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DTM - Disfunção temporomandibular P2

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RESUMO DTM – P2 
 
 
Disfunção temporomandibular 
 
A disfunção envolve: 
→ Músculos mastigatórios; 
→ Articulação temporomandibular; 
→ Estruturas associadas- olho, seio maxilar, 
ouvido, garganta, dor de cabeça 
Para tratar é importante ser multidisciplinar. NA 
VERDADE, não é bem TRATAR, é diminuir a dor 
do paciente. 
ETIOLOGIA É MULTIFATORIAL!!!! 
 
A DTM depende de: 
DTM → FATORES CONTRIBUINTES 
→ FATORES INICIANTES → FATORES 
PERPETUANTES 
Não existe só um fator, mas sim VÁRIOS! Antes se 
achava que era só a oclusão, mas descobriu-se 
que não era. A oclusão sozinha não e capaz de 
levar à disfunção, agora a oclusão + algum outro 
fator sim pode levar a disfunção/ predispor a 
disfunção. 
 
QUAIS ENTÃO QUE TEMOS 
TRAUMA DIRETO; TRAUMA INDIRETO; 
MICROTRAUMA 
→ TRAUMA DIRETO: Microtrauma; Injuria 
via impacto direto na face, mandíbula ou DTM; 
esporte, violência, entubação, bocejo, mastigação 
e procedimento odontológicos extremamente 
longe. Na hora da anamnese é legal perguntar se 
o paciente pratica algum esporte relacionado à 
luta por exemplo. 
 
→ TRAUMA INDIRETO: Nenhum golpe 
direto a face; ‘’efeito chicote’’; lesão de 
hiperflexão/ hiperextensão, geralmente acontece 
em acidentes de trânsito e na hora da anamnese 
é essencial perguntar a quanto tempo o paciente 
está com essa dor, e muitas vezes eles falam que 
começou depois que sofreu um acidente de 
trânsito. 
 
→ MICROTRAUMA: Cargas adversas 
repetitivas. São as causas mais comuns: 
bruxismo, ranger de dentes, mastigar chiclete ou 
bala por muito tempo, morder o lábio, roer 
unhas, tocadores de instrumento de sopor, 
costureiras que seguram agulha entre os dentes, 
entre outros. Não é mastigar UM chiclete, ranger 
os dentes UMA vez, é acumulativo, vários dias. 
 
→ BRUXISMO DO SONO: O 
bruxismo é uma atividade oral caracterizada pelo 
ranger ou apertar dos dentes durante o sono, 
normalmente associado aos micro despertares do 
sono, ou seja, quem tem bruxismo acorda varias 
vezes durante a noite e muitas vezes são pessoas 
que acordam muito mal e muitas vezes não tem a 
higiene do sono. 
RESULTA EM: Desgastes dentários; indentações 
laterais na língua; linha Alba na altura do plano 
oclusal; presença de tórus maxilar e mandibular- 
pode ou não ser verdade; hipertrofia do músculo 
do masseter- ocorre quando se aperta o dente; 
fratura de dentes ou incisais - principalmente 
bordas incisais ou ponta de cúspide de canino, é 
um fato extremamente relacionado com 
bruxismo. 
GERALMENTE quem tem bruxismo, acorda com o 
rosto cansado ou com a boca travada, sente os 
dentes doloridos, vão várias vezes ao CD para 
arrumar restauração quebrada 
Existe esse questionário para bruxismo. 
 
→ TRATAMENTO E CONTROLE: 
Higiene do sono: horas necessárias do sono sem 
ter microdespertares, para se ter uma ótima 
noite de sono. Geralmente profissão que a 
pessoa passa a noite trabalhando não tem a 
higiene do sono. Ex: médicos, enfermeiras, 
pessoas que mexem com bolsa de valores. 
Evitar estimulante (cafeína, nicotina) algumas 
horas antes de dormir; manter horários rotineiros 
para dormir; não dormir de estomago vazio; 
reduzir barulho e claridade no quarto; exercícios 
de relaxamento antes de dormir; praticas de 
esportes - extremamente importante para casos 
de DTM. 
 
FATORES ANATÔMICOS: 
Relações oclusais: algumas variantes oclusais 
especificas são fatores de risco. 
São todos fatores que podem pré-dispor a 
disfunção temporomandibulares, ou seja, são 
fatores oclusais que são fatores de risco para a 
DTM. 
1. Deslizamento de RC e MIH > 2 mm: Se tiver uma 
diferença muito grande entre MIH e RC é um 
fator de risco para DTM. 
2. Mordida cruzada unilateral: nesse caso, se a 
pessoa for calma, etc ela pode nunca desenvolver 
DTM, caso contrário, sim. 
3. Overjet > 6 mm; 
4. Ausência de mais de 6 dentes superiores; 
5. Mordida aberta anterior. 
 
ANAMNESE: Inicio; localização; qualidade; 
intensidade; eventos precipitantes; eventos 
modificadores (melhora ou piora); horário da pior 
dor; tratamentos prévios; relação com outras 
doenças; traumatismo associado; hábitos 
parafuncionais; hábitos ocupacionais; história 
psicossocial. 
>>>> Quando o paciente chega com dor 
(DTM) o CD pode perguntar numa escala 
de 0 a 10 qual seria a dor dele, e 
normalmente ele sabe posicionar a dor. 
Podemos usar uma escala numérica, de 
face ou de adjetivos. 
 
EXAMES DO PACIENTE 
Exame físico: 
Avaliação da ATM: 
× Movimentação 
1. Padrão de abertura: A ATM sempre vai ter um 
padrão de abertura, então quando o padrão 
estiver simétrico ela não faz nenhum desvio (nem 
para o lado direito e nem para o esquerdo), a 
ATM abre e fecha sem que haja desvios. 
2. Abertura normal e máxima: A normal MÉDIA é 
40mm e a máxima é 55mm. Medir se o paciente 
abre a boca normalmente pois pode ter paciente 
com restrição de abertura bucal. EX: Trísmo – que 
ocorre quando o paciente tira os 3º molares. 
3. Lateralidade direita (> 7 mm) e lateralidade 
esquerda (> 7 mm): Conseguimos medir através 
da linha media o quando a mandíbula vai para a 
direita ou esquerda, e o CD sabe se o paciente 
está ou não fazendo o movimento de lateralidade 
de forma adequada. 
4. Protrusão: Devemos saber que existe uma guia 
protrusiva e ela tem que ser suficiente. Se algo 
não estiver acontecendo de forma adequada 
podemos dizer que tem algum musculo 
impedindo a movimentação e entender o que 
está errado para tratar. 
× Ruídos articulares: Importantes indicativos 
de DTM. Paciente pode ter ruído na fase inicial, 
intermediaria ou tardia da abertura, assim como 
no fechamento. Paciente pode ter a sensação de 
crepitação que é como se tivesse areia na ATM – 
indica o tipo de doença. 
× Palpação: Mostra se tem quadro doloroso. 
EX: ATM esquerda tem palpação positiva e direita 
palpação negativa. TEM QUE cuidar com a 
pressão, para que não gere quadro de dor. 
1. Aspecto lateral: Temos que palpar o colo lateral 
do côndilo com os dedos indicadores e isso o 
paciente estará com a boca fechada. 
2. Aspecto posterior: O paciente deve estar de boca 
aberda e com o dedo indicador palpar a parte 
posterior do condilo. 
× Dor: Relativa à palpação também. Tem que 
cuidar para não machucar o paciente. E temos 
que palpar todos os músculos. 
 
➢ Avaliação dos músculos: 
× Palpação bilateral. 
1. Temporal (2,0 a 2,5 kgf) - Anterior, médio e 
posterior. 
2. Masseter superficial (1,0 a 1,5 kgf) - Origem, 
corpo e inserção. 
3. Masseter profundo. 
4. Pterigóideo medial. 
5. Digástrico posterior. 
6. Esternocleidomastóideo (1,5 kgf). 
7. Trapézio (superior 1,5 kgf). 
8. Cervicais posteriores. 
9. Sub- occipitais. 
 
➢ Avaliação dental e oclusal: 
× Dente, periodonto e mucosa: 
1. Fonte de dor. 
2. Desgaste e mobilidade. 
 
× Oclusão: 
1. Fatores de risco oclusais. 
2. Má- oclusão aguda secundária a DTM. 
 
Exames radiográficos- exames 
complementares: Auxiliam a compreender a 
relação de tecido ósseo, observar côndilos, 
posições de disco e ver o que está acontecendo, 
fechando um melhor diagnóstico. 
➢ Imagens 
1. Radiografias periapicais. 
2. Radiografias panorâmicas e transcraniana. 
3. Tomografias. 
4. Ressonâncias magnéticas. 
 
Processos diagnóstico 
 
O ponto de partida é uma tomada de história 
ampla: 
Duração - quanto tempo dura essa dor? 
Característica da dor- como é essa dor? 
Dados pertinentes- Quais outros dados 
estão atrelados a essa dor? 
 
LOCALIZAÇÃO DA DOR 
→ Unilateral; bilateral; localizada; difusa; 
referida - o paciente está com dor na coluna e 
essa dor está referida na ATM, então a dor 
referida é aquela dor que tem origem em um 
lugar que não é o mesmo lugar que o paciente 
sente a dor; 
- O paciente tem que apontar a dor. DIZER ONDE 
DOI! E como a dor acontece – pode ter horários 
de pico de dor. 
- A dor deve ser DESENHADA – aqui, o paciente 
em tratamento recebe um papel com um 
desenho da face de frente e na lateral e desenha 
a dor, por onde ela vai, riscando um caminho. 
IDENTIFICAR COM PRECISÃO A 
LOCALIZAÇÃO ÉUM ASSUNTO COMPLEXO 
QUANDO LIDAMOS COM DOR OROFACIAL 
OU CRANIOFACIAL. 
A dor é compacta e muitas estruturas 
importantes estão perto (cérebro, olhos, nariz 
etc) então é comum ela se espalhar. 
Uma história minuciosa deve incluir... 
TUDO QUE pudermos saber sobre o paciente é 
importante. Dentre isso podemos citar: detalhes 
médicos; medicamentos; história psicossocial; 
profissão; estresse; história familiar; desordem 
familiar. 
Comportamento temporal: Muito importante e 
pode ser fundamental no estabelecimento de um 
diagnostico. 
→ A dor pode acontecer em momentos 
específicos do dia: ao entardecer, ao amanhecer; 
→ A dor pode ser classificada em relação ao 
tempo em: 
1.Intermitente (vai e vem)→ Pulpite; 
2.Continua (dias, semanas)→ Muscular; 
3.Periódica (sempre sabe que vai acontecer)→ 
Cefaléia em salvas. 
→ A duração da dor também pode ser 
importante: 
1.Ataques de dor curto→ Neuralgia do trigêmio; 
2.Algumas horas→ Dor muscular; 
3.Alguns dias → Cefaléia tipo tencional (CIT). 
 
Isso tudo auxilia no diagnóstico, porque fora a 
dor dentaria a gente vai ter dores musculares e 
articulares. A dor muscular, por exemplo, tem um 
padrão de dor, cada músculo tem um padrão de 
dor. 
 
Modo de início: 
→ Paroxística – dor que vem com tudo, forte, 
alucinante, muito ruim, aflige o paciente e ele 
procura o CD urgente; 
→ Provocada – por estímulos, como por 
exemplo, mastigação, liquidos gelados, alimentos 
quentes, açúcar, entre outros; 
→ Espontâneas – surge do nada, apenas 
incomoda, não chega ser paroxística; 
→ Em gatilho – pontos mais doloridos, pontos 
específicos que irradia dor, se não mexer nesse 
ponto a pessoa não sente dor apenas se apertar; 
→ Progressiva – vai piorando. 
 
Qualidade da dor: 
→ Dor craniofacial 
Neurovascular: pulsátil, acorda o paciente; 
Músculoesquelética: profunda, em aperto, 
dolorimento muscular; 
Neuropática: choque, agulhada, queimação, 
disfunção sensorial; 
 
Intensidade da dor- escala analógica verbal 
(EAV). É ESSA ESCALA AI. 
 
Um paciente 
que chega 
afirmando uma 
dor de 9-10 e 
você passa um 
medicamento, ele volta com uma dor entre 2-3 já 
um avanço gigante. 
 
Dor aguda VS crônica: 
À medida que a dor torna-se crônica, as opções 
de tratamento mudam de modalidades locais 
para as sistêmicas- tratar pacientes com dor 
crônica em DTM é um desafio gigantesco; 
Algumas síndromes dolorosas bucofaciais 
crônicas apresentam características sugestivas de 
doenças depressivas - na grande maioria dos 
casos. 
→ E puxando um gatilho, pacientes com 
depressão e DTM, querendo mudar a forma dos 
dentes, querendo fazer laminados, harmonização 
orofacial, e outras series de tratamentos estéticos 
é necessário tomar muito cuidado, porque a 
chance do paciente não ficar contente com o 
resultado é gigantesco, então o certo é adiar 
esses tipos de procedimentos. 
 
Dor primaria VS secundaria 
(heterotópicas): 
 O local na qual a dor é sentida pode ou não 
identificar o local da origem da dor; se a dor 
realmente emana das estruturas lesadas, ela 
constitui um impulso nociceptivo primário; se a 
origem real da dor está localizada em qualquer 
outro local, a área de desconforto representa a 
dor secundária. 
 
Dor somática VS neuropática: 
→ A dor somática é aquela que emana de uma 
área determinada, sendo que os estímulos 
nociceptivos estão sendo recebidos e 
transmitidos por componentes normais do 
sistema nervoso sensitivo- Ex: dor muscular, dor 
articular, dor de dente; 
→ A dor neuropática pode emanar da mesma 
área não por uma anomalia de estruturas 
somáticas, mas sim, por anormalidades nos 
componentes neurais que enervam a área- Da 
própria estrutura neural, ou seja, não tem danos 
no tecido, é o próprio sistema neurológico, ex: 
Neuralgia do trigêmio. 
 
Dor somática superficial VS profunda: 
→ Superficiais: São dores que emanam dos 
tecidos cutâneos e mucogengivais apresentam 
características clinicas semelhante a outras 
sensações exteroceptivas - Geralmente é bem 
localizada e quando provoca estimulo nessa 
região se tem a dor exatamente no local lesado; 
→ Profundas: São sentidas de forma bem difusão 
e respondem com menor fidelidade a provocação 
em adaptação, localização e intensidade - 
Normalmente se iniciam após efeitos secundários 
como a dor referida, e quanto mais profunda 
mais complexa de se localizar. 
 
Dor muscoloesquelética VS visceral: 
→ A dor somática profunda que emana dos 
músculos, ossos, articulações, tendões, 
ligamentos e tecido conjuntivo frouxo 
apresentam uma relação intima à necessidade de 
função biomecânica. Tal dor também dá origem a 
uma resposta graduada ao estímulo nocivo; 
→ As estruturas viscerais, entretanto, são 
enervadas por receptores de limiar alto, de modo 
que a dor em geral não é sentida até que o limiar 
seja alcançado. Tais dores, portanto, não 
produzem originalmente uma resposta graduada 
ao estimulo nocivo e respondem menos à função 
biomecânica. 
 
- Partindo desse pressuposto, nós vamos analisar 
um pouco mais pontual sobre dor dentaria, e 
temos que começar com a origem da dor 
dentária que é o processo de cárie. 
 
Carie e a progressão dos sintomas: 
→ Nenhuma dor está associada a carie confinada 
em esmalte - Cárie confinada a esmalte não 
origina dor; 
→ Conforme a carie progride em direção a 
camadas profundas da dentina, no entanto, a dor 
é desencadeada por diversos estímulos como 
variações de temperatura e substancias doces; 
→ A dor torna-se mais forte e dura mais com o 
avanço da lesão; 
→ Quando a lesão cariosa atinge a polpa dental, 
dor forte espontânea, paroxística desenvolve-se e 
é normalmente de natureza intermitente; 
→ O dente torna- se muito sensível à 
mastigação, ao toque e a percussão; 
• Dentina→ Polpa → Periodonto. 
 
Então o CD tem que entender o processo de 
progressão da cárie para que se possa entender o 
processo de dor orofacial relacionado a dor 
dentária. Então dentina ataca a polpa que ataca o 
periodonto. 
 
Dor dentinária 
Sintomas: Dor aguda; sensação profunda; 
desencadeada por estímulo externo; desaparece 
em poucos segundos; localização ruim; área e 
dois a três dentes adjacentes; dentes afetados; 
não consegue distinguir se a dor iniciou na 
mandíbula ou maxila; doce, frio ou calor podem 
desencadear dor. 
Sinais físicos e radiográficos: cáries recentes; 
restaurações defeituosas; áreas de dentina 
exposta- muito difícil achar; raízes expostas; 
estímulo controlado com frio ou calor nos dentes 
suspeitos; sondagem das áreas de dentina 
expostas; radiografias bitewing - podem auxiliar 
no diagnóstico. 
O exame intraoral é extremamente cauteloso e 
minucioso, o campo deve estar extremamente 
seco, com isolamento relativo feito para o CD 
identificar áreas de dentina exposta. 
 
SÍNDROME DO DENTE GRETADO: 
→ São dentes que apresentam fraturas 
incompletas na dentina e é a origem de dor 
orofacial, a qual pode ser difusa e de longa 
duração e de difícil diagnóstico. Além dos 
sintomas típicos de dor dentinária, um paciente 
também pode se queixar de dor aguda, 
desencadeada pela mastigação que cessa 
imediatamente. Utilizando percussão ou pressão 
nas cúspides do dente suspeito em ângulos 
diferentes; Pedindo para o paciente que morda 
individualmente em cada cúspide um palito de 
madeira fino; Sondando firmemente ao redor das 
margens das restaurações e nas fissuras 
suspeitas. 
 
Dor pulpar: forte, latejante, exacerbada por 
temperatura e pressão, quando desencadeada a 
dor dura mais que o estimulo, localização RUIM e 
piora com o tempo - tende a irradiar ou referir 
para orelhas, têmporas e bochechas, sem padrão 
definido - normalmente não cruza linha media, 
pacientes descrevem como dor chata contínua, 
que se exacerba periodicamente (por estimulação 
ou de maneira espontânea) por períodos curtos 
(minutos) ou longos (horas). - não trata canal de 
todo dente com dor... tipo, classe V, não faz 
canal; a localização do dente afetado é 
IMPORTANTE _ aplicação de estímulos frio e 
quente (CUIDADO); na pulpite reversívela 
resposta a dor ultrapassa o tempo de estimulo, 
normalmente por menos de 10 segundos - teste 
de percussão. 
 
Caracteristicas Reversivel Irreversivel 
Intensidade da 
dor 
Leve Grave 
Dor espontanea Não Sim 
Duração da dor Curta Prolongada, 
recorrente 
Sensibilidade a 
temperatura 
Leve, curta 
duração 
Forte, ultrapassa o 
estimulo 
Percussão Sem 
dolorimento 
Dolorido 
Remoção de carie Sem exposição Frequentemente 
exposição 
Radiografia Carie menos 
extensa 
Carie profunda 
 
 
 
 
 
 
 
 
Origem 
da dor 
Localizaç
ão 
Característi
cas 
Intensid
ade 
Agravad
a por 
Dentiná
ria 
Pobre Provocada, 
mas não 
dura mais 
que o 
estimulo 
Leve a 
moderad
a 
Frio, 
quente, 
doce, 
aliment
os 
azedos 
Pulpar Muito 
pobre 
Espontâne
a, 
paroxística
, 
intermiten
te 
Modera
da a 
grave 
Frio, 
quente, 
as vezes 
mastigaç
ão 
 
EXEMPLO!!!! nos últimos dois dias, paciente 
sofreu de dor FORTE, PAROXISTICA na mandíbula. 
A dor irradiou para a orelha e acordou o paciente 
durante o sono. Achados: o paciente apresenta 
dificuldade de localizar a fonte da dor 
espontânea. A fonte da dor foi detectada pelo 
exame físico. Uma radiografia periapical do 
primeiro molar inferior esquerdo apresentou 
translucidez periapical. Dolorimento a percussão 
neste dente coexiste com a forte dor ao estimulo 
frio. - dor tava irradiada, que dente abre pra 
tratar dor??? - estimulo frio, quente e 
percussão... o molar respondeu bem mais forte a 
esses estímulos, então abriu ele e parou a dor. - 
pulpite reversível e polpa foi extirpada 
 
DOR PERIODONTAL: - dor periodontal é 
normalmente sentida em resposta a uma 
inflamação aguda localizada. A dor oriunda nas 
estruturas que circundam os dentes é facilmente 
localizada, os dentes afetados são bem sensíveis 
durante a mastigação e são facilmente 
identificáveis pelo teste de percussão. 
Quando é de origem periodontal: localização > 
boa; característica > continua por horas, 
profunda, chata; intensidade > moderada a 
grave; agravada por > mastigação. 
 
Desordens musculo mastigatórias 
 
As dores miogênicas representam a causa mais 
comum de desconforto na região de cabeça e 
pescoço (se não for dor dentária, é muscular!). 
Sempre assumir que a dor é dentária > sempre 
assumir que a dor é miogênica (se não for 
dentária, é muscular. Se não for muscular, é 
articular. 
Exemplo: o paciente chega falando que está com 
dor de dente, mas na verdade é dor no 
esternocleidomastoideo - as dores musculares 
frequentemente causam contração e inatividade 
muscular. 
Dor muscular >> irá impedir abertura bucal 
provavelmente. 
São de difícil localização pelo paciente, pois o 
local e a fonte da dor podem ser diferentes 
 
COMPORTAMENTO DA 
MIALGIA: a dor está razoavelmente 
relacionada com as demandas funcionais 
biomecânicas. 
- a palpação manual no local da dor ou a 
manipulação funcional levam a uma resposta 
graduada que é proporcional ao estímulo. 
 - GERALMENTE, nas mialgias as dores são 
relacionadas com demandas biomecânicas, ou 
seja, paciente tem dificuldade para abrir a boca. 
ORIGEM DA MIALGIA: - Embora a origem 
exata desse tipo de dor muscular ser debatida, 
alguns autores sugerem que ela está relacionada 
a vasoconstrição de artérias (dificultando a 
nutrição) e ao acúmulo de produtos metabólicos 
nos tecidos musculares. No interior dessas áreas 
isquêmicas do musculo, certas substancias 
alogênicas (bradicinina e prostaglandina) são 
liberadas causando a dor. (Acredita-se que essa 
seja um dos motivos pelo qual você tem dor 
muscular) 
 
DOR MUSCULOESQUELÉTICA 
• Dor muscular→ mialgia- normalmente o 
paciente apresenta uma dor crônica, quie 
sofre muito com isso durante anos, e 
provavelmente já passou por inúmeros 
medicos; 
• Co-contração protetora; (1) 
• Sensibilidade muscular local; (2) 
• Dor Miofascial; (3) 
• Mioespasmo; 
• Mialgia mediada centralmente. 
1, 2 e 3 SÃO OS MAIS IMPORTANTES! 
 
→ LOCAIS: os fatores locais representam 
qualquer evento que altere agudamente o 
impulso proprioceptivo sensitivo nas estruturas 
mastigatórias (uma dor muscular inicialmente 
necessita de uma causa.. exemplos: anestesia, 
extração demorada, restaurações, coroa alta, 
fraturas...) - fraturas dentárias, restaurações em 
supra oclusão, trauma tecidual, abertura bucal 
por longo tempo, abertura bucal excessiva 
(bocejo), impulso de dor profunda. – 
→ SISTÊMICOS = tensão emocional! Se tem 
esses eventos recentes, nunca pensar que é uma 
mialgia centralmente mediada, tem que pensar 
numa dor muscular mais simples... alguma coisa 
aconteceu e o organismo introduziu uma 
resposta de proteção. 
 
Como uma fratura dentária pode levar a um quadro 
de dor muscular? R: ex: fratura no molar inferior em 
tratamento de canal, uma das faces ficou solta, toda 
vez que você for morder (ocluir) fera um impulso de 
dor. O SNC vai pensar que “tenho que fazer a 
mandíbula ocluir em outro padrão para não causar 
desconforto” ai o SNC vai pedir para alguns músculos 
impedir a abertura de boca, que vai dificultar a 
abertura e também o fechamento. Essa condição é 
chamada de co-contração protetora. 
 
(1) Co- contração protetora: É 
uma resposta do SNC a lesões ou ameaças de 
lesões > produz contração muscular para que 
danos maiores aconteçam. Quanto tem impulsos 
sensitivos alterados ou de dor, grupos de 
músculos antagonistas parecem ser afetados 
durante a movimentação para tentar proteger a 
área lesada > ex quando extrai o 3º molar. 
- Na presença de uma lesão ou ameaça de lesão a 
evolução natural da atividade muscular parece 
ser alterada de modo a proteger a região 
ameaçada de ser mais lesada; 
- Não se trata de uma condição patológica, 
embora quando prolongada pode levar a 
sintomas de mialgia. É um evento bem frequente 
no dia a dia do CD, mas se não for tratado pode 
agravar; 
→ Etiologia: a etiologia da co-contração 
protetora pode ser qualquer alteração do impulso 
sensitivo ou proprioceptivo proveniente de 
estruturas associadas; 
→ Clinicamente: o paciente costuma apresentar-
se com limitação de abertura bucal, mas quando 
solicitado a abrir a boca, LENTAMENTE, pode 
alcançar a abertura total, pode sentir fraqueza 
muscular, e o quadro de dor é apenas quando o 
paciente faz movimentação, ou seja, se estiver 
com a boca quieta não dói, e após a remoção da 
causa o paciente volta ao normal 
gradativamente; 
A chave para identificar a co-contração é que ela 
se segue imediatamente a um evento e, portanto, 
a história clinica do caso é muito importante. Ou 
seja, fiz isso e aconteceu aquilo, ex: fiz uma 
restauração começo da semana estou com dor, 
então parte basicamente da história clínica. 
 
Pergunta: Se eu remover o excesso da restauração na 
oclusal resolve? R: Se você tirar a causa (nesse caso a 
restauração alta) a co-contração protetora vai 
resolver, mas não é na hora, diminui a dor 
gradativamente e volta a abertura de boca normal. 
Mas se o paciente demora pra procurar o dentista, 10 
dias por ex, ta com limitação bucal por causa da 
restauração, a co-contração protetora pode gerar 
outro quadro de dor muscular, ai entramos com 
miorrelaxante para diminuir o quadro. 
 
(2) Sensibilidade muscular local: 
→ Características: disfunção dolorosa miogênica 
não- inflamatória, usualmente é a primeira 
resposta do tecido muscular a uma co-contração 
protetora- Ou seja, a co-contração protetora não 
se resolveu. Então a co- contração protetora já é 
um estimulo para gerar outro tipo de dor facial 
que é chamada de sensibilidade muscular local; 
Representa uma alteração no meio ambiente 
local dos tecidos musculares caracterizadas pela 
liberação de certas substancias alogênicas como a 
bradicinina, substância P, e até mesmo a 
histamina- Ou seja, aquele determinado músculo 
ficou contraído através da co- contração 
protetora por muito tempo então gerou uma 
alteração dentro do músculo, uma alteração 
bioquímica dentro do músculo e ai se passa a ter 
uma sensibilidade muscular; 
→ Etiologia: Co- contração protetora,uso 
excessivo de músculos (ex: mascando chiclete, 
para quem não está acostumado), causas locais, 
efeito ‘’ciclo de dor muscular’’(ela mesma pode 
se retroalimenta). 
→ Clinicamente: limitação real de abertura 
bucal, fraqueza muscular, o(s) músculo(s) 
envolvido(s) estão sensíveis a palpação. 
Então agora se tem uma limitação real da 
abertura bucal, pois na co-contração protetora o 
paciente tinha uma limitação de abertura, mas 
ele ainda conseguia abrir a boca mesmo com dor, 
já na sensibilidade muscular local o paciente 
realmente não consegue abrir a boca. A 
sensibilidade muscular ainda é um quadro 
simples de ser resolvido, mas necessita de 
cuidados porque se não corrigir o problema, pode 
agravar esse quadro. 
 
(3) Dor Miofascial 
→ Característica: é caracterizada primariamente 
por dor nos músculos que promovem o 
fechamento da mandíbula, e produzem 
alterações significativas na função mastigatória- 
Já e com outra entidade, com outro quadro de 
dor miogênica, as duas primeiras são dores mais 
simples, e agora se começa a ter um quadro mais 
complexo relacionado a dor miofascial; 
→ Localização: dor regional, normalmente 
unilateral, geralmente os pacientes localizam a 
dor ao redor das orelhas, ângulo e corpo da 
mandíbula e região temporal, uma dor referida 
para região intra oral é bem documentada e pode 
ser a primeira queixa do paciente- Então 
podemos perceber que já muda um pouco o 
quadro e o processo de dor. A dor referida o 
paciente geralmente fala assim ‘’dói aqui, mas eu 
sinto ali’’, ou seja, a origem é diferente da onde o 
paciente sente a dor de fato; 
→ Qualidade: chata, pesada, dolorosa ou doída, 
raramente latejante (MUITO difícil) cansada, 
perturbadora. É um quadro de dor bastante ruim; 
→ Padrão temporal: ou pela manha, ou no final 
da tarde (a maior parte dos pacientes), a média 
de dor durante o dia varia de 5.5 a 18 horas, 
caracterizada pela cronicidade (variando de 
meses a anos). É uma dor que ocorre na maior 
parte dos dias do mês, mas pode haver dias sem 
dor- É muito importante perguntar isso; 
→ Clinicamente: pode haver exacerbação da dor 
durante a função mastigatória, limitação da 
abertura bucal < 40 mm, associada com ‘’pontos 
gatilhos’’(nódulos nos músculos aonde o CD 
aperta e o paciente sente dor, e é referida para 
outra área). Normalmente o tratamento desses 
pacientes é medicamentoso, e geralmente o CD 
apenas abaixa o nível de dor do paciente até que 
seja uma dor suportável para conviver. 
 
ESSE PACIENTE É MUITO COMPLEXO. Geralmente 
tem dor 18 horas por dia, tem depressão, não 
higieniza bem os dentes por ter dor. 
 
PADRÕES DE REFERENCIA DA DOR MIOFASCIAL 
(DMF) 
→ TEMPORAL: Então no temporal, quando 
o CD faz a palpação no local do X (parte anterior 
do temporal), pode resultar em dor referida na 
região superior (‘’testa’’) aonde está com uma 
coloração vermelha e na região dos incisivos. A 
palpação da parte média do temporal pode 
resultar em uma dor que vai em direção ao 
centro da cabeça, mas tambem referir dor para 
os dentes maxilares (superiores posteriores). A 
região posterior do temporal, quando é feito a 
palpação é dificil resultar em dor referida para 
regiões de dentes, na maioria dos casos a dor é 
referida para a região posterior de cabeça. 
→ MASSETER SUPERFICIAL: Quando é 
feito a palpação na parte mais superior do 
masseter a dor se refere para os dentes 
posteriores da maxila, e um pouco na região da 
‘’maçã do rosto’’. A palpação na parte média do 
masseter a dor já se refere para os dentes 
inferiores posteriores e na região do corpo da 
mandibula mais em direção a parte posterior. A 
porção mais baixa do masseter, quando é feito a 
palpação nesse local, a dor se refere para a parte 
superior do olho e na região do corpo da 
mandibula mais em direção a parte posterior 
→ MASSETER PROFUNDO: Para palpar o 
masseter profundo tem que palpar a região de 
ATM, e essa dor se refere para a região do 
ouvido. 
→ ESTERNOCLEIDOMASTOIDEO: 
Quando se apalpa a ‘’tira’’ desse músculo, a dor 
pode ser referida para parte posterior ao 
temporal (não é na parte posterior do temporal e 
sim depois do músculo temporal), na região 
posterior de olho e toda essa região da face que 
está sinalizada em vermelho. 
→ TRAPÉZIO SUPERIOR: Esse músculo 
também dá uma referência de dor, então quando 
é palpado a dor é referida para a parte lateral do 
pescoço, para a lateral do olho e no ramo da 
mandíbula. 
 
E ainda se tem outros quadros de dor que já não 
é mais uma co-contração protetora, sensibilidade 
muscular local e nem dor miofascial, é um padrão 
de dor que já é crônico. 
 
 
 
Desordens articulares 
 
- Disfunção articular normalmente apresenta-se 
como uma interrupção do movimento normal do 
côndilo-disco com produção de ruídos articulares 
(estalido, crepitação...) - são provavelmente os 
achados mais comuns - sinais como: ruídos 
articulares não dolorosos, estalidos 
assintomáticos, dentre outros... 
São divididas em três categorias: 
* desarranjo do complexo condilo-disco (vamos 
focar aqui) 
* incompatibilidade estrutural das superfícies 
articulares 
* desordens articulares inflamatórias 
dor na articulação: ARTRALGIA: 
gerada por nociceptores localizados no tecidos 
periarticulares (ligamento do disco, ligamento 
capsular, tecido retrodiscal – a dor é oriunda 
desses tecidos, o disco pode estar todo errado, 
mas a dor vem desses tecidos) - quando esses 
tecidos são comprimidos ou ligamentos são 
alongados, os nociceptores enviam impulsos e a 
dor é sentida. 
OS RUIDOS ARTICULARES PODEM SER: 
* estalidos (se alto é estalo): é a forma mais 
comum de artropatia da ATM 
* crepitação: som múltiplo, áspero, tipo cascalho, 
descrito como irritante e complicado 
 
NORMAL DA ATM: 
* ligamentos discais colaterais: colo do disco ao 
colo do condilo... quando alonga muito e o disco 
fica muito solto no condilo, já começa uma 
desordem do complexo condilo-disco, isso ocorre 
devido algum habito parafuncional (mascar 
chiclete, trauma na face, bruxismo, instrumento 
de sopro, morder lápis, morder agulha, etc... eles 
são fatores acumulativos, são anos fazendo isso, 
você vai alongando o disco até que ele fique solto 
* ligamento capsular: mantem liquido sinovial 
* tecido retrodiscal (lamina superior – elástica e 
lamina inferior) principalmente a lamina inferior 
pode ser alongada 
* forma do disco/pressão interarticular – o disco 
parece uma hemácia... a porção intermediária é 
mais fina para assentar sobre a cabeça do 
condilo. Com os hábitos parafuncionais, as bordas 
dos discos modificam. Em relação a pressão 
interarticular, ela é importante nos movimentos 
do disco na translação... lembrando que a rotação 
é movimento pequeno de abertura e a translação 
um movimento muito grande. 
* musculo pterigóideo lateral superior: suas 
fibras inseridas na borda posterior do disco, tem 
habilidade de puxar o disco, ao puxar o disco ele 
puxa pra frente e pra medial e pode afilar a borda 
posterior do disco... 
- quando tem ESTALIDO, algo disso já 
aconteceu, já tem algum ligamento 
prejudicado. 
 
→ Morfologia do disco alterada 
→ ligamentos colaterais alongados, ligamento 
não estira, somente alonga 
→ disco fica livre para mover-se (o disco é 
responsável, ex, por evitar atrito entre condilo e 
cavidade articular) (quando você vai morder algo, 
o lado da mordida perde pressão e as estruturas 
ficam separadas. O pterigoide ele vem para 
estabilizar a ATM para evitar a desestabilização 
das ATMs) – 
→ AÇÃO do MPLS (pterigoideo lateral superior) - 
na posição de boca fechada, a lamina retrodiscal 
superior não influencia muito a posição do disco - 
ele SEMPRE anterioriza o disco – cada vez que 
isso acontece, ele vai afilando mais a borda do 
disco. 
Explicando alguns tópicos: Vamos imaginar que o 
disco está solto, e a ação do MPLS é anteriorizar 
sempre o disco, então quando o paciente está 
com a boca fechada (em repouso), a lâmina 
retrodiscal superior não é ativa nessa posição, só 
que a borda posteriordo disco está mais afilada 
ai o MPLS gruda no disco e ele puxa para frente e 
pro meio e cada vez que acontece isso vai 
afilando mais a borda do disco, então se tem uma 
desordem no complexo côndilo- disco que vai 
anteriorizando o disco e ele não fica mais na 
posição normal dele quando está em repouso, 
ficando mais anteriorizada, mais pra frente, por 
conta do MPLS que promove o afilamento da 
borda do posterior do disco. O disco não dói, a 
lamina retrodiscal sim. Logo, essa lamina vai 
querendo assumir a posição do disco, o paciente 
para de fazer sobrecarga, o condilo não está mais 
assentado no disco e sim na lamina retrodiscal 
posterior, o paciente sente dor por que a lamina 
não é para receber carga. 
 
→ → → → MOVIMENTO DE TRANSLAÇÃO: 
Movimento do condilo >>>>>>> direção ao 
disco!!! O disco vai para “frente” e começa a criar 
um problema, que é a movimentação do condilo 
no movimento de translação em direção ao disco. 
Na posição NORMAL o disco fica em cima do 
condilo, na ANORMAL disco está anteriorizado. 
 
→ O estalido nada mais é do que um processo 
que já aconteceu na ATM, já alongou os 
ligamentos, mudou a morfologia do disco, então 
o côndilo faz o estalido na abertura, e na hora do 
fechamento (momento de repouso) o músculo 
pterigóideo lateral superior puxa de volta o disco. 
Isso já é um processo patológico. 
→ Durante a abertura é ouvido o primeiro 
estalido; Podemos ouvir estalidos no fechamento 
também; → O estalido: quanto mais no inicio 
da translação ‘’menos ruim’’, quanto mais no 
final pior (opinião do professor); → Durante o 
fechamento, a posição normal do disco é mantida 
até o côndilo retornar para a posição próxima a 
do fechamento articular; → Na posição 
próxima a do fechamento articular a tensão da 
lâmina retrodiscal superior é diminuída; → As 
combinações entre a morfologia do disco e a 
tração do MPLS permitem que o disco escorregue 
de volta para a posição mais anterior, onde o 
movimento iniciou. Neste movimento final entre 
o côndilo e a borda posterior do disco cria um 
segundo ruído de estalido, e consequentemente, 
o estalido recíproco; → Se esta condição for 
mantida por muito tempo, pode haver o 
comprometimento da elasticidade da lamina 
retrodiscal superior → e se esta condição 
persistir?- vai acontecer um fenômeno que se 
chama deslocamento funcional do disco, então 
ate agora estávamos falando de um mal 
posicionamento do disco. 
 
Deslocamento funcional do disco: 
com ou sem redução 
Quando a lâmina retrodiscal está completamente 
em cima do côndilo, ou seja, nesse caso se tem 
um deslocamento funcional do disco e o paciente 
tem dificuldade de abrir a boca, pois o disco 
torna-se um impedimento mecânico. 
➢ Fechamento do espaço discal devido à 
pressão interarticular, prendendo o disco 
na posição anteriorizada; 
➢ O paciente sente a articulação travando 
uma posição fechada e limitada; 
➢ Desaparecem os ruídos articulares. 
 
× Deslocamento funcional do disco com redução: 
Dificuldade pra abrir a boca, até que encaixa o 
disco e o côndilo de algum jeito fazendo o 
movimento de translação. Algumas pessoas são 
capazes de movimentar a mandíbula em várias 
direções laterais e de protrusão para acomodar o 
movimento do côndilo sob a borda posterior do 
disco, e a condição de travamento é resolvida; 
PARTE DO TRABALHO: Estágios iniciais das 
desordens de desarranjo de disco causa, 
alongamento do ligamento capsular e disco 
juntamente com o afinamento do disco articular. 
Essa alteração normalmente é relacionada a 
micro e macrotrauma, sendo que o primeiro se 
passa despercebido e o segundo tem relatos do 
paciente. São fontes comuns de microtrauma as 
injúrias de hipóxia-reperfusão, o bruxismo, e a 
instabilidade ortopédica, alguns estudos 
relacionam a má oclusão classe II divisão 2 ou até 
mesmo injurias de nível celular por 
extraordinariamente uma carga prolongada e 
pesada sobre os tecidos iniciando um colapso. Já 
o macrotrauma tem-se relatos de bruxismo e 
ruídos, além de sensação de travamento durante 
a abertura de boca e a presença de dor. 
→ Características Clínicas: O exame clínico 
revela uma amplitude relativamente normal de 
movimento somente com restrição associada à 
dor. O movimento discal pode ser sentido através 
da palpação das articulações durante a abertura e 
o fechamento. Desvios durante a abertura são 
comuns. 
→ Tratamento: O tratamento definitivo para um 
mal posicionamento do disco é o 
restabelecimento de uma relação côndilo-disco 
normal. Utiliza-se a placa de posicionamento 
anterior pois fornece relação oclusal que requer 
que a mandíbula seja mantida em relação 
anterior ou seja, ligeiramente protruída. Na 
terapia de suporte fazer dietas mais macias, 
mastigação mais lenta e em pequenas porções 
para diminuir a carga na articulação. 
 
 
× Deslocamento funcional do disco sem redução: 
Esta condição ocorre quando a pessoa é incapaz 
de retornar o disco deslocado para sua posição 
normal sobre o côndilo- não captura mais o disco; 
A boca não pode ter sua abertura máxima porque 
a posição do disco não permite a translação total 
do côndilo- apenas movimento de rotação. 
PARTE DO TRABALHO: O deslocamento de 
disco sem redução é uma condição clínica na qual 
o disco está deslocado do côndilo, mais 
frequentemente ântero-medialmente, e não 
retorna à posição normal com o movimento 
condilar. 
→ Causa: Macro e microtrauma são as causas 
mais comuns de deslocamento de disco sem 
redução. 
→ Histórico: Os pacientes frequentemente 
relatam o início exato dessa desordem. Ocorre 
uma alteração repentina da extensão do 
movimento mandibular que é evidente para o 
paciente. O histórico pode revelar um aumento 
gradativo nos sintomas intracapsulares (estalos 
ou travamento) antes do deslocamento. Na 
maioria das vezes os ruídos na articulação já não 
estão presentes logo após o deslocamento do 
disco. 
→ Características Clínicas: O exame revela 
abertura de boca limitada (25 a 30 mm) com 
movimento excêntrico normal para o lado 
ipsilateral e restrição do movimento excêntrico 
para o lado contralateral. 
→ Tratamento: Contraindicado o uso de placa 
de posicionamento anterior já que vai forçar o 
disco mais para frente. Quando esse 
deslocamento for agudo deve se usar a terapia de 
tentar recapturar ou reduzir o disco com 
manipulação manual, o sucesso é de 100% em 
pacientes que aconteceu pela primeira vez, já em 
pacientes com histórico de outros travamentos, 
menor será a chance de sucesso já que os tecidos 
sofreram alterações. 
 
A PARTIR DAQUI É A PARTE DO NOSSO 
TRABALHO, POR QUE ELE COMENTA E NÃO 
SEI SE PODE CAIR NA PROVA! NÃO CUSTA 
NADAAAAAAAAAA LER. 
 
INCOMPATIBILIDADE ESTRUTURAL 
DAS SUPERFÍCIES ARTICULARES: 
× Desvio na forma: alterações na superfície lisa 
da articulação e do disco que causa uma 
mudança no trajeto normal do movimento 
condilar. 
→ Causa: A causa da maioria dos desvios na 
forma é o trauma. O trauma pode ter sido 
repentino ou um trauma lento associado ao 
micro trauma. Certamente, a carga sobre as 
estruturas ósseas causa alterações na forma. 
→ Histórico: Os pacientes frequentemente 
relatam um longo histórico relacionado a essas 
desordens. Muitas dessas desordens não são 
dolorosas e, portanto, podem passar 
despercebidas pelo paciente. 
→ Características Clínicas: Um paciente com 
desvio na forma do côndilo, fossa ou disco 
normalmente mostra uma alteração repetida no 
trajeto dos movimentos de abertura e 
fechamento de boca. Quando se observa um 
estalo ou desvio na abertura, ele sempre ocorre 
na mesma posição de abertura e fechamento. Os 
desvios na forma podem ou não ser dolorosos. 
 → Tratamento: Como a causa do desvio na 
forma de uma superfície articular é uma 
alteração estrutural real, a abordagem definitiva 
é devolver à estrutura alterada a sua forma 
normal. Isso pode ser conseguido através de um 
procedimento cirúrgico 
× Aderências e adesões: Aderências representam 
uma fixação temporária das superfícies 
articularesdurante os movimentos normais da 
articulação. As adesões são mais permanentes e 
são causadas por uma união fibrosa das 
superfícies articulares. Aderências e adesões 
podem ocorrer entre o disco e o côndilo ou entre 
o disco e a fossa. 
→ Causa: As aderências comumente resultam de 
uma carga estática prolongada das estruturas 
articulares. Se a aderência for mantida, pode-se 
desenvolver a condição mais permanente de 
adesão. As adesões também podem ocorrer 
secundariamente à hemartrose causada por 
macro trauma ou cirurgia. 
→ Características Clínicas: As aderências se 
apresentam como restrição temporária na 
abertura de boca até que ocorra um estalo, 
enquanto as adesões se apresentam como uma 
limitação mais permanente de abertura de boca. 
O grau de restrição depende da localização da 
adesão. Se a adesão afetar somente uma 
articulação, o movimento de abertura desviará 
para o lado ipsilateral. Quando as adesões são 
permanentes, a disfunção pode ser grande. 
→ Tratamento: Aderências, quando a causa é 
apertamento diurno conscientizar e ensinar auto 
regulação física e quando é noturno usa-se a 
placa estabilizadora. Na adesão cirurgia para 
libração, soluções para irrigação da articulação 
durante o procedimento auxilia na diminuição 
dos sintomas. 
× Subluxação ou hipermobilidade: é um sinal 
clínico do côndilo quando ele se move 
anteriormente à crista da eminência articular. Ela 
não é uma condição patológica, mas reflete uma 
variação da forma anatômica da fossa. 
→ Causa: Como já afirmado, a subluxação é 
geralmente resultado da forma anatômica da 
fossa. Pacientes que apresentam uma vertente 
posterior excessivamente curta e inclinada da 
eminência articular associada a uma vertente 
anterior mais longa e plana parecem apresentar 
maior tendência à subluxação. A subluxação 
ocorre quando o disco sofre rotação máxima 
sobre o côndilo antes que ocorra a completa 
translação do complexo côndilo-disco. 
→ Características clínicas: Durante o estágio 
final da máxima abertura de boca, pode-se 
observar o côndilo saltando repentinamente para 
a frente com uma sensação de “golpe surdo”. Isso 
não é relatado como uma sensação discreta de 
estalo. 
→ Tratamento: O único tratamento definitivo 
para a subluxação é a alteração cirúrgica da 
própria articulação. E como terapia de suporte a 
educação do paciente a respeito da causa e de 
quais movimentos ela provoca. 
× Deslocamento espontâneo: Essa condição é 
comumente referida como um travamento 
aberto. Ela pode ocorrer após procedimentos que 
demandam grande abertura de boca, como uma 
consulta odontológica. No deslocamento 
espontâneo, ambos os côndilos e os discos são 
frequentemente deslocados para fora de suas 
posições normais. 
→ Causa: Quando a boca abre em sua extensão 
máxima, o côndilo é transladado para seu limite 
anterior. Nessa posição, o disco é rotado para a 
sua posição mais posterior sobre o côndilo. O 
paciente apresenta-se com a boca aberta e sem 
capacidade de fechá-la. A condição ocorreu 
imediatamente após um movimento de ampla 
abertura da boca como um bocejo ou um 
procedimento odontológico. 
→ Características Clínicas: O paciente 
permanece na condição de boca aberta. A dor 
comumente está presente secundariamente às 
tentativas do paciente de fechar a boca. 
→ Tratamento Definitivo: O tratamento 
definitivo é direcionado para o aumento do 
espaço discal, o que permite que a lâmina retro 
discal superior retraia o disco. Quando tentativas 
são realizadas para se reduzir o deslocamento, o 
paciente deve abrir bem a boca como se estivesse 
bocejando. Isso irá ativar os depressores da 
mandíbula e inibir os elevadores. Ao mesmo 
tempo, uma leve pressão posterior aplicada ao 
mento irá algumas vezes reduzir um 
deslocamento espontâneo. Se isso não funcionar, 
os polegares devem ser colocados sobre os 
molares inferiores e uma força para baixo deve 
ser exercida à medida que o paciente boceja. Isso 
geralmente fornece espaço sufi ciente para 
recaptura da posição normal do disco. Pode usar 
também a toxina botulínica. 
 
Desordens inflamatórias da 
articulação temporomandibular 
 
× Sinovite e capsulite: As condições de sinovite a 
capsulite são discutidas juntas porque não há 
uma maneira simples de diferenciá-las 
clinicamente. Elas só podem ser distinguidas pela 
visualização dos tecidos através de artroscopia ou 
artrotomia. Além disso, como o tratamento 
conservador é o mesmo para ambas, é 
apropriado discuti-las juntas. 
→ Causa: A causa da capsulite e da sinovite é 
tanto o trauma quanto a disseminação de uma 
infecção de uma estrutura adjacente. 
→ Características Clínicas: Quando há uma 
capsulite ou sinovite, qualquer movimento que 
alongue o ligamento capsular irá acentuar a dor. 
A dor é relatada diretamente na frente do 
ouvido, e a face lateral do côndilo está 
geralmente sensível à palpação. 
→ Tratamento: Quando a causa da capsulite ou 
da sinovite é o macro trauma, a condição é auto 
limitante porque o trauma não está mais 
presente. Por causa disso, não está indicado um 
tratamento definitivo para a condição 
inflamatória. O paciente é instruído a restringir 
todos os movimentos mandibulares a limites 
indolores. São necessários dieta pastosa, 
movimentos lentos e mordidas em pequenas 
porções. Para os pacientes que se queixam de dor 
constante, devem ser prescritos analgésicos 
leves, como um AINE. 
× Retrodiscite: Uma condição inflamatória dos 
tecidos retro discais é referia como retrodiscite. 
Essa é uma desordem intracapsular relativamente 
comum. Causa A retrodiscite geralmente é 
causada por trauma. Dois tipos distintos de 
trauma devem ser considerados: extrínseco e 
intrínseco. O trauma extrínseco é gerado por um 
movimento súbito do côndilo em direção aos 
tecidos retro discais. O trauma intrínseco aos 
tecidos retro discais é provável de ocorrer 
quando um mal posicionamento ou um 
deslocamento anterior do disco está presente. 
→ Características Clínicas: A retrodiscite produz 
uma dor pré-auricular constante que é acentuada 
pelo movimento mandibular. O apertamento dos 
dentes geralmente aumenta a dor. Se os tecidos 
se tornarem edemaciados, pode ocorrer a perda 
de contato oclusal posterior no lado ipsilateral. 
→ Tratamento: Para a extrínseca a terapia de 
suporte começa com a observação cuidadosa da 
condição oclusal. Se não houver evidência de má 
oclusão aguda, analgésicos são prescritos para 
dor e o paciente é instruído a restringir os 
movimentos a limites indolores e a iniciar uma 
dieta pastosa. Já para a intrínseca utiliza-se uma 
placa de posicionamento anterior para 
reposicionar o côndilo fora dos tecidos retro 
discais e no disco. Isso frequentemente alivia a 
dor imediatamente. São prescritos analgésicos 
quando a dor não é resolvida com a placa de 
posicionamento. A termoterapia e o ultrassom 
podem ser úteis no controle dos sintomas. 
× Artrites 
Artrite significa inflamação das superfícies 
articulares. 
Osteoartrite é a mais comum. 
→ Causa: sobrecarga das estruturas. 
→Características clinicas: abertura limitada por 
causa da dor, palpação dolorida, diagnóstico 
confirmado por radiografias da ATM que revelam 
alterações nas estruturas como achatamento e 
erosões. 
→Tratamento: diminuição de carga, placa 
estabilizadora. 
Osteoartrose: curso natural da osteoartrite. 
→Causa: sobrecarga articula. 
→Características clinicas: alteração estrutural no 
osso subarticular, mas não tem dor. 
→Tratamento: como é um processo adaptativo, 
terapia não é indicado, apenas se essa alteração 
alterar a condição oclusal.

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