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Micoses Cutâneas: Tineas e Pitiríase

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Vict�ria K. L. Card�so
Mic�ses
Micoses cutâneas
Tineas:
● Conceito: tratam-se de infecções por
dermatófitos que infectam a epiderme
e seus anexos (unhas e pelos).
○ Não causam quadros
sistêmicos.
● Etiologia: trichophyton sp.,
epidermophyton sp. e microsporum
sp.
● Transmissão: contato direto com
fontes contaminadas.
● Fisiopatologia:
○ Não precisa de uma porta de
entrada para haver contágio
por esses fungos.
○ A infecção ocorre a partir da
presença de enzimas que
digerem a queratina, assim elas
se propagam na epiderme e em
seus anexos.
● Tínea de corpo/face/barba:
○ Lesões: placas eritemato
descamativas, com bordas
elevadas e bem delimitadas,
com área central mais clara e
aspecto de lesão anular.
■ Às vezes a tínea de barba
simula uma foliculite.
■ No corpo, geralmente a
região inguinal é a mais
acometida, por conta da
umidade e do atrito local.
@p�sitivamed
Vict�ria K. L. Card�so
○ Diagnóstico: exame micológico
direto.
○ Diagnóstico diferencial:
eczemas e psoríase.
○ Tratamento: cetoconazol ou
isoconazol creme nos casos
mais localizados; medicações
sistêmicas (terbinafina ou
itraconazol), nos casos
disseminados.
● Tínea de couro cabeludo: geralmente
ocorre em crianças, sendo mais rara
em adultos e em idosos.
○ Quadros mais brandos: placas
descamativas com alopecia e
cotos pilosos.
○ Quadro inflamatório: tem
apresentação mais exuberante
→ Tinea favosa, é a mais grave e
pode cursar com alopecia
cicatricial.
○ Diagnóstico: exame micológico
direto e cultura das lesões.
○ Diagnóstico diferencial em
crianças: psoríase e
pseudotinea amiantácea (placas
descamativas em crianças
atópicas).
○ Diagnóstico diferencial nos
adultos: psoríase e dermatite
seborreica.
○ Tratamento: antifúngicos orais,
como a griseofulvina (para
crianças) e itraconazol e
terbinafina, por 2 a 4 semanas
(em adultos).
● Tínea dos pés: (frieiras)
@p�sitivamed
Vict�ria K. L. Card�so
○ Lesões: pode haver descamação
e maceração interdigital,
espessamento digital, fissuras
plantares, progressão para a
região dorsal do pé e quadros
vesicobolhosos agudos e
pruriginosos.
○ Padrão comum: acometimento
de 2 pés e 1 mão (síndrome dos
2 pés e 1 mão).
○ Diagnóstico: exame micológico
direto.
○ Diagnóstico diferencial:
dermatite de contato, disidrose
e psoríase palmoplantar.
○ Tratamento: cetoconazol ou
isoconazol creme nos casos
mais localizados; medicações
sistêmicas (terbinafina ou
itraconazol), nos disseminados.
● Tínea das unhas:
○ Lesão: infecção da lâmina
ungueal (rica em queratina),
comum em idosos,
principalmente nas unhas dos
pés.
○ Tinea da unha branca: é mais
superficial, com manchas
brancas apenas na superfície da
lâmina – forma mais leve e de
fácil tratamento.
○ Tinea da unha subungueal
distal: forma mais frequente,
com espessamento e
escurecimento da porção
subungueal.
○ Tinea da unha subungueal
proximal: forma mais rara,
associada à imunossupressão
(HIV).
@p�sitivamed
Vict�ria K. L. Card�so
○ Diagnóstico: exame micológico
direto e cultura para fungos.
○ Tratamento: tratamento
sistêmico, exceto nos casos da
branca superficial, com
terbinafina e itraconazol, por 4
a 6 meses e esmaltes tópicos
com ciclopiroxolamina ou
amorolfina.
■ Há potencial
hepatotoxicidade, sendo
necessário monitorar as
enzimas hepáticas.
Obs: unha de coloração esverdeada sugere
contaminação secundária por pseudomonas.
Pitiríase versicolor:
● Etiologia: malassezia furfur, que
cursam com lesões maculo
descamativas de cores variáveis
(versicolor).
● Epidemiologia: é mais comum em
adultos jovens e rara em crianças e em
idosos.
● Fatores predisponentes:
imunossupressão local, sol, má
higiene e umidade.
● Quadro clínico:
○ Presença de lesões maculo
descamativas ovaladas,
disseminadas, principalmente
no tronco e na região cervical.
■ São raras nas
extremidades.
○ Hipocromias, pela produção de
ácido dicarboxílico pelo fungo,
que inibe a reação
dopa-tirosinase e diminui a
produção de melanina.
■ Descoloração em
máculas brancas, rosas
ou acastanhadas.
○ Fina descamação, intensificada
quando a pele é esticada (sinal
de Zileri).
@p�sitivamed
Vict�ria K. L. Card�so
● Diagnósticos: exame microscópico
direto.
● Diagnóstico diferencial: pitiríase alba
(mais nas extremidades e na face) e
vitiligo (lesões não descamam).
● Tratamento:
○ Tratamento tópico com
imidazólicos (cetoconazol).
○ Xampus com antifúngicos em
casos recidivantes.
● Casos resistentes ou muito
disseminados → antifúngicos orais
(cetoconazol), com 200 mg, por 10 a 14
dias.
Tinea nigra:
● Conceito: é uma micose superficial,
que causa uma infecção crônica da
camada córnea da epiderme.
● Etiologia:
○ Fungo demáceo →
Phaeoannellomyces werneckii.
● Epidemio:
○ Ocorre principalmente em
pessoas jovens e do sexo
feminino.
○ A localização mais comum é a
palmar.
● Quadro clínico:
○ Máculas castanho escurecidas,
com limites bem definidos.
○ Acomete regiões palmares,
plantares e bordas dos dedos.
○ São geralmente assintomáticas,
mas pode haver leve prurido e
descamação superficial da pele.
@p�sitivamed
Vict�ria K. L. Card�so
● Diagnóstico:
○ Exame micológico direto das
escamas das lesões.
○ Cultura em ágar Sabouraud (na
fase leveduriforme).
● Tratamento: antimicóticos de uso
local.
○ Imidazólicos → bifonazol,
cetoconazol, isoconazol ou
miconazol.
Candidíase:
● Etiologia: candida albicans.
● Fatores predisponentes: uso de
antibióticos (que alteram a flora
bacteriana, diminuindo a competição
natural), diabetes mellitus, uso de
anticoncepcionais e gravidez (por
mudanças na mucosa vaginal) e
imunossupressão.
● Quadro clínico:
○ Candidíase oral: (“sapinho”)
○ Candidíase genital: placas
eritematosas e maceradas no
prepúcio, que podem se
estender para a região inguinal
e escrotal.
○ Intertrigo por Candida: placas
eritematosas em áreas ocluídas,
com pequenas pápulas e
pústulas adjacentes à lesão
satélite.
○ Onicomicose e paroníquia:
inflamação da prega
periungueal por perda da
cutícula → ocorre
principalmente em donas de
casa em contato constante com
água, onde se formam colônias
de leveduras.
● Quadros sistêmicos: esofagite,
infecção do trato urinário e fungemia.
● Diagnóstico:
○ Exame microscópico direto,
mas nem sempre é útil.
@p�sitivamed
Vict�ria K. L. Card�so
○ Cultura, com quantificação do
número de colônias → quando
> 1 sugere altamente o
diagnóstico.
● Tratamento:
○ Tratamento sistêmico:
fluconazol 100 a 200 mg.
○ Outros: imidazólicos, como
cetoconazol ou itraconazol.
○ Onicomicose: cremes de
imidazólicos (tioconazol,
isoconazol etc.).
○ Casos mais graves: como
candidemia. usa-se anfotericina
B intravenosa.
Micoses subcutâneas
Esporotricose:
● Etiologia: fungo dimórfico da espécie
Sporothrix schenckii.
○ Causam placas verrucosas
eritematosas evoluindo com
linfangite ascendente.
○ Acomete todas as idades e não
há predileção por sexo.
○ Tem associação com ferimentos
por plantas e com
contaminação por animais
domésticos.
● Quadro clínico:
○ Lesão inicial, em placa
eritematoescamosa verrucosa
ou em úlcera.
○ Em seguida há
linfonodomegalia regional em
cordão → forma mais comum
da doença = cutâneo-linfática.
○ Formas cutâneas disseminadas
e/ou infecções sistêmicas são
mais comum em
imunodeprimidos.
○ As extremidades, por estarem
mais expostas aos traumas, são
sempre mais acometidas.
● Esporotricose clássica: presença de
lesão cutânea com linfangite
ascendente.
● Diagnóstico:
○ Cultura → exame padrão-ouro.
@p�sitivamed
Vict�ria K. L. Card�so
○ É um dos poucos fungos em
que o exame micológico direto
não ajuda.
○ Exame anatomopatológico.
Cromomicose:
● Infecção fúngica crônica da pele
causada por agentes demáceos
(fungos negros) encontrados em solos
e vegetais.
○ Mais comum em trabalhadores
rurais expostos aos organismos
do solo e em plantas
contaminadas.
○ Os membros inferiores são
mais acometidos, causando
quadros semelhantes aos da
elefantíase.
● Quadro clínico:
○ A partir de um trauma, há a
presença de uma pápula que
evolui para nódulo e para placa
verrucosa.
■ Após alguns anos pode
ter umaumento notável
das lesões,
comprometendo todo o
membro afetado.
○ Nas placas surgem pequenos
pontos escuros (black dots), que
são um conjunto de fungos
demáceos.
○ Não há sinais e sintomas
sistêmicos.
○ Pode haver lesões em placas
psoriasiformes.
● Diagnóstico:
○ Exame micológico direto.
○ Cultura.
○ Exame anatomopatológico.
● Tratamento:
○ Cirurgia dermatológica, quando
há disseminação extensa
(criocirurgia e nitrogênio
líquido).
○ Antifúngicos sistêmicos, ex:
itraconazol.
Lobomicose:
● Conceito: é uma infecção fúngica
causada pela levedura Lacazia loboi.
○ Acomete principalmente a pele
exposta, poupando as mucosas.
○ As lesões queloidiformes são a
apresentação clínica mais
comum.
@p�sitivamed
Vict�ria K. L. Card�so
○ É uma infecção crônica, restrita
à pele e ao tecido celular
subcutâneo.
● Epidemio:
○ Comumente é encontrada em
adultos do sexo masculino.
● Quadro clínico:
○ Presença de lesões
queloidiformes, que acometem
principalmente o pavilhão
auricular, membros superiores
e inferiores.
■ O tórax é acometido com
menor frequência.
● Diagnóstico:
○ Exame clínico + a presença do
fungo no exame histopatológico
ou citológico.
● Tratamento:
○ Eletrocoagulação, crioterapia
ou exérese cirúrgica.
○ Nas lesões disseminadas, usa-se
itraconazol e/ou clofazimina.
Micose sistêmica
Paracoccidioidomicose:
● É uma infecção sistêmica, que pode
atingir a pele e órgãos internos.
● Etiologia: fungo dimórfico do gênero
Paracoccidioides, com 2 espécies que
podem causar doenças →
Paracoccidioides brasiliensis e
Paracoccidioides lutzii.
● Epidemiologia:
○ O fungo pode ser isolado a
partir da matéria orgânica de
solos contaminados.
○ Acomete mais jovens e adultos
entre 20 e 40 anos.
○ Maior predominância no sexo
masculino, pois acredita-se que
os hormônios estrogênicos
conferem proteção às
mulheres.
● Fisiopatologia:
○ A forma de infecção mais
comum é por via inalatória, a
qual se inicia um foco
@p�sitivamed
Vict�ria K. L. Card�so
pulmonar, com disseminação
para linfonodos regionais. Após
isso, o fungo percorre a via
hematogênica, até chegar nos
demais órgãos.
■ Menos comumente
pode-se haver
inoculação pela mucosa
orofaríngea ou
diretamente na pele.
○ Paracoccidioidomicose -
infecção: primeiro contato com
o fungo → caso o paciente
desenvolva uma resposta Th1
eficaz, pode haver o controle da
doença.
■ Aqui, os pacientes são
assintomáticos, mas o
teste imunológico é
positivo (semelhante ao
PPD na tuberculose).
○ Ao evoluir para a doença de
fato, pode ser um quadro agudo
ou subagudo (pb-micose
juvenil) ou um quadro crônico
(pb-micose adulto).
○ O que determina a forma clínica
da doença é a eficiência da
resposta celular de Th1.
● Quadro clínico:
○ Quadro geral: apresentação
pulmonar associada a lesões de
mucosa e de pele.
○ Pb-micose juvenil: quadro
sistêmico subagudo com
hepatoesplenomegalia e
adenomegalia generalizada,
além de febre, queda do estado
geral e perda ponderal.
○ Pb-micose adulto: (a mais
comum e com evolução
crônica) pode ser unifocal, com
acometimento de apenas um
órgão → principalmente com a
forma pulmonar; ou multifocal,
acometendo pulmão,
linfonodos, pele, mucosas e
outros órgãos
simultaneamente.
○ Manif. pulmonar: podem ter
qualquer padrão radiológico,
principalmente em “asa de
borboleta”.
○ Manif. cutâneo-mucosa:
erosões com pontilhados
hemorrágicos na mucosa oral
(estomatite moriforme).
■ Na pele: as lesões têm
aspecto variável, com
pápulas, nódulos e
úlceras com ou sem
crosta hemorrágica.
@p�sitivamed
Vict�ria K. L. Card�so
○ Manif. ganglionar:
adenomegalias pétreas e
dolorosas que podem ulcerar e
fistulizar.
■ A região cervical é a mais
frequente.
■ Quadros
intra-abdominais, podem
causar grandes massas
tumorais, semelhante ao
linfoma de Hodgkin.
○ Manif. visceral; acomete os
ossos, podendo causar lesões
osteolíticas.
■ Pode haver síndrome de
Addison se acometer as
suprarrenais.
■ Lesões intestinais
causam diarréias
crônicas e dores
abdominais.
■ Envolvimento do SNC
pode causar
meningoencefalites ou
lesões tumorais
cerebrais.
● Diagnóstico:
○ Exame micológico direto →
padrão-ouro.
■ Pode ser realizado na
secreção purulenta ou no
raspado da lesão.
○ Exame anatomopatológico da
biópsia lesional.
○ Cultura.
○ Sorologia.
○ Exames de biologia molecular.
○ Radiografia de tórax: padrão
“em asa de borboleta”.
● Tratamento:
○ Pode levar de meses a anos e o
acompanhamento deve ser
semestral, pois há muitas
recidivas.
@p�sitivamed
Vict�ria K. L. Card�so
○ 800 mg de sulfametoxazol e 160
mg de trimetoprima, a cada 12
horas, por 12 meses.
○ 200 mg/d de itraconazol, por 6 a 9
meses nas e de 12 a 18 meses (não
se usa o cetoconazol por poder
provocar hepatotoxicidade, se em
uso prolongado).
■ Anfotericina B → droga de
primeira linha para casos
graves com disseminação.
@p�sitivamed

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