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1 13/09/2021 Professor Enrique Antônio Covarrubias Loayza Bactérias São classificadas em gram positivas e gram negativas. As bactérias também podem ser classificadas pela forma. A bactéria gram positiva tem uma parede de peptidoglicanos espessa. Gram positivas aeróbias Streptococcus pyogenes Streptococcus agalactiae Streptococcus viridans Staphylococcus aureus Espécies de Enterococcus Corynebacterium Nocardia Bacillus (não-anthracis) Gardnerella Listeria Gram negativas aeróbias Enterobacteriaceae Escherichia coli Klebsiella Providencia Salmonea Shigella- Enterobacter Citrobacter- morganella Bruxelas Helicobacter pylori Pseudomonas aeruginosa Haemophilus Cocos gram positivos Peptostreptococcus spp. Cocos gram negativos Megasphaera Veillonella Cocos bacilos- positivos Actinomyces Bifidobacterium Clostridium Eubacterium Lactobacillus Propionibacterium Cocos bacilos- negativos Bacteroides Bilophila Fusobacterium Porphyromonas Doenças Bacterianas 2 Prevotella Outras bactérias clinicamente importantes Mycoplasmataceae Mycoplasma Ureaplasma Spirochaetaceae Borremos Treponema Leptospiraceae Leptospira Chlamydiaceae Chlamydia Ureaplasma Outras espécies Coxiella Ehrlichia Rickettsia A principal bactéria de interesse clínico são os Staphylococcus. ● S. Aureus: hemólise e coagulase positivos Mecanismo patogênico: é uma bactéria piogênica (formadora de pus - glóbulos brancos mortos). Promove destruição tissular, disseminação sanguínea e toxinas. Características: gram positiva com forma de cacho de uva Virulência (doenças graves); diferenciação (doenças diferentes); persistência e resistência. Colonizam a pele humana, a vagina, a nasofaringe e o trato gastrintestinal. 10-35% é de colonização persistente, com furúnculos ou terçol. A doença invasiva é geralmente causada pela cepa que coloniza: 2% dos pacientes institucionalizados (casas de repouso) 37% dos pacientes em pós operatório. Associação com qual doença? Síndrome da pele escaldada —> toxinas (SSSS) esfoliativo A e B: a pele rompe! ● Sinal de Nikolsky Esse sinal é bem “famoso” na dermatologia para pesquisa e diagnóstico de algumas doenças na pele. Esse sinal consiste em pressionar a lesão de pele perilesional com o dedo, tentando deslocar (parcial ou totalmente) a epiderme. Quando há deslocamento o sinal é positivo. Infecções cutâneas: Foliculite Abscesso: todo abscesso tem que ser drenado. Não funciona antimicrobiano em abscesso porque é uma pH ácido. Abscesso menor que 5 cm têm que ser drenado. Para prescrever antibiótico o abscesso tem que ser maior que 5 cm. Impetigo: quadro associado a edema local, adenopatia regional, febre e bacteremia, além da formação de bolhas/vesículas que podem aparecer em qualquer parte do corpo. O agente etiológico pode ser o Streptococcus e Staphylococcus. Furúnculo Carbúnculo: quadro associado a febre, leucocitose, dor extrema e prostração. Têm que drenar. Estigma é uma lesão do tipo cicatriz também causada por S. Aureus. Paroníquia: lesões piogenica em região periungueal. Celulite: é a infecção profunda da pele. Erisipela: infecção superficial da pele. Por que diabéticos fazem mais infecções? Porque diabético não tem boa circulação sanguínea e carência de insulina (importante para a síntese de proteínas, poucas imunoglobulinas, pouca opsonização e pouca apoptose). Endocardite Pneumonia: normalmente, é bilateral. Intoxicação alimentar (enterotoxina A e E), artrite séptica, osteomielite, síndrome pirexia extrema, síndrome do choque tóxico (toxina TSST 1 - vagina, sangue ou pele). 3 A síndrome do choque tóxico é causada pelo S. aureus produtor da toxina TSST 1 associada à menstruação e não associada Têm erupção de dois a três dias, eritema em palmas e plantas, erupção confluente e generalizada. Clínica: mialgia, cefaleia, febre, mal estar, diarreia aquosa, confusão, hipotensão e insuficiência de múltiplos órgãos. Na vagina da mulher há na microbiota S. aureus. Quando a mulher menstruada utiliza OB e esquece de retirá-lo por algum motivo promove um meio adequado para a proliferação exacerbada de S. aureus, o que promove o aumento da concentração das toxinas que essa bactéria produz. Dessa forma, é causada a síndrome do choque tóxico. Artrite séptica: tudo radiopaco no raio x é pus. Resistências S. aureus resistente a penicilina S. aureus resistente a meticilina MRSA S. aureus resistente intermediária a vancomicina VISA S. aureus resistente a vancomicina VRSA S. aureus resistente multirresistentes —> Cefalosporinas de quinta geração. ● S. Epidermidis: coagulase negativo Membro da microbiota normal da pele. Patógeno oportunista com defesas comprometidas Produção do biofilme Infecta pela aderência a materiais estranhos e sintéticos cateteres intravasculares e próteses articulares ● S. Saprophyticus: coagulase negativo Infecção urinária: segunda causa de infecção urinária. Geralmente, relacionado com relações sexuais. Apresenta fatores de aderência especiais para o epitélio do trato urinário ● S. Lugdunense Estreptococos e Enterococos Morfologia de fila Streptococci hemolítico - faz hemólise completa Streptococcus pyogenes (A streptococci) - beta-hemolítico, bacitracin sensível Streptococcus agalactiae (B streptococci) - beta- hemolítico, bacitracin resistente C streptococci G streptococci Streptococcus pneumoniae - grupo alfa hemolítico, faz hemólise parcial. Optoquina sensível, solúvel na bile e têm cápsula. Streptococcus viridans, S. mutans, S. sanguis - grupo alfa hemolítico, faz hemólise parcial. Optoquina resistente, insolúvel na bile e não tem cápsula. Streptococcus bovis Enterococci (enterococcus) - são os gama hemolíticos, não fazem hemólise E. faecalis E. faecium 4 Hemólise beta é uma hemólise grande Hemólise alfa é uma hemólise pequena A maioria dos estreptococos são sensíveis à penicilina, sendo o tratamento de escolha. Doenças primárias dos estreptococos - Erisipela - Úlceras aftosas - Abscesso - Impetigo - Pneumonia - Sepse puerperal - Faringite Infecções secundárias dos estreptococos - Meningites - Endocardites bacterianas agudas - Septicemia Complicações não infecciosas - Febre reumática - Escarlatina - Glomerulonefrite Streptococcus pyogenes do grupo A Portador assintomático Encontrado na orofaringe e narina, por invasão direta e inflamação Infecções de orofaringe, feridas e queimaduras, sepse puerperal Disseminação local: erisipela Disseminação a distância: sepse Efeitos tóxicos sistêmicos: escarlatina Mecanismos imunes: febre reumática Que doenças o Streptococcus pyogenes está associado? Meningite, faringite, sinusite, tonsilite, adenite, otite, pneumonia, escarlatina (toxina A, B e C - língua em morango), piodermite, erisipela, impetigo, celulite, fasciíte necrotizante, miosite, febre puerperal, artrite séptica, osteomielite, síndrome de choque tóxico estreptocócico (TSS), bacteremia, febre reumática e glomerulonefrite. Febre reumática Cardite - pancardite Artrite migratória poliarticular Nódulos subcutâneos Eritema marginado Coréia de Sydenham Na faringite associada ao S. pyogenes pode-se encontrar edema faríngeo significativo, muitas petéquias palatinas e uvulares, além de linfonodos cervicais. Pode ser observada a escarlatina. A faringite também pode ocorrer pelo S. anginosus. Infecção por S. pyogenes Clima frio Clima quente Infecção estreptocócica faríngea Infecção estreptocócica cutânea
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