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Renata Malheiro TIV 1 TRATO GASTROINTESTINAL SISTEMA NERVOSO ENTÉRICO Compreende os plexos nervosos intrínsecos do TGI, que estão intimamente interconectados com os SN simpáticos e parassimpáticos FIS IOLOGIA DO SISTEMA GASTROINTESTINAL Composto de dois plexos ganglionares: plexo mioentérico e o submucoso, formando uma comunicação dos neurônios com as células da glia. Na mucosa há a comunicação entre neurônios e células da glia, formando o plexo mucoso, que se estende até a lâmina própria da mucosa abaixo do epitélio • Além de sua principal função digestão e absorção de alimentos, o TGI é um dos principais sistemas endócrinos do corpo. Esses neurônios secretam: • Ach • Noradrenalina • Serotonina • Purinas • Óxido nítrico CÉLULAS SECRETORAS DA MUCOSA GÁSTRICA Principais hormônios secretados pelo TGI • Gastrina • Histamina • Ach SECREÇÃO GÁTRICA CÉLULAS PARIETAIS • A produção do HCL é importante para a digestão proteolítica dos alimentos, absorção do ferro e eliminação de patógenos. Renata Malheiro TIV 2 • Tamponamento (tampão) • ATPase de H⁺ / K⁺, é uma enzima que funciona para acidificar o estômago. PRINCIPAIS MEDIADORES QUE CONTROLAM O ÁCIDO GERADO PELAS CELULAS PARIETAIS HISTAMINA – TRATO DIGESTÓRIO Histamina – receptor H2 • Potente agente secretagogo (H+) • Liberada pelas células semelhantes enterocromafim • Ação farmacológica: inibir H2 GASTRINA Gastrina – receptor CCK2 • Sintetizada pelas células G no antro gástrico e secretada no sangue • Secreção de ácido pelas células ECS através dos receptores CCK2 estimulando liberação de histamina. • • ECL: células tipo enterocromafim • ECS: enterocromafim símiles Ø São as mesmas células • Indiretamente ela ativa a bomba de prótons ACETILCOLINA Acetilcolina – Receptor M3 • Liberado por neurônios colinérgicos pós- ganglionares • Agem em receptores M3 nas células parietais • Estimulação vagal direto também provoca secreção de ácido, através da liberação de Ach, que estimula os receptores M3 nas células parietais. PROSTAGLANDINAS PGE2 e PGI2 • Produzidas pela maioria das células do TGI • Efeitos citoprotetores • Age na célula parietal e célula epitelial Renata Malheiro TIV 3 SOMATOSTATINA Somatostatina – receptor (SST)2 • Produzidas pelas células D • Efeitos inibitórios sobre a liberação de gastrina nas células G, sobre a liberação de histamina pelas células ECS e diretamente na produção de ácido pelas células parietais DOENÇAS GASTROESOFÁGICAS • Úlcera péptica • H.pylori • Esofagite de refluxo PATOGENIA • Aumento da secreção ácida; • Diminuição da produção de tampão bicarbonato; • Diminuição do fluxo sanguíneo; • Ruptura da camada mucosa aderente e dano direto ao epitélio; REFLUXO GASTROESOFÁGICO Retorno involuntário e repetitivo do conteúdo do estomago para o esôfago (ministério da Saúde, 2018) • Sintomas: Ø Azia ou queimação que se origina na boca do estomago, mas pode atingir a garganta; Ø Dor torácica intensa, que pode ser confundida com a dor da angina e do infarto miocárdio; Ø Tosse seca; Ø Doenças pulmonares de repetição, como pneumonia, bronquite e asma • Fatores de risco: Ø Obesidade: os episódios de refluxo tendem a diminuir quando a pessoa emagrece; Ø Refeições volumosas antes de deitar- se; Ø Aumento da pressão intra-abdominal; Ø Ingestão de alimentos como café, chá preto, chá mate, chocolate, molho de tomate, comidas ácidas, bebidas alcoólicas e gasosas. GASTRITE Inflamação do revestimento interno do estômago. Pode ser aguda, quando aparece de repente e dura pouco, ou crônica, quando se instala aos poucos e leva muito tempo para ser controlada. (Ministério da Saúde, 2019) • Sintomas: Ø Dor de estomago intensa; Ø Azia; Ø Indigestão; Ø Sensação de estufamento; Ø Perda de apetite; Ø Náusea e vômito; Ø Presença de sangue nas fezes e no vômito; o Quando se tem. uma úlcera e ela está sangrando • Causas: Ø uso prolongado de medicamentos como aspirina ou anti-inflamatórios; Ø consumo de álcool; Ø hábito de fumar; Ø infecção pela bactéria Helicobacter pylori; Ø gastrite autoimune – ocorre quando o sistema imune produz anticorpos que agridem e destroem as células gástricas do próprio organismo. FATORES QUE ACARRETAM DOENÇAS GASTROESOFÁGICAS Renata Malheiro TIV 4 Vários fatores etiológicos oriundos de hábitos alimentares e estilo de vida, como tabagismo, alcoolismo, ansiedade, estresse, doenças associadas e nutrição inadequada, interagem para o início das manifestações clínicas, e a presença e ausência de H. pylori não mostrou diferenças significativas no estado clínico dos pacientes. • AINEs - inibidores da enzima cicloxigenase- 1 (COX-1) TRATAMENTO DAS DOENÇAS GASTROESOFÁGICAS Fármacos que atuam • Secreção gástrica • Motilidade gástrica Principais condições patológicas nas quais é útil reduzir a secreção ácida • Úlcera péptica (duodenal e gástrica) • Doença de refluxo gastroesofagica (lesão esofágica com progressão para displasia do epitélio à esôfago de barret) • Síndrome de Zollinger-Ellison (tumor raro secretor de gastrina) FÁRMACOS QUE ATUAM NA SECREÇÃO GÁSTRICA 1. Fármacos que inibem a secreção ácida Ø Anticolinérgicos Ø Bloqueadores dos receptores H2 (anti-histamínicos H2) Ø Bloqueadores da bomba de prótons ANTAGONISTAS DOS RECEPTORES H2 • Inibem a produção de ácido por competição reversível com histamina pelos sítios receptores H2 na membrana basolateral das células parietais • Diminuem a secreção do ácido gástrico basal e estimulada por alimentos. • Ação: Ø Inibe secreção ácida induzida pela histamina e gastrina (indiretamente) • Principais fármacos: Ø Cimetidina (1ºgeração) e ranitidina (2ºgeração) - (VO, IM e IV) Ø Nizatidina (VO e IV) Ø Famotidina (VO) • Vantagem: Ø Posologia e poucos efeitos colaterais • Desvantagens Ø Cimetidina o Genecomastia (homens) o Inibe CYP45P alterando metabolismo e potencializando efeito de outras drogas: anticoagulantes orais, fenitoína (antiepilético), carbamazepina, quinidina, nifedipina, teofilina e antidepressivos tricíclicos • Farmacocinética Ø Antagonistas dos receptores H2 de 1ºgeração o Anel imidazólico – inibe CYP450 e altera metabolismo e concentração de fármacos Renata Malheiro TIV 5 o Fracamente ligado à proteínas plasmáticas, aproximadamente 20% o Atravessa a barreira placentária o Metabolismo de 1º passagem (VO) o Biodisponibilidade oral de 50% o Excretado no leite materno à grávidas e mulheres que estão amamentando não podem utilizar Ø Antagonista dos receptores H2 de 2ºgeração o Ranitidina, famotidina e nizatidina – alterações nas moléculas de 1ºgeracao que favorecem o aumento da potência do fármaco o 5-12 vezes mais potente que cimetidina o 15% lig. Proteína plasmática o Metabolismo de 1º passagem o Biodisponibilidade oral de 50% o O mais potente, 8-10 vezes mais potente que ranitidina o 15-20% lig. Proteína plasmática o Metabolismo de 1º passagem o Biodisponibilidade oral de 40-50% ANTAGONISTAS DA BOMBA DE PRÓTONS Inibidores da bomba de prótons (H+, K+,-ATPase) – antisecretores – PPIs • São os mais eficazes supressores da secreção ácida gástrica e os mais empregados • Ao inibir a bomba de prótons haverá inibição da liberação de íons H+, consequentemente, diminuirá a formação de ácido clorídrico HCL • São mais potentes que os antagonistas de receptores H2 pois inibem de maneira irreversível a bomba de prótons. Além disso, irá bloquear a fonte principal de íon H+ • Inibem de forma irreversível a H+K+ATPase, etapa terminal da via secretora de ácido, portanto, aumentam o pH do estomago que atinge valores de 5.0 Ø Acumula no ambiente ácido dos canalículos Ø Convertido na forma ativa e inativa a ATPase de forma irreversível • VantagensØ Inibição mais potente de secreção Ø Forma ionizada e portanto, não atravessa membranas Ø Posologia 1x/dia suficiente para afetar a secreção do ácido por 2- 3dias por se acumular nos canalículos (pH<2). Efeito crescente por até 5 dias Ø Poucos efeitos colaterais • Desvantagens Ø Retarda a eliminação de alguns fármacos – anticoagulantes, diazepam, fenitoína e varfarina • Omeprazol Ø Anel piridínico – envolvido com acúmulo nos canalículos Ø Benzimidazol – envolvido com ativação Ø Administração via oral é mais comum Renata Malheiro TIV 6 Ø Pró-fármaco – é o fármaco na sua forma inativa – são ativados nos canalículos, ou seja, um pH muito ácido faz com que o fármaco se torne ativo Ø Capsulas com grânulos de revestimento entérico por sofrer degradação em pH baixo Ø Absorção no intestino delgado, passa do sangue para células parietais Ø Liberação em meio alcalino para não degradar (omeprazol + bicarbonato de sódio – liberação prolongada) • Preparações intravenosas • Pantoprazol (pró-fármaco – 80mg tem efeito por 21 horas) • Biodisponibilidade Ø Omeprazol (1º geração) – 30 a 60% (oral e IV) Ø Lansoprazol – 80% ou mais (oral e IV) Ø Rebeprazol – 52% (só oral) Ø Pantoprazol – 77% (oral e IV) • A posologia dos inibidores de bomba de prótons é uma vez ao dia. Além disso, esses inibidores conseguem inibir a secreção gástrica de 2 até 3 dias, pois ele vai se acumulando conforme vai ingerindo fármaco, então a inibição será cada vez maior, mas não ultrapassa de 5 dias. Ao chegar em uma inibição de 5 dias, chega em um platô • Esomeprazol X omeprazol Em 5 estudos cruzados, o perfil do pH intragstrico em 24h foi avaliado em 24 pacientes com DRGE No 5º dia, o pH intragástrico foi mantido > 4,0 por uma média: • 15,3h com esomeprazol (40mg; Vo; 1x/dia) • 13,3h com rabeprazol (20mg) • 12,9h com omeprazol (20mg) • 12,7h com lansoprazol (30mg) • 11,2h com pantoprazol (40mg) O esomeprazol também levou a um aumento significativo na porcentagem de pacientes com pH intragástrico maior que 4,0 por mais de 12h comparativamente aos outros inibidores de bomba de prótons (p<0,05) 2. Fármacos que neutralizam o ácido ANTIÁCIDOS • Ação – neutralizar o ácido gástrico à elevar o pH (>5.0) à à inibir a atividade péptica • Principais fármacos Ø Hidróxido de Magnésio Ø Hidróxido de Alumínio Ø Bicarbonato de Sódio • Associações Ø Vantagem – alívio mais rápido dos sintomas Ø Desvantagens – alterações intestinais (diarreia-Mg/constipação-Al); alcalose (aumento do pH do sangue) • Bases fracas que reagem com o ácido gástrico formando sal e água Ø No tratamento da dispepsia Ø Alívio sintomático da úlcera péptica Ø Diferem quanto a capacidade de neutralização • Sais de Mg2+. Atuam rápido e neutralizam os ácidos eficazmente. • Al(OH)3 dissolve-se lentamente no estômago e começa a atuar gradualmente, proporcionando um alívio prolongado. • Simultaneamente Al3+ e Mg2+ oferecem o melhor de ambos: alívio rápido e prolongado com menor risco de diarreia e constipação. Renata Malheiro TIV 7 • No entanto, foi questionada a segurança, a longo prazo, dos antiácidos que contém alumínio. O uso prolongado pode debilitar os ossos ao esgotar o fósforo e o cálcio do organismo. • Em doses altas o hidróxido de magnésio causa diarreia e o hidróxido de alumínio causa constipação. Além disso, o uso em excesso pode gerar uma alcalose (aumento do pH do sangue). 3. Fármacos citoprotetores • Potencializam os mecanismos de proteção da mucosa • Proporcionam uma barreira física sobre a superfície da úlcera • Principais condições patológicas nas quais é útil reduzir a secreção ácida o Úlcera péptica – duodenal e gástrica o Doença do refluxo gastroesofágico – lesão esofágica com progressão para displasia do epitélio à esôfago de Barret o Síndrome de Zollinger-Ellison – tumor raro secretor de gastrina BISMUTO • Formam película protetora na base da úlcera devido às ligações com glicoproteínas de membrana • Adsorve (adesão) pepsina inibindo sua atividade • Estimula a produção local de prostaglandinas e bicarbonato • Bactericida que age sobre a membrana do Helicobacter pylori • Quando o paciente está com infecção por H. pylori pode associar o bismuto com os outros medicamentos utilizados, pois ele possui a ação bactericida e forma uma camada protetora evitando que a bactéria cause tanto dano a mucosa gástrica. SUCRALFATO • Em meio ácido pH < 4 o fármaco polimeriza formando gel viscoso • Gel adere firmemente ao epitélio das células, mais fortemente nas crateras de úlceras • Uso de antiácidos concomitante ou antes da sua administração reduz sua eficácia – ou seja, não ;e indicado utilizar esse fármaco com antiácido pois o antiácido anula a eficácia do sucralfato. • Reduz a absorção de outros medicamentos – teofilina, digoxina, antibiótico da fluroquinolona • Reduz a degradação do muco pela pepsina • Limita a difusão do Hidrogênio • Inibe a ação da pepsina • Estimula a secreção de bicarbonato e prostaglandinas • Desvantagem Ø interação com outros fármacos PROSTAGLANDINAS – MISOPROSTOL (ANÁLOGO DE PROSTAGLANDINA (CYTOTEC) • Derivado sintético da PGE1 • Fármaco ácido • Inibição da secreção gástrica é proporcional à dose • Era muito utilizado para aborto pois ele causa contração uterina • Análogo estável de prostaglandina • Inibe a secreção gástrica basal e estimulada • Aumenta o fluxo sanguíneo • Aumenta a secreção de muco e bicarbonato • Desvantagem: efeitos colaterais (diarreia e contrações uterinas) Renata Malheiro TIV 8 • Principais condições patológicas nas quais é útil reduzir a seção ácida Infecção da mucosa gástrica por H. pylori à Gastrite Crônica à Importante causa de úlcera duodenal (também relacionado com câncer gastrointestinal) • Infecção por H. pylori • A bactéria (H. pylori) aumenta a presença de mediadores inflamatórios no local e aumenta a atividade da urease. A atividade da uréase aumentada combinada com a ação do hidróxido de amônia irá elevar o pH do estômago, levando as células G a secretar bastante gastrina, ativando muitas células parietais que irá ativar muita histamina levando a maior ativação da bomba de prótons, aumento ainda mais a produção de secreção ácida acarretando a lesão da mucosa gástrica. • Tratamento de infecção por H. pylori Ø Terapia combinada: omeprazol, amoxicilina e metronidazol Ø Outras combinações: omeprazol + claritromicina e amoxicilina OU tetraciclina + metronidazol e quelatos de bismuto • Bismuto também é bactericida FÁRMACOS QUE ATUAM NA MOTILIDADE GÁSTRICA (PROMOTORES DA MOTILIDADE) • Regulação neuronal do vomito é realizada em duas unidades separadas pelo bulbo: Ø Centro do vomito Ø Zona de gatilho quimiorreceptora (ZGQ) o Local de ação de drogas – morfina, glicosídeos cardíacos, substâncias Hematogênicas o Região sensível à estímulos químicos, mas também a estímulos nervosos AGENTES ATIEMÉTICOS • São importantes como coadjuvantes na quimioterapia do câncer para combater as náuseas e os vômitos provocados pelos agentes citotóxicos • Principais classes de fármacos Ø Antagonistas dos receptores H1 Ø Antagonistas Dopaminérgicos (D2) Ø Antagonista Muscarínicos Ø Antagonistas Sertoninérgicos (5-HT3) Ø Canabinoides ANTAGONISTAS DOS RECEPTORES H1 • Exerce pouca atividade contra os vômitos produzidos por substâncias que atuam diretamente sobre ZGQ. Renata Malheiro TIV 9 • São eficazes na cinetose (náusea de movimento) e contra os vômitos causados por substâncias que atuam localmente no estômago. • Efeito antiemético máximo é observado em cerca de 4 horas após a ingestão, podendo durar 24h. • Uso clínico Ø Ciclizina – Cinetose Ø Cinarizina – cinetose, distúrbios vestibulares. Ø Dimenidrinato (Dramin ®) - náuseas, vômitos, Cinetose Ø Prometazina– náuseas matinais intensa na gravidez ANTAGONISTAS DOPAMINÉRGICOS (D2) • Metoclopramida (plasil) – benzamida Ø Bloqueador dopaminérgico Ø Possui também ações periféricos aumentando a motilidade do estômago e do intestino, contribuindo para o efeito antiemético – ajuda no esvaziamento gástrico. Ø Via oral ou parenteral • Domperidona (Motilium) Ø Antagonista dos receptores da dopamina Ø Fármaco antiemético Ø Síndromes dispépticas frequentemente associados a um retardo de esvaziamento gástrico, refluxo gastroesofágico e esofagite Ø Via oral ANTAGONISTA SEROTONINÉRGICOS (5-HT3) • Ondansetrona (Vonau Flash); Dolacetrona; Granisetrona Ø Antagonistas dos receptores 5-HT3 Ø Diferenças quanto à estrutura, farmacocinética e afinidade com receptor Ø Receptores 5-HT3 estão presentes em muitos locais críticos envolvidos na emese, incluindo vago aferente, núcleo do trato solitário (NTS), área postrema. Ø Uso clínico: náuseas e vômitos pós- operatórios, por radioterapia ou por agentes citotóxicos (prevenção e tratamento) QUESTÕES NORTEADORAS 1. Quais os mecanismos de ação dos fármacos que reduzem a secreção ácida? - Antagonistas dos receptores de H2: Inibem a produção de HCl pela competição reversível com histamina pelos sítios receptores H2 na membrana das células parietais. -Antagonistas da bomba de prótons: Inibem de forma irreversível a bomba de prótons causando a inibição da liberação de íons H+, consequentemente, diminuirá a formação de ácido clorídrico - HCl. 2. Quais os pilares do tratamento farmacológico para erradicação do H. pylori? O tratamento farmacológico contra o H. pylori consiste na combinação de antibióticos e protetores gástricos como o omeprazol, que inibe a bomba de prótons, diminuindo a secreção de ácido clorídrico. Além disso, pode ser utilizado o bismuto que possui também ação bactericida. 2. Quais as classes de fármacos considerados citoprotetores e seus respectivos mecanismos de ação? - Bismuto: liga-se com glicoproteínas de membrana e forma uma película protetora na base da úlcera. -Sucralfato: forma um gel viscoso quando entra em contato com o muco aderindo firmemente ao epitélio Renata Malheiro TIV 10 das células. Além disso, diminui a ação da pepsina, consequentemente, haverá redução da degradação do muco por esta enzima. - Misoprazol: agonista da prostaglandina E1, ou seja, inibe a secreção de ácido gástrico e aumenta a secreção de muco e de bicarbonato. 4. Quais os mecanismos de ação das principais classes de fármacos anti-eméticos? Exemplifique um fármaco de cada classe. - Antagonistas dos receptores H1 – inibe a ação da histamina através do bloqueio de receptores H1. Ex: ciclizina - Antagonistas Dopaminérgicos (D2) – inibe a ação da dopamina através do bloqueio de receptores D2 na zona quimiorreceptora de disparo. Ex: metoclopramida - Antagonista Muscarínicos – inibe a ação da acetilcolina através do bloqueio de receptores muscarínicos, por antagonismo competitivo. Ex: escopolamina - Antagonistas Sertoninérgicos (5-HT3) – inibe a ação da serotonina através do bloqueio de seus receptores. Ex: ondansetrona Canabinoides – atua como agonista do receptor canabinóide nos neurônios do centro do vômito. Ex: dronabinol
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