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Fistula Anal

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LUANA PASTORE – T4 1 
Especialidades Clínico-Cirúrgicas – Fístula Anal 
 
 
A fístula anal representa a forma crônica de 
um abscesso perianal. A doença é duas e três 
vezes mais comum nos indivíduos do sexo 
masculino. 
 
Fisiopatologia 
Após drenagem de um abscesso perianal, há 
50% de chance de que a abertura interna – o 
local e a linha denteada onde a glândula 
infectada se originou – permaneça patente, 
deixando, assim, uma fonte de infecção 
recorrente. 
 
 
 
Fístulas são caracterizadas por sua relação 
com o complexo esfincteriano. A fístula mais 
simples é a interesfincteriana – localizada no 
plano entre os músculos dos esfíncteres 
interno e externo. Fístulas transesfinctéricas, 
quando atravessam ambos os músculos do 
esfíncter, tanto o interno quanto o externo, 
são classificadas como fístulas baixas, se 
atravessam apenas o esfíncter externo distal, 
ou fístulas altas, quando atravessam as 
porções mais proximais do esfíncter externo. 
Fístulas supraesfincterianas fazem uma alça ao 
longo de todo o complexo esfincteriano. As 
fístulas extraesfincterianas têm aberturas 
internas distantes da linha pectínea; a maior 
parte tem origem em um abscesso pélvico 
causado por um apêndice rompido, 
diverticulites ou doença de Crohn. A fístula em 
ferradura possui aberturas externas de ambos 
os lados do plano sagital médio. 
 
Manifestações Clínicas e Diagnóstico 
Fístulas anais podem apresentar-se como 
abcessos recorrentes no mesmo local que o 
original e, algumas vezes, como uma 
drenagem purulenta persistente a partir de 
um local de abscesso que não cicatrizou 
completamente. Em qualquer um dos casos, 
permanece um trajeto entra a abertura 
externa e interna. 
 
O diagnóstico de uma fístula anal é 
estabelecido pelo histórico e pela visualização 
de uma abertura externa para a pele perianal. 
 
Tratamento 
O tratamento de fístulas anais é cirúrgico. A 
maioria das fístulas é curada com sua abertura, 
a fim de se eliminar a fonte original da infecção 
na abertura interna. O trajeto fistuloso 
cicatriza por segunda intenção. Em geral, as 
fístulas interesfincterianas e 
transesfincterianas baixas podem ser abertas 
quando o paciente apresentar continência 
basal normal e se não houver fatores que 
predisponham a episódios de diarreia ou 
fístulas recorrentes. 
 
LUANA PASTORE – T4 2 
O tratamento de fístulas altas representa um 
desafio. Quando uma fístula alta é 
identificada, muitas vezes o primeiro passo é a 
colocação de um sedenho, uma sutura ou 
outro material, que é introduzido no trajeto da 
fístula, para fora do ânus, e fixado nele. O 
sedenho garante que a abertura externa da 
fístula não vai cicatrizar, evitando o 
surgimento de um abscesso recorrente. Uma 
vez que o trajeto tenha “maturado”, ou seja, 
cicatrizes em torno do sedenho se tenham 
tornado fibrótica, as opções de tratamento 
para se eliminar a abertura interna incluem o 
uso avançado de um retalho endorretal para 
reparo e a obliteração do trajeto com cola de 
fibrina ou um tampão de colágeno. 
 
 
 
Referências 
Goldman Cecil Medicina – 24ª edição, Volume 
1 – Capítulo 147, Páginas 3159-3161.

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