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TEORIA ESTRUTURALISTA

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO TOCANTINS - UFT 
CAMPUS DE PALMAS 
CURSO DE ADMINISTRAÇÃO DE EMPRESAS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
TEORIA ESTRUTURALISTA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PALMAS – TO 
2018 
BRUNO EFRAIM FIGUEREDO DE ARAÚJO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
TEORIA ESTRUTURALISTA 
 
 
 
Auto avaliação apresentada ao curso de 
Administração de Empresas, como requisito 
parcial para obtenção de créditos na disciplina de 
Teoria Geral da Administração II. 
 
Professor (a) orientador (a): João Manuel de 
Sousa Will 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PALMAS – TO 
2018 
A Teoria estruturalista inaugura os estudos acerca dos ambientes dentro do 
conceito de que a organização é um sistema aberto e em constante interação com o seu 
meio ambiente. Até agora, a teoria administrativa havia se confinado aos estudos dos 
aspectos internos da organização dentro de uma concepção de sistema fechado. Já 
quando se inclui o ambiente na estrutura sistêmica, deve-se observar o papel na 
sobrevivência do sistema, ou seja, do principal agente: o gestor. 
A origem da Teoria Estruturalista se dá aos seguintes aspectos: 
 Oposição entre a Teoria Tradicional e das Relações Humanas: tornou-se necessária 
uma posição mais ampla e compreensiva que abrangesse os aspectos que eram 
considerados por uma e omitidos pela outra e vice-versa. A Teoria Estruturalista 
pretende ser uma síntese da Teoria Clássica (formal) e da Teoria das Relações Humanas 
(informal), inspirando-se na abordagem de Max Weber, e até certo ponto nos trabalhos 
de Karl Marx; 
 Necessidade de visualizar a organização como uma unidade social: uma unidade 
grande e complexa, onde interagem grupos sociais que compartilham alguns dos 
objetivos da organização (como a viabilidade econômica da organização), mas que pode 
incompatibilizar com outros (como a maneira de distribuir lucros da organização). 
Nesse sentido, o diálogo maior da Teoria Estruturalista foi com a Teoria das Relações 
Humanas; 
 A influência do Estruturalismo nas Ciências Sociais sua influência e repercussão no 
estudo das organizações: o estruturalismo teve forte influência na Filosofia, na 
Psicologia, na Antropologia, na Matemática, na Linguística, chegando até na Teoria das 
Organizações. 
 Novo conceito de Estrutura: o conceito de estrutura é bastante antigo. Estrutura é o 
conjunto formal de dois ou mais elementos e que permanece inalterado seja na 
mudança, seja na diversidade de conteúdo, isto é, a estrutura mantém-se mesmo com a 
alteração de um de seus elementos ou relações. A mesma estrutura pode ser apontada 
em diferentes áreas, e a compreensão das estruturas fundamentais em alguns campos de 
atividade permite o reconhecimento das mesmas estruturas em outros campos. O 
estruturalismo está voltado para o todo e com o relacionamento das partes na 
constituição do todo. 
A Teoria Estruturalista é administrativa baseada no movimento estruturalista, 
fortemente influenciado pela sociologia organizacional. Estrutura é o conjunto de 
elementos relativamente estáveis que se relacionam no tempo e no espaço para formar 
uma totalidade. Em administração, a estrutura corresponde a maneira como as 
organizações estão organizadas e estruturadas. 
Como sabemos, a Teoria das Relações Humanas foi uma tentativa de introdução 
das ciências do comportamento na teoria administrativa através de uma filosofia 
humanística a respeito da participação do homem na organização. Contudo a partir da 
década de 1950 a Teoria das Relações Humanas entrou em declínio, pois se de um lado 
combateu a Teoria Clássica, por outro não proporcionou as bases adequadas de uma 
nova teoria que a pudesse substituir. A oposição entre a Teoria Clássica e a Teoria das 
Relações Humanas criou um impasse dentro da administração que mesmo a Teoria da 
Burocracia não teve condições de ultrapassar. A Teoria Estruturalista representa um 
desdobramento da Teoria da Burocracia e uma leve aproximação a Teoria das Relações 
Humanas e representa também uma visão bastante crítica da organização formal. 
Para os estruturalistas, a sociedade moderna e industrializada é uma sociedade 
de organizações, das quais as pessoas passam a depender para nascer, viver e morrer. 
Essas organizações são altamente diferenciadas e requerem dos seus participantes 
determinadas características de personalidade. Essas características permitem a 
participação simultânea das pessoas em várias organizações, nas quais os papéis 
desempenhados variam. O estruturalismo ampliou o estudo das interações entre os 
grupos sociais iniciado pela Teoria das Relações Humanas, para os das interações entre 
as organizações sociais. Da mesma forma como interagem entre si os grupos sociais, 
também interagem entre si as organizações 
Constituem a forma dominante de instituição da moderna sociedade: são a 
manifestação de uma sociedade altamente especializada e interdependente, que se 
caracteriza por um crescente padrão de vida. As organizações permeiam todos os 
aspectos da vida moderna e envolvem a participação de numerosas pessoas. Cada 
organização é limitada por recursos escassos, e por isso, não pode tirar vantagens de 
todas as oportunidades que surgem: daí o problema de determinar a melhor alocação de 
recursos. 
A eficiência é obtida quando a organização aplica seus recursos naquela 
alternativa que produz melhor resultado. A Teoria Estruturalista concentra-se no estudo 
das organizações, na sua estrutura interna e na interação com outras organizações. As 
organizações são concebidas como unidades sociais (ou agrupamentos humanos) 
intencionalmente construídas e reconstruídas, a fim de atingir objetivos específicos. 
Exemplo de organizações e suas finalidades: 
 Escolas – proporcionar educação; 
 Hospitais – cuidar da saúde; 
 Prisões – manter a segurança civil. 
Enquanto a Teoria Clássica caracteriza o homo economicus (homem econômico) 
e a Teoria das Relações Humanas, o homem social, a Teoria Estruturalista focaliza o 
"homem organizacional", ou seja, o homem que desempenha papéis em diferentes 
organizações. Ao final da década de 50, o ambiente organizacional estava em plena 
mutação e a visão do homem passou a ser organizacional. 
Eram os estruturalistas defendendo a ideia de um homem dinâmico, cooperativo 
e coletivista, capaz de desempenhar vários papeis em organizações diferentes. O homem 
organizacional era o indivíduo idealizado para compor o cenário industrializado e com 
alta rotatividade que se formava naquela época, era preciso que os funcionários 
entendessem que em nome da empresa ele precisaria ser capaz de adiar ou abdicar de 
seus interesses, ser flexível diante dos diversos papeis que ele poderia exercer dentro 
das organizações. Logo, na sociedade das organizações, moderna e industrializada, 
aparece a figura do "homem organizacional" que participa simultaneamente de várias 
organizações 
O homem moderno, ou seja, o homem organizacional, para ser bem-sucedido em 
todas as organizações, precisa ter as seguintes características de personalidade: 
A. FLEXIBILIDADE Em face das constantes mudanças que ocorrem da vida moderna, 
bem como da diversidade dos papéis desempenhados nas diversas organizações, que 
podem chegar à inversão, aos bruscos desligamentos das organizações e aos novos 
relacionamentos. 
B. TOLERÂNCIA AS FRUSTRAÇÕES Para evitar o desgaste emocional decorrente 
do conflito necessário entre necessidades organizacionais e necessidades individuais, 
cuja mediação é feita através de normas racionais, escritas e exaustivas, que procuram 
envolver toda a organização. 
C. CAPACIDADE DE ADIAR AS RECOMPENSAS E poder compensar o trabalho 
rotineiro dentro da organização, em detrimento das preferências e vocações pessoais por 
outros tipos de atividade profissional. 
D. PERMANENTE DESEJO DE REALIZAÇÃO Garantido a conformidade e 
cooperação com as normas que controlame asseguram o acesso a posições de carreira 
dentro da organização, proporcionando recompensas e sanções sociais e materiais. 
A Teoria Estruturalista fez o mundo empresarial e, quando falamos deste universo, 
falamos de todos os tipos de empresas. A teoria estruturalista mudou a visão do homem 
simplório, com visão fechada e ampliou-a para um homem articulado e capaz de se 
adaptar em qualquer ambiente empresarial, seja na indústria ou no comércio. 
Os estruturalistas utilizam uma análise organizacional mais ampla do que a de 
qualquer teoria anterior, pois pretendem conciliar a Teoria Clássica e a Teoria das 
Relações Humanas, baseando-se também na Teoria da Burocracia. Assim, a análise das 
organizações do ponto de vista estruturalista é feita a partir de uma abordagem múltipla 
que leva em conta simultaneamente os fundamentos da Teoria Clássica, da Teoria das 
Relações Humanas e da Teoria da Burocracia. Trata-se de uma abordagem múltipla 
utilizada por essa teoria que envolve: 
1. TANTO A ORGANIZAÇÃO FORMAL COMO A ORGANIZAÇÃO INFORMAL; 
2. TANTO AS RECOMPENSAS SALARIAIS E MATERIAIS COMO AS 
RECOMPENSAS SOCIAIS E SIMBÓLICAS; 
3. TODOS OS DIFERENTES NÍVEIS HIERÁRQUICOS DE UMA ORGANIZAÇÃO; 
4. TODOS OS DIFERENTES TIPOS DE ORGANIZAÇÕES; 
5. A ANÁLISE INTRA-ORGANIZACIONAL E ANÁLISE 
INTERORGANIZACIONAL 
Enquanto a Teoria Clássica se concentrava na organização formal e a Teoria das 
Relações Humanas somente na organização informal, os estruturalistas tentam estudar o 
relacionamento entre ambas as organizações: a formal e a informal, em uma abordagem 
múltipla. A Teoria Estruturalista vai tentar relacionar as relações formais e informais 
dentro e fora da organização. Os estruturalistas não alteram os conceitos da organização 
formal e informal (formal: tudo o que estiver expresso no organograma como 
hierarquia, regras, regulamentos, controle de qualidade; informal: as relações sociais). A 
Teoria Estruturalista tenta encontrar o equilíbrio entre os elementos racionais e não 
racionais do comportamento humano que constitui o ponto principal da vida, da 
sociedade e do pensamento moderno. Constitui o problema da Teoria das Organizações 
Os estruturalistas combinam os estudos da Teoria Clássica e da Teoria das 
Relações Humanas. O significado das recompensas salariais e sociais e tudo que se 
inclui nos símbolos de posição (tamanho da mesa ou do escritório, carros da companhia, 
etc.) é importante na vida de qualquer organização. Para as recompensas sociais e 
simbólicas sejam eficientes, quem as recebe deve estar identificado com a organização 
que as concede. Os símbolos e significados devem ser prezados e compartilhados pelos 
outros, como a esposa, colegas, amigos, vizinhos, etc. Por essas razões, as recompensas 
sociais são menos eficientes com os funcionários de posições mais baixas do que com 
os de posições mais altas. 
As organizações para os estruturalistas podem ser concebidas segundo duas 
diferentes concepções: 
 MODELO RACIONAL DA ORGANIZAÇÃO Concebe a organização com um meio 
deliberado e racional de alcançar metas conhecidas. Os objetivos organizacionais são 
explicitados (como, por exemplo, a maximização dos lucros), todos os aspectos e 
componentes da organização são escolhidos em função de sua contribuição ao objetivo 
e as estruturas organizacionais são cuidadas para atingir a mais alta eficiência, os 
recursos são adequados e alocados de acordo com um plano diretor, todas ações são 
apropriadas e iniciadas por planos e seus resultados devem coincidir com os planos. É 
um sistema fechado, tendo como característica a visão focalizada apenas nas partes 
internas do sistema, com ênfase no planejamento e controle. Expectativa de certeza e de 
viabilidade. Neste modelo inclui a abordagem clássica da administração e a teoria da 
burocracia. 
 MODELO NATURAL DE ORGANIZAÇÃO Concebe a organização com um 
conjunto de partes independentes que, juntas, constituem um todo. O objetivo básico é a 
sobrevivência do sistema. O modelo natural procura tornar tudo funcional e equilibrado, 
podendo ocorrer disfunções. Este modelo traz com inevitável aparecimento a 
organização informal nas organizações. É um sistema aberto tendo como característica a 
visão focalizada sobre o sistema e sua interdependência com o ambiente. Expectativa de 
incerteza e de imprevisibilidade. 
Assim com o modelo burocrático de Weber, as organizações sofrem uma 
multiplicidade de problemas que são classificados e categorizados para que a 
responsabilidade por sua solução seja atribuída a diferentes níveis hierárquicos: 
 NÍVEL INSTITUCIONAL: É o nível mais alto, composto dos dirigentes ou altos 
funcionários. É também denominado nível estratégico, pois é responsável pela definição 
dos principais objetivos e das estratégias organizacionais relacionadas em longo prazo. 
 NÍVEL GERENCIAL: É o nível intermediário, situado entre o institucional e o 
técnico, cuidando do relacionamento e da integração desses dois níveis. Uma vez 
tomadas as decisões no nível institucional, o nível gerencial é o responsável pela sua 
transformação em planos e em programas para que o nível técnico os execute. 
 NÍVEL TÉCNICO: É o nível mais baixo da organização. Também denominado nível 
operacional, é o nível em que as tarefas são executadas, os programas são desenvolvidos 
e as técnicas são aplicadas. É o nível que cuida da execução das tarefas em curto prazo e 
segue os programas e rotinas desenvolvidas pelo nível gerencial. 
Enquanto a Administração Científica e a Escola das Relações Humanas 
focalizaram as fábricas, a abordagem estruturalista ampliou o campo da análise da 
organização, a fim de incluir outros tipos diferentes de organizações além das fábricas: 
organizações pequenas, médias e grandes, públicas e privadas, empresas dos mais 
diversos tipos (indústrias ou produtoras de bens, prestadoras de serviços, comerciais, 
agrícolas, etc.), organizações militares (exército, marinha, aeronáutica), organizações 
religiosas (igreja), organizações filantrópicas, partidos políticos, prisões, sindicatos, etc. 
A partir do estruturalismo, a administração não ficou mais restrita as fábricas, 
mas passou a ser entendida a todos os tipos possíveis de organizações. Além disso, toda 
a organização, à medida que cresce torna-se complexa e passa a exigir uma adequada 
administração. 
Os estruturalistas, além de se preocupar com os fenômenos internos, também se 
preocupam com os fenômenos que ocorrem externamente nas organizações, mas que 
afetam os que ocorrem dentro delas, ou seja, os fenômenos internos. Assim, os 
estruturalistas se baseiam em uma abordagem de sistema aberto e utilizam o modelo 
natural de organização como base de seus estudos. A análise organizacional passa a ser 
feita através de uma abordagem múltipla, ou seja, através das análises intra-
organizacional (fenômenos internos) e inter-organizacional (fenômenos externos). 
Não existem duas organizações iguais. Contudo, embora elas sejam diferentes 
entre si, apresentam características que permitem classificá-las em certos grupos. São as 
classificações ou tipologias das organizações, que permitem uma análise comparativa 
das mesmas do ponto de vista de uma característica comum. As classificações 
tradicionais enfatizam seu tamanho (empresas pequenas, médias e grandes), ou sua 
natureza (empresas primárias, secundárias e terciárias), ou seu mercado (indústrias de 
bens de capital ou indústrias de bens de consumo), ou ainda sua dependência (empresas 
públicas ou privadas). 
Amitai Etzioni é um sociólogo germano estadunidense-israelense. É um dos 
autores mais importantes da Abordagem Estruturalista mais precisamente da Teoria 
Estruturalista da Administração. Etzioni elabora sua tipologia de organizações 
classificando as organizações com base no uso e significado da obediência. Para ele, a 
estrutura de obediência em uma organização é determinada pelos tipos decontroles 
aplicados aos participantes. 
Assim, a tipologia das organizações, segundo Etzioni, é: 
 ORGANIZAÇÕES COERCITIVAS: o poder é imposto pela força física ou por 
controles baseados em prêmios ou punições. Utilizam a força - latente ou manifesta - 
como o significado principal de controle sobre os participantes de nível inferior. O 
envolvimento dos participantes tende a ser "alienativo" em relação aos objetivos da 
organização. As organizações coercitivas incluem exemplos como os campos de 
concentração, prisões, instituições penais etc. 
 ORGANIZAÇÕES UTILITÁRIAS: poder baseia-se no controle dos incentivos 
econômicos. Utilizam a remuneração como base principal de controle. Os participantes 
de nível inferior contribuem para a organização com um envolvimento tipicamente 
"calculativo", baseado quase exclusivamente nos benefícios que esperam obter. O 
comércio e as corporações trabalhistas estão incluídos nesta classificação. 
 ORGANIZAÇÕES NORMATIVAS: o poder baseia-se em um consenso sobre 
objetivos e métodos de organização. Utilizam o controle moral como a força principal 
de influência sobre os participantes. Os participantes têm um alto envolvimento "moral" 
e motivacional. As organizações normativas são também chamadas "voluntárias" e 
incluem a Igreja, universidades, hospitais e muitas organizações políticas e sociais. 
Aqui, os membros tendem a buscar seus próprios objetivos e a expressar seus próprios 
valores pessoais. 
A tipologia de Etzioni é muito utilizada em face da consideração que faz sobre 
os sistemas psicossociais das organizações. Contudo, sua desvantagem é dar pouca 
consideração à estrutura, à tecnologia utilizada e ao ambiente externo. Trata-se de uma 
tipologia simples e unidimensional, baseada exclusivamente nos tipos de controle. 
As organizações são unidades sociais que procuram atingir objetivos específicos: 
a sua razão de ser é servir a esses objetivos, proporcionando benefícios. Um objetivo 
organizacional é uma situação desejada que a organização tenta atingir. Porém, se o 
objetivo é atingido, ele deixa de ser a imagem orientadora da organização e é 
incorporado a ela como algo real e atual. Quando isso ocorre, deixa de ser o objetivo 
desejado. 
Neste sentido, um objetivo nunca existe; é um estado que se procura, e não um 
estado que se possui. A eficiência geral de uma organização é determinada pela medida 
em que esta atinge seus objetivos, enquanto a competência de uma organização é 
medida pela quantidade de recursos utilizados para fazer uma unidade de produção. 
Os objetivos organizacionais têm muitas funções, a saber: 
A. Estabelecem linhas mestras para a atividade da organização; 
B. Constituem uma fonte de legitimidade que justifica as atividades de uma organização 
e, inclusive, sua existência; 
C. Servem como padrões para a avaliação de seu êxito, isto é, de sua eficiência e de seu 
rendimento; 
D. Servem como unidade de medida para o estudioso de organizações que tenta 
comparar e verificar a produtividade da organização. 
Há cinco categorias de objetivos organizacionais: 
 OBJETIVOS DA SOCIEDADE: cujo ponto de referência é a sociedade em geral. 
Exemplos: produzir bens e serviços, manter a ordem pública, etc. 
 OBJETIVOS DE PRODUÇÃO: cujo ponto de referência é o público que entra em 
contato com a organização. Exemplos: bens de consumo, serviços a empresas, 
educação. 
 OBJETIVOS DE SISTEMAS: cujo ponto de referência é o estado ou maneira de 
funcionar da organização, independentemente dos bens e serviços que ela produz ou dos 
objetivos daí resultantes. Exemplos: ênfase nos lucros, no crescimento e na estabilidade 
da organização. 
 OBJETIVOS DE PRODUTOS: cujo ponto de referência são as características dos 
bens e serviços produzidos. Exemplos: ênfase sobre qualidade ou quantidade de 
produtos, originalidade ou inovação dos produtos, etc. 
 OBJETIVOS DERIVADOS: cujo ponto de referência são os usos que a organização 
faz do poder originado na consecução de outros objetivos. Exemplos: metas políticas, 
serviços comunitários, etc. O estudo dos objetivos das organizações permite identificar 
as relações entre as organizações e a sociedade em geral 
Um dos assuntos mais abordados pelos estruturalistas são as mudanças 
organizacionais. As organizações apresentam maior inclinação para a mudança do que 
qualquer outra unidade social, pelo fato de serem planificadas e orientadas por objetivos 
específicos, sob liderança relativamente racional. Podem, ainda, alterar de forma 
profunda seus objetivos, no processo de ajustamento a problemas e situações 
emergentes e imprevistas. 
Para os estruturalistas, há uma relação íntima entre os objetivos organizacionais 
e o meio, de forma que a estrutura de objetivos é que estabelece a base para a relação 
entre uma organização e seu meio ambiente. O processo de estabelecer objetivos é 
complexo e dinâmico, porque toda organização não busca unicamente um objetivo, mas 
um total de objetivos inter-relacionados e que formam toda uma estrutura. Estes, não 
sendo estáticos, estão em contínua evolução, modificando as relações da organização 
com seu meio. 
Apesar de se apoiar nas teorias anteriores, os Estruturalistas apresentam uma 
série de novos conceitos, como: o de homem organizacional, a organização como um 
sistema aberto, a abordagem múltipla, etc. Sendo estes de grande contribuição para o 
campo da Administração. A teoria estruturalista se apresenta consideravelmente mais 
completa que as anteriores, pois abrange as organizações formais e informais, os 
fenômenos internos (intra-organizacional) e externos (inter-organizacional), procurando 
conciliar aspectos estudados nas teorias anteriores e ainda acrescentar novos aspectos à 
administração. 
Notamos a importância da Teoria Estruturalista pela sua influência no estudo das 
organizações, e também quando percebemos uma ampliação do campo de estudo da 
Administração a partir desta.

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