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Fim da Personalidade da Pessoa Natural

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Fim da 
Personalidade da 
Pessoa Natural 
 
A personalidade da pessoa natural termina com a 
morte – art. 6º do CC – presumindo-se esta, quanto 
aos ausentes, nos casos em que a lei autoriza a 
abertura de sucessão definitiva. 
 
Morte Real 
A morte real se configura, juridicamente, pela 
ocorrência da morte encefálica – art. 3º da Lei de 
Transplante de Órgãos, 9.434/97, devendo ser 
registrada no Cartório de Registro de Pessoas 
Naturais – art. 77 da Lei 6.015/73 (Lei de Registros 
Públicos). É a regra. 
Morte Presumida 
Embora a morte real seja a regra do fim da 
personalidade natural do Direito Civil, a lei autoriza 
que se possa presumir a morte da pessoa, quando, 
apesar de não atestada de maneira formal e 
científica, for extremamente provável a sua 
ocorrência. 
Situações de presunção da morte 
- abertura da sucessão definitiva, nos casos de 
ausência; 
- sem decretação da ausência, se for extremamente 
provável a morte de quem estava em perigo de vida, 
ou se alguém, desaparecido em campanha ou feito 
prisioneiro, não for encontrado até dois anos após o 
término da guerra – art. 7º CC; 
- pessoas que tenham participado, ou tenham sido 
acusadas de participação, em atividades políticas, 
no período de 2 de setembro de 1961 a 15 de 
outubro de 1988, e que, por este motivo, tenham 
sido detidas por agentes públicos, achando-se, deste 
então, desaparecidas, sem que delas haja notícias – 
art. 1º da Lei 9.140/95. 
 
 
Ausência 
Considera-se ausente aquele que desaparece de seu 
domicílio, sem que dele haja notícia e sem que 
tenha ele deixado representante ou procurador a 
quem caiba administrar-lhe os bens (art. 22 CC). 
• Sucessão Definitiva do Ausente: poderá ser 
requerida dez anos após a abertura da 
sucessão provisória, ou, diretamente, se o 
ausente conta mais de oitenta anos e há 
cinco anos não se tem notícias dele. 
Presume-se a morte do ausente. 
• Sucessão Provisória do Ausente: os 
herdeiros receberão o direito de posse sobre 
os bens do ausente (art. 30), sempre na 
esperança de que ele retorne antes do prazo 
para a sucessão definitiva. Pode ser exigida 
caução real dos herdeiros. 
Comoriência 
Ocorre quando dois ou mais indivíduos falecem na 
mesma e é impossível determinar-lhe qual deles 
morreu primeiro, quando, então, presume-se que 
eles faleceram simultaneamente (art. 8º CC). Não 
ocorre transmissão de direitos entre comorientes, 
especialmente no caso de herança. 
 
Por Samara Silva