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TIREOIDECTOMIA Riscos que um paciente pode correr e como instruí-lo

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CENTRO UNIVERSITÁRIO UNINOVAFAPI 
YANDRA KAROLYNE DOS REIS CARVALHO 
TIREOIDECTOMIA 
Riscos que um paciente pode correr e como instruí-lo
Teresina 
2021
A glândula tireoide é uma glândula endócrina composta por células foliculares que produzem dois tipos de hormônios: tiroxina também chamado de tetraiotironina (T4) e tri-iodotironina (T3), os quais aumentam a taxa metabólica basal (TMB), que consiste no consumo de oxigênio em condições basais ou padrão por meio da estimulação do uso de oxigênio celular na produção de ATP. Ela também possui células parafoliculares ou células C, que produzem o hormônio calcitonina (CT), o qual ajuda a regular a homeostasia do cálcio através da diminuição o nível sanguíneo de cálcio por meio da inibição da ação dos osteoclastos. Além disso, a tireoide ainda atua na regulação da temperatura corporal (estímulo da síntese adicional de bombas de sódio e potássio), estimula a síntese proteica e aumentam o uso de glicose e ácidos graxos para produção de ATP e intensifica a ação das catecolaminas (norepinefrina e epinefrina) (TORTORA et al.,2017).
A tireoidectomia é o procedimento em que se faz a remoção cirúrgica da glândula tireoide. Pode ser parcial, quando se retira parte da glândula tireoide, ou total. A tireoidectomia é principalmente indicada em casos de suspeita de malignidade, hipertireoidismo sem possibilidade de tratamento clínico, sintomas cervicais compressivos, bócios mergulhantes e queixas estéticas. Os principais riscos para pacientes que irão realizar esse procedimento são: Rouquidão temporária ou permanente e perda da voz em alguns casos; danos às glândulas paratireoides, o que pode levar a níveis baixos de cálcio no sangue, originando espasmos musculares e sensação de dormência e formigamento; sangramento excessivo ou formação de hematomas; e infecção (ONCOGUIA; 2019). Vale destacar ainda uma das complicações mais comum em pacientes de tireoidectomia, a hipocalcemia sanguínea. Em geral, ela ocorre de forma temporária e assintomática. Todavia, a hipocalcemia pode evoluir para tetania, convulsões e até chegar a óbito, caso não seja precocemente submetida a tratamento (GRACIANO et al., 2012). 
Antes de realizar o procedimento de tireoidectomia total é necessário que o paciente tome algumas medidas orientadas pelo médico, dentre elas estão: a realização de exames sanguíneos para avaliar os níveis de hemoglobina, a coagulação sanguínea e os níveis de vitamina D. Sendo em alguns casos, antes da cirurgia repor a vitamina D e realizar a suplementação de cálcio, para evitar formigamentos e câimbras no pós-cirúrgico. É importante também que o paciente informe ao médico quais medicamentos está utilizando, visto que alguns precisam ser interrompidos dias antes da cirurgia. Além disso, a equipe de anestesia precisa avaliar junto ao paciente a possibilidade de reações alérgicas a determinadas medicações utilizadas (NICAP; 2019).
Na semana 9 do APG, no curso de medicina do Uninovafapi, estumados sobre a anatomofisiologia da glândula tireoide. Podemos entender como ocorre seu funcionamento e como ele influencia no metabolismo humano. Foi possível conhecer a função dos principais hormônios da tireoide, T3, T4 e a calcitonina. No segundo problema da semana 9, tivemos como caso para estudo uma paciente de tireoidectomia, em que havia sido retirada junto com a sua tireoide as suas glândulas paratireoides. Devido a isso a paciente apresentou câimbras e espasmos musculares. Isso ocorre porque as glândula tireoide e paratireoides são importantes para o funcionamento do organismo. Assim, percebe-se a importância de cuidados posteriores em casos de cirurgias de retirada da tireoide. 
Referências:
TORTORA, G. J.; DERRICKSON, B. Corpo humano: fundamentos de anatomia e fisiologia. 10. ed. Porto Alegre: Artmed, 2017.
ONCOGUIA, Equipe. Cirurgia para Câncer de Tireoide. 2019. Elaborada por Equipe Oncoguia. Disponível em: http://www.oncoguia.org.br/conteudo/cirurgia-para-cancer-de-tireoide/1886/236/. Acesso em: 09 out. 2021.
GRACIANO, Agnaldo José et al. Aplicabilidade da dosagem de paratormônio intacto imediato, tardio ou seriado após tireoidectomia total. Brazilian Journal Of Otorhinolaryngology, Santa Catarina, p. 78-82, out. 2012. Disponível em: https://www.scielo.br/j/bjorl/a/xnqx7qMVMVPstPsPmr4XDsS/?format=pdf&lang=pt. Acesso em: 09 out. 2021.
NICAP, Núcleo Integrado de Cirurgia de Cabeça. Cirurgia da Tireoide: cuidados pré e pós-operatórios. Nov, 2019. Disponível em: https://www.nicap.com.br/cirurgia-da-tireoide-cuidados-pre-e-pos-operatorios/. Acesso em: 09 out. 2021.

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