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Dor no neonato Os RNs apresentam maturidade para transmissão aferente da dor com 26 semanas de idade gestacional, respondendo a qualquer lesão com comportamento específico e com sinais metabólicos, hormonais e stress. Experiências dolorosas repetidas em estágios precoces do desenvolvimento podem trazer mudanças no limiar da dor com consequências para o resto da vida. Os prematuros não só são capazes de sentir dor como também são mais sensíveis do que crianças mais velhas. Por que os RNs prematuros sentem dor? • O número de fibras nervosas nociceptivas por área é maior que no adulto. • A mielinização incompleta das fibras nervosas responsáveis pela dor não apenas não diminui a possibilidade de dor como também encurta a distância, diminuindo a velocidade de propagação e aumentando o tempo de sensação da dor. • Presença de grande quantidade de neurotransmissores O prematuro conduz a dor até o cérebro igual a um adulto, porém as vias descendentes inibitórias só amadurecem mais tardiamente, o que faz com que o RNPT sinta dor mais prolongada e intensa. Receptores nervosos sensoriais • Receptores mecânicos: Captam informações tácteis (pressão, toque, vibração) • Receptores térmicos: Detectam informações térmicas • Receptores químicos: Detectam as químicas do organismo como: paladar, olfato e alterações bioquímicas do sangue (pH, tensão de O2, etc...) • Receptores Eletromagnéticos: Detectam informações transmitidas pela luz (retina) e pelo som. • Receptores da dor ou terminações nervosas livres: Detectam lesões tanto físicas como químicas no nível dos tecidos. Alguns sinais comuns na escala de dor • Choro • Fronte saliente • Olhos espremidos • Irritabilidade • Tremor do queixo • Língua tensa • Lábios entreabertos e franzidos • Sulco nasolabial aprofundado • Expressão facial contraída Respostas do RN a dor • Fisiológicas Aumento da frequência cardíaca. Aumento da frequência respiratória, da PA e da pressão intracraniana. Queda da saturação de O2. Aumento dos níveis de cortisol, catecolaminas, glucagon e diminuição da insulina. • Comportamentais Alterações no sono. Alterações no padrão de alimentação. Alterações na interação mãe-bebê. Alterações no choro e expressões faciais. Intervenções no tratamento da dor do rn • Intervenções não farmacológicas. Ambiente; posicionamento; sucção não nutritiva. Tem como finalidade prevenir ou reduzir a intensidade de um processo doloroso leve; nos casos de dor moderada a grave deverão ser adicionadas às intervenções farmacológicas. • Intervenções farmacológicas A administração de agentes farmacológicos tem como principal objetivo aliviar a dor causada por procedimentos invasivos. Procedimentos eficazes • Enrolamento. • Contenção facilitada. • Diminuir os toques e manuseios desnecessários. • Utilização da sucção não nutritiva. • Uso de sacarose, (usar soro glicosado a 25% - 2ml para RN a termo e 1ml para pré-termo, sendo importante a via oral - contato com o terço anterior da língua). • Contato pele a pele (não acariciar a cabeça ou o dorso, dar apoio com pressão no dorso e manter o contato prévio por 10 a 15 minutos). Procedimentos ineficazes • O uso de estímulos táteis ou mesmo carícias suaves anteriores ao estímulo doloroso intensificam a resposta dolorosa e aumentam o nível de inquietude do bebê. • O manuseio prévio do bebê, mesmo que seguido por um período breve de descanso (cerca de 10 minutos) também pode exacerbar as respostas fisiológicas e comportamentais do neonato.
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