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Milena Cardia Leme Medicina Unisa Turma LX 23.09.2021 Fisiologia Fisiologia do Sistema Respiratório PARTE III REGULAÇÃO DA VENTILAÇÃO- Controle neural ● Existem sensores que medem a variação do pH sanguíneo. ● No pulmão existe o espaço morto→ que é um espaço nas vias aéreas, de mais ou menos 150 mL de ar retido.. ● O volume corrente → é de 500mL. Nos alvéolos, apenas 350 mL desse volume chega realmente nele, pois já havia 150 mL de ar velho, e os 150mL do ar novo (dos 500mL) ficam retidos nas vias aéreas (no espaço morto). ● Então na expiração aqueles 150 de ar velho mais 350 do ar novo é expelido, e fica retido 150 de ar novo. ● inspirou 500mL, mas já havia 150mL de ar velho da última inspiração, quando chega esses 500mL, é empurrado os 150mL antigo e soma aos 350mL do ar novo, esses 500mL( ar velho e novo) vão ser expelidos e fica retido 150mL do ar novo nas vias aéreas, o qual vai ser o ar velho na próxima inspiração somando com 350mL dos 500mL de ar novo que vai entrar… assim por diante. ● sempre vai ficar retido 150mL de ar no espaço morto nas vias aéreas. ● VENTILAÇÃO PULMONAR: volume de ar inspirado e expirado por minuto. → ventilação pulmonar = volume x frequência respiratória ● VENTILAÇÃO ALVEOLAR: volume de ar trocado entre a atmosfera e os alvéolos por minuto. → ventilação alveolar = (volume corrente-espaço morto) x frequência respiratória. ● Como funciona o sistema nervoso, para poder entender o funcionamento da respiração? ● O controle da respiração está no TRONCO ENCEFÁLICO (mesencéfalo, bulbo e ponte), e é no bulbo e na ponte que estão centros de controle respiratórios. ● Ao longo do corpo há os receptores sensoriais, que são neurônios responsáveis pelas vias aferentes → como colocar o dedo numa superfície quente, esses receptores sensoriais transformam em potenciais de ações a informação, levam para o sistema nervoso central, que envia a resposta para um órgão efetor, via neurônio eferente. ● Esses neurônios sensoriais podem ser termorreceptores, baroceptores, receptores de distensão (bexiga), quimioceptores, nociceptores, osmorreceptores, mecanoceptores, proprioceptores etc ● Os corpos carotídeos na aorta são formados por quimiorreceptores, que levam a informação para o centro respiratório, uma via aferente. Que responde através do nervo frênico e os nervos intercostais, manda informação para os mm respiratórios, via eferente. ● Emoções e controle voluntário atingem centros específicos superiores, nesse caso, a intenção é planejar no cérebro uma atividade, que está no sistema límbico (memória), mandando a informação para o bulbo e a ponte poder realizar → tocar um instrumento de sopro. ● Já a pressão parcial do CO2 é captado pelos quimiorreceptores bulbares e levado a informação diretamente ao bulbo e para ponte, principalmente, mas também podem ser captados pelos quimiorreceptores carotídeos e aórticos, que levam a informação primeiro pra neurônios sensoriais aferentes e posteriormente para bulbo e ponte, há uma mudança de caminho dessa informação, mas que sempre chega no centro de controle respiratório. ● Já as variações do pH e pressão parcial do O2 é captado por quimiorreceptores carotídeos e aórticos e levados a neurônios sensoriais aferentes até a ponte e o bulbo. ● A resposta do bulbo e ponte → manda as informações para neurônios motores que controlam os músculos respiratórios. GRUPOS RESPIRATÓRIOS: ● PONTE: GRP → Grupo Respiratório Contínuo ● BULBO: GRV é o ventral( essencialmente expiratórios) e o GRD é o dorsal (essencialmente inspiratório). ● No GRV há o complexo pré- botzinger que são neurônios autoexcitáveis, que fazem a gente respirar sem pensar nisso, uma atividade “involuntaria”, mantendo o ciclo respiratório, cada vez que eles disparam se realiza um ciclo. ● Ao tocar um instrumento de sopro, você tem isso memorizado, foi aprendido e agora se reproduz → é uma informação intencional vinda dos centros superiores que passam para o GRP da ponte e passa para o GRV no bulbo, para realizar a ação. ● Aumentar a frequência respiratória significa que vc vai requisitar cada vez mais fibras musculares que promovem o aumento da caixa torácica na inspiração, na expiração há uma mudança abrupta com o relaxamento desses músculos, porque esses neurônios foram bloqueados não exitando mais os músculos, assim como mostra a imagem. ● O nervo glossofaríngeo e o vago → levam a informação dos quimiorreceptores carotídeos e aórticos para o tronco encefálico, via aferente. ● Como esse quimiorreceptor percebe essa variação?? ● Um quimioreceptor carotídea, por exemplo, possui as chamadas células glomais. ● Essas células possuem um canal iônico de potássio, que quando a pressão parcial do oxigênio é baixa o canal fica pouco ligado a esse gás, fazendo com que eles se fechem, acumulando o potássio dentro da célula, assim ela se despolariza, fazendo com que abra canais de cálcio voltagem dependentes, entrando o cálcio dentro da célula que vão promover a fusão de vesículas que faz exocitose de neurotransmissores que ligam aos neurônios e promovem potencial de ação que mandam o sinal para o centros bulbares, e assim aumentam a ventilação. ● Os epitélios que habitam o cérebro formam a barreira hematoencefálica→ possuem muitas junções celulares do que as dos outros lugares. Quase nada passa. ● As células da glia são as células mais abundantes do sistema nervoso, tem mais elas do que neurônios ● os astrócitos controlam a permeabilidade também, aporte metabólito, etc ● Na região do bulbo tem um quimiorreceptor central que manda sinalização direto pro centro de controle respiratório, pois o CO2 consegue passar a barreira hematoencefálica. Então no líquido cefalorraquidiano, o que consegue passar da barreira é o gás carbônico, assim o aumento da pressão parcial do CO2, faz com que o gás ultrapasse e difunda nos líquidos. A anidrase carbônica forma o bicarbonato e o íons H+, o qual vai agir no quimiorrecepção central que atuam no centro de controle respiratório, elevando a ventilação. ● funcionamento dos quimiorreceptores centrais/bulbares ● resumo: no sangue arterial → quimiorreceptores periféricos → são capazes de detectar a variação da pp do O2 (quando cair abaixo dos 60 mmHg) e o aumento da pp do CO2, pois diminui o pH do sangue. ● no líquido cerebroespinhal → quimiorreceptores centrais → respondem o aumento da pressão parcial do CO2 que age diretamente centralmente, que vai ser detectado, e aumentar a ventilação. ● Tanto os periféricos como os centrais enviam a informação ao centro de controle respiratório que faz aumentar a ventilação.
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