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Documento 42 (2)

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INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO 
MARANHÃO - IFMA CAMPUS CODÓ 
CURSO: BACHARELADO EM AGRONOMIA 
DISCIPLINA: ECONOMIA RURAL 
Aluno (a): Arlete Rosa Fortes 
 
 RESUMO 
01 - Diferenciação e histórico das fases pré-científica e da fase científica; 
02 - Quais os principais pensadores, as principais escolas de cada uma 
das fases acima citadas; 
03 - Qual pensamento, contribuição, influencia e importância de cada um 
desses pensadores e suas respectivas escolas; 
04 - Qual a importância e influência do pensamento de Adam Smith e Karl 
Marx para a história da economia mundial. 
 
 
O pensamento econômico passou por diversas fases, que se diferenciam 
amplamente, com muitas discrepância e oposições. Contudo, a evolução 
deste pensamento pode ser dividida em dois grandes períodos: Fase Pré-
Científica e Fase Científica Econômica. 
 
A fase pré-científica é composta por três subperíodos. A Antiguidade 
Grega, que se caracteriza por um forte desenvolvimento nos estudos 
político-filosóficos. A Idade Média ou Pensamento Escolástico, repleta de 
doutrinas teológico-filosóficas e tentativas de moralização das atividades 
econômicas. E, o Mercantilismo, onde houve uma expansão dos mercados 
consumidores e, consequentemente, do comércio. 
 
A fase científica pode ser dividida em Fisiocracia, Escola Clássica e 
Pensamento Marxista. Esta primeira pregava a existência de uma "ordem 
natural", onde o Estado não deveria intervir (laissez-faire, laissez-passer) 
nas relações econômicas. Os doutrinadores clássicos acreditavam que o 
Estado deveria intervir para equilibrar o mercado (oferta e demanda), 
através do ajuste de preços ("mão-invisível"). Já o marxismo critava a 
"ordem natural" e a "harmonia de interesses" (defendida pelos clássicos), 
afirmando que tanto um como outro resultava na concentração de renda e 
na exploração do trabalho. Para os fisiocratas, a economia não deve ser 
regulada e nem guiada por forças que não são naturais. A economia seria 
controlada pelas leis naturais e, com isso, o mercado se acomodaria como 
deveria ser. A base da fisiocracia é a agricultura e a sociedade é dividida 
em três classes: Classe produtiva (agricultores), classe estéril (indústria, 
comercio e liberais) e a classe dos proprietários de terra onde ficavam os 
soberanos e o clero. 
Fisiocracia (Séc. XVIII) 
Doutrina de ordem natural: O Universo é regido por leis naturais, absolutas 
e imutáveis e universais, desejadas pela Providência divina para a felicidade 
dos homens. 
A palavra fisiocracia significa governo da natureza. Isto é, de acordo com o 
pensamento fisiocrata as atividades econômicas não deveriam ser 
reguladas de modo excessivo e nem guiadas por forças “antinaturais”. 
Deveria- se conceder uma maior liberdade a essas atividades, afinal “uma 
ordem imposta pela natureza e regida pelas leis naturais” governaria o 
mercado e tudo se acomodaria como tivesse que ser. 
Na fisiocracia a base econômica é a produção agrícola, ou seja, um 
liberalismo agrário, onde a sociedade estava dividida em três classes: 
• a classe produtiva, formada pelos agricultores. 
• a classe estéril, que engloba todos os que trabalham fora da 
agricultura (indústria, comércio e profissões liberais); 
• a classe dos proprietários de terra, que estava ao soberano e aos 
recebedores de dízimos (clero). 
https://www.coladaweb.com/politica/liberalismo
François Quesnay 
O fundador da escola fisiocrata, e da primeira fase científica da economia, 
foi François Quesnay (1694-1774), autor de livros que até hoje são 
inspiração para economistas atuais, como por exemplo Tableau 
Économique. Não se pode falar em fisiocracia, sem citar seu nome. 
Quesnay foi autor de alguns princípios, como o da filosofia social utilitarista, 
em que deveria se obter a máxima satisfação com um mínimo de esforço; o 
do harmonismo, não obstante a existência do antagonismo das classes 
sociais, acreditava-se na compatibilidade ou complementaridade dos 
interesses pessoais numa sociedade competitiva; e, por fim, a teoria do 
capital, onde os empresários só poderiam começar o seu empreendimento 
com um certo capital já acumulado, com os devidos equipamentos. 
Com o advento da fisiocracia surgiu duas grandes ideias de alta relevância 
para o desenvolvimento do pensamento econômico. A primeira diz que há 
uma ordem natural que rege todas as atividades econômicas, sendo inútil 
criar leis à organização econômica. A segunda se refere a maior importância 
da agricultura sobre o comércio e a indústria, ou seja, a terra é a fonte de 
todas as riquezas que mais tarde farão parte destes dois campos 
econômicos. 
A Escola Clássica (Fins do Séc. XVIII e início do séc. XIX) 
A base do pensamento da Escola Clássica é o liberalismo econômico, ora 
defendido pelos fisiocratas. Seu principal membro é Adam Smith, que não 
acreditava na forma mercantilista de desenvolvimento econômico e sim na 
concorrência que impulsiona o mercado e consequentemente faz girar a 
economia. 
A teoria clássica surgiu do estudo dos meios de manter a ordem econômica 
através do liberalismo e da interpretação das inovações tecnológicas 
provenientes da Revolução Industrial. 
Todo o contexto da Escola Clássica está sendo influenciado pela Revolução 
Industrial. É caracterizada pela busca no equilíbrio do mercado (oferta e 
demanda) via ajuste de preços, pela não- intervenção estatal na atividade 
econômica, prevalecendo a atuação da “ordem natural” e pela satisfação 
das necessidades humanas através da divisão do trabalho, que por sua vez 
aloca a força de trabalho em várias linhas de em de emprego. 
Adam Smith (1723-1790) 
Filósofo, teórico e economista, nascido na Escócia em 1723, dedicou-se 
quase que exclusivamente ao magistério. É considerado o pai da Economia 
Política Clássica Liberal. Seu pensamento filosófico e econômico encontra-
se, basicamente, em a “Teoria dos Sentimentos Morais” (1759) e em a 
“Riqueza das Nações” (1776), respectivamente. Os críticos a essas duas 
importantes obras de Smith, afirmam haver um paradoxo entre ambas: Na 
“Teoria”, Smith teria como sustentação de sua concepção ética o lado 
simpático da natureza humana; enquanto na “Riqueza das Nações” realça 
a ideia do homem movido pelo egoísmo, constituindo-se este, na força 
motriz do comportamento humano. Crítica essa repudiada e apontada como 
um falso problema, não havendo descontinuidade de uma obra para outra. 
As ideias liberais de Adam Smith, em a Riqueza das Nações aparecem, 
entre outras, na sua defesa a liberdade irrestrita do comércio, que deve, não 
só ser mantida como incentivada, por suas inegáveis vantagens para a 
prosperidade nacional. Ao Estado caberá manter uma relação de 
subordinação entre os homens e, por essa via, garantir o direito da 
propriedade. 
Para Adam Smith as classes se constituem em: classe dos proprietários; 
classe dos trabalhadores, que vivem de salários e a classe dos patrões, que 
vivem do lucro sobre o capital. A subordinação, na sociedade, se deve a 
quatro fatores: qualificações pessoais, idade, fortuna e berço. Este último 
pressupõe fortuna antiga da família, dando a seus detentores mais prestígio 
e a autoridade da riqueza aos mesmos. 
Smith afirmava que a livre concorrência levaria a sociedade à perfeição uma 
vez que a busca do lucro máximo promove o bem-estar da comunidade. 
Smith defendia a não intervenção do Estado na economia, ou seja o 
liberalismo econômico. 
Thomas Malthus (1766 – 1834): 
Tentou colocar a economia em sólidas bases empíricas. Para ele, o excesso 
populacional era a causa de todos os males da sociedade (população cresce 
em progressão geométrica e alimentos crescem em progressão aritmética). 
Malthus subestimou o ritmo e o impacto do progresso tecnológico. 
David Ricardo (1772 – 1823): 
Mudou, de modo sutil, a análise clássica do problema do valor: “Então,a 
razão, pela qual o produto bruto se eleva em valor comparativo é porque 
mais trabalho é empregado na produção da última porção obtida, e não 
porque se paga renda ao proprietário da terra. O valor dos cereais é 
regulado pela quantidade de trabalho empregada em sua produção naquela 
qualidade de terra, ou com aquela porção de capital, que não paga aluguel”. 
Ricardo mostrou as interligações entre expansão econômica e distribuição 
de renda. Tratou dos problemas do comércio internacional e defendeu o 
livre- cambismo. 
John Stuart Mill (1806 – 1873): 
Introduziu na economia preocupações de “justiça social” 
Jean Baptist Say (1768 – 1832): 
Deu atenção especial ao empresário e ao lucro; subordinou o problema das 
trocas diretamente à produção, tornando-se conhecida sua concepção de 
que a oferta cria a procura equivalente”, ou seja, o aumento da produção 
transformar-se em renda dos trabalhadores e empresários, que seria gasta 
na compra de outras mercadorias e serviços. 
Lei de Say – “É a lei dos mercados”. A oferta cria sua própria procura. 
– Partindo do pressuposto de que o mecanismo da economia funcione de 
modo perfeito e harmônico que tudo se governa de modo eficiente e sutil, o 
todo não é problema e apenas as partes mereciam estudo e atenção. 
– Foi o economista francês Jean Baptist Say que deu formulação definitiva 
a esta corrente de ideias em sua célebre “Lei dos Mercados”, a qual depois 
se transformou em dogma indiscutível e aceito sem restrições. 
– De acordo com ela, a superprodução é impossível, pois as forças do 
mercado operam de maneira tal que a produção cria sua própria demanda. 
– Nestas condições os rendimentos criados pelo processo produtivo serão 
fortemente gastos na compra desta mesma produção. Tal opinião arraigou-
se profundamente no século atrasado. 
Críticas de Say a Adam Smith 
Say recusa-se a acreditar que a Produção deva analisar-se como o 
processo pelo qual o homem prepara o objeto para o consumo. 
Segundo Say a Produção realiza-se através do concurso de 3 elementos, a 
saber: O Trabalho, O Capital e os agentes Naturais (Por Agentes Naturais 
entenda-se a Terra, etc). 
Esta faceta é facilmente verificada quando Say afirma que os salários, os 
lucros e as rendas são Preços de Serviços, sendo determinados pelo jogo 
da oferta e da procura no Mercado desses fatores. 
Say acredita, contrariamente a Adam Smith, que não há distinção entre 
trabalho produtivo e Trabalho não Produtivo. 
Recorde-se que Adam Smith defendia que o Trabalho Produtivo era aquele 
que era executado com vista à fabricação de um objeto material, já Say 
defende “todos aquele que fornecem uma verdadeira utilidade em troca dos 
seus salários» são Produtivos”. 
Crítica de Keynes as Teorias Clássicas 
O ponto em que Keynes se baseou para contestar os clássicos é que o 
trabalhador prefere sempre trabalhar a não trabalhar e que está interessado 
sobretudo em manter os seus salários nominais, o que significa que está 
sujeito ao fenômeno que chamou de “ilusão monetária”. A rigidez do salário 
nominal decorre da resistência dos trabalhadores em aceitar reduções de 
seu salário nominal vis- à -vis aos trabalhadores de outro ramo industrial, 
porque percebem que a sua situação relativa sofreu uma deterioração. Já 
este não é o caso do salário real porque a sua queda afeta por igual todos 
os trabalhadores, a não ser quando essa queda for excessivamente grande. 
Keynes achava que os trabalhadores, ao agirem dessa forma, revelaram-se 
mais razoáveis que os próprios economistas clássicos, que jogavam a culpa 
do desemprego nos ombros dos trabalhadores pela sua recusa em 
aceitarem reduções no seu salário nominal. À essa altura, Keynes só tinha 
dois caminhos a seguir: ou explicava o salário real e, a partir daí, 
determinava o nível de emprego; ou explicava primeiro o nível de emprego 
para depois chegar ao salário real (Macedo, 1982). Keynes escolheu o 
segundo caminho. Para ele, não são os trabalhadores que controlam o 
emprego, mas sim a demanda efetiva. Dessa maneira, a diminuição dos 
salários nominais não constitui estratégia eficaz para aumentar o emprego, 
uma vez que a manipulação da demanda representava uma política muito 
mais inteligente. 
A Teoria Neoclássica (Fins do séc. XIX ao início do séc. XX) 
A partir de 1870, o pensamento econômico passava por um período de 
incertezas diante de teorias contrastantes (marxista, clássica e fisiocrata). 
Esse período conturbado só teve fim com o advento da Teoria Neoclássica, 
em que se modificaram os métodos de estudo econômicos. Através destes 
buscou-se a racionalização e otimização dos recursos escassos. 
Conforme a Teoria Neoclássica, o homem saberia racionalizar e, portanto, 
equilibraria seus ganhos e seus gastos. É nela que se dá a consolidação do 
pensamento liberal. Doutrinava um sistema econômico competitivo 
tendendo automaticamente para o equilíbrio, a um nível pleno de emprego 
dos fatores de produção. 
Pode-se dividir essa nova teoria em quatro importantes escolas: Escola de 
Viena ou Escola Psicológica Austríaca, Escola de Lausanne ou Escola 
Matemática, Escola de Cambridge e a Escola Neoclássica Sueca. A 
primeira se destaca por formular uma nova teoria do valor, baseada na 
utilidade (teoria subjetiva do valor), ou seja, o valor do bem é determinado 
pela quantidade e utilidade do mesmo. Também chamada de Teoria do 
Equilíbrio Geral, a Escola de Lausanne, enfatizava a interdependência de 
todos os preços do sistema econômico para manter o equilíbrio. A Teoria do 
Equilíbrio Parcial ou Escola de Cambridge considerava que a economia era 
o estudo da atividade humana nos negócios econômicos, portanto, a 
economia seria uma ciência do comportamento humano e não da riqueza. 
Por fim, a Escola Neoclássica Sueca foi a responsável pela tentativa da 
integrar a análise monetária à análise real, o que mais tarde foi feito por 
Keynes. 
Alfred Marshall (1842-1924) 
Alfred Marshall, um dos grandes fundadores da teoria Neoclássica no séc. 
XIX, no processo de sua construção, procurou apoiar-se em dois 
paradigmas de ciência que não se combinam confortavelmente: o mecânico 
e o evolucionário. 
Conforme o primeiro, a economia real é entendida como um sistema de 
elementos (basicamente, consumidores e firmas) que permanecem 
idênticos a si mesmos exteriores uns aos outros, e que estabelecem 
relações de trocas orientados unicamente pelos preços. Estes últimos tem 
a função de equilibrar as ofertas e demandas que constituem os mercados 
.Na economia como um sistema mecânico é preciso notar, todo movimento 
é reversível e nenhum envolve qualquer mudança qualitativa. 
Conforme o segundo, a economia real é compreendida como um sistema m 
permanente processo de auto- organização que apresenta propriedades 
emergentes. Os elementos do sistema evolucionário podem se transformar 
no tempo. Influenciando-se uns aos outros, relacionando-se entre si de 
várias formas, as quais também podem mudar. Ao contrário do que ocorre 
no sistema mecânico, neste último o movimento acompanha a flecha do 
tempo e aos acontecimentos são irrevogáveis. 
Críticas de Samuels ao Neoclassicismo: 
Um terceiro aspecto é que há nos institucionalistas várias críticas ao 
neoclassicismo, embora Samuels (1995) julgue que exista uma certa 
suplementariedade entre ambos, com notáveis contribuições dos últimos 
quanto ao funcionamento do mercado. Para os institucionalistas, a principal 
falha do pensamento neoclássico está no “individualismo metodológico”, 
que consiste em tratar indivíduos como independentes, autos subsistentes, 
com suas preferências dadas, enquanto que, em realidade, os indivíduos 
são cultural e mutuamente interdependentes, o que implica analisar o 
mercado do ponto de vista do “coletivismo metodológico”. A oposição ao 
“individualismo metodológico” se dá porque o mesmo se assenta em 
pressupostos que falseiam a complexa, dinâmica e interativarealidade 
econômica, que pouco tem a ver com a racionalidade otimizadora de 
equilíbrio. Ao criticar a natureza estática dos problemas e modelos 
neoclássicos, reafirmam a importância em se resgatar a natureza dinâmica 
e evolucionária da economia. 
Pensamento Marxista 
A principal reação política e ideológica ao classicismo foi feita pelos 
socialistas, mais precisamente por Karl Marx (1818-1883) e Frederic Engels. 
Criticavam a “ordem natural” e a “harmonia de interesses”, pois há 
concentração de renda e exploração do trabalho. 
O pensamento de Marx não se restringe unicamente ao campo da 
economia, mas abrange, também, a filosofia, a sociologia e a história. 
Preconizava a derrubada da ordem capitalista e a inserção do socialismo. 
Convém esclarecer que Marx não foi o fundador do socialismo, pois este já 
vinha se formando durante os períodos ora citados, tendo por início a obra 
“A República”, onde Platão demonstra sinais de ideologia socialista. No 
entanto, as obras anteriores ao Karl Marx, estiveram destituídas de sentido 
prático e nada mais fizeram do que contrapor-se às práticas comerciais 
realizadas à época. 
Em contraposição aos clássicos, Marx afirmava que erraram ao afirmar que 
a estabilidade e o crescimento econômico seria efeito da atuação da ordem 
natural. E explica, dizendo que “as forças que criaram essa ordem procuram 
estabilizá-la, sufocando o crescimento de novas forças que ameaçam 
solapá-la, até que essas novas forças finalmente se afirmem e realizem suas 
aspirações”. 
Teoria da mais valia: 
Portanto Marx afirmava que a força de trabalho era transformada em 
mercadoria, o valor de força de trabalho corresponde ao socialismo 
necessário. 
Tudo estaria bem, contudo o valor deste socialmente necessário é um 
problema. 
Na realidade o que o trabalhador recebe é o salário de subsistência, que é 
o mínimo que assegura a manutenção e reprodução do trabalho. 
Mas apesar de receber um salário, o trabalhador acaba por criar um valor 
acrescentado durante o processo de produção, ou seja, fornece mais do que 
aquilo que custa é essa diferença que Marx chama de mais valia. 
A mais valia não pode ser considerado um roubo pois é apenas fruto da 
sociedade privada dos meios de produção. 
O Keynesianismo (Década de 1930) 
Quando a doutrina clássica não se mostrava suficiente diante de novos fatos 
econômicos, surgiu o economista inglês John Maynard Keynes que, com 
suas obras, promoveu uma revolução na doutrina econômica, opondo-se, 
principalmente, ao marxismo e ao classicismo. Substituindo os estudos 
clássicos por uma nova maneira da raciocinar na economia, além de fazer 
uma análise econômica reestabelecedora do contato com a realidade. 
Seus objetivos eram de, principalmente, explicar as flutuações econômicas 
ou flutuações de mercado e o desemprego generalizado, ou seja, o estudo 
do desemprego em uma economia de mercado, sua causa e sua cura. 
Opondo-se ao pensamento marxista, Keynes acreditava que o capitalismo 
poderia ser mantido, desde que fossem feitas reformas significativas, já que 
o capitalismo houvera se mostrado incompatível com a manutenção do 
pleno emprego e da estabilidade econômica. Recebendo, portanto, muitas 
críticas dos socialistas no que se refere ao aumento da inflação, ao 
estabelecimento da uma lei única de consumo, ignorando as diferenças de 
classes. E, por outro lado, algumas de suas ideias foram agregadas ao 
pensamento socialista, como por exemplo, a política do pleno emprego e a 
do direcionamento dos investimentos. 
Keynes defendia a intervenção moderada do Estado. Afirmava que não 
havia razão para o socialismo do Estado, pois não seria a posse dos meios 
de produção que resolveria os problemas sociais, ao Estado compete 
incentivar o aumento dos meios de produção e a boa remuneração de seus 
detentores. 
Diferença entre Adam Smith e Karl Marx 
Entre os economistas mais influentes e proeminentes dos últimos séculos, 
Adam Smith e Karl Marx, destacam-se por suas contribuições teóricas. 
Adam Smith propôs que o mercado seja livre, ou seja produtores decidem o 
que vão produzir o quanto vão cobrar por seus produtos. 
Ou seja a livre concorrência determinaria a regras do mercado. No final a lei 
da oferta e da procura determinaria os preços dos produtos. Em sua 
economia idealista, não haveria excesso ou déficit de oferta ou demanda; 
Os mercados estariam sempre em equilíbrio e os benefícios tanto para os 
consumidores como para os produtores seriam maximizados. Haveria um 
papel limitado para o governo nesse sistema econômico. 
Em contraste, Karl Marx em seu Das Kapital (O Capital) argumentou que os 
trabalhadores seriam explorados por qualquer capitalista, ou proprietários 
de fábricas, pois o sistema capitalista oferece uma vantagem inerente aos 
já ricos e uma desvantagem para os segmentos já pobres da sociedade. 
Os ricos ficariam mais ricos e os pobres ficariam mais pobres. Além disso, 
o “capitalista” está sempre em melhor posição para negociar um salário 
baixo para seus trabalhadores, argumentou ele. Uma de suas teorias 
notáveis – a teoria do valor do trabalho – afirma que o valor de um bem ou 
serviço está diretamente ligado à quantidade de trabalho necessário para 
sua produção. 
Enquanto Adam Smith acreditava que o sistema econômico mais ideal é o 
capitalismo, Karl Marx pensava o contrário. Adam Smith também se opôs à 
ideia de revolução para restaurar a justiça para as massas porque ele 
valorizava a ordem e a estabilidade sobre o alívio da opressão. 
Marx aderiu firmemente à ideia de que o capitalismo leva à ganância e à 
desigualdade. Segundo Marx o comunismo ofereceria melhor modelo – 
tanto político quanto econômico – com suas características de propriedade, 
https://mixmisturado.com/diferenca-entre-socialismo-e-comunismo/
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produção e planejamento central coletivistas, destinadas a distribuir 
equitativamente a riqueza e eliminar as distinções entre a burguesia e o 
proletariado, segundo Marx. Já sabemos que isso não funciona e nenhum 
lugar do mundo. 
Smith acreditava que a pessoa poderia colher benefícios econômicos 
proporcionais ao seu esforço e, assim, aumentar a riqueza agregada de uma 
economia. Ele acreditava que em uma economia de mercado livre, em que 
um indivíduo seria capaz de ganhar e gastar em um mercado livremente, 
onde o trabalhador agiria como consumidor também. 
Quando um trabalhador comprasse bens e serviços, geraria lucros para 
algum outro agente econômico – um produtor ou consumidor de bens ou 
serviços econômicos – e impulsionaria ainda mais a atividade econômica. 
Em contraste, Karl Marx teorizou que o capitalismo está intrinsecamente 
ligado a uma sociedade desigual onde a segmentação da sociedade de 
acordo com a “classe” seria permanente e rígida. Alguém nascido na classe 
do proletariado ficaria para sempre preso nesta classe, e alguém nascido na 
burguesia sempre desfrutaria dos benefícios da aristocracia às custas do 
proletariado. 
Ele pensava que o proletariado estaria buscando maximizar seus próprios 
lucros e, por sua vez, manter os salários da classe trabalhadora tão baixos 
quanto possívelpara que eles permanecessem na pobreza abjeta ou 
miséria para sempre. 
 
 
Referencias 
Evolução do Pensamento Econômico - Cola da Web 
https://www.coladaweb.com/economia/evolucao-do-pensamento-
economico#:~:text=O%20pensamento%20econ%C3%B4mico%20passou
%20por,%C3%A9%20composta%20por%20tr%C3%AAs%20subper%C3%
ADodos 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
https://www.coladaweb.com/economia/evolucao-do-pensamento-economico
https://www.coladaweb.com/economia/evolucao-do-pensamento-economico#:~:text=O%20pensamento%20econ%C3%B4mico%20passou%20por,%C3%A9%20composta%20por%20tr%C3%AAs%20subper%C3%ADodos
https://www.coladaweb.com/economia/evolucao-do-pensamento-economico#:~:text=O%20pensamento%20econ%C3%B4mico%20passou%20por,%C3%A9%20composta%20por%20tr%C3%AAs%20subper%C3%ADodos
https://www.coladaweb.com/economia/evolucao-do-pensamento-economico#:~:text=O%20pensamento%20econ%C3%B4mico%20passou%20por,%C3%A9%20composta%20por%20tr%C3%AAs%20subper%C3%ADodos
https://www.coladaweb.com/economia/evolucao-do-pensamento-economico#:~:text=O%20pensamento%20econ%C3%B4mico%20passou%20por,%C3%A9%20composta%20por%20tr%C3%AAs%20subper%C3%ADodos
 
 
 
 
 
 
	Fisiocracia (Séc. XVIII)
	François Quesnay
	A Escola Clássica (Fins do Séc. XVIII e início do séc. XIX)
	Adam Smith (1723-1790)
	Thomas Malthus (1766 – 1834):
	David Ricardo (1772 – 1823):
	John Stuart Mill (1806 – 1873):
	Jean Baptist Say (1768 – 1832):
	Lei de Say – “É a lei dos mercados”. A oferta cria sua própria procura.
	Críticas de Say a Adam Smith
	Crítica de Keynes as Teorias Clássicas
	A Teoria Neoclássica (Fins do séc. XIX ao início do séc. XX)
	Alfred Marshall (1842-1924)
	Críticas de Samuels ao Neoclassicismo:
	Pensamento Marxista
	Teoria da mais valia:
	O Keynesianismo (Década de 1930)
	Diferença entre Adam Smith e Karl Marx

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