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Camila Shellly de V. Ramos ESPIROMETRIA OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM -Teste funcional mais utilizado na prática clínica -Tem objetivo de: ↳Avaliar as condições mecânicas dinâmicas do aparelho respiratório ↳´´medição da respiração´´ -Realizada por meio de: ↳Manobras respiratórias forçadas ou lentas • RELEMBRANDO VOLUMES PULMONARES -Volume corrente de repouso ↳O que respiramos normalmente -Volume de reserva inspiratório ↳Volume extra da inspiração -Volume de reserva expiratório ↳Volume extra eliminado na expiração -Volume residual ↳Volume de ar que não sai do pulmão, mesmo após uma expiração máxima ↳Único volume que a espirometria não consegue medir -Capacidade inspiratória = volume corrente de repouso + volume de reserva inspiratório -Capacidade residual funcional = volume de reserva expiratório + volume residual ↳Não é medida pela espirometria -Capacidade vital = todo o ar que é movimentado dentro do pulmão -Capacidade pulmonar total = capacidade vital + volume residual ↳Soma de todos os volumes pulmonares ↳Não é medida pela espirometria • ESPIRÔMETRO -Aparelho para medir o volume de ar inspirado e expirado pelos pulmões ↳Mede a ventilação, movimento do ar para dentro e para fora dos pulmões ↳Mede a velocidade e o tempo com que o ar sai - > volume *medição do fluxo OBS:ESPIROMETRIA ISOLADA NÃO FORNECE DIAGNÓSTICO • INDICAÇÕES DA ESPIROMETRIA -Suspeita de doença pulmonar ou das vias aéreas altas que curse com possível obstrução ao fluxo aéreo -Avaliação longitudinal de doenças pulmonares obstrutivas ou restritivas ↳Doença pulmonar obstrutiva -> asma, DPOC ↳Doença pulmonar restritiva -> fibrose pulmonar -Paciente com qualquer doença pulmonar estabelecida com o objetivo de quantificar a perda funcional -Investigação precoce de dispneia de origem indefinida Camila Shellly de V. Ramos -Avaliação pré-operatória (Ex: Lobectomia pulmonar, cirurgia de ressecção pulmonar, cirurgia torácica de remoção de alguma parte do tecido pulmonar) -Suspeita de obstrução das vias aéreas superiores -Avaliação de disfunção e incapacidade • FISIOLOGIA DA ESPIROMETRIA →MANOBRA DA EXPIRAÇÃO FORÇADA -Durante a realização de uma expiração forçada: ↳Fisiológica *Pressão da pleura positiva (+25) -> estreitamento das vias aéreas -> obstrução *Pressão dos alvéolos positiva (+30) ↳Enfisema *Pressão da pleura positiva (+3) menor -> já é capaz de estreitar as vias aéreas -> obstrução -Medição da capacidade vital do paciente -Avaliação da doença pulmonar obstrutiva • REALIZAÇÃO DA ESPIROMETRIA -Medidores de ffluxo aéreo ↳Pneumotacógrafos -É necessário ↳Calibração com seringa padrão de 3 litros ↳Técnico deve explicar as manobras a serem realizadas -Tempo é um fator importante ↳Início da expiração ↳Duração da expiração -Critérios para uma espirometria de boa qualidade ↳Dependente do técnico, paciente e médico →PRINCIPAIS VARIÁVEIS DO EXAME ✓ CAPACIDADE VITAL* -Volume máximo expirado -Pode ser ↳Lenta (CVL) ↳Forçada (CVF) ✓ VOLUME EXPIRATÓRIO FORÇADO NO PRIMEIRO SEGUNDO (VEF1)* -Volume eliminado durante o primeiro segundo da expiração forçada -Geralmente corresponde a 70% da capacidade vital ✓ RELAÇAO VEF1/CVF* -Cerca de 0,7 a 0,8 -Reduz com a idade ✓ PICO DE FLUXO EXPIRATÓRIO (PFE) -Área mais alta da fase expiratória no gráfico de fluxo x volume -Seu tamanho é dependente do tamanho do esforço realizado na expiração ✓ FLUXO EXPIRATÓRIO FORÇADO (FEF) -Calculado a partir do gráfico de fluxo x volume ↳Cálculo da área de 75% a 25% do fluxo Camila Shellly de V. Ramos -Avaliação da pequena via aérea →CRITÉRIOS PARA UMA ESPIROMETRIA DE BOA QUALIDADE -Os maiores valores de CVF e VEF1 devem diferir menos de 150mL OBS:E SE OS CRITÉRIOS NÃO FOREM PREENCHIDOS APÓS 8 TENTATIVAS? -Interromper exame e seguir com a interpretação usando os 3 melhores testes -Quando haverá o término do exame? ↳Platô no último segundo ↳Desconforto acentuado ou risco de síncope -Artefatos que devem estar ausentes na realização do exame: ↳Tosse no 1s ↳Vazamento ↳Obstrução da peça bucal -> pela língua ↳Ruído glótico -> investigar problemas nas vias aéreas mais altas →COMO OCORRE A SELEÇÃO DAS CURVAS? -Utilização das 3 melhores curvas #valores maiores • INTERPRETAÇÃO DA ESPIROMETRIA -Resultados possíveis de uma espirometria ↳Normal ↳Distúrbio ventilatório obstrutivo *cadeira de praia ↳Distúrbio ventilatório restritivo *semelhante a normal, só que muito menor, visto que todos os volumes pulmonares estarão diminuídos ↳Distúrbio ventilatório misto (obstrutivo e restritivo) →ESPIROMETRIA NORMAL -Valores normais de: CVF, VEF1, VEF1/CVF ↳FEF 25-75% pode estar alterado em algumas pessoas sem indicativo de doença -Interpretação clínica e radiológica OBS:ANALISANDO ESPIROMETRIA 1)Checar VEF1/CVF -Se a relação VEF1/CVF estiver reduzida = distúrbio ventilatório obstrutivo 2)Análise de VEF1 e CVF #valores devem ser sempre maiores do que o limite inferior da normalidade Camila Shellly de V. Ramos →DISTÚRBIO VENTILARÓRIO OBSTRUTIVO (DVO) -Condição em que há redução do fluxo aéreo respiratório ↳Aumento da resistência das vias aéreas ↳Perda do recuo elástico (enfisema = alvéolos destruídos -> diminuição da elasticidade -> pulmão não volta para posição adequada -> redução do fluxo respiratório) -Qual o grande marco da obstrução? ↳Redução da relação VEF1/CVF *CVF normal e VEF1 reduzido -Qual o aspecto da curva de fluxo na espirometria? ↳Aspecto escavado da alça expiratória -E os outros volumes pulmonares? ↳Volume residual normal ↳Aumento proporcional do VR e da CPT OBS:FEF PODE SER O ÚNICO VALOR ALTERADO EM CASOS DE OBSTRUÇÕES -Se suspeita clínica elevada →DISTÚRBIO VENTILATÓRIO RESTRITIVO (DVR) -Qual o grande marco da restrição pulmonar? ↳Redução da capacidade pulmonar total (CPT) *só que esse valor não pode ser mensurado pela espirometria -> necessitando de pletismografia para diagnóstico ↳Redução da CV (capacidade vital) e da CVF -E os outros volumes pulmonares? ↳VEF1/CVF normal ou elevada ↳FEF geralmente com aumento de 25-75% -Diagnóstico probabilístico -> chance maior quando a redução da CVF for maior que 50% OBS:QUANTIFICAÇÃO DOS DISTÚRBIOS VENTILATÓRIOS PELA ESPIROMETRIA • BRONCODILATAÇÃO FARMACOLÓGICA NA ESPIROMETRIA -Repetir as manobras espirométricas 15 a 20 minutos após 400mcg de salbutamil via aerossol dosimetrado -Qual a alteração na espirometria o broncodilatador será capaz de proporcionar? ↳Aumento do fluxo VEF1 e/ou volume *VEF1 tem que variar >200ml (>=0,2) e >7% em relação ao previsto -A resposta ao broncodilatador depende de ↳Histórico clínico ↳Probabilidade pré-teste ↳Presença de DVO ou não -A ausência de resposta ao broncodilatador não prediz a resposta terapêutica clínica ↳O fato de o paciente não responder ao broncodilatador na espirometria, não quer dizer que o paciente não responderá aquele tratamento Camila Shellly de V. Ramos • BRONCOPROVOCAÇÃO FARMACOLÓGICA NA ESPIROMETRIA -Qual substância é usada para broncoprovocação? Metacolina -O indivíduo com doenças obstrutivas precisará de uma concentração bem menor de metacolina do que um indivíduo normal -Será usada quando? Espirometria normal em paciente com suspeita de doença de componente pulmonar OBS:PLETISMOGRAFIA -Exame semelhante a espirometria, mas feito em uma cabine fechada -Mede o quê? ↳CPT ↳VR ↳CRF (capacidade residual funcional) ↳Resistência e condutância da via aérea ↳Difusão pulmonar ao monóxido de carbono
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