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Curso de Cadastro Ambiental Rural - Preenchimento do CAR 2 - UFV

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Prévia do material em texto

CapCAR
CURSO DE CAPACITAÇÃO PARA O CADASTRO AMBIENTAL RURAL
 José Roberto Soares Scolforo
Samuel Campos
Luís Antônio Coimbra Borges
Athila Leandro de Oliveira
 Luiz Otávio Moras Filho
 Renata Carvalho do Nascimento
 Dalmo Arantes de Barros
Sarita Soraia de Alcântara Laudares
Cleide Mirian Pereira
Universidade Federal de Lavras
Lavras - 2014
Curso de Extensão a Distância
Sequência II de preenchimento do CAR: 
Etapa Geo (área do imóvel, cobertura do solo, 
servidão administrativa, áreas de preservação 
permanente, áreas de uso restrito, reserva legal)
Curso de capacitação para o Cadastro Ambiental Rural (CapCAR) : 
 sequencia de preenchimento II do CAR : Etapa Geo (área do 
 imóvel, cobertura do solo, servidão administrativa, áreas de 
 preservação permanente, áreas de uso restrito, reserva legal) / 
 Athila Leandro de Oliveira ... [et al.]. – Lavras : UFLA, 2014.
 36 p. : il. - (Textos temáticos).
 Uma publicação do Departamento de Ciências Florestais em 
parceria com o Centro de Educação a Distância da Universidade 
Federal de Lavras.
 Bibliografia.
 1. Cadastro ambiental rural. 2. Conceitos legais. 3. Ferramentas da 
plataforma. I. Oliveira, Athila Leandro de. II. Universidade Federal de 
Lavras. III. Série. 
 CDD – 333.76 
Ficha Catalográfica Elaborada pela Coordenadoria de Produtos e 
Serviços da Biblioteca Universitária da UFLA
Governo Federal
Presidente da República: Dilma Vana Rousseff
Ministra do Meio Ambiente: Izabella Teixeira
Ministro da Educação: José Henrique Paim Fernandes
Secretaria de Extrativismo e Desenvolvimento Rural Sustentável Gerência de Regularização Am-
biental: Gabriel Henrique Lui
Universidade Federal de Lavras
Reitor: José Roberto Soares Scolforo
Vice-Reitora: Édila Vilela Resende Von Pinho
Pró-Reitor de Extensão: José Roberto Pereira
Centro de Educação a Distância da UFLA
Coordenador Geral: Ronei Ximenes Martins
Coordenador Pedagógico: Warlley Ferreira Sahb
Coordenador de Tecnologia da Informação: André Pimenta Freire
Coordenador do Curso: Luís Antônio Coimbra Borges 
Equipe de produção do curso:
Gerente do Projeto: Samuel Campos
Subgerente do Projeto: Ewerton Carvalho
Supervisora Pedagógica e de Designer Instrucional: Cleide Mirian Pereira
Supervisor de Tecnologia da Informação: Alexandre José de Carvalho Silva
Produção do Material: Athila Leandro de Oliveira
 Dalmo Arantes de Barros
 Luiz Otávio Moras Filho
 Renata Carvalho do Nascimento
 Sarita Soraia de Alcântara Laudares
Designer de Jogos: Pedro Nogueira Crown Guimarães
Designer Gráfico: Rodolfo de Brito Vilas Boas
Técnicos de Informática: Aleph Campos da Silveira
 Rodrigo Ferreira Fernandes
4
Indicadores de ações requisitadas durante o estudo
FAÇA. Determina a existência de tarefa a ser executada. Este ícone 
indica que há uma atividade de estudo para ser realizada.
REFLITA. Indica a necessidade de se pensar mais detidamente sobre 
o(s) assunto(s) abordado(s) e suas relações com o objeto de estudo.
SAIBA MAIS. Apresenta informações adicionais sobre o tema abor-
dado de forma a possibilitar a obtenção de novas informações ao 
que já foi referenciado.
REVEJA. Indica a necessidade de rever conceitos ou procedimen-
tos abordados anteriormente.
ACESSE. Indica a necessidade de acessar endereço(s) espe-
cífico(s), apontado(s) logo após o ícone.
COMUNIQUE-SE. Indica a necessidade de diálogo com o tutor e/ou 
com os colegas.
CONCLUSÃO OU CONSIDERAÇÕES FINAIS. Todas as unidades 
de estudo se encerram com uma síntese das principais ideias abor-
dadas, conclusão ou considerações finais acerca do que foi tratado.
IMPORTANTE. Aponta uma observação significativa. Pode ser en-
carado como um sinal de alerta que o orienta para prestar atenção 
à informação indicada.
EXEMPLO OU CASO. Indica a existência de um exemplo ou estudo 
de caso, para uma situação ou conceito que está em estudo.
SUGESTÃO DE LEITURA. Indica bibliografia de referência e 
também sugestões para leitura complementar.
CHECKLIST ou PROCEDIMENTO. Indica um conjunto de ações 
(um passo a passo) a ser realizado.
Indicadores de orientações do autor
5
Unidade 2 
2.4 - Sequência II de preenchimento do CAR: 
Etapa Geo (área do imóvel, cobertura do solo, 
servidão administrativa, áreas de preservação 
permanente, áreas de uso restrito, reserva legal).
Sumário
INTRODUÇÃO ............................................................................................................... 7
1. BARRA LATERAL DE FERRAMENTAS ..................................................................... 8
1.1. Arrastar o mapa ....................................................................................................... 9
1.2. Desenhar um ponto ............................................................................................... 10
1.3. Desenhar polígono ................................................................................................ 10
1.4. Desenhar linhas......................................................................................................11
1.5. Inserir vértices de polígono manualmente..............................................................11
1.6. Importar um arquivo shapefile, kml ou gpx............................................................ 14
1.7. Clonar objetos de outra categoria ......................................................................... 15
1.8. Remover um objeto já vetorizado .......................................................................... 16
1.9. Zoom “+” e Zoom “-” .............................................................................................. 17
1.10. Zoom seleção ...................................................................................................... 18
2. BARRA INFERIOR DE FERRAMENTAS ................................................................. 19
2.1. Medir uma distância .............................................................................................. 20
2.2. Zoom imóvel .......................................................................................................... 22
2.3. Inserir coordenada de referência........................................................................... 23
2.4. Pesquisar por município ........................................................................................ 25
2.5. Longitude e Latitude .............................................................................................. 26
2.6. Quadro de áreas.................................................................................................... 27
2.6.1. Quadro de Áreas: Área do Imóvel ...................................................................... 28
2.6.2. Quadro de Áreas: Servidão Administrativa......................................................... 28
2.6.3 Quadro de Áreas: APP e Uso Restrito ................................................................ 39
2.6.4. Cobertura do solo ............................................................................................... 30
2.6.5. Quadro de Áreas: Reserva Legal ....................................................................... 31
2.7. Módulos fiscais ...................................................................................................... 31
3. BARRA SUPERIOR DE FEIÇÕES ........................................................................... 33
3.1. Área do Imóvel ...................................................................................................... 34
3.2. Cobertura do Solo ................................................................................................. 44
3.2.1. Área Consolidada ............................................................................................... 45
3.2.2. Remanescente da Vegetação Nativa ................................................................. 48
3.2.3. Áreade Pousio ................................................................................................... 52
3.3. Servidão Administrativa ......................................................................................... 57
3.3.1. Infraestrutura pública .......................................................................................... 57
3.3.2. Utilidade pública ................................................................................................. 61
3.3.3. Reservatório para abastecimento ou geração de energia ................................. 65
3.4. Área de preservação permanente (APP) .............................................................. 66
3.4.1. Hídricas .............................................................................................................. 66
3.4.1.1. Cursos d’água ................................................................................................. 66
3.4.1.2. Entorno dos lagos e lagoas naturais ............................................................... 79
3.4.1.3. Entorno de reservatório d’águas artificiais, decorrentes de barramento 
 ou represamento de cursos d’água naturais ................................................... 80
3.4.1.4. Nascentes e olhos d’água perenes ................................................................. 80
3.4.1.5. Veredas ........................................................................................................... 85
6
3.4.2. Localização......................................................................................................... 85
3.4.2.1. Restingas......................................................................................................... 85
3.4.2.2. Manguezais ..................................................................................................... 86
3.4.3. Relevo ................................................................................................................ 86
3.4.3.1. Encostas .......................................................................................................... 86
3.4.3.2. Bordas de Tabuleiros ou Chapadas ................................................................ 87
3.4.3.3. Topo de morros, montes, montanhas e serras ................................................ 88
3.4.3.4. Altitude superior a 1.800 m .............................................................................. 89
3.4.4. APPs declaradas de interesse social por ato do Chefe do Poder Executivo ..... 89
3.5. Uso restrito ............................................................................................................ 90
3.6. Reserva Legal ....................................................................................................... 96
3.6.1. Reserva Legal proposta ..................................................................................... 98
3.6.2. Reserva Legal averbada .................................................................................... 98
3.6.3. Reserva Legal aprovada e não averbada .......................................................... 99
CONLUSÃO ............................................................................................................... 103
REFERÊNCIAS .......................................................................................................... 104
7
INTRODUÇÃO
Finalizado o preenchimento dos dados relacionados à documentação do 
imóvel, a próxima etapa será a de georreferenciamento. Essa etapa visa facilitar 
a elaboração da representação gráfica da planta do imóvel sobre as imagens de 
satélite disponibilizadas no CAR.
Do mesmo modo que nas etapas descritas anteriormente, nesta também 
estarão disponíveis as ferramentas de apoio: “Legislação”, “Baixar manual”, 
“Informações” e “Atualização”.
Para facilitar a visualização, recomenda-se que o cadastrante clique em “Veja 
o mapa em tela cheia”, como mostra a Figura 1 (destaque 4). Para voltar à tela 
normal, basta selecionar o mesmo botão.
Figura 1. Etapa de georreferenciamento. Destaque para: Barra lateral de ferramentas 
(1), Barra inferior de ferramentas (2), Barra superior de feições (3) e ampliar para tela 
cheia (4).
8
1. BARRA LATERAL DE FERRAMENTAS
Figura 1.1. Barra lateral de ferramentas.
A barra vertical apresenta as ferramentas para definição da geometria a ser 
vetorizada no mapa (ponto, polígono, linha, importação de arquivo, clonar objeto de 
outra categoria e remoção de geometria), além das opções de navegação no mapa 
(arrastar o mapa e zoom).
Note na Figura 1.1 que as ferramentas contidas na barra estão enumeradas. 
Vale ressaltar que, dependendo do que for ser georreferenciado, algumas delas não 
estarão disponibilizadas para seleção, adquirindo a coloração cinza claro (Figura 
1.2), que significa que tal ferramenta está inativa para aquele passo. 
9
Figura 1.2. Barra lateral de ferramentas. Destaque para ferramentas inativas ao 
selecionar a feição “Área do imóvel”.
1.1. Arrastar o mapa
Figura 1.1.1. Ferramenta “Arrastar o mapa”.
Essa ferramenta permite ao cadastrante mover o mapa, a fim de identificar a 
localização exata do imóvel a ser cadastrado. Ela pode ser usada, também, para sair 
do modo de alguma ferramenta de desenho ou exclusão.
10
1.2. Desenhar um ponto
Figura 1.2.1. Ferramenta “Desenhar um ponto”.
Essa ferramenta permite ao cadastrante criar pontos no mapa. O ponto é 
adicionado a partir de um clique simples, sendo utilizado para, representar nascentes.
1.3. Desenhar polígono
Figura 1.3.1. Ferramenta “Desenhar polígono”.
Essa ferramenta permite ao cadastrante criar polígonos no mapa, de acordo 
com os seguintes passos:
- clique simples: adiciona um nó inicial e nós intermediários ao polígono;
- clique duplo: adiciona o nó final e fecha o polígono se, pelo menos, dois nós tiverem 
sido inseridos.
11
Um exemplo para utilização dessa ferramenta, é a delimitação da cobertura 
do solo e da área de uso restrito.
1.4. Desenhar linhas
Figura 1.4.1. Ferramenta “Desenhar linhas”.
Essa ferramenta permite ao cadastrante criar linhas no mapa da seguinte 
forma:
- clique simples: adiciona um nó inicial e nós intermediários na linha;
- clique duplo: adiciona o nó final e finaliza a linha, para isso, pelo menos um nó 
deverá ter sido inserido.
O desenho de linhas é necessário para representar cursos d’água de até 
10 metros, além da representação de algumas infraestruturas e utilidades públicas, 
como estradas e linhas de transmissão de energia.
1.5. Inserir vértices de polígono manualmente
Essa ferramenta permite a adição de pontos no mapa, pela inserção manual 
das coordenadas e informações contidas em um arquivo, possibilitando também 
a inserção dos respectivos azimutes. Os tipos de coordenadas e sistemas de 
referenciamento encontram-se detalhados no material que fala sobre Noções de 
Geotecnologias.
Essa ferramenta é útil para a inserção de dados relacionados ao perímetro 
de um imóvel ou, até mesmo, da área de Reserva Legal já averbada, desde que 
possuam memorial descritivo.
12
Figura 1.5.1. Ferramenta “Inserir vértices de polígono manualmente”.
Ao clicar na ferramenta “Inserir vértices de polígono manualmente”, abrir-se-á 
uma janela solicitando que o cadastrante selecione o sistema de referenciamento. 
Existem duas possibilidades de inserir as coordenadas: “Importar” ou “Criar novo 
ponto” (Figura 1.5.2).
Figura 1.5.2. Ferramenta “Inserir vértices de polígono manualmente”, destaque para 
a janela inserir vértices de polígono manualmente.
Na opção “Importar”, o cadastrante deve ter as coordenadas salvas em seu 
computador, nos formatos .xls ou .xlsx. A Figura 1.5.3, retrata a configuração de 
planilha de dados, conforme cada sistema de referenciamento.
13
Figura 1.5.3. Exemplos de configuração de planilha de dados conforme cada sistema 
de referenciamento.
Na opção “Criar novo ponto” devem ser inseridas as coordenadas geográficas 
ou UTM, de acordo com o sistema de referenciamentoselecionado.
Figura 1.5.4. Ferramenta “Inserir vértices de polígono manualmente” destaque para 
os campos onde serão inseridas as coordenadas.
14
1.6. Importar um arquivo shapefile, kml ou gpx
Essa ferramenta permite ao cadastrante realizar a importação de um arquivo 
externo, em formatos compatíveis com o sistema (shapefile, .kml ou .gpx), que 
contenha os detalhes do imóvel a ser cadastrado.
Figura 1.6.1. Ferramenta “Importar um arquivo shapefile, kml ou gpx”.
Ressalta-se que, ao utilizar um shapefile, o cadastrante deverá compactar os 
formatos: .shp, .shx, .dbf e .prj, associados à feição que será representada, em um 
arquivo ZIP 
Também é importante destacar que, esses arquivos devem ter sido elaborados 
nos datums aceitos pelo sistema, que são: SIRGAS 2000, SAD69, WGS84 e Córrego 
Alegre, utilizando coordenadas geográficas ou projeção UTM.
Para realizar a importação do arquivo, deve-se clicar na opção “Importar” e 
em seguida selecionar o arquivo desejado (Figura 1.6.2). Nesse momento, a área 
contida dentro do arquivo é plotada no mapa. O cadastrante deve utilizar um arquivo 
individual para representar cada feição a ser inserida no cadastro. Por exemplo, é 
preciso um arquivo associado para o perímetro do imóvel, um para remanescente de 
vegetação nativa, outro para área consolidada, e assim por diante. Lembrando que 
esse arquivo deve ser ZIP com os formatos .shp, .shx, .dbf e .prj.
15
Figura 1.6.2. Detalhe da janela importação de arquivos.
1.7. Clonar objetos de outra categoria
Figura 1.7.1. Ferramenta “Clonar objetos de outra categoria”.
Essa ferramenta permite que uma feição que tenha sido vetorizada seja 
clonada/copiada para representar outra feição. Por exemplo, após delimitar um 
remanescente de vegetação nativa, o cadastrante poderá clonar essa mesma área 
para propor a Reserva Legal do imóvel. Essa funcionalidade é importante para evitar 
erros na delimitação de uma feição que sobreponha uma área já delimitada.
Para isso, o cadastrante deverá clicar no ícone “Clonar objetos de outra 
categoria” (Figura 1.7.2) e, em seguida, escolher na lista que aparece na tela a 
feição de interesse.
16
Figura 1.7.2. Detalhes da ferramenta “Clonar objetos de outra categoria”.
1.8. Remover um objeto já vetorizado
Figura 1.8.1. Ferramenta “Remover um objeto do desenho”.
Essa ferramenta permite ao cadastrante excluir uma geometria adicionada, 
utilizando os seguintes passos:
- selecionar a feição da geometria a ser removida (nesse momento a opção “remover 
objeto” será habilitada);
- clicar na opção “remover objeto” na barra lateral;
- clicar sobre a geometria a ser excluída;
- confirmar a exclusão. Para confirmar deve acessar a opção “Sim” na mensagem 
de alerta exibida com a pergunta: “Deseja realmente apagar este objeto?”. Caso o 
cadastrante não queira descartar a exclusão, deve-se acessar a opção “Não”.
17
Figura 1.8.2. Ferramenta “Remover um objeto do desenho”, destaque para a janela 
remover.
1.9. Zoom “+” e Zoom “-”
Essas ferramentas permitem ao cadastrante aumentar (ampliar visualização) 
ou diminuir (reduzir visualização) o zoom do mapa.
Figura 1.9.1. Ferramentas “Zoom +”.
18
Figura 1.9.2. Ferramentas “Zoom -”.
1.10. Zoom seleção
Essa ferramenta permite ao usuário definir um nível de zoom que compreenda 
determinada área previamente definida. Para utilizá-la, o cadastrante deve acessar 
a opção “Zoom seleção”, clicar e segurar em uma região do mapa e arrastar até que 
a área esteja completamente selecionada.
Figura 1.10.1. Ferramenta “Zoom seleção”.
19
Figura 1.10.2. Ferramenta “Zoom seleção”.
2. BARRA INFERIOR DE FERRAMENTAS
Figura 2.1. Tela da etapa de georreferenciamento com destaque na barra inferior de 
ferramentas.
A barra inferior de ferramentas (barra horizontal) fornece opções de apoio 
ao cadastrante para desenho no mapa (“Medir uma distância”, “Zoom no imóvel”, 
“Inserir coordenada de referência” e “Pesquisar por município”), além de visualização 
de coordenadas, “Quadro de áreas” e “Módulos fiscais”. A Figura 2.1 apresenta esta 
barra em destaque.
A Figura 2.2 apresenta a barra inferior de ferramentas, com o destaque para 
cada funcionalidade disponível.
20
Figura 2.2. Barra inferior de ferramentas, com destaque para “Medir uma distância” (1), 
“Zoom imóvel” (2), “Inserir coordenada de referência” (3), “Pesquisar por município” 
(4), “Longitude e Latitude” (5), “Quadro de áreas” (6), “Módulos fiscais” (7).
A seguir será apresentado um detalhamento de cada ferramenta presente 
nesta barra.
2.1. Medir uma distância
Esta ferramenta permite medir uma distância no mapa. Para utilizá-la, o 
cadastrante deve seguir os passos descritos a seguir:
1) Acessar a ferramenta “Medir uma distância” para habilitar o cursor do mouse, 
visando fazer a medição, conforme Figura 2.1.1.
Figura 2.1.1. Ferramenta “Medir uma distância”.
21
2) Primeiro clique simples: indica o ponto inicial da medição, conforme Figura 2.1.2.
Figura 2.1.2. Ferramenta “Medir uma distância” com cursor para iniciar medição.
3) Clique simples: indica os pontos intermediários da medição, conforme Figura 
2.1.3.
Figura 2.1.3. Ferramenta “Medir uma distância” com pontos já inseridos.
4) Clique duplo: indica o término da medição. Ao término da medição, a distância 
será exibida na tela, conforme Figura 2.1.4.
22
Figura 2.1.4. Ferramenta “Medir uma distância” com resultado da medição.
2.2. Zoom imóvel
Esta ferramenta permite ao cadastrante centralizar o imóvel no mapa. A 
ferramenta funciona apenas se o imóvel já estiver delimitado Após clicar nesta 
ferramenta, o sistema irá centralizar o mapa no imóvel vetorizado, aplicando uma 
determinada quantidade de zoom, que possibilita que o imóvel seja visto inteiro na 
tela. A quantidade de zoom depende do tamanho do imóvel desenhado, e, se o 
imóvel for muito pequeno, o nível de zoom será aplicado até que seja atingido o 
zoom máximo permitido pelo mapa. A Figura 2.2.1 apresenta esta ferramenta, com 
o mapa centralizado no imóvel desenhado.
Figura 2.2.1. Ferramenta “Zoom Imóvel”.
23
2.3. Inserir coordenada de referência
Figura 2.3.1. Ferramenta “Inserir coordenada de referência”.
Esta ferramenta permite localizar o imóvel no mapa pela inserção de uma 
coordenada de referência, que pode ser obtida por meio de GPS na sede do imóvel, 
por exemplo. Para utilizar essa coordenada, o cadastrante deve seguir os seguintes 
passos:
1) Preencher os campos referentes às coordenadas do local desejado, conforme 
Figura 2.3.2, lembrando sempre de inserir os sinais “+” ou “-“ quando se tratar de 
coordenadas geográficas; e o “fuso” correto, quando utilizar uma projeção UTM.
24
Figura 2.3.2. Janela da ferramenta “Inserir coordenada de referência”.
2) Acessar a opção “Centralizar”, conforme destacado na Figura 2.3.3. O sistema irá 
focalizar o mapa no local, exibindo um marcador no ponto referente às coordenadas 
inseridas.
Figura 2.3.3. Ferramenta “Inserir coordenada de referência” local encontrado no 
mapa.
25
2.4. Pesquisar por município
Figura 2.4.1. Ferramenta “Pesquisar por município”.
Esta ferramenta permite que seja feita uma pesquisa por um determinado 
município no mapa. Para utilizá-la, o cadastrante deve informar os dados de UF e 
município solicitados na janela exibida (Figura 2.4.2) e, em seguida, acessar a opção 
“Procurar”.
Figura 2.4.2. Janela da ferramenta “Pesquisar por município”.
O sistema irá centralizar no mapa o munícipio pesquisado, conforme mostra 
a Figura 2.4.3.
26
Figura 2.4.3. Exibição de município depois de realizada a pesquisa.
2.5. Longitude e Latitude
Esta ferramenta exibe as coordenadas (Longitude e Latitude) do ponto 
onde está o cursor do mouse. Para utilizá-la, basta posicionar o mouse no local do 
mapa desejado e o sistema irá apresentar as coordenadas deste ponto, não sendo 
necessário clicar em nenhum outro lugar (Figura 2.5.1).
Figura 2.5.1. Ferramenta de visualização de coordenadas.
27
2.6. Quadro de áreas
Por meio dessa ferramenta, é possível realizar avisualização detalhada 
e analítica de todas as geometrias adicionadas ao mapa. Além disso, também é 
possível controlar o nível de transparência de cada uma delas.
Figura 2.6.1. Quadro de áreas. Destaque para a coluna “Controles”.
A transparência é manipulada a partir de um clique pressionado (movimentando 
o mouse para direita ou esquerda) na barra existente na coluna “Controles” (Figura 
2.6.1). Também é possível habilitar ou desabilitar a visualização dessa geometria, 
marcando ou desmarcando-a na caixa de seleção. Essas ferramentas facilitam a 
visualização da imagem quando, por exemplo, o cadastrante delimitar uma APP 
sobre alguma classe de cobertura de solo anteriormente vetorizada.
28
2.6.1. Quadro de Áreas: Área do Imóvel
Figura 2.6.1.1. Quadro de áreas. Destaque para os campos “Imóvel” e “Área líquida 
do imóvel”.
Dentro da área destacada na figura acima, o primeiro campo refere-se à 
“Área do imóvel”, indicando a área total, em hectares, do polígono delimitado para 
representar o imóvel. O segundo campo apresentado pelo sistema refere-se à “Área 
líquida do imóvel”, ou seja, é a área do imóvel após dedução das áreas de servidão 
administrativa, assunto que será detalhado no item 3.3 desse mesmo texto. Essa 
informação é importante, pois o cálculo do percentual da Reserva Legal do imóvel 
incide sobre a área líquida e não sobre a área total.
2.6.2. Quadro de Áreas: Servidão Administrativa
Figura 2.6.2.1. Quadro de áreas. Destaque para o campo “Servidão administrativa”.
29
O próximo campo refere-se às áreas de Servidão Administrativa. Nele, 
estão contidas as “Áreas de infraestrutura pública”, “Áreas de utilidade pública” e 
“Reservatórios para abastecimento ou geração de energia” delimitados no imóvel, 
além da área total relativa à Servidão Administrativa.
Note que, também, existe um campo referente ao “Entorno de Reservatórios 
para abastecimento ou geração de energia”. Esse campo foi criado, pois diferente 
das áreas de infraestrutura e utilidade pública, esses reservatórios precisam ter 
seu entorno protegido conforme estabelecido no licenciamento ambiental do 
empreendimento, observando-se a faixa mínima de 30 m e máxima de 100 m em 
área rural, e mínima de 15 m e máxima de 30 metros em área urbana (art. 5º, Lei nº 
12.651/2012). Por esse motivo, esse entorno também é computado como Servidão 
Administrativa.
2.6.3 Quadro de Áreas: APP e Uso Restrito
Figura 2.6.3.1. Quadro de áreas. Destaque para o campo “APP/ Uso restrito”.
O “Quadro de Áreas” também contém um campo referente às “APP/Uso 
restrito”, descrevendo cada uma das áreas que foram delimitadas no imóvel. A área 
representada pela cor amarela refere-se à área total de todas as APPs descritas no 
art. 4º da Lei nº 12.651/2012.
Vale ressaltar que, caso uma APP se sobreponha a outra, a área duplicada é 
descartada no cálculo da área. Por exemplo, ao inserir uma nascente (50 m de APP) 
próxima a um curso d’água de até 10 m (30 m de APP), onde houver sobreposição 
de 10 m entre eles, a APP total do imóvel será de 70 m e não de 80 m.
O campo exibido em cor laranja representa as APPs descritas no art. 61-A da 
Lei nº 12.651/2012, que são os limites obrigatórios previstos pelo Código Florestal 
para a regularização de APPs hídricas. Esse assunto será detalhado em outro 
material do curso.
30
O sistema também contabiliza as APPs em “Áreas de vegetação nativa” e em 
“Áreas antropizadas não declaradas como área consolidada”, ou seja, áreas onde 
não foi delimitada nenhuma cobertura de solo (onde houve conversão do solo após 
22 de julho de 2008).
Além dessas informações, também são apresentadas, separadamente, as 
áreas de cada categoria de APP (nascente, curso d’água, lagoa o lago natural, 
reservatório artificial, vereda, topo de morro, borda de chapada, restinga, manguezal 
e altitude superior a 1800 metros) e Área de Uso Restrito (regiões pantaneiras e 
declividade de 25 a 45 graus).
2.6.4. Cobertura do solo
Figura 2.6.4.1. Quadro de áreas. Destaque para o campo “Cobertura de solo”.
Na sequência, são apresentadas as áreas de cada uma das classes de 
cobertura do solo: “Área consolidada”, “Remanescente de vegetação nativa” e “Área 
de pousio”.
Área Consolidada é a área de imóvel rural, com ocupação antrópica preexistente 
a 22 de julho de 2008, com edificações, benfeitorias ou atividades agrossilvipastoris, 
admitida, neste ultimo caso, a adoção do regime de pousio.
Pousio consiste na pratica de interrupção temporária de atividades ou usos 
agrícolas, pecuários ou silviculturais, por no máximo 5 anos, para possibilitar a 
recuperação da capacidade de uso ou da estrutura física do solo.
Remanescente de Vegetação Nativa é a área com vegetação nativa em 
estágio, primário ou secundário, avançado de regeneração.
31
2.6.5. Quadro de Áreas: Reserva Legal
Figura 2.6.5.1. Quadro de áreas. Destaque para o campo “Reserva Legal”.
Por fim, está representada a área total referente à Reserva Legal, separada 
pelas seguintes situações: “Reserva legal proposta”, “Reserva legal aprovada” e 
“Reserva legal aprovada e não averbada”.
A Reserva legal pode ser proposta, quando o imóvel rural não possuir 
remanescente de vegetação nativa destinada à sua composição, e que não tenha 
sido anteriormente aprovada ou averbada.
Reserva legal averbada, consiste na presença de remanescentes de vegetação 
nativa destinados à RL, com anuência por parte do órgão ambiental competente, 
registrado à margem do documento de registro do imóvel.
A opção Reserva Legal aprovada e não averbada, é utilizada no caso do imóvel 
que possui remanescente de vegetação nativa destinado para RL, com anuência 
por parte do órgão ambiental competente, todavia sem averbação à margem do 
documento de registro do imóvel.
2.7. Módulos fiscais
Esta ferramenta permite ao cadastrante visualizar os módulos fiscais, 
calculados a partir da demarcação da área do imóvel.
32
Figura 2.7.1. Ferramenta “Módulos fiscais”.
Além disso, como demonstra a Figura 2.7.2, também é possível visualizar:
•	 a área total do imóvel (ha);
•	 a área total do imóvel em módulos fiscais;
•	 o (s) município (s) onde o imóvel está inserido, e para cada município, as 
seguintes informações:
	Módulo fiscal do município (ha);
	Área do imóvel dentro do município (ha);
	Módulos fiscais dentro do município.
Figura 2.7.2. Destaque para a janela da ferramenta “Módulos Fiscais”.
As figuras anteriores mostram o acesso à ferramenta “Módulos fiscais” do 
imóvel delimitado, bem como a janela que se abrirá após clicar na ferramenta.
33
3. BARRA SUPERIOR DE FEIÇÕES
 
Figura 3.1. Destaque para a barra superior de feições.
Existem cinco feições para serem cadastradas quando do preenchimento da 
etapa GEO do cadastro, são elas: “Área do imóvel”, “Cobertura do solo”, “Servidão 
administrativa”, “APP/Uso restrito” e “Reserva Legal”. Para cada uma, o sistema 
disponibilizará um conjunto de ferramentas para que o cadastrante realize a 
demarcação das feições em questão.
Figura 3.2. Feições de preenchimento da etapa de georreferenciamento. Destaque 
para: Área do imóvel (1), Cobertura do solo (2), Servidão administrativa (3), APP/Uso 
do solo (4), Reserva legal (5) e Ajuda (6).
Ao lado dessas etapas, o cadastrante contará com ícones de ajuda ( ) 
(Figura 3.2, destaque 6), contendo informações para facilitar o entendimento.
34
3.1. Área do Imóvel
Figura 3.1.1. Área do imóvel.
Antes de iniciar esta etapa, é importante alinhar os conceitos no âmbito 
do CAR. Nesse sentido, imóvel rural é visto como: “uma ou mais propriedade ou 
posses, contínuas, pertencente à mesma pessoa física ou jurídica, de direito público 
ou privado, em regime individual ou comum, que se destine ao uso econômico, à 
preservação e à conservação dos recursos naturais renováveis”.
Os proprietários ou possuidores de imóveis rurais que dispõem de mais de 
uma propriedade ou posse em área contínua, independente do tamanho da área e 
caracterização dominial, deverão efetuar uma única inscrição para este imóvel.Importante dizer que, a classificação do imóvel rural está diretamente 
relacionada ao conceito transcrito acima, e ao módulo fiscal. 
Módulo fiscal é uma unidade de medida, que considera, para seu cálculo: o 
tipo de exploração predominante no município; à renda obtida com a exploração 
predominante; e outras explorações existentes, mesmo que não predominantes, 
mas expressivas em função da renda ou da área utilizada; além do conceito de 
propriedade familiar. Os módulos variam de 5 a 110 hectares, de acordo com o 
município. Como exemplo, o Rio de Janeiro (RJ), Curitiba (PR) e Brasília (DF) 
possuem módulo fiscal de 5 ha, enquanto Acrelândia (AC) possui módulo de 100 
ha e Corumbá (MS) 110 ha. A lista completa de municípios e outras informações a 
respeito desse assunto podem ser acessadas pelo link http://www.infoteca.cnptia.
embrapa.br/bitstream/doc/949260/1/doc146.pdf.
Sendo assim, o imóvel rural pode ser caracterizado de acordo com seu 
tamanho, tendo como base o módulo fiscal, que é uma unidade de medida fixada, 
diferentemente, para cada município, de acordo com a Lei nº 6.746/1979.
Seguindo esse conceito, o imóvel rural pode ser considerado como: pequena, 
média ou grande propriedade ou posse. Assunto que será detalhado a seguir.
http://www.infoteca.cnptia.embrapa.br/bitstream/d-oc/949260/1/doc146.pdf
http://www.infoteca.cnptia.embrapa.br/bitstream/d-oc/949260/1/doc146.pdf
35
Pequena propriedade ou posse
Imóvel com área de até 4 (quatro) módulos fiscais, incluindo aquela que for 
explorada mediante o trabalho pessoal do agricultor familiar e empreendedor familiar 
rural, assentamentos e projetos de reforma agrária (inciso V do art. 3º da Lei nº 
12.651/2012) e que atenda ao disposto no art. 3º da Lei nº 11.326/2006:
Art. 3o Para os efeitos desta Lei, considera-se agricultor familiar e empreendedor familiar 
rural aquele que pratica atividades no meio rural, atendendo, simultaneamente, aos 
seguintes requisitos:
I - não detenha, a qualquer título, área maior do que 4 (quatro) módulos fiscais;
II - utilize predominantemente mão-de-obra da própria família nas atividades econômicas 
do seu estabelecimento ou empreendimento;
III - tenha percentual mínimo da renda familiar originada de atividades econômicas do seu 
estabelecimento ou empreendimento, na forma definida pelo Poder Executivo;
IV - dirija seu estabelecimento ou empreendimento com sua família. (BRASIL, 2006)
Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 
gerados pelo Censo Agropecuário de 2006 e o Censo Demográfico de 2010, 
a agricultura familiar é responsável pela produção da maior parte dos alimentos 
que abastecem a população brasileira. Apesar disso, grande parte dos pequenos 
produtores enfrentam dificuldades bem características, como baixa produtividade, 
pouco acesso à tecnologia e baixa lucratividade na produção.
Devido a fatores como esses, o novo Código Florestal estabeleceu 
procedimentos simplificados para o CAR, visando atender as demandas dessas 
propriedades, além de algumas flexibilizações quanto à servidão ambiental dentro 
do imóvel rural (assunto que será tratado em outro momento do curso).
Média Propriedade ou Posse
Imóvel com área superior a 4 (quatro) até 15 (quinze) módulos fiscais.
Grande Propriedade ou Posse
Imóvel com área superior a 15 (quinze) módulos fiscais.
Definidos os conceitos importantes sobre a área do imóvel, agora será 
exemplificado a maneira de georreferenciar a área do imóvel dentro do CAR.
Como foi demonstrado nos itens 1.3 a 1.6 desse texto, existem três formas 
de georreferenciar a área do imóvel: importação de arquivo vetorial, inserção de 
vértices de polígono manualmente (memorial descritivo) e delimitação das feições 
com base nas imagens de satélite georreferenciadas.
Como exemplo, será feito o georreferenciamento da área do imóvel rural 
36
utilizando a opção de “Delimitação das feições com base nas imagens de satélite 
georreferenciadas”.
Para iniciar o georreferenciamento do imóvel rural pela opção delimitação, o 
primeiro passo é localizar o limite do imóvel rural na imagem de satélite (que deverá 
estar previamente salva em seu computador).
A ferramenta “GEO” sempre iniciará com o foco no município onde o imóvel foi 
declarado. Existem duas maneiras de localizar os limites da propriedade: o primeiro 
é utilizando a funcionalidade de “Inserir coordenada de referência”, localizado na 
barra de ferramenta inferior, já mencionada no item 2.3 deste texto. Para inserir 
uma coordenada de referência é necessário capturar uma coordenada dentro da 
propriedade com um GPS, por exemplo, e depois inserir esta coordenada na função 
“Inserir coordenada de referência” como mostram as Figura 3.1.2 e 3.1.3.
Figura 3.1.2. Barra inferior de ferramentas. Destaque na ferramenta “Inserir 
coordenadas de referência”.
37
Figura 3.1.3. Ferramenta “Inserir coordenadas de referência”.
Após a inserção da coordenada na ferramenta, o mapa será direcionado para 
a coordenada de referência inserida, conforme Figura 3.1.4.
Figura 3.1.4. Ferramenta “Inserir coordenadas de referência”. Destaque na 
coordenada centralizada na imagem.
38
Outra possibilidade é utilizar pontos de referência da própria imagem de 
satélite, tais como: sede municipal, estradas, rios entre outros.
Ao identificar os limites do imóvel rural no mapa, deve-se clicar na etapa “Área 
do Imóvel” (Figura 3.1.5, destaque 1) que habilitará a opção “Desenhar”, “Importar 
arquivo” e “Inserir vértices de polígono manualmente”. Vale ressaltar que, a forma 
mais precisa para a delimitação do imóvel rural é a importação de um arquivo vetorial 
que tenha sido georreferenciado em campo, utilizando um método de precisão 
posicional, como um GPS.
A título de exemplo, a seguir serão demarcados os limites de um imóvel 
utilizando a opção “Inserir vértices de polígono manualmente”.
Figura 3.1.5. Área do imóvel. Destaque para: 1. Feição “Área do imóvel” e 2. 
Ferramenta “Inserir vértices de polígono manualmente”.
Após selecionar essa feição na barra lateral de ferramentas (2), o cadastrante 
poderá iniciar a delimitação do perímetro, selecionando primeiro o sistema de 
referenciamento que foi adotado no levantamento em campo (WGS 84, SIRGAS 
200 ou SAD69) e depois escolhendo entre as opções: “Importar” ou “Criar um novo 
ponto” (Figura 3.1.6).
39
Figura 3.1.6. Inserir vértices de polígono manualmente. Destaque para: 1. “Importar” 
e 2. “Criar novo ponto”.
Ao escolher a opção “Importar” o cadastrante adicionará um arquivo “.csv” 
contendo todos os pontos que delimitam a feição de interesse, nesse caso o 
perímetro do imóvel (conforme demonstrado no item 1.5 deste material - Figura 
1.5.3). Já ao selecionar “Criar novo ponto”, o cadastrante deverá inserir esses pontos 
manualmente, conforme demostrado nas figuras a seguir.
Figura 3.1.7. Inserir vértices de polígono manualmente. Destaque para: 1. sistema 
referenciamento e 2. inserção de coordenadas geográficas.
40
Caso seja necessário, o cadastrante poderá inserir os azimutes, ou seja, o 
ângulo e a distância entre os pontos, clicando no ícone “ ”;
Figura 3.1.8. Inserir vértices de polígono manualmente. Destaque para a inserção 
de azimutes.
Nesse exemplo serão inseridas as coordenadas geográficas manualmente. 
Note que, a cada ponto inserido, o polígono que representa a delimitação da imóvel 
vai sendo formado, conforme demostrado nas figuras a seguir.
Figura 3.1.9. Inserir vértices de polígono manualmente. Polígono sendo delimitado.
41
Figura 3.1.10. Inserir vértices de polígono manualmente. Polígono Completo.
Finalizada a delimitação, o cadastrante deverá clicar no ícone “Arrastar o 
mapa” ( ), como demonstrado na Figura 3.1.11. A geometria desenhada ficará 
destacada na figura por meio de um pontilhado amarelo, demostrando o perímetro 
do imóvel (Figura 3.1.12).
Figura 3.1.11. Inserir vértices de polígono manualmente. Finalizando a delimitação 
do perímetro do imóvel. Destaque para a ferramenta “Arrastar o mapa”
42
Figura3.1.12. Inserir vértices de polígono manualmente. Área do imóvel.
Depois de concluído o limite da área do imóvel é fundamental conferir 
seu tamanho. Para isso, basta clicar no ícone “Módulos fiscais” ( ), na barra de 
ferramentas na parte inferior ao mapa, conforme demostrado na figura abaixo e 
mencionado no item 2.7 deste material (barra inferior). A área do imóvel mostrado 
abaixo foi calculada utilizando o modelo projetado UTM SIRGAS 2000.
Figura 3.1.13. Quadro de áreas. Destaque para 1. “Área do imóvel” e 2. “Área líquida 
do imóvel”. 
43
Caso haja uma diferença entre área calculada e área real, o cadastrante 
poderá alterar os limites utilizando a função de “Editar geometria” selecionando a 
feição que deseja editar, neste caso o limite do imóvel rural e clicando sobre a feição 
no mapa, arrastando os vértices do polígono, como mostra a figura abaixo.
Figura 3.1.14. Destaque para a edição de vértices de polígono.
Caso o cadastrante queira remover todo o polígono da feição, nesse caso, 
o limite do imóvel rural, ele deverá clicar nessa feição e depois sobre a função 
“Remover um objeto do desenho”, na barra lateral de ferramenta.
Figura 3.1.15. Remoção de um objeto. Destaque para Ferramenta “Remover um 
objeto”.
44
Figura 3.1.16. Remoção de um objeto.
3.2. Cobertura do Solo
Nesta etapa, o cadastrante deverá inserir todas as feições referentes à 
cobertura do solo do imóvel rural, sendo elas: área consolidada, remanescente de 
vegetação nativa e área de pousio, conforme demonstrado na Figura 3.2.1.
Figura 3.2.1. Cobertura do Solo.
Importante mencionar que, toda cobertura do solo dentro do imóvel que não for 
classificada nas três feições mencionadas, serão consideradas áreas antropizadas 
não consolidadas. 
A seguir serão apresentados os conceitos sobre cada feição da etapa cobertura 
do solo e como georreferenciá-las dentro da ferramenta “GEO”.
45
3.2.1. Área Consolidada
A área rural consolidada é a área de imóvel rural com ocupação antrópica 
preexistente a 22 de julho de 2008, como edificações, benfeitorias ou atividades 
agrossilvipastoris, admitida, neste último caso, a adoção do regime de pousio (art. 
3º, inciso IV, Lei nº 12.651/2012).
Figura 3.2.1.1. Área Consolidada. Fonte: http://goo.gl/biXoml.
Entende-se por ocupação antrópica, toda ocupação humana realizada por 
meio de atividades como agricultura, pecuária, construção de moradias e benfeitorias, 
que alteram a cobertura natural do solo, fazendo com que a área seja considerada 
degradada (área que se encontra alterada em função de impacto antrópico, sem 
capacidade de regeneração natural) ou alterada (área que após o impacto ainda 
mantém capacidade de regeneração natural), de acordo com o art. 2º, IV da Instrução 
Normativa do MMA nº 02/2014.
Com base no descrito acima, será apresentado o passo a passo para definição 
dos dados locacionais referentes à área consolidada. Lembre-se que as outras 
formas disponíveis para inserir as feições já foram abordadas anteriormente.
Primeiro, deve-se clicar na feição cobertura do solo. Feito isso, uma janela se 
abrirá, contendo três opções: Área consolidada, Remanescente de vegetação nativa 
e Área de pousio (Figura 3.2.1.2). Selecione a opção “Área Consolidada”. Repare 
que a opção “Desenhar polígono” será habilitada, na barra lateral (Figura 3.2.1.3).
http://goo.gl/biXoml
46
Figura 3.2.1.2. Área Consolidada.
Figura 3.2.1.3. Uso da ferramenta “Desenhar Polígono” para delimitação da “Área 
Consolidada”.
Note que, ao delimitar uma feição, é possível fazer um desenho fora do 
perímetro do imóvel. No entanto, ao terminar a delimitação, será considerada apenas 
a área que estiver dentro do perímetro do imóvel inicialmente inserido, sendo excluída 
toda área desenhada fora do imóvel.
47
Figura 3.2.1.4. Desenho do polígono da “Área Consolidada”.
Figura 3.2.1.5. Finalizando desenho do polígono da “Área consolidada”.
Confira no “Quadro de áreas” que a “Área consolidada” foi computada.
48
Figura 3.2.1.6. Vistoria da área (ha) consolidada do imóvel no Quadro de Áreas.
3.2.2. Remanescente da Vegetação Nativa
Conceituada no art. 2º do Decreto nº 7.830/2012, a área de remanescente 
de vegetação nativa é toda “área com vegetação nativa em estágio primário ou 
secundário avançado de regeneração”.
Figura 3.2.2.1. Remanescente de Vegetação Nativa. Fonte: http://goo.gl/RJeNkz.
http://goo.gl/RJeNkz
49
Vegetação em estágio primário é aquela de máxima expressão local, com 
grande diversidade biológica, sendo os efeitos das ações antrópicas mínimos ou 
ausentes, a ponto de não afetar significativamente suas características originais de 
estrutura e espécies (CONAMA, 2007).
Já a vegetação em estágio secundário, é aquela resultante dos processos 
naturais de sucessão, após supressão total ou parcial da vegetação primária, por 
ações antrópicas ou causas naturais, podendo ocorrer árvores remanescentes da 
vegetação primária (CONAMA, 2007).
Quando conservados, esses tipos de remanescentes apresentam uma série 
de utilidades, como:
- a manutenção dos serviços ambientais;
- o amortecimento de impacto da chuva, diminuindo a erosão do solo e o assoreamento 
de rios e reservatórios;
- a manutenção de estoque genético de plantas nativas;
- a preservação da biodiversidade, por servir de habitat para a fauna nativa;
- a extração de produtos florestais não madeireiros;
- a possibilidade de manejo florestal para extração de madeira;
- o estoque de carbono, que contribui para a diminuição do efeito estufa.
Para delimitar essa cobertura, inicialmente, deve-se clicar na feição 
“Cobertura do Solo”. Feito isso, abrir-se-á uma janela com três opções: Área 
consolidada, Remanescente de vegetação nativa e Área de pousio. Selecione a 
opção “Remanescente de vegetação nativa” (Figura 3.2.2.2), habilitando a opção 
“Importar um arquivo shapefile, kml ou gpx” na barra lateral (Figura 3.2.2.3).
Figura 3.2.2.2. Delimitação de “Remanescente de Vegetação Nativa”.
50
Figura 3.2.2.3. Uso da ferramenta “Importar um arquivo shapefile, kml ou gpx”.
Ao clicar na ferramenta em destaque na figura acima, será aberta uma janela 
(Figura 3.2.2.4). Clicando no ícone “importar”, selecione o arquivo .kml, referente ao 
desenho previamente delimitado da feição a ser importada, conforme demostrado 
nas figuras a seguir.
Figura 3.2.2.4. Tela de importação de arquivos shapefile, kml ou gpx.
51
Figura 3.2.2.5. Tela de seleção de arquivos de importação. Destaque para o arquivo 
kml a ser utilizado.
Figura 3.2.2.6. Tela demonstrando que o arquivo kml contendo remanescente de 
vegetação nativa foi importado com sucesso.
52
Figura 3.2.2.7. Imóvel rural delimitado com preenchimento de cobertura do solo (área 
de uso consolidado e remanescente de vegetação nativa).
Finalizada a importação do arquivo referente ao “Remanescente de vegetação 
nativa”, confira o valor relativo a essa área no “Quadro de áreas”.
Figura 3.2.2.8. Quadro de Áreas com demonstrativo da área (ha) de remanescente 
de vegetação nativa.
3.2.3. Área de Pousio
O termo área de pousio refere-se ao espaço onde ocorre a interrupção 
temporária de atividades ou usos agrícolas, pecuários ou silviculturais, por no 
53
máximo 5 (cinco) anos, para possibilitar a recuperação da capacidade de uso ou da 
estrutura física do solo (art. 3º, Lei nº 12.651/2012; art. 2º, Decreto nº 7.830/2012).
Figura 3.2.3.1. Área de Pousio. Fonte: http://goo.gl/HkwWZK.
É importante destacar que, a importação de dados para delimitar a área de 
pousio, também segue o mesmo procedimento descrito no item 3.2.2 (Remanescente 
de vegetação Nativa). Entretanto, serão demonstrados os procedimentos para esse 
tipo de cobertura de solo, conforme sequência de figuras a seguir:
Figura 3.2.3.2. Delimitação da “Área de Pousio”.
http://goo.gl/HkwWZK
54
Figura 3.2.3.3. Escolha da ferramenta “Importar um arquivo shapefile, kml ou gpx” 
para delimitação da área de pousio.
Figura 3.2.3.4. Destaque da janela de importação de arquivos.
55
Figura 3.2.3.5. Destaquenos arquivos necessários para a correta importação do 
shapefile e transformação dos arquivos individuais em um único arquivo zip.
Figura 3.2.3.6. Detalhe do arquivo zip criado e selecionado para importação.
56
Figura 3.2.3.7. Importação de arquivo concluída.
Finalizada a importação do arquivo referente à “Área de Pousio”, confira o 
valor relativo a essa área no “Quadro de áreas”.
Figura 3.2.3.8. Quadro de Áreas com demonstrativo da área (ha) de área de pousio.
Vale ressaltar que, a delimitação de uma área de pousio deve ser feita sempre 
sobre outra classe de cobertura de solo. Por exemplo, se a área onde se deseja 
realizar o pousio era uma área consolidada, o cadastrante deverá primeiro delimitar 
a área consolidada e, posteriormente, delimitar a área onde se deseja realizar o 
pousio.
Caso a área tenha sido antropizada após 22 de julho de 2008, a área de 
pousio será desenhada sobre o “vazio” da imagem, ou seja, sobre a área que não é 
representada nas classes de cobertura de solo.
57
3.3. Servidão Administrativa
De acordo com a Instrução Normativa do MMA nº 02/2014, a servidão 
administrativa é definida como: “uma área de utilidade pública declarada pelo Poder 
Público que afete os imóveis rurais”. Assim, pode-se entender que se trata de uma 
das formas de intervenção do poder público na propriedade privada, pela qual se 
restringe o uso de partes do imóvel visando uma necessidade coletiva.
Figura 3.3.1. Servidão Administrativa: estrada, linha de transmissão de energia e 
reservatório destinado à geração de energia. Fonte: 1. http://goo.gl/qQNHl6, 2. http://
goo.gl/M0bkQF, 3. http://goo.gl/lZBePr
A servidão administrativa deve ter sua localização informada e delimitada 
por imagens georreferenciadas, plantas topográficas ou levantamentos geodésicos, 
além de explicitada em algum instrumento administrativo ou legal (Contrato, Decreto, 
Lei, dentre outros). Essa área será deduzida do somatório da área total do imóvel 
rural (arts. 13 e 43, Instrução Normativa MMA nº 02/2014), devendo ser observado 
apenas a “Área líquida”.
Sendo assim, é permitido ao Estado utilizar parte de uma propriedade alheia 
privada, na necessidade de um direito coletivo, para realizar obras e serviços públicos, 
como instalação de redes elétricas, gasodutos, vias para transporte, pontes entre 
outros.
A área assim utilizada deve ser registrada em cartório, a fim de dar destaque 
ao acordado e, dependendo do dano causado à propriedade, o mesmo é passível 
de indenização.
A descrição destas áreas é fundamental para que se obtenha o cálculo da 
área líquida do imóvel, o que dará condições de definir a área necessária a ser 
mantida como RL.
3.3.1. Infraestrutura pública
Infraestrutura pública é um conjunto de instalações, equipamentos e 
serviços pertencentes ao governo em benefício ao coletivo. Os principais serviços 
que compõem a infraestrutura consistem em obras nos setores de transporte, 
telecomunicações, saneamento e energia.
http://goo.gl/qQNHl6
http://goo.gl/M0bkQF
http://goo.gl/M0bkQF
http://goo.gl/lZBePr
58
Figura 3.3.1.1. Delimitação de Servidão Administrativa com “Infraestrutura Pública”.
Essa feição pode ser delimitada no CAR por “linha”, como no caso de 
estradas, ou por “polígono”, como em praças públicas. Nesse exemplo será utilizada 
a ferramenta “Desenhar linha”.
Figura 3.3.1.2. Uso da ferramenta “Desenhar linhas” para delimitação de Infraestrutura 
Pública.
59
Figura 3.3.1.3. Iniciando o desenho de uma estrada usando a ferramenta “Desenhar 
linhas”.
Figura 3.3.1.4. Finalizando desenho de uma estrada usando a ferramenta “Desenhar 
linhas”.
Ao utilizar uma linha, após a delimitação da infraestrutura, o cadastrante será 
questionado a respeito da largura da infraestrutura, devendo informá-la para que 
seja gerada automaticamente, conforme demostrado nas figuras a seguir.
60
Figura 3.3.1.5. Tela para informar a largura da estrada (Infraestrutura Pública).
Figura 3.3.1.6. Desenho da estrada (Infraestrutura Pública) finalizado.
O cadastrante poderá verificar a inserção dessa feição conferindo sua 
respectiva área no “Quadro de áreas”.
61
Figura 3.3.1.7. Quadro de Áreas com demonstrativo da área (ha) de Infraestrutura 
Pública.
3.3.2. Utilidade pública
A Lei n° 12.651/2012, em seu art. 3º, VIII, não define as atividades de Utilidade 
Pública, mas as caracteriza como:
VIII – [...]
a) as atividades de segurança nacional e proteção sanitária;
b) as obras de infraestrutura destinadas às concessões e aos serviços 
públicos de transporte, sistema viário, inclusive aquele necessário 
aos parcelamentos de solos urbanos aprovados pelos Municípios, 
saneamento, gestão de resíduos, energia, telecomunicações, 
radiodifusão, instalações necessárias à realização de competições 
esportivas estaduais, nacionais ou internacionais, bem como 
mineração, exceto, neste último caso, a extração de areia, argila, 
saibro e cascalho;
c) atividades e obras de defesa civil;
d) atividades que comprovadamente proporcionem melhorias na 
proteção das funções ambientais referidas no inciso II deste artigo;
e) outras atividades similares devidamente caracterizadas e 
motivadas em procedimento administrativo próprio, quando inexistir 
alternativa técnica e locacional ao empreendimento proposto, 
definidas em ato do Chefe do Poder Executivo federal;
Essa feição também pode ser delimitada no CAR por “linha” ou por “polígono”. 
No item 3.1.1, sobre infraestrutura pública, optou-se pelo desenho de “linha”. Já 
nesse caso, será utilizada a ferramenta “Desenhar polígono”, conforme demonstrado 
nas figuras a seguir.
62
Figura 3.3.2.1. Delimitação de Servidão Administrativa do tipo “Utilidade Pública”.
Figura 3.3.2.2. Escolha da ferramenta “Desenhar polígono” para delimitação manual 
da área de utilidade pública. Exemplo: cascalheira, jazida de argila ou saibro.
63
Figura 3.3.2.3. Inicio do desenho manual da geometria da área de utilidade pública.
Figura 3.3.2.4. Continuação do desenho manual da geometria da área de utilidade 
pública.
64
Figura 3.3.2.5. Finalização do desenho manual da geometria da área de utilidade 
pública.
O cadastrante poderá verificar a inserção dessa feição, conferindo sua 
respectiva área no “Quadro de áreas”.
Figura 3.3.2.6. Quadro de Áreas com demonstrativo da área (ha) de utilidade pública.
65
3.3.3. Reservatório para abastecimento ou geração de energia
3.3.3.1. Reservatório para geração de energia. Fonte: http://goo.gl/ETfiAB.
O represamento natural ou artificial da água acarreta seu acúmulo, formando 
os reservatórios para geração de energia ou abastecimento da população. Para 
geração de energia são utilizados os rios encachoeirados e de grande vazão. Os rios 
de menor vazão são utilizados para abastecimento, visando atender o consumo da 
comunidade, que, por sua vez, está ligado a diversos fatores como: climas, hábitos 
de higiene, qualidade da água entre outros.
Nessa situação, é obrigatória a aquisição, desapropriação ou instituição de 
servidão administrativa pelo empreendedor das APP criadas em seu entorno, nos 
moldes estabelecidos no licenciamento ambiental, observando-se a faixa mínima de 
30 (trinta) metros e máxima de 100 (cem) metros em área rural, e a faixa mínima de 
15 (quinze) metros e máxima de 30 (trinta) metros em área urbana (art. 5º, Lei nº 
12.651/2012).
O amparo legal para essa modalidade encontra-se no art. 170, III, da 
Constituição Federal, o qual assegura a função social da propriedade. Além disso, há 
o Decreto Lei nº 3365/1941, que dispõe sobre desapropriações por utilidade pública.
Essa feição pode ser delimitada no CAR por “polígono” e, após sua 
delimitação, o cadastrante será questionado a respeito da faixa de APP definida na 
licença ambiental do empreendimento, devendo informá-la para que seja gerada 
automaticamente.
O cadastrante poderá verificar a inserção dessa feição com sua respectiva 
área no “Quadro de áreas”.
66
3.4. Área de preservação permanente (APP)
É definida, segundo o art. 3º, II, da Lei nº12.651/2012 como:
II - Área protegida, coberta ou não por vegetação nativa, com a 
função ambiental de preservar os recursos hídricos, a paisagem, a 
estabilidade geológica, a biodiversidade, facilitar o fluxo gênico de 
fauna e flora, proteger o solo e assegurar o bem-estar das populações 
humanas.
As APPs visam atender ao direito fundamental de todo brasileiro a um 
“meio ambiente ecologicamente equilibrado”, conforme assegurado no art. 225 da 
Constituição Federal, por estabelecerem limites rígidos de proteção, tanto em zona 
rural, quanto urbana, onde a sua supressão ou intervenção somente poderá ocorrer 
nas hipóteses de utilidade pública, de interesse social ou de baixo impacto ambiental, 
conforme previsto no Novo Código Florestal. As APPs devem ser mantidas pelo 
proprietário, possuidor ou ocupante da área, a qualquer título, seja pessoa física ou 
jurídica, de direito público ou privado.
Analisando o artigo 4º do Código Florestal, referente à delimitação de APP, 
entende-se que essas áreas podem ser agrupadas em relação ao seu caráter de 
proteção, podendo ser direcionadas à proteção de recursos hídricos, do relevo ou 
da localização. Cada uma dessas áreas serão explicadas mais detalhadamente a 
seguir.
3.4.1. Hídricas
3.4.1.1. Cursos d’água
Figura 3.4.1.1.1. APP: Faixas marginais de cursos d’água. Fonte: http://goo.gl-/
rijpNR.
67
Segundo o art 4° da Lei nº 12.651/2012, considera-se Área de Preservação 
Permanente em zonas rurais ou urbanas: as faixas marginais de qualquer curso 
d’água natural desde a borda da calha do leito regular, em largura mínima de 30 
metros para cursos d’água com até 10 metros de largura, 50 metros para cursos 
d’água com largura entre 10 a 50 metros, e assim por diante, como mostrado na 
tabela abaixo.
Tabela 3.4.1.1.1. Largura mínima de APP hídrica de acordo com o porte do curso 
d´água.
Largura do curso d’água Largura mínima de APP
< 10 metros 30 metros
>10 e < 50 metros 50 metros
>50 e < 200 metros 100 metros
>200 e < 600 metros 200 metros
>600 metros 500 metros
Ao delimitar um curso d’água no módulo de cadastro, o cadastrante deverá 
atentar-se para a largura do mesmo, uma vez que cursos d’água de até 10 metros de 
largura serão representados por “linha”, enquanto os demais por “polígono”.
As figuras a seguir exemplificam a delimitação de cursos d’água de até 10 
metros.
Figura 3.4.1.1.2. Preenchimento de Área de Preservação Permanente (APP) de 
“Curso d’água natural de até 10 metros”.
68
Figura 3.4.1.1.3. Ferramenta “Desenhar linhas” que será utilizada no preenchimento 
do curso d’água de até 10 metros.
Figura 3.4.1.1.4. “Clique para começar a desenhar uma linha” demonstrando o passo 
inicial ao desenhar do curso d’água natural de até 10 metros.
69
Figura 3.4.1.1.5. Desenhando o curso natural de até 10 metros.
Figura 3.4.1.1.6. Desenhando o curso natural de até 10 metros. 
70
Figura 3.4.1.1.7. Desenhando o curso natural de até 10 metros.
Figura 3.4.1.1.8. Desenhando o curso natural de até 10 metros. 
Repare que, após a delimitação do curso d’água, é gerado um “buffer” 
representando a APP no entorno dele, ou seja, é delimitada uma área em amarelo 
de 30 metros ao redor do curso d’água, conforme demostrado na figura a seguir.
71
Figura 3.4.1.1.9. Exemplo de um dos cursos d’água de até 10 metros desenhado.
Observe, também, que uma faixa laranja é gerada ao redor desse rio. Essa 
faixa representa o limite de regularização previsto no art. 61-A do Código Florestal 
em áreas consolidadas, onde haverá necessidade de regularização, assunto que 
será tratado em outro momento do curso.
Figura 3.4.1.1.10. Desenhando outros cursos d’água de até 10 metros no mesmo 
imóvel. Destaque para faixa de regularização.
Seguindo o exemplo anterior, serão delimitados outros cursos d’água de até 
10 metros, como demostrado nas figuras a seguir.
72
Figura 3.4.1.1.11. Desenhando outros cursos d’água de até 10 metros no mesmo 
imóvel.
Figura 3.4.1.1.12. Desenhando outros cursos d’água de até 10 metros no mesmo 
imóvel.
73
Figura 3.4.1.1.13. Finalizando o desenho dos cursos d’água de até 10 metros.
O cadastrante poderá verificar a inserção dessa feição com sua respectiva 
área no “Quadro de áreas”.
Figura 3.4.1.1.14. Quadro de Áreas com demonstrativo da área (ha) preenchida 
como cursos d’água de até 10 metros.
Em sequência será demostrada a inserção de cursos d’água de 10 a 50 
metros de largura por meio da ferramenta “Desenhar polígono”.
74
Figura 3.4.1.1.15. Preenchimento da Área de Preservação Permanente (APP) para 
“Curso d’água de 10 a 50 metros”.
Figura 3.4.1.1.16. Ferramenta “Desenhar polígono” utilizada para desenhar o curso 
d’água de até 50 metros. 
75
Figura 3.4.1.1.17. Iniciando o desenho da APP de curso d’água de até 50 metros.
Figura 3.4.1.1.18. Desenhando a APP de curso d’água de até 50 metros.
76
Figura 3.4.1.1.19. Demonstrativo de um dos lados do polígono da APP de curso 
d’água de até 50 metros já desenhado.
Figura 3.4.1.1.20. Demonstrativo com preenchimento do terceiro lado do polígono 
da APP de curso d’água de até 50 metros já desenhado.
77
Figura 3.4.1.1.21. Finalizando desenho do polígono de APP de curso d’água de até 
50 metros.
Note que, após a delimitação do curso d’água é gerado um “buffer” 
representando a APP no seu entorno, ou seja, é delimitada uma área, em amarelo, 
de 50 metros ao redor do curso d’água, conforme demostrado na figura a seguir.
Figura 3.4.1.1.22. Demonstrativo com APP de curso d’água de até 50 metros já 
preenchida.
Observe, também, que uma faixa laranja é gerada ao redor desse rio. Essa 
faixa representa o limite de regularização previsto no art. 61-A no Código Florestal 
em áreas consolidadas, onde haverá necessidade de regularização, assunto que 
será tratado em outro momento do curso.
78
Figura 3.4.1.1.23. Demonstrativo com APP de curso d’água de até 50 metros já 
preenchida. Destaque para faixa de regularização em laranja.
Depois de delimitadas todas as APP de cursos d’água (Figura 3.4.1.1.24), o 
cadastrante poderá conferir essas áreas no “Quadro de áreas” (Figura 3.4.1.1.25).
Figura 3.4.1.1.24. Demonstrativo com todas as APPs de curso d’água do imóvel já 
preenchidas.
79
Figura 3.4.1.1.25. Quadro de Áreas com demonstrativo das áreas (ha) de preservação 
permanente preenchidas.
3.4.1.2. Entorno dos lagos e lagoas naturais
Esta área, de acordo com a Lei nº 12.651/2012, em seu art. 4º, II, é definida 
da seguinte forma:
II - as áreas no entorno dos lagos e lagoas naturais, em faixa com 
largura mínima de:
a) 100 (cem) metros, em zonas rurais, exceto para o corpo d’água 
com até 20 (vinte) hectares de superfície, cuja faixa marginal será de 
50 (cinquenta) metros;
b) 30 (trinta) metros, em zonas urbanas.
Vale lembrar que, para uma área de superfície menor que 1 (um) hectare, 
fica dispensada essa faixa de APP, sendo que, o proprietário ou possuidor, não 
poderá suprimir qualquer remanescente de vegetação nativa no seu imóvel para 
uso alternativo do solo, salvo se autorizado por órgão ambiental competente do 
SISNAMA (§ 4o, art.4° da Lei nº 12.651/2012).
80
Figura 3.4.1.2.1. APP: Entorno dos lagos e lagoas naturais. Fonte: http://goo.g-l/
Whk1i0.
3.4.1.3. Entorno de reservatório d’águas artificiais, decorrentes de barramento 
ou represamento de cursos d’água naturais
Essa área encontra-se definida no art. 4º, III, da Lei nº 12.651/2012 da seguinte 
forma:
III - as áreas no entorno dos reservatórios d’água artificiais, 
decorrentes de barramento ou represamento de cursos d’água 
naturais, na faixa definida na licença ambiental do empreendimento.
Figura 3.4.1.3.1. APP: Entorno de reservatório d’águas artificiais, decorrentes de 
barramento ou represamento de cursos d’água naturais. Fonte: http://goo.g-l/IArhNP.
http://goo.g-l/Whk1i0
http://goo.g-l/Whk1i0
81
Saliente-se que, para uma área de superfície menor que 1 (um) hectare, fica 
dispensada essa faixa de APP, vedada nova supressão de áreas de vegetação nativa, 
salvo se autorizadapor órgão ambiental competente do SISNAMA (§ 4o, art.4° da Lei 
nº 12.651/2012).
3.4.1.4. Nascentes e olhos d’água perenes
O art. 4º, IV, da Lei nº 12.651/2012, define como:
IV - as áreas no entorno das nascentes e dos olhos d’água perenes, 
qualquer que seja sua situação topográfica, no raio mínimo de 50 
(cinquenta) metros.
Figura 3.4.1.4.1. APP: Entorno de nascente e olhos d’água perenes. Fonte: http://
goo.gl/ce3xM9.
Para delimitar essa feição no módulo de cadastro, o cadastrante deverá 
atentar-se ao formato aceito pelo sistema para a representação de uma nascente 
ou olho d’água perene, que é feito por meio de “ponto”, conforme demostrado nas 
figuras a seguir.
http://goo.gl/ce3xM9
http://goo.gl/ce3xM9
82
Figura 3.4.1.4.2. Delimitação de “Nascente ou olho d’água perene”.
Figura 3.4.1.4.3. Detalhe da ferramenta “Desenhar um ponto” para inserção das 
nascentes existentes na área da propriedade rural.
83
Figura 3.4.1.4.4. Detalhe da geração de um buffer com 50 m de raio no entorno do 
ponto marcado como nascente.
Figura 3.4.1.4.5. Repetição do procedimento para as outras nascentes existentes no 
imóvel rural.
84
Figura 3.4.1.4.6. Repetição do procedimento para as outras nascentes existentes no 
imóvel rural.
Perceba que, ao redor dos pontos, é gerado um “buffer” de 50 metros de 
largura em seu entorno, como demonstrado na figura acima.
O cadastrante poderá verificar a inserção dessa feição com sua respectiva 
área no “Quadro de áreas”.
Figura 3.4.1.4.7. Quadro de Áreas com demonstrativo da Área de Uso Restrito com 
nascente perene, devidamente preenchido.
85
3.4.1.5. Veredas
No caso das veredas, conforme art. 4º, XI, da Lei nº 12.651/2012, entende-se 
que:
XI - em veredas, a faixa marginal, em projeção horizontal, com 
largura mínima de 50 (cinquenta) metros, a partir do espaço 
permanentemente brejoso e encharcado.
Figura 3.4.1.5.1. APP: Entorno de veredas. Fonte: http://goo.gl/fSNO43.
3.4.2. Localização
3.4.2.1. Restingas
Para o presente caso, de acordo com o art. 4º, VI, da Lei nº 12.651/2012:
VI - as restingas, como fixadoras de dunas ou estabilizadoras de 
mangues.
http://goo.gl/fSNO43
86
Figura 3.4.2.1.1. APP: Restingas. Fonte: http://goo.gl/jfNqvL.
3.4.2.2. Manguezais
A Lei nº 12.651/2012, art. 4º, versa:
VII - os manguezais, em toda a sua extensão.
Figura 3.4.2.2.1. APP: manguezais. Fonte: http://goo.gl/eK19m0.
3.4.3. Relevo
3.4.3.1. Encostas
As encostas estão descritas no art. 4º, V, da Lei nº 12.651/2012:
http://goo.gl/jfNqvL
http://goo.gl/eK19m0
87
V - as encostas ou partes destas com declividade superior a 45°, 
equivalente a 100% (cem por cento) na linha de maior declive.
Figura 3.4.3.1.1. APP: encostas ou partes destas com declividade superior a 45°. 
Fonte: http://goo.gl/27iPlf.
3.4.3.2. Bordas de Tabuleiros ou Chapadas
De acordo com o art. 4º, VIII, da Lei nº 12.651/2012:
VIII - as bordas dos tabuleiros ou chapadas, até a linha de ruptura 
do relevo, em faixa nunca inferior a 100 (cem) metros em projeções 
horizontais.
Figura 3.4.3.2.1. APP: Bordas dos tabuleiros ou chapadas. Fonte: http://goo.gl/
m5XMTJ.
APP: 100 metros a 
partir da ruptura do 
relevo, no sentido do 
reverso da escarpa.
http://goo.gl/27iPlf
http://goo.gl/m5XMTJ
http://goo.gl/m5XMTJ
88
A Resolução CONAMA n° 303/2002 estabelece como diretriz, que são 
consideradas como APPs as áreas situadas nas escarpas e nas bordas dos tabuleiros 
e chapadas, a partir da linha de ruptura em faixa, nunca inferior a 100 (cem) metros 
em projeção horizontal no sentido do reverso da escarpa.
3.4.3.3. Topo de morros, montes, montanhas e serras
Diz o art. 4º, IX, da Lei nº 12.651/2012:
IX - no topo de morros, montes, montanhas e serras, com altura 
mínima de 100 (cem) metros e inclinação média maior que 25°, as 
áreas delimitadas a partir da curva de nível correspondente a 2/3 
(dois terços) da altura mínima da elevação sempre em relação à 
base, sendo esta definida pelo plano horizontal determinado por 
planície ou espelho d’água adjacente ou, nos relevos ondulados, 
pela cota do ponto de sela mais próximo da elevação.
Figura 3.4.3.3.1. APP: topo de morros, montes, montanhas e serras, com altura 
mínima de 100 (cem) metros e inclinação média maior que 25°. Fonte: http://goo.gl/
q4HDb7.
http://goo.gl/q4HDb7
http://goo.gl/q4HDb7
89
3.4.3.4. Altitude superior a 1.800 m
Figura 3.4.3.4.1. APP: altitude superior a 1.800 m. Fonte: http://goo.gl/KzJtPQ.
Essa área está caracterizada, no art. 4º, X, da Lei nº 12.651/2012, da seguinte 
maneira:
X - as áreas em altitude superior a 1.800 (mil e oitocentos) metros, 
qualquer que seja a vegetação.
3.4.4. APPs declaradas de interesse social por ato do Chefe do Poder Executivo
Além das áreas descritas acima, ainda podem ser consideradas nesta 
categoria, quando declaradas de interesse social por ato do Chefe do Poder 
Executivo, as áreas cobertas com florestas ou outras formas de vegetação, previstas 
no artigo 6º, da Lei nº 12.651/2012, destinadas à:
I - conter a erosão do solo e mitigar riscos de enchentes e 
deslizamentos de terra e de rocha;
II - proteger as restingas ou veredas;
III - proteger várzeas;
IV - abrigar exemplares da fauna ou da flora ameaçados de extinção;
V - proteger sítios de excepcional beleza ou de valor científico, 
cultural ou histórico;
VI - formar faixas de proteção ao longo de rodovias e ferrovias;
VII - assegurar condições de bem-estar público;
VIII - auxiliar a defesa do território nacional, a critério das autoridades 
militares.
IX - proteger áreas úmidas, especialmente as de importância 
internacional.
http://goo.gl/KzJtPQ
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2012/Lei/L12651.htm#art6ix
90
É importante ressaltar que, tendo ocorrido supressão de vegetação dentro da 
APP, o proprietário da área, possuidor ou ocupante a qualquer título, é obrigado a 
promover a recomposição da vegetação, ressalvados os usos autorizados e previstos 
no Código Florestal. Esse assunto será mais detalhado em outro momento do curso.
Vale ressaltar que, o conteúdo relativo às APPs, previsto no Código Florestal, 
não se limita apenas às áreas rurais, ou seja, também é aplicado para áreas 
urbanas, pois a manutenção dessas APPs possibilita a valorização da paisagem e 
do patrimônio natural e construído (de valor ecológico, histórico, cultural, paisagístico 
e turístico). Lembrando que, para isso, cabe também ao município legislar de forma 
concorrente ao Código Florestal.
3.5. Uso restrito
Figura 3.5.1. AUR: Pantanais e planícies pantaneiras. Fonte: http://goo.g-l/Q81mAs.
http://goo.g-l/Q81mAs
91
Figura 3.5.2. AUR: áreas de inclinação entre 25° e 45°. Fonte: MMA (2014).
O novo código florestal (Lei n°12.651/2012) deixou expressa a necessidade 
de proteção de ecossistemas que já eram protegidos no Brasil, mas não gozavam de 
proteção expressa no antigo Código Florestal, como: como os pantanais e planícies 
pantaneiras e áreas de inclinação entre 25° e 45°. Em outras palavras, são áreas 
que necessitam de proteção e, por isso, permite-se apenas o uso restrito, como 
consta o art. 10 e 11, da Lei nº 12.651/2012:
Art. 10. Nos pantanais e planícies pantaneiras, é permitida a 
exploração ecologicamente sustentável, devendo-se considerar as 
recomendações técnicas dos órgãos oficiais de pesquisa, ficando 
novas supressões de vegetação nativa para uso alternativo do 
solo; condicionadas às autorizações dos órgãos estaduais de meio 
ambiente, com base nas recomendações mencionadas neste artigo.
Art. 11. Em áreas de inclinação entre 25° e 45°, serão permitidos 
o manejo florestal sustentável e o exercício de atividades 
agrossilvipastoris, bem como a manutenção da infraestrutura física 
associada ao desenvolvimento das atividades, observadas boas 
práticas agronômicas, sendo vedada a conversão de novas áreas, 
excetuadas as hipóteses de utilidade pública e interesse social.
Vale ressaltar que, algumas áreas com inclinação entre 25° e 45° eram 
consideradas como APPs por estarem englobadas nas “APPs de toposde morros”. 
Nem todas eram englobadas como APPs de topos de morros devido a outras 
especificidades exigidas para este enquadramento. Então, essas áreas que não 
eram consideradas topos de morros ficavam sem proteção expressa em Lei, e agora, 
com o novo código, estão restringidas de uso por estarem enquadrados como Área 
de Uso Restrito.
92
Não se trata propriamente de inovação do Novo Código entender que essas 
áreas merecem proteção especial, dadas às suas peculiaridades, uma vez que os 
Zoneamentos Ecológicos Econômicos (ZEEs) de muitos estados já verificaram áreas 
vulneráveis e, consequentemente, de uso restrito. Desta forma, existem locais em que 
algumas atividades não podem ser exercidas e outras onde seria permitido, desde que 
cumpridos determinados requisitos impostos pelos órgãos ambientais licenciadores.
As atividades nestes locais, atualmente conhecidas como Áreas de Uso Restrito, 
estão passivas de continuidade, desde que sejam consideradas como atividades de 
baixo impacto ambiental.
Nos pantanais e planícies pantaneiras é permitida a exploração ecologicamente 
sustentável, considerando as recomendações técnicas dos órgãos oficiais de 
pesquisa. As novas supressões de vegetação nativa para usos alternativos do solo 
estão condicionadas à autorização do órgão estadual de meio ambiente, conforme 
estipula o art. 10, da Lei nº 12.651/2012.
Nas áreas com inclinação entre 25° e 45° serão permitidos: o manejo florestal 
sustentável e o exercício de atividades agrossilvipastoris, bem como a manutenção da 
infraestrutura física associada ao desenvolvimento das atividades, observadas boas 
práticas agronômicas, vedada a conversão de novas áreas, excetuadas as hipóteses 
de utilidade pública e interesse social (art. 11 da Lei nº 12.651/2012).
Esse dispositivo, em particular, possibilita que essas áreas sejam usadas como 
vinhedos e outras culturas que já estão implementadas nesses terrenos com essas 
inclinações, vedando a possibilidade de nova conversão para uso alternativo do solo.
No CAR, essas áreas podem ser delimitadas por meio de “polígonos”, conforme 
demostrado nas figuras a seguir, utilizando como exemplo áreas com declividade de 
25 a 45°.
Figura 3.5.3. Preenchimento de Área de Uso Restrito (AUR) com declividade de 25 
a 45 graus.
93
Figura 3.5.4. Ferramenta “Desenhar polígono” utilizada para preenchimento de Área 
de Uso Restrito.
Figura 3.5.5. Iniciando o preenchimento da Área de Uso Restrito com declividade de 
25 a 45 graus.
94
Figura 3.5.6. Desenhando a feição de Área de Uso Restrito com a ferramenta 
“Desenhar polígono”.
Figura 3.5.7. Finalizando o desenho da Área de Uso Restrito com declividade de 25 
a 45 graus.
95
Figura 3.5.8. Exemplo da Área de Uso Restrito com declividade de 25 a 45 graus 
preenchida.
O cadastrante poderá verificar a inserção dessa feição com sua respectiva 
área no “Quadro de áreas”.
Figura 3.5.9. Quadro de Áreas com demonstrativo da Área de Uso Restrito com 
declividade de 25 a 45 graus, preenchida.
96
3.6. Reserva Legal
Reserva legal (RL), por definição do art. 3º, III, da Lei nº 12.651/2012, é a “área 
localizada no interior de uma propriedade ou posse rural, delimitada nos termos do art. 
12, com a função de assegurar o uso econômico sustentável dos recursos naturais 
do imóvel rural, auxiliar a conservação e a reabilitação dos processos ecológicos 
e promover a conservação da biodiversidade, bem como o abrigo e a proteção de 
fauna silvestre e da flora nativa”.
A RL é a área do imóvel rural que, coberta por vegetação natural, pode ser 
explorada utilizando práticas de manejo florestal sustentável, nos limites estabelecidos 
em lei, de acordo com o bioma em que a propriedade está inserida. Por abrigar uma 
porção representativa do ambiente natural da região, é fundamental a manutenção 
da biodiversidade local.
No Brasil, a Constituição da República garante a todos o direito, tanto 
a um meio ambiente diverso e sustentável, quanto o direito ao desenvolvimento 
econômico. Não é difícil perceber que a busca da realização de um destes direitos 
pode vir a conflitar com o outro. A criação de Reservas Legais foi mais um dos 
instrumentos utilizados pelos legisladores brasileiros, para criar uma ligação entre 
estes dois interesses fundamentais.
O primeiro conceito de RL surgiu em 1934, com o primeiro Código Florestal. 
Com o Código de 1965, na Lei Federal nº 4.771 e posteriores alterações, por meio 
de leis como a Lei nº 7.803/1989 e a Medida Provisória nº 1.511/1996, o conceito 
de RL foi atualizado, a fim de torná-lo mais efetivo e condizente com os objetivos de 
sustentabilidade propostos.
Atualmente, o percentual da propriedade de RL varia de acordo com o bioma 
e a região em questão, sendo:
- 80% em imóveis rurais localizados em área de floresta na Amazônia Legal;
- 35% em imóveis rurais situados em áreas de Cerrado na Amazônia Legal;
- 20% nos imóveis rurais situado em área de campos gerais;
- 20% nos imóveis rurais localizados nas demais regiões do país (art. 12 da Lei nº 
12.651/2012).
97
Figura 3.6.1. Limite da Amazonia Legal, e os biomas brasileiros.
Cabe a todo proprietário ou possuidor rural o registro no órgão ambiental 
competente (estadual ou municipal), por meio de inscrição no Cadastro Ambiental 
Rural - CAR.
As especificidades para o registro da RL vão depender da legislação de cada 
Estado. Uma vez realizado o registro, fica proibida a alteração de sua destinação, 
nos casos de transmissão ou de desmembramento, com exceção das hipóteses 
previstas na Lei nº 12.651/2012, como no caso demonstrado no art. 19:
Art. 19. A inserção do imóvel rural em perímetro urbano definido 
mediante lei municipal não desobriga o proprietário ou posseiro 
da manutenção da área de Reserva Legal, que só será extinta 
concomitantemente ao registro do parcelamento do solo para fins 
urbanos, aprovado segundo a legislação específica e consoante 
as diretrizes do plano diretor de que trata o § 1º do art. 182 da 
Constituição Federal1.
1 Art. 182, § 1º - O plano diretor, aprovado pela Câmara Municipal, obrigatório para cidades 
com mais de vinte mil habitantes, é o instrumento básico da política de desenvolvimento e de 
expansão urbana.
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao.htm#art182�1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao.htm#art182�1
98
Vale ressaltar que, a exploração econômica da RL é permitida mediante 
manejo sustentável, previamente aprovado pelo órgão competente do SISNAMA, 
desde que sejam adotadas práticas de exploração seletiva nas modalidades de 
manejo sustentável sem propósito comercial, para consumo na propriedade e 
manejo sustentável para exploração florestal com propósito comercial (art. 20 da Lei 
nº 12.651/2012).
O manejo florestal sustentável da vegetação da RL com propósito comercial 
depende de autorização do órgão competente e deverá atender às seguintes 
diretrizes e orientações:
Art. 22 [...]
I - não descaracterizar a cobertura vegetal e não prejudicar a 
conservação da vegetação nativa da área;
II - assegurar a manutenção da diversidade das espécies;
III - conduzir o manejo de espécies exóticas com a adoção de 
medidas que favoreçam a regeneração de espécies nativas (Lei nº 
12.651/2012).
Por outro lado, o manejo sustentável para exploração florestal eventual sem 
propósito comercial, para consumo no próprio imóvel, não depende de autorização 
dos órgãos competentes, devendo apenas ser declarados previamente, ao órgão 
ambiental, a motivação da exploração e o volume explorado, limitado à exploração 
anual de 20 (vinte) metros cúbicos (art. 23 da Lei nº 12.651/2012).
Também é livre a coleta de produtos florestais não madeireiros na RL, tais 
como frutos, cipós, folhas e sementes, desde que sejam observados (art. 21 da Lei 
nº 12.651/2012):
I - os períodos de coleta e volumes fixados em regulamentos 
específicos, quando houver;
II - a época de maturação dos frutos e sementes;
III - técnicas que não coloquem em risco a sobrevivência

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