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2º_Poliedro_ENEM_Digital_2020_-_Dia_1_-_Resolução

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1º DIA
GABARITOS E
RESOLUÇÕES
2020
GABARITOS E
RESOLUÇÕES
LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS 
TECNOLOGIAS
Questões de 01 a 45
Questões de 01 a 05 (opção inglês)
QUESTÃO 01
_ 
To Helen
Helen, thy beauty is to me
Like those Nicean barks of yore,
That gently, o’ver a perfumed sea,
The weary, wayworn wanderer bore
To his own native shore.
Disponível em: <https://www.poetryfoundation.org>. Acesso em: 19 maio 2020.
No fragmento do poema de Edgar Allan Poe, o eu lírico
A apresenta um herói de guerra em amores por Helen.
B canta grandes vitórias em batalhas de outrora.
C apresenta a personagem como responsável pela glória 
da Grécia.
D canta sua vitória por desposar uma mulher com 
tamanha beleza.
E enaltece a figura de Helen, comparando-a às belezas 
da Antiguidade Clássica.
GabariTO: E
Linguagens, Códigos e suas Tecnologias
C2H5
Na primeira, segunda e terceira linhas, vemos um eu lírico 
sensível que compara a figura feminina a belas imagens 
do mar brando e perfumado. Citando termos como “tua 
beleza”, “viajor exaurido em trajetória”, “Náiade”, remete-se 
a Helena de Troia, a mais bela entre as belas, conforme 
cânticos de Homero.
Alternativa A: incorreta. O eu lírico apresenta descrições 
de uma mulher de grande beleza, sem por ela demonstrar 
afeições.
Alternativa B: incorreta. O poema é descritivo da beleza 
de Helena sem menções a temas de guerra, somente a 
grandiosidade das cidades de Grécia e Roma.
Alternativa C: incorreta. O poema evidencia a beleza de 
Helena, sem nenhuma fuga para outro tema.
Alternativa D: incorreta. Não há descrição de vitória ou 
guerra no poema.
QUESTÃO 02
_ 
Mark, Todd, and Zola came to law school to change the 
world, to make it a better place. But now, as third-year students, 
these close friends realize they have been duped. They all 
borrowed heavily to attend a third-level, for-profit law school so 
mediocre that its graduates rarely pass the bar exam, let alone 
get good jobs. And when they learn that their school is one of 
a chain owned by a shady New York fund operator who also 
happens to own a bank specializing in student loans, the three 
know they have been caught up in The Great Law School Scam.
But maybe there’s a way out. Maybe there’s a way to escape 
their crushing debt, expose the bank and the scam, and make a 
few bucks in the process. But to do so, they would first have to 
quit school. And leaving law school a few short months before 
graduation would be completely crazy, right? Well, yes and no...
Disponível em: <https://www.goodreads.com>. Acesso em: 30 abr. 2019.
O texto refere-se ao livro Rooster Bar, a obra mais recente 
de John Grisham. Com a leitura, é possível perceber que as 
personagens
A são estudantes de Direito em uma instituição renomada.
B decidiram mudar de curso poucos meses antes da 
formatura.
C deixaram o idealismo de lado a fim de ganhar muito 
dinheiro.
D descobriram-se parte de um esquema de empréstimos 
estudantis.
E passaram no exame da ordem e já têm bons empregos 
garantidos.
GabariTO: D
Linguagens, Códigos e suas Tecnologias
C2H6
O trecho que comprova a resposta está no final do 
1o parágrafo do texto: “And when they learn that their school 
is one of a chain owned by a shady New York fund operator 
who also happens to own a bank specializing in student 
loans, the three know they have been caught up in The 
Great Law School Scam.” (E, quando eles descobrem que 
sua escola é parte de uma cadeia pertencente a um sombrio 
operador de fundos de Nova York que também é dono 
de um banco especializado em empréstimos estudantis, 
os três sabem que foram pegos na Grande Fraude das 
Escolas de Direito).
Alternativa A: incorreta. O texto diz que a instituição é de 
terceiro nível e medíocre. 
Alternativa B: incorreta. A pergunta no segundo parágrafo 
questiona se seria loucura abandonar o curso poucos 
meses antes de se formar, mas não fala em mudança de 
curso. 
Alternativa C: incorreta. O início do texto define os 
estudantes como idealistas, mas não menciona seu objetivo 
de ganhar muito dinheiro. 
Alternativa E: incorreta. O texto diz que os estudantes 
graduados naquela instituição raramente passam no 
exame da ordem e conseguem bons empregos.
QUESTÃO 03 
_ Código
Feeling sad or having a depressed mood.
Loss of interest or pleasure in activities once enjoyed.
Changes in appetite – weight loss or gain unrelated to 
dieting.
Trouble sleeping or sleeping too much.
Loss of energy or increased fatigue.
Increase in purposeless physical activity (e.g., 
hand-wringing or pacing) or slowed movements and speech 
(actions observable by others).
Feeling worthless or guilty.
Difficulty thinking, concentrating or making decisions.
Thoughts of death or suicide.
Disponível em: <https://www.psychiatry.org>. Acesso em: 30 dez. 2019.
A lista apresentada está relacionada ao tema depressão e 
corresponde a
A possíveis tratamentos para a doença. 
B fatores que levam uma pessoa a ter a doença. 
C outras doenças tão graves quanto a depressão. 
D sintomas apresentados por quem tem a doença. 
E dicas para quem auxilia no tratamento de pessoas com 
a doença. 
GabariTO: D
Linguagens, Códigos e suas Tecnologias
C2H5
Desde o primeiro item da lista (sentir-se triste ou depressivo), 
é possível perceber que ela se refere a sintomas de quem 
tem depressão.
Alternativa A: incorreta. Os itens da lista não são 
tratamentos para a depressão.
Alternativa B: incorreta. Os itens da lista não são causas 
da depressão.
Alternativa C: incorreta. Os itens da lista não são outras 
doenças.
Alternativa E: incorreta. Os itens da lista não são dicas de 
tratamento.
QUESTÃO 04
_ Código
The Fox and the Crow 
A Fox once saw a Crow fly off with a piece of cheese in its beak 
and settle on a branch of a tree. ‘That’s for me, as I am a Fox,’ said 
Master Reynard, and he walked up to the foot of the tree. ‘Good 
day, Mistress Crow,’ he cried. ‘How well you are looking today: 
how glossy your feathers; how bright your eye. I feel sure your 
voice must surpass that of other birds, just as your figure does; let 
me hear but one song from you that I may greet you as the Queen 
of Birds.’ The Crow lifted up her head and began to caw her best, 
but the moment she opened her mouth the piece of cheese fell to 
the ground, only to be snapped up by Master Fox. ‘That will do,’ 
said he. ‘That was all I wanted. In exchange for your cheese I will 
give you a piece of advice for the future. Do not trust flatterers.’ 
BROWN, Keith. Encyclopedia of Language and Linguistics. 2 ed. Elsevier Science, 2005.
Na fábula, Esopo apresenta uma lição de moral sobre não se 
deixar levar por bajuladores. Essa bajulação ocorrida no texto 
é representada pela frase
A ‘That’s for me, as I am a Fox,’
B ‘Good day, Mistress Crow,’
C ‘How well you are looking today’.
D ‘let me hear but one song from you’.
E ‘That will do’, said he. ‘That was all I wanted.’
GabariTO: C
Linguagens, Códigos e suas Tecnologias
C2H6
Toda fábula apresenta uma moral, neste caso, “Do not trust 
flatterers.” – Em tradução, “Não confie em bajuladores”. 
A raposa elogia a aparência do Corvo: “How well you are 
looking today” – “Como está com boa aparência hoje”.
Alternativa A: incorreta. “That’s for me, as I am a fox” – 
Isso é pra mim, como sou uma raposa.
Alternativa B: incorreta. “Good-day, Mistress Crow” – Bom 
dia, senhorita corvo.
Alternativa D: incorreta. “let me hear but one song from 
you” – Deixe-me ouvir uma canção sua.
Alternativa E: incorreta. “‘That will do’ said he. ‘That was 
all I wanted.’” (“Isso vai servir", disse ele. "Era tudo que eu 
queria.”).
QUESTÃO 05
_ 
This is a game-based app from one of the fastest growing 
brands in the world which boasts over 40 million active users from 
180 nations. Here, you can share exciting experiences, discover 
more games, and play in any language you like regardless of your 
age or device. Its mission is to make learning awesome. Indeed, 
it engages the heart, the body, and the mind, bringing a wild and 
powerful experienceright at your fingertips. Its straightforward 
features appeal to both students and educators because they reach 
beyond a typical classroom setting.
In Kahoot, you’ll find various sporting events, corporate 
powerhouses and all types of social and educational context. 
Teachers get to create fun games based on multiple choice 
questions. Then, students can register in the game rooms 
using any devices and special codes and compete with peers. 
The application of a game on real classroom questions is a 
way of encouraging students to perceive exams with a positive 
attitude. This also promotes group discussion creating what is 
called ‘campfire moments’. As such, students get to pursue their 
educational goals proactively by creating Kahoots. In essence, 
Kahoot is a wonderful tool for any teacher or student whether 
used as re-energizing technique or attention grabber.
Disponível em: <https://www.greenprophet.com>. Acesso em: 30 abr. 2019.
Esse texto apresenta uma ferramenta educacional chamada 
Kahoot. A relação entre os termos game, users e educational 
goals no texto refere-se ao ato de
A encorajar os alunos a focar mais no jogo do que nos 
estudos para as provas.
B criar uma disputa sobre o conteúdo escolar entre os 
educadores e os alunos.
C motivar os alunos a aprender novos idiomas para 
participar de jogos diferentes.
D aplicar um jogo para promover nos alunos uma atitude 
positiva em relação às provas.
E levar os alunos a formar equipes, inscrever-se e 
participar de vários tipos de eventos esportivos.
GabariTO: D
Linguagens, Códigos e suas Tecnologias
C2H5
O trecho do 2o parágrafo que comprova a resposta é: “The 
application of a game on real classroom questions is a way 
of encouraging students to perceive exams with a positive 
attitude.” (A aplicação de um jogo em perguntas reais de sala 
de aula é uma forma de encorajar os alunos a ver as provas 
com uma atitude positiva).
Alternativa A: incorreta. O texto não afirma que os alunos 
devem focar menos nos estudos para as provas.
Alternativa B: incorreta. O jogo não cria disputa entre 
educadores e alunos.
Alternativa C: incorreta. O texto apenas diz que o 
jogo está disponível em qualquer língua; não fala em 
necessidade de aprender idiomas. 
Alternativa E: incorreta. Segundo o texto, os eventos 
esportivos são usados como contexto do jogo, mas não há 
menção a times para competições esportivas de fato. 
LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS 
TECNOLOGIAS
Questões de 01 a 45
Questões de 01 a 05 (opção espanhol)
QUESTÃO 01
El cambio climático en España
[…] El cambio climático se ha instalado en España y sus 
efectos se notan ya, principalmente, en las temperaturas. Por 
ejemplo, el verano dura ahora de media en España casi cinco 
semanas más que a principios de los años ochenta. Y, además, 
es más caluroso. La Agencia Estatal de Meteorología (Aemet) 
y el Ministerio para la Transición Ecológica han presentado 
este martes un avance de los datos del proyecto Open Data 
Climático, que recoge algunas evidencias de los impactos del 
calentamiento global en España en los últimos 40 años.
Según los datos aportados por el ministerio, hay más de 
32 millones de personas en España directamente afectadas 
por las consecuencias. […]
Disponível em: <https://elpais.com>. Acesso em: 26 mar. 2020. (Adaptado)
Nota-se, pela leitura do texto, que “el cambio climático” é visto 
como
A consequência das ações dos ministérios.
B a causa das alterações do clima.
C consequência do aquecimento global.
D causa do aquecimento global.
E causa das ações humanas.
GabariTO: C
Linguagens, Códigos e suas Tecnologias
C2H6
Pela leitura do texto, é possível perceber que “el cambio 
climático”, que é a alteração do clima, é consequência do 
aquecimento global.
Alternativa A: incorreta. Os ministérios, por si só, não são 
os responsáveis pelas alterações do clima.
Alternativa B: incorreta. “El cambio climático” é a própria 
alteração climática, e não a causa disso.
Alternativa D: incorreta. A mudança climática é 
consequência do aquecimento global, e não a causa.
Alternativa E: incorreta. A mudança global é consequência 
das ações humanas que geram o aquecimento global.
QUESTÃO 02
Disponível em: <www.mundogaturro.com>. Acesso em: 19 maio 2020.
A intenção humorística da tirinha se dá pelo(a)
A onomatopeia utilizada no penúltimo quadrinho.
B jogo de palavras entre os verbos “sentir” e “sentar”.
C falta de vocabulário de Gaturro para convencer Ágatha.
D impaciência de Gaturro ao explicar seu sentimento a 
Ágatha.
E equívoco de Gaturro ao conjugar o verbo “sentar” como 
“siento”, no presente.
GabariTO: b
Linguagens, Códigos e suas Tecnologias
C2H6
Há um jogo de palavras com os verbos “sentir” e “sentar”, já 
que, ao serem conjugados no presente, possuem a mesma 
forma: “siento”.
Alternativa A: incorreta. A onomatopeia não gera humor 
na tirinha.
Alternativa C: incorreta. Gaturro apresenta conhecimento 
vocabular para convencer Ágatha.
Alternativa D: incorreta. Gaturro não se mostra impaciente, 
pelo contrário, demonstra paciência ao sentar e esperar.
Alternativa E: incorreta. O verbo “sentar” está corretamente 
conjugado no presente como “siento”.
QUESTÃO 03
_ 
Mi niña se fue a la mar
Mi niña se fue a la mar,
a contar olas y chinas,
pero se encontró, de pronto,
con el río de Sevilla.
Entre adelfas y campanas
cinco barcos se mecían,
con los remos en el agua
y las velas en la brisa.
¿Quién mira dentro la torre
enjaezada, de Sevilla?
Cinco voces contestaban
redondas como sortijas.
El cielo monta gallardo
al río, de orilla a orilla.
En el aire sonrosado,
cinco anillos se mecían.
GARCÍA LORCA, Federico. Disponível em: <http://blogs.utopia.org.br>. 
Acesso em: 26 mar. 2019.
No verso “pero se encontró, de pronto”, o termo em destaque 
indica algo que
A ultrapassou o limite.
B aconteceu tardiamente.
C passou despercebido.
D aconteceu de repente.
E aconteceu com dificuldade.
GabariTO: D
Linguagens, Códigos e suas Tecnologias
C2H5
A expressão “de pronto”, como é possível inferir no verso, 
apresenta significado de “de repente”, algo repentino.
Alternativa A: incorreta. Não cabe, no verso, o significado 
de passar do limite.
Alternativa B: incorreta. Não há menção de atraso contida 
na expressão.
Alternativa C: incorreta. Não há intenção de indicar algo 
despercebido, pelo contrário.
Alternativa E: incorreta. Não há significado de dificuldade 
no verso.
QUESTÃO 04
_ Código
El pueblo que esconde el secreto contra el alzhéimer
Así viven en Yarumal, una de las poblaciones de Colombia 
con miles de portadores del gen de la demencia precoz
Los habitantes de Yarumal creyeron, durante años, que 
se trataba de un embrujo. Los enfermos pensaban que les 
había caído una maldición que les condenaba a olvidar y, al 
fallecer, los sacerdotes registraban la causa de su muerte 
como "reblandecimiento de cerebro". Por estas regiones de 
Antioquia, en el noroeste de Colombia, nadie sabía qué era el 
alzhéimer. Lo que compartían miles de habitantes del pueblo, 
esa pérdida de la memoria en cuanto cumplían los 40 años, 
la falta de movilidad y el deterioro mental, la llamaban “una 
enfermedad puesta”. Para ellos, era un castigo.
Fue solo hace treinta años cuando el trabajo de los 
investigadores colombianos Francisco Lopera y Lucía 
Madrigal, del Grupo de Neurociencias de la Universidad de 
Antioquia (GNA), abrió una puerta para entender lo que estaba 
sucediendo en los pueblos de Yarumal, Ituango, Angostura y 
Belmira. Allí, miles de personas de 25 familias compartían algo 
más que un simple parentesco: tenían una mutación en el gen 
de la presenilina 1, por la cual desarrollan alzhéimer temprano. 
Con el tiempo, a esta se le llamó “la mutación paisa”.
[...]
Disponível em: <https://elpais.com>. Acesso em: 18 nov. 2019.
De acordo com o texto, os pesquisadores descobriram que
A a religião poderia ser a cura mais adequada para a 
doença.
B o parentesco era o que causava o Alzheimer nos mais 
idosos.
C se desenvolvia o Alzheimer pela precariedade escolardo local.
D a localização das cidades ajudava a causar a doença 
precocemente.
E se desenvolvia o Alzheimer precocemente, por causa 
de uma mutação genética.
GabariTO: E
Linguagens, Códigos e suas Tecnologias
C2H6
De acordo com o texto, “tenían una mutación en el gen de la 
presenilina 1, por la cual desarrollan alzhéimer temprano”. 
O trecho comprova que os pesquisadores descobriram 
que uma mutação genética era a causadora do Alzheimer 
precoce entre a população.
Alternativa A: incorreta. Não há referência à religião como 
cura da doença.
Alternativa B: incorreta. Não há referência ao parentesco 
como causador da doença, mas, sim, à mutação genética 
que ocorreu em comum.
Alternativa C: incorreta. Não há referência à precariedade 
escolar do local.
Alternativa D: incorreta. Não se fala da influência geográfica 
na doença.
QUESTÃO 05
_ Código
Oda al Dos de Mayo
Oigo, patria, tu aflicción,
y escucho el triste concierto
que forman, tocando a muerto,
la campana y el cañón;
[…]
GARCÍA, Bernardo López. Disponível em: 
<https://www.poetasandaluces.com>. Acesso em: 18 nov. 2019.
Diante da expressão dos versos, pode-se inferir que eles 
fazem referência a um(a)
A situação de migração.
B cenário de pobreza.
C cenário de guerra.
D surto de doença.
E crise política.
GabariTO: C
Linguagens, Códigos e suas Tecnologias
C2H7
Ao falar da pátria aflita e “tocando a muerto / la campana y 
el cañón”, nota-se a referência feita a um cenário de guerra, 
tendo o sino “da morte” e o canhão “tocando” ao mesmo 
tempo.
Alternativa A: incorreta. Não há referência à situação de 
migração.
Alternativa B: incorreta. Não há vocabulário que comprove 
referência à pobreza.
Alternativa D: incorreta. Não há referência a doenças no 
texto.
Alternativa E: incorreta. Pelas palavras usadas, não há 
referência política.
Questões de 06 a 45
QUESTÃO 06
_ Código
Dia seguinte, manhã alteando para os lados do mar, Benedita, 
já desobrigada que, quando a noite andava a meio, o Chico de 
Ifigênia, embora muito engrossado nos panos pela imprudência 
do atraso, rompeu galhardias, embandeirado de todo, para 
alegria das duas, ela falou para o coronel-padrinho Tuniquinho 
Marimbondo, aquela hora já de plantão no corredor da fazenda, 
em atalaia enxerida para saber notícias da doença de Ifigênia:
— A moça já tá bem mai mio, nhô, sim, cum a graça de Deus! 
A fevre já passo, meu sinhô. Mai essa menina percisa é se casá 
que já tá no tempo... Percisa é de ranjá um marido que essas 
fevres má, panhada nos banho de água malina, só passa mermo, 
no que se diz passá de um todo, é cum marido dento de casa.
SANTOS, J. C. Benedita Torreão da Sangria Desatada. Rio de Janeiro: Fundação Ceciliano 
Abel de Almeida, 1983 (Adaptado).
No fragmento, observa-se que o narrador apresenta a fala 
da personagem em uma linguagem que a caracteriza. Essa 
variação linguística tem o intuito de demonstrar um(a)
A modo de falar errado, o que denota inferioridade.
B problema de comunicação por parte do interlocutor.
C linguagem social própria de determinada comunidade.
D uso de uma linguagem inadequada ao se dirigir ao 
patrão.
E desconhecimento da língua e da fala de forma 
desconexa.
GabariTO: C
Linguagens, Códigos e suas Tecnologias
C8H25
No fragmento, o não atendimento à norma-padrão 
da língua portuguesa é uma forma de tornar visível a 
situação socioeconômica de Benedita, inferior à do coronel 
Tuniquinho Marimbondo. Ela fala como aprendeu em sua 
comunidade, demonstrando que não teve uma educação 
formal em escolas. 
Alternativa A: incorreta. Não existe o certo e o errado 
numa língua, o que existe são maneiras diferentes de falar.
Alternativa B: incorreta. O fato de usar uma variedade 
popular da língua não quer dizer que ela apresenta um 
problema de comunicação.
Alternativa D: incorreta. A fala de Benedita não é 
inadequada, ela apenas não segue a norma-padrão da 
língua. 
Alternativa E: incorreta. Benedita desconhece apenas 
a norma-padrão da língua e fala de forma perfeitamente 
compreensível. 
QUESTÃO 07
_ Código
O bullying é um problema social mundial que acontece, na 
maioria das vezes, com crianças e dentro do ambiente escolar. 
O que quase ninguém sabe é que as relações familiares podem 
influenciar diretamente o envolvimento de estudantes com 
o bullying. 
Os resultados da pesquisa da Escola de Enfermagem da 
USP mostraram que os estudantes sem envolvimento com o 
bullying tinham melhores interações familiares, demonstradas 
pelo cuidado, afeto e boa comunicação com os pais, que, por 
sua vez, mantinham boa relação conjugal. Além disso, os pais 
desses estudantes estabeleciam regras dentro de casa, como 
também supervisionavam seus filhos, sabendo onde eles 
estavam nas horas livres. 
De acordo com a pesquisa, as famílias dos estudantes 
envolvidos com bullying são consideradas menos funcionais. 
Isso quer dizer que elas não colaboram com o crescimento dos 
sentimentos positivos, não realizam boa comunicação entre os 
moradores da casa, assim como não auxiliam nas tomadas de 
decisões de forma saudável, ou seja, tendo como base a troca 
de ideias de forma conjunta ao invés da imposição. [...]
Disponível em: <https://jornal.usp.br>. Acesso em: 20 nov. 2019. (Adaptado).
Considerando o texto lido, pode-se afirmar que a reportagem
A define o bullying como um processo dissociado da 
relação familiar.
B critica a relação estabelecida entre filhos agressivos e 
pais permissivos.
C condena o posicionamento das famílias que não atuam 
na educação dos jovens. 
D revela a importância da qualidade da relação entre 
filhos e pais na prevenção do bullying.
E opõe-se ao tratamento que muitos jovens recebem de 
suas famílias estruturadas e atenciosas.
GabariTO: D
Linguagens, Códigos e suas Tecnologias
C1H3
O texto aponta para o fato de que estudantes que têm bom 
relacionamento com os pais são pessoas que não praticam 
bullying na escola, pois sentem-se acolhidos, ouvidos, 
amados e principalmente orientados. Além disso, os pais 
desses estudantes estabelecem regras e os supervisionam, 
sabendo onde eles estão e o que fazem.
Alternativa A: incorreta. O texto diz o contrário. O bullying 
está associado à educação que os pais dão aos filhos, pois 
a pesquisa revela que os estudantes sem envolvimento 
com o bullying tinham melhores interações familiares, 
como comprova o texto: “Os resultados mostraram que 
os estudantes sem envolvimento com o bullying tinham 
melhores interações familiares, demonstradas pelo 
cuidado, afeto e boa comunicação com os pais, que, por 
sua vez, mantinham boa relação conjugal. Além disso, os 
pais desses estudantes estabeleciam regras dentro de 
casa, como também supervisionavam seus filhos, sabendo 
onde eles estavam nos tempos livres”.
Alternativa B: incorreta. O texto não faz uma crítica, 
mas aponta os dados de uma pesquisa sobre o efeito da 
qualidade das relações familiares em seus filhos, já que 
isso impacta na experiência estudantil e do comportamento 
dos jovens na escola, como comprova o texto: “Os 
resultados mostraram que os estudantes sem envolvimento 
com o bullying tinham melhores interações familiares, 
demonstradas pelo cuidado, afeto e boa comunicação com 
os pais, que, por sua vez, mantinham boa relação conjugal. 
Além disso, os pais desses estudantes estabeleciam 
regras dentro de casa, como também supervisionavam 
seus filhos, sabendo onde eles estavam nos tempos livres. 
De acordo com o pesquisador, as famílias dos estudantes 
envolvidos com bullying são consideradas menos 
funcionais”.
Alternativa C: incorreta. O texto não condena o 
posicionamento das famílias, mas informa o leitor sobre os 
efeitos de uma boa relação para a formação e atuação dos 
jovens na sociedade estudantil, como comprova o texto: “Os 
resultados mostraram que os estudantes sem envolvimento 
com o bullying tinham melhores interações familiares, 
demonstradas pelo cuidado, afeto e boa comunicação com 
os pais, que, por sua vez, mantinham boa relação conjugal. 
Além disso, os pais desses estudantesestabeleciam regras 
dentro de casa, como também supervisionavam seus filhos, 
sabendo onde eles estavam nos tempos livres. De acordo 
com o pesquisador, as famílias dos estudantes envolvidos 
com bullying são consideradas menos funcionais”.
Alternativa E: incorreta. O texto não se opõe a nenhuma 
família, apenas informa que filhos de famílias mais bem 
estruturadas, que acompanham a vida escolar dos 
filhos, acabam por contribuir com respeito e combate 
ao bullying nas escolas, já que seus filhos são pessoas 
que não participam da violência produzida na escola, 
como comprova o texto: “Os resultados mostraram que 
os estudantes sem envolvimento com o bullying tinham 
melhores interações familiares, demonstradas pelo 
cuidado, afeto e boa comunicação com os pais, que, por 
sua vez, mantinham boa relação conjugal. Além disso, os 
pais desses estudantes estabeleciam regras dentro de 
casa, como também supervisionavam seus filhos, sabendo 
onde eles estavam nos tempos livres. De acordo com o 
pesquisador, as famílias dos estudantes envolvidos com 
bullying são consideradas menos funcionais”.
QUESTÃO 08
_ Código
... O José Carlos está melhor. Lhe dei uma lavagem de 
alho e um chá de hortelã. Eu zombei do remédio da mulher, 
mas fui obrigada a lhe dar porque atualmente a gente se 
arranja como pode. Devido ao custo de vida, temos que voltar 
ao primitivismo. Lavar nas tinas, cozinhar com lenha.
... Eu escrevia peças e apresentava aos diretores de 
circos. Eles me respondia:
— É pena você ser preta.
Esquecendo eles que eu adoro a minha pele negra, e 
o meu cabelo rústico. Eu até acho o cabelo de negro mais 
iducado do que o cabelo de branco. Porque o cabelo de preto 
onde põe, fica. É obediente. E o cabelo de branco, é só dar 
um movimento na cabeça, ele já sai do lugar. É indisciplinado. 
Se é que existe reincarnações, eu quero voltar sempre preta.
JESUS, C. M. Quarto de despejo: diário de uma favelada. 
São Paulo: Círculo do Livro, [s.d.]. (Adaptado)
Na obra Quarto de despejo, de Carolina Maria de Jesus, há 
uma narradora-personagem que
A busca seu desenvolvimento acadêmico, por isso insiste 
em escrever peças para o circo.
B se conforma com a pobreza da favela porque acredita 
nos desígnios de Deus e do destino.
C se sente inferior pelo fato de ser negra, pobre e ter 
pouca ou nenhuma formação acadêmica.
D faz da palavra sua arma para mostrar as dificuldades 
da vida, embora desprovida de formação acadêmica. 
E usa um vocabulário rebuscado e inacessível à maior 
parte dos leitores, mas que não atende à norma-padrão 
da língua.
GabariTO: D
Linguagens, Códigos e suas Tecnologias
C8H26
Mesmo não dominando a norma-padrão da língua 
portuguesa (“lhe dei”, “eles me respondia”, “iducado”, 
“reincarnações”), a narradora-personagem revela a 
sua história por meio de sua escrita, mostrando suas 
dificuldades financeiras e o preconceito que enfrenta por 
ser negra.
Alternativa A: incorreta. Não há dados comprobatórios de 
que a narradora-personagem escreva peças para o circo 
com o intuito de obter formação acadêmica; aparentemente, 
ela o faz como resistência e para modificar suas condições 
de vida para melhor.
Alternativa B: incorreta. A narradora-personagem não 
se conforma com a pobreza, tanto que denuncia as 
dificuldades por que passa (“Lavar nas tinas, cozinhar com 
lenha”) e tem, na escrita, a possibilidade de transformar o 
mundo ao seu redor.
Alternativa C: incorreta. O último parágrafo deixa claro o 
orgulho que a narradora-personagem tem de sua cor.
Alternativa E: incorreta. A narradora-personagem não 
possui formação acadêmica, por isso sua escrita não 
atende à norma-padrão da língua portuguesa.
QUESTÃO 09
_ 
O legado de Mandela, 30 anos depois
[...] Havia 260 jornalistas espremidos no jardim da mansão 
onde Mandela dormira sua primeira noite em liberdade, 
depois de quase três décadas na prisão. Logo de início, o ex- 
-prisioneiro fez questão de exalar descontração. Contou piada 
e falou do seu café da manhã fora das grades. No cardápio, 
flocos de cereais, bacon, ovos e chá com leite. Quando um 
jornalista sul-africano se identificou e disparou a pergunta, 
Mandela, antes de responder, comentou: “Ah, então é você! Li 
vários de seus textos na prisão!”.
Em sua entrevista coletiva, o ex-prisioneiro enfatizou o 
caminho da pacificação. Descreveu a luta armada, opção de 
décadas anteriores, como “resposta à violência do apartheid”.
Mandela, o líder da luta contra o regime racista, transformou-
-se em Mandela, o conciliador e construtor da nova África 
do Sul. Desmontou o regime racista e impediu que o país 
mergulhasse numa guerra civil. Gravou marcas indeléveis na 
história contemporânea.
Disponível em: <https://www1.folha.uol.com.br>. Acesso em: 28 fev. 2020 (Adaptado).
Há recursos textuais que aproximam o interlocutor do 
momento da produção do discurso. Isso pôde ser alcançado 
na entrevista por meio da frase
A “o ex-prisioneiro fez questão de exalar descontração.”.
B “Ah, então é você! Li vários de seus textos na prisão!”.
C “o ex-prisioneiro enfatizou o caminho da pacificação.”.
D “Descreveu a luta armada, opção de décadas 
anteriores”.
E “Desmontou o regime racista e impediu que o país 
mergulhasse em uma guerra civil.”.
GabariTO: b
Linguagens, Códigos e suas Tecnologias
C6H18
A interjeição “Ah” na frase “Ah, então é você!” atualiza o 
tempo como se, ao ler, o leitor percebesse uma proximidade 
com o momento do discurso. 
Alternativa A: incorreta. A alternativa descreve o 
comportamento de Mandela.
Alternativa C: incorreta. Um de seus relatos o qual 
Mandela enfatizou.
Alternativa D: incorreta. Um dos depoimentos de Mandela 
na entrevista. 
Alternativa E: incorreta. Relato de um fato consequente 
após sua luta.
QUESTÃO 10
_ Código
Os usuários de ônibus e carros de passeio, devido às 
longas permanências em pé ou sentados na mesma posição, 
comumente sentem sintomas típicos de estresse, tais como 
batimentos cardíacos elevados e respirações curtas. Segundo 
o médico do esporte João Antonio da Silva Júnior, membro 
da Sociedade Mineira de Medicina e do Esporte e médico 
do Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Minas 
Gerais, os moradores de centros urbanos deveriam ser mais 
ativos, por isso ele recomenda a bicicleta.
“A bike é um dos aparelhos mais interessantes já criados 
– nos faz suar, o que nos leva a gastar calorias e perder peso. 
Com a bicicleta, nós também liberamos endorfina, que gera a 
sensação de prazer durante e depois do exercício”, detalha 
Silva Júnior.
O especialista ressalta a importância do exercício físico 
para o sistema cardiovascular, pois aumenta a respiração, 
dilata os vasos sanguíneos, melhora a circulação e diminui 
o estresse. Além disso, durante a pedalada, vários grupos 
musculares são trabalhados com um desgaste menor do que 
uma corrida ou um treino na academia.
Disponível em: <https://www.otempo.com.br>. Acesso em: 28 fev. 2020. (Adaptado).
De acordo com o texto, o uso periódico da bicicleta traz 
benefícios à saúde de quem a utiliza, contribuindo para
A melhorar a respiração e reduzir a endorfina.
B reduzir a quantidade de endorfina e perder peso.
C fortalecer a musculatura e desgastar as articulações.
D melhorar a circulação e fortalecer a musculatura. 
E aumentar a atividade aeróbica e reduzir a capacidade 
cardiorrespiratória.
GabariTO: D
Linguagens, Códigos e suas Tecnologias
C3H10
A utilização de bicicletas como alternativa de mobilidade 
urbana, além de aumentar a disposição, a queima de 
calorias e o bem-estar, melhora a condição física dos 
usuários.
Alternativa A: incorreta. O uso da bicicleta possibilita, no 
corpo humano, o aumento da endorfina.
Alternativa B: incorreta. O uso da bicicleta possibilita, no 
corpo humano, a liberação da endorfina.
Alternativa C: incorreta. A bicicleta oferece menor desgaste 
das articulações.
Alternativa E: incorreta. A prática frequente de atividades 
físicas auxilia na saúde cardiorrespiratória.
QUESTÃO 11
_ Código
Parece-me gente de tal inocênciaque, se nós 
entendêssemos a sua fala e eles a nossa, seriam logo cristãos, 
visto que não têm nem entendem crença alguma, segundo as 
aparências. E, portanto, se os degredados que aqui hão de 
ficar aprenderem bem a sua fala e os entenderem, não duvido 
que eles, segundo a santa tenção de Vossa Alteza, se farão 
cristãos e hão de crer na nossa santa fé, à qual praza a Nosso 
Senhor que os traga, porque certamente esta gente é boa e de 
bela simplicidade. E imprimir-se-á facilmente neles qualquer 
cunho que lhe quiserem dar, uma vez que Nosso Senhor lhes 
deu bons corpos e bons rostos, como a homens bons. E o fato 
de Ele nos para aqui trazer creio que não foi sem causa. E 
portanto Vossa Alteza, pois tanto deseja acrescentar a santa fé 
católica, deve cuidar da salvação deles. E prazerá a Deus que 
com pouco trabalho seja assim!
CAMINHA, P. V. A carta. Belém: NEAD; UNAMA, [s.d.].
Nesse trecho da carta de Pero Vaz de Caminha, está presente 
a ideia de
A idealização da terra.
B fundação nacionalista.
C catequização dos indígenas.
D preocupação com o trabalho.
E proximidade com a natureza. 
GabariTO: C
Linguagens, Códigos e suas Tecnologias
C5H15
A ideia de catequização dos indígenas está presente no 
trecho destacado da carta de Pero Vaz de Caminha, 
especialmente em “não duvido que eles, segundo a santa 
tenção de Vossa Alteza, se farão cristãos e hão de crer na 
nossa santa fé, à qual praza a Nosso Senhor que os traga, 
porque certamente esta gente é boa e de bela simplicidade. 
[...] E portanto Vossa Alteza, pois tanto deseja acrescentar 
a santa fé católica, deve cuidar da salvação deles”.
Alternativa A: incorreta. No trecho em destaque, não 
há menção à qualidade da terra, o que ocorre em outras 
passagens da carta de Caminha.
Alternativa B: incorreta. Na época do “descobrimento” do 
Brasil, o império português se expandia e se consagrava.
Alternativa D: incorreta. No trecho destacado, a ênfase 
não é dada ao trabalho dos indígenas, como comprova 
a passagem “se nós entendêssemos a sua fala e eles a 
nossa, seriam logo cristãos”.
Alternativa E: incorreta. A proximidade com a natureza 
não constitui a tônica do trecho destacado, como comprova 
a passagem “se nós entendêssemos a sua fala e eles a 
nossa, seriam logo cristãos”.
QUESTÃO 12
_ Código
TEXTO I
Quando pequena, eu achava natural não ter mãe; por 
alguns anos, bastou-me saber que fora boa e bonita, adoecera 
e tivera de nos deixar. Mas na adolescência sofri com essa 
privação; imaginava que, viva, minha mãe resolveria todos os 
meus problemas e desmancharia todas as minhas angústias. 
Minhas amigas tinham mães; para mim sobrara apenas Berta: 
uma moça de colônia, forte e despachada, mas que nada 
entendia de minha carência de afeto, e pensava resolver todos 
os problemas com uma boa risada. 
LUFT, L. Reunião de família. 13 ed. Rio de Janeiro: Record, 2004.
TEXTO II
Absorvendo-me na contemplação da manhã, penetrado de 
ternura, inclinei a cabeça para o ombro de Ema, como um filho, 
entrecerrando os cílios, vendo o campo, os tetos vermelhos 
como coisas sonhadas em afastamento infinito, através de um 
tecido vibrante de luz e ouro.
Desde essa ocasião, fez-se-me desesperada necessidade 
a companhia da boa senhora. Não! Eu não amara nunca assim 
a minha mãe. Ela andava agora em viagem por países remotos, 
como se não vivesse mais para mim. Eu não sentia a falta. Não 
pensava nela... Escureceu-me as recordações aquele olhar 
negro, belo, poderoso, como se perdem as linhas, as formas, 
os perfis, as tintas, de noite, no aniquilamento uniforme da 
sombra... Bem pouco, um resto desfeito de saudades para 
aquela inércia intensa, avassalando.
POMPEIA, R. O Ateneu. São Paulo: Moderna, 1983.
Com base na leitura dos trechos de Reunião de família, de 
Lya Luft, e de O Ateneu, de Raul Pompeia, conclui-se que, nas 
duas obras, há o(a)
A abandono familiar por livre escolha materna.
B aversão pela mãe e por qualquer pessoa que a 
representasse.
C necessidade de projeção da figura materna em outras 
mulheres.
D satisfação de poder contar com o apoio materno 
durante a infância.
E desinteresse por parte da mãe no período da infância 
e da adolescência.
GabariTO: C
Linguagens, Códigos e suas Tecnologias
C7H22
As personagens de Lya Luft e de Raul Pompeia, 
respectivamente, em decorrência da orfandade e do 
abandono, revelam-se carentes e projetam a figura materna 
em Berta (“uma moça de colônia, forte e despachada”) e 
em Ema (a esposa do diretor do Ateneu).
Alternativa A: incorreta. A personagem de Lya Luft foi 
privada da companhia da mãe em razão da morte desta.
Alternativa B: incorreta. As duas personagens projetam a 
figura materna em outra mulher.
Alternativa D: incorreta. As duas personagens são privadas 
dos cuidados maternais na infância, uma pela orfandade, 
outra pelo abandono.
Alternativa E: incorreta. A mãe da personagem de Reunião 
de família, de Lya Luft, faleceu (e não se desinteressou, 
como no caso da personagem de Raul Pompeia).
QUESTÃO 13
_ Código
Policarpo era patriota. Desde moço, aí pelos vinte anos, 
o amor da pátria tomou-o todo inteiro. Não fora o amor 
comum, palrador e vazio; fora um sentimento sério, grave e 
absorvente. Nada de ambições políticas ou administrativas; 
o que Quaresma pensou, ou melhor: o que o patriotismo o 
fez pensar foi num conhecimento inteiro do Brasil, levando-o 
a meditações sobre os seus recursos, para depois então 
apontar os remédios, as medidas progressivas, com pleno 
conhecimento de causa.
Não se sabia bem onde nascera, mas não fora decerto 
em São Paulo, nem no Rio Grande do Sul, nem no Pará. 
Errava quem quisesse encontrar nele qualquer regionalismo: 
Quaresma era antes de tudo brasileiro. Não tinha predileção 
por esta ou aquela parte de seu país, tanto assim que aquilo 
que o fazia vibrar de paixão não eram só os pampas do Sul 
com o seu gado, não era o café de São Paulo, não eram o ouro 
e os diamantes de Minas, não era a beleza da Guanabara, não 
era a altura da Paulo Afonso, não era o estro de Gonçalves 
Dias ou o ímpeto de Andrade Neves – era tudo isso junto, 
fundido, reunido, sob a bandeira estrelada do Cruzeiro. 
BARRETO, L. Triste fim de Policarpo Quaresma. Disponível em: 
<http://www.dominiopublico.gov.br>. Acesso em: 20 abr. 2019.
Com base no fragmento de Triste fim de Policarpo Quaresma, 
de Lima Barreto, o pensamento latente na personagem é o de
A comoção nacionalista, mas não tão profunda quanto a 
sua gana pelo poder.
B projeção no cenário nacional para, posteriormente, 
engajar-se na política.
C exaltação da setorização do Brasil, exaltando o melhor 
de cada região.
D união atrelado à indivisibilidade do território nacional.
E proteção dos interesses da sua cidade natal.
GabariTO: D
Linguagens, Códigos e suas Tecnologias
C5H17
No fragmento da obra Triste fim de Policarpo Quaresma, 
de Lima Barreto, verifica-se que Policarpo Quaresma 
tinha convicção de pertencer ao Brasil como um todo, não 
sendo de seu interesse a regionalização ou setorização 
do país: “Errava quem quisesse encontrar nele qualquer 
regionalismo: Quaresma era antes de tudo brasileiro. Não 
tinha predileção por esta ou aquela parte de seu país”.
Alternativa A: incorreta. Policarpo Quaresma era um 
brasileiro ufanista, sem interesse pelo engajamento político: 
“Nada de ambições políticas ou administrativas”.
Alternativa B: incorreta. Logo no início do fragmento, é 
negado qualquer interesse político por parte de Policarpo 
Quaresma: “Nada de ambições políticas ou administrativas”.
Alternativa C: incorreta. Pelo contrário, Policarpo 
Quaresma prega a união do país, exaltando-o exatamente 
enquanto unidade: “Não se sabia bem onde nascera, mas 
não fora decerto em São Paulo, nem no Rio Grande do 
Sul, nem no Pará. Errava quem quisesse encontrar nele 
qualquer regionalismo: Quaresma era antes de tudo 
brasileiro. Não tinha predileção por esta ou aquela parte 
de seu país”.
Alternativa E: incorreta. Policarpo Quaresma era um 
nacionalista convicto e não pregava os interesses deum 
local específico, mas de todo o país: “Errava quem quisesse 
encontrar nele qualquer regionalismo: Quaresma era antes 
de tudo brasileiro. Não tinha predileção por esta ou aquela 
parte de seu país”.
QUESTÃO 14
_ Código
Além, muito além daquela serra, que ainda azula no 
horizonte, nasceu Iracema.
Iracema, a virgem dos lábios de mel, que tinha os cabelos 
mais negros que a asa da graúna, e mais longos que seu talhe 
de palmeira.
O favo da jati não era doce como seu sorriso; nem a 
baunilha recendia no bosque como seu hálito perfumado.
Mais rápida que a corça selvagem, a morena virgem corria 
o sertão e as matas do Ipu, onde campeava sua guerreira 
tribo, da grande nação tabajara. O pé grácil e nu, mal roçando, 
alisava apenas a verde pelúcia que vestia a terra com as 
primeiras águas.
Um dia, ao pino do sol, ela repousava em um claro da 
floresta. [...]
Rumor suspeito quebra a doce harmonia da sesta. Ergue a 
virgem os olhos, que o sol não deslumbra; sua vista perturba-se.
Diante dela e todo a contemplá-la está um guerreiro 
estranho, se é guerreiro e não algum mau espírito da floresta. 
Tem nas faces o branco das areias que bordam o mar; nos 
olhos o azul triste das águas profundas. Ignotas armas e 
tecidos ignotos cobrem-lhe o corpo.
Foi rápido, como o olhar, o gesto de Iracema. A flecha 
embebida no arco partiu. Gotas de sangue borbulham na face 
do desconhecido.
ALENCAR, J. Iracema. Disponível em: <http://www.dominiopublico.gov.br>. 
Acesso em: 20 abr. 2019.
No trecho da obra de José de Alencar, o indígena é retratado 
com características idealizadas, expressas pela(s) 
A exuberância do cenário e da personagem descritos.
B linguagem enxuta, se utilizando de poucos adjetivos.
C comparações persuasivas dos elementos da natureza.
D objetividade do narrador em sua linguagem descritiva.
E verossimilhança dos elementos descritos 
cientificamente.
GabariTO: a
Linguagens, Códigos e suas Tecnologias
C5H15
A prosa poética se caracteriza pela presença de recursos 
da poesia num texto em prosa. No fragmento, os elementos 
poéticos ficam evidentes no ritmo cadenciado que o autor 
dá ao texto, na exploração dos adjetivos para descrever 
o cenário e a personagem Iracema, nas comparações, 
metáforas e prosopopeias presentes.
Alternativa B: incorreta. O narrador emprega uma 
linguagem de adjetivação farta repleta de figuras de 
linguagem.
Alternativa C: incorreta. As comparações são poéticas, 
exuberantes, com o objetivo de exaltar tanto o elemento 
humano como a natureza, sem o propósito de convencer 
o leitor. 
Alternativa D: incorreta. O narrador é bastante subjetivo, o 
que se confirma pela linguagem conotativa e emotiva. 
Alternativa E: incorreta. Não há verossimilhança nas 
descrições do narrador, tanto os elementos da natureza 
como Iracema são idealizados. 
QUESTÃO 15
_ Código
O guardinha foi chegando, fez uma cara compenetrada 
e disse que ia levar meu carro. Levar meu carro? Que é que 
eu fiz, se estou aqui parado, não é proibido estacionar neste 
lugar, que diabo de infração eu cometi? Então, com a cara 
mais séria deste mundo, ele disse que meu selo tinha sido 
violado [...].
Então ele me explicou: a placa tinha aquele araminho, não 
tinha? Pois o araminho era preso com um selinho de chumbo e 
o selinho de chumbo estava violadinho, quem ia preso era eu. 
SABINO, F. “Infrações”. In: Deixa o Alfredo falar! 15 ed. Rio de Janeiro: Record, 2000.
No trecho da crônica “Infrações”, de Fernando Sabino, o uso 
do diminutivo
A provoca aversão ao guarda. 
B aproxima o narrador e o guarda. 
C demonstra a simpatia do guarda. 
D evita que a multa seja lavrada pelo guarda. 
E ridiculariza o motivo da apreensão do veículo.
GabariTO: E
Linguagens, Códigos e suas Tecnologias
C8H26
O narrador considera abusiva a apreensão do veículo em 
razão de um arame da placa estar danificado. Assim, usa o 
diminutivo e a milimétrica descrição para apontar o quanto 
o fato é ridículo: “a placa tinha aquele araminho, não tinha? 
Pois o araminho era preso com um selinho de chumbo e o 
selinho de chumbo estava violadinho, quem ia preso era 
eu”.
Alternativa A: incorreta. A aversão é ao fato de ver o carro 
apreendido; não diz respeito ao profissional.
Alternativa B: incorreta. O narrador ironiza ou ridiculariza 
a fala do guarda e a razão da apreensão do carro.
Alternativa C: incorreta. Há ironia do narrador ao se referir 
à intervenção do guarda.
Alternativa D: incorreta. O uso do diminutivo não impede 
que a multa seja lavrada e o carro apreendido, mas revela 
uma crítica a tal fato.
QUESTÃO 16
_ Código
Pouco a pouco o ferro do proprietário queimava os bichos 
de Fabiano. E quando não tinha mais nada para vender, 
o sertanejo endividava-se. Ao chegar a partilha, estava 
encalacrado, e na hora das contas davam-lhe uma ninharia.
Ora, daquela vez, como das outras, Fabiano ajustou o gado, 
arrependeu-se, enfim deixou a transação meio apalavrada e foi 
consultar a mulher. Sinha Vitória mandou os meninos para o 
barreiro, sentou-se na cozinha, concentrou-se, distribuiu no chão 
sementes de várias espécies, realizou somas e diminuições. No 
dia seguinte Fabiano voltou à cidade, mas ao fechar o negócio 
notou que as operações de Sinha Vitória, como de costume, 
diferiam das do patrão. Reclamou e obteve a explicação habitual: 
a diferença era proveniente de juros.
Não se conformou: devia haver engano. Ele era bruto, sim 
senhor, via-se perfeitamente que era bruto, mas a mulher tinha 
miolo. Com certeza havia um erro no papel do branco. Não 
se descobriu o erro, e Fabiano perdeu os estribos. Passar a 
vida inteira assim no toco, entregando o que era dele de mão 
beijada! Estava direito aquilo? Trabalhar como negro e nunca 
arranjar carta de alforria!
O patrão zangou-se, repeliu a insolência, achou bom que 
o vaqueiro fosse procurar serviço noutra fazenda.
Aí Fabiano baixou a pancada e amunhecou. Bem, bem. 
Não era preciso barulho não. Se havia dito palavra à-toa, pedia 
desculpa. Era bruto, não fora ensinado. Atrevimento não tinha, 
conhecia o seu lugar. [...]
RAMOS, G. Vidas secas. 106 ed. Rio de Janeiro: Record, 2008.
Nesse trecho do romance Vidas secas, de Graciliano Ramos, 
há uma crítica ao(à)
A analfabetismo feminino.
B desconfiança do sertanejo.
C submissão da mulher ao marido.
D abuso de poder dos fazendeiros.
E regime escravocrata então em vigência.
GabariTO: D
Linguagens, Códigos e suas Tecnologias
C5H16
No fragmento da obra Vidas secas, de Graciliano Ramos, 
há uma crítica ao abuso de poder dos fazendeiros, que se 
valem da pobreza e da pouca instrução dos empregados 
para lucrar: inventam juros que não existem e, assim, tornam 
a relação de trabalho praticamente uma escravização. É o 
que comprova, especialmente, a passagem “Com certeza 
havia um erro no papel do branco. Não se descobriu o erro, 
e Fabiano perdeu os estribos. Passar a vida inteira assim 
no toco, entregando o que era dele de mão beijada! Estava 
direito aquilo? Trabalhar como negro e nunca arranjar carta 
de alforria!”.
Alternativa A: incorreta. A crítica, na obra, é contra o 
analfabetismo de modo geral, sem especificação de gênero.
Alternativa B: incorreta. O sertanejo tinha razão para 
desconfiar do patrão.
Alternativa C: incorreta. Sinha Vitória era quem sabia 
fazer as contas, de modo que não é submissa a Fabiano.
Alternativa E: incorreta. O regime escravocrata já havia 
terminado em 1888, com a promulgação da Lei Áurea.
QUESTÃO 17
_ Código
TEXTO I
A
havelaar | D
ream
stim
e.com
Marcel Duchamp, Roda de bicicleta, 1913, aço e madeira, 1,3 m × 64 cm × 42 cm, 
Museu de Arte Moderna de Nova York, Nova York, EUA.
TEXTO II
A palavra “dada” é de origem francesa e significa “cavalo 
de pau”. Mas qual a relação entre esse tipo de brinquedo e 
a arte? Nenhuma. A falta de sentido e de relação obrigatória 
entre as coisas é justamente uma das principais características 
do Dadaísmo, por isso o movimento leva tal nome. Não existia 
uma padronização, uma arte institucionalizada: valorizava-se 
o absurdo, oirreverente artístico e a crítica social.
Disponível em: <https://www.historiadetudo.com/dadaismo>. 
Acesso em: 28 fev. 2018.
Esse movimento utilizava formas despadronizadas, 
irreverentes e ilógicas com a pretensão de
A usar técnicas inovadoras em um estilo menos subjetivo.
B escolher cuidadosamente materiais e formas aceitos 
pela academia.
C explorar elementos do cotidiano, elevando-os à 
condição de obras de arte.
D aplicar, de maneira radical, o conceito clássico conforme 
um ideal do que é belo na arte.
E incorporar as transformações tecnológicas, valorizando 
o dinamismo da arte contemporânea.
GabariTO: C
Linguagens, Códigos e suas Tecnologias
C4H12
O ready-made é uma criação de Marcel Duchamp, em que 
o artista se apropria de objetos comuns de uso cotidiano e 
os eleva à condição de obra de arte, dando-lhes um novo 
significado.
Alternativa A: incorreta. Os artistas do Expressionismo 
abstrato, rompem com a tradicional arte dos cavaletes, 
elegendo como suporte a parede ou o chão e focando nas 
emoções e expressões humanas.
Alternativa B: incorreta. Marcel Duchamp não tinha 
preocupação com o formato dos objetos nem em determinar 
o que era ou não fundamental para a arte.
Alternativa D: incorreta. Duchamp não se preocupou 
em trazer um novo conceito de belo; sua proposta era 
questioná-lo, bem como a própria arte.
Alternativa E: incorreta. Estas são características do 
Futurismo.
QUESTÃO 18
_ Código
A história da linguagem é um quebra-cabeças tão complexo 
que, ainda hoje, poucos arriscam dizer que ele já foi completamente 
resolvido. Segundo Simon Kirby, membro da maior unidade de 
pesquisas de evolução da linguagem do mundo, mesmo com muito 
investimento, ainda sabemos bem pouco sobre nossa própria história.
“Ainda não sabemos quase nada sobre como chegamos 
a ter a nossa característica mais marcante. É um pouco 
embaraçoso pensar o quão pouco entendemos sobre a maior 
marca de nossa espécie”, diz Kirby.
Ao contrário de outros aspectos da evolução humana, 
nos quais fósseis colaboram de forma gigantesca para a 
compreensão, é muito difícil ter certeza de como o ser humano 
começou a falar. Quem definiu muito bem a situação foi Christine 
Kenneally, autora do livro The First Word (“A Primeira Palavra”, 
ainda sem tradução para o português): não existem verbos 
preservados em âmbar que possam esclarecer esses mistérios.
Os pesquisadores nem ao menos sabem quando 
começamos a falar. As pesquisas mais consideradas no meio 
acadêmico levam em conta datas entre 100 000 e 1,8 milhão 
de anos. Já se sabe, por exemplo, que todas as espécies do 
gênero Homo, como os Neandertais, dispunham de meios de 
fala evoluídos. No entanto, os cientistas ainda não sabem se 
isso era utilizado ou exercitado de alguma forma. 
HECKE, C. “Nascidos para falar? Por que somos os únicos animais a dominar a linguagem?” 
In: Megacurioso, 16 jan. 2017. Disponível em: <https://www.megacurioso.com.br>. 
Acesso em: 13 nov. 2019.
De acordo com o texto, a origem da linguagem humana
A data de 1,8 milhão de anos.
B ainda não foi identificada pela Ciência. 
C foi desvendada pelo pesquisador Simon Kirby.
D poderia ser mensurada a partir da análise de fósseis.
E será desvendada se houver investimento em pesquisas.
GabariTO: b
Linguagens, Códigos e suas Tecnologias
C1H3
Segundo o texto de Caroline Hecke, apesar de inúmeras 
pesquisas, a origem da linguagem humana ainda não foi 
identificada pela Ciência, já que “A história da linguagem é 
um quebra-cabeças tão complexo que, ainda hoje, poucos 
arriscam dizer que ele já foi completamente resolvido. [...] 
é muito difícil ter certeza de como o ser humano começou 
a falar”.
Alternativa A: incorreta. Ainda não é possível mensurar 
quando, de fato, deu-se a origem da linguagem humana, 
pois o texto afirma que “As pesquisas mais consideradas 
no meio acadêmico levam em conta datas entre 100 000 e 
1,8 milhão de anos”.
Alternativa C: incorreta. Simon Kirby é um pesquisador da 
linguagem humana, mas não descobriu a origem dela, como 
comprova a seguinte passagem do texto: “Segundo Simon 
Kirby, membro da maior unidade de pesquisas de evolução 
da linguagem do mundo, mesmo com muito investimento, 
ainda sabemos bem pouco sobre nossa própria história. / 
‘Ainda não sabemos quase nada sobre como chegamos 
a ter a nossa característica mais marcante. É um pouco 
embaraçoso pensar o quão pouco entendemos sobre a 
maior marca de nossa espécie’, diz Kirby.”.
Alternativa D: incorreta. A origem da linguagem humana 
não pode ser mensurada a partir da análise de fósseis, 
como comprova o terceiro parágrafo do texto: “Ao contrário 
de outros aspectos da evolução humana, nos quais fósseis 
colaboram de forma gigantesca para a compreensão, é 
muito difícil ter certeza de como o ser humano começou 
a falar. Quem definiu muito bem a situação foi Christine 
Kenneally, autora do livro The First Word (“A Primeira 
Palavra”, ainda sem tradução para o português): não 
existem verbos preservados em âmbar que possam 
esclarecer esses mistérios”.
Alternativa E: incorreta. De acordo com o pesquisador Simon 
Kirby, referido no texto, “mesmo com muito investimento, 
ainda sabemos bem pouco sobre nossa própria história”. 
Assim, não é possível afirmar que, com mais investimento 
ainda, os pesquisadores, um dia, desvendarão o mistério da 
origem da linguagem humana.
QUESTÃO 19
_ Código
A Unesp, em parceria com o Santander Universidade, 
elaborou e está distribuindo em suas unidades universitárias 
o Guia de Prevenção ao Assédio. O material integra o projeto 
chamado Educando para a Diversidade e tem como propósito 
divulgar e compartilhar informações, ações de formação, debates 
e demais conteúdos que possam contribuir para a construção de 
práticas inclusivas e de garantia aos direitos das pessoas em suas 
diversidades para seu acesso e permanência, com dignidade e 
respeito, no contexto universitário. 
O material orienta quanto à definição e identificação de 
diferentes formas de assédio, como agir ao presenciar um 
assédio (como vítima, testemunha ou conhecedor), e quais 
as normativas da Unesp, as leis e os decretos que tratam do 
assunto.
Disponível em: <https://www.cedem.unesp.br>. Acesso em: 28 fev. 2020.
No que diz respeito ao Guia de Prevenção ao Assédio, o 
principal propósito contido nele é
A instruir sobre as diversas formas de assédio que sofrem 
as mais variadas pessoas.
B reforçar a necessidade da inserção de minorias nos 
espaços sociais.
C apresentar as diferentes visões das pessoas sobre o 
assédio. 
D informar casos de violência praticada contra minorias.
E propor leis e decretos que tratam do assunto.
GabariTO: a
Linguagens, Códigos e suas Tecnologias
C7H21
O guia instrui sobre o real significado do assédio e parte 
da premissa de que vários grupos podem ser vítimas dele.
Alternativa B: incorreta. O alvo do guia é toda a sociedade.
Alternativa C: incorreta. Inexiste diversidade de visões no 
guia.
Alternativa D: incorreta. O material não informa casos de 
violência.
Alternativa E: incorreta. O meio tratado é o todo social. 
Não há proposta de leis ou decretos.
QUESTÃO 20
_ Código
Há 40 mil anos, na Europa, o Homo sapiens não era a 
única espécie humana existente – havia pelo menos outras 
três, entre elas os neandertais. Extraordinariamente parecidos 
conosco, eles viveram em regiões do continente por mais de 
300 mil anos.
"Muitos argumentariam que nossa capacidade de fala e 
linguagem está entre as características mais fundamentais 
que nos tornam humanos. Se os neandertais também tinham 
linguagem, também eram verdadeiramente humanos", diz 
Stephen Wroe, professor na Universidade da Nova Inglaterra, 
na Austrália.
Se podiam falar, também eram capazes de transmitir 
informações entre si com eficiência, como, por exemplo, 
ensinar uns aos outros a fazer ferramentas. Podem até mesmo 
ter ensinado uma coisa ou duas aos humanos modernos.
Disponível em: <https://www.bbc.com>. Acesso em: 28 fev. 2020. 
Na descrição dos neandertais e de sua participaçãona 
identidade humana, há um breve desvio na modalidade formal 
escrita, pois se
A incorpora um vocabulário técnico, de cunho específico 
para descrições históricas.
B utiliza de empréstimos linguísticos para exemplificar as 
espécies humanas.
C distingue o enunciador do discurso por meio do verbo 
de elocução “dizer”.
D delimita o uso de elementos coesivos entre os exemplos 
citados.
E conclui o texto com um registro próprio da comunicação 
oral. 
GabariTO: E
Linguagens, Códigos e suas Tecnologias
C8H26
Em “uma coisa ou duas...”, a palavra “coisa” é de uso 
informal ou falado da língua.
Alternativa A: incorreta. Vocabulários técnicos não estão 
restritos a textos históricos.
Alternativa B: incorreta. As três espécies são a base da 
especificação de neandertais.
Alternativa C: incorreta. O verbo pode ser usado em 
qualquer modalidade.
Alternativa D: incorreta. Os elementos estão sendo 
corretamente usados.
QUESTÃO 21
_ Código
TEXTO I
[...] O menino gordo desceu do arvoredo e se sentou 
cuidadosamente, usando a beirada como assento.
– Desculpe ter demorado. As frutas... 
Limpou os óculos e colocou-os no nariz de botão, onde a 
armação sulcara um "V" profundo e rosado. Olhou criticamente 
para o corpo dourado de Ralph e, depois, seus olhos voltaram-
-se para suas roupas. Levou a mão à ponta de um zíper que 
cruzava seu peito.
GOLDING, W. O senhor das moscas. Rio de Janeiro: Objetiva, 2014. 
TEXTO II
[...] Arrastaram-se para lá, devagar, Sinhá Vitória com o 
filho mais novo escanchado no quarto e o baú de folha na 
cabeça, Fabiano sombrio, cambaio, o aió a tiracolo, a cuia 
pendurada numa correia presa ao cinturão, a espingarda de 
pederneira no ombro. O menino mais velho e a cachorra 
Baleia iam atrás. Os juazeiros aproximaram-se, recuaram, 
sumiram-se. O menino mais velho pôs-se a chorar, sentou-
-se no chão.
RAMOS, G. Vidas secas. Rio de Janeiro: Record, 2004.
Os dois fragmentos apresentados, com temáticas e em 
períodos diferentes, relacionam-se por
A materializarem as diferenças físicas dos meninos.
B figurarem as expectativas diferentes dos personagens.
C generalizarem os meninos para que representem um 
grupo. 
D rivalizarem a condição privilegiada do primeiro em 
oposição ao segundo.
E exporem criticamente o isolamento social no qual os 
personagens estão inseridos. 
GabariTO: C
Linguagens, Códigos e suas Tecnologias
C5H16
O adjetivo “gordo” vem no lugar do nome do personagem 
do Texto I como característica padrão e tipificada que define 
suas ações; no Texto II, os filhos não têm nomes próprios, 
pois apenas simbolizam “meninos”, sem uma identidade 
estabelecida.
Alternativa A: incorreta. A condição física dos meninos 
não é tratada no Texto II.
Alternativa B: incorreta. As expectativas não são citadas.
Alternativa D: incorreta. Não é possível tal condição de 
rivalidade. 
Alternativa E: incorreta. O personagem do Texto I não faz 
parte de tal isolamento. 
QUESTÃO 22
_ Código
Inspiração
São Paulo! Comoção de minha vida...
Os meus amores são flores feitas de original!...
Arlequinal!... Trajes de losangos... Cinza e ouro...
Luz e bruma... Forno e inverno morno...
Elegâncias sutis sem escândalos, sem ciúmes...
Perfumes de Paris... Arys!
Bofetadas líricas no Trianon... Algodoal!...
São Paulo! Comoção de minha vida...
Galicismo a berrar nos desertos da América.
ANDRADE, M. “Inspiração”. In: Poesias completas. 6 ed. São Paulo: Martins, 1980.
O poema “Inspiração”, de Mário de Andrade, pode ser considerado 
futurista porque
A apresenta versos desconexos, fazendo um paralelo 
com o caos de São Paulo.
B valoriza os modelos europeus e apresenta um sujeito 
poético apegado ao passado.
C volta-se para o bucolismo, sendo o desejo maior do 
poeta a saída da cidade grande.
D considera fracassados os que desistem de viver em 
Paris e se mudam para São Paulo.
E apresenta a metrópole como sinônimo de lugar outrora 
aprazível, mas transformado pela poluição.
GabariTO: a
Linguagens, Códigos e suas Tecnologias
C5H16
Os futuristas lutaram pela concepção das “palavras 
em liberdade”. Queriam destruir a sintaxe habitual, em 
que ao sujeito segue-se o predicado, substituindo-a por 
associações em que a lógica não é clara e obtida por meio 
da repetição do substantivo. No poema “Inspiração”, Mário 
de Andrade também usou esse recurso futurista, já que 
ora reúne palavras ao sabor de seu som, ora ao sabor de 
imagens contrastantes, que se atraem umas às outras, 
utilizando-se dos dois recursos, o do sonoro e do sentido.
Alternativa B: incorreta. Os modelos europeus são 
renegados pelo Futurismo.
Alternativa C: incorreta. O Futurismo prega o progresso, 
a pressa.
Alternativa D: incorreta. Há valorização da cidade de 
São Paulo.
Alternativa E: incorreta. O poema valoriza a cidade de 
São Paulo.
QUESTÃO 23
_ Código
Vovô viera da Itália com toda a família, contratado como 
colono para colher café numa fazenda em Cândido Mota, em 
São Paulo. Embarcaram em Gênova com destino a Santos, 
por volta de 1894 [...].
Em Santos, eram aguardados por gente da fazenda, para 
a qual foram transportados, comprimidos como gado num 
vagão de carga.
Ao chegar à fazenda, Eugênio Da Col deu-se conta, em 
seguida, de que não existia aquela cuccagna, aquela fartura 
tão propalada. Tudo que ele idealizara não passava de fantasia; 
as informações recebidas não correspondiam à realidade: o 
que havia, isto sim, era trabalho árduo e estafante, começando 
antes do nascer do sol; homens e crianças cumpriam o mesmo 
horário de serviço. Colhiam café debaixo de sol ardente, os três 
filhos mais velhos os acompanhando, sob a vigilância de um 
capataz odioso. Vivendo em condições precárias, ganhavam o 
suficiente para não morrer de fome.
A escravidão já fora abolida no Brasil, havia tempos, mas 
nas fazendas de café seu ranço perdurava.
GATTAI, Z. Anarquistas, graças a Deus. São Paulo: Companhia das Letras, 2009.
No trecho de Anarquistas, graças a Deus, de Zélia Gattai, o 
período histórico focalizado diz respeito ao(à)
A êxodo rural.
B imigração italiana.
C trabalho escravizado.
D independência do país.
E abolição da escravatura.
GabariTO: b
Linguagens, Códigos e suas Tecnologias
C5H15
O período histórico focalizado no trecho da obra 
Anarquistas, graças a Deus, de Zélia Gattai, corresponde 
à imigração italiana, como comprova o primeiro parágrafo: 
“Vovô viera da Itália com toda a família, contratado como 
colono para colher café numa fazenda em Cândido Mota, 
em São Paulo. Embarcaram em Gênova com destino a 
Santos, por volta de 1894 [...]”.
Alternativa A: incorreta. Não se trata do êxodo rural, como 
comprova a passagem “Em Santos, eram aguardados 
por gente da fazenda, para a qual foram transportados, 
comprimidos como gado num vagão de carga.”.
Alternativa C: incorreta. Não se trata do trabalho 
escravizado, como comprova a passagem “A escravidão já 
fora abolida no Brasil, havia tempos, mas nas fazendas de 
café seu ranço perdurava”.
Alternativa D: incorreta. O texto aborda um período 
posterior ao da proclamação de independência, como 
comprova a passagem “Vovô viera da Itália com toda a 
família, contratado como colono para colher café numa 
fazenda em Cândido Mota, em São Paulo. Embarcaram em 
Gênova com destino a Santos, por volta de 1894”.
Alternativa E: incorreta. O período abordado no texto é 
posterior à abolição da escravatura, como comprova a 
passagem “A escravidão já fora abolida no Brasil, havia 
tempos, mas nas fazendas de café seu ranço perdurava”.
QUESTÃO 24
_ Código
IV
Era um sonho dantesco... o tombadilho
Que das luzernas avermelha o brilho.
Em sangue a se banhar.
Tinir de ferros... estalar de açoite...
Legiões de homens negros como a noite,
Horrendos a dançar...
Negras mulheres, suspendendo às tetas
Magras crianças, cujas bocas pretas
Rega o sangue das mães:
Outras moças, mas nuas e espantadas,
No turbilhão de espectros arrastadas,
Em ânsia e mágoa vãs!
E ri-se a orquestra irônica, estridente...
E da ronda fantástica a serpente
Faz doudas espirais...
Se o velhoarqueja, se no chão resvala,
Ouvem-se gritos... o chicote estala.
E voam mais e mais...
Presa nos elos de uma só cadeia,
A multidão faminta cambaleia,
E chora e dança ali!
Um de raiva delira, outro enlouquece,
Outro, que martírios embrutece,
Cantando, geme e ri!
No entanto o capitão manda a manobra,
E após fitando o céu que se desdobra,
Tão puro sobre o mar,
Diz do fumo entre os densos nevoeiros:
“Vibrai rijo o chicote, marinheiros!
Fazei-os mais dançar!...”
E ri-se a orquestra irônica, estridente...
E da ronda fantástica a serpente
Faz doudas espirais...
Qual um sonho dantesco as sombras voam!...
Gritos, ais, maldições, preces ressoam!
E ri-se Satanás!...
ALVES, C. O navio negreiro. Belém: NEAD; UNAMA, [s.d.].
Na obra de Castro Alves, destacam-se as condições dos 
escravizados africanos em navios negreiros, isso é feito a partir 
do(a)
A análise dos fatos, das aparências e dos costumes de 
modo superficial e pessoal.
B tom ufanista e idealista ao denunciar a condição miserável 
e desumana dos escravizados.
C oposição entre choro e dança deixando implícita sua 
crítica à passividade dos escravizados.
D apresentação dos fatos em uma linguagem pouco 
expressiva e voltada para a objetividade.
E descrição das cenas do tombadilho, valorizando os 
adjetivos para dar vivacidade ao cenário e às personagens.
GabariTO: E
Linguagens, Códigos e suas Tecnologias
C5H16
Em Navio negreiro, a escravidão negra era vista como uma 
instituição inadmissível num mundo que caminhava para 
um futuro melhor, em que o progresso tecnológico daria 
ao homem condições mais dignas de existência. Os versos 
descrevem o que se via em um navio negreiro, dando realce 
aos adjetivos que elevam o leitor a um ambiente sombrio, 
de sofrimento e morte como “dantesco”, “horrendos”, 
“magras“, “nuas”, “espantadas”, “vãs”.
Alternativa A: incorreta. As análises e as descrições feitas 
no poema são profundas.
Alternativa B: incorreta. O tom ufanista, próprio da primeira 
fase do Romantismo, não está presente no poema, pois 
está ligado à busca da nacionalidade, ao patriotismo 
exagerado, ao orgulho de ser brasileiro, o que não ocorre 
no poema.
Alternativa C: incorreta. O uso do choro e da dança dão uma 
carga poética à descrição da cena, dando dinâmica a ela. Nos 
versos, não há crítica à passividade dos escravizados. 
Alternativa D: incorreta. A expressividade é característica 
fundamental do poema, que está voltado à subjetividade do 
seu autor.
QUESTÃO 25
_ Código
TEXTO I
Alexandre de Antioquia, Vênus de Milo, mármore, 202 cm, Museu do Louvre, Paris, França.
TEXTO II
O poeta, com os pés metidos em chinelas velhas, com a 
cabeça apoiada na mão esquerda, ia escrevendo a poesia. 
Tinha acabado a quadra e releu-a:
Mimosa flor que dominas
Todas as flores do prado,
Tu tens as formas divinas
De Vênus, modelo amado.
Os dous últimos versos não lhe pareceram tão bons como 
os dous primeiros, nem lhe saíram tão fluentemente. Ricardo 
deu uma pancadinha seca na borda da mesa, e endireitou o 
busto. Concertou os bigodes, fitou novamente a Vênus de Milo 
– uma cópia em gesso – e tratou de ver se os versos lhe saíam 
melhores.
[...] Afinal, tanto repetiu os dous versos condenados, que 
acabou por achar a quadra excelente e continuou a poesia. 
Saiu a segunda estrofe, depois a terceira, a quarta e a quinta. 
A última dizia que o Deus verdadeiro, querendo provar que 
os falsos não eram tão poderosos como supunham, inventara, 
contra a bela Vênus, a formosa Marcela. Gostou desta ideia; 
era uma chave de ouro. Ergueu-se e passeou pelo quarto, 
recitando os versos; em seguida, parou diante da Vênus de 
Milo, encantado da comparação. Chegou a dizer-lhe em voz 
alta:
— Os braços que te faltam são os braços dela! 
ASSIS, M. “Vênus! Divina Vênus!”. Disponível em: <http://www.dominiopublico.gov.br>. 
Acesso em: 20 abr. 2019.
No trecho do conto “Vênus! Divina Vênus!”, de Machado de 
Assis, a intertextualidade com a estátua Vênus de Milo, de 
Alexandre de Antioquia, ocorre com a valorização
A do padrão de beleza feminino.
B do amor do poeta pela escultura.
C da capacidade inventiva do escultor.
D da literatura em relação às artes plásticas.
E dos braços para os movimentos humanos.
GabariTO: a
Linguagens, Códigos e suas Tecnologias
C4H14
O padrão de beleza feminino, correspondente à estátua da 
“Vênus de Milo”, de Alexandros de Antioquia, é esmiuçado 
no conto de Machado de Assis: “o Deus verdadeiro, 
querendo provar que os falsos não eram tão poderosos 
como supunham, inventara, contra a bela Vênus, a formosa 
Marcela”; “em seguida, parou diante da Vênus de Milo, 
encantado da comparação. Chegou a dizer-lhe em voz alta: 
/ Os braços que te faltam são os braços dela!”
Alternativa B: incorreta. O amor do poeta não é pela 
escultura, mas sim pela poesia: “Os dous últimos versos 
não lhe pareceram tão bons como os dous primeiros, nem 
lhe saíram tão fluentemente.”.
Alternativa C: incorreta. No conto, valoriza-se a capacidade 
inventiva do poeta, não do escultor: “Os dous últimos versos 
não lhe pareceram tão bons como os dous primeiros, nem 
lhe saíram tão fluentemente.”.
Alternativa D: incorreta. Não há, no fragmento, valorização 
da literatura em relação às artes plásticas, já que a 
personagem se inspira na escultura para escrever o poema.
Alternativa E: incorreta. Não há a valorização dos braços 
para os movimentos humanos, mas sim da mulher que 
os tem: “parou diante da Vênus de Milo, encantado da 
comparação. Chegou a dizer-lhe em voz alta: / Os braços 
que te faltam são os braços dela!”.
QUESTÃO 26
_ Código
O pior é que, vendo e ouvindo esses passarinhos estrangeiros, 
eu não podia deixar de sentir que o estrangeiro era eu – o bárbaro, 
o intruso, o que não sabe o nome das pessoas da terra. Vinguei- 
-me escrevendo a uma querida amiga: “Aqui há muitos passarinhos 
e toda manhã cantam, mas é uma pena, cantam em puro árabe...” 
Com o Guia de Campo de las Aves em punho, descobri que 
aquela cambaxirrinha que saltitava na moita podia ser chamada 
de carriça, embora tenha o nome feroz de Troglodytes troglodytes; 
o pássaro preto de bico amarelo era o melro legítimo, aquele do 
Guerra Junqueiro, o Turdus merula, ruidoso e jovial, irmão preto 
do sabiá, primo do nosso vira e da nossa graúna; uns outros cor 
de canário-da-terra, porém mais cheios de corpo, são verdilhões; 
aqueles dois pardos, um de cabecinha preta, outro de cabecinha 
cor de ferrugem, que ora fazem “tec-tec” ora gorjeiam bonito, ah, 
esses eu já conhecia de nome, de velhos romances, e tive o maior 
prazer em lhes ser apresentado: são um casal de toutinegras [...]
BRAGA, R. “Olhe ali uma toutinegra!” In: Recado de primavera. 7 ed. 
Rio de Janeiro: Record, 1998.
O pronome “lhes”, em destaque no trecho da crônica de 
Rubem Braga, refere-se 
A aos verdilhões.
B às pessoas da terra.
C aos velhos romances.
D ao casal de toutinegras.
E aos passarinhos estrangeiros.
GabariTO: D
Linguagens, Códigos e suas Tecnologias
C6H18
No fragmento, o pronome oblíquo “lhes” se refere ao casal 
de toutinegras, como comprova a seguinte passagem: 
“aqueles dois pardos, um de cabecinha preta, outro de 
cabecinha cor de ferrugem, que ora fazem “tec-tec" ora 
gorjeiam bonito, ah, esses eu já conhecia de nome, de 
velhos romances, e tive o maior prazer em lhes [a eles = 
ao casal de toutinegras] ser apresentado: são um casal de 
toutinegras”.
Alternativa A: incorreta. O pronome oblíquo “lhes” não se 
refere aos verdilhões, uma vez que esses não são “pardos, 
um de cabecinha preta, outro de cabecinha cor de ferrugem, 
que ora fazem “tec-tec” ora gorjeiam bonito”, mas sim “cor 
de canário-da-terra, porém mais cheios de corpo”.
Alternativa B: incorreta. O pronome oblíquo “lhes” não 
se refere às pessoas da terra, posto que o cronista assim 
afirma: “aqueles dois pardos, um de cabecinha preta, outro 
de cabecinha cor de ferrugem, que ora fazem “tec-tec” ora 
gorjeiam bonito, ah, esses eu já conhecia de nome, de 
velhos romances”.
Alternativa C: incorreta. O pronome oblíquo “lhes” não 
serefere aos velhos romances, uma vez que estes são o 
meio pelo qual o cronista afirma conhecer “aqueles dois 
pardos, um de cabecinha preta, outro de cabecinha cor de 
ferrugem, que ora fazem “tec-tec” ora gorjeiam bonito, ah, 
esses eu já conhecia de nome”.
Alternativa E: incorreta. O pronome oblíquo “lhes” não 
se refere aos “passarinhos estrangeiros”, em geral, mas a 
alguns em especial, como comprova a seguinte passagem: 
“aqueles dois pardos, um de cabecinha preta, outro de 
cabecinha cor de ferrugem, que ora fazem “tec-tec” ora 
gorjeiam bonito, ah, esses eu já conhecia de nome”.
QUESTÃO 27
_ Código
O dia em que nasci moura e pereça,
Não o queira jamais o tempo dar;
Não torne mais ao Mundo, e, se tornar,
Eclipse nesse passo o Sol padeça.
A luz lhe falte, O Sol se [lhe] escureça,
Mostre o Mundo sinais de se acabar,
Nasçam-lhe monstros, sangue chova o ar,
A mãe ao próprio filho não conheça.
CAMÕES, L. In: SILVA, M. C. “Os Estudos Camonianos no Brasil de 1971 a 1980”. 
Coimbra: Revista da Universidade de Coimbra, 1985. p. 451.
No soneto de Luís de Camões, a sensação de angústia é 
externalizada quando o eu lírico
A contraria o hábito de gratidão e amor pela própria vida. 
B emudece qualquer nascimento por meio do desejo de 
que chova sangue.
C estabelece relação de angústia por ter sido posto à 
prova após sua morte.
D lamenta o momento de sua morte como forma de 
amaldiçoar a própria vida. 
E projeta na própria vida a necessidade que os outros 
têm de padecer no eclipse. 
GabariTO: a
Linguagens, Códigos e suas Tecnologias
C5H16
O eu lírico amaldiçoa seu nascimento e lamenta sua 
existência, trata-se de uma paráfrase do livro de Jó: “Três 
Lamentações de Jó”.
Alternativa B: incorreta. O eu lírico emudece a sua vida pela 
infelicidade de seu nascimento.
Alternativa C: incorreta. A angústia do eu lírico ocorre por ter 
nascido e estar vivo.
Alternativa D: incorreta. O eu lírico lamenta o momento de seu 
nascimento.
Alternativa E: incorreta. O eu lírico deseja que não haja sol, 
apenas escuridão, metáfora para eclipse, o que remete à 
infelicidade.
QUESTÃO 28
_ Código
Pedro ficou fazendo cálculos e o próprio João de Adão 
interrompeu.
— Tu tá com uns quinze anos. Não é, comadre?
A negra fez que sim. João de Adão continuou:
— No dia que tu quiser tu tem um lugar aqui nas docas. 
A gente tem um lugar guardado pra tu.
AMADO, J. Capitães da areia. 2 ed. São Paulo: 
Companhia das Letras, 2012.
A expressão “Não é”, presente no trecho de Capitães da areia, 
de Jorge Amado, tem função
A fática, pois visa testar o canal, a fim de prolongar o 
diálogo.
B conativa, pois há intenção de influenciar a opinião do 
interlocutor.
C referencial, pois a intenção é focalizar objetivamente o 
contexto real.
D emotiva, pois a linguagem está centrada nos 
sentimentos do emissor.
E poética, pois apresenta preocupação com o ritmo e a 
sonoridade das palavras.
GabariTO: a
Linguagens, Códigos e suas Tecnologias
C6H19
A função fática ocorre, entre outras possibilidades, quando 
o emissor deseja prolongar o contato com seu receptor, 
caso do “Não é”, presente na fala de João de Adão.
Alternativa B: incorreta. A função conativa é caracterizada 
por uma linguagem persuasiva, que tem o intuito de 
convencer o leitor.
Alternativa C: incorreta. A função referencial tem como 
objetivo principal informar, referenciar algo.
Alternativa D: incorreta. A função emotiva tem como objetivo 
principal transmitir suas emoções, seus sentimentos e suas 
subjetividades.
Alternativa E: incorreta. Na função poética, o emissor 
se preocupa com a maneira como a mensagem será 
transmitida, por isso atenta para a escolha das palavras, 
das expressões e das figuras de linguagem.
QUESTÃO 29
_ Código
Na rua, ele andava pisando forte, o queixo erguido, os olhos 
acesos. Tão bom sair de mãos dadas com a mãe. Melhor ainda 
quando o pai não ia junto porque assim ficava sendo o cavalheiro 
dela. Quando crescesse haveria de se casar com uma moça 
igual. Anita não servia que Anita era sardenta. Nem Maria Inês 
com aqueles dentes saltados. Tinha que ser igualzinha à mãe.
— Você acha a Maria Inês bonita, mamãe?
— É bonitinha, sim.
— Ah! Tem dentão de elefante.
E o menino chutou um pedregulho. Não, tinha que ser 
assim como a mãe, igualzinha à mãe. E com aquele perfume.
TELLES, L. F. “O menino”. In: O segredo e outras histórias de descoberta. 
São Paulo: Companhia das Letras, 2012.
No trecho do conto “O menino”, de Lygia Fagundes Telles, o 
menino
A acha Anita bonita e diferente da mãe, por isso pretende 
namorá-la.
B considera Anita parecida com a mãe, razão por que 
pretende namorá-la.
C tem aversão ao perfume da mãe, por isso pretende 
namorar Maria Inês.
D pede permissão à mãe para namorar Maria Inês, 
mesmo a julgando feia.
E nutre um profundo amor pela mãe e, no futuro, pretende 
transferi-lo à esposa.
GabariTO: E
Linguagens, Códigos e suas Tecnologias
C5H16
O menino pretende transferir o amor que sente pela mãe 
para sua futura esposa, como comprova a passagem 
“Quando crescesse haveria de se casar com uma moça 
igual. [...] Tinha que ser igualzinha à mãe”.
Alternativa A: incorreta. Para ser bonita, a menina deveria 
ser “igualzinha à mãe”.
Alternativa B: incorreta. “Anita era sardenta” e, portanto, 
diferente da mãe.
Alternativa C: incorreta. O menino adora o perfume da 
mãe.
Alternativa D: incorreta. Não há elementos que permitam 
tal afirmação, até porque o menino queria que sua 
namorada fosse “igualzinha à mãe”.
QUESTÃO 30
_ 
Não obstante, as casinhas do cortiço, à proporção que 
se atamancavam, enchiam-se logo, sem mesmo dar tempo a 
que as tintas secassem. Havia grande avidez em alugá-las; 
aquele era o melhor ponto do bairro para a gente do trabalho. 
Os empregados da pedreira preferiam todos morar lá, porque 
ficavam a dois passos da obrigação.
O Miranda rebentava de raiva.
— Um cortiço! Exclamava ele, possesso. Um cortiço! 
Maldito seja aquele vendeiro de todos os diabos! Fazer-me 
um cortiço debaixo das janelas!... Estragou-me a casa, o 
malvado!
AZEVEDO, A. O cortiço. 3 ed. São Paulo: Ciranda Cultural, 2017. 
A visão de Miranda, no fragmento de O cortiço, de Aluísio 
Azevedo, é
A progressista, pois torcia para que o cortiço fosse instalado.
B reacionária, já que temia a violência dos ocupantes do 
cortiço.
C especulativa, pois se preocupava com a 
(des)valorização de seu imóvel.
D indiferente, uma vez que não se interessava pela 
construção do cortiço.
E coletivista, já que pretendia partilhar o espaço com 
todos que precisassem.
GabariTO: C
Linguagens, Códigos e suas Tecnologias
C5H15
Especulação é a transação de teor financeiro em que os 
lucros estão subordinados à variabilidade ou instabilidade 
do mercado. Esta é a visão de Miranda, como comprova a 
passagem “Maldito seja aquele vendeiro de todos os diabos! 
Fazer-me um cortiço debaixo das janelas!... Estragou-me a 
casa, o malvado!”.
Alternativa A: incorreta. Progressistas são aqueles 
favoráveis a mudanças mesmo com prejuízo da conservação 
da tradição e das leis. Não é o caso de Miranda, que não 
desejava a instalação do cortiço naquele local.
Alternativa B: incorreta. Não se fala em violência dos 
moradores do cortiço.
Alternativa D: incorreta. Miranda era contra a construção 
do cortiço.
Alternativa E: incorreta. Coletivista é um sistema que vê 
a solução da questão social na apropriação coletiva dos 
meios de produção. Não é esta a visão de Miranda.
QUESTÃO 31
_ Código
José Dias amava os superlativos. Era um modo de dar 
feição monumental às ideias; não as havendo, servia a 
prolongar as frases. Levantou-se para ir buscar o gamão, 
que estava no interior da casa. Cosi-me muito à parede, 
e vi-o passar com as suas calças brancas engomadas, 
presilhas, rodaque e gravata de mola. Foi dos últimos que 
usaram presilhas no Rio de Janeiro, e talvez neste mundo.
ASSIS, M. Dom Casmurro. Belém: NEAD; UNAMA, [s.d.].
No fragmento de Dom Casmurro, a oração “Cosi-me muito à 
parede” significa que o narrador
A evitava

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