Revisão Gramatical e Ortográfica:
Revisão/Diagramação/Estruturação:
Design:
Valdir Henrique Valério
William José Ferreira
Cristiane Lelis dos Santos
Gilvânia Barcelos Dias Teixeira
Izabel Cristina da Costa
Bárbara Carla Amorim O. Silva
Carla Jordânia G. de Souza
Rubens Henrique L. de Oliveira
Brayan Lazarino Santos 
Élen Cristina Teixeira Oliveira 
Maria Luiza Filgueiras
© 2020, Faculdade Única.
Este livro ou parte dele não podem ser reproduzidos por qualquer meio sem Autorização escrita do Editor.
NEaD – Núcleo de Educação as Distancia FACULDADE ÚNICA 
Rua Salermo, 299
Anexo 03 – Bairro Bethânia – CEP: 35164-779 – Ipatinga/MG
Tel (31) 2109 -2300 – 0800 724 2300
www.faculdadeunica.com.br
2
TEORIA E PRÁTICA DE ENSINO:
TECNOLOGIA ASSISTIVA -
COMUNICAÇÃO ALTERNATIVA E AUMENTATIVA
1° edição
Ipatinga, MG
Faculdade Única
2020
3
4
LEGENDA DE
Ícones
Trata-se dos conceitos, definições e informações importantes nas 
quais você precisa ficar atento.
Com o intuito de facilitar o seu estudo e uma melhor compreensão do 
conteúdo aplicado ao longo do livro didático, você irá encontrar ícones 
ao lado dos textos. Eles são para chamar a sua atenção para determinado 
trecho do conteúdo, cada um com uma função específica, mostradas a 
seguir:
São opções de links de vídeos, artigos, sites ou livros da biblioteca 
virtual, relacionados ao conteúdo apresentado no livro.
Espaço para reflexão sobre questões citadas em cada unidade, 
associando-os a suas ações.
Atividades de multipla escolha para ajudar na fixação dos 
conteúdos abordados no livro.
Apresentação dos significados de um determinado termo ou 
palavras mostradas no decorrer do livro.
 
 
 
FIQUE ATENTO
BUSQUE POR MAIS
VAMOS PENSAR?
FIXANDO O CONTEÚDO
GLOSSÁRIO
5
SUMÁRIO
1.1 Introdução..........................................................................................................................................................................................8
1.2 Conceituando a tecnologia...................................................................................................................................................11
1.3 Tecnologias da informação e comunicação: TICS................................................................................................13
2.1 Tecnologia e educação...........................................................................................................................................................20
2.2 Tecnologias assistivas e inclusão.....................................................................................................................................22
2.3 Conceitos e objetivos da tecnologia assistiva.........................................................................................................23 
3.1 Desenho universal da aprendizagem e a tecnologia assistiva...................................................................30
3.2 Princípios orientadores do desenho universal da aprendizagem...........................................................32
UNIDADE 1
UNIDADE 2
UNIDADE 3
TECNOLOGIA EM CONTEXTO
TECNOLOGIA, EDUCAÇÃO E INCLUSÃO
4.1 Professor, tecnologia assistiva e estratégias...........................................................................................................40
4.2 Atendimento educacional especializado e as tecnologias assistivas..................................................44
4.3 Comunicação alternativa....................................................................................................................................................45
4.4 Compreendendo o PCs.......................................................................................................................................................46
4.5 Boardmaker e o speaking dynamically......................................................................................................................47
UNIDADE 4
DESENHO UNIVERSAL DA APRENDIZAGEM
ESPAÇO ESCOLAR E O USO DAS TECNOLOGIAS ASSISTIVAS
UNIDADE 5
INCLUSÃO E ENSINO SUPERIOR
5.1 Inclusão assistiva na educação superior.....................................................................................................................53
UNIDADE 6
EDUCAÇÃO ESPECIAL E TECNOLOGIAS ASSISTIVAS
6.1 Educação especial e tecnologia assistiva...................................................................................................................62
6.2 AEE e seus objetivos...............................................................................................................................................................65
 6.2.1 Deficiência intelectual....................................................................................................................................................66
 6.2.2 Deficiência visual...............................................................................................................................................................66
 6.2.3 Surdez........................................................................................................................................................................................67
 6.2.4 Altas habilidades/superdotação...............................................................................................................................67
Referências Bibliográficas..........................................................................................................................................................72
6
UNIDADE 1
Nessa unidade discutiremos alguns aspectos teóricos e conceituais acerca das 
tecnologias, a fim de pensarmos a tecnologia assistiva como recursos que viabilizam 
a autonomia e promovem a acessibilidade à pessoa com deficiência.
UNIDADE 2
Nessa unidade conversaremos sobre o quanto é necessário se desvincular dos 
padrões tradicionais para nos aliarmos à tecnologia como ferramenta, recurso do 
processo de aprendizagem.
UNIDADE 3
Nesta unidade conversaremos sobre o desenho Universal da Aprendizagem sua 
concepção objetivo e aplicação em sala de aula.
UNIDADE 4
Nessa unidade conversaremos sobre o espaço escolar e o uso das tecnologias 
assistivas, e as estratégias didática que podem ser utilizadas para aumentar o 
desempenho do aluno com deficiência.
UNIDADE 5
Nessa unidade conversaremos sobre a educação inclusiva no ensino superior, as 
adaptações necessárias para as universidades e os desafios encontrados pelo aluno 
com deficiência.
UNIDADE 6
Conversaremos nessa unidade sobre a educação especial e a tecnologia assistiva em 
um contexto geral, recapitulando alguns pontos já discutidos e estudados.
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TECNOLOGIA EM CONTEXTO UNIDADE
01
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1.1 INTRODUÇÃO
 Nesse capítulo discutiremos alguns aspectos teóricos e conceituais acerca das tecnologias 
a fim de pensarmos a tecnologia assistiva como recurso que viabiliza a autonomia e promove 
acessibilidade da pessoa com deficiência. 
 É importante não sermos indiferentes ao assunto, dada a necessidade de refletirmos sobre o 
papel da tecnologiana sala de aula e nas esferas sociais, como influenciadora de nossas vivências, 
experiências, inclusão e como fator fundamental de interação.
 Ao avançarmos a reflexão para o contexto inclusivo, a tecnologia toma novos contornos por 
permitir outras possibilidades e acesso irrestrito a todo tipo de informação e aprendizagem. 
Por sua vez, a escola no contexto inclusivo se traduz em um espaço de troca de diferentes 
aprendizagens e vivências, espaço esse que deveria desvincular-se do ensino tradicional por 
considerar/acompanhar as mudanças e os avanços sociais que as tecnologias propiciam muito 
rapidamente à comunidade acadêmica.
 Se pensarmos sobre o nosso cotidiano, veremos que a tecnologia está inserida basicamente 
em todas as tarefas que executamos, e nos tornamos cada vez mais dependentes pelas facilidades 
que ela nos proporciona.
VAMOS PENSAR?
Quando você pensa em tecnologia o que lhe vem à cabeça? Ela representa somente os recur-
sos materiais, ou, sua inserção em nosso cotidiano está relacionada também com as práticas 
culturais? 
 Inicialmente precisamos pensar que a tecnologia não se constitui de um recurso isolado, 
antes de mais nada, ela reflete algumas mudanças comportamentais, sociais, econômicas e 
culturais, pelas quais todos nós passamos, alunos, professores, instituições, família, etc. 
 Um dos locais mais privilegiados por essas mudanças é a escola, que, ao ser assistida pelas 
tecnologias, principalmente a assistiva, abre possibilidades para que o estudante com deficiência 
se torne um sujeito completo, ativo e participante, responsável pela própria aprendizagem, tendo 
na tecnologia uma aliança para o seu processo de desenvolvimento, seja ele cognitivo ou motor. 
Isso chama-se acessibilidade.
 Se discutimos em diversas áreas do conhecimento a necessidade de fortalecimento 
da diversidade e de um contexto cada vez mais inclusivo, percebemos o quanto a tecnologia é 
fundamental para o enriquecimento de estratégias de aprendizagem, bem como um recurso 
potencializador da interação social, ou seja, o ensino tradicional e sua prática não “cabem” mais 
dentro da escola. 
 Não se trata apenas de modernização ou da aquisição dos mais variados recursos 
tecnológicos, trata-se da busca do desenvolvimento humano.
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 Ao pensamos na modernização, no avanço tecnológico e em equipamentos muito 
desenvolvidos, devemos refletir acerca do que antecede todo o processo de modernidade. Somos 
seres humanos e pensantes, o que nos difere dos animais. Assim, na tecnologia o movimento de 
busca por melhores condições ocorre desde os primórdios da civilização. 
 Mas, como assim desde os primórdios da civilização? 
 Se somos seres pensantes, fomos, somos e ainda seremos capazes de criar recursos ou 
artefatos que venham solucionar nossos problemas do cotidiano, suprir as nossas necessidades 
físicas, biológicas como também nossa sobrevivência.
 Voltemos no tempo! Você se lembra de uma tecnologia muito antiga e que surgiu da 
necessidade do homem de se desenvolver e que marcou a história? A roda é um dos nossos maiores 
exemplos de criação e tecnologia. 
 Essa ideia pode ser ilustrada por Monteiro Lobato, em História das invenções.
10
A natureza deu ao homem a Mão, que é uma perfeita maravilha. O cérebro deu à Mão a efici-
ência mecânica, que é mil vezes mais maravilhosa ainda. 
[...] 
A roda começou permitindo a multiplicação da força do pé. Sem aquele rolete que o fogo quei-
mou não teríamos os Fordes e os aviões. 
- Que tem o avião com a roda? 
- Tem tudo. É movido por meio de uma hélice, que não passa de uma roda com pás de um cer-
to jeito. Entre as várias filhas da roda está a hélice. Mas a roda não se generalizou nos tempos 
antigos como está generalizada hoje. Houve povos que a ignoravam. As populações primitivas 
da América, por exemplo, desconheceram-na completamente. Quando os primeiros coloniza-
dores introduziram aqui os veículos de roda, o espanto dos índios foi grande. A roda, ou antes 
o veículo de rodas, exige uma superfície lisa em que possa rodar; isto é, exige boa estrada. Ora, 
isso de estrada boa é coisa que só existe em certos países, de maneira que ainda hoje em mui-
tos pontos do mundo há menos veículos de roda do que veículos de quatro pés: o burro que 
leva carga ao lombo. 
[...] 
- E como veio o pé de ferro que corre: o trem? 
- Ah, isso foi interessante. Depois de descoberta a máquina a vapor, vários ingleses tiveram a 
ideia de fazer essa máquina puxar carros pesados nas estradas comuns. Montavam num pon-
to da estrada uma máquina a vapor fixa, para, por meio de enrolamento de uma corda, puxar 
carros. Era complicadíssimo e de pouco resultado nas distâncias grandes. A boa ideia então 
ocorreu a Stephenson: e se em vez de a máquina puxar os carros ela se puxasse a si mesma? 
Estuda que estuda, Stephenson resolveu o problema. Inventou a locomotiva, a máquina que 
se puxava a si própria. 
[...] 
Isso não era tudo. Para que tal máquina pudesse caminhar com rapidez, tornavam-se neces-
sários caminhos ótimos, bem calçados, bem nivelados, sem lama no tempo de chuva. E não 
havia tal coisa. Como resolver o problema? Stephenson imaginou os trilhos, isto é, duas estra-
dinhas paralelas feitas de ferro, de largura que bastasse para as rodas da sua locomotiva - e 
hoje o mundo inteiro está cortado de norte a sul e de leste a oeste por maravilhosas estradas 
de ferro, filhas da estradinha do grande inventor inglês (LOBATO, 2014, p. 55) .
BUSQUE POR MAIS
 O trecho do livro de Monteiro Lobato nos mostra o quanto a invenção da roda como tecnologia 
foi importante, e que a partir dela outras tecnologias foram se desenvolvendo com o objetivo de 
resolver problemas do cotidiano: transformar a natureza, modificar a história do homem, além de 
construir um processo de produção. 
 Por meio da história percebemos como a tecnologia foi modificando a sociedade: o avião, 
a roda, a estrada, o trem, a máquina a vapor, a locomotiva, ruas calçadas, trilhos... A tecnologia faz 
parte da vida homem, e com o passar dos anos passou também a fazer parte da história da escola, 
das famílias e das pessoas com deficiência.
As transformações por que passa essa sociedade produzem mudanças nos seus 
sistemas de produção, nas relações sociais e, por conseguinte, podem provocar 
conflitos e o surgimento de novos modelos culturais. Essas mudanças culturais 
muitas vezes representam as próprias adaptações dos indivíduos ao seu meio 
(MEDEIROS; VENTURA, 2007 , p. 273).
 A tecnologia segundo Laraia, (2001) desencadeia a adaptação e a ramificação de outras 
mudanças. Ela tornou e torna cada dia mais a vida da pessoa com deficiência viável e em condições 
de equidade, não apenas de igualdade.
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 Embora nossa sociedade tenha passado por mudanças significativas ao longo dos anos, 
como podemos perceber no trecho do texto de Monteiro Lobato, mudamos constantemente nossa 
forma de agir de viver em sociedade. 
 Por outro lado, a tecnologia nas últimas décadas aliada aos movimentos sociais e à legislação 
vem eliminando as barreiras físicas, possibilitando e facilitando a comunicação e o acesso à 
informação, ou seja, ela permite o tempo todo que nos adaptemos às transformações culturais 
(MEDEIROS; VENTURA, 2007 ).
 Moran (2000) avança a discussão propondo o conceito “sociedade interconectada”, porque 
segundo ele estamos passando por um novo processo de aprendizagem, estamos reaprendendo a 
nos comunicar, buscando uma relação entre ser humano e tecnologia, entre individual e coletivo. 
Podemos concluir que a tecnologia se relaciona com ao comportamento sociocultural, em que são 
concebidas ações e invenções para o desenvolvimento coletivo e bem-estar social.
1.2 CONCEITUANDO A TECNOLOGIA
 Vamos agora conversar sobre o conceito de tecnologia.Essa palavra vem do grego technê, 
que significa um ofício, arte ou habilidade, e logos, estudo. Portanto, tecnologia representa o estudo 
acerca de uma habilidade. Como já dito anteriormente, a sociedade vem passando por mudanças 
significativas ao longo dos anos, e esse conceito pode ganhar outras definições.
 Se refletirmos sob a ótica do utilitarismo, a tecnologia pode ser pensada em uma perspectiva 
instrumental, contudo, atualmente ela se define para muito além da técnica e da visão utilitarista, 
pois, sabemos que além dos processos de desenvolvimento de instrumentos, ela abrange o campo 
dos estudos vinculados ao aspecto sociocultural. Bastos (1998, p. 92) define a tecnologia como:
[...] a capacidade de perceber, compreender, criar, adaptar, organizar e produ-
zir insumos, produtos e serviços. Em outros termos, a tecnologia transcende a 
dimensão puramente técnica, ao desenvolvimento experimental ou à pesquisa 
em laboratório; ela envolve dimensões de engenharia de produção, qualidade, 
gerência, marketing, assistência técnica, vendas, dentre outras, que a tornam 
um vetor fundamental de expressão da cultura das sociedades.
 Percebemos então que além do caráter técnico e descritivo, a tecnologia tem como função 
utilizar e aplicar os conhecimentos científicos produzidos, tornando-se uma ciência aplicada para 
a resolução de problemas. Poderíamos pensar em dividir a tecnologia da seguinte maneira:
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 Se a tecnologia se serve também dos estudos científicos, podemos considerar o fato de que 
ela está em constante transformação para que possa atender às demandas sociais, incluindo as 
demandas escolares.
Figura 4: Cérebro eletrônico
Fonte: Ribeiro e Nunes (2016)
 Podemos pensar que o que nos serve de tecnologia hoje pode não mais servir amanhã. 
Observe as imagens abaixo e tente buscar na memória outros tipos de tecnologia que sofreram 
transformações ao longo dos anos em função das demandas sociais e bem-estar coletivo.
Figura 5: Modernidade: computador de anos atrás e o atual
Fonte: Adaptado de Fiszman; Shoptime (2015; 2020)
13
Pensando na modernidade, nas atualizações constantes que a modernidade nos traz, asso-
ciando a modernidade à sala de aula, é possível pensarmos em um mundo sem as aplicabili-
dades da tecnologia? 
FIQUE ATENTO
 Sabemos que hoje é impossível viver em um contexto sem a interação tecnológica, que 
seja do computador, do celular, internet, etc. A tecnologia da informação e da comunicação nos 
rodeiam por onde quer que possamos ir, estão presentes em nosso cotidiano. 
 E na escola essa presença não pode ser diferente. É inaceitável que professores e demais 
profissionais ligados à educação não concebam a tecnologia como parte integrante do seu dia-a-dia, 
bem como das estratégias de aprendizagem e espaços de atendimento educacional especializado.
1.3 TECNOLOGIAS DA INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO: TICS
 Você sabe o que é ou já ouviu falar das Tecnologias da Informação e Comunicação, TICs? 
Para Felipe (2012, p. 20) elas podem ser consideradas:
Conjunto de recursos tecnológicos, utilizados de forma integrada, com um obje-
tivo comum; São utilizadas das mais diversas formas, na indústria (no processo 
de automação), no comércio (no gerenciamento, nas diversas formas de publi-
cidade), no setor de investimentos (informação simultânea, comunicação ime-
diata) e na educação (no processo de ensino aprendizagem).
 A respeito disso, podemos compreender que as TICs estão ligadas à acessibilidade e ao 
acesso à informação para todas as pessoas, ou seja, elas abrem um leque de possibilidades.
Assista o vídeo sobre TICs, as possibilidades ofertadas, exemplos de equipamentos 
e as aplicabilidades na área da educação, interação, socialização, atividades em 
equipe e estratégias de aprendizagem.
LINK: https://url.gratis/cng1J 
BUSQUE POR MAIS
 Contudo, as TICs não podem estar associadas à ideia de ensino tradicional, pois, esse tipo de 
ensino não permite pensar em possibilidades e estratégias diferenciadas que permitam o acesso à 
tecnologia, a informação, a democratização do ensino, a acessibilidade e principalmente a inclusão.
 Você saberia elencar alguns exemplos de TICs a serem usadas no meio educacional? 
Podemos iniciar a reflexão, pensando nas câmeras de vídeo. Elas são recursos acessíveis e podem 
ser utilizadas em sala de aula para melhorar o processo de ensino aprendizagem. Mas, você deve 
estar se perguntando como? Por meio de gravações de vídeos para os alunos ou realizado pelos 
alunos para produção ou explicação de conteúdo, divulgação e exploração de imagens, estudos 
posteriores às aulas, atividades em equipe entre outras. Para Moran (2007, p. 38)
14
Televisão e vídeo são sensoriais, visuais, linguagem falada, linguagem musical, 
escrita. Linguagens que interagem superpostas, interligadas, somadas, não se-
paradas. Daí sua força. Atingem-nos por todos os sentidos e de todas as manei-
ras. Televisão e vídeo nos seduzem, informam, entretém, projetam em outras 
realidades (no imaginário), em outros tempos e espaços.
 Além das tecnologias citadas pelo autor, podemos ainda elencar os tablets e celulares. 
Sabemos que algumas das queixas dos professores referem-se ao uso indiscriminado dessas TICs 
pelos alunos. Mas, porque não as transformar em aliadas para uma educação significativa? O celular 
é um recurso poderoso pedagógico que pode contribuir para o desenvolvimento das habilidades 
comunicativas dos alunos (RODRIGUES; RODRIGUES, 2012).
 Por outro lado, temos a internet e o computador, que juntos criam novos desafios, criam outras 
formas de aprendizagem que não são tradicionais, muito ao contrário, podem ser colaborativas e 
interativas. Para MORAN (1998, p. 128) 
Conheça o livro Tecnologia assistiva em educação especial e 
educação inclusiva e observe como a tecnologia se tornou um 
recurso indispensável a ser utilizado na sala de aula e sala de 
recursos.
LINK: https://tinyurl.com/y5u66ec7
BUSQUE POR MAIS
15
1 - (Q797162 )A sociedade vem passando por muitas mudanças, em grande medida 
provocadas e potencializadas pelo avanço das tecnologias da informação. Na escola, tais 
tecnologias também se fazem presentes. Sobre o uso das tecnologias da informação na 
escola, assinale a alternativa CORRETA.
a) Armazenamento em nuvem é uma tecnologia que permite o armazenamento de dados, 
tais quais planos de curso, planos de aula, sequências pedagógicas, textos de diversos 
gêneros, fotos, gravuras, dentre outros, num computador em sala de aula. Essa tecnologia 
garante que os dados estejam sempre
disponíveis ao professor e aos alunos.
b) Webquest, correio eletrônico, hipertexto e o uso de tablet garantem a efetiva 
aprendizagem em sala de aula.
c) Reálias e Phillips 66 são exemplos de tecnologias da informação que podem ser utilizadas 
na escola.
d) São denominados como “nativos digitais” a população nascida após os anos 2010.
e) Compreender, utilizar e criar tecnologias digitais de informação e comunicação de 
forma crítica, significativa, reflexiva e ética nas diversas práticas sociais (incluindo as 
escolares) para se comunicar, acessar e disseminar informações, produzir conhecimentos, 
resolver problemas e exercer protagonismo e autoria na vida pessoal e coletiva é uma das 
competências da BNCC.
2 - (Q797094 ) 2- Enquanto 12,6 milhões de pessoas procuram emprego no país, 160 mil 
postos de trabalho na área de tecnologia da informação não possuem profissionais para 
ocupá-los em 2019 [...]. O estudo mostra que 75% das empresas têm dificuldade para recrutar 
profissionais de TI. [...] ”temos tecnologias novas todos os dias. São poucos os candidatos 
que conseguem acompanhar esse movimento. [...] Mas a faculdade forma 30 pessoas por 
ano, e a gente tem uma única empresa com cem vagas por mês”, diz (a consultora sênior 
da empresa Michael Page).
O TEMPO. Sobram vagas para desenvolvedores de software. 3 nov. 2019, p. 10.De acordo com o texto, há dificuldades por parte de empresas em contratar profissionais 
de Tecnologia da Informação (TI) porque
a) as empresas exigem formação de nível superior em TI, e as faculdades, apegadas ao 
tradicionalismo pedagógico, não conseguem ampliar vagas para formação desses 
profissionais.
b) o surgimento de tecnologias novas todos os dias é o fator que leva à rejeição das pessoas 
de ingressarem na área de TI, pois isso tende a demandar delas estudo constante.
c) os profissionais de TI, por serem muito especializados, permanecem por longos períodos 
em seus postos de trabalho, causando estagnação na área.
d) um número sensível de vagas ofertadas na área de TI não encontra, entre pessoas que 
buscam emprego, profissionais habilitados para ocupá-las.
e) as empresas não exigem formação de nível superior em TI, e as faculdades, apegadas 
FIXANDO O CONTEÚDO
16
ao tradicionalismo pedagógico, não conseguem ampliar vagas para formação desses 
profissionais.
3 - (Q799094 ) O programa do MEC para educação a distância, que visa proporcionar 
formação continuada para o uso pedagógico das diferentes tecnologias da informação e 
da comunicação é denominado:
a) Mídias na Educação.
b) Educação Pedagógica a distância.
c) Internet na sala de aula.
d) Universidade aberta do Brasil.
e) O Computador em sala de aula.
4 - (Q783444 ) A respeito do acesso à informação e à comunicação da pessoa com deficiência, 
é correto afirmar que, segundo o Estatuto da Pessoa com Deficiência,
a) telecentros comunitários que receberem recursos públicos federais para seu custeio ou 
sua instalação devem possuir equipamentos e instalações acessíveis, não se estendendo 
tal obrigação legal às lan houses.
b) os fornecedores devem disponibilizar, mediante solicitação, exemplares de bulas, 
prospectos, textos ou qualquer outro tipo de material de divulgação em formato acessível.
c) considera-se barreira atitudinal formato não acessível de arquivos digitais, ou seja, 
que não podem ser reconhecidos e acessados por softwares leitores de telas ou outras 
tecnologias assistivas.
d) por expressa disposição legal, cabe à iniciativa privada incentivar a oferta de aparelhos 
de telefonia fixa e móvel com acessibilidade que permita a indicação e ampliação sonoras 
de todas as operações e funções disponíveis.
e) é obrigatória a acessibilidade nos sítios da internet mantidos por empresas com sede 
ou representação comercial no País ou no exterior ou por órgãos de governo, para uso da 
pessoa com deficiência.
5 - (Q799853) Conforme a Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da 
Educação Inclusiva, a educação especial se organizou tradicionalmente como:
a) Atendimento inconveniente particularizado substitutivo ao ensino aceitável, 
evidenciando diferentes compreensões, terminologias e modalidades que levaram à 
criação de instituições especializadas, escolas especiais e classes especiais.
b) Atendimento grosseiro individualizado substitutivo ao ensino regular, evidenciando 
diferentes compreensões, terminologias e modalidades que levaram à criação de 
instituições especializadas, escolas especiais e classes especiais.
c) Atendimento educacional especializado substitutivo ao ensino comum, evidenciando 
diferentes compreensões, terminologias e modalidades que levaram à criação de 
instituições especializadas, escolas especiais e classes especiais.
d) Atendimento educativo inábil substitutivo ao ensino regular, evidenciando diferentes 
compreensões, terminologias e modalidades que levaram à criação de instituições 
especializadas, escolas especiais e classes especiais.
e) Atendimento de ensino principiante substitutivo ao ensino superior, evidenciando 
diferentes compreensões, terminologias e modalidades que levaram à criação de 
17
instituições especializadas, escolas especiais e classes especiais.
6 - (Q7978170) A Educação Inclusiva aposta na escola como comunidade educativa, 
defendendo um ambiente de aprendizagem diferenciado e de qualidade para todos os 
alunos. É uma escola que reconhece as diferenças, desenvolve-se com essa diversidade, 
dando sentido e significado ao ensino. 
Nesse sentido, analise as afirmativas a seguir e marque V (verdadeiro) ou F (falso).
( ) De acordo com a filosofia da escola inclusiva, todas as crianças devem ser educadas 
numa escola isenta de barreiras pedagógicas, de organização administrativa e de gestão 
de recursos.
( )Perante um idealismo desejável que associa a inclusão, aos direitos humanos e à equidade 
social é dispensável que os docentes demonstrem atitudes inclusivas nas suas práticas.
( ) O princípio da inclusão apela para uma escola que tenha em atenção a criança-todo, 
não só a criança aluno.
( ) Deve preconizar o ajustamento de toda a comunidade educativa, adotando estratégias 
capazes de facilitar a aprendizagem a grupos de alunos, em que a inevitável diversidade é 
considerada como um fator de enriquecimento e um motor de desenvolvimento de toda 
a comunidade escolar.
A sequência CORRETA é:
a) V – F – V – V.
b) F – V – F – V.
c) V – F – V – F.
d) F – V – F – F.
e) V -V – V –V.
7 - (Q797158) O Plano Nacional de Educação (PNE) foi aprovado pela Lei nº 13.005, de 25 de 
junho de 2014. Sua vigência é de 10 anos e apresenta 20 metas, perspectivando a melhoria 
da educação no Brasil. 
I. Elevar a taxa de alfabetização da população com 15 (quinze) anos ou mais para 93,5% 
(noventa e três inteiros e cinco décimos por cento) até 2015 e, até o final da vigência deste 
PNE, erradicar o analfabetismo absoluto e reduzir em 70% (setenta por cento) a taxa de 
analfabetismo funcional é uma das metas do PNE.
II. Garantir, em regime de colaboração entre a União, os Estados, o Distrito Federal e os 
Municípios, no prazo de 1 (um) ano de vigência deste PNE, política nacional de formação 
dos profissionais da educação de que tratam os incisos I, II e III do caput do art. 61 da 
Lei nº 9.394/96, assegurado que todos os professores e as professoras da educação básica 
possuam formação específica de nível superior, obtida em curso de licenciatura na área de 
conhecimento em que atuam é a meta 15 do PNE.
III. Assegurar condições, no prazo de 2 (dois) anos, para a efetivação da gestão democrática 
da educação, associada a critérios técnicos de mérito e políticos de desempenho e à 
consulta pública à comunidade escolar, no âmbito das escolas públicas, prevendo recursos 
e apoio técnico da União para tanto é meta do PNE.
IV. Garantir fontes de financiamento permanentes e sustentáveis para todos os níveis, 
18
etapas e modalidades da educação básica, observando-se as políticas de colaboração 
entre os entes federados, em especial as decorrentes do art. 60 do Ato das Disposições 
Constitucionais Transitórias e do§ 1o do art. 75 da Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996, 
que tratam da capacidade de atendimento e do esforço fiscal de cada ente federado, com 
vistas a atender suas demandas educacionais à luz do padrão de qualidade nacional é uma 
das estratégias da meta 20 do PNE.
É CORRETO o que se afirma em:
a) II e III.
b) I, II e IV.
c) II, III e IV.
d) II e IV.
e) I, II e III.
8 - (Q792341) Considere o seguinte período do texto:
Embora tenha triplicado o número de professores com alguma formação em educação 
especial inclusiva, contam-se não muito mais que 100 mil deles no país.
O sentido expresso pela oração destacada, na relação que estabelece com o restante do 
enunciado, também pode ser corretamente identificado no trecho destacado em:
a) ... quando o país aderiu à Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência (...), 
era comum ouvir previsões negativas...
b) Apesar das dificuldades óbvias, ela se tornou lei em 2015 e criou raízes no tecido social.
c) Os empecilhos vão desde o acesso físico à escola, como o enfrentado por cadeirantes...
d) Bastaram alguns anos de convívio em sala, entretanto, para minorar preconceitos...
e) ... que não se confunde com incapacidade, como felizmente já vamos aprendendo.
19
TECNOLOGIA, EDUCAÇÃO E 
INCLUSÃO
UNIDADE02
20
2.1 TECNOLOGIA E EDUCAÇÃO
 Nesta unidade conversaremos sobre o quanto é necessário se desvincular dos padrões 
tradicionais já enraizados há décadas nas escolas para nos aliarmos à tecnologia como 
uma ferramenta, um recurso que faz parte do processo de aprendizagem. Iniciaremos 
nossa conversa com uma indagação:
VAMOS PENSAR?
Lembre-se do local em que você trabalha.
A instituição está estruturada fisicamente para promover e oferecer um ensino mediado pela 
tecnologia? 
 Sabemos que o ensino tem suas bases conceituais estruturadas no tradicionalismo, 
em uma educação bancária em que o professor é o protagonista do processo de ensino 
aprendizagem. Embora a educação infelizmente não acompanhe na mesma velocidade as 
transformações sociais, sabemos que as transformações educacionais hoje se referenciam 
como uma exigência. 
 A padronização das salas de aula em muitas instituições já foi abolida. Existem 
espaços que já foram pensados para processos e atividades colaborativas. Inúmeras 
são as propostas de salas de aula invertidas. Temos uma nova proposta de escola e de 
aprendizagem ancoradas em um novo sujeito, singular, subjetivo e diverso.
 As novas teorias de sujeito nasceram em meio à crise da racionalidade, fim do século 
XIX e anunciaram novas bases para a compreensão desse sujeito agente no mundo, e que 
se tornou um grande desafio para educadores e atos educativos (SPRICIGO; OLIVEIRA; 
MARTINS, 2016).
 Não se trata mais de apenas ultrapassar as barreiras tradicionais de ensino, como 
também é chegado o momento de compreender quem é o sujeito que está na sala de 
aula, quais são as suas dificuldades, seus interesses e valores culturais além de ampliar 
os espaços de aprendizagem. Para Moran (2000, p. 58) a ampliação dos espaços de 
aprendizagem pode se dar pelos espaços virtuais
Hoje entendemos por aula um espaço e um tempo determinados. Esse tempo 
e esse espaço serão cada vez mais flexíveis. O professor continua “dando aula” 
quando está disponível para receber e responder a mensagens dos alunos, 
quando cria uma lista de discussão e alimenta continuamente os alunos com 
textos, páginas da internet, fora do horário específico da sua aula. Há possibilida-
des cada vez mais acentuada de estarmos todos presentes em muitos tempos e 
espaços diferentes, quando tanto professores quanto alunos estão motivados e 
entendem a aula como pesquisa de intercâmbio, com os alunos sendo supervi-
sionados, animados e incentivados pelo professor. 
 O autor aponta também que não é suficiente termos o espaço da sala de aula e 
os equipamentos necessários, é preciso organização e gerenciamento das práticas, bem 
como, a reorganização dos ambientes. Avançando na reflexão, é importante pensar que se 
temos um contexto educacional diferenciado, é preciso refletir acerca do papel do professor 
em sala de aula. 
 Trata-se de um profissional diferenciado, que não ocupa mais o lugar de detentor 
21
do saber, isso não quer dizer que ele perdeu importância, ao contrário, seu conhecimento 
atualmente deve ser utilizado para a mediação da aprendizagem, buscando conhecer e 
ampliar as experiências dos alunos, assim com a contribuição de cada um no processo. 
Percebemos que as mudanças aparecem também no perfil do aluno. 
 Nesse contexto podemos pensar em uma aprendizagem ativa, numa relação entre 
aluno, professor e conhecimento. Estamos falando da superação da recepção passiva do 
aluno e da transferência apática por parte do professor. Não se trata mais de um aluno 
ouvinte e um docente falante, mas de uma prática em que o discente ouve, fala, pergunta, 
contesta e discute. 
Figura 6: O aluno perguntador
Fonte: Souza (2014)
 Saímos da passividade para um processo de análise que exige do aluno motivação e 
envolvimento para o desenvolvimento de tarefas mentais que envolvem análise, síntese e 
crítica. 
 Educador e educando aprendem juntos, numa relação dinâmica na qual a prática 
orientada pela teoria, reorienta essa teoria num processo de constante aperfeiçoamento 
(GADOTTI, 2001). 
 Se estamos falando de uma ação educativa envolvente, podemos pensar que as 
tecnologias são recursos didáticos utilizados pelos professores e que propiciam ao aluno 
não ser apenas um expectador da aula, mas um agente de sua própria aprendizagem: 
quanto mais recursos digitais, maior o envolvimento e aprendizagem duradoura, porque 
não serão aprendidos conceitos, mas habilidades, atitudes e competências que fazem 
sentido no mundo real do aluno, e não mais no mundo do professor e da intrincada sala de 
aula (SPRICIGO; OLIVEIRA; MARTINS, 2016).
 Percebemos o quanto é importante rever os papéis na escola. As práticas pedagógicas 
precisam urgentemente serem reavaliadas; ao professor, cabe, estar em constante formação 
e buscar conhecimentos acerca das tecnologias, deixar o papel de transmissor e assumir 
uma postura de mediador. A escola precisa mudar, se tornar interessante!
Assista a roda de conversa: “O uso de novas tecnologias na educação”
Observe como a tecnologia muda o cenário da aprendizagem e como ela está 
presente na sala de aula ampliando as possibilidades educacionais.
LINK: https://www.youtube.com/watch?v=7a7JaNacWco
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22
 Essas reflexões nos permitem compreender que a mudança de posturas de professor 
e aluno associadas ao uso da tecnologia, possibilita uma aprendizagem significativa. Por 
outro lado, não podemos deixar de pensar, que ela necessita ser proposta também no 
âmbito da inclusão, uma vez que a escola deve promover práticas inclusivas que privilegiem 
a acessibilidade e não práticas excludentes.
2.2 TECNOLOGIAS ASSISTIVAS E INCLUSÃO 
 A educação especial é considerada uma modalidade de ensino que durante um longo 
período de tempo foi vista sob uma perspectiva patológica e corretiva em que os alunos 
necessitavam se adaptar e se adequar aos padrões estabelecidos socialmente. Atualmente 
esse cenário foi completamente modificado, novas concepções foram estabelecidas em 
torno da educação especial, da inclusão e da pessoa com deficiência visando incluir e 
reconhecer e a cultura e privilegiar práticas inclusivas.
VAMOS PENSAR?
Pensando na perspectiva patológica e corretiva e nos avanços dos estudos sobre a aprendiza-
gem, qual era a visão do sujeito que tínhamos antes e que temos agora, fazendo a analogia a 
partir das concepções de ensino e de aprendizagem?
 Sabemos que a visão do sujeito/aluno se modificou ao longo dos anos, e que a pessoa 
com deficiência passou a ocupar um lugar na sociedade, da mesma forma que a sociedade 
passou a disponibilizar recursos que possibilitaram a igualdade de oportunidades. É 
possível então que a escola esteja distanciada da acessibilidade e da igualdade?
 Claro que não! A escola precisa se constituir de um espaço em que a aprendizagem 
e o desenvolvimento do aluno superem os paradigmas de padronização e da concepção 
anterior de sujeito.
 Nesse sentido as tecnologias assistivas ganham espaço e um papel de suma 
importância no contexto educacional, pois, oferecem outra visão sobre a limitação. Isso 
representa dizer que não importa se a deficiência é física ou biológica, o que importa é que 
os artefatos podem possibilitar o desenvolvimento, a aprendizagem e consequentemente 
a inclusão, independentemente da limitação.
 Os artefatos tecnológicos são ferramentas que possibilitam e promovem a inclusão, 
além de valorizar as potencialidades e habilidades das pessoas com deficiência. A tecnologia 
permitiu tornar possível o que antes era impossível para essas pessoas.
 Para Santos e Pequeno (2011, p. 79) “Na sociedade da informação, a acessibilidade 
ao conhecimento digital permite ao incluído digital maximizar o tempo e suas 
potencialidades”, além de garantir qualidade de vida e um lugar na sociedade.
23
2.3 CONCEITOS E OBJETIVOS DA TECNOLOGIA ASSISTIVA
 A tecnologia assistiva (TA) além de garantir e promover a qualidade de vida, facilita 
a acessibilidade, promove aprendizagem, a interação social e o acesso da pessoa comdeficiência à informação e comunicação. A tecnologia assistiva refere-se a
[...] toda e qualquer ferramenta, recurso ou estratégia e processo desenvolvido e 
utilizado com a finalidade de proporcionar maior independência e autonomia à 
pessoa com deficiência (ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS PARA A EDUCA-
ÇÃO, A CIÊNCIA E A CULTURA , 2007, p. 29).
 O Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) define tecnologia assistiva 
como
[...] tecnologias que reduzam ou eliminem as deficiências física, mental, visual e/
ou auditiva ou as limitações decorrentes dessas a fim de colaborar para a inclu-
são social das pessoas portadoras de deficiência e dos idosos (BRASIL , 2005, p. 
1).
 O Decreto n. 5.296 de 2 de dezembro de 2004 “[...] produtos, instrumentos e 
equipamentos ou tecnologias da pessoa portadora de deficiência ou com mobilidade 
reduzida, favorecendo a autonomia pessoal, total ou assistida” (BRASIL, 2004). 
 A tecnologia assitiva é “uma área multidisciplinar de conhecimento na qual se 
desenvolvem estudos, produtos e pesquisas, visando promover a qualidade de vida e a 
inclusão social (SANTAROSA, 2010, p. 290).
Figura 7: Exemplos de produtos e serviços de tecnologia assistiva
Fonte: Adaptado de Lopes; Ortoponto (2017; 2019)
Assista o vídeo “O que é Tecnologia Assistiva - Tecnologia adaptativa?” e conheça 
um pouco mais sobre Tecnologia Assistiva. 
LINK: https://bit.ly/2J3gmID
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24
 Por meio das imagens e dos vídeos, podemos perceber que a TA compreende desde 
uma bengala a um moderno e complexo sistema de prótese mecânica que proporciona às 
pessoas com deficiência qualidade de vida e inclusão social.
Assista o vídeo e conheça as potencialidades da tecnologia assistiva na educação 
inclusiva.
LINK: https://bit.ly/3fsgk92
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 Pensando nos vídeos que você assistiu podemos dizer que a:
Figura 8: Necessidade e acesso
Fonte: Elaborado pelo Autor (2020)
 Nesse contexto podemos pensar que a tecnologia assistiva em um contexto 
educacional é igual ou diferente da tecnologia? Para responder a essa pergunta, entenda 
a diferença de acordo com Bersch, (2013, p. 12)
A tecnologia educacional também é facilmente confundida com a Tecnologia 
Assistiva. Um aluno com deficiência física nos membros inferiores e que faz uso 
de cadeira de rodas, utilizará o computador com o mesmo objetivo que seus 
colegas: pesquisar na web, construir textos, tabular informações, organizar suas 
apresentações etc. O computador é para este aluno, como para seus colegas, 
uma ferramenta tecnológica aplicada no contexto educacional e, neste caso, 
não se trata de Tecnologia Assistiva. Qualquer aluno, tendo ou não deficiência 
ao utilizar um software educacional está se beneficiando da tecnologia para o 
aprendizado. Na escola o professor propõe novas ferramentas tecnológicas com 
objetivo de diversificar e qualificar o acesso ativo dos alunos às informações e 
também proporcionar a eles múltiplas formas de organizarem, expressarem e 
apresentarem os conhecimentos construídos. Quando então a tecnologia pode 
ser considerada Assistiva no contexto educacional? Quando ela é utilizada por 
um aluno com deficiência e tem por objetivo romper barreiras sensoriais, moto-
ras ou cognitivas que limitam/impedem seu acesso às informações ou limitam/
impedem o registro e expressão sobre os conhecimentos adquiridos por ele; 
quando favorecem seu acesso e participação ativa e autônoma em projetos pe-
dagógicos; quando possibilitam a manipulação de objetos de estudos; quando 
percebemos que sem este recurso tecnológico a participação ativa do aluno no 
desafio de aprendizagem seria restrito ou inexistente. São exemplos de TA no 
contexto educacional os mouses diferenciados, teclados virtuais com varreduras 
e acionadores, softwares de comunicação alternativa, leitores de texto, textos 
ampliados, textos em Braille, textos com símbolos, mobiliário acessível, recursos 
de mobilidade pessoal etc.
 De acordo com Bersch, (2013) a tecnologia assistiva tem objetivos diferenciados da 
tecnologia fora do contexto educacional e seu objetivo é promover o desenvolvimento 
humano e oportunizar a aprendizagem por vias diferenciadas.
25
Assista o vídeo e conheça as potencialidades da tecnolo-
gia assistiva na educação inclusiva.
LINK: https://bit.ly/3nQz05y
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Assista o vídeo e conheça as potencialidades da tecnologia assistiva na educação 
inclusiva.
LINK: https://bit.ly/3l4X82A
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26
1 - (Q799853 ) Conforme a Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da 
Educação Inclusiva, a educação especial se organizou tradicionalmente como:
a) Atendimento inconveniente particularizado substitutivo ao ensino aceitável, 
evidenciando diferentes compreensões, terminologias e modalidades que levaram à 
criação de instituições especializadas, escolas especiais e classes especiais.
b) Atendimento grosseiro individualizado substitutivo ao ensino regular, evidenciando 
diferentes compreensões, terminologias e modalidades que levaram à criação de 
instituições especializadas, escolas especiais e classes especiais.
c) Atendimento educacional especializado substitutivo ao ensino comum, evidenciando 
diferentes compreensões, terminologias e modalidades que levaram à criação de 
instituições especializadas, escolas especiais e classes especiais.
d) Atendimento educativo inábil substitutivo ao ensino regular, evidenciando diferentes 
compreensões, terminologias e modalidades que levaram à criação de instituições 
especializadas, escolas especiais e classes especiais.
e) Atendimento de ensino principiante substitutivo ao ensino superior, evidenciando 
diferentes compreensões, terminologias e modalidades que levaram à criação de 
instituições especializadas, escolas especiais e classes especiais.
2 - (Q797817) A Educação Inclusiva aposta na escola como comunidade educativa, 
defendendo um ambiente de aprendizagem diferenciado e de qualidade para todos os 
alunos. É uma escola que reconhece as diferenças, desenvolve-se com essa diversidade, 
dando sentido e significado ao ensino. Nesse sentido, analise as afirmativas a seguir e 
marque V (verdadeiro) ou F (falso).
( )De acordo com a filosofia da escola inclusiva, todas as crianças devem ser educadas 
numa escola isenta de barreiras pedagógicas, de organização administrativa e de gestão 
de recursos.
( )Perante um idealismo desejável que associa a inclusão, aos direitos humanos e à equidade 
social é dispensável que os docentes demonstrem atitudes inclusivas nas suas práticas.
( )O princípio da inclusão apela para uma escola que tenha em atenção a criança-todo, não 
só a criança aluno.
( )Deve preconizar o ajustamento de toda a comunidade educativa, adotando estratégias 
capazes de facilitar a aprendizagem a grupos de alunos, em que a inevitável diversidade é 
considerada como um fator de enriquecimento e um motor de desenvolvimento de toda 
a comunidade escolar.
A sequência CORRETA é:
a) V – F – V – V.
b) F – V – F – V.
c) V – F – V – F.
d) F – V – F – F.
e) F -F – V – V.
FIXANDO O CONTEÚDO
27
3 - (Q799133) Antes, nós tínhamos a escola regular e a escola especial, separadamente. A 
educação inclusiva aparece para acabar com essa separação. Ela é a educação especial 
dentro da escola regular com o objetivo de permitir a convivência e a integração social dos 
alunos com deficiência favorecendo a diversidade. A educação inclusiva não é a mesma 
coisa que a educação especial. A educação especial é uma modalidade de ensino que tem 
a função de promover o desenvolvimento das habilidades das pessoas com deficiência, e 
que abrange todos os níveis do sistema de ensino, desde a educação infantil até a formação 
superior. Ela é responsável pelo atendimento especializado ao aluno e seu público-alvo são 
os alunos com algum tipo de deficiência (auditiva, visual, intelectual, física ou múltipla), 
com distúrbios de aprendizagem ou com altas habilidades (superdotados).
A educação inclusiva é uma modalidade de ensino na qual o processo educativodeve ser 
considerado como um processo social, em que:
a) o ensino a distância não pode ser utilizado como complementação da aprendizagem.
b) as comunidades indígenas e quilombolas não se encontram contempladas.
c) todas as pessoas, com deficiência ou não, têm o direito à escolarização.
d) é fundamental o fortalecimento dos vínculos com as famílias e demais redes de apoio.
e) o ensino religioso faz parte integrante da formação básica em prol da cidadania.
4 - (Q712865 ) A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional – LDB, Lei, 9.394/96, dispõe 
de orientações para os sistemas de ensino para o atendimento aos educandos com 
deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação. 
Quanto a formação de professores, o inciso III do art. 59 assegura:
a) oferta de educação especial, dever constitucional do Estado, tem início na faixa etária de 
0 (zero) a 6 (seis) anos, durante a educação infantil.
b) O atendimento educacional será feito em classes, escolas ou serviços especializados, 
sempre que, em função das condições específicas dos alunos, não for possível a sua 
integração nas classes comuns de ensino regular.
c) Professores com especialização adequada em nível médio ou superior, para atendimento 
especializado, bem como professores do ensino regular capacitados para a integração 
desses educandos nas classes comuns.
d) Haverá, quando necessário, serviços de apoio especializado, na escola regular, para 
atender às peculiaridades da clientela de educação especial. 
e) Nas instituições públicas de educação superior, o professor ficará obrigado ao mínimo 
de 8 (oito) horas semanais de aulas.
5 - (Q781082) Sobre o Decreto 5.626/05, Capítulo IV: do uso e da difusão da Libras e da 
Língua Portuguesa para o acesso das pessoas surdas à educação, analise as afirmativas a 
seguir.
I. As instituições federais de ensino devem ofertar, obrigatoriamente, desde a educação 
infantil, o ensino da Libras e também da Língua Portuguesa, como segunda língua para 
alunos surdos. 
II. O processo de inclusão da Libras como disciplina curricular deve iniciar-se nos cursos de 
Educação Especial, Fonoaudiologia, Pedagogia e Letras, ampliando-se progressivamente 
para as demais licenciaturas. 
28
III. As instituições federais de ensino devem apoiar, na comunidade escolar, o uso e a difusão 
de Libras entre professores, alunos, funcionários, direção da escola e familiares, inclusive 
por meio da oferta de cursos. 
Assinale
a) se somente as alternativas I e II estiverem corretas.
b) se somente as alternativas II e III estiverem corretas.
c) se somente as alternativas I e III estiverem corretas. 
d) se somente a alternativa III estiver correta.
e) se todas as alternativas estiverem corretas.
6 - (Q781018) A respeito da perspectiva bilíngue utilizada para melhorar a acessibilidade e 
promover educação inclusiva de qualidade, assinale a alternativa incorreta.
a) A presença do tradutor/intérprete em todas as aulas promove acesso aos conteúdos e 
facilita o contato com o professor ouvinte.
b) Um dos recursos indispensáveis para a educação bilíngue são as tecnologias assistivas, 
tais como jogos didáticos e/ou softwares em língua de sinais.
c) O currículo do ensino infantil para crianças surdas deve incluir o ensino oral/auditivo para 
garantir a eficácia do ensino-aprendizagem em língua de sinais.
d) O ensino de língua portuguesa é priorizado a partir do momento que o surdo não 
consegue aprender a língua de sinais.
e) Outro método a ser pensado no bilinguismo é o SignWriting, escrita de sinais, que pode 
auxiliar o surdo também no aprendizado de palavras e/ou frases de forma visual e espacial.
7 - (Q648334) Para a garantia do direito à educação básica e, especificamente, à educação 
profissional, preconizado no inciso IV, alínea a, do artigo 3º da Lei nº 12.764/2012, os sistemas 
de ensino devem efetuar a matrícula dos estudantes com Transtorno do Espectro Autista 
nas classes comuns de ensino regular, assegurando o acesso à escolarização, bem como 
ofertar os serviços da Educação Especial, dentre os quais: o Atendimento Educacional 
Especializado e o(a):
a) profissional especialista.
b) material de apoio.
c) profissional de tecnologia.
d) sala de reforço.
e) profissional de apoio.
8 - Segundo o documento intitulado Política Nacional de Educação Especial na perspectiva 
da educação inclusiva, o Instituto dos Surdos Mudos foi uma das primeiras instituições 
criadas no Brasil para atender pessoas com deficiências.
Hoje, esse Instituto é chamado de:
a) Escola Brasileira de Surdos – EBS.
b) Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais – APAE.
c) Organização pela Educação Especializada – OEE.
d) Instituto Nacional da Educação dos Surdos – INES.
e) Sociedade Pestalozzi.
29
DESENHO UNIVERSAL DA 
APRENDIZAGEM
UNIDADE
03
30
3.1 DESENHO UNIVERSAL DA APRENDIZAGEM 
E A TECNOLOGIA ASSISTIVA
 Nesta unidade conversaremos sobre o desenho Universal da Aprendizagem sua 
concepção objetivo e aplicação em sala de aula. 
 Nos últimos anos, foram observadas mudanças que modificaram as práticas 
escolares, saímos de ações excludentes, segregativas e integração, para práticas de 
inclusão baseadas na diversidade. Nesse sentido, a tecnologia educacional tem andado 
de mãos dadas com mudanças de percepção e ação diante das necessidades especiais e 
educacionais (NEE). 
 A consciência social e os dispositivos legais tem promovido de forma crescente a 
inclusão das pessoas com deficiência, por isso a necessidade de pesquisas e soluções 
tecnológicas que possam auxiliar o processo de inclusão, permitindo a essas pessoas o 
acesso à sociedade e a escola de forma digna.
 Muito se pesquisou e ainda são realizados diversos estudos sobre Tecnologia Assistida 
(TA), sua função e objetivos educacionais e não educacionais. A TA tem desempenhado um 
papel muito importante, pois, por meio dela são criados aplicativos, recursos, dispositivos, 
etc que possibilitam acesso/adaptação aos alunos que apresentam dificuldades na 
aprendizagem, comunicação, locomoção, interação entre outros.
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 Muito já foi feito e desenvolvido para que o mundo se torne acessível para as pessoas 
com deficiência. Além disso a lei 13.146/2015 (BRASIL, 2015) instituiu desenho universal como 
a concepção de produtos, ambientes, programas e serviços a serem usados por todas as 
pessoas, sem necessidade de adaptação ou de projeto específico, incluindo os recursos de 
tecnologia assistiva. 
 De acordo com Galvão (2009)o desenho universal transforma as práticas excludentes 
em inlusivas, em que o sujeito passa a ter direito sobre suas ações e constrói sua autonomia 
e cidadania, por meio da equidade em oportunidades. 
 O DUA surge como uma metodologia que visa atender às diferentes necessidades 
dos estudantes com a ajuda da tecnologia, possibilitando resultados positivos na 
aprendizagem.
31
Assista a palestra “Desenho Universal para a aprendizagem na perspectiva da In-
clusão Escolar”, com a Dr. Ana Paula Zerbato.
LINK: https://bit.ly/2UV8s6r
BUSQUE POR MAIS
 Para Galvão Filho (2009)o DUA propõe metodologias, estratégias alternativas e 
eficazes que respondem às necessidades dos estudantes. Neste cenário é possível a 
construção de uma cultura de aprendizagem com base na diversidade das pessoas 
envolvidas, motivando os alunos a aprender e demonstrar o conhecimento apreendido.
O DUA apresenta os progressos realizados pela tecnologia e mídia digital, inter-
ligando várias formas de representação, expressão e motivação e afetamentos 
positivos nos alunos, pois oferece diversidade na aprendizagem flexibilidade e 
ajustes necessários. Este é um dos aspectos mais relevantes do DUA em relação 
ao papel da TA (GALVÃO FILHO, 2009, p. 46).
 Ainda segundo o autor devemos pensar o DUA pelas seguintes perspectivas:
 • Diversidade, como sendo algo que é do social. Ensinar na diversidade requer que 
os professores promovam um clima de aprendizado em salade aula e planejem atividades 
que permitam que todas as crianças se sintam seguras, respeitadas e valorizadas pelo que 
elas têm a contribuir. É nesse contexto educacional, que TA e DUA se tornam ferramentas 
que desempenham um papel importante no desenvolvimento integral de diversos alunos.
 • Tecnologia educacional e diversidade, destaca-se o papel positivo desempenhado 
pelas ferramentas tecnológicas para atender às necessidades dos alunos. Existem várias 
razões que justificam o uso de da TA: possibilitar ao aluno a superação de déficits e 
dificuldades de aprendizagem e a comunicação do sujeito com seu ambiente.
 • Tecnologia assistiva, realiza adaptações para pessoas com deficiências sensoriais, 
cognitivas e físicas através de software, dispositivos, recursos etc. 
 • Desenho Universal para Aprendizagem, como o planejamento de materiais e 
atividades para tornar o currículo igualmente acessível. É um conceito que reúne várias 
perspectivas que têm impacto sobre a realidade educacional. 
 O autor ainda complementa que a TA terá sempre um papel fundamental na 
educação do aluno com deficiência. Explicando! Crianças com restrição na locomoção 
muitas vezes necessitam de cadeiras de rodas adequadamente projetadas, interruptores 
adaptados, rampas, banheiros adaptados, barras, etc. O DUA não eliminará a necessidade 
de um dispositivo de assistência pessoal, sua função está voltada para a aprendizagem. 
Mas, um complementa o outro!
Um autor de UDL sabe que cada aluno recebe informações, expressa conheci-
mento e se envolve com a aprendizagem de uma maneira única. A estrutura UDL 
orienta os autores na criação de livros e materiais de aprendizagem que atendam 
e capitalizem essa diversidade desde o início.
FIQUE ATENTO
32
 Observe nas charges como a professora poderia ter utilizado a tecnologia como 
estratégia e aprendizagem, nas tarefas de casa e processos de avaliação.
Figura 10: Tecnologia e aprendizagem
3.2 PRINCÍPIOS ORIENTADORES DO DESENHO 
UNIVERSAL DA APRENDIZAGEM 
 Tradicionalmente, nas diferentes salas de aula das escolas, encontramos livros, 
materiais difíceis de modificar e ser adaptados às necessidades dos alunos em geral, 
especialmente aqueles com diversidade funcional. 
 Por meio da tecnologia, os materiais de aprendizagem podem ser instantaneamente 
transformados em formatos mais apropriados para cada aluno individualmente. A 
tecnologia aplicada à educação e a tecnologia assistiva, somadas aos princípios do DUA, 
permitem uma personalização mais fácil e eficiente do currículo dos alunos, reduzindo 
barreiras. 
 Assim, é preciso pensar nas adaptações de forma particular, singular e única, ou seja, 
no sujeito que aprende, e em que ritmo e condições ele aprende. Associado a isso, qual será 
a atividade ou estratégia, como isso pode ser pensado no currículo escolar, considerando 
que ele também precisará de adaptações. 
 Avançando! Se o aluno for cego, na disciplina de matemática é preciso considerar 
que o material concreto a ser adaptado, poderá também ser usado pelos colegas videntes, 
essa adaptação beneficiará a todos da classe. Isso é inclusão para todos.
 Segundo Zerbato e Mendes (2018) o DUA fundamenta-se em pesquisas científicas 
acerca da aprendizagem e assinalam que: 
 I. Aspectos emocionais e biológicos interferem na aprendizagem, ou seja, sono, 
alimentação e emoções são fatores que precisam ser considerados e respeitados no 
processo de aprendizagem, afinal,não se aprende com fome, com sono ou estando triste e 
deprimido;
 II. As experiências de aprendizagem precisam ser significativas, elas precisam 
representar algo para o sujeito, para que se transformem em aprendizagem e não em 
processo de memorização;
 III. As emoções podem motivar e desmotivar a aprender, criar, elaborar analisar e 
conhecer;
 IV. Ambiente e aprendizagem estão relacionados. Aqui destaca-se a relação entre os 
contextos de aprendizagem e a transferência da mesma para outros espaços;
 V. Singularidade é tudo. Cada um tem um tempo, estímulo e ritmo de aprendizagem;
 VI. Ameaças não contribuem para a aprendizagem , a contribuição vem do desafio, 
33
desestabilização e estabilização do conhecimento.
 A seguir detalharemos na figura 10, os princípios do DUA, com base em redes afetivas, 
redes de conhecimento e redes de estratégia.
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 Vamos compreender o quadro por meio de um exemplo! Pense em duas crianças 
na sala de aula ouvindo uma história ao mesmo tempo. Um deles pode estar encantado 
com as palavras, com as imagens criadas na mente, atento a atividade, ansioso por mais. 
O segundo pode estar cansado, a história para ele não tem sentido, está completamente 
desinteressado, pensando em outra coisa para ocupar o tempo. 
 A forma como eles ouvem a história é diferente, escutam e refletem utilizando suas 
redes afetivas. Então, qual seria o papel do professor diante de uma situação dessa? 
Ele deve tentar auxiliar o aluno a se conectar com a história de fora que ela se torne para 
ele significativa e acessível (ROSE & MEYER, 2016). 
 Os avanços tecnológicos e as ciências da aprendizagem têm promovido o Plano de 
Desenvolvimento Individual (PDI) consequentemente a adaptação do currículo escolar 
possibilitando o acesso a aprendizagem.
Você já viu uma situação como a descrita em sua prática profissional?
Como você reagiu a situação? Quase estratégias utilizou para tornar sua aula acessível signi-
ficativa a todos?
FIQUE ATENTO
 Entende-se que para apresentar, ilustrar e reforçar um novo conteúdo podem ser 
utilizados diversos recursos de tecnologia assistiva (vídeos, podcasts, apresentações em 
PowerPoint, ebooks, etc) lembrando que cada aluno aprenderá de uma forma e que o 
DUA poderá auxiliar o professor a personalizar o material a ser utilizado bem como o 
recurso. A tecnologia digital oferece formas para o enfrentar os desafios ao personalizar a 
aprendizagem. 
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 Para Zerbato e Mendes (2018)o engajamento do aluno na atividade é possível a 
partir de estratégias que:
 I. Ofereçam ajuste no desafio;
 II. Oportunizem a interação nos mais variados contextos de aprendizagem;
 III. Proporcionem incentivos e recompensas no processo de aprendizagem.
VAMOS PENSAR?
Diante do exposto quais softwares interativos, podcasts, jogos, músicas, formatos de avaliação 
processual, tutoria em pares ou outras atividades você utilizaria para resolver a situação do 
“Fique Atento” ou para sugerir para um grupo de professores em um 
mini curso sobre DUA?
 A tecnologia assitiva é uma grande aliada do DUA como forma de melhoria e 
aprimoramento das oportunidades educacionais, a partir de um currículo adaptado e não 
homogenizador para todos os alunos, mas, sobretudo, os que apresentam necessidades 
educativas especiais possam vencer os desafios se conectando de forma personalizada 
com o conteúdo.
Assista a palestra “Desenho Universal para a para a Aprendizagem: contribuições 
e proposições inclusivas alinhadas entre a BNCC, a ABA e os alunos com TEA. A 
palestra trata de como a escola pode aprimorar o seu atendimento a alunos com 
o Transtorno do Espectro Autista (TEA) alinhada a BNCC, utilizando os princípios 
do DUA.
LINK: https://bit.ly/3kVsQiA
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Nesta obra, os autores não inventaram o oceano ou a embarcação, 
mas tiveram a ousadia de mostrar como se navega num mar que to-
dos conhecem e em que muitas teorias e ´achismos´ se confundiam. 
Amplie sua prática!
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35
1 - Antes, nós tínhamos a escola regular e a escola especial, separadamente. A educação 
inclusiva aparece para acabar com essa separação. Ela é a educação especial dentro da 
escola regular com o objetivo de permitir a convivência e a integração social dos alunos 
com deficiência favorecendo a diversidade. A educação inclusiva não é a mesma coisaque a educação especial. A educação especial é uma modalidade de ensino que tem a 
função de promover o desenvolvimento das habilidades das pessoas com deficiência, e 
que abrange todos os níveis do sistema de ensino, desde a educação infantil até a formação 
superior. Ela é responsável pelo atendimento especializado ao aluno e seu público-alvo são 
os alunos com algum tipo de deficiência (auditiva, visual, intelectual, física ou múltipla), 
com distúrbios de aprendizagem ou com altas habilidades (superdotados).
A educação inclusiva é uma modalidade de ensino na qual o processo educativo deve ser 
considerado como um processo social, em que:
a) o ensino a distância não pode ser utilizado como complementação da aprendizagem.
b) as comunidades indígenas e quilombolas não se encontram contempladas.
c) todas as pessoas, com deficiência ou não, têm o direito à escolarização.
d) é fundamental o fortalecimento dos vínculos com as famílias e demais redes de apoio.
e) o ensino religioso faz parte integrante da formação básica em prol da cidadania.
2 - De acordo com a Lei de diretrizes e bases da educação nacional – Lei nº 9394/1996, 
os sistemas de ensino devem assegurar para os educandos com deficiência, transtornos 
globais do desenvolvimento, e altas habilidades ou superdotação, as seguintes condições 
de aprendizagem:
I. Currículos, métodos, técnicas, recursos educativos e organização específicos, para atender 
às suas necessidades.
II. Terminalidade específica para aqueles que não puderem atingir o nível exigido para 
a conclusão do ensino fundamental, em virtude de suas deficiências, e aceleração para 
concluir em menor tempo o programa escolar para os superdotados.
III. Professores sem especialização adequada em nível médio ou superior, para atendimento 
especializado, bem como professores do ensino regular sem qualificação especifica para 
docência desses educandos nas classes comuns.
IV. Educação especial para o trabalho, visando a sua efetiva integração na vida em sociedade, 
inclusive condições adequadas para os que não revelarem capacidade de inserção no 
trabalho competitivo, mediante articulação com os órgãos oficiais afins, bem como 
para aqueles que apresentam uma habilidade superior nas áreas artística, intelectual ou 
psicomotora.
Qual (is) alternativa (s) que apresenta (m) a (s) afirmativa (s) CORRETA (S)?
a) I, apenas.
b) I, II e VI.
c) I, III e VI.
d) I e III.
FIXANDO O CONTEÚDO
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e) I e II.
3 - (Q779393) Analise as assertivas abaixo:
I. De acordo com a Constituição Federal do Brasil de 1988, as atividades de pesquisa, 
de extensão e de estímulo e fomento à inovação realizadas por universidades e/ou por 
instituições de educação profissional e tecnológica poderão receber apoio financeiro do 
Poder Público.
II. O plano nacional de educação (PNE), previsto na Lei de Diretrizes e Bases, tem duração 
quinquenal com o objetivo de articular o sistema nacional de educação em regime de 
colaboração e definir diretrizes, objetivos, metas executadas por meio de ações integradas 
dos poderes públicos das diferentes esferas federativas que conduzam a erradicação 
do analfabetismo, universalização do atendimento educacional especializado, melhoria 
da qualidade do ensino, formação para o trabalho, promoção humanística, científica e 
tecnológica do País e o estabelecimento de meta de aplicação de recursos públicos em 
educação como proporção do produto interno bruto.
III. Uma das metas do PNE é elevar a taxa de alfabetização da população com 15 (quinze) 
anos ou mais para 93,5% (noventa e três inteiros e cinco décimos por cento) até 2015 e, até o 
final da vigência do plano, erradicar o analfabetismo absoluto e reduzir em 50% (cinquenta 
por cento) a taxa de analfabetismo funcional.
IV. Outra meta do PNE é oferecer, no mínimo, 10% (dez por cento) das matrículas de 
educação de jovens e adultos, nos ensinos fundamental e médio, preferencialmente na 
forma integrada à educação profissional no turno noturno.
V. De acordo com a Lei nº 12.711/2012, as instituições federais de educação superior vinculadas 
ao Ministério da Educação reservarão, em cada concurso seletivo para ingresso nos cursos 
de graduação, por curso e turno, no mínimo 25% (vinte e cinco por cento) de suas vagas 
para estudantes que tenham cursado integralmente o ensino médio em escolas públicas. 
Metade dessas vagas serão preenchidas, por curso e turno, por autodeclarados pretos, 
pardos e indígenas e por pessoas com deficiência, nos termos da legislação, em proporção 
ao total de vagas no mínimo igual à proporção respectiva de pretos, pardos, indígenas e 
pessoas com deficiência na população da unidade da Federação onde está instalada a 
instituição, segundo o último censo do IBGE.
Assinale a alternativa que apresenta a opção CORRETA:
a) Todas as assertivas são verdadeiras.
b) Apenas as assertivas I e V são verdadeiras.
c) As assertivas I, IV e V são verdadeiras.
d) As assertivas II, IV e V são falsas.
e) Todas as assertivas são falsas.
4 - (Q781681) A Matemática inclusiva, de acordo com a Política Nacional de Educação 
Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva considera que a educação inclusiva é uma 
ação política, cultural, social e pedagógica, desencadeada em defesa do direito de todos os 
alunos de estarem juntos, aprendendo e participando. 
Nesse sentido, o Atendimento Educativo Especializado (AEE), previsto na referida política, 
tem como uma de suas características
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a) a escolarização da pessoa com necessidades educacionais especiais na educação básica, 
com prioridade.
b) o atendimento preferencial em escolas especiais.
c) o atendimento educacional especializado tem como função identificar, elaborar e 
organizar recursos pedagógicos e de acessibilidade que eliminem as barreiras para a plena 
participação dos alunos, considerando suas necessidades específicas.
d) as crianças com necessidades educativas especiais sejam incluídas apenas em institutos 
de atendimentos especiais.
e) o Atendimento Educativo Especializado seja ofertado somente em escolas específicas 
para crianças com deficiências
5 - (Q798751 ) Analise os itens a seguir.
I. Atendimento educacional especializado, realizado no mesmo turno da classe comum, 
em substituição à escolarização que se processa na sala de aula.
II. Transversalidade da educação especial desde a Educação Infantil até a Educação Superior.
III. Acessibilidade urbanística, arquitetônica, nos mobiliários e equipamentos, nos 
transportes, na comunicação e informação.
IV. Continuidade da escolarização nos níveis mais elevados do ensino quando amparada 
em diagnósticos emitidos após avaliações médicas e aplicação de testes psicométricos.
São garantias previstas pela Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da 
Educação Inclusiva
a) I e III, apenas.
b) II e III, apenas.
c) II e IV, apenas
d) I, II e IV, apenas.
e) I, IV, apenas.
6 - De acordo com a Lei n° 13.146/2015 no que tange ao direito à educação, analise as 
afirmativas a seguir buscando identificar quais delas representam incumbências que o 
poder público deve assegurar, criar, desenvolver, implementar, incentivar, acompanhar e 
avaliar. 
I. Aprimoramento dos sistemas educacionais, visando a garantir condições de acesso, 
permanência, participação e aprendizagem, por meio da oferta de serviços e de recursos 
de acessibilidade que eliminem as barreiras e promovam a inclusão plena. 
II. Oferta de educação bilíngue, em Libras como primeira língua e na modalidade escrita 
da Língua Portuguesa como segunda língua, no projeto pedagógico do atendimento 
educacional especializado. 
III. Acesso da pessoa com deficiência, em igualdade de condições, a jogos e a atividades 
recreativas, esportivas e de lazer, no sistema escolar. IV. Adoção de medidas de apoio 
que favoreçam o desenvolvimento dos aspectos linguísticos, culturais, vocacionais e 
profissionais, levando-se em conta o talento, a criatividade, as habilidades e os interesses 
do estudante com deficiência. 
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Assinale
a) se somente as alternativasI e II estiverem corretas.
b) se somente as alternativas I, II e III estiverem corretas.
c) se somente as alternativas I e IV estiverem corretas.
d) se somente as alternativas I, III e IV estiverem corretas.
e) se somente as alternativas III e IV estiverem corretas.
7 - Sobre os recursos para a aprendizagem de alunos com surdocegueira e deficiências 
múltiplas, relacione a segunda coluna de acordo com a primeira 
(1) Objetos de referência. 
(2) objetos de referência das atividades. 
(3) caixas de antecipação. 
(4) Calendários. 
( ) São objetos que têm significados especiais, os quais têm a função de substituir a palavra 
e, assim, podem representar pessoas, objetos, lugares, atividades ou conceitos associados 
a eles. 
( ) Instrumentos úteis no desenvolvimento da comunicação, no ensino de conceitos 
temporais abstratos e na ampliação do vocabulário, 
( ) Devem ser utilizadas com crianças que ainda não têm nenhum sistema formal de 
comunicação. 
( ) Permitem conhecer os primeiros objetos de referência que anteciparão as atividades 
e o conhecimento das primeiras palavras. Representam e antecipam as atividades do dia
a) 1, 4, 3, 2.
b) 1, 2, 3, 4.
c) 3, 4, 2, 1.
d) 1, 2, 4, 3.
e) 4, 3, 2, 1.
8 - Sobre o atendimento educacional especializado de estudantes com deficiência 
intelectual, assinale a alternativa correta:
a) O atendimento educacional especializado voltado para estudantes com deficiência 
intelectual caracteriza-se pela realização de ações específicas sobre seu comportamento.
b) O professor especialista deve propor atividades que contribuam para a aprendizagem 
de conceitos em um ritmo mais lento do que aquele trabalhado em sala de aula regular.
c) Para desenvolver o atendimento educacional especializado, basta que o professor 
conheça as especifidades cognitivas de seu estudante.
d) Para potencializar o desenvolvimento e a aprendizagem do aluno com deficiência 
intelectual, o professor deverá usar recursos tecnológicos e didáticos adequados ao grau 
de deficiência intelectual dos estudantes, segundo laudo médico.
e) A gestão dos processos de aprendizagem consiste na organização de situações de 
aprendizagem nos diferentes espaços acadêmicos, como salas de recurso multifuncional 
e sala de aula regular.
39
ESPAÇO ESCOLAR E O USO DAS 
TECNOLOGIAS ASSISTIVAS
UNIDADE
04
40
4.1 PROFESSOR, TECNOLOGIA ASSISTIVA E ESTRATÉGIAS 
 Nessa unidade conversaremos sobre o espaço escolar e o uso das tecnologias 
assistivas e as estratégias didáticas que podem ser utilizadas para aumentar o desempenho 
do aluno com deficiência.
 Segundo Galvão (2012) no espaço escolar a tecnologia assistiva promove a participação 
do aluno e a execução das atividades respeitando as diferenças e a diversidade, desde que 
esteja alinhada com os objetivos educacionais e os resultados de aprendizagem.
 Como já discutimos na unidade anterior, cada aluno é único e tem um tempo para 
aprender, ou seja, as formas de aprendizagem são variadas e se apresentam para o professor 
como um grande desafio: estar atento as mais variadas formas de aprendizagem, aos 
objetivos educacionais e aos resultados de aprendizagem. Logo, não é possível iniciar um 
ano letivo sem pensar a longo do prazo em um Plano de Desenvolvimento Individual (PDI), 
pois, o alinhamento de resultados de aprendizagem e objetivos educacionais para o aluno 
com deficiência passam por ele.
 Nesse sentido, é preciso repensar o espaço escolar, as práticas escolares, sobretudo a 
utilização das tecnologias assistivas. Para Santarosa (2010, p. 349)
Tempo e espaço são categorias que devem ser estruturadas para possibilitar 
uma ruptura com a concepção de que todos os alunos devem, ao mesmo tem-
po e no mesmo espaço, realizar todas as ações projetadas para atingir os objeti-
vos elencados na construção de estratégia pedagógica.
 Assim podemos ir além das estratégias pedagógicas que estão no âmbito macro do 
contexto escolar e pensarmos nas estratégias didáticas, que compõe o âmbito micro, ou 
seja, a sala de aula em si.
 As estratégias pedagógicas são as ações e processos realizados com o objetivo de 
que o aluno alcance uma aprendizagem significativa, isso nos faz lembrar do Desenho 
Universal para a Aprendizagem (DUA). 
 Lembrando que não podemos pensar a aprendizagem associada a tecnologia no seu 
aspecto mais tradicional, mas, na tecnologia aplicada à educação. Isso porque a tecnologia 
“pura” não apresenta recursos didáticos pensados para a educação, principalmente no que 
concerne à aprendizagem de pessoas com deficiência. 
 À medida que a tecnologia aplicada à educação adentrou as salas de aula, as 
estratégias pedagógicas foram sendo modificadas, construídas e reconstruídas, a fim de 
atender à demanda de cada aluno. Nesse sentido, cabe então considerar alguns pontos 
importantes:
 • Conhecer e valorizar as potencialidades de cada aluno;
 • Respeitar os tempos de aprendizagem;
 • O Projeto Político Pedagógico precisa contemplar a tecnologia assistiva;
 • O aluno é o protagonista e o docente o mediador do processo de aprendizagem;
 • As metodologias ativas conferem à aprendizagem a sua personalização.
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Como tornar o mundo mais acessível? As novas tecnologias ajudam a melhorar a 
qualidade de vida das pessoas com deficiência. A tecnologia assistiva não excluir 
a deficiência, mas possibilita a autonomia.
LINK: https://bit.ly/33dJAM0
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Video - Tecnologias assistivas para o ensino de crianças com deficiência física são 
desenvolvidas na UFSCar
LINK: https://bit.ly/39dEhQg
 Sendo assim o professor deve oferecer desafios e alternativas de trabalho aos seus 
alunos, com o objetivo de ajudá-los a construir e posicionar-se de forma crítica, ativa e 
criativa sobre o conteúdo. O trabalho pode ser melhorado se a tecnologia assistiva estiver 
presente, os vídeos acima demonstram claramente essa ideia. 
 Contudo, Galvão (2012) levanta alguns outros pontos merecem destaque quando 
pensamos em aprendizagem, para não incorrermos no erro de acreditar que a tecnologia 
assistiva seria a solução de todos os desafios da escola:
 • É essencial que o professor compreenda como o corpo e a mente da criança 
funcionam, como ela progride socialmente e emocionalmente, a fim de entender como 
ela aprende; 
 • A família representa a maior parte do ambiente da criança, é onde ela recebe ou não 
o acolhimento, apoio psicológico e é inserida pelos pais socialmente. Diante do exposto, é 
de suma importância que o professor conheça a família e que ela de alguma forma faça 
parte da comunidade escolar, porque ela é parte do processo de aprendizagem;
 • O ambiente escolar também afeta o desenvolvimento da criança, seja ela com 
deficiência ou não. É interessante refletirmos sobre que tipo de ambiente a escola constrói 
para receber o aluno. Quais são os estímulos? Quais são os reforçadores positivos e 
negativos? O que a escola espera que esse aluno aprenda? Qual é a relação da escola com 
a família? 
 • A escola, ao fornecer experiências de grupo, expande a consciência social e contribui 
para o desenvolvimento de atitudes e valores sociais, bem como para a compreensão 
acerca da diferença e da diversidade; 
 • A criança é muito curiosa, é necessário que a escola/professor aproveitem essa 
curiosidade para personalizar a aprendizagem.
 Podemos ilustrar o que foi discutido e elucidado por Galvão (2012) por meio da 
tirinha abaixo, observe como as crianças são curiosas e fazem relação do que é ensinado 
com o que elas sabem e como compreendem o mundo, ou seja não existe personalização 
do ensino, apenas uma prática homogeinizadora da aprendizagem, com base em um 
currículo inflexível.
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Figura 12: Aprendizagem não significativa
Fonte: Oliveira (2010)
VAMOS PENSAR?
Você se lembra de passar por uma situação como a descrita em sua infância? Ou, você se 
recorda se ter proposto uma aprendizagem para seus alunos que não fazia nenhum sentido 
para eles? É hora de refletir sobre a prática!
 Em se tratando das atividades lúdicas, elas exigem a participação

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