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RESUMO DTM – P2 Disfunção temporomandibular A disfunção envolve: → Músculos mastigatórios; → Articulação temporomandibular; → Estruturas associadas- olho, seio maxilar, ouvido, garganta, dor de cabeça Para tratar é importante ser multidisciplinar. NA VERDADE, não é bem TRATAR, é diminuir a dor do paciente. ETIOLOGIA É MULTIFATORIAL!!!! A DTM depende de: DTM → FATORES CONTRIBUINTES → FATORES INICIANTES → FATORES PERPETUANTES Não existe só um fator, mas sim VÁRIOS! Antes se achava que era só a oclusão, mas descobriu-se que não era. A oclusão sozinha não e capaz de levar à disfunção, agora a oclusão + algum outro fator sim pode levar a disfunção/ predispor a disfunção. QUAIS ENTÃO QUE TEMOS TRAUMA DIRETO; TRAUMA INDIRETO; MICROTRAUMA → TRAUMA DIRETO: Microtrauma; Injuria via impacto direto na face, mandíbula ou DTM; esporte, violência, entubação, bocejo, mastigação e procedimento odontológicos extremamente longe. Na hora da anamnese é legal perguntar se o paciente pratica algum esporte relacionado à luta por exemplo. → TRAUMA INDIRETO: Nenhum golpe direto a face; ‘’efeito chicote’’; lesão de hiperflexão/ hiperextensão, geralmente acontece em acidentes de trânsito e na hora da anamnese é essencial perguntar a quanto tempo o paciente está com essa dor, e muitas vezes eles falam que começou depois que sofreu um acidente de trânsito. → MICROTRAUMA: Cargas adversas repetitivas. São as causas mais comuns: bruxismo, ranger de dentes, mastigar chiclete ou bala por muito tempo, morder o lábio, roer unhas, tocadores de instrumento de sopor, costureiras que seguram agulha entre os dentes, entre outros. Não é mastigar UM chiclete, ranger os dentes UMA vez, é acumulativo, vários dias. → BRUXISMO DO SONO: O bruxismo é uma atividade oral caracterizada pelo ranger ou apertar dos dentes durante o sono, normalmente associado aos micro despertares do sono, ou seja, quem tem bruxismo acorda varias vezes durante a noite e muitas vezes são pessoas que acordam muito mal e muitas vezes não tem a higiene do sono. RESULTA EM: Desgastes dentários; indentações laterais na língua; linha Alba na altura do plano oclusal; presença de tórus maxilar e mandibular- pode ou não ser verdade; hipertrofia do músculo do masseter- ocorre quando se aperta o dente; fratura de dentes ou incisais - principalmente bordas incisais ou ponta de cúspide de canino, é um fato extremamente relacionado com bruxismo. GERALMENTE quem tem bruxismo, acorda com o rosto cansado ou com a boca travada, sente os dentes doloridos, vão várias vezes ao CD para arrumar restauração quebrada Existe esse questionário para bruxismo. → TRATAMENTO E CONTROLE: Higiene do sono: horas necessárias do sono sem ter microdespertares, para se ter uma ótima noite de sono. Geralmente profissão que a pessoa passa a noite trabalhando não tem a higiene do sono. Ex: médicos, enfermeiras, pessoas que mexem com bolsa de valores. Evitar estimulante (cafeína, nicotina) algumas horas antes de dormir; manter horários rotineiros para dormir; não dormir de estomago vazio; reduzir barulho e claridade no quarto; exercícios de relaxamento antes de dormir; praticas de esportes - extremamente importante para casos de DTM. FATORES ANATÔMICOS: Relações oclusais: algumas variantes oclusais especificas são fatores de risco. São todos fatores que podem pré-dispor a disfunção temporomandibulares, ou seja, são fatores oclusais que são fatores de risco para a DTM. 1. Deslizamento de RC e MIH > 2 mm: Se tiver uma diferença muito grande entre MIH e RC é um fator de risco para DTM. 2. Mordida cruzada unilateral: nesse caso, se a pessoa for calma, etc ela pode nunca desenvolver DTM, caso contrário, sim. 3. Overjet > 6 mm; 4. Ausência de mais de 6 dentes superiores; 5. Mordida aberta anterior. ANAMNESE: Inicio; localização; qualidade; intensidade; eventos precipitantes; eventos modificadores (melhora ou piora); horário da pior dor; tratamentos prévios; relação com outras doenças; traumatismo associado; hábitos parafuncionais; hábitos ocupacionais; história psicossocial. >>>> Quando o paciente chega com dor (DTM) o CD pode perguntar numa escala de 0 a 10 qual seria a dor dele, e normalmente ele sabe posicionar a dor. Podemos usar uma escala numérica, de face ou de adjetivos. EXAMES DO PACIENTE Exame físico: Avaliação da ATM: × Movimentação 1. Padrão de abertura: A ATM sempre vai ter um padrão de abertura, então quando o padrão estiver simétrico ela não faz nenhum desvio (nem para o lado direito e nem para o esquerdo), a ATM abre e fecha sem que haja desvios. 2. Abertura normal e máxima: A normal MÉDIA é 40mm e a máxima é 55mm. Medir se o paciente abre a boca normalmente pois pode ter paciente com restrição de abertura bucal. EX: Trísmo – que ocorre quando o paciente tira os 3º molares. 3. Lateralidade direita (> 7 mm) e lateralidade esquerda (> 7 mm): Conseguimos medir através da linha media o quando a mandíbula vai para a direita ou esquerda, e o CD sabe se o paciente está ou não fazendo o movimento de lateralidade de forma adequada. 4. Protrusão: Devemos saber que existe uma guia protrusiva e ela tem que ser suficiente. Se algo não estiver acontecendo de forma adequada podemos dizer que tem algum musculo impedindo a movimentação e entender o que está errado para tratar. × Ruídos articulares: Importantes indicativos de DTM. Paciente pode ter ruído na fase inicial, intermediaria ou tardia da abertura, assim como no fechamento. Paciente pode ter a sensação de crepitação que é como se tivesse areia na ATM – indica o tipo de doença. × Palpação: Mostra se tem quadro doloroso. EX: ATM esquerda tem palpação positiva e direita palpação negativa. TEM QUE cuidar com a pressão, para que não gere quadro de dor. 1. Aspecto lateral: Temos que palpar o colo lateral do côndilo com os dedos indicadores e isso o paciente estará com a boca fechada. 2. Aspecto posterior: O paciente deve estar de boca aberda e com o dedo indicador palpar a parte posterior do condilo. × Dor: Relativa à palpação também. Tem que cuidar para não machucar o paciente. E temos que palpar todos os músculos. ➢ Avaliação dos músculos: × Palpação bilateral. 1. Temporal (2,0 a 2,5 kgf) - Anterior, médio e posterior. 2. Masseter superficial (1,0 a 1,5 kgf) - Origem, corpo e inserção. 3. Masseter profundo. 4. Pterigóideo medial. 5. Digástrico posterior. 6. Esternocleidomastóideo (1,5 kgf). 7. Trapézio (superior 1,5 kgf). 8. Cervicais posteriores. 9. Sub- occipitais. ➢ Avaliação dental e oclusal: × Dente, periodonto e mucosa: 1. Fonte de dor. 2. Desgaste e mobilidade. × Oclusão: 1. Fatores de risco oclusais. 2. Má- oclusão aguda secundária a DTM. Exames radiográficos- exames complementares: Auxiliam a compreender a relação de tecido ósseo, observar côndilos, posições de disco e ver o que está acontecendo, fechando um melhor diagnóstico. ➢ Imagens 1. Radiografias periapicais. 2. Radiografias panorâmicas e transcraniana. 3. Tomografias. 4. Ressonâncias magnéticas. Processos diagnóstico O ponto de partida é uma tomada de história ampla: Duração - quanto tempo dura essa dor? Característica da dor- como é essa dor? Dados pertinentes- Quais outros dados estão atrelados a essa dor? LOCALIZAÇÃO DA DOR → Unilateral; bilateral; localizada; difusa; referida - o paciente está com dor na coluna e essa dor está referida na ATM, então a dor referida é aquela dor que tem origem em um lugar que não é o mesmo lugar que o paciente sente a dor; - O paciente tem que apontar a dor. DIZER ONDE DOI! E como a dor acontece – pode ter horários de pico de dor. - A dor deve ser DESENHADA – aqui, o paciente em tratamento recebe um papel com um desenho da face de frente e na lateral e desenha a dor, por onde ela vai, riscando um caminho. IDENTIFICAR COM PRECISÃO A LOCALIZAÇÃO ÉUM ASSUNTO COMPLEXO QUANDO LIDAMOS COM DOR OROFACIAL OU CRANIOFACIAL. A dor é compacta e muitas estruturas importantes estão perto (cérebro, olhos, nariz etc) então é comum ela se espalhar. Uma história minuciosa deve incluir... TUDO QUE pudermos saber sobre o paciente é importante. Dentre isso podemos citar: detalhes médicos; medicamentos; história psicossocial; profissão; estresse; história familiar; desordem familiar. Comportamento temporal: Muito importante e pode ser fundamental no estabelecimento de um diagnostico. → A dor pode acontecer em momentos específicos do dia: ao entardecer, ao amanhecer; → A dor pode ser classificada em relação ao tempo em: 1.Intermitente (vai e vem)→ Pulpite; 2.Continua (dias, semanas)→ Muscular; 3.Periódica (sempre sabe que vai acontecer)→ Cefaléia em salvas. → A duração da dor também pode ser importante: 1.Ataques de dor curto→ Neuralgia do trigêmio; 2.Algumas horas→ Dor muscular; 3.Alguns dias → Cefaléia tipo tencional (CIT). Isso tudo auxilia no diagnóstico, porque fora a dor dentaria a gente vai ter dores musculares e articulares. A dor muscular, por exemplo, tem um padrão de dor, cada músculo tem um padrão de dor. Modo de início: → Paroxística – dor que vem com tudo, forte, alucinante, muito ruim, aflige o paciente e ele procura o CD urgente; → Provocada – por estímulos, como por exemplo, mastigação, liquidos gelados, alimentos quentes, açúcar, entre outros; → Espontâneas – surge do nada, apenas incomoda, não chega ser paroxística; → Em gatilho – pontos mais doloridos, pontos específicos que irradia dor, se não mexer nesse ponto a pessoa não sente dor apenas se apertar; → Progressiva – vai piorando. Qualidade da dor: → Dor craniofacial Neurovascular: pulsátil, acorda o paciente; Músculoesquelética: profunda, em aperto, dolorimento muscular; Neuropática: choque, agulhada, queimação, disfunção sensorial; Intensidade da dor- escala analógica verbal (EAV). É ESSA ESCALA AI. Um paciente que chega afirmando uma dor de 9-10 e você passa um medicamento, ele volta com uma dor entre 2-3 já um avanço gigante. Dor aguda VS crônica: À medida que a dor torna-se crônica, as opções de tratamento mudam de modalidades locais para as sistêmicas- tratar pacientes com dor crônica em DTM é um desafio gigantesco; Algumas síndromes dolorosas bucofaciais crônicas apresentam características sugestivas de doenças depressivas - na grande maioria dos casos. → E puxando um gatilho, pacientes com depressão e DTM, querendo mudar a forma dos dentes, querendo fazer laminados, harmonização orofacial, e outras series de tratamentos estéticos é necessário tomar muito cuidado, porque a chance do paciente não ficar contente com o resultado é gigantesco, então o certo é adiar esses tipos de procedimentos. Dor primaria VS secundaria (heterotópicas): O local na qual a dor é sentida pode ou não identificar o local da origem da dor; se a dor realmente emana das estruturas lesadas, ela constitui um impulso nociceptivo primário; se a origem real da dor está localizada em qualquer outro local, a área de desconforto representa a dor secundária. Dor somática VS neuropática: → A dor somática é aquela que emana de uma área determinada, sendo que os estímulos nociceptivos estão sendo recebidos e transmitidos por componentes normais do sistema nervoso sensitivo- Ex: dor muscular, dor articular, dor de dente; → A dor neuropática pode emanar da mesma área não por uma anomalia de estruturas somáticas, mas sim, por anormalidades nos componentes neurais que enervam a área- Da própria estrutura neural, ou seja, não tem danos no tecido, é o próprio sistema neurológico, ex: Neuralgia do trigêmio. Dor somática superficial VS profunda: → Superficiais: São dores que emanam dos tecidos cutâneos e mucogengivais apresentam características clinicas semelhante a outras sensações exteroceptivas - Geralmente é bem localizada e quando provoca estimulo nessa região se tem a dor exatamente no local lesado; → Profundas: São sentidas de forma bem difusão e respondem com menor fidelidade a provocação em adaptação, localização e intensidade - Normalmente se iniciam após efeitos secundários como a dor referida, e quanto mais profunda mais complexa de se localizar. Dor muscoloesquelética VS visceral: → A dor somática profunda que emana dos músculos, ossos, articulações, tendões, ligamentos e tecido conjuntivo frouxo apresentam uma relação intima à necessidade de função biomecânica. Tal dor também dá origem a uma resposta graduada ao estímulo nocivo; → As estruturas viscerais, entretanto, são enervadas por receptores de limiar alto, de modo que a dor em geral não é sentida até que o limiar seja alcançado. Tais dores, portanto, não produzem originalmente uma resposta graduada ao estimulo nocivo e respondem menos à função biomecânica. - Partindo desse pressuposto, nós vamos analisar um pouco mais pontual sobre dor dentaria, e temos que começar com a origem da dor dentária que é o processo de cárie. Carie e a progressão dos sintomas: → Nenhuma dor está associada a carie confinada em esmalte - Cárie confinada a esmalte não origina dor; → Conforme a carie progride em direção a camadas profundas da dentina, no entanto, a dor é desencadeada por diversos estímulos como variações de temperatura e substancias doces; → A dor torna-se mais forte e dura mais com o avanço da lesão; → Quando a lesão cariosa atinge a polpa dental, dor forte espontânea, paroxística desenvolve-se e é normalmente de natureza intermitente; → O dente torna- se muito sensível à mastigação, ao toque e a percussão; • Dentina→ Polpa → Periodonto. Então o CD tem que entender o processo de progressão da cárie para que se possa entender o processo de dor orofacial relacionado a dor dentária. Então dentina ataca a polpa que ataca o periodonto. Dor dentinária Sintomas: Dor aguda; sensação profunda; desencadeada por estímulo externo; desaparece em poucos segundos; localização ruim; área e dois a três dentes adjacentes; dentes afetados; não consegue distinguir se a dor iniciou na mandíbula ou maxila; doce, frio ou calor podem desencadear dor. Sinais físicos e radiográficos: cáries recentes; restaurações defeituosas; áreas de dentina exposta- muito difícil achar; raízes expostas; estímulo controlado com frio ou calor nos dentes suspeitos; sondagem das áreas de dentina expostas; radiografias bitewing - podem auxiliar no diagnóstico. O exame intraoral é extremamente cauteloso e minucioso, o campo deve estar extremamente seco, com isolamento relativo feito para o CD identificar áreas de dentina exposta. SÍNDROME DO DENTE GRETADO: → São dentes que apresentam fraturas incompletas na dentina e é a origem de dor orofacial, a qual pode ser difusa e de longa duração e de difícil diagnóstico. Além dos sintomas típicos de dor dentinária, um paciente também pode se queixar de dor aguda, desencadeada pela mastigação que cessa imediatamente. Utilizando percussão ou pressão nas cúspides do dente suspeito em ângulos diferentes; Pedindo para o paciente que morda individualmente em cada cúspide um palito de madeira fino; Sondando firmemente ao redor das margens das restaurações e nas fissuras suspeitas. Dor pulpar: forte, latejante, exacerbada por temperatura e pressão, quando desencadeada a dor dura mais que o estimulo, localização RUIM e piora com o tempo - tende a irradiar ou referir para orelhas, têmporas e bochechas, sem padrão definido - normalmente não cruza linha media, pacientes descrevem como dor chata contínua, que se exacerba periodicamente (por estimulação ou de maneira espontânea) por períodos curtos (minutos) ou longos (horas). - não trata canal de todo dente com dor... tipo, classe V, não faz canal; a localização do dente afetado é IMPORTANTE _ aplicação de estímulos frio e quente (CUIDADO); na pulpite reversívela resposta a dor ultrapassa o tempo de estimulo, normalmente por menos de 10 segundos - teste de percussão. Caracteristicas Reversivel Irreversivel Intensidade da dor Leve Grave Dor espontanea Não Sim Duração da dor Curta Prolongada, recorrente Sensibilidade a temperatura Leve, curta duração Forte, ultrapassa o estimulo Percussão Sem dolorimento Dolorido Remoção de carie Sem exposição Frequentemente exposição Radiografia Carie menos extensa Carie profunda Origem da dor Localizaç ão Característi cas Intensid ade Agravad a por Dentiná ria Pobre Provocada, mas não dura mais que o estimulo Leve a moderad a Frio, quente, doce, aliment os azedos Pulpar Muito pobre Espontâne a, paroxística , intermiten te Modera da a grave Frio, quente, as vezes mastigaç ão EXEMPLO!!!! nos últimos dois dias, paciente sofreu de dor FORTE, PAROXISTICA na mandíbula. A dor irradiou para a orelha e acordou o paciente durante o sono. Achados: o paciente apresenta dificuldade de localizar a fonte da dor espontânea. A fonte da dor foi detectada pelo exame físico. Uma radiografia periapical do primeiro molar inferior esquerdo apresentou translucidez periapical. Dolorimento a percussão neste dente coexiste com a forte dor ao estimulo frio. - dor tava irradiada, que dente abre pra tratar dor??? - estimulo frio, quente e percussão... o molar respondeu bem mais forte a esses estímulos, então abriu ele e parou a dor. - pulpite reversível e polpa foi extirpada DOR PERIODONTAL: - dor periodontal é normalmente sentida em resposta a uma inflamação aguda localizada. A dor oriunda nas estruturas que circundam os dentes é facilmente localizada, os dentes afetados são bem sensíveis durante a mastigação e são facilmente identificáveis pelo teste de percussão. Quando é de origem periodontal: localização > boa; característica > continua por horas, profunda, chata; intensidade > moderada a grave; agravada por > mastigação. Desordens musculo mastigatórias As dores miogênicas representam a causa mais comum de desconforto na região de cabeça e pescoço (se não for dor dentária, é muscular!). Sempre assumir que a dor é dentária > sempre assumir que a dor é miogênica (se não for dentária, é muscular. Se não for muscular, é articular. Exemplo: o paciente chega falando que está com dor de dente, mas na verdade é dor no esternocleidomastoideo - as dores musculares frequentemente causam contração e inatividade muscular. Dor muscular >> irá impedir abertura bucal provavelmente. São de difícil localização pelo paciente, pois o local e a fonte da dor podem ser diferentes COMPORTAMENTO DA MIALGIA: a dor está razoavelmente relacionada com as demandas funcionais biomecânicas. - a palpação manual no local da dor ou a manipulação funcional levam a uma resposta graduada que é proporcional ao estímulo. - GERALMENTE, nas mialgias as dores são relacionadas com demandas biomecânicas, ou seja, paciente tem dificuldade para abrir a boca. ORIGEM DA MIALGIA: - Embora a origem exata desse tipo de dor muscular ser debatida, alguns autores sugerem que ela está relacionada a vasoconstrição de artérias (dificultando a nutrição) e ao acúmulo de produtos metabólicos nos tecidos musculares. No interior dessas áreas isquêmicas do musculo, certas substancias alogênicas (bradicinina e prostaglandina) são liberadas causando a dor. (Acredita-se que essa seja um dos motivos pelo qual você tem dor muscular) DOR MUSCULOESQUELÉTICA • Dor muscular→ mialgia- normalmente o paciente apresenta uma dor crônica, quie sofre muito com isso durante anos, e provavelmente já passou por inúmeros medicos; • Co-contração protetora; (1) • Sensibilidade muscular local; (2) • Dor Miofascial; (3) • Mioespasmo; • Mialgia mediada centralmente. 1, 2 e 3 SÃO OS MAIS IMPORTANTES! → LOCAIS: os fatores locais representam qualquer evento que altere agudamente o impulso proprioceptivo sensitivo nas estruturas mastigatórias (uma dor muscular inicialmente necessita de uma causa.. exemplos: anestesia, extração demorada, restaurações, coroa alta, fraturas...) - fraturas dentárias, restaurações em supra oclusão, trauma tecidual, abertura bucal por longo tempo, abertura bucal excessiva (bocejo), impulso de dor profunda. – → SISTÊMICOS = tensão emocional! Se tem esses eventos recentes, nunca pensar que é uma mialgia centralmente mediada, tem que pensar numa dor muscular mais simples... alguma coisa aconteceu e o organismo introduziu uma resposta de proteção. Como uma fratura dentária pode levar a um quadro de dor muscular? R: ex: fratura no molar inferior em tratamento de canal, uma das faces ficou solta, toda vez que você for morder (ocluir) fera um impulso de dor. O SNC vai pensar que “tenho que fazer a mandíbula ocluir em outro padrão para não causar desconforto” ai o SNC vai pedir para alguns músculos impedir a abertura de boca, que vai dificultar a abertura e também o fechamento. Essa condição é chamada de co-contração protetora. (1) Co- contração protetora: É uma resposta do SNC a lesões ou ameaças de lesões > produz contração muscular para que danos maiores aconteçam. Quanto tem impulsos sensitivos alterados ou de dor, grupos de músculos antagonistas parecem ser afetados durante a movimentação para tentar proteger a área lesada > ex quando extrai o 3º molar. - Na presença de uma lesão ou ameaça de lesão a evolução natural da atividade muscular parece ser alterada de modo a proteger a região ameaçada de ser mais lesada; - Não se trata de uma condição patológica, embora quando prolongada pode levar a sintomas de mialgia. É um evento bem frequente no dia a dia do CD, mas se não for tratado pode agravar; → Etiologia: a etiologia da co-contração protetora pode ser qualquer alteração do impulso sensitivo ou proprioceptivo proveniente de estruturas associadas; → Clinicamente: o paciente costuma apresentar- se com limitação de abertura bucal, mas quando solicitado a abrir a boca, LENTAMENTE, pode alcançar a abertura total, pode sentir fraqueza muscular, e o quadro de dor é apenas quando o paciente faz movimentação, ou seja, se estiver com a boca quieta não dói, e após a remoção da causa o paciente volta ao normal gradativamente; A chave para identificar a co-contração é que ela se segue imediatamente a um evento e, portanto, a história clinica do caso é muito importante. Ou seja, fiz isso e aconteceu aquilo, ex: fiz uma restauração começo da semana estou com dor, então parte basicamente da história clínica. Pergunta: Se eu remover o excesso da restauração na oclusal resolve? R: Se você tirar a causa (nesse caso a restauração alta) a co-contração protetora vai resolver, mas não é na hora, diminui a dor gradativamente e volta a abertura de boca normal. Mas se o paciente demora pra procurar o dentista, 10 dias por ex, ta com limitação bucal por causa da restauração, a co-contração protetora pode gerar outro quadro de dor muscular, ai entramos com miorrelaxante para diminuir o quadro. (2) Sensibilidade muscular local: → Características: disfunção dolorosa miogênica não- inflamatória, usualmente é a primeira resposta do tecido muscular a uma co-contração protetora- Ou seja, a co-contração protetora não se resolveu. Então a co- contração protetora já é um estimulo para gerar outro tipo de dor facial que é chamada de sensibilidade muscular local; Representa uma alteração no meio ambiente local dos tecidos musculares caracterizadas pela liberação de certas substancias alogênicas como a bradicinina, substância P, e até mesmo a histamina- Ou seja, aquele determinado músculo ficou contraído através da co- contração protetora por muito tempo então gerou uma alteração dentro do músculo, uma alteração bioquímica dentro do músculo e ai se passa a ter uma sensibilidade muscular; → Etiologia: Co- contração protetora,uso excessivo de músculos (ex: mascando chiclete, para quem não está acostumado), causas locais, efeito ‘’ciclo de dor muscular’’(ela mesma pode se retroalimenta). → Clinicamente: limitação real de abertura bucal, fraqueza muscular, o(s) músculo(s) envolvido(s) estão sensíveis a palpação. Então agora se tem uma limitação real da abertura bucal, pois na co-contração protetora o paciente tinha uma limitação de abertura, mas ele ainda conseguia abrir a boca mesmo com dor, já na sensibilidade muscular local o paciente realmente não consegue abrir a boca. A sensibilidade muscular ainda é um quadro simples de ser resolvido, mas necessita de cuidados porque se não corrigir o problema, pode agravar esse quadro. (3) Dor Miofascial → Característica: é caracterizada primariamente por dor nos músculos que promovem o fechamento da mandíbula, e produzem alterações significativas na função mastigatória- Já e com outra entidade, com outro quadro de dor miogênica, as duas primeiras são dores mais simples, e agora se começa a ter um quadro mais complexo relacionado a dor miofascial; → Localização: dor regional, normalmente unilateral, geralmente os pacientes localizam a dor ao redor das orelhas, ângulo e corpo da mandíbula e região temporal, uma dor referida para região intra oral é bem documentada e pode ser a primeira queixa do paciente- Então podemos perceber que já muda um pouco o quadro e o processo de dor. A dor referida o paciente geralmente fala assim ‘’dói aqui, mas eu sinto ali’’, ou seja, a origem é diferente da onde o paciente sente a dor de fato; → Qualidade: chata, pesada, dolorosa ou doída, raramente latejante (MUITO difícil) cansada, perturbadora. É um quadro de dor bastante ruim; → Padrão temporal: ou pela manha, ou no final da tarde (a maior parte dos pacientes), a média de dor durante o dia varia de 5.5 a 18 horas, caracterizada pela cronicidade (variando de meses a anos). É uma dor que ocorre na maior parte dos dias do mês, mas pode haver dias sem dor- É muito importante perguntar isso; → Clinicamente: pode haver exacerbação da dor durante a função mastigatória, limitação da abertura bucal < 40 mm, associada com ‘’pontos gatilhos’’(nódulos nos músculos aonde o CD aperta e o paciente sente dor, e é referida para outra área). Normalmente o tratamento desses pacientes é medicamentoso, e geralmente o CD apenas abaixa o nível de dor do paciente até que seja uma dor suportável para conviver. ESSE PACIENTE É MUITO COMPLEXO. Geralmente tem dor 18 horas por dia, tem depressão, não higieniza bem os dentes por ter dor. PADRÕES DE REFERENCIA DA DOR MIOFASCIAL (DMF) → TEMPORAL: Então no temporal, quando o CD faz a palpação no local do X (parte anterior do temporal), pode resultar em dor referida na região superior (‘’testa’’) aonde está com uma coloração vermelha e na região dos incisivos. A palpação da parte média do temporal pode resultar em uma dor que vai em direção ao centro da cabeça, mas tambem referir dor para os dentes maxilares (superiores posteriores). A região posterior do temporal, quando é feito a palpação é dificil resultar em dor referida para regiões de dentes, na maioria dos casos a dor é referida para a região posterior de cabeça. → MASSETER SUPERFICIAL: Quando é feito a palpação na parte mais superior do masseter a dor se refere para os dentes posteriores da maxila, e um pouco na região da ‘’maçã do rosto’’. A palpação na parte média do masseter a dor já se refere para os dentes inferiores posteriores e na região do corpo da mandibula mais em direção a parte posterior. A porção mais baixa do masseter, quando é feito a palpação nesse local, a dor se refere para a parte superior do olho e na região do corpo da mandibula mais em direção a parte posterior → MASSETER PROFUNDO: Para palpar o masseter profundo tem que palpar a região de ATM, e essa dor se refere para a região do ouvido. → ESTERNOCLEIDOMASTOIDEO: Quando se apalpa a ‘’tira’’ desse músculo, a dor pode ser referida para parte posterior ao temporal (não é na parte posterior do temporal e sim depois do músculo temporal), na região posterior de olho e toda essa região da face que está sinalizada em vermelho. → TRAPÉZIO SUPERIOR: Esse músculo também dá uma referência de dor, então quando é palpado a dor é referida para a parte lateral do pescoço, para a lateral do olho e no ramo da mandíbula. E ainda se tem outros quadros de dor que já não é mais uma co-contração protetora, sensibilidade muscular local e nem dor miofascial, é um padrão de dor que já é crônico. Desordens articulares - Disfunção articular normalmente apresenta-se como uma interrupção do movimento normal do côndilo-disco com produção de ruídos articulares (estalido, crepitação...) - são provavelmente os achados mais comuns - sinais como: ruídos articulares não dolorosos, estalidos assintomáticos, dentre outros... São divididas em três categorias: * desarranjo do complexo condilo-disco (vamos focar aqui) * incompatibilidade estrutural das superfícies articulares * desordens articulares inflamatórias dor na articulação: ARTRALGIA: gerada por nociceptores localizados no tecidos periarticulares (ligamento do disco, ligamento capsular, tecido retrodiscal – a dor é oriunda desses tecidos, o disco pode estar todo errado, mas a dor vem desses tecidos) - quando esses tecidos são comprimidos ou ligamentos são alongados, os nociceptores enviam impulsos e a dor é sentida. OS RUIDOS ARTICULARES PODEM SER: * estalidos (se alto é estalo): é a forma mais comum de artropatia da ATM * crepitação: som múltiplo, áspero, tipo cascalho, descrito como irritante e complicado NORMAL DA ATM: * ligamentos discais colaterais: colo do disco ao colo do condilo... quando alonga muito e o disco fica muito solto no condilo, já começa uma desordem do complexo condilo-disco, isso ocorre devido algum habito parafuncional (mascar chiclete, trauma na face, bruxismo, instrumento de sopro, morder lápis, morder agulha, etc... eles são fatores acumulativos, são anos fazendo isso, você vai alongando o disco até que ele fique solto * ligamento capsular: mantem liquido sinovial * tecido retrodiscal (lamina superior – elástica e lamina inferior) principalmente a lamina inferior pode ser alongada * forma do disco/pressão interarticular – o disco parece uma hemácia... a porção intermediária é mais fina para assentar sobre a cabeça do condilo. Com os hábitos parafuncionais, as bordas dos discos modificam. Em relação a pressão interarticular, ela é importante nos movimentos do disco na translação... lembrando que a rotação é movimento pequeno de abertura e a translação um movimento muito grande. * musculo pterigóideo lateral superior: suas fibras inseridas na borda posterior do disco, tem habilidade de puxar o disco, ao puxar o disco ele puxa pra frente e pra medial e pode afilar a borda posterior do disco... - quando tem ESTALIDO, algo disso já aconteceu, já tem algum ligamento prejudicado. → Morfologia do disco alterada → ligamentos colaterais alongados, ligamento não estira, somente alonga → disco fica livre para mover-se (o disco é responsável, ex, por evitar atrito entre condilo e cavidade articular) (quando você vai morder algo, o lado da mordida perde pressão e as estruturas ficam separadas. O pterigoide ele vem para estabilizar a ATM para evitar a desestabilização das ATMs) – → AÇÃO do MPLS (pterigoideo lateral superior) - na posição de boca fechada, a lamina retrodiscal superior não influencia muito a posição do disco - ele SEMPRE anterioriza o disco – cada vez que isso acontece, ele vai afilando mais a borda do disco. Explicando alguns tópicos: Vamos imaginar que o disco está solto, e a ação do MPLS é anteriorizar sempre o disco, então quando o paciente está com a boca fechada (em repouso), a lâmina retrodiscal superior não é ativa nessa posição, só que a borda posteriordo disco está mais afilada ai o MPLS gruda no disco e ele puxa para frente e pro meio e cada vez que acontece isso vai afilando mais a borda do disco, então se tem uma desordem no complexo côndilo- disco que vai anteriorizando o disco e ele não fica mais na posição normal dele quando está em repouso, ficando mais anteriorizada, mais pra frente, por conta do MPLS que promove o afilamento da borda do posterior do disco. O disco não dói, a lamina retrodiscal sim. Logo, essa lamina vai querendo assumir a posição do disco, o paciente para de fazer sobrecarga, o condilo não está mais assentado no disco e sim na lamina retrodiscal posterior, o paciente sente dor por que a lamina não é para receber carga. → → → → MOVIMENTO DE TRANSLAÇÃO: Movimento do condilo >>>>>>> direção ao disco!!! O disco vai para “frente” e começa a criar um problema, que é a movimentação do condilo no movimento de translação em direção ao disco. Na posição NORMAL o disco fica em cima do condilo, na ANORMAL disco está anteriorizado. → O estalido nada mais é do que um processo que já aconteceu na ATM, já alongou os ligamentos, mudou a morfologia do disco, então o côndilo faz o estalido na abertura, e na hora do fechamento (momento de repouso) o músculo pterigóideo lateral superior puxa de volta o disco. Isso já é um processo patológico. → Durante a abertura é ouvido o primeiro estalido; Podemos ouvir estalidos no fechamento também; → O estalido: quanto mais no inicio da translação ‘’menos ruim’’, quanto mais no final pior (opinião do professor); → Durante o fechamento, a posição normal do disco é mantida até o côndilo retornar para a posição próxima a do fechamento articular; → Na posição próxima a do fechamento articular a tensão da lâmina retrodiscal superior é diminuída; → As combinações entre a morfologia do disco e a tração do MPLS permitem que o disco escorregue de volta para a posição mais anterior, onde o movimento iniciou. Neste movimento final entre o côndilo e a borda posterior do disco cria um segundo ruído de estalido, e consequentemente, o estalido recíproco; → Se esta condição for mantida por muito tempo, pode haver o comprometimento da elasticidade da lamina retrodiscal superior → e se esta condição persistir?- vai acontecer um fenômeno que se chama deslocamento funcional do disco, então ate agora estávamos falando de um mal posicionamento do disco. Deslocamento funcional do disco: com ou sem redução Quando a lâmina retrodiscal está completamente em cima do côndilo, ou seja, nesse caso se tem um deslocamento funcional do disco e o paciente tem dificuldade de abrir a boca, pois o disco torna-se um impedimento mecânico. ➢ Fechamento do espaço discal devido à pressão interarticular, prendendo o disco na posição anteriorizada; ➢ O paciente sente a articulação travando uma posição fechada e limitada; ➢ Desaparecem os ruídos articulares. × Deslocamento funcional do disco com redução: Dificuldade pra abrir a boca, até que encaixa o disco e o côndilo de algum jeito fazendo o movimento de translação. Algumas pessoas são capazes de movimentar a mandíbula em várias direções laterais e de protrusão para acomodar o movimento do côndilo sob a borda posterior do disco, e a condição de travamento é resolvida; PARTE DO TRABALHO: Estágios iniciais das desordens de desarranjo de disco causa, alongamento do ligamento capsular e disco juntamente com o afinamento do disco articular. Essa alteração normalmente é relacionada a micro e macrotrauma, sendo que o primeiro se passa despercebido e o segundo tem relatos do paciente. São fontes comuns de microtrauma as injúrias de hipóxia-reperfusão, o bruxismo, e a instabilidade ortopédica, alguns estudos relacionam a má oclusão classe II divisão 2 ou até mesmo injurias de nível celular por extraordinariamente uma carga prolongada e pesada sobre os tecidos iniciando um colapso. Já o macrotrauma tem-se relatos de bruxismo e ruídos, além de sensação de travamento durante a abertura de boca e a presença de dor. → Características Clínicas: O exame clínico revela uma amplitude relativamente normal de movimento somente com restrição associada à dor. O movimento discal pode ser sentido através da palpação das articulações durante a abertura e o fechamento. Desvios durante a abertura são comuns. → Tratamento: O tratamento definitivo para um mal posicionamento do disco é o restabelecimento de uma relação côndilo-disco normal. Utiliza-se a placa de posicionamento anterior pois fornece relação oclusal que requer que a mandíbula seja mantida em relação anterior ou seja, ligeiramente protruída. Na terapia de suporte fazer dietas mais macias, mastigação mais lenta e em pequenas porções para diminuir a carga na articulação. × Deslocamento funcional do disco sem redução: Esta condição ocorre quando a pessoa é incapaz de retornar o disco deslocado para sua posição normal sobre o côndilo- não captura mais o disco; A boca não pode ter sua abertura máxima porque a posição do disco não permite a translação total do côndilo- apenas movimento de rotação. PARTE DO TRABALHO: O deslocamento de disco sem redução é uma condição clínica na qual o disco está deslocado do côndilo, mais frequentemente ântero-medialmente, e não retorna à posição normal com o movimento condilar. → Causa: Macro e microtrauma são as causas mais comuns de deslocamento de disco sem redução. → Histórico: Os pacientes frequentemente relatam o início exato dessa desordem. Ocorre uma alteração repentina da extensão do movimento mandibular que é evidente para o paciente. O histórico pode revelar um aumento gradativo nos sintomas intracapsulares (estalos ou travamento) antes do deslocamento. Na maioria das vezes os ruídos na articulação já não estão presentes logo após o deslocamento do disco. → Características Clínicas: O exame revela abertura de boca limitada (25 a 30 mm) com movimento excêntrico normal para o lado ipsilateral e restrição do movimento excêntrico para o lado contralateral. → Tratamento: Contraindicado o uso de placa de posicionamento anterior já que vai forçar o disco mais para frente. Quando esse deslocamento for agudo deve se usar a terapia de tentar recapturar ou reduzir o disco com manipulação manual, o sucesso é de 100% em pacientes que aconteceu pela primeira vez, já em pacientes com histórico de outros travamentos, menor será a chance de sucesso já que os tecidos sofreram alterações. A PARTIR DAQUI É A PARTE DO NOSSO TRABALHO, POR QUE ELE COMENTA E NÃO SEI SE PODE CAIR NA PROVA! NÃO CUSTA NADAAAAAAAAAA LER. INCOMPATIBILIDADE ESTRUTURAL DAS SUPERFÍCIES ARTICULARES: × Desvio na forma: alterações na superfície lisa da articulação e do disco que causa uma mudança no trajeto normal do movimento condilar. → Causa: A causa da maioria dos desvios na forma é o trauma. O trauma pode ter sido repentino ou um trauma lento associado ao micro trauma. Certamente, a carga sobre as estruturas ósseas causa alterações na forma. → Histórico: Os pacientes frequentemente relatam um longo histórico relacionado a essas desordens. Muitas dessas desordens não são dolorosas e, portanto, podem passar despercebidas pelo paciente. → Características Clínicas: Um paciente com desvio na forma do côndilo, fossa ou disco normalmente mostra uma alteração repetida no trajeto dos movimentos de abertura e fechamento de boca. Quando se observa um estalo ou desvio na abertura, ele sempre ocorre na mesma posição de abertura e fechamento. Os desvios na forma podem ou não ser dolorosos. → Tratamento: Como a causa do desvio na forma de uma superfície articular é uma alteração estrutural real, a abordagem definitiva é devolver à estrutura alterada a sua forma normal. Isso pode ser conseguido através de um procedimento cirúrgico × Aderências e adesões: Aderências representam uma fixação temporária das superfícies articularesdurante os movimentos normais da articulação. As adesões são mais permanentes e são causadas por uma união fibrosa das superfícies articulares. Aderências e adesões podem ocorrer entre o disco e o côndilo ou entre o disco e a fossa. → Causa: As aderências comumente resultam de uma carga estática prolongada das estruturas articulares. Se a aderência for mantida, pode-se desenvolver a condição mais permanente de adesão. As adesões também podem ocorrer secundariamente à hemartrose causada por macro trauma ou cirurgia. → Características Clínicas: As aderências se apresentam como restrição temporária na abertura de boca até que ocorra um estalo, enquanto as adesões se apresentam como uma limitação mais permanente de abertura de boca. O grau de restrição depende da localização da adesão. Se a adesão afetar somente uma articulação, o movimento de abertura desviará para o lado ipsilateral. Quando as adesões são permanentes, a disfunção pode ser grande. → Tratamento: Aderências, quando a causa é apertamento diurno conscientizar e ensinar auto regulação física e quando é noturno usa-se a placa estabilizadora. Na adesão cirurgia para libração, soluções para irrigação da articulação durante o procedimento auxilia na diminuição dos sintomas. × Subluxação ou hipermobilidade: é um sinal clínico do côndilo quando ele se move anteriormente à crista da eminência articular. Ela não é uma condição patológica, mas reflete uma variação da forma anatômica da fossa. → Causa: Como já afirmado, a subluxação é geralmente resultado da forma anatômica da fossa. Pacientes que apresentam uma vertente posterior excessivamente curta e inclinada da eminência articular associada a uma vertente anterior mais longa e plana parecem apresentar maior tendência à subluxação. A subluxação ocorre quando o disco sofre rotação máxima sobre o côndilo antes que ocorra a completa translação do complexo côndilo-disco. → Características clínicas: Durante o estágio final da máxima abertura de boca, pode-se observar o côndilo saltando repentinamente para a frente com uma sensação de “golpe surdo”. Isso não é relatado como uma sensação discreta de estalo. → Tratamento: O único tratamento definitivo para a subluxação é a alteração cirúrgica da própria articulação. E como terapia de suporte a educação do paciente a respeito da causa e de quais movimentos ela provoca. × Deslocamento espontâneo: Essa condição é comumente referida como um travamento aberto. Ela pode ocorrer após procedimentos que demandam grande abertura de boca, como uma consulta odontológica. No deslocamento espontâneo, ambos os côndilos e os discos são frequentemente deslocados para fora de suas posições normais. → Causa: Quando a boca abre em sua extensão máxima, o côndilo é transladado para seu limite anterior. Nessa posição, o disco é rotado para a sua posição mais posterior sobre o côndilo. O paciente apresenta-se com a boca aberta e sem capacidade de fechá-la. A condição ocorreu imediatamente após um movimento de ampla abertura da boca como um bocejo ou um procedimento odontológico. → Características Clínicas: O paciente permanece na condição de boca aberta. A dor comumente está presente secundariamente às tentativas do paciente de fechar a boca. → Tratamento Definitivo: O tratamento definitivo é direcionado para o aumento do espaço discal, o que permite que a lâmina retro discal superior retraia o disco. Quando tentativas são realizadas para se reduzir o deslocamento, o paciente deve abrir bem a boca como se estivesse bocejando. Isso irá ativar os depressores da mandíbula e inibir os elevadores. Ao mesmo tempo, uma leve pressão posterior aplicada ao mento irá algumas vezes reduzir um deslocamento espontâneo. Se isso não funcionar, os polegares devem ser colocados sobre os molares inferiores e uma força para baixo deve ser exercida à medida que o paciente boceja. Isso geralmente fornece espaço sufi ciente para recaptura da posição normal do disco. Pode usar também a toxina botulínica. Desordens inflamatórias da articulação temporomandibular × Sinovite e capsulite: As condições de sinovite a capsulite são discutidas juntas porque não há uma maneira simples de diferenciá-las clinicamente. Elas só podem ser distinguidas pela visualização dos tecidos através de artroscopia ou artrotomia. Além disso, como o tratamento conservador é o mesmo para ambas, é apropriado discuti-las juntas. → Causa: A causa da capsulite e da sinovite é tanto o trauma quanto a disseminação de uma infecção de uma estrutura adjacente. → Características Clínicas: Quando há uma capsulite ou sinovite, qualquer movimento que alongue o ligamento capsular irá acentuar a dor. A dor é relatada diretamente na frente do ouvido, e a face lateral do côndilo está geralmente sensível à palpação. → Tratamento: Quando a causa da capsulite ou da sinovite é o macro trauma, a condição é auto limitante porque o trauma não está mais presente. Por causa disso, não está indicado um tratamento definitivo para a condição inflamatória. O paciente é instruído a restringir todos os movimentos mandibulares a limites indolores. São necessários dieta pastosa, movimentos lentos e mordidas em pequenas porções. Para os pacientes que se queixam de dor constante, devem ser prescritos analgésicos leves, como um AINE. × Retrodiscite: Uma condição inflamatória dos tecidos retro discais é referia como retrodiscite. Essa é uma desordem intracapsular relativamente comum. Causa A retrodiscite geralmente é causada por trauma. Dois tipos distintos de trauma devem ser considerados: extrínseco e intrínseco. O trauma extrínseco é gerado por um movimento súbito do côndilo em direção aos tecidos retro discais. O trauma intrínseco aos tecidos retro discais é provável de ocorrer quando um mal posicionamento ou um deslocamento anterior do disco está presente. → Características Clínicas: A retrodiscite produz uma dor pré-auricular constante que é acentuada pelo movimento mandibular. O apertamento dos dentes geralmente aumenta a dor. Se os tecidos se tornarem edemaciados, pode ocorrer a perda de contato oclusal posterior no lado ipsilateral. → Tratamento: Para a extrínseca a terapia de suporte começa com a observação cuidadosa da condição oclusal. Se não houver evidência de má oclusão aguda, analgésicos são prescritos para dor e o paciente é instruído a restringir os movimentos a limites indolores e a iniciar uma dieta pastosa. Já para a intrínseca utiliza-se uma placa de posicionamento anterior para reposicionar o côndilo fora dos tecidos retro discais e no disco. Isso frequentemente alivia a dor imediatamente. São prescritos analgésicos quando a dor não é resolvida com a placa de posicionamento. A termoterapia e o ultrassom podem ser úteis no controle dos sintomas. × Artrites Artrite significa inflamação das superfícies articulares. Osteoartrite é a mais comum. → Causa: sobrecarga das estruturas. →Características clinicas: abertura limitada por causa da dor, palpação dolorida, diagnóstico confirmado por radiografias da ATM que revelam alterações nas estruturas como achatamento e erosões. →Tratamento: diminuição de carga, placa estabilizadora. Osteoartrose: curso natural da osteoartrite. →Causa: sobrecarga articula. →Características clinicas: alteração estrutural no osso subarticular, mas não tem dor. →Tratamento: como é um processo adaptativo, terapia não é indicado, apenas se essa alteração alterar a condição oclusal.
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