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Balanço Social

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O que é o Balanço Social e quais os benefícios de sua utilização pelas organizações
O Balanço Social é um mecanismo utilizado pelas empresas para tornarem públicas as suas intenções e compromissos, visando à transparência de suas ações no exercício da responsabilidade social corporativa(RSC), trazendo informações qualitativas e quantitativas.
Relatório de Sustentabilidade Empresarial, Balanço Social Corporativo, Relatório Social e Relatório Social-Ambiental são outros nomes utilizados pelas organizações, especialistas e acadêmicos para designar o material informativo sobre a situação da organização em relação a questões sociais e ambientais. (OLIVEIRA, 2008).
O Balanço Social (ZARPELON, 2006) tem como foco demonstrar publicamente que a intenção da organização não é somente a geração de lucros com um fim em si mesmo, mas o desempenho social. Este é obtido através do compromisso e da responsabilidade para com a sociedade, por meio da prestação de contas do seu desempenho sobre o uso e a apropriação de recursos que originalmente não lhe pertenciam. Também do ponto de vista da melhoria da imagem da organização, o Balanço Social é um mecanismo bastante utilizado.
O Instituto Ethos (2009) afirma que o Balanço Social é um meio de dar transparência às atividades corporativas, de modo a ampliar o diálogo da organização com a sociedade. É também uma ferramenta de gestão da responsabilidade social, pela qual a empresa entende de que forma sua gestão atende à sua visão e a seus compromissos estabelecidos em relação ao tema da Responsabilidade Social Empresarial (RSE), e em direção à sustentabilidade.
A publicação de um balanço social oferece uma proposta de diálogo com os diferentes públicos envolvidos no negócio da empresa que o adota: público interno, fornecedores, consumidores/clientes, comunidade, meio ambiente, governo e sociedade. A proposta é de que o relatório contenha informações sobre o perfil do empreendimento, histórico da empresa, seus princípios e valores, governança corporativa, diálogo com partes interessadas e indicadores de desempenho econômico, social e ambiental. (ETHOS, 2009). O relatório deve apresentar também um demonstrativo do Balanço Social desenvolvido pelo Instituto Brasileiro de Análises Sociais e Econômicas (Ibase), iniciativas de interesse da sociedade (projetos sociais) e de promoção da responsabilidade social em nível local, nacional e global, entre outros indicadores de desempenho da gestão como geração de riqueza, produtividade e investimentos. (ETHOS, 2009).
É importante enfatizar que este não é um modelo fixo, mas uma estrutura que pode ser usada como base. Com o objetivo de orientar as organizações na aplicação desta estrutura foi elaborado um Guia de Elaboração. Ele não pretende eliminar a necessidade de ajuda externa na preparação do balanço social, mas contribuir para a estratégia de ação a ser empreendida e os passos essenciais a serem dados. (ETHOS, 2009)
Quantias monetárias que foram investidas na tentativa de trazer retornos à sociedade podem ser encontradas no rol de informações do balanço social, bem como publicações pertinentes aos projetos implantados pela organização na área social, variando conforme o modelo aplicado. Além disto, o balanço social não está restrito a empresas privadas, pois é passível de utilização por organizações sem fins lucrativos, haja vista que pode fazer parte do escopo das políticas internas que a regem, sendo pertinente para esta realizar um demonstrativo de suas ações no âmbito social.
O balanço social pode ter ainda como norteador a incorporação de indicadores de desempenho ou desenvolvimento social, procurando demonstrar a eficiência das estratégias e ações realizadas pela organização. Estes indicadores podem ser, por exemplo:
a) Indicadores humanos;
b) Indicadores físicos;
c) Indicadores monetários;
Por meio destes, pode-se estabelecer uma relação de:
a) Elementos de engajamento social, no sentido de apresentar uma análise do bem-estar dos indivíduos externamente ou internamente a organização;
b) Quadros de Gestão Social, dispondo sobre resultados obtidos pela organização, de modo regional ou global;
c) Indicadores sociais, permitindo a avaliação dos resultados planejados e os realmente alcançados.
Segundo Zarpelon(2006), há algumas metodologias ou modelos para a publicação do Balanço social, a saber:
a) Inventário social: lista as ações tomadas pela organização, relativas ao contexto social;
b) Relatório social: é promulgado verbalmente, de acordo com os objetivos e as tomadas de ações relativas ao contexto social;
c) Contabilidade de Gestão de Pessoas: atribui valores monetários aos dispêndios com gestão de pessoas(treinamentos e qualidade de vida no trabalho);
d) Relatório de custos: lista todos os dispêndios relativos a Responsabilidade Social;
e) Abordagem do Valor Agregado: realiza uma avaliação em relação ao valor agregado das ações voltadas para a Responsabilidade Social e repasse deste valor agregado para os seus stakeholders;
f) Balanço de lucros e perdas sociais: equaciona os benefícios e custos relacionados com a Responsabilidade Social sobre o denominador comum de valores monetários.
Há um debate também sobre a necessidade ou não de tornar os balanços das empresas obrigatórios e regulados. Os defensores de uma maior regulação dos balanços sociais alegam duas razões principais. A primeira é que stakeholders, além dos acionistas, tem pouco poder de pressão para demandar que certas informações sejam passadas de forma correta, e muitas vezes suas demandas por determinados tipos de informações são ignoradas pelas empresas ou pelas auditorias especializas. A segunda razão é que o nível de qualidade dos balanços divulgados não é satisfatório. Em alguns países como França e Portugal, desenvolveram formas de regular os balanços sociais. No Brasil, a publicação do balanço social não está regulamentada, porém, alguns projetos de lei ou regulamentação que tratam do balanço social têm tramitado nas esferas federal, estadual e municipal. A Agência Nacional de Eletricidade tem uma resolução que torna compulsória a publicação de balanços sociais por empresas do setor elétrico a partir de 2003. (OLIVEIRA, 2008, p. 181).

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