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Micoses Superficiais

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Vitória Barbosa Turma XIII – 2020.1 
 
MICOSES SUPERFICIAIS 
 
➢ São infecções fúngicas que acometem as camadas superficiais da pele, pelo e unha. Podendo ser: 
• Superficial propriamente dita (acima da camada córnea da pele) 
• Cutânea 
• Cutâneo-mucosa 
➢ Apresentam alta prevalência 
➢ Acomete todas as faixas etárias 
➢ A transmissão geralmente ocorre por contato direto 
• Fonte humana: antropofilico 
• Solo: geofilico 
• Animais: zoofilico 
➢ Fungos dermatófitos (filamentosos): Tinea 
• Quebram a barreira de queratina da pele 
• Exemplos principais: Trichophyton, Microsporum e Epidermophyton 
➢ Leveduras: Malassezia spp e Candida spp 
 
FATORES DE RISCO 
➢ Fatores de riscos individuais: 
• Condições socioeconômicas 
• Contato com animais 
• Sudorese 
• Promiscuidade 
• Condições de higiene 
• Imunidade 
• Atividade ocupacional 
➢ Fatores de riscos geográficos: 
• Intensidade solar 
• Índice pluviométrico 
• Umidade do ar 
• Características do solo e vegetação 
 
PTIRÍASE VERSICOLOR 
 
➢ Uma das infecções fúngicas mais comuns 
➢ Ela é bemmmm superficial (não adentra a camada córnea) 
➢ Comumente chamado de “pano branco” 
➢ Manifestação: máculas/placas eritematosas, hipocrômicas ou hipercrômicas 
com descamação fina (furfurácea) 
➢ Geralmente os pacientes são assintomáticos, podendo apresentar um 
prurido leve 
➢ Localização preferencial: pescoço, ½ superior do tórax e braços 
➢ Sinais relevantes: sinal de Zireli (descamação observada pelo estiramento da 
pele) e sinal da Unha (descamação observada após realizar a “raspagaem”) 
 
DIAGNÓSTICO 
➢ O diagnóstico é CLÍNICO 
• Exame direto (raspagem): presença de pseudo-hifas curtas, curvas e elementos leveduriformes arredondados 
(aspecto de “espaguete com almondegas) 
• Lâmpada de Wood: uso de lâmpada negra que permite observas lesões na coloração amarelada ou prateada 
➢ Diagnóstico diferencial: ptiríase alba, vitiligo e hipocromia pós-inflamatória 
 
TRATAMENTO 
➢ Evitar fatores predispotentes 
➢ Tópico em creme, loções ou spray 
• Derivados imidazólicos ou morfolílicos, 2x ao dia, por 04 semanas 
• Sulfeto de selênio ou agente queratolíticos também são opções 
➢ Sistêmico 
• Casos resistente ou muito extensos 
• Derivados azólicos – Itaconazol ou fluconazol 
➢ Após tratamento, tomar sol para repigmentar as lesões 
 
 
DERMATOFITOSES 
 
➢ Também conhecidos como tineas 
➢ Ocasionada pelos fungos queratinofílicos 
➢ Gêneros: Trichophyton, Microporum e Epidermophyton 
➢ As lesões apresentam crescimento centrífugo da lesão, aspecto circular com 
tendência a cura central 
 
TINEA CAPITIS (COURO CABELUDO) 
➢ Quase exclusiva das crianças – pode ocorrer em adultos imunossuprimidos 
➢ Muito relacionado com as condições socioeconômicas 
➢ Etiologia: espécies de Tricophyton ou Microsporum 
➢ Tinha tonsutare: placas eritematodescamativas com fios tonsurados, bem 
demarcadas; podendo ser única (microscópica) ou múltipla (tricofílica) 
➢ Kenion Celsi: forma aguda, inflamatória da tinea capitis, provocada por fungo 
não antropofílico; se manifesta através da placa elevada, dolorosa, com 
pústulas e microabcessos. Deixa cicatriz 
➢ Transmissão: animais contaminados, contato direto interpessoal, contato 
indireto através de máquina de corta cabelo, pentes, escovas 
➢ Diagnóstico diferencial: dermatite seborreica, psoríase, alopecia areata, 
impetigo, foliculite 
 
TINEA CORPORIS (CORPO) 
➢ comumente chamada de impinge 
➢ Etiologia: espécies dos gêneros Trichophytin, Microsporum e Epidermophyton 
➢ Forma anular: se manifesta através de placas circulares eritematodescamativas, hiperemiada, pruriginosas (o paciente 
pode apresentar lesões de escoriações e liquenificação), bordas circinadas, que cresce centrifugamente com tendência 
a cura central 
➢ Forma vesicular: se manifesta a partir de vesículas que confluem, se rompem, formando lesões exulceradas, crostas. 
Crescem crentrifugamente 
➢ Em placas: não há tendência à cura do centro da lesão 
➢ Transmissão: animais, pessoa a pessoa ou fômites 
➢ Diagnóstico diferencial: granuloma anular, ptiriase rósea de Gilbet, psoríase e hanseníase indeterminada 
 
TINEA CRURIS (IGUINOCRURAL) 
➢ Envolve a dobra crural, sendo mais comum em homens 
➢ Etiologia: Trichophyton e Epidermophyton 
➢ Manifestação: lesões eritematodescamativas a partir da prega inguinal, 
circinada, muito pruriginosa (na porção ativa), a liquenificação é frequente 
➢ Pode acometer o períneo, região glútea e parede abdominal 
➢ Transmissão: auto-contágio (tinha pedis do próprio paciente) ou fômites 
(toalhas, máquinas de exercício contaminadas) 
➢ Fatores de risco: obesidade, DM e imunossupressão 
➢ Diagnóstico diferencial: candidíase intertriginosa, psoríase invertida, 
eritrasma, dermatite seborreica 
TINEA PEDIS (PÉ) 
➢ Também conhecido como “pé de atleta” 
➢ Etiologia: espécies do gênero Trichopyton e Epidermophyton 
➢ Transmissão: pessoa a pessoa ou fômites 
➢ Formas: 
• Vesiculosa: fungos não antropofílicos, vesículas eritematosas e pruriginosas 
• Escamosa: mais comum, descamação difusa crônica, pode ter mão acometida 
também 
• Em placas: anulares, com crescimento centrífugo e cura central 
• Interdigital: famosa frieira, manifesta-se por fissuras e maceração interdigital, 
tornando-se porta de entrada para bactérias (erisipela) 
➢ Comumente associada com onicomiose 
 
TRATAMENTO PARA AS TINHAS 
➢ Antifungico tópico: tinhas com lesões isoladas 2x ao dia, por 4 semanas ou até 
melhora da lesão 
➢ Lesões externas, retrataria ao tto tópico pode utilizar a terapêutica sistêmica 
➢ Indicação absoluta de tratamento sistêmico: imunossuprimidos e tinea capitis 
 
ONICOMICOSE 
 
➢ Etiologia mais comum: dermatofitos (comem a unha) 
• Tricophyton e Epidermophyton, raramente Microporum 
➢ Apresentação mais comum: distal subungueal 
➢ Onicomiose por Candida albicans: frequentemente associação com exposição 
ocupacional à umidade 
➢ Apresenta poucos riscos à saúde, possuindo apenas uma preocupação cosmética 
• Em indivíduos imunocomprometidos aumenta-se o risco de erisipela/celulite 
➢ Apresenta-se em 03 tipos: ungueal distal, ungueal proximal e superficial branca 
➢ Manifestação: coloração amarelada, esbranquiçada ou acastanhada; hiperceratose 
subungueal e onicólise 
➢ Diagnóstico: exame micológico direto e cultura 
➢ Diagnóstico diferencial: psoríase, líquem plano, trauma 
➢ Tratamento: apresenta elevadas taxas de falha e recorrência alta 
• Tópico: uma unha com < 50% do leito acometido e matriz sem lesão ou superficial 
branca -> Faz-se uso de esmaltes ciclopiros e amorolfina até melhorar 
• Sistêmico: matriz ungueal acometida ou > 50% da unha ou mais de uma unha -> Faz-
se uso de Terbinafina até melhorar (dermatófitos), Itraconazol (dermatófitos e 
leveveduras) e Fluconazol (menos efetivo) 
 
CANDIDÍASE 
 
➢ Infecções cutânea, mucosa ou sistêmica causada por leveduras do gênero 
Candida (saprófita oportunista) 
➢ Ocorre quando há aumento da colonização, quebra da barreira ou em casos 
de imunossupressão 
 
INTERTRIGINOSA 
➢ Acomete dobras cutâneas e são desencadeadas pela umidade, má higiene, 
obesidade, gestação e DM 
➢ Manifestação: lesões eritematosas, úmidas, com delicada descamação perife- 
DERMATOFITIDES 
➢ Erupções secundárias em locais distantes 
➢ Exemplo: lesões vesi-culosas nas laterais dos dedos da mão, conse-quentes a tinha do pé vesiculosa) 
➢ Diagnóstico é clínico: 
• Exame micológico di-reto do pelo ou da borda da lesão 
• Cultura pode isolar o fungo e confirmar o diagnóstico 
 
rica e papulo- útsulas satélites, com eventual exsulceração e fissura 
 
CUTÂNEO-MUCOSA 
➢ Frequente e maioria dos paciente são imunocompetentes 
 
CANDIDÍASE ORAL 
➢ Frequente em RN, paciente portadores de DM, idosos e imunodeprimidos 
• O contágio em RN pode ocorrer pelo canal de parto, berçário e amamentação 
➢ Manifestação: placas cremosas, esbranquiçadas, com eritema difuso sobre a línguae 
orofaringe 
➢ Pode apresentar queilite angular: lesão no ângulo da boca (causas: prótese e chupeta) 
 
DIAGNÓSTICO 
➢ Na maioria dos casos o diagnóstico é clínico 
➢ Exame micológico ou cultura de ágar Sabourand 
➢ Diagnóstico diferencial: dermatite seborreica e de contato, psoríase inversa, tinha 
 
TRATAMENTO 
➢ Afastar os fatores que favorecem a patogenicidade da levedura 
➢ Cutânea: antifúngicos tópicos, 2x/dia até desaparecem os sintomas 
➢ Oral: nistatina suspensão de 6/6h por 14 dias, bochechar e engoli 
➢ Formas extensas ou resistentes: antifúngico sistêmico

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