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Papilomavirus Humano (HPV)

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LUANA PASTORE – T4 1 
Especialidades Clínico-Cirúrgicas – Papilomavírus 
Humano (HPV) 
 
 
Papilomavírus humano (HPV), infecção 
sexualmente transmissível mais comum, é 
uma causa de displasia e câncer anal. Os cerca 
de 40 subtipos de HPV que podem causar 
infecções anogenitais estão divididos em tipos 
de baixo risco, que causam verrugas anais, e 
tipos de alto risco, que podem causar displasia 
e câncer anal. 
 
Verrugas Anais 
 
Manifestações Clínicas e Diagnóstico 
Verrugas anais podem ocorrer na pele perianal 
e dentro do canal anal. As lesões são elevadas, 
epitelizadas (quando externas) e com base 
estreita. Podem aparecer como verrugas 
individuais esparsas ou como uma massa 
confluente. 
 
 
 
Tratamento 
Verrugas externas podem ser tratadas com 
podofilina tópica ou o imiquimod, mas as 
verrugas extensas geralmente exigem excisão 
cirúrgica ou fulguração. Verrugas não tratadas 
podem, raramente, evoluir para tumores 
Bushke-Löwenstein gigantes. 
 
 
Tumor de Bushke-Löwenstein 
 
Câncer Anal 
 
Manifestações Clínicas e Diagnóstico 
Os sintomas mais comuns de câncer anal são 
sangramento, dor e uma massa palpável. O 
câncer pode ser visto externamente como uma 
massa ulcerada ou palpado no canal anal. As 
lesões displásicas anais podem aparecer como 
verrugas anais ou planas, lesões pigmentadas, 
ou podem ser invisíveis a olho nu. Para 
diagnóstico, é necessário fazer biópsia da 
região acometida. 
 
A terminologia de câncer anal é complexa, mas 
a maioria dos tumores (incluindo os 
carcinomas epidermoides, cloacogênico e 
basocelular) é uma variante do carcinoma de 
células escamosas. O carcinoma de células 
escamosas do ânus é dividido em dois grupos, 
com base na localização do tumor: cânceres de 
margem anal (estendendo-se do orifício anal 
LUANA PASTORE – T4 2 
por até 5cm) e os cânceres do canal anal. 
Tumores externamente visíveis, mas que se 
estendem para dentro do canal anal, são 
considerados lesões do canal anal. 
 
Tratamento 
Indivíduos de alto risco são triados com 
esfregaço de Papanicolau anal, e a microscopia 
anal de alta definição é realizada se detecta 
citologia anormal. Usando essa técnica, as 
lesões displásicas podem ser identificadas e 
focalmente suprimidas ou tratadas com 
imiquimod tópico. Displasias mais extensas 
requerem ablação dirigida por microscopia 
direta, na sala de operações. 
 
Atualmente, a quimiorradioterapia é padrão 
de tratamento de primeira linha contra o 
câncer de células escamosas do canal anal. 
Reserva-se uma ressecção abdominoperineal 
com colostomia permanente aos tumores que 
não respondem à quimiorradioterapia e 
àqueles que recidivam. De modo semelhante, 
a dissecção na virilha é realizada apenas 
quando estão envolvidos linfonodos inguinais 
e falha na quimiorradioterapia. 
 
Os cânceres de células escamosas precoces da 
margem anal podem ser excisados localmente, 
se for possível obter uma margem satisfatória 
sem prejudicar o esfíncter anal e se não houver 
nenhuma evidência de disseminação 
linfonodal. Tumores da margem anal mais 
avançados são tratados com 
quimiorradioterapia, como descrito para 
tumores do canal anal. 
 
Referências 
Goldman Cecil Medicina – 24ª edição, Volume 
1 – Capítulo 147, Páginas 3167-3170.

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